Tipos Bíblicos que Prefiguram a Ressurreição
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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
João 12.23,24
23 - E Jesus lhes respondeu, dizendo: E chegada a hora em que o Filho do Homem há de ser glorificado.
24 - Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.
1 Coríntios 15.19-23
19 - Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.
20 - Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem.
21 - Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem.
22 - Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão Vivificados em Cristo.
23 - Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda,
TEXTO ÁUREO
Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas.
Atos 2.32
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - 1 Pedro 3.18-22
Cristo padeceu para levar-nos a Deus
3ª feira - 1 Tessalonicenses 4.13-18
A ressurreição e vinda de Cristo
4ª feira - Mateus 28.1-10
Eu sei que buscai a Jesus, que foi crucificado
5ª feira - Atos 10.40,41
A este ressuscitou Deus ao terceiro dia
6ª feira - João 20.1-10
Era necessário que ressuscitasse dos mortos
Sábado - Hebreus 8.11,12
Cristo, o Mediador de um pacto eterno
OBJETIVOS
- entender o significado da ressurreição;
- compreender que a distinção fundamental entre jesus e os falsos deuses reside no fato de que, enquanto estes permanecem na morte, jesus vive eternamente;
- cultivar a esperança de ressuscitar e desfrutar a eternidade ao lado de jesus.
Ao término do estudo bíblico, O aluno deverá:
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, lembre-se de que você possui à capacidade e o potencial para ser um líder espiritual diante daqueles e daquelas que o Senhor lhe confiou. Você percebe-se dessa maneira em sua posição? Realmente se vê como um mestre diante de sua turma?
Ser líder não tem relação com a ideia de impor autoridade tirânica ou ditatorial. Liderança verdadeira envolve guiar com competência, conquistando o respeito e a aceitação de seus liderados não pela força, mas por mérito. Um líder eficaz tem objetivos claros, demonstra integridade e confiança, e se dedica a preparar outras pessoas para exercerem a mesma função no futuro.
Excelente aula!
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
A ressurreição de Jesus é considerada o maior milagre da História, com implicações profundas para a nossa salvação. O apóstolo Paulo, em sua Carta aos Romanos, explicitou que a salvação está atrelada ao reconhecimento de Cristo como Senhor e à crença em Sua ressurreição (Rm 10.9,10). Essa doutrina é central para o cristianismo, e a aceitação das evidências bíblicas da ressurreição do Filho de Deus facilita o reconhecimento de outros milagres registrados na Escritura e de milagres que continuam a ocorrer na Igreja ainda hoje.
1. TIPOS DA RESSURREIÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO
O Antigo Testamento está repleto de simbolismos que prenunciam verdades profundas do Novo Testamento. Todos esses tipos apontam, conjuntamente, para a redenção final da humanidade.
Nos subtópicos seguintes serão destacados exemplos significativos que ilustram como a vitória sobre a morte, manifestada na ressurreição de Jesus, estava tecida na trama das narrativas veterotestamentárias, desde a arca de Noé, simbolizando um novo começo após o Dilúvio, até o episódio de Jonas e seus três dias no ventre de um grande peixe (Jn 1.17), prefigurando os três dias de Cristo na sepultura.
1.1. A arca de Noé
Como destacado na lição anterior, a travessia da arca pelas águas do Dilúvio simboliza a morte de Cristo. De forma complementar, o repouso da arca nos montes de Ararate e os primeiros passos de Noé em uma terra renovada representam a ressurreição e a nova vida.
É interessante notar a data específica em que a arca pousou sobre os montes de Ararate: E a arca repousou, no sétimo mês, no dia dezessete do mês, sobre os montes de Ararate (Gn 8.4). Este momento não parece ser aleatório, pois o mês de Abibe passou a ser contado como o primeiro mês do calendário judaico a partir da instituição da Páscoa (Êx 12.2). O cordeiro pascal era sacrificado no décimo quarto dia desse mês (Êx 12.6), e a arca encontrou repouso no décimo sétimo dia do mesmo mês — três dias depois do sacrifício do cordeiro, lustrando à ressurreição de Jesus no terceiro dia (1 Co 15.4).
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A arca de Noé, ao cruzar o mar de morte e ancorar em segurança, simboliza a passagem da morte para a vida, tal como o Cordeiro de Deus, que ressuscitou ao terceiro dia, conforme prometido, trazendo nova vida a todos que nele creem.
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1.2. As Primícias
A partir de Êxodo 23.16, pode-se traçar um paralelo entre as práticas agrícolas do Antigo Testamento e a doutrina da ressurreição de Cristo: a imagem da semente de trigo morrendo na terra para fazer viver o fruto, ilustra tanto a morte quanto
a ressurreição do Filho de Deus (Jo 12.24). Esta semente, ao germinar e transformar-se no feixe de primícias, representa a primeira colheita dedicada a Deus (Lv 23.10,11), como mencionado na Lição 9.
Essa metáfora se estende ao papel de Jesus como precursor da ressurreição dos crentes, prometendo uma colheita futura de vidas ressuscitadas em Sua segunda vinda, conforme descrito por Paulo em 1 Coríntios 15.23, que organiza a sequência da ressurreição — Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.
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A cerimônia judaica conhecida por Festa das Primícias (hb. Bikkurim) aponta claramente para O dia em que a ressurreição deveria ocorrer. Conforme Levítico 23.11, o sacerdote deveria mover o molho diante do Senhor no dia seguinte ao sábado, isto é, no primeiro dia da semana (domingo).
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1.3. À vara de Arão que floresceu
Em Números 17, a vara de Arão que floresceu serve como um poderoso símbolo da Ressurreição, como mencionado na Lição 5. Inicialmente, doze varas, representando as tribos de Israel, foram colocadas perante o Senhor, todas aparentemente mortas. Contudo, ao amanhecer, um evento milagroso ocorreu: apenas a vara de Arão, marcada com seu nome, brotou, floresceu e frutificou, simbolizando uma vida nova emergindo da morte (Nm 17.8).
Este milagre, invisível aos olhos humanos até ser revelado por Moisés, ecoa a ressurreição de Cristo, descoberta pelas mulheres que, ao amanhecer, encontraram o sepulcro vazio. Tal como a vara demonstrou vida, Jesus, após a crucificação, mostrou-se vivo, apresentando-se a testemunhas predeterminadas pelo Eterno, conforme narrado em Atos 1.3 e 10.41.
A ressurreição da vara de Arão não apenas confirmou seu papel como sacerdote escolhido pelo Senhor (Nm 17.5), mas também prefigurou a ressurreição do Messias, que foi proclamado Filho de Deus em poder (...) pela ressurreição dos mortos (Rm 1.4).
Essa história não apenas testifica a eleição divina, como também simboliza a promessa de ressurreição para todos os crentes, anunciando uma futura colheita de vidas transformadas na segunda vinda do Messias.
1.4. A purificação do leproso
O rito de purificação do leproso, descrito em Levítico 14, serve como uma poderosa prefiguração da morte e ressurreição de Cristo. No processo, duas aves limpas eram requeridas: uma seria sacrificada sobre água corrente em um vaso de barro, enquanto a outra, após ser mergulhada no sangue da primeira, era libertada ao ar livre.
Este ato simboliza não apenas a purificação, mas também a nova vida que emerge da morte — uma imagem vívida da expiação do Cordeiro Santo. A ave que morre simboliza o sacrifício de Cristo, cujo sangue purifica os pecados. Por outro lado, a ave que é libertada (e sobe ao céu) representa a ressurreição, indicando a vitória sobre a morte e a promessa de liberdade eterna para aqueles que são purificados da “lepra do pecado” por Seu sacrifício.
Este simbolismo é reforçado em Efésios 4.8 e Hebreus 9.12, no qual a ascensão de Jesus e Sua entrada única no santuário celestial são vistas como a consumação de uma redenção eterna, alcançada por meio de Seu próprio sangue.
1.5. As pedras do Jordão
Na travessia do Jordão, os filhos de Israel tiveram de passar por um caminho aberto por Deus através das águas (Js 3.13) da morte (Cl 3.3) para alcançarem uma nova vida na Terra Prometida (Cl 3.4).
Ao cruzar o Jordão, o povo da aliança foi instruído a erigir doze pedras como memorial: uma para cada tribo; doze no meio do rio e doze na outra margem (Js 4.9,18,20).
As pedras tipificam a posição do crente em seu duplo aspecto: as que estão no meio das águas falam da nossa morte com Cristo; e as que estão colocadas em terra firme, da nossa ressurreição com Ele,
1.6. Jonas e os três dias
Como mencionado na Lição anterior, a narrativa de Jonas, que passou três dias e três noites no ventre do grande peixe (ARA), serve como uma poderosa prefiguração da morte e ressurreição de Jesus, que também permaneceu três dias no seio da terra antes de ressurgir (Mt 12.40).
Essa conexão é reforçada pela exigência de Moisés a Faraó, que pede três dias de jornada no deserto para sacrificar ao Senhor (Êx 5.3; 8.27), simbolizando o rompimento definitivo das amarras deste mundo. Faraó resistiu, limitando a distância que o povo poderia percorrer (Êx 8.28), refletindo um desejo de manter os israelitas sob influência terrena. Contudo, o plano divino era uma separação total, uma passagem para uma nova vida com Deus.
2. A IMPORTÂNCIA, A CREDIBILIDADE E OS IMPACTOS DA RESSURREIÇÃO
Este tópico aborda desde a validação histórica e teológica da ressurreição de Cristo até as implicações práticas e transformadoras deste evento para os crentes em todo o mundo.
2.1. A importância da ressurreição
Paulo dedicou o capítulo 15 de sua primeira Carta aos Coríntios à importância central da ressurreição de Jesus. Nesse trecho, ele argumenta que a essência do cristianismo se baseia na vitória do Messias sobre a morte. O apóstolo abordou essa questão porque alguns membros da comunidade em Corinto, apesar de terem aceitado o evangelho, ainda duvidavam da ressurreição dos mortos (1 Co 15.11-12). Paulo, então, ensina que:
VV. 13,16 - SENÃO HÁ RESSURREIÇÃO DE MORTOS, TAMBÉM CRISTO NÃO RESSUSCITOU.
VV. 14,17 - SE CRISTO NÃO RESSUSCITOU, LOGO É VÃ A NOSSA PREGAÇÃO, E TAMBÉM É VÃ A VOSSA FÉ.
V. 15 - SEM A RESSURREIÇÃO, SOMOS TAMBÉM CONSIDERADOS COMO FALSAS TESTEMUNHAS DE DEUS.
V. 17 - SEM A RESSURREIÇÃO, AINDA PERMANECEMOS NO PECADO.
V. 18 - SEM A RESSURREIÇÃO, OS QUE MORRERAM EM CRISTO PERECERAM.
V. 19 - SE ESPERARMOS EM CRISTO SÓ NESSA VIDA, SOMOS OS MAIS MISERÁVEIS DE TODOS OS HOMENS
2.2. A credibilidade da ressurreição
A ressurreição de Jesus é considerada um milagre fundamental para a fé cristã, e sua autenticidade é apoiada por testemunhos credíveis e pelo impacto duradouro desse evento. Para compreender como um milagre como a ressurreição pode ser validado, é essencial recorrer ao testemunho de indivíduos fidedignos, ao número de testemunhas que observaram o evento, e ao impacto transformador do milagre.
As aparições de Cristo ressuscitado, documentadas em diversas passagens bíblicas, oferecem um robusto arcabouço de evidências (Mt 28.9,16-20; Mc 16.9,12; Lc 24.34; Jo 20.19,25-29; 21.1; At 1.9; 1 Co 15.6-8).
2.3. Os impactos da ressurreição
A ressurreição de Cristo transcende a um mero milagre; ela é a prova definitiva de Sua divindade, como preconizado em Romanos 1.4. Essa realidade é fundamentada nas palavras de Jesus, que afirmou ter o poder de dar e retomar a vida, uma autoridade que lhe fora conferida pelo Pai (Jo 5.26; 10.17,18) — essas passagens reforçam a unidade havida entre o Pai e o Filho no plano de salvação. Esse ato não somente demonstra Sua soberania sobre a vida e a morte, mas também estabelece a natureza divina e eterna do Filho de Deus, ressaltando-o como o Criador supremo e sustentador de todas as coisas.
Os efeitos da ressurreição são profundos e multifacetados.
Observe:
- justificação pela fé — enquanto a morte de Cristo promove a justificação, Sua ressurreição garante a transformação e a libertação completa do pecado original. Essa renovação nos prepara para sermos totalmente regenerados e glorificados, possibilitando nossa coexistência eterna na presença divina;
- sumo sacerdócio eterno — a ressurreição também inaugura o eterno sacerdócio de Cristo, que agora atua como Mediador e intercessor perante Deus, compreendendo e atendendo às necessidades espirituais dos salvos. Este papel é crucial, como descrito em passagens como 1 Timóteo 2.5,6, Romanos 8.34, Efésios 1.20-22, Romanos 5.9,10, e Hebreus 4.14-16.
CONCLUSÃO
O Antigo Testamento revela, de modo profundo, a pessoa e a obra de Cristo. Isto se dá por meio de tipos, os quais são esclarecidos e confirmados no Novo Testamento (antítipos). Essas prefigurações demonstram não apenas a missão messiânica do Filho de Deus, mas também confirmam Sua ressurreição e ascensão triunfante aos céus.
Após ressurgir, Jesus foi exaltado, recebendo um nome que é venerado em todos os planos da existência — nos céus, na terra e até mesmo debaixo da terra. Diante do Seu poderoso nome, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Ele é o Senhor (Fp 2.9-11).
Glórias, pois, a Ele eternamente.
Amém!
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quais tipos da Ressurreição foram destacados nesta lição?
R.: A arca de Noé; as Primícias; a vara de Arão que floresceu; a purificação do leproso; as pedras colocadas na margem do Jordão; e Jonas e os três dias.
Fonte: Revista Central Gospel
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