O EVANGELHO SEGUNDO PAULO
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TEXTO DE REFERÊNCIA: Rm 5.2-5
LEITURA SEMANAL
Seg I Rm 1.17 O justo viverá pela fé somente.
Ter I Rm 3.23 Todos os pecadores estão distantes de Deus.
Qua I Rm 7.7 A lei servia para mostrar o quanto somos pecadores.
Qui I Rm 3.9 Tanto os judeus quanto os gentios são carentes da salvação.
Sex I GI 5.13 O cristão é chamado à liberdade.
Sab I GI 5.22 O Fruto do Espírito.
VERSÍCULO DO DIA
"Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo," Rm 5.1.
VERDADE APLICADA
Somos alcançados pela salvação de Deus, não pelo que nós fizemos, mas, antes, por intermédio da Graça, pelo que Cristo fez por nós.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explanar sobre a pecaminosidade universal da espécie humana;
Discorrer sobre o plano da salvação apresentado por Paulo;
Explicar o Evangelho da graça aos Gálatas.
INTRODUÇÃO
Era desejo de Paulo ir até os confins do mundo, especialmente à Espanha, pois ele aproveitaria a oportunidade e passaria por Roma (Rm 15.28). Por isso, a Carta aos Romanos foi escrita para preparar o caminho do Apóstolo àquela comunidade. Em contrapartida, as Igrejas na Galácia estavam em perigo devido à mensagem judaizante de falsos mestres (Gl 4.8-11).
Ponto Chave
"A salvação é pela graça através da fé, o ser humano não pode, em hipótese alguma, se tornar merecedor da salvação."
1 - A IGREJA QUE ESTÁ EM ROMA
Essa Igreja era composta de judeus e de gentios, devido ao fato do Apóstolo estabelecer temas atinentes ao judaísmo como Fé e Lei (Rm 3.21-31), Abraão como pai segundo a carne (Rm 4.1), e sobre o destino de Israel.
1.1. Origem da Igreja romana
Não se sabe a origem da Igreja romana, possivelmente, ela nasceu no Pentecostes (At 2.10). Paulo aproveita para fazer um resumo da mensagem do Evangelho, esta é pautada pela consciência de que todos são pecadores, por isso, é necessário o arrependimento, nada do que o homem faça, pode ser usado para comprar sua salvação. Logo, a salvação é um ato único da ação de Deus em Cristo. A única coisa que o homem deve fazer é responder positivamente ao chamado de Deus reconhecendo Jesus como o Cristo e crendo em seu coração (Rm 10.9,10).
1.2. Depravação total
Todos os seres humanos são pecadores (1Jo 1.8). O vocábulo depravação, oriundo do latim "depravatus", que significa, demasiadamente perverso, corrompido, traz a ideia de que o ser humano encontra-se "fora de sua direção original". A natureza humana encontra-se em oposição a Deus devido ao pecado do primeiro Adão (1Co 15.22), essa natureza corrompida é chamada por Paulo de "carne" (Rm 7.25). O homem está debaixo do pecado, tanto em sua natureza quanto na prática, ele não tem a condição de se auto justificar diante de Deus, pois isso era necessário que Deus estabelecesse os meios de redenção.
Refletindo
"É pela Graça que somos resgatados da ira de Deus mediante a obra sobrenatural do Espírito Santo que nos leva a Cristo, soltando-nos da servidão do pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida."
Declaração de Cambridge
2 - O PLANO DE DEUS
Deus estabeleceu na eternidade que criaria o ser humano e sabia muito bem que sua criação passaria pela rebelião, por cauda de sua Onisciência. Portanto, no processo da Criação está contido também o Plano da Salvação (Ef 1.4), pois o Cristo é o Cordeiro que estava destinado a morrer antes mesmo da Criação do mundo (Ap 13.8).
2.1. A justiça de Deus
A justiça de Deus está relacionada diretamente à Sua santidade, assim como a Lei expressa o Seu caráter. Se Deus salvasse o ser humano sem o sacrifício de Cristo, Ele estaria afirmando que não leva a sério Sua Lei e quem É. Mas, Deus leva muito a sério quem Ele é e preza por Sua santidade. O sacrifício de Cristo, cumpre, portanto, a exigência da santidade de Deus, pois a consequência do pecado é a morte (Rm 6.23). Quando um inocente morre no lugar de outro, este assume o seu lugar, de forma que o culpado pode se tornar inocente. É isso que Cristo fez por nós, Ele tomou o nosso lugar, recebeu o juízo de Deus pelos nossos pecados, cumprindo então a justiça (Rm 1.17).
2.2. Os judeus e gentios no plano da salvação
Deus escolheu os judeus para que através destes, Ele manifestasse a Sua Lei, revelando Sua santidade. A Lei nunca foi um caminho de salvação, mas sim, um apontamento para o que Deus realizaria (Hb 10.1). Os judeus erraram, pois acharam que poderiam ser justificados mediante as obras da Lei (Rm 2.12). Assim como os gentios, que não tinham a Lei, mas pecaram contra Deus, contra sua consciência, pervertendo a concepção de Deus (Rm 1.21-23). Tanto, os judeus quanto os gentios encontram-se no Plano da Salvação, e o meio pelo qual nos somos justificados de nossos pecados é através da Fé em Jesus Cristo (Rm 5.1).
3 - O EVANGELHO DA GRAÇA AOS GÁLATAS
As igrejas na Galácia, nas cidades de Icônio, Listra e Derbe foram às primeiras comunidades estabelecidas por Paulo em sua primeira Viagem Missionária. A Igreja foi atacada por falsos mestres (Gl 1.7), pregando falsas doutrinas.
3.1. Os falsos mestres
Esses falsos mestres eram pseudocrístãos que exigiam que os crentes das igrejas da Galácia observassem as práticas da Lei como meio de salvação. Sua mensagem fazia com que o Evangelho se transformasse em uma espécie de judaísmo, e colocavam a salvação de uma forma tangível e de caráter completamente humano, por meio de uma espécie de meritocracia. Paulo vai confrontar este pseudo evangelho afirmando que a exigência do Evangelho de Cristo não está nas observâncias das obras da Lei, mas sim na fé (Gl 2.16).
3.2. O Espírito produz a justiça
A salvação em Cristo resulta na ação do Espírito Santo na vida do crente, portanto, ela também é pneumatológica, ou seja, ela é oriunda da ação do Espírito Santo. É através do Espírito Santo que o cristão tem a orientação e o poder divino, de forma a produzir nele um caráter transformado. Paulo escreve e apresenta as virtudes do fruto do Espírito como consequência da ação divina e transformadora na vida do salvo (Gl 5.22). Outrossim, ela se encontra em oposição as obras da carne, o que representa os vícios de uma vida regida pela carne e que está em oposição a vontade divina (Gl 5.19-21).
SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
Quando Paulo escreve aos Romanos, apresenta a vocação de Israel e seu destino. Israel foi escolhido por Deus para ser Sua testemunha entre as nações, receber a Lei de Deus e ser a nação que viria o Cristo. Nestas condições, Israel cumpriu o seu propósito, entretanto, Israel não foi fiel a Aliança pois rejeitou Jesus. Diante de tais afirmações, Paulo vai afirmar que existem dois Israel, o primeiro é a nação que rejeitou Jesus e foi rejeitada por Deus, e a segunda é o remanescente fiel, os judeus que receberam o Cristo como Salvador (Rm 9.6). Os gentios foram enxertados na videira (Rm 11.17), mas assim como Deus rejeitou a Nação de Israel, estes devem vigiar, pois se Deus rejeitou os ramos autênticos da videira, muito mais rejeitaria os enxertados (Rm 11.21). No futuro, Deus salvará a nação, quando no fim dos tempos eles reconhecerem Jesus como o Cristo de Deus (Rm 11.23).
CONCLUSÃO
Independente daquilo que fizermos, seremos sempre dependentes da graça e da ação do Espírito Santo. A salvação é um ato divino que foi realizado por Cristo e continua na ação do Espírito Santo em nossas vidas.
COMPLEMENTANDO
Não existe um consenso entre os estudiosos sobre quando Paulo escreveu aos Gálatas, se foi após a sua Primeira ou após a Segunda Viagem Missionária, o nome desta teoria é chamado de teoria do "Sul da Galácia" ou do "Norte da Galácia". A Teoria da Galácia do Sul afirma que Paulo teria escrito após sua Primeira Viagem e antes do Concilio de Jerusalém. Já a teoria da Galácia do Norte, Paulo teria destinado a Carta aos cristãos que viviam no norte da Galácia que ele visitou somente em sua Segunda Viagem. Neste caso, a citação de Jerusalém em Gálatas 2.1, é uma referência direta ao Concilio de Jerusalém.
Fonte: GUNDRY, Robert. Panorama do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2008. pp. 431-433.
Eu ensinei que:
Todos somos pecadores e necessitamos da graça de Deus, a salvação é um ato divino que foi realizado por Deus através de Cristo.
Fonte: Revista Betel Conectar Jovens
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