A Triunidade Divina: O Pai e o Filho em Perfeita Harmonia Eterna
31 de Agosto de 2025
TEXTO ÁUREO
"E quem me vê a mim vê aquele que me
enviou", João 12.45.
VERDADE APLICADA
Jesus Cristo é a plena e definitiva revelação
do Pai.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Compreender que, em Jesus, Deus manifestou o Seu amor.
- Ressaltar que o Filho e o Pai são Um.
- Identificar no Filho os atributos do Pai.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
JOÃO 5
19. Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na
verdade, na verdade vos digo que o Filho por
si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o
não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele
faz, o Filho o faz igualmente.
20. Porque o Pai ama o Filho e mostra-lhe
tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores
obras do que estas, para que vos maravilheis.
22. E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo.
23. Para que todos honrem o Filho, como
honram o Pai. Quem não honra o Filho, não
honra o Pai que o enviou.
26. Porque, como o Pai tem a vida em si
mesmo, assim deu também ao Filho ter a
vida em si mesmo.
27. E deu-lhe o poder de exercer o juízo,
porque é o Filho do homem.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Jo 1.18 Jesus Cristo, o Eterno.
TERÇA | Mt 3.17 Jesus é o Filho de Deus.
QUARTA | Jo 5.18 O Filho e o Pai são iguais.
QUINTA | Lc 22.70 Jesus se declara o Filho de Deus.
SEXTA | 1Jo 5.10 Negar o Filho é negar o Pai.
SÁBADO | Jo 5.30 O Pai enviou o Filho
HINOS SUGERIDOS: 8, 205, 207
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que creiam que Jesus está no Pai e
o Pai está em Jesus.
INTRODUÇÃO
O Evangelho de João relata fatos que mostram o Deus Pai na vida do Deus Filho
(Jo 5.19). O próprio Jesus descreve que ver o Filho era como ver o Pai (Jo 14.9).
Paulo escreve que, através do Filho, o Pai visitou o Seu povo (Gl 4.4,5). Nessa
perspectiva, Jesus é a revelação plena e definitiva do Pai (Mt 11.27).
PONTO DE PARTIDA – O Pai e o Filho são Um em perfeita em
união.
1- O Amor do Pai é visto no
Filho
O Filho de Deus possui a mesma natureza e essência de Deus:
"Porque Deus amou o mundo de
tal maneira que deu o
seu Filho unigênito, para que todo aquele que
nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna", Jo
3.16. Este versículo admirável aponta para a
dimensão do Amor de
Deus por nossa vida. Somente por
Jesus podemos receber a adoção
como filhos de Deus (Gl 3.26). João, em sua primeira carta, diz
que o amor do Pai por nós é tão
grande que somos chamados de
filhos de Deus, e nós somos de fato
Seus filhos (1 Jo 3.1).
1.1. O Filho Unigênito de
Deus.
Unigênito ou filho
único. O Filho Unigênito
de Deus provém de Deus
Pai, de Quem tem a mesma
natureza ( Jo 1.14). O termo aparece algumas vezes
nos escritos de João, todas
elas relacionadas a Jesus (Jo 1.14,18;
3.16,18; 1 Jo 4.9), e ressalta a Sua divindade. O Apóstolo Paulo descreve Cristo como o primogênito de toda a
criação (Cl 1.15). Sendo assim, o unigênito aqui não nos conduz à ideia de
geração, mas de natureza e caráter. O
Unigênito de Deus tem familiaridade
única com o Pai. Jesus, como o Filho
de Deus, é Eterno (Cl 1.15-17), por
isso Isaías O chama de Pai da Eternidade (Is 9.6).
Ralph Earle & Joseph Mayfield
(2019, p.32): "Uma palavra precisa
ser dita sobre a expressão `o Unigênito do Pai: Comparada a Colossenses
1.15, onde Cristo é descrito como `o
primogênito de toda a criação; a frase
apresenta a filiação de Cristo sob aspectos complementares. `A primeira
marca a sua relação com Deus como
absolutamente sem paralelos; e a outra marca a sua relação com a criação
como preexistente e soberana'. O significado é claro e poderoso: `A glória do
Verbo encarnado era como a glória que
o Filho eterno derivaria dele, e assim a
poderia exibir aos fiéis".
1.2. A vontade do Filho é a mesma do
Pai.
Como implicação da importância
da unidade entre o Pai e o Filho, observamos a integração de interesses e
causas. Vejamos o que Jesus disse a esse
respeito: "(...) o Filho por si mesmo
não pode fazer coisa alguma, se o não
vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele
faz, o Filho o faz igualmente", Jo 5.19.
Jesus assim falou em razão da opinião
que os judeus tinham a respeito dEle
(Jo 5.16-18). O foco narrativo de Cristo
nos faz ver que Ele não fazia nada contra a própria vontade porque a vontade do Filho é a mesma do Pai. O Filho, em
certa ocasião, fez uma declaração que
fortalece essa verdade: "Eu não posso
de mim mesmo fazer coisa alguma;
(...) porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai, que me
enviou"; Jo 5.30.
Comentário MacArthur - Gênesis
a Apocalipse (2019, p.1330): "Em resposta à hostilidade dos judeus quanto
às implicações de suas afirmações de
igualdade com Deus Jesus tornou-se
ainda mais destemido, contundente e
enfático. Jesus vinculou diretamente
ao Pai suas ações de cura no sábado.
O Filho nunca assumiu um ato independente que o colocasse contra o
Pai, pois o Filho apenas fazia aquelas
coisas, coincidiam e coexistia com tudo o que o Pai faz. Assim Jesus deu a
entender que o único que poderia fazer o que o Pai faz deve ser tão grande
quanto o Pai".
1.3. O Filho foi enviado para fazer as
Obras do Pai.
O Filho foi enviado para
nos revelar a vontade do Pai: "Convém que eu faça as obras daquele que
me enviou, enquanto é dia; a noite vem,
quando ninguém pode trabalhar"; Jo
9.4. Jesus jamais teve vaidade em Seu
coração; Ele tinha o entendimento de
que as Suas obras eram as obras do Pai
(Fp 2.5,6). O Filho de Deus nos ensina
a nos empenhar em promover os interesses do Pai e, assim como Ele, ter a convicção de que não podemos fazer nada
de nós mesmo (Jo 5.30). Devemos nos
sujeitar ao Pai, buscando reconhecer a
vontade dEle para nossa vida.
Bíblia de Estudo NAA (2021,
p.1925): "Enquanto é dia se refere ao
tempo em que Jesus está aqui, em seu
ministério terreno, pois ele é a luz do
mundo (8.12; 9.5), cuja presença torna
`dia' a tudo, `noite' então seria o tempo
da crucificação e morte de Jesus. Ele
mostra uma intensa convicção da necessidade de cumprir tudo aquilo que
o Pai o enviou para realizar durante o
Seu ministério terreno; façamos (nós)
indica que ele está envolvendo também
seus discípulos nessa Obra".
EU ENSINEI QUE: O Filho Unigênito de Deus provém de Deus
Pai, de Quem tem a mesma natureza.
2. O Filho revela o Pai
João revela que o Verbo tornou
Deus conhecido (Jo 1.18). Jesus
disse que ninguém sabe quem é o
Filho, a não ser o Pai; e ninguém
sabe quem é o Pai, a não ser o Filho e aqueles a quem Ele quiser
mostrar o Pai (Mt 11.27).
2.1. O Filho de Deus na Criação.
Logo
no início do Evangelho de João, lemos
que todas as coisas foram feitas pelo Verbo e, sem Ele, nada do que foi
feito se fez (Jo 1.3). O autor da Carta
aos Hebreus corrobora com esse pensamento ao dizer que foi mediante Cristo, a Quem constituiu herdeiro de
tudo, que Deus criou o Universo e fez o
mundo (Hb 1.2). João Batista afirmou
que Jesus já existia antes dele, mesmo
ele tendo nascido antes de Jesus (Jo
1.15), dando a entender que Jesus já
existia eternamente como Deus. Sob
esta perspectiva, Jesus é o próprio
Deus Criador, que habitou entre nós
(Jo 1.14).
César Roza de Melo (2021, L.13):
"Um dos pontos-chave a ser destacado é a preexistência de Jesus, ou seja,
Jesus era um com Deus na eternidade.
Estava na criação do homem, a palavra
usada em Gênesis 1.26 é clara ao dizer
"façamos". Paulo deixa relatado que,
na plenitude dos tempos, Deus enviou
Seu Filho, nascido de mulher (Gl 4.4).
Em Lucas 10.18, encontramos Jesus dizendo que viu Satanás como um raio
caindo do céu. Como diz Paulo, a revelação de Jesus como Filho de Deus
veio no tempo certo, porém, Jesus já
existia antes da fundação do mundo,
sendo assim, Ele é eterno".
2.2. O Filho de Deus é Divino.
A mente
limitada e mortal do ser humano não é
capaz de compreender o grande segredo da cristologia quando João diz que
o Verbo se fez carne e habitou entre
nós (Jo 1.14). O Pai e o Filho aparecem
na Bíblia no mesmo grau de divindade (Gl 1.1; 1Tm 6.13; 2Tm 4.1). Essas
revelações evidenciam que o Pai e o
Filho são o mesmo Deus e têm a mesma autoridade; todavia, são distintos
como Pessoas e nas manifestações, não
em poder e esplendor.
Dilmo dos Santos (2012, L.01):
"João define que `o verbo era Deus:
Tal pensamento vai permear todo o
seu Evangelho, em que o próprio Jesus faz várias declarações, utilizando-
-se da expressão "Eu sou": Coisa que
um judeu em sã consciência não faria
jamais. Pois essa expressão apenas
se aplica a Deus. (...) João apresenta
Jesus como o próprio Deus, uma revelação que mais tarde os apóstolos
também vão confirmar, porque não
houve como negar que Cristo é a representação visível do Deus invisível
(Cl 1.15)".
2.3. O Filho de Deus é eterno.
A expressão "Filho de Deus'; nas Escrituras, indica claramente a natureza
divina de Jesus, que sempre existiu,
sendo reconhecidamente o Pai da
Eternidade (Is 9.6). Deus Pai identifica Jesus como Seu Filho (Mc 1.11).
Como João registra em seu Evangelho: o Verbo Eterno, o Filho Unigênito de Deus, participou da natureza
humana, mas sem pecado (Jo 1.14).
O próprio Senhor Jesus, na oração
registrada em João 17, menciona Sua
comunhão com o Pai "antes que o
mundo existisse" (Jo 17.5,24).
Dilmo dos Santos (2012, L.01):
"João 1.1 começa de modo semelhante ao primeiro livro do AT Gênesis 1.1: `No princípio': É uma indicação
de que o `Verbo' já existia na eternidade. Para comprovar sua tese, com
ousadia e a criatividade, João escreveu
apelando para os textos do AT contrastando os judeus que pensavam serem os
verdadeiros herdeiros do Reino de
Deus. João faz alusão a Gênesis 1.1,
`no princípio, período que iniciava
a história da primeira criação, mas,
em João 1.1, inicia-se a história da
nova criação, o agente é a Palavra
de Deus".
EU ENSINEI QUE:
Antes do mundo existir, Jesus já existia, pois
Ele é eterno.
3. Pai e Filho são iguais
Quando o Senhor Jesus declarou
"Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30),
os judeus queriam apedrejá-1O.
Foi uma declaração impactante.
O versículo 33 diz que os judeus
estavam revoltados, pois Jesus estava se apresentando como Deus.
Jesus já tinha feito outras declarações (Jo 5.18,23). As Escrituras revelam que o Pai e o Filho possuem
os mesmos atributos.
3.1. O Filho de Deus é Onipotente.
O
Filho veio ao mundo em forma humana para revelar o Pai (Jo 1.14-18).
Jesus pode todas as coisas, de maneira completa e plena (Jo 1.51). Assim
como o Pai, o Filho tem todo o poder
em Suas mãos (Jo 1.14). o Filho tem
o mesmo poder do Pai, já que Ele é
Deus. No Livro do Apocalipse, João escreveu: "(...) e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo
o sempre. Amém! E tenho as chaves
da morte e do inferno", Ap 1.18. A
relação harmoniosa e amorosa entre
o Pai e o Filho fez com que o Pai entregasse todas as coisas nas mãos do
Filho (Jo 3.35). Jesus tem poder para
libertar da ignorância espiritual (Jo
8.32, 36), oferecer perdão aos pecadores (Jo 4.25-30; 8.3-11) e curar os
doentes (Jo 4.50-51; 5.6-8; 9.6-7).
EF Bruce (1990, p.94): "Duas vezes
neste Evangelho lemos que o Pai ama
o Filho, aqui (v.35) e em (5.20). O verbo aqui é agapaõ; na outra passagem é
phileõ. A alternância destes dois verbos
em afirmações idênticas ilustra a propensão do evangelista em diversificar
sua escolha de sinônimos. O versículo
35 é uma contrapartida para a frase de
Jesus no relato sinótico: "Tudo me foi
entregue por meu Pai" (Mt 11.27; Lc
10.22). O Filho é o enviado plenipotenciário do Pai, seu porta voz e revelador perfeito".
3.2. O Filho de Deus é Onipresente.
Quando falamos que o Filho de Deus
é Onipresente, estamos nos referindo
ao poder de estar em todos os lugares
ao mesmo tempo, assim como o Pai
(Jo 20.19). O Filho de Deus vai além
dos limites dos seres humanos, como afirma Myer Pearlman: "Imensidade
é a presença de Deus em relação ao
espaço, enquanto onipresença é Sua
presença em relação às criaturas': Jesus garantiu que onde estivessem dois
ou três reunidos em Seu nome, ali Ele
estaria (Mt 18.20). Jesus estava dizendo
que, assim como Pai, o Seu poder não
está limitado ao espaço geográfico. Ele
está presente em todos os lugares (Jo
4.48-53; Mt 28.20).
Valdir Alves de Oliveira (2021. L.
12): "Deus é transcendente: além dos
limites cosmológicos, além dos limites
humanos (...). Está nas profundezas,
está ao nosso nível e está nas alturas.
`Para que ao nome de Jesus se dobre
todo joelho dos que estão nos céus, e
na terra, e debaixo da terra' (Fp 2.10);
`Ele revela o profundo e o escondido;
conhece o que está em trevas, e com
ele mora a luz' (Dn 2.22); `E não há
criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e
patentes aos olhos daquele com quem
temos de tratar' (Hb 4.13)".
3.3, O Filho de Deus é Onisciente.
A
Onisciência do Filho de Deus O faz conhecedor de todas as coisas. Vemos isso
quando Jesus revelou a Natanael que o
viu embaixo de uma árvore (Jo 1.48) e
quando falou à mulher samaritana que
o homem com quem ela se relacionava não era seu marido (Jo 4.16-18). Jesus
também sabia até o lado do barco de
Pedro e seus amigos que tinha peixes
(Jo 21.6). Como disse Paulo, em Cristo
estão escondidos todos os tesouros da
sabedoria e da ciência (Cl 2.3).
Comentário MacArthur - Gênesis
a Apocalipse (2019, p.1312): "Eu o vi.
Isso fornece um breve vislumbre do
conhecimento sobrenatural de Jesus.
Não só o breve resumo de Jesus sobre Natanael foi preciso (v.47), como também revelou informações que só
poderiam ser conhecidas pelo próprio
Natanael. Talvez Natanael tivesse alguma experiência significativa ou extraordinária de comunhão com Deus no
local e, então, foi capaz de reconhecer
a alusão de Jesus a isso".
EU ENSINEI QUE:
A Onisciência do Filho de Deus O faz conhecedor de todas as coisas.
CONCLUSÃO
O Pai e o Filho são iguais em essência, poder e glória (Jo 10.30). O Filho veio
do Pai e retornou a Ele (Jo 16.28), demonstrando a relação eterna e inseparável entre ambos. Embora sejam Pessoas distintas dentro da Trindade, possuem a mesma natureza divina e operam em perfeita unidade. A missão do
Filho foi tornar visível o Pai ao mundo, ensinando, curando e manifestando
Seu amor e justiça, cumprindo assim o Plano Divino de Salvação.
Subsídio para esta lição.
Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)
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