

TEXTO ÁUREO
“Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.” (Hb 1.8)
"63 Jesus,
porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote,
disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o
Cristo, o Filho de Deus.
64
Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve
o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as
nuvens do céu.
65
Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou;
para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora
a sua blasfêmia.", Mateus 26.63-65
I – A DOUTRINA BÍBLICA DA RELAÇÃO DO FILHO COM O PAI
1-
Ideia de filho.
O
conceito de filho no pensamento judaico implica a igualdade com o pai
(Mt 23.29-31). Uma
das ideias de filho na Bíblia é a identidade de natureza, isso pode
ser visto no paralelismo poético do salmista: “que é o homem
mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o
visites?” (Sl 8.4). Esse paralelismo é sinonímico em que o poeta
diz algo e em seguida repete esse pensamento em outras palavras. A
ideia de “homem mortal” é repetida em “filho do homem”. O
paralelismo sinonímico, quer dizer que a ideia é sinônima, ou
seja, é a mesma ideia, mas dita em outras palavras. Temos na
Bíblia, outro exemplo clássico
do mesmo paralelismo, veja:
"Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?", Números 23.19
Aqui,
o paralelismo traz a ideia de homem falho, que mente e se arrepende,
colocando pai e filho na mesma essência.
Outro
exemplo encontramos nas palavras de Jesus: “Assim, vós mesmos
testificais que sois filhos dos que mataram os profetas” (Mt
23.31). Isso porque os escribas e fariseus consideravam os matadores
dos profetas como seus pais (Mt 23.29,30). Veja
como Jesus expôs a afirmação dos fariseus:
"30 E
dizeis: Se existíssemos no tempo de nossos pais, nunca nos
associaríamos com eles para derramar o sangue dos profetas.
31
Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os
profetas.", Mateus 23.30,31
Como eles disseram no verso 30 que aqueles que mataram os profetas eram seus pais, o Senhor Jesus os acusa de serem iguais a eles, simplesmente pelo fato de serem filhos deles. Ou seja, pela cultura judaica daquela época, pai e filho implica em igualdade. Diferente da cultura ocidental moderna, em que afirmamos que, "filho de crente não é crentinho".
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todos os comentários estão liberados, dessa forma o seu comentário será publicado direto no CLUBE DA TEOLOGIA.
Porém se ele for abusivo ou usar palavras de baixo calão será removido.