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sábado, 30 de agosto de 2025

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 10 / 3º Trim 2025

O Exemplo de Humildade: Jesus Lava os Pés dos seus Discípulos  
7 de Setembro de 2025

TEXTO ÁUREO
"Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também", João 13.15.   

VERDADE APLICADA
Jesus Cristo, sendo Senhor e Mestre, é nosso maior exemplo de humildade e serviço cristão.  

OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Saber que o Filho de Deus amou os Seus discípulos até o fim.
- Saber que o Filho de Deus foi um Servo Fiel e Humilde.
- Ressaltar as lições da liderança pelo serviço.
  
TEXTOS DE REFERÊNCIA

JOÃO 13 
1. Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim. 
3. Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus, 
4. Levantou-se da ceia, tirou os vestidos e tomando uma toalha, cingiu-se.
5. Depois deitou água em uma bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. 
6. Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim? 
7. Respondeu Jesus, e disse-lhe: o que eu faço, não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.  

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Pv 15.33 A humildade antecede a honra.
TERÇA | Mt 5.5 Bem-aventurados os humildes.
QUARTA | Fp 2.3 Considerem os outros superiores a si mesmos.
QUINTA | Gl 5.13 Servindo uns aos outros.
SEXTA | Cl 3.12 Revistam-se de humildade.
SÁBADO | Lc 14.11 Quem se humilhar será exaltado.

HINOS SUGERIDOS: 45, 154, 462

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que os crentes tenham o Senhor como exemplo de humildade e compromisso.

INTRODUÇÃO
João registra, dos capítulos 13 ao 17 de seu evangelho, os últimos momentos de Jesus antes da crucificação. Reunido no cenáculo com Seus discípulos, ciente de que se aproximava a hora de passar para o Pai, Nosso Senhor inicia Suas últimas instruções com um ato que causou grande espanto entre os discípulos: Ele lhes lavou os pés e os enxugou com Sua própria toalha. Como veremos nesta lição, existem aí preciosíssimas lições a serem extraídas para um autêntico viver cristão.

PONTO DE PARTIDA – Jesus, um exemplo de amor e humildade.

1- Jesus amou Seus discípulos até o fim
Até o capítulo 12 do Evangelho de João, vemos Jesus pregando, ensinando, operando milagres em diversas regiões, atendendo e ministrando a multidões e indivíduos. Do capítulo 13 ao 17, Jesus se concentra no grupo mais próximo de discípulos, que F.F. Bruce chama de "ministério do cenáculo" (1987, p. 238). O relato inicia enfatizando o amor do Senhor pelos Seus (Jo 13.1). Ele revelou que os amava perfeitamente e lhes mostrou a totalidade da extensão de Seu amor. 

1.1. Amor na prática.
João relata o momento que Jesus se levantou, após a Ceia com os discípulos, e tomou uma atitude que, certamente, ficou marcada na mente deles para sempre: Jesus lavou os pés de cada um de Seus discípulos. O ato de lavar os pés dos convidados era um dos afazeres dos empregados da casa, particularmente dos servos gentios. Entretanto, para surpresa de todos, o Filho de Deus exemplifica amor e humildade em lavar os pés de seus discípulos (Jo 13.4-5). 

Bíblia da Liderança Cristã (2007, p.924): "O Salvador do mundo provou que Ele é, de fato, o maior de todos os servos de todos os tempos. Essa é uma história familiar para muitos. Quando os discípulos prepararam a sala para a sua ceia, eles esqueceram de providenciar um servo que lavasse os pés dos convidados à porta de entrada, como era de costume. E, ainda que eles tivessem percebido que haviam esquecido do servo para lavar os pés, nenhum deles se dispôs para voluntariamente fazer esse trabalho. E ainda por cima se perguntavam qual dentre eles seria o maior. Quando Jesus percebeu isso, ele decidiu usar essa oportunidade para lhes dar um ensinamento concreto. Depois da ceia, Jesus revestiu-se de uma peça de roupa ao redor da cintura, mesmo que isso fosse atribuição de um escravo. Então tomou uma travessa com água, uma toalha e passou a lavar os pés dos seus discípulos, enquanto interagia com eles". 

1.2. Um Amor sem limites.
A Última Ceia ocorreu numa quinta-feira à noite, e é quando Jesus nos dá o maior exemplo de humildade e amor: "como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim", Jo 13.1. O Filho de Deus teve a preocupação de mostrar Seu amor na prática para os que estavam a Sua volta. E foi esse amor imenso e humilde que levou Jesus a sacrificar a Si mesmo por cada um de nós (Jo 15.13). Bispo Primaz Manoel Ferreira (2016, L. 11) observa que "os discípulos viam nos olhos de Jesus o Amor puro que tinha por eles e pelo Seu povo". O amor de Cristo é admirável, infinito e capaz de romper barreiras (Rm 8.35-37). Por Amor, Jesus veio nos salvar da condenação e da culpa (Jo 3.16). Que possamos ser gratos, louvando o Filho de Deus pelo Seu sublime Amor (1 Jo 4.19). 

Comentário do Novo TestamentoAplicação Pessoal (2021, p.565): "Por Jesus estar totalmente ciente que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele dedicou as suas últimas horas a instruir e encorajar os seus discípulos. Jesus prosseguiu com a sua devoção aos seus discípulos até o final de sua vida, mostrando-lhes nesta última noite toda a extensão de seu amor. Por eles, um por um, e o Senhor faria de uma forma que iria surpreendê-los". 

1.3. A extensão do Amor de Cristo.
Jesus não só amou, mas também cuidou de Seus discípulos durante Seu Ministério terreno. Além disso, por onde passava, o Filho de Deus deixava claro que veio para todos (Jo 1.11-12). Independentemente de ser judeu ou não, quem ia até Jesus, necessitado e com fé, desfrutava de bênçãos e salvação (Jo 4.53). Quando entendemos e aceitamos o amor de Jesus, Ele transforma nossa vida (Jo 4.26-30). O Senhor conhece o tamanho exato do vazio que existe em cada coração, e somente Ele pode preencher esse vazio em nosso ser (Pv 23.26). O Filho de Deus nos valoriza e nos oferece um amor que nunca acaba (Jo 15.9,10,12,13). Jesus nunca nos abandona (Rm 8.38,39); Ele deseja preencher nossa vida com Seu amor (1 Jo 3.16). 

Matthew Henry (2003, p.875): "Como o Pai amou a Cristo, que foi fiel ao extremo, assim amou aos seus discípulos que eram indignos. Todos aqueles que amam o Salvador devem perseverar em seu amor por Ele, e aproveitar todas as ocasiões para demonstrá-lo. A alegria do hipócrita dura somente um momento, mas a alegria daqueles que permanecem em Cristo é uma festa contínua. Devem demonstrar o seu amor para com Ele, obedecendo os seus mandamentos. O amor de Cristo por nós deve levar-nos a amarmo-nos uns aos outros". 

EU ENSINEI QUE: 
Jesus não só amou, mas também cuidou de Seus discípulos durante Seu Ministério terreno. 

2. Jesus, o Servo Humilde
Lavar os pés dos discípulos foi um exemplo de humildade, servidão e amor a ser seguido pelos cristãos (Jo 13.5). É importante aprender isso com Jesus, porque essas atitudes se refletem em nosso comprometimento com a Obra de Deus (Jo 15.20). 

2.1. A verdadeira humildade.
O Filho de Deus tinha prazer em servir ao próximo e reconhecia Seu papel de Servo: "Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve", Lc 22.27. Sua atitude humilde ao lavar os pés dos discípulos é uma boa demonstração da serventia e do amor do Mestre por todos. O Todo-poderoso se fez Servo para servir com humildade e amor (Mt 20.28). 

Bíblia Além do Sofrimento (2020, p.924): "O servo supremo Jesus, aquele que é mais digno de ser servido, fornece o melhor exemplo de serviço. Os pés estão sujos. Depois de horas andando em estradas quentes, secas e empoeiradas, os pés estão ainda piores. Jesus lavou os pés dos discípulos para nós seguirmos seu exemplo. Jesus quer que todos nos o sigamos e sirvamos uns aos outros. Quando cuidamos e servimos aos outros, seguimos os passos de Jesus". 

2.2. O Amor que se expressa no servir ao próximo.
Seguramente, uma das ações mais impactantes do Filho de Deus foi lavar os pés de Seus discípulos (Jo 13.5). Com essa atitude, Jesus se coloca como Servidor de todos e quebra padrões e protocolos da época. Portanto, assim como Jesus não viu nada que Lhe desmerecesse naquela atitude servil, nós também não devemos achar que é tarefa menor servir aos irmãos (Jo 13.15-17). Quando todos servem uns aos outros, a Igreja cresce e se fortalece (Sl 133.1). 

Myer Pearlman (1978, p.133): "A atitude dos apóstolos nesta ocasião ajudará a explicar a ação de Cristo em lavar os pés dos seus seguidores, assim como um veludo preto dá realce à beleza de um brilhante. Por que ninguém tinha se oferecido para fazer o trabalho? Lucas nos informa que, justamente na época da última Ceia, `Suscitaram também entre si uma discussão sobre qual deles parecia ser o maior' (Lc 22.24). Se qualquer um deles tivesse se oferecido para lavar os pés dos demais, teria se colocado na posição se servidor dos demais, exatamente o oposto do que cada um deles queria! Estavam procurando um servo e acharam Um (Jo 13.4,5; Mc 10.45)". 

2.3. O Senhor Jesus: exemplo de humildade.
Jesus não buscava honra para Si mesmo, mas honrar o Pai: "Se Eu Me Glorifico a Mim Mesmo, a Minha Glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai (...)", Jo 8.54. O maior e mais excelente exemplo de humildade nos é dado por Jesus, que deu a vida pelo resgate de muitos. Então, como crentes, devemos seguir o exemplo do Mestre, que disse: "(...) e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração", Mt 11.29. Isso implica servir ao outro com amor e humildade, como fez o Filho de Deus.

Abinair Vargas Vieira (2022, L.02): "Somos chamados a servir como Ele serviu. Daí não ser exagero afirmar que em nenhum momento a Bíblia deixa transparecer em Suas páginas que Jesus foi incompreensivo ou desrespeitoso com alguém. Pelo contrário, Ele servia a todos com o mesmo carinho e atenção. Sendo, até os dias de hoje, o nosso maior exemplo de serviço ao próximo".

EU ENSINEI QUE: 
Jesus não buscava honra para Si mesmo, mas Honrar o Pai.

3. Jesus praticava humildade
Estamos inseridos numa sociedade que vive uma competição desenfreada em busca de status social. A corrida para ocupar os primeiros lugares é constante, humilhar os outros é algo comum, além do vale tudo para alcançar os próprios objetivos. Contrapondo-se a essa visão, Jesus disse: "(...) vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros". Jo 13.14.

3.1. Jesus serviu com humildade.
A humildade é uma virtude ilustre do espírito humano. Desde o nascimento, o Filho de Deus ensina humildade para aqueles que O amam. A humildade na vida de Jesus sempre foi e sempre será o nosso maior exemplo. Ele desceu do Seu trono real e se esvaziou completamente, tornando-se semelhante aos seres humanos (Fp 2.7). O serviço cristão se baseia na humildade, como Jesus nos ensina ao se ajoelhar e lavar os pés dos discípulos (Jo 13.16). 

R.N. Champlin (O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Vol. 2. p.661), comentando sobre João 13.16, menciona os escritos de Adam Clarke e Lange: "Cristo enobreceu os atos de humildade praticando-os pessoalmente. A verdadeira glória do crente consiste em ser dentro de sua medida, tão humilde quanto o seu Senhor [...] essas palavras tiveram por intuito suprimir toda a ambição humana [...] por parte dos apóstolos e de seus sucessores no ministério. O Senhor pôde prever com grande maestria a imensa tentação e os erros vinculados ao engrandecimento clerical que haveria de surgir em sua Igreja". 

3.2. Jesus liderava mesmo sob pressão.
Jesus liderava pelo serviço (Jo 5.17), e isso fez dEle um grande líder. Ele fazia tudo para servir (Jo 13.14,15). Jesus estava seguro de Sua identidade, de quem Ele era, por isso não tinha problemas em servir, inclusive lavando pés empoeirados e sujos. Mesmo sabendo que já era chegada a Sua hora de passar deste mundo para o Pai (Jo 13.1), Ele não se importou com o que pensariam a Seu respeito (Jo 13.1,3). Jesus liderava pelo exemplo, mesmo sob pressão.

Bíblia da Liderança cristã (2007, p.906): "Um líder é engrandecido durante o tempo de suas maiores dificuldades. Quase todo mundo pode liderar quando as coisas estão a seu favor, mas um verdadeiro líder se faz quando ele tem de liderar com a morte estampada em sua face. Visto que apresenta João o clímax crítico da vida de Jesus, nele podemos ver o que um líder é capaz de fazer quando está sob pressão". 

3.3. O Senhor Jesus: obediente até a morte.
Para consumar o Plano Redentor, Nosso Senhor veio ao mundo em carne (1 Jo 4.2), foi colocado em posição inferior à dos anjos (Hb 2.9), e se manteve humilde e obediente até a morte (Fp 2.8). Na Cruz, Jesus expressou Seu amor absoluto e eterno (Jo 3.16), num ato máximo de humildade: deixar a glória e o trono, esvaziar-se, fazer-se homem e passar a Servo dos irmãos. Por isso, Ele foi caçado, encarcerado, chicoteado, cuspido e pregado na Cruz (Jo 19.17-30). Mas a humildade transformou o mais cruel instrumento de execução em símbolo do amor de Jesus pela humanidade (1 Pe 2.24). 

Bispo Samuel Ferreira (2019, L. 12): "A crucificação de Jesus transpira Amor (Lc 23.33-46). Jesus foi colocado entre dois criminosos e Suas dores eram terríveis. Os chefes do povo e os ladrões zombavam, os soldados escarneciam, mas Ele orava: `Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem: A crucificação de Jesus nos revela ao máximo o amor divino para salvar e transformar os corações cansados, angustiados e traumatizados".

EU ENSINEI QUE: 
A humildade não é uma condição, mas um valor que reflete a Obra do Espírito Santo.
 
CONCLUSÃO 
Em tempos de estrelismo e busca desenfreada por aplausos e reconhecimento, a humildade de Cristo deve produzir despertamento nos crentes. Assim, com a imprescindível ajuda do Espírito Santo e para a Glória de Deus, não nos esqueceremos das Palavras de Nosso Senhor em Seu discurso de despedida: "...como eu vos fiz, façais vós também", Jo 13.15.
  

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)


quarta-feira, 27 de agosto de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR SUBSÍDIO - Lição 9 / 2º Trim 2025


AULA EM ____ DE _________ DE _____ - LIÇÃO 9


(Revista Editora Betel)

Tema: A PREPARAÇÃO MISSIONÁRIA



Texto de Referência: Mt 9.35-38 

VERSÍCULO DO DIA
"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade", 2Tm 2.15

VERDADE APLICADA 
Oração e preparo na Palavra são pilares fundamentais no cumprimento da Grande Comissão.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explicar a necessidade da Missão; 
 Apresentar a importância da preparação na oração; 
✔ Mostrar a importância do chamado à Missão.

MOMENTO DE ORAÇÃO  
Oremos para que Deus nos capacite para o propósito da proclamação do Evangelho.

LEITURA SEMANAL
Seg 2 Ts 3.1 Devemos orar para que a pregação do Evangelho se propague.
Ter Jr 1.7 É Deus quem escolhe e levanta homens e mulheres para a Obra missionária.  
Qua Lc 10.2 Devemos pedir que o Senhor levante missionários.
Qui Ef 4.11 O Senhor deu à Sua Igreja os dons ministeriais. 
Sex Is 6.8 Disponibilidade ao chamado divino.
Sáb 2Tm 2.15 Devemos nos dedicar a Palavra para termos a aprovação de Deus.

INTRODUÇÃO
Professor(a), essa é mais uma lição com foco na Grande Comissão, preparei esse material para ajudá-lo(a) na sua aula, a ideia é dar mais qualidade à ministração, espero que seja útil.
A Missão de levar as Boas-Novas ao mundo é algo sério e urgente, ordenado por Cristo. Nesta Missão, a Igreja precisa ter como objetivo o preparo teológico e espiritual para o campo missionário. 
Para esse início vale comentar o seguinte: ninguém pode ir ao campo missionário, para falar a um povo de uma outra cultura, sem o devido preparo, devido ao risco de colocar tudo a perder. Notamos no Novo Testamento, que nenhum dos apóstolos que andou com Cristo se aventurou nesta empreitada, pois eram judaizantes até a raiz, mas o apóstolo Paulo era de origem romana, conhecedor das culturas, grega, romana e judaica, falava o latim, o grego e o aramaico. Se tinha alguém preparado era ele. 

Ponto-Chave 
"Deus quer levantar a nossa geração para o Seu "Ide" e para pregar o Evangelho aos confins da terra." 

1. A NECESSIDADE DA MISSÃO
A Missão da Igreja tem como um de seus principais objetivos mostrar ao mundo perdido o que significa ser um povo reconciliado e liberto por Deus, diante de uma sociedade corrompida, e ela faz isso através da vida da Igreja e no envio de missionários. 

1.1. Necessidade de Obreiros 
"A seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros", Mt 9.37. Esta frase de Jesus é icônica quando falamos de Missão. Quando se fala no "Ide de Jesus" e no chamado missionário, entendemos que Deus irá levantar pessoas, mas esquecemos que a missão de pregar o Evangelho a toda criatura é uma ordenança a todos os cristãos! Tanto o profeta Isaías quanto Jeremias foram comissionados pelo Senhor a uma grande missão: a de profetizar a um povo rebelde, mas mesmo assim, eles não esmoreceram na caminhada. Que possamos dizer ao Senhor: "Eis-me aqui, envia-me a mim", Is 6.8. Quando Jesus proferiu o "Ide", Ele não disse como os discípulos fariam aquilo, por isso, toda técnica de missões para levar o Evangelho ao mundo é válida, e todas as técnicas conhecidas envolvem trabalhadores. Infelizmente está cada vez mais difícil encontrar obreiros e obreiras dispostos a ir ao campo missionário. Nos dois exemplos utilizados, Isaías e Jeremias, quem chamou e convenceu aqueles profetas foi o Senhor, por isso, entendemos que somente Deus pode convencer alguém a ir numa missão transcultural. Sendo assim, nós só podemos orar e deixar que o Espírito Santo convoque os obreiros, como Ele já fez em outras ocasiões:
"E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.", Atos 13.2
Eles estavam em oração, e o Espírito Santos levantou dois obreiros, devemos proceder da mesma forma se quisermos que Deus envie mais obreiros para o trabalho missionário.

1.2. Ministérios da Igreja 
Deus disponibilizou à Sua Igreja, cinco dons ministeriais para a edificação e crescimento (Ef 4.11). Dos cinco dons ministeriais: dois se orientam para fora, apóstolos e evangelistas, ou seja, seu ministério está direcionado para o mundo; e para o crescimento da Igreja. Não consta o termo missionário na Bíblia, contudo, podemos contextualizar que a missão do apóstolo na Igreja primitiva se assemelha a dos missionários hoje em dia, onde suas funções eram estabelecer igrejas e corrigi-las caso ocorresse algum tipo de erro doutrinário ou de conduta, assim como Paulo fazia através de Cartas às Igrejas que estabeleceu. Ou seja, a obra que o apóstolo Paulo iniciou sob a direção do Espírito Santo, é o modelo de obra de missão transcultural que temos hoje. Consiste no seguinte, o missionário vai à região alvo, estabelece um ponto, que pode ser uma casa de alguém da região que tenha se convertido, e abre uma nova congregação, levantando obreiros locais para darem continuidade ao trabalho, assim como o apóstolo Paulo fazia, veja:
"Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei:", Tito 1.5
Paulo iniciou a obra em Creta, e deixou Tito lá para dar prosseguimento. Nesse caso, os missionários deverão buscar do Senhor os demais dons ministeriais, para que se possa estabelecer novas igrejas.   
Refletindo 
"Deus estabeleceu a oração como meio para falarmos com Ele e abrirmos as portas espirituais." 
Bispo Samuel Ferreira 

2. A IMPORTÂNCIA DA PREPARAÇÃO NA ORAÇÃO
A Missão começa com a oração: "Rogai, pois, ao Senhor da seara", Mt 9.38. Jesus deixa claro que a missão é inerentemente, dependente da oração, pois é através dela que ficamos sensíveis à orientação e direção divina. 

2.1. Orar para que Deus envie trabalhadores
Devemos orar a Deus para que Ele envie mais trabalhadores para a seara, pessoas comprometidas com a Obra, diligentes e responsáveis. Deus não chama para Sua Obra pessoas desocupadas. Ele chama pessoas ocupadas porque aqueles que já estão ativos e comprometidos em suas responsabilidades tendem a ter qualidades como diligência, disciplina e disposição para servir. Que possamos ser esses trabalhadores valorosos da última hora, onde o nosso prazer seja realizar o trabalho do Reino, tendo o privilégio de ser usado pelo Senhor. Confirmando o que já havíamos falado anteriormente, quem faz despertar o desejo no coração do obreiro é o Espírito Santo, por isso, precisamos pedir a Ele em oração. 
A afirmação de que "pessoas ocupadas tendem a ter qualidades úteis para a obra", é verdadeira, por isso o Senhor sempre chamou pessoas dedicadas ao trabalho, como Elizeu que estava no arado:
"Partiu, pois, Elias dali, e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele, e ele estava com a duodécima; e Elias passou por ele, e lançou a sua capa sobre ele.", 1 Reis 19.19
Ou como o apóstolo Paulo que estava em uma jornada de perseguição aos cristãos. A verdade é que os que trabalham possuem uma qualidade acima de todas as demais, não são preguiçosos, a pior coisa é um obreiro preguiçoso. 

2.2. Uma Igreja de oração
Jesus vivia uma vida de oração (Lc 6.12-13), a Igreja primitiva vivia em oração (At 13.3), os Apóstolos da mesma forma (At 16.25). Orar para o cristão deve ser uma necessidade como a de respirar. É na oração que Deus fala, se revela, transforma as circunstâncias e age no secreto. A oração não pode ser um fardo para o cristão, mas um encontro com o Senhor. Devemos anelar em entrar na presença do rei, pois ao estar em Sua presença, Ele partilha conosco Sua majestade, nos abençoa e nos dá vitória. Um coração contrito Deus não desprezará (Sl 51.17). A oração é o devocional que não pode faltar ao cristão, no entanto, como o comentarista deu a entender neste subtópico, para muitos cristãos hoje, a oração é como um fardo, pois não a exercitam corretamente. O apóstolo nos ensina que devemos exercitar a piedade, veja:
"Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.", 1 Timóteo 4.8
Piedade é a nossa devoção a Deus, e isso inclui a oração. Basicamente, exercício de oração é, "orar e persistir até conseguir a resposta". Então podemos praticar começando pela obra de missões, pedindo por obreiros para a seara.

3. CHAMADO À MISSÃO
Deus chamou homens simples e fez deles grandes homens, foi assim com Abraão, que era um homem destinado a não ter uma descendência, pois sua esposa era estéril; Davi, um jovem pastor; Amós, um homem do campo que cultivava figos silvestres e cuidava do gado. 

3.1. Vocação missionária
Deus quer levantar uma geração que faça a diferença nessa sociedade mergulhada no pecado. O chamado de Deus para a Obra missionária é para aqui e agora! Em Mateus 8.21, um discípulo de Jesus dá uma desculpa para não entrar no barco: "Senhor, permite-me que, primeiramente, vá sepultar meu pai". Essa frase significa que ele não poderia naquele momento seguir Jesus, e Ele responde que Sua missão é de vida e não pode ser deixada para depois (Mt 8.22). Devemos buscar primeiramente o Reino de Deus e nos colocar à disposição do Senhor para Ele alcançar os perdidos através dos que O servem. Vejamos como Jesus respondeu diante da desculpa do discípulo:
"21 E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai.
22 Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos.", Mateus 8.21,22
De acordo com a resposta de Jesus, o discípulo deveria deixar que outros da família sepultassem seu pai. Não podemos levar o texto ao pé da letra, mas entender a ideia geral, que de um obreiro não pode estar apegado com as coisas dessa vida. Isso dá base ao ensino de Paulo:
"3 Tu pois, sofre as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo.
4 Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.", 2 Timóteo 2.3,4
Paulo está utilizando a metáfora de um soldado alistado, para ensinar sobre dedicação na obra de Deus, ou seja, a mesma instrução que Jesus estava dando ao discípulo. E isso serve para nossa aplicação imediata como servos do Senhor. 

3.2. Preparação na Palavra
A dedicação ao ministério e a Palavra é essencial diante do chamado divino (2Tm 2.15). O Espírito Santo somente nos fará lembrar aquilo que um dia aprendemos (Jo 14.26). Se os discípulos de Cristo passaram três anos e meio aprendendo com o Mestre, por que não devemos nos aprofundar nas Sagradas Escrituras? Se até mesmo o Apóstolo Paulo, que era um intelectual, teve que se preparar, cabe a nós também nos esmerar em aprender mais de Deus em Sua Palavra. É imperativo para todos nós, discípulos de Cristo, vivermos a Palavra de Deus de forma integral, ou seja, aprender, viver e pregar. Duas grandes dificuldades em nossos dias, no que diz respeito à leitura da Palavra, é a falta de tempo e comodidade dos crentes, vejamos cada um:
1º - Falta de tempo: hoje estamos cercados de atividades, é o ritmo frenético do mundo, que tira todo o tempo, e isso faz com que sobre pouco tempo para a família e o lazer, nessas condições, a primeira coisa que muitos crentes subtraem da vida devocional, é o período de meditação na Palavra de Deus, deixando para ler a Bíblia somente quando estão no culto;
2º - comodidade dos crentes: a verdade é que as facilidades de acesso ao conteúdo bíblico, não deixou os crentes mais dedicados, mas o efeito parece ter sido o contrário na maioria dos cristãos, deixando-os acomodados. A verdade é que muitos que alegam falta de tempo para leitura da Bíblia, conseguem tempo para muitas outras coisas, como assistir vídeos em redes sociais, por exemplo.
A verdade é que nossas congregações locais precisam estimular um maior envolvimento na Palavra, principalmente para aqueles que forem exercer uma vocação missionária.

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
O apostolado bíblico teve seu fim no período bíblico. Paulo é considerado o último Apóstolo, como ele mesmo afirma: "e, por derradeiro de todos, me apareceu também a mim, como a um abortivo", (1Co 15.8). O que caracterizava um apóstolo para a Igreja primitiva era aquele a quem Cristo apareceu após a ressurreição e foi comissionado por Ele (1Co 9.1). Todavia, a palavra "apóstolo", significa enviado, mensageiro, desta forma, podemos atualizar o dom ministerial de apóstolo como o de missionário nos dias atuais. Hoje, o missionário que vai ao campo é considerado o apóstolo de Cristo no presente século, corroborando diretamente para a proclamação do Reino de Deus. 

CONCLUSÃO 
É necessário que a Igreja dos dias atuais se apresente para a Obra missionária através da oração e da predisposição ao chamado divino. 

Complementando
Segundo Taylor (1998), 5% em média dos missionários voltam frustrados prematuramente de suas missões. O Brasil está entre os países com maior retorno prematuro do mundo, ficando com 8,5% no ranking. A principal causa desse regresso é a falta de preparo е a falta de consciência das pressões que enfrentarão. A doutora Antônia Leonora Van der Meer diz: "O preparo cultural do missionário é a chave para uma boa adaptação, integração no campo e o bom êxito do seu ministério" (Revista Capacitando, p. 25). Fonte: icp.com.br 

Eu ensinei que: 
Somos a geração que possui a responsabilidade de cumprir o "Ide de Jesus". Não deixemos escapar esta oportunidade.

Fonte: Revista Betel Conectar
 
ATENÇÃO: ESTE SUBSÍDIO É GRATUITO PARA OS USUÁRIOS DO CLUBE DA TEOLOGIA
 
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terça-feira, 26 de agosto de 2025

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 9 / ANO 2- N° 6

1 João, a Epístola do Amor
__/___/____


TEXTO BÍBLICO BÁSICO 

1 João 1.1,7,8 
1 - O que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida. 
7- Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os 
outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado. 8- Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. 
1 João 2.9-11,14,18-20 
9- Aquele que diz que está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas. 
10- Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo. 
11- Mas aquele que aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos. 
14- Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno. 
18- Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora. 
19- Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós. 
20- E vós tendes a unção do Santo e sabeis tudo. 

TEXTO ÁUREO 
Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
1 João 1.7

SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO 
2ª feira - 1 João 2.1; 1 Coríntios 10.13 
Cristo intercede por nós; Deus nos socorre na tentação 
3ª feira - Hebreus 2.9; 2 Coríntios 5.14,15
Jesus entregou-se por todos para conceder salvação 
4ª feira - 1 João 2.8; Gálatas 5.14 
O amor reflete o resplendor da verdadeira luz 
5ª feira - Romanos 8.16; 1 João 3.14
O Espírito testifica nossa filiação e amor pelos irmãos 
6ª feira - Daniel 7.25; 2 Tessalonicenses 5.2.3 
Tempos difíceis virão antes do Dia do Senhor 
Sábado - Hebreus 3.12-14 
Exortai-vos cada dia, para permanecer firmes 

OBJETIVOS 
    Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá: 
  • compreender que a vida do salvo deve refletir a luz de Cristo, afastando-se do pecado; 
  • reconhecer a necessidade de manter-se separado dos valores corrompidos do mundo;
  • evidenciar, por meio do amor, que é nascido de Deus; discernir e vigiar contra os falsos profetas dos últimos tempos. 
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS 
    Prezado professor, esta lição enfatiza a distinção entre a vida na luz e a contaminação pelo pecado, além da necessidade de vigilância permanente. 
    Para envolver os alunos, inicie a aula com uma reflexão: Quais características diferenciam a conduta de um verdadeiro discípulo de Cristo? Ao fim do estudo, ressalte que a obediência à Palavra e o crescimento espiritual são essenciais para resistir ao engano e perseverar na fé. 
    Boa aula! 

COMENTÁRIO 
Palavra introdutória 
    O apóstolo João escreveu sua primeira epístola para refutar os falsos mestres que se infiltraram na Igreja, propagando dou- trinas distorcidas sobre Cristo. Esses indivíduos eram conheci- dos como gnósticos, grupo filosófico que emergiu no primeiro século, fundamentado no conceito de gnósis (conhecimento esotérico). Sua influência se estendia às igrejas de Éfeso, Colossos e outras comunidades cristãs na Ásia Menor. Assim como João, Paulo também combateu veementemente tais heresias em suas cartas (1 Tm 6.20,21; Cl 2.8-10,18-23; Tt 1.10-16). Irmão de Tiago e filho de Zebedeu, João foi um dos discípulos mais próximos de Jesus e o autor das epístolas joaninas. Em seus escritos, ele se dirige aos leitores como "filhinhos" (1 Jo 2.1,12,18,28; 3.7,18; 5.21), demonstrando sua preocupação pastoral. 
_______________________________
    De acordo com a Tradição, João passou seus últimos anos em Éfeso, onde teria escrito suas três cartas. Pais da Igreja, como Irineu, Dionísio de Alexandria, Papias e Policarpo, corroboram essa informação. Estima-se que sua primeira epístola tenha sido concluída antes do ano 70 d.C. 
_______________________________

1. A TESTEMUNHA DA LUZ E DA VIDA 
    João inicia sua epístola reafirmando a realidade corpórea de Cristo, refutando de forma incisiva as doutrinas gnósticas que negavam a Encarnação (1 Jo 1.1,2; cf. 2 Jo 7) - assim como em seu Evangelho, o apóstolo enfatiza que Ele é o Verbo eterno de Deus, revelado em natureza humana (Jo 1.1,14; cf. 1 Jo 4.2,3). 

1.1. A heresia gnóstica 
    O gnosticismo, em ascensão na Igreja primitiva, distorcia a fé cristã ao negar aspectos fundamentais da identidade de Cristo. Dentre outras práticas, seus adeptos: 
  • negavam Sua humanidade, alegando que Ele apenas aparentava possuir um corpo físico, sem ter uma natureza humana real; 
  • rejeitavam Sua divindade, argumentando que o Divino não poderia assumir uma natureza humana;
  • promoviam a crença em seres mediadores, sustentando que entre Deus e os homens existia uma hierarquia de entidades espirituais, como os aeons ou demiurgos, que deveriam ser reverenciados (cf. Cl 2.18). 
1.2. O combate direto às falsas doutrinas 
    Ao iniciar sua epístola, João confronta diretamente aqueles que negavam a humanidade de Cristo, afirmando categoricamente a realidade da Encarnação, testemunhada por ele e pelos demais apóstolos (1 Jo 1.1). Desde o princípio, distingue claramente o Pai e o Filho, reforçando que são pessoas distintas na unidade divina (1 Jo 1.3). 
    Além disso, João refuta a negação de Sua divindade, declarando que Ele é o verdadeiro Deus e a vida eterna (1 Jo 5.20). O apóstolo já havia tratado dessa questão em seu Evangelho ao registrar as palavras de Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim (Jo 14.6), rejeitando qualquer ideia de mediadores espirituais. Diante da desorientação gerada por esses falsos ensinos, o apóstolo reforça a alegria que advém da verdade, encerrando essa introdução com uma declaração encorajadora: Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo seja completo (1 Jo 1.4). 

2. A REDENÇÃO EM CRISTO E A PURIFICAÇÃO DO PECADO 
    Em seguida, o escritor sagrado estabelece uma nítida distinção entre aqueles que andam na luz e os que permanecem no pecado (1 Jo 1.7). O ser humano, por natureza, tende à autojustificação, relutando em admitir sua condição pecaminosa. João, porém, adverte: Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós (1 Jo 1.8). 
    Para muitos gnósticos, a verdadeira existência residia no espírito, considerado eterno, enquanto o corpo, por ser transitório, não possuía relevância moral. Dessa forma, dissociavam a espiritualidade da conduta física, alegando que o culto a Deus ocorria no espírito, enquanto o corpo poderia entregar-se ao pecado sem consequências. Essa perspectiva, identificada como antinomismo (gr. anti = "contrário" + nomos = "lei"), promovia uma vida sem regras, desconsiderando qual- quer responsabilidade ética pelos atos cometidos no corpo. 

2.1. A intercessão de Cristo diante da universalidade do pecado 
    Negar a realidade do pecado não exime ninguém de sua condição diante de Deus. João alerta que tal postura constitui um autoengano que contradiz a verdade divina (1 Jo 1.9,10). 
    No contexto gnóstico, duas visões extremas se manifestavam. Alguns ascetas rejeitavam os prazeres materiais para evitar a suposta corrupção do espírito. Outros, adotando um viés antinomiano, desconsideravam a moralidade das ações físicas, pois viam o corpo como irrelevante para a salvação. Essa separação entre espiritualidade e comportamento levava à indulgência com o pecado. 
   Diante disso, o apóstolo reafirma: o ideal é evitar o pecado, mas, caso ocorra, há um recurso providenciado por Deus: (...) Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo (1 Jo 2.1b). 

2.2. A expiação de Cristo e a amplitude de Sua obra 
    A intercessão de Cristo junto ao Pai fundamenta-se em Sua obra expiatória, que proporciona reconciliação aos pecadores (1 Jo 2.2). Seu sacrifício é suficiente para toda a humanidade, evidenciando tanto a justiça quanto o amor de Deus, ainda que nem todos se apropriem desse benefício. 
____________________________
    No contexto da teologia reformada, João Calvino formulou a doutrina da expiação limitada, segundo a qual Cristo morreu exclusivamente pelos eleitos, restringindo a eficácia de Seu sacrifício. Essa visão, contudo, contrasta com o ensino bíblico de que a obra redentora do Messias tem alcance universal, conforme atestam passagens como João 3.16, 1 Timóteo 2.5,6, Hebreus 2.9 e 2 Coríntios 5.14,15. 
____________________________

3. OS REFLEXOS DO AMOR, O MAIOR DENTRE TODOS OS MANDAMENTOS 
    João é amplamente reconhecido como o apóstolo do amor, pois enfatiza essa virtude como a essência do cristianismo e o fundamento que coroa a fé (cf. 1 Co 13.13). 
    No Antigo Testamento, o povo de Deus vivia sob os mandamentos da Lei. Contudo, na nova aliança, os crentes não estão mais sujeitos ao antigo sistema legalista, o que não significa ausência de preceitos divinos. 
    João ressalta essa realidade ao afirmar: (...) Este mandamento antigo é a palavra que desde o princípio ouvistes (1 Jo 2.7). Embora o chame de antigo, também o designa como novo: Outra vez vos escrevo um mandamento novo (...) (1 Jo 2.8), pois, em Cristo, o amor atinge sua plenitude. 
    Para João, o verdadeiro mandamento consiste em viver em amor, rejeitar o pecado e manter-se separado dos valores corrompidos do mundo. 

3.1. Quem permanece na luz manifesta amor 
    João apresenta três evidências de um novo nascimento. A primeira é o testemunho interno do Espírito (1 Jo 3.24; 4.13; cf. Rm 8.16); a segunda, o amor fraternal (1 Jo 3.14); e a ter- ceira, a prática da justiça (1 Jo 2.29). 
    Para o escritor sagrado, não há meio-termo: ou se está na luz, evidenciando essas marcas espirituais, ou se permanece em trevas (1 Jo 2.9). Os falsos crentes, influenciados pelo gnosticismo, promoviam debates filosóficos vazios e, em sua postura antinomiana, viviam no pecado, gerando escândalo na Igreja. A rejeição à verdade os tornava espiritualmente cegos (1 Jo 2.11). Em contraste, os verdadeiros discípulos perseveravam na simplicidade do evangelho. João também encoraja os jovens, mais suscetíveis a influências externas e ideologias sedutoras. Ele os lembra de que já venceram o maligno (1 Jo 2.13,14) e, ao usar o verbo conhecestes (gr. egnōkate), destaca que, ao contrário dos gnósticos, os crentes detêm a verdadeira compreensão da realidade: têm comunhão com o Pai celestial. 

3.2. Quem permanece na luz rejeita o mundo 
    As Escrituras revelam que o mundo opera sob um sistema corrompido, regido por Satanás, cuja influência alcança todos os aspectos da sociedade (Ef 2.2). O domínio que antes pertencia ao homem foi entregue ao diabo (Lc 4.6), identificado como o príncipe deste mundo (Jo 16.11), sob cujo poder a humanidade caída permanece (1 Jo 5.19). 
    Nesse contexto, a postura do verdadeiro crente é de resistência. Jesus alertou que os que pertencem a Deus enfrenta- riam rejeição (Jo 15.18,19), mas garantiu que essa oposição pode ser superada, pois Ele venceu o mundo (Jo 16.33). No entanto, essa vitória não decorre do esforço humano, mas da fé (1 Jo 5.4).     Embora estejam inseridos na sociedade, os salvos não se moldam a seus padrões. Cristo não pediu ao Pai que os retirasse do mundo, mas que os guardasse do mal (Jo 17.9,15). Dessa forma, mesmo presentes nele (no mundo), vivem de acordo com princípios celestiais, refletindo a luz que dissipa as trevas. 

4. A ATUAÇÃO DO ANTICRISTO E SEUS EFEITOS NA IGREJA 
    Desde os primórdios da era cristã, a Igreja vive sob a expectativa do retorno de Cristo, um princípio que mantém os crentes em constante vigilância para o arrebatamento. João advertiu seus leitores sobre a iminência dos eventos escatológicos ao afirmar: Filhinhos, é já a última hora (...) (1 Jo 2.18a). 

4.1. Os falsos mestres e a distorção da verdade 
O apóstolo João adverte que muitos se têm feito anticristos (1 Jo 2.18c), referindo-se àqueles que se afastaram da verdade do evangelho e passaram a difundir especulações filosóficas contrárias à sã doutrina. Esses falsos mestres distorcem as Escrituras, introduzindo novas interpretações que se afastam dos fundamentos da fé cristã. 

4.2. Os que se afastam da fé e suas implicações 
    Desde os primórdios da Igreja, houve aqueles que se afastaram da Promessa por diversos motivos. João, ao tratar desse tema, refere-se não apenas a indivíduos que deixaram a comunidade cristã, mas àqueles que, contaminados por um espírito contrário ao de Cristo, disseminavam heresias (1 Jo 2.19; cf. Rm 8.9). No contexto da epístola, a menção aos que saíram de nós, mas não eram de nós se aplica aos gnósticos que, embora tenham convivido entre os crentes, jamais abraçaram integralmente a fé autêntica. 

4.3. O engano dos falsos ensinadores e suas consequências 
    João alerta sobre os falsos mestres que deturpam o ensino genuíno e ameaçam a segurança do salvo (1 Jo 2.21-26). Influenciados pelo gnosticismo, eles negavam a identidade messiânica de Jesus, comprometendo a doutrina apostólica. Embora Ele fosse o Ungido esperado por Israel, tais mestres rejeitavam Sua missão redentora, desviando muitos do caminho da verdade. 

4.4. A unção divina como proteção contra o erro 
    Os gnósticos alegavam que apenas uma elite intelectual poderia alcançar o verdadeiro conhecimento de Deus, restringindo a compreensão espiritual àqueles instruídos por eles. No entanto, João refuta essa pretensão ao assegurar que todos os crentes possuem a unção do Santo, que lhes concede discernimento espiritual (1 Jo 2.20). Esse dom, recebido diretamente de Deus, dispensa a necessidade de mestres autoproclamados, pois conduz à verdade e preserva os fiéis no conhecimento pleno de Seu Filho (1 Jo 2.27). 

CONCLUSÃO 
    Nesta epístola, João exorta os crentes a permanecerem firmes em Cristo, a verdadeira luz, manifestando amor e justiça como evidência da salvação. Além disso, alerta contra os falsos ensinos gnósticos, que corrompiam a sã doutrina e desviavam muitos do evangelho. 
    Diante desse perigo, era - e continua sendo - essencial perseverar na verdade, rejeitar todo engano e trilhar o caminho da justiça e do amor, refletindo a luz do Salvador. 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO 
1. O que significa ser antinomista? 
R.: Significa rejeitar leis ou normas morais, vivendo sem 
submissão a princípios estabelecidos.

Fonte: Revista Central Gospel



ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 9 / 3º Trim 2025


AULA EM 31 DE AGOSTO DE 2025 - LIÇÃO 9

(Revista Editora Betel)

Tema: A Triunidade Divina: O Pai e o Filho em Perfeita Harmonia Eterna  



TEXTO ÁUREO
"E quem me vê a mim vê aquele que me enviou", João 12.45.
   
VERDADE APLICADA
Jesus Cristo é a plena e definitiva revelação do Pai.
  
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Compreender que, em Jesus, Deus manifestou o Seu amor.
- Ressaltar que o Filho e o Pai são Um.
- Identificar no Filho os atributos do Pai.
  
TEXTOS DE REFERÊNCIA

JOÃO 5 
19. Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente. 
20. Porque o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis. 
22. E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo. 
23. Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. 
26. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo. 
27. E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem.  

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Jo 1.18 Jesus Cristo, o Eterno.
TERÇA | Mt 3.17 Jesus é o Filho de Deus.
QUARTA | Jo 5.18 O Filho e o Pai são iguais.
QUINTA | Lc 22.70 Jesus se declara o Filho de Deus.
SEXTA | 1Jo 5.10 Negar o Filho é negar o Pai.
SÁBADO | Jo 5.30 O Pai enviou o Filho

HINOS SUGERIDOS: 8, 205, 207

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que creiam que Jesus está no Pai e o Pai está em Jesus.

INTRODUÇÃO 
Professor(a), o assunto que será tratado aqui já foi tema de calorosos debates, por isso, é interessante que se aprofunde bem, estou deixando aqui, alguns comentários para enriquecer o conteúdo da aula, como, por exemplo, a lista de algumas vontades do Pai, expressa em Sua Palavra, no subtópico 1.3, e alguns detalhes sobre a crença dos gnósticos acerca de Jesus. 
O Evangelho de João relata fatos que mostram o Deus Pai na vida do Deus Filho (Jo 5.19). O próprio Jesus descreve que ver o Filho era como ver o Pai (Jo 14.9). Paulo escreve que, através do Filho, o Pai visitou o Seu povo (Gl 4.4,5). Nessa perspectiva, Jesus é a revelação plena e definitiva do Pai (Mt 11.27). Já nessa introdução convém explicar o seguinte, o Evangelho de João é o que melhor apresenta Jesus como Deus, como podemos observar já na abertura:

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.", João 1.1

Isso se deu pelo fato de João ter enfrentado desde o início o problema das filosofias gnósticas que se infiltravam na Igreja, e afirmavam que o Criador jamais teria contato com sua criação na forma encarnada. Por isso João tem o cuidado de sempre ressaltar as falas de Jesus e dos apóstolos onde sobressai a divindade do Mestre. 

1- O Amor do Pai é visto no Filho
O Filho de Deus possui a mesma natureza e essência de Deus: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna", Jo 3.16. Este versículo admirável aponta para a dimensão do Amor de Deus por nossa vida. Somente por Jesus podemos receber a adoção como filhos de Deus (Gl 3.26). João, em sua primeira carta, diz que o amor do Pai por nós é tão grande que somos chamados de filhos de Deus, e nós somos de fato Seus filhos (1 Jo 3.1). 

1.1. O Filho Unigênito de Deus.
Unigênito ou filho único. O Filho Unigênito de Deus provém de Deus Pai, de Quem tem a mesma natureza (Jo 1.14). O termo aparece algumas vezes nos escritos de João, todas elas relacionadas a Jesus (Jo 1.14,18; 3.16,18; 1 Jo 4.9), e ressalta a Sua divindade. Quando o comentarista menciona "escritos de João", está se referindo ao seu Evangelho, suas cartas e o Apocalipse, embora aqui ele esteja falando apenas do Evangelho e das cartas. No entanto, a realidade é que a divindade de Jesus é expressa em todos os três escritos de João, sendo que no Evangelho e nas cartas, João atesta a divindade de Cristo, e no Apocalipse, o próprio Senhor é quem faz isso:

"Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro.", Apocalipse 22.13

Talvez João tenha sido o apóstolo que melhor entendeu a divindade de Jesus, isso explicaria o seu apego ao Senhor, e quem sabe não foi esse o motivo de Jesus tê-lo preservado para a revelação do Apocalipse? Não há uma resposta para essa pergunta.
O Apóstolo Paulo descreve Cristo como o primogênito de toda a criação (Cl 1.15). Sendo assim, o unigênito aqui não nos conduz à ideia de geração, mas de natureza e caráter. O Unigênito de Deus tem familiaridade única com o Pai. Jesus, como o Filho de Deus, é Eterno (Cl 1.15-17), por isso Isaías O chama de Pai da Eternidade (Is 9.6). Ou seja, afirmar que Jesus é Deus, por ser o Filho de Deus, não é ideia de João, e nem de Paulo, mas desde o Antigo Testamento já era feita essa referência, como, por exemplo, as aparições do "Anjo do Senhor", destacado em diversas passagens do Antigo Testamento, e principalmente na promessa do nascimento do Filho de Deus feita por Isaías:

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.", Isaías 9.6

Note que Isaías não somente registra o Messias prometido como "Pai da Eternidade", mas também como "Deus Forte", por isso, os judeus sabiam que o Messias seria de essência divina.


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segunda-feira, 25 de agosto de 2025

ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 9 / 3º Trim 2025


AULA EM 31 DE AGOSTO DE 2025 - LIÇÃO 9
(Revista Editora CPAD)
Tema: Uma Igreja que se arrisca




TEXTO ÁUREO 

“Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus.” (At 7.55).

VERDADE PRÁTICA
A igreja foi capacitada por Deus para enfrentar um mundo que é hostil à sua fé e valores.

LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 10.16 Vivendo em um mundo hostil
Terça — At 20.24 Nada a temer na pregação do Evangelho
Quarta — At 6.10 Capacitados com sabedoria para o confronto
Quinta — At 6.11-13 Caluniados e difamados pelos opositores
Sexta — Ap 2.10 Fiel até à morte nas perseguições contra a fé
Sábado — At 7.60 Morrendo e perdoando pela fé

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 6.8-15; 7.54-60.

Atos 6
8 — E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
9 — E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.
10 — E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava.
11 — Então, subornaram uns homens para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus.
12 — E excitaram o povo, os anciãos e os escribas; e, investindo com ele, o arrebataram e o levaram ao conselho.
13 — Apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei;
14 — porque nós lhe ouvimos dizer que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu.
15 — Então, todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo.

Atos 7
54 — E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seu coração e rangiam os dentes contra ele.
55 — Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus,
56 — e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus.
57 — Mas eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos e arremeteram unânimes contra ele.
58 — E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.
59 — E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.
60 — E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.

HINOS SUGERIDOS
418, 509 e 515 da Harpa Cristã.

COMENTÁRIO 
INTRODUÇÃO 
Professor(a), esta lição nos ensina sobre um homem de Deus que se destacou na fé, e neste material de apoio, eu deixo acréscimos interessantes, como a lista de algumas falsas narrativas contra a Igreja que existe na atualidade, no subtópico 4.  
Na lição de hoje vamos conhecer um pouco mais sobre a vida de Estêvão, um dos sete escolhidos para a diaconia (At 6.1-7). Quando lemos esse texto do Livro de Atos, logo percebemos que estamos diante de uma pessoa extraordinária — de grande fé, cheio do Espírito Santo e de sabedoria. Um autêntico cristão destemido! Estêvão é um modelo para todo cristão e, sem dúvida, serve de modelo para a Igreja do Senhor. Observamos que a perseguição a Estêvão e seu consequente martírio marcam um momento decisivo na história da igreja cristã — quando a igreja sai para fora dos muros de Jerusalém para alcançar o mundo. Estava tendo, portanto, cumprimento das palavras de Jesus de que a Igreja seria testemunha tanto em Jerusalém, Judeia, Samaria e até os confins da terra. Atos 8.1 marca o início daquilo que foi anunciado em Atos 1.8. Após o fato ocorrido com Estêvão, vemos que a Igreja de Jerusalém passa a viver um novo momento, que foi o início da expansão, onde muitos deles deixaram a cidade de Jerusalém e passaram a formar outras igrejas em outras regiões. É possível que se esse fato com Estêvão não ocorresse eles ficariam somente em Jerusalém, e esse não era o projeto do Senhor, mas após a dispersão, eles foram exatamente para onde Deus lhes mandara:

"E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.", Atos 8.1 

Às vezes, Deus permite que problemas aconteçam para que outras pessoas sejam beneficiadas com o anúncio da Sua Palavra. 

I. ESTÊVÃO E A IGREJA QUE TEM SUA FÉ CONTESTADA 

1. Aprendendo com Estêvão.
Com Estêvão, em Atos 6 e 7, aprendemos que a fé cristã sempre será questionada. Ele enfrentou oposição, e todo cristão também enfrentará. A fé será colocada à prova, sem espaço para indecisão. Além disso, Estêvão nos ensina que todo cristão deve saber defender sua fé. Explicar e sustentar as crenças cristãs é uma responsabilidade da Igreja, e cada crente precisa entender no que acredita e como responder a desafios. A ordem para que todo crente esteja pronto para explicar e defender sua fé, é bíblica, veja:

"antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,", 1 Pedro 3.15

Por isso, é importante que o cristão se aprofunde na Palavra de Deus, para saber o que falar e como falar. O texto mostra que Estêvão tinha a profundidade na Palavra e também era cheio do Espírito Santo:

"E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava.", Atos 6.10

No entanto, em um mundo que muitas vezes se opõe ao Cristianismo, não basta apenas defender a fé — é preciso estar preparado até mesmo para enfrentar perseguições. Estêvão é um exemplo de coragem, mostrando que tanto o cristão quanto a Igreja devem estar dispostos a permanecer firmes, mesmo que isso signifique perder a liberdade ou até a própria vida. Deus não acaba com a perseguição e adversidades do mundo contra a Igreja, para que nós não passemos a ficar acomodados nessa sociedade, e porque após a acomodação no mundo, o cristão toma a forma do mundo. Por isso, Deus permite a perseguição e adversidades que enfrentamos aqui. Assim como Estêvão, precisamos estar prontos a enfrentar as lutas que vem contra a Igreja de Jesus, pois a verdade, é que não tem como fazer a obra de Deus em retidão sem ser notado e sem incomodar.

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