A Vitória Sobre a Morte: Jesus Ressuscita Lázaro
14 de Setembro de 2025
TEXTO ÁUREO
"Porque ainda não sabiam a Escritura,
que era necessário que ressuscitasse dos
mortos", João 20.9.
VERDADE APLICADA
A Ressurreição de Jesus Cristo é a segurança
daquele que crê no Evangelho e o fundamento da esperança cristã.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Compreender que a crucificação e a morte não venceram o Filho de Deus.
- Identificar as evidências
da Ressurreição do Filho de
Deus.
- Ressaltar que houve testemunhas da Ressurreição do
Filho de Deus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
JOÃO 20
1. E, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo
ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro.
2. Correu, pois, e foi a Simão Pedro e ao outro
discípulo a quem Jesus amava, e disse-lhes:
Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos
onde o puseram.
3. Então Pedro saiu com o outro discípulo, e
foram ao sepulcro.
4. E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que
Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.
5. E, abaixando-se, viu no chão os lençóis;
todavia, não entrou.
6. Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e
entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis.
8. Então entrou também o outro discípulo, que
chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Lc 24.46 Jesus não está morto.
TERÇA | At 1.3 Jesus ressuscitou.
QUARTA | Lc 24.1 O sepulcro é visitado pelas mulheres.
QUINTA | Mc 15.28 Jesus é colocado entre os maus feitores.
SEXTA | Mc 16.2 Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana.
SÁBADO | Lc 23.4 Pilatos não viu culpa em Jesus.
HINOS SUGERIDOS: 48, 112, 183
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que sejamos gratos pelo Filho de
Deus ter ressuscitado dos mortos.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos a trajetória do Filho de Deus desde Sua prisão, julgamento, crucificação e morte até Sua Ressurreição. Esses acontecimentos
já estavam previstos nas Escrituras e fazem parte do desenvolvimento do
perfeito plano divino de redenção (Mt 16.21; 17.22,23; 1Co 15.1-4).
PONTO DE PARTIDA – Jesus ressuscitou
dos mortos e
vive para sempre.
1- A prisão do Filho de Deus
Jesus foi preso no Getsêmani pelos servos dos judeus (Jo 18.12),
sem nenhuma acusação ou denúncia protocolar. Foi
aprisionado sem saber
do que o culpavam, na
calada da noite. No
Getsêmani, onde costumava orar com Seus
discípulos (Jo 18.2),
Jesus foi traído por Judas (Jo 18.3). Já preso, foi levado a Anás, também identificado
como sumo sacerdote (Jo 18.13,
19); depois, ao sumo sacerdote
efetivamente no exercício do cargo, Caifás (Jo 18.24); e, por fim,
levaram Jesus ao governador Pilatos (Jo 18.29).
1.1. O Filho de Deus é julgado.
O julgamento do Filho de Deus
foi algo injusto e perverso.
Os Evangelhos nos mostram que, conforme crescia
a fama de Jesus, também
crescia o ciúme dos líderes
de Israel. Na noite que Jesus
foi preso, eles passaram a
madrugada julgando o Mestre e, após
a decisão do Sinédrio, foi levado ao
governador (Jo 18.28-30). Pilatos,
então, após açoitar Jesus (Jo 19.1),
declarou não ver nenhum crime pelo qual condenar Jesus (Jo 19.4). Então,
submeteu a decisão ao povo, ou seja,
às mesmas pessoas que, dias antes,
saudaram a entrada do Filho de Deus
em Jerusalém (Jo 12.12-19). Agora,
elas pediam a crucificação de Jesus
(Jo 19.6), e Pilatos O entregou para
ser crucificado (Jo 19.16).
Bispo Samuel Ferreira (2019,
L.12): "Quanto à pena de execução,
ela não poderia ser aplicada pelo
Sinédrio. Então, o Sinédrio fez de
tudo para que Jesus fosse condenado
com a pena máxima, tanto junto a
Herodes quanto junto a Pilatos (Lc
23.13-25). Segundo as leis romanas,
Pilatos não viu qualquer coisa para
que Jesus merecesse tal condenação
(Lc 23.4). Ao recebê-lo de volta da
parte de Herodes, tentou livrá-lo
da condenação, dizendo: `Eis que,
examinando-o na vossa presença,
nenhuma culpa, das de que o acusais, acho nesse homem' (Lc 23.14).
Porém, a multidão gritava: `Crucifica-o! Crucifica-o!'. Como era costume soltar um preso, Pilatos os fez
decidir entre Barrabás e Jesus. A
multidão escolheu soltar Barrabás".
1.2. A crucificação do Filho de Deus.
O mais cruel e desumano instrumento de morte da época se transformou
no símbolo do cristianismo quando,
na cruz, o Filho de Deus levou sobre
Si os nossos pecados (1 Pe 2.24). Jesus foi crucificado entre dois ladrões,
agonizando na cruz (Jo 19.18). Em
Seu Ministério, Ele perdoou pecados
(Jo 4.25-30; 8.11), curou doentes (Jo 4.48-53; 9.6-7) e ressuscitou mortos (Jo
11.34-44); ainda assim, foi pendurado
numa cruz (Jo 19.23). Não podemos
nos esquecer de que o motivo que levou Jesus a ser crucificado foram os
nossos pecados (Is 53.5); assim, Aquele que não tinha pecado foi designado
por Deus para uma oferta pelo pecado
(2Co 5.21).
Abinair Vargas Vieira (2022, L.
12): "Para nos fazer compreender o
caminho traçado por Jesus antes da
crucificação, Marcos narra que a preparação para o ato foi um momento de
aflição e amargura, onde Cristo teve
que enfrentar a chacota e a desonra
(Mc 15.17). Nesta ordem de ideias,
lemos que, após a condenação à morte por Pilatos (Mc 15.15), os soldados
romanos usaram de ações impiedosas
(Mc 15.19). Diante de tanta crueldade,
o Servo ficou muito combalido, sendo
Simão, o cireneu, obrigado a ajudá-lo
a carregar a cruz (Mc 15.21). Ao chegar ao Seu destino e ser exposto no
madeiro, dando um grande brado o
Servo expirou (Mc 15.37)".
1.3. A morte do Filho de Deus.
Embora
inocente, Jesus tomou o lugar dos que
mereciam pagar por seus delitos (Is
53.4,5). Por amor à humanidade, o Pai
enviou Seu Filho ao mundo (Jo 3.16)
como ser humano (1 Jo 4.2), para que tomasse sobre Si as nossas misérias e dores.
O Filho foi crucificado, e Sua morte consumou o plano divino de redenção (Jo
19.30). O Evangelho de João ressalta a
morte de Cristo como cumprimento das
Escrituras (Jo 19.36,37).
Bispo Primaz Manoel Ferreira
(2016, L.13): "Mesmo dilacerado e
agonizando na cruz, Jesus revelou
Seu incomparável amor e Sua poderosa autoridade ao declarar que a um
dos ladrões estaria assegurado o Seu
Reino (Lc 23.42-43). Era o momento
mais inoportuno para ver o Reino estabelecido, mas ali estava a autoridade
daquele que decide quem entra ou não
na eternidade".
EU ENSINEI QUE:
Embora inocente, Jesus tomou o lugar dos
que mereciam pagar por seus delitos.
2. Jesus ressuscitou
A Ressurreição de Jesus Cristo é o fundamento da esperança
cristã (Rm 8.11; 2Tm 2.8). Sem
a Ressurreição do Filho de Deus,
o cristianismo não teria sentido
(1 Co 15.14), porque a Ressurreição consolida a demonstração do
Amor de Deus por nós (Jo 3.16).
2.1. O sepulcro vazio.
O discípulo
amado fez questão de ressaltar que
era madrugada, ainda escuro, quando Maria Madalena notou que a pedra do sepulcro havia sido removida
(Jo 20.1). Como relata Lucas, Jesus
expulsou sete demônios de Maria
Madalena, e ela pôde encontrar paz (Lc 8.2). Após a libertação, Madalena passou a seguir a Cristo. Ao ver o
sepulcro vazio, ela vai até João e Pedro e lhes diz que haviam levado o
corpo do Senhor, mas não sabia para
onde (Jo 20.2).
Bispo Primaz Manoel Ferreira
(2016, L.13): "O Apóstolo Paulo nos
ensina que, sem a ressurreição de
Cristo, nossa fé seria vã (1 Co 15.17). A
nossa pregação seria inútil e a nossa esperança seria vazia. Nosso testemunho
seria falso e nossos pecados não seriam
perdoados. Seríamos os mais infelizes
de todos os homens. Sem a Ressurreição de Cristo, o cristianismo seria o
maior engodo da história, a maior farsa
inventada pelos cristãos. Os mártires
teriam morrido por uma mentira. Glórias a Deus porque Jesus ressuscitou e
hoje temos vida abundante".
2.2. João e Pedro chegam ao túmulo
vazio.
Após serem informados por
Maria Madalena que o corpo do
Senhor havia sido levado, Pedro e
João, ainda abatidos pela morte do
Mestre, correm até o sepulcro (Jo
20.2,3). João é o primeiro a chegar;
entretanto, não entra. Ele só se abaixa e vê os lençóis no chão (Jo 20.4,5).
Pedro chega, entra no sepulcro, e vê
os lençóis caídos. Quando vê o sepulcro vazio, João crê que Jesus está vivo. O Filho de Deus não foi derrotado pela morte.
Ralph Earle & Joseph Mayfield
(2019, pp. 160-161): "Houve muitas
conjecturas a respeito do motivo por
que João venceu a corrida. A explicação mais plausível é a agilidade. João
era o mais jovem dos dois e estava apenas registrando um fato interessante
através do seu testemunho ocular. No
interior, Pedro e João, que o seguiu,
puderam ver algo mais. Não viram
apenas os lençóis, mas também que o
lenço que estivera sobre a cabeça de
Jesus não estava com os lençóis, mas
enrolado, num lugar a parte".
2.3. Ressurreição de Jesus: o centro
da mensagem cristã.
Na primeira
mensagem, após a descida do Espírito
Santo, a Ressurreição é apresentada
como um fato histórico e crucial no
plano divino de salvação (At 2.24-36),
que já tinha sido previsto nas Escrituras. Na cura do coxo e diante das
autoridades religiosas, o anúncio da
Ressurreição de Jesus Cristo também
está presente (At 3.15; 4.10). A grande
tarefa dos apóstolos era dar "testemunho da Ressurreição do Senhor Jesus"
(At 4.33). No anúncio do Evangelho, é
imprescindível comunicar a nova vida
que recebemos pela Ressurreição de
Jesus Cristo (1 Pe 1.3), que é o tema
central da mensagem de Salvação e
da justificação de todo aquele que crê
(Rm 4.23-25).
F.F. Bruce (1990, p.326): "Depois
da apresentação da morte de Jesus como sendo sua exaltação e glorificação, um escritor recente observou: `A ressurreição chega a surpreender neste
evangelho. (...) João está concentrado
em relatar eventos que realmente aconteceram, e a ressurreição é um deles,
por isso ele não teria como deixá-la
de fora. De outra forma, ele poderia
ter encerrado sua narrativa com Está
consumado' (Jo 19.30)".
EU ENSINEI QUE:
A Ressurreição consolida a demonstração do
Amor de Deus por nós.
3. As testemunhas da
Ressurreição
Jesus ressurreto apareceu a várias
pessoas, começando por Maria
Madalena, no jardim próximo ao
túmulo, quando Jesus a mandou
dizer aos discípulos sobre Sua
Ressurreição. Ele também apareceu a dois discípulos na estrada
para Emaús, revelando-se a eles ao
partir o pão. Outras aparições significativas incluem encontros com
os discípulos no Cenáculo, onde
Jesus lhes mostrou Suas feridas.
Tomé duvidou inicialmente, mas
depois reconheceu a Jesus como
"Senhor e Deus': As aparições de
Cristo são um testemunho poderoso da verdade da Ressurreição,
confirmando-a como fundamento da fé cristã e da proclamação
do Evangelho (Mt 28.9,16,17; Mc
16.9,14-18; Lc 24.13-31, 34, 50-
53; Jo 20.15,16,19,26; 21.1-22; At
1.3-11,21,26).
3.1. Jesus aparece a Maria Madalena.
Após Pedro e João voltarem para casa,
Maria Madalena ficou ali, chorando
junto ao sepulcro (Jo 20.11). Ainda
chorosa, ela viu dois anjos vestidos de
branco, sentados onde esteve o corpo
de Jesus, um à cabeceira e outro aos
pés. Embora estivesse conversando
com Jesus, ela não O identificou; e,
pensando ser o jardineiro, perguntou
onde ele havia posto o corpo do Mestre
(Jo 20.14,15). Logo que o reconheceu,
ela exclamou: "Raboni (quer que dizer
Mestre)"; Jo 20.16. Jesus lhe disse que
ainda não havia subido ao Pai, mas
que subiria. Então, Maria foi e disse
aos irmãos que viu o Senhor e o que
Ele lhe tinha dito (Jo 20.17,18).
Myer Pearlman (1978, p.175): "Seus
olhos marejados de lágrimas só conseguiram ver, obscuramente, uma forma
humana, que julgou ser o jardineiro.
Como no caso dos dois discípulos que
caminhavam para Emaús, `seus olhos
estavam como que impedidos de O reconhecer: O coração sobrecarregado com
mágoa às vezes perde a consciência da
presença de Cristo e se recusa a ser consolado, por causa de não conseguir ver a
Cristo no meio da tristeza".
3.2. Jesus aparece a dez dos onze discípulos.
Após a Ressurreição, antes de
subir ao céu, Jesus apareceu aos Seus discípulos várias vezes num período
de quarenta dias, falando-lhes acerca
do Reino de Deus (At 1.3). Em certo
domingo, os discípulos estavam reunidos a portas fechadas, porque estavam com medo dos judeus (Jo 20.19).
Jesus, então, aparece e se põe no meio
deles: "Paz seja convosco"; Jo 20.19. Aí
Jesus lhes mostrou as mãos furadas e
o lado ferido, e os discípulos ficaram
muito felizes ao ver o Senhor ressurreto (Jo 20.20). Somente Tomé não
estava ali.
Bíblia de Estudo de Genebra (2022,
p.1414): "Trancadas as portas. O relato
dá a impressão de que Cristo ressurreto
podia atravessar portas fechadas, e não
que ele as destrancou sobrenaturalmente como em Atos 12.10. Esse fato é relevante para as discussões acerca da natureza do corpo ressurreto (1 Co 15.35-
49). `Paz seja convosco!' Uma saudação
comum e muito bem-recebida, uma vez
que talvez esperassem uma repreensão
pela covardia de terem abandonado Jesus no momento de sua prisão".
3.3. Jesus aparece aos onze discípulos.
João relata que, oito dias após aparecer
aos dez discípulos, o Filho de Deus
apareceu novamente aos discípulos,
só que agora Tomé estava presente
(Jo 20.26). Mesmo as portas estando
fechadas, Jesus entrou e se pôs no meio deles. Nesta oportunidade, Jesus disse
a Tomé: "Veja as minhas mãos e ponha o seu dedo nelas': Estenda a mão e
ponha no meu lado. Pare de duvidar e
creia (Jo 20.27). Foi nessa aparição que
Jesus censurou a descrença de Tomé,
que logo exclamou: "Senhor meu, e
Deus meu!", Jo 20.28.
Bíblia de Estudo Wiersbe (2016,
p.1686): "Jesus queria fortalecer a fé
de Tomé e incluí-lo nas bênçãos reservadas aos discípulos. Tomé nos lembra que a incredulidade nos rouba
bênçãos e oportunidades. Pode parecer sofisticado e intelectual perguntar
o que Jesus fez, mas questionamentos
desse tipo são normalmente evidência
de coração duro, e não de uma mente
disposta a buscar a verdade".
EU ENSINEI QUE:
Tomé duvidou inicialmente, mas depois
reconheceu a Jesus como Senhor e Deus
CONCLUSÃO
É relevante tornar conhecido por todo ser humano o desenvolvimento do
grande e perfeito plano divino de salvação, que passa pela prisão, sofrimento,
morte na cruz e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Tais acontecimentos já estavam previstos nas Escrituras e foram anunciados pelo Senhor aos
Seus discípulos. Assim, a Ressurreição de Cristo é o evento central da fé cristã,
pois atesta a aceitação por Deus da obra da redenção e confirma a vitória sobre a morte e a promessa de Vida Eterna para todos os crentes.
Subsídio para esta lição.
Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)
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