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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Jesus Prega na Praia Lc 5.3


Considere a passagem a seguir:


"E, entrando num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e, assentando-se, ensinava do barco a multidão.” Lucas 5:3 


Esse ato de Jesus parece ser simples, mas está carregado de sabedoria e conhecimento de ciências e físicas.
Devemos considerar que Jesus em sua época não dispunha de aparelhos de som e microfones e nem auditórios para reunir e acomodar o povo. Então Ele pede a Pedro que afaste o barquinho um pouco da margem.

Devido a ondulação da margem e a inclinação da areia, o povo estaria em posição perfeita para poder ver a Cristo no barco, assim Ele poderia ser visto por um número maior de pessoas.

Além disso tem também a acústica veja: pela Física sabemos que o som tem a sua velocidade aumentada na superfície da água, ficando em torno de 1400 metros por segundos, desse forma as palavras de alguém que fala na superfície da água se tornam mais claras e mais altas. Como Jesus sabia disso? Obviamente por Ele ter trabalhado na criação do mundo!

Marcos André - Professor

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - A Mosca e a Sabedoria


Considere o versículo a seguir:


"Assim como a mosca morta faz exalar mau cheiro e inutilizar o unguento do perfumador, assim é, para o famoso em sabedoria e em honra, um pouco de estultícia."
Eclesiastes 10:1


  Nesse verso a palavra "estultícia", significa "falta de entendimento" ou "tolice". a metáfora é simples: um mosca morta inutiliza todo o unguento do perfumista, basta uma pequena mosca para acabar com todo o trabalho do profissional, basta uma mosca para acabar com uma deliciosa sopa. O pregador alerta que o mesmo acontece com o sábio que é reconhecido pela sua sabedoria, se em algum momento ele agir tolamente, ou se tomar uma decisão errada, toda sua fama e sabedoria poderá ser perdida. 
 O escritor alerta que uma pequena atitude errada pode destruir grandes coisas.

 Como mensagem podemos entender que o melhor é evitar as pequenas coisas tolas ou parar a atitude errada enquanto está insignificante, antes que ela ponha tudo que construímos a perder.

Marcos André - Professor 

Para ler mais interpretações clique aqui!

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - O Modelo de Igreja


Atente na passagem abaixo:


"Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos.
E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha."
Atos 4:34-35


  Esse texto representa o modelo da obra de Deus em Jerusalém, mostrando que aquela igreja atuava em comunidade. Nesse modelo desenvolvido em Jerusalém, a pessoa que aceitava a Jesus vendia tudo o que tinha e entrava para a comunidade. O único problema é que essa forma facilitava muito a perseguição, pois era fácil de achá-los. Esse modelo chegou a ser imitado algumas vezes na história da humanidade.
  Um ponto positivo desse modelo é que ninguém se prendia a nada material e todos se ajudavam mutuamente, porém esse, na verdade não foi um modelo dado por Cristo, a ideia de Jesus era expansionista Mc 16.15. 
  Devido a necessidade de se espalhar a Palavra pelo mundo Paulo, Apolo, Marcos, Silas, Lucas, Barnabé e muitos outros colaboradores trabalharam na obra de missões e adotaram o modelo de células, onde cada casa se tornava uma pequena igreja.
Podemos comprovar isso por essas passagens:


"Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia e a Ninfa e à igreja que está em sua casa." Colossenses 4:15

"E à nossa amada Áfia, e a Arquipo, nosso camarada, e à igreja que está em tua casa:" Filemom 1:2

"As igrejas da Ásia vos saúdam. Saúdam-vos afetuosamente no Senhor Áqüila e Priscila, com a igreja que está em sua casa." 1 Coríntios 16:19

"Saudai também a igreja que está em sua casa. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as primícias da Acaia em Cristo." Romanos 16:5


Concluo que Jesus não deixou nenhum modelo para sua obra, mas cada local deve adotar o modelo que melhor se adequar ao crescimento do evangelho, Cristo deixou ordenança que se encaixam em qualquer cultura.

Marcos André - Professor

domingo, 8 de setembro de 2013

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Desgarrados


Considere o versículo a seguir:

"Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos."
Isaías 53:6

  O contexto para esse versículo está em todo o capítulo 53 de Isaías, onde o profeta está tendo uma visão do Cordeiro crucificado, Em todo o capítulo 53 Isaías presencia a humilhação e o significado para tudo aquilo que ele estava vendo. 

No versículo 6 em destaque acima, temos a parte sublinhada mostra como estava a humanidade antes do advento de Cristo, ou seja, como ovelhas perdidas. 

O termo "ovelhas" deve ser entendido como aqueles que buscam a Deus, ou são povo de Deus e como cada um se desviava pelo seu caminho, concluímos que elas estavam perdidas. 

Vamos na Bíblia que Jesus frequentemente usou o termo "ovelhas perdidas", veja:

"Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel;" Mateus 10:6

"E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel." Mateus 15:24

"E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor." Mateus 9:36

Dessa forma entendemos que toda a humanidade estava desgarrada, pois a nação de Israel na época de Jesus já estava espalhada por diversas nações, mas Jesus se referia àqueles que buscavam a Deus.

Marcos André - Professor

domingo, 14 de julho de 2013

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Homem que Confia no Homem


Considere a seguinte passagem:


"Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!"
Jeremias 17:5


   Durante muito tempo se considerou que essa passagem significa um alerta e uma repreensão de Deus para aqueles que confia nos outros, querendo dizer que não devemos confiar em homem nenhum, mas se assim fosse, então essa palavra estaria em oposição a Tiago 5.16 
  Então devemos buscar a interpretação correta para esse texto, ou seja, aquela que o profeta tinha em mente quando escreveu essa passagem. Vejamos:
  
  Em primeiro lugar, a palavra confiar aqui se refere a livramento, seria antão, aquele que confia no homem para o livrar de algo. Por isso o profeta divinamente inspirado escreve: "e faz da carne o seu braço" 

  Resta sabermos a que homem o texto se refere.
 Aparece nessa passagem duas vezes a palavra "homem", no entanto uma significa uma coisa e a outra tem ou significado.

  A primeira palavra homem no hebraico "gebher", se refere a um indivíduo qualquer, uma pessoa. A segunda palavra homem no hebraico "ãdhãm", se refere a raça humana como um todo, é um termo genérico. Na tradução a palavra homem foi usada duas vezes, pois no português não termos diferenciados para o homem indivíduo e o homem raça humana. 
  Ficaria então dessa forma: "Maldita a pessoa que confia em homens para a livrar", porém para Matthew Henry esses termos significam "que confia em si próprio" Matthew Henry considerou a parte explicativa "e faz da carne o seu braço" como aqui está no singular, logo se refere ao braço da própria pessoa, ou seja, em si próprio.

CONCLUSÃO
  A melhor interpretação é a que se refere ao homem que confia em si próprio ao invés de confiar em Deus, e a palavra "confia" se refere a confiança no livramento e não à confiança entre amigos, de guardar um segredo ou desabafar algo.

Marcos André - Professor

Fontes: - Bíblia de Estudo Palavra Chave, pág 1508, 1572
             - Comentário Bíblico de Matthew Henry, pág 623

sexta-feira, 14 de junho de 2013

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Pecado Contra o Espírito Santo Marcos 3.28-30


Considere a passagem a seguir:

28 Na verdade vos digo que todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, e toda a sorte de blasfêmias, com que blasfemarem;
29 Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo
30 (Porque diziam: Tem espírito imundo).

Marcos 3.28-30

  Esse texto narra a condenação, sem direito a perdão, para aquele que blasfema contra o Espírito Santo. Analisando a passagem de forma simples entendemos o que é afirmado no verso 30, que diz com todas as letras “nunca haverá perdão”, ou seja, nem se houver arrependimento. Porém devido a seguinte dúvida que surge na cabeça de muitos crentes: “O que é pecar contra o Espírito Santo?” ou “Será que eu já pequei contra o Espírito Santo?” Então é necessário analisarmos o que significa pecar contra o Espírito de Deus. 

  Qualquer pecado contra Deus seria pecado contra o Espírito, mas o pecado que se refere aqui é o do verso 31 “Porque diziam: Tem espírito imundo”, mas ainda não é essa especificação que precisamos entender, é preciso verificar a forma e a pessoa dos que cometeram esse pecado. Vimos que foram os fariseus que afirmaram que os demônios eram expulsos pelo poder do próprio demônio em Marcos 3.22

  Na verdade muitos crentes incautos afirmam coisas parecidas, porém o fazem na ignorância, dessa forma poderão ser perdoados de acordo com os textos de Atos 17.30, desde que se arrependam de coração, mas os fariseus não cometeram esse erro na ignorância eles tinham a consciência de que Jesus era vindo da parte de Deus, porém eles não sabiam que Ele era o Cristo, achavam que Ele era somente um profeta da parte de Deus, como afirmou Nicodemos em João 3.2, Nicodemos nessa passagem expressa o conhecimento que os fariseus tinham de Cristo. 
 
  Eles jamais teriam rejeitado Jesus se soubessem que Ele era o Filho de Deus, O que levou eles a rejeitarem-no foi a presunção de acharem que eles também tinham os mesmos direitos de profeta. Por isso se acharam no direito de disputar com Ele.

  Uma outra possibilidade seria de que os fariseus não soubessem se Jesus de fato era o filho de Deus. Nesse caso, mesmo que eles não soubessem, eles tinham as condições de dirimir suas dúvidas, e até procurar a Jesus como fez Nicodemos. 

CONCLUSÃO

  A afirmação dos escribas e fariseus em Marcos 3.22 de que Jesus expulsava pelo poder de Satanás se constitui no pecado contra o Espírito Santo, por atribuir a Satanás a obra do Espírito Santo de Deus, isso de forma consciente, sabendo que Jesus é vindo da parte de Deus. Ainda que achassem que Ele não era o Filho de Deus, sabiam que o poder que estava sendo manifestado ali era do Espírito de Deus.
  Fica aqui um alerta para aqueles que gostam de fazer chacota com os dons espirituais, imitando por brincadeira e escarnecimento ou para denegrir a imagem do movimento pentecostal. É bom ter muita cautela com essas atitudes.

Marcos André - Professor

sábado, 6 de abril de 2013

INTERPRETAÇÃO BÍBLIA - A Santa Ceia do Senhor


Considere essa conhecida passagem: 

“23. Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;
24. E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
25. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
26. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.
27. Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor.
28. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice.
29. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.” 
1 Coríntios 11:23-29 

A interpretação desta passagem não é difícil, não é necessário nenhuma profundidade teológica. 

Objetivo 

 O objetivo dessa passagem era corrigir a forma errada com que os crentes de Corinto participavam da Ceia do Senhor. Por isso Paulo inicia dizendo “Porque eu recebi do Senhor,”, dessa forma ele declara que Jesus é quem ensinou a cerimônia para ele, dando um caráter divino à ordenança. 

 No verso 26 ele explica a ordem de Jesus “Fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim”, quer dizer “se lembrando de mim e do que Eu fiz. Assim Paulo declara o objetivo de Cristo ao instituir a Santa Ceia, para que a morte do Senhor e tudo o que ocorreu naquele dia fosse lembrado em todas as épocas em que o evangelho fosse pregado. Exatamente porque a morte do Senhor Jesus é a quitação da dívida do homem com Deus a qual permite ao ser humano ser salvo. 

No verso 27 Paulo afirma o perigo de participar da ceia do Senhor indignamente. Aqui convém saber o que significa comer indignamente, e a explicação está no final do verso 29 onde ele afirma que a condenação advém de comer não “discernindo” o corpo do Senhor, ou seja, não entendendo o seu significado e a sua representação no pão e no cálice. Conclui-se que comer indignamente é comer sem dar o devido valor ao ritual sagrado, tratando-o como uma coisa qualquer. 

 Não se deve participar da Santa Ceia com pecado não confessado, todo pecado deve ser confessado a Deus para o perdão antes do partir do pão. Pois aquele que participa da ceia com um pecado oculto, na verdade em seu coração está debochando de Deus e assim estará também comendo indignamente. 

 No verso 27 há uma ordem para o auto exame, originalmente a ceia com o Senhor deveria ser um ritual diário como era na igreja primitiva em Jerusalém e dessa forma diariamente o ser humano estaria se lembrando examinar-se. Entende-se então que o auto exame deve ser diário, ainda que a ceia seja mensal ou semanal na comunidade dos santos onde o crente estiver inserido. 

“30. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem.” 

 O verso 30 pode ser entendido literalmente e também espiritualmente, pois aqueles não valorizam o sacrifício de Cristo expressado no ritual da Santa Ceia, está desprezando também o seu livramento, a sua cura e a sua salvação e ainda que alguém permaneça indignamente de engano na igreja, não durará por muito tempo dessa forma. 

“31. Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” 

 Esse verso explica melhor o verso 27 e expressa sabedoria, pois quando alguém julga a si mesmo consegue ver um erro e o corrige antes que ele cause um estrago na sua vida, dessa forma não será julgado pelo Senhor depois. 

“32. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” 

 Aqui ele afirma que se não somos tão sábios ao ponto de nos julgar diariamente, então devemos receber a repreensão do Senhor no Seu julgamento, pois Ele só corrige a quem ama e se alguém for corrigido por Deus deixa de permanecer no caminho tranquilo, prazeroso e divertido que leva para o inferno. 

Os versículos 33 e 34 são a conclusão da repreensão pela forma como eles faziam o ritual da Santa Ceia. Pois era organizada uma festa talvez mensalmente que tinha o nome de “Ágape” onde os membros traziam os alimentos e a bebida, dessa forma se fazia um banquete e nesse banquete se fazia alusão a Santa Ceia do Senhor, pois devido à quantidade de alimentos e a bebida (vinho) a grande maioria deixava de lado o significado do corpo e do sangue do Senhor, e corria para encher a própria barriga e se embebedar literalmente, por isso as igrejas retiraram o banquete e passaram a fazer um ritual apenas simbólico com um pequeno cálice de suco de uva ou outra bebida dependendo da disponibilidade do local. Que ninguém fique bitolado nos elementos do ritual, pois se não tiver pão numa localidade, pode se fazer com bolo ou até mandioca, desde que seja em memória do Senhor. Que ninguém deixe de tomar Santa Ceia se estivar numa tribo indígena que não tenha uvas paro suco, pois Jesus já não toma nada feito de uva a um tempão. 

O erro do “pedir perdão”
 Com o passar do tempo adotou-se como parte do ritual o “pedir perdão diante da igreja”, com a ideia de que a comunhão seja perfeita, mas esse ritual ficou muito banalizado, pois muitos irmãos passaram a fazê-lo apenas como ritual e não com sinceridade de coração. Algumas cenas desse perdão são desnecessárias, como alguns falam no microfone “Peço que os irmãos me perdoem caso eu tenha falado ou feito algo que magoou alguém” e outras cenas beiram o ridículo, ao afirmarem, “Eu não fiz nada, mas peço perdão para a irmã fulana, pois ela ficou chateada comigo.” 

Essa parte do ritual deveria ser abolida das igrejas, pois não precisa esperar chegar o dia da Santa Ceia para pedir perdão e expor os outros diante da congregação. 

O pedir perdão deve ser no nível da ofensa: 
Se a ofensa foi diante da igreja, peça diante da igreja, se foi diante da família peça diante da família, se foi no pensamento peça a Deus em oração. 

CONCLUSÃO
 Essa importante ordenança deve ser realizado como cerimonial para que não seja banalizado o seu significado e os pastores devem sempre ensinar a importância dela para a igreja, para que ninguém se condene pela ignorância.

Marcos André - Professor

sábado, 23 de março de 2013

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Os Filhos de Deus


Considere esse versículo dentro de seu contexto:

"1. E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas,
2. Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.3. Então disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos.
4. Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama."
Gênesis 6:1-4

  Essa é uma das passagens mais difíceis de se entender na Bíblia, por conta do versículo dois, pois se desenvolveu suposições para a interpretação desse versículo. A questão principal é saber quem são os "filhos de Deus", que o texto se refere.

  Duas teorias pelo menos foram desenvolvidas, veja:

1ª teoria: Os filhos de Deus seriam anjos decaídos: De acordo com essa vertente os filhos de Deus seriam aqueles que caíram com Satanás quando ele foi expulso do céu. Essa teoria é defendida por poucos teólogos, dos quais Finis Jennings Dake autor da conhecida Bíblia de estudos Dake, essa teoria é defendida também por autores que desenvolvem crenças obscuras.
  Segundo Dake, os filhos de Deus não poderiam ser filhos de Sete, pois essas uniões teriam ocorrido em data anterior ao nascimento de Enos, filho de Sete. Um ponto talvez que favoreça os defensores dessa teoria seria o relato de Jó 1.6, onde se afirma que Satanás se apresenta juntamente com os filhos de Deus, dando uma ideia de que esses filhos de Deus se refiram a anjos. Dake defende ainda que os gigantes que surgiram dessas uniões teriam sido os personagens da mitologia grega.
  Outras fontes afirmam que esses anjos decaídos estariam tentando corromper o DNA da raça humana, para inviabilizar a promessa da vinda do Messias.
  Essa teoria também encontra amparo no livro de Enoque, um livro conhecido dos judeus, escrito pelo próprio Enoque, porém que não é considerado canônico e nem deuterocanônico.

2ª Teoria: Os filhos de Deus seriam os descendentes de Sete: Essa teoria afirma que após Sete começou-se a invocar o nome do Senhor Gn 4.26 surgindo assim uma nova geração de adoradores, porém essa geração "os filhos de Deus", teriam sido atraídos pelas mulheres filhas daqueles que não adoravam ao Senhor, "as filhas dos homens".
  Essa teoria á mais defendida por teólogos mais modernos pela sua racionalidade e explicação simples. A base para essa teoria é a negação da primeira, pois o Senhor Jesus afirmou em Mc 12.25 que os anjos não se casam, sugerindo que eles não se reproduzem. Parece também não haver nenhuma lógica na afirmação de anjos terem relações sexuais com mulheres humanas. Por que então essa prática não perdura ainda hoje? E se esses anjos tivessem executado possessões de corpos masculinos e assim possuído as mulheres, o que teria modificado o DNA humano para a geração de gigantes? O existência de gigantes na terra não é um fato completamente comprovado pela arqueologia e não há maiores explicações na Bíblia a não ser a passagem de Gn 6.4.
  
Conclusão
  Nessas teorias parece estar contida a luta da superstição contra a razão, da fantasia contra a lógica. A primeira teoria é baseada nas ideias mais fantasiosas, enquanto a segunda tende a manter uma explicação mais racional. Embora a fantasia seja mais emocionante do que qualquer história baseada na razão, não podemos deixar de lado a análise das passagens.
  É preciso ter cuidado com as posições defendidas nos púlpitos das igrejas, pois já existem muita superstição cristã introduzida em nosso meio.
  Embora a primeira teoria seja mais interessante, a segunda parece ter muito mais coerência e aplicação.

Marcos André - Professor

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sexta-feira, 15 de março de 2013

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Salvo pelo Fogo 1 Co 3.11-15



A paz do Senhor Jesus Cristo, considere a passagem a seguir:

“Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.
E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha,
A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão.
Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo. "
1 Coríntios 3:11-15


   Aqui está passagem de entendimento aparentemente difícil, pois o seu significado deve ser compreendido pela escatologia, todavia o ensinamento contido nessa passagem tem aplicação para o povo de Deus hoje, vejamos:

  A chave para a compreensão do que está sendo dito é sabermos que "fogo" será esse, que revelará a obra de cada um para o purificar, e que “dia” é esse, ambos mencionados no verso 13.
  Segundo Matthew Henry esse texto é explicado escatológicamente, onde o fogo está no sentido figurado e o dia será um dia especial preparado para esse fim.

 O “edifício” do verso 12, entende-se pelo contexto que é a obra de cada um, obra essa que ganha almas para o reino de Deus, conforme o versículo 9.
  Diante disso entendemos que em um dia específico, todos diante do Senhor terão suas obras reveladas, mostradas qual era a motivação principal, qual era a intenção do coração de cada um ao fazer a obra de Deus.

 Algumas obras são verdadeiros edifícios, pois ganham muitas almas. Nesse caso se alguém que ganhou muitas almas, mas o coração não estava totalmente voltado para o ganho de vidas pro Senhor Jesus, então será revelado naquele dia, todavia essa pessoa será salva, como que pelo fogo, porque não receberá nenhum galardão por tudo que fez. Não estamos falando aqui de pecado, mas de pessoas que trabalharam para o Senhor sem que seu coração estivesse com o mesmo propósito de Deus.

  A parte aplicável a nossa vida hoje está em sabermos que tipo de obra estamos fazendo para o Senhor , pois o texto classifica seis tipos: ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, sendo três de material valioso que o fogo não consome e outras três de material barato e inflamável que o fogo destrói inteiramente.
  A obra feita de material valioso demonstra a dedicação empenhada inclusive com gastos de recursos. Esses materiais não são consumidos com o fogo, pelo contrário, são purificados com ele.

  Por outro lado, a obra feita com os outros três materiais, madeira, feno e palha, pode ser queimada pelas características desses materiais, assim representam a obra feita de qualquer maneira, que não se valoriza muito, não se gasta tempo, recurso, nem atenção. Esses materiais não são purificados pelo fogo, mas são totalmente queimados por ele. Os trabalharam assim não receberão galardão por essas obras, porém serão salvos, mas não poderão argumentar que trabalharam na obra de Deus, pois o fogo do Senhor terá revelado que tipo de obra era aquela.

Conclusão:

  Cada um que faz a obra de Deus construindo sobre o fundamento que é Jesus, deve avaliar como edifica sobre Ele, veja se seu edifício está sendo feito com material de baixa qualidade, ou seja, analise qual a sua intenção e qual a sua dedicação, veja o quanto você investe nessa obra, que valor você dá a ela.

Marcos André - Professor

Fonte de Auxílio:  Comentário Bíblico de Matthew Henry pag. 952

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

INTERPRETAÇÃO BÍBLIA - A Vinha de Nabote 1 Rs 21.1-9

Vamos tomar a passagem a seguir:

"E sucedeu depois destas coisas que, Nabote, o jizreelita, tinha uma vinha em Jizreel junto ao palácio de Acabe, rei de Samaria.
Então Acabe falou a Nabote, dizendo: Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, pois está vizinha ao lado da minha casa; e te darei por ela outra vinha melhor: ou, se for do teu agrado, dar-te-ei o seu valor em dinheiro.
Porém Nabote disse a Acabe: Guarde-me o SENHOR de que eu te dê a herança de meus pais.
Então Acabe veio desgostoso e indignado à sua casa, por causa da palavra que Nabote, o jizreelita, lhe falara, quando disse: Não te darei a herança de meus pais. E deitou-se na sua cama, e voltou o rosto, e não comeu pão.
Porém, vindo a ele Jezabel, sua mulher, lhe disse: Que há, que está tão desgostoso o teu espírito, e não comes pão?
E ele lhe disse: Porque falei a Nabote, o jizreelita, e lhe disse: Dá-me a tua vinha por dinheiro; ou, se te apraz, te darei outra vinha em seu lugar. Porém ele disse: Não te darei a minha vinha.
Então Jezabel, sua mulher lhe disse: Governas tu agora no reino de Israel? Levanta-te, come pão, e alegre-se o teu coração; eu te darei a vinha de Nabote, o jizreelita.
Então escreveu cartas em nome de Acabe, e as selou com o seu sinete; e mandou as cartas aos anciãos e aos nobres que havia na sua cidade e habitavam com Nabote.
E escreveu nas cartas, dizendo: Apregoai um jejum, e ponde Nabote diante do povo." 
1 Reis 21:1-9

Esse texto parece narrar uma história simples, e parece ter sido escrito para expor toda a maldade de Acabe e de sua esposa Jezabel, porém os eruditos e pregadores em todas as épocas propõem uma mensagem interpretada a partir da tipologia dos elementos veja: 

Vinha – é o ponto central do texto, objeto de desejo de Acabe e protegido por Nabote por ser herança de família. Tipologicamente pode representar a nossa família, pois a vinha produz o vinho que simboliza “alegria” e é isso que a nossa família produz a alegria. Nabote tinha laço sentimental com a vinha, por ser ela herança, assim como temos com nossa família, pois é a nossa herança.  

Nabote – representa a cada pessoa que está produzindo na obra de Deus. O nome Nabote significa "frutífero", assim somos nós quando estamos servindo ao Senhor com toda nossa casa.

Acabe – representa o próprio Satanás, que propõe comprar a tua vinha (família), ele quer investir na sua casa, recomenda-se que cada um invista em seu lar, tempo, recurso, atenção, porque se não investirmos, Satanás investirá. Depois ele propõe dar uma vinha melhor, esta proposta tem sido aceita por muitos homens e mulheres, que trocam de conjugue, por acharem outro(a) aparentemente melhor. Melhor do ponto de vista do mundo, pois o melhor é o que Deus deu, melhor é a herança. 

Jezabel – representa os aliados de Satanás para armarem ciladas a fim de matarem e tomarem as vinhas dos Nabotes, pode vir em forma de sensualidade, em forma de armadilha, ou com acusações mentirosas. 

   Essa tipologia parece falar tudo, porém ainda tem mais, observe que no texto Nabote morre, parece não ter uma solução para que se evitasse a sua morte. Mas analisando os fatos que levaram a morte de Nabote encontramos algo que pode ser apontar para os dias atuais, veja: a sua vinha estava ao lado do palácio do rei Acabe (Satanás) ai está o elemento de comparação, o problema de Nabote foi estar com a sua colada no palácio do inimigo. O reino de Satanás não pode estar muito próximo da nossa família, pois ele com certeza tentará algo contra ela, pois ele odeia família, ele está cobiçando nossa casa. É necessário tirara a proximidade que a nossa família tem com o reino do adversário. Às vezes o reino de Satanás já está trabalhando dentro da casa de alguém. Para que o reino de Satã saia de dentro das nossas casas, primeiro, estabelecer a leitura da Palavra de Deus, adquirir um vida de oração, vigiar com a internet e a TV.

Marcos André - Professor

domingo, 21 de outubro de 2012

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Recalcitrar Contra os Aguilhões



Considere o texto a seguir e a sentença sublinhada:


"E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? 
E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões
Atos 9:4-5

  Convém primeiro entender o significado: "recalcitrar" significa confrontar, resistir, e "aguilhão" era uma espécie de espeto de ferro, de bronze ou até de prata, com o qual os carroceiros picavam (cutucavam) o gado para puxar a carroça. Porém quando o boi era muito bravo ele se debatia contra os aguilhões e acabava se ferindo.


   Paulo era como esse "boi bravo" que estava lutando contra algo que para ele era errado, como um boi bravo ele lutava contra a nova religião que estava surgindo, porém Jesus estava lhe ensinando que não adiantaria ele lutar contra aquele aguilhão, pois era mais forte do que ele. Quem sabe se Paulo considerando em seus pensamentos talvez já não tivesse alguma dúvida acerca da autenticidade divina daquela nova religião?

   A dúvida que paira na cabeça de muitos estudiosos, é por que a parte sublinhada não aparece nas versões mais atuais da Bíblia?

Façamos uma crítica textual:

Essa parte aparece nas versões mais tradicionais e renomadas:
- Almeida Revista e Corrigida 
- King James (inglesa)
- Reina Valera (espanhola)

Não aparecendo nas mais atuais:
- Almeida Revista e Atualizada
- Nova Versão Internacional

   O que ocorreu foi o seguinte: ao serem editadas as novas versões, essa parte não entrou por não se encontrar nos manuscritos gregos. O pequeno "erro" ocorreu porque o texto usado para as traduções mais tradicionais de Almeida, King James e Reina Valera, foi o de Erasmo de Roterdã em grego, e como Erasmo não dispunha de todo o texto em grego, ele usou partes do texto em latim.  

CONCLUSÃO
   Devemos entender que não há nenhum problema aqui, pois de fato o Senhor disse aquelas palavras a Paulo, pois ele mesmo registrou em At 26.14 ao narrar a sua história para o rei Agripa e Berenice.

"E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava, e em língua hebraica dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões." 
Atos 26:14

   Provavelmente na tradução para o latim, alguém entendeu que se Paulo disse em At 26:14 que foi desse jeito, então em At 9.5 deveria estar do mesmo jeito (essa é minha especulação).

Paz a todos em Cristo.

Marcos André - Professor

VÍDEO PARA ESSA INTERPRETAÇÃO: Clique Aqui!

sábado, 11 de agosto de 2012

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - O Véu nos Corações

Considere a passagem:


"E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório.
Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido;
E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles.
Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará."
                                                                           2 Coríntios 3:13-17


Tomemos alguns elementos de comparação:

A Glória refletida.
    Nesta passagem o apostolo Paulo faz uma comparação entre nós (todos os crentes do Novo Testamento salvos pelo sangue de Cristo) e Moisés intermediador da Antiga Aliança, entre a glória de Deus no Antigo Testamento e a glória dEle em nós. 

   Aqui mostra que a Glória do Senhor no Antigo Testamento brilhava transitoriamente na face daquele que esteve em sua presença, era um reflexo de algo que estava impregnado na face de Moisés, como certos objetos florescentes que estando em contato com a luz, brilha por um certo tempo após a luz ser tirada. Era um fenômeno físico a partir de algo sobrenatural. 

  Quer dizer que no Antigo Testamento apenas refletia na pessoa que teve contato com Ele. Não somos como moisés, pois na Nova Aliança, o Espírito de Deus foi derramado sobre nós, então a Glória do Todo Poderoso frui de dentro de nós, não é mais um fenômeno físico para não assustar ninguém, mas somente sobrenatural dentro de nós.

O Véu.
    Moisés colocava um véu no rosto, pois a glória refletida em seu rosto incomodava os pecadores, então era colocado o véu para que não vissem a face do intermediador da Lei.
  Significa dizer que eles pela lição do Antigo Testamento não poderiam conhecer o intermediador da Antiga Aliança, quanto mais o Criador.
   Paulo afirma que não somos como Moisés, pois a Glória de Deus manifestada em nós é discernida espiritualmente e mostra a revelação de Deus em nós. A mensagem é passada conduzindo o pecador ao intermediador da Nova Aliança (Jesus).
   Paulo afirma ainda, que ao aprenderem os ritos do Antigo Testamento, o véu se levanta em seus corações, de modo que eles não podem chegar ao pleno conhecimento do Senhor, e só será tirado o véu, se eles se converterem.

Abolido.
   Significa que o ensino das práticas do Antigo Testamento foi abolido, pois existe um novo Mediador de uma Nova Aliança, não de sangue de animais, como ensina o Antigo Testamento, mas pelo sangue do Mediador, Jesus Cristo.
   O Antigo Testamento permanece como referencial, como fonte de conhecimento da origem das dispensações e da simbologia da Nova Aliança, da história do mundo e do conhecimento das obras e das promessas do Senhor.

Marcos André - Professor

domingo, 22 de julho de 2012

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - O Espinho na Carne



Considere o texto a seguir:

“E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.
 Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.
 E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.”   2 Co 12.7-9

Nesta passagem o apóstolo Paulo está afirmando que devido as grandiosas revelações que o Senhor lhe concedeu, foi permitido, pelo próprio Senhor, que Satanás o afrigisse com algo.
O Senhor teria permitido isso para que Paulo sempre fosse humilde e sempre dependente de
Deus.
A questão mais discutida é: O que seria esse “espinho na carne” de Paulo?
Ninguém até hoje conseguiu comprovar nenhuma tese sobre esse termo, o que se tem são somente suposições, vejamos algumas:

 Já se cogitou que fosse alguma tentação carnal, mas essa tese já caiu por terra a muito tempo uma outra suposição seria de que Paulo sofresse de epilepsia, porém não se sustenta mais essa hipótese.

A nota de estudo da Bíblia Vida Nova afirma que talvez fosse alguma doença como a malária ou possivelmente problema nos olhos devido ao texto de Gl 4.15:
“Qual é, logo, a vossa bem-aventurança? Porque vos dou testemunho de que, se possível fora, arrancaríeis os vossos olhos, e mos daríeis.” Gl 4.15

  Martinho Lutero acreditava que o “espinho na carne” fosse devido as perseguições dos próprios judeus.
O Manual Bíblico da SBB, nos afirma que apesar de ser uma obra de Satanás, foi um meio que o Senhor usou para manter seu servo humilde.

O estudo da Bíblia Dake procura derrubar a tese de que seja alguma enfermidade, devido a palavra “espinho” ser usada na Septuaginta referindo-se aos opositores do povo de Deus.
“Mas se não lançardes fora os moradores da terra de diante de vós, então os que deixardes ficar vos serão por espinhos nos vossos olhos, e por aguilhões nas vossas virilhas, e apertar-vos-ão na terra em que habitardesNm 35.55
Também o texto de Ex 28.24

Conclusão
Chegamos ao parecer de que a hipótese mais aceita para o espinho na carne do apóstolo Paulo, é de que ele estivesse se referindo às perseguições sofridas tanto por Judeus como por gentios, aliás a perseguição que sofreu é o fato mais mencionado por Paulo em suas cartas.
Os opositores de Cristo lhe colocaram uma coroa de espinhos, mas o que eles pensavam que era para o mal se tornou para o bem de toda a Terra.

Marcos André - Professor

PODEM MANDAR AS TESES E SUPOSIÇÕES
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domingo, 20 de maio de 2012

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - O Grande Sábado - Jo 19.31



Considere a seguir, o sublinhado no texto bíblico nas diversas versões: 

1. ARC 

“Os judeus, pois, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era grande o dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados.”

João 19:31

2. ARA
“Então os judeus, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação, pois era grande o dia daquele sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem tirados” 

3. NVI
“Esse era o Dia da Preparação, e o dia seguinte seria um sábado especialmente sagrado. Por não quererem que os corpos permanecessem na cruz durante o sábado, os judeus pediram a Pilatos que ordenasse que lhes quebrassem as pernas e os corpos fossem retirados.” 

4. KJ (King James)
“The Jews therefore, because it was the preparation, that the bodies should not remain upon the cross on the sabbath day, (for that sabbath day was an high day,) besought Pilate that their legs might be broken, and {that} they might be taken away.” 
Traduçao do parênteses: “pois aquele dia de sábado era um grande dia”

   A parte sublinhada em cada uma dessas versões se refere ao sábado daquele fim de semana em que Jesus foi crucificado. Note que em cada uma delas há um adjetivo que classifica aquele sábado como “grande” ou “especialmente sagrado”, a única versão onde não dá essa ideia para aquele fim de semana é a ARC (Almeida Revista e Corrigida) onde lemos  (pois era grande o dia de sábado) dando a entender que se referia a qualquer sábado, podendo passar desapercebido o significado real daquele sábado.

   As referências mencionadas demonstram como aquele sábado era especial, vejamos a razão disso:

    O motivo é simples, a festa da páscoa naquele ano ia ocorrer naquele sábado por isso ele era uma sábado especial.

   A festa da páscoa que era uma festa fixa, isto é, não varia de data, somente nos dias da semana, pois a cada ano ela podia cair em um dia da semana diferente, e naquele ano ela ia ocorrer em um sábado. Isso explica a pressa dos judeus para que os condenados morressem logo.

  Hoje a festa da páscoa para o ocidente é móvel, pois é comemorada no domingo após a sexta-feira da paixão, por isso ela varia de data. 

  Convém observar que na NVI aparece o termo "especialmente sagrado", bem modificado do original para auxiliar o entendimento. Não é acréscimo pois não adiciona nada ao contexto, nem heresia pois não muda a interpretação.

Marcos André - Professor

quinta-feira, 22 de março de 2012

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Resposta ao leitor

A irmã Eloiza Siqueira nos enviou a seguinte pergunta: 

 "Hoje qual a melhor tradução Bíblica para ser adquirida? Porque hoje temos tantos tipos de Bíblias, com tantas traduções diferentes, mulher, pentecostal, etc, que dá medo. a minha preocupação é ter uma bíblia fora da tradução correta. Por isso peço sua opinião quanto a isso."  


Irmã Eloiza, a paz de Cristo. A sua pergunta é importantíssima para o crescimento espiritual, de fato temos várias traduções e versões no nosso país, porém nem todas são confiáveis, vejamos:


  A melhor tradução ainda é a de João Ferreira de Almeida, para essa tradução temos algumas versões:  Almeida Revista e Corrigida (ARC), Almeida Revista e Atualizada (ARA), Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH) e temos também a Nova Versão Internacional (NVI) a Versão Católica da Edição Pastoral, a King James (Novo Testamento) e muitas outras.


- A ARC e ARA são as melhores versões para estudos comparativos e detalhados, e também para leitura diária. São as versões usadas pelas melhores Bíblias de estudos no nosso país.
- A NTLH é boa para novos convertidos, mas não deve ser usada para estudos aprofundados.
- A NVI é boa, mas acumula algumas críticas no conteúdo.
- A King James, é a melhor versão em inglês mas a tradução para o português ainda precisa de revisão.
   
As melhores Bíblias de Estudos são: Plenitude, Pentecostal, Vida Nova, Shedd, Bíblia de Estudos de Genebra.
   A Bíblia de Estudos Dake deve ser evitada, devido a algumas heresias nos comentários.

  Não aconselho as Bíblias temáticas: Bíblia do Obreiro, da Mulher, Batalha Espiritual e outras mais, a maioria são apenas para fazer patentes de conteúdo bíblico, para ganhar dinheiro.

A paz de Cristo para você, espero ter sido útil.


Qualquer dúvidas peço que os amados leitores, deixem as perguntas nos comentários.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Tesouro em Vasos de Barro

Veja esse texto:

"Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós."   2 Co 4.7

   Esse texto escrito por Paulo é uma belíssima revelação de como o Senhor opera no ser humano a sua revelação. O tesouro aqui de acordo com os versículos 5 e 6 é a revelação de Cristo dada por Deus aos homens veja:

"Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 2 Co 4.6

  Dessa forma o vaso de barro somos nós que sendo falhos guardamos a revelação de glória de Cristo Jesus. Veja que na segunda parte do verso 7 temos o motivo pelo qual Deus opera dessa forma:

"...para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós." 2 Co 4.7b

  Segundo o manual bíblico da SBB, Paulo provavelmente faz uma alusão a um certo costume dos cortejos romanos que conduziam as riquezas em vasos de barros para ressaltar o contraste com o conteúdo dos recipientes.

  Matheu Henri afirma que o Senhor poderia ter escolhido os anjos com suas forças para levarem aos homens o conhecimento da revelação de Cristo, mas Ele escolheu os ministros mais humildes e sujeitos as mesmas fraquezas que os demais homens. Dessa maneira toda a glória vai para Deus e não para o vaso.

  Algo interessante é que a partir do versículo 8 até ao 12 Paulo fala como somos perseguidos e como estamos entregues a morte por amor de Jesus Cristo.

  E nesse contexto observo que as usinas siderúrgicas utilizam o barro como recipientes para conter o ferro derretido pelo fogo na produção do aço, pois o barro é o material que quanto mais calor lhe for aplicado, mais ele fica resistente.

  Assim somos nós vasos de barro, que quanto mais passamos pelo fogo das provações, mais ficamos resistentes para guardar e passar aos outros o tesouro da revelação de Cristo Jesus.

Marcos André - Professor 

ASSISTA O VÍDEO PARA ESSA INTERPRETAÇÃO - CLIQUE AQUI.