domingo, 5 de novembro de 2023

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 7 / Revista nº 71


Os Cônjuges e a Vida Financeira

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Salmos 112
1- Louvai ao SENHOR! Bem-aventurado o homem que teme ao SENHOR, que em seus mandamentos tem grande prazer.

2- A sua descendência será poderosa na terra; a geração dos justos será abençoada. 

3- Fazenda e riquezas haverá na sua casa, e a sua justiça permanece para sempre. 

4- Aos justos nasce luz nas trevas; ele é piedoso, misericordioso e justo. 

5- Bem irá ao homem que se compadece e empresta; disporá as suas coisas com juízo.

6- Na verdade, nunca será abalado; o justo ficará em memória eterna. 

7- Não temerá maus rumores; o seu coração está firme, confiando no SENHOR. 

8- O seu coração, bem firmado, não temerá, até que ele veja cumprido o seu desejo sobre os seus inimigos. 

9- É liberal, dá aos necessitados; a sua justiça permanece para sempre, e a sua força se exaltará em glória.

10- O ímpio verá isto e se enraivecerá; rangerá os dentes e se consumirá; o desejo dos ímpios perecerá. 

TEXTO ÁUREO
  Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
1 Timóteo 6.10

SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Provérbios 30.8,9

O valor do equilíbrio financeiro

3ª feira - Lucas 14.28-30

A importância do controle dos gastos

4ª feira - Provérbios 21.20

Poupe no presente e viva melhor no futuro

5ª feira - Mateus 6.24

Não sirva ao dinheiro, mas sirva-se do dinheiro

6ª feira - 1 Timóteo 6.9

O dinheiro não deve ser um fim, mas, sim, um meio

Sábado - Provérbios 3.8,9

Não adore o dinheiro, utilize-o para adorar a Deus


OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
  Entender a necessidade de envolver toda a família no planejamento financeiro;
  Compreender que a diferença orçamentária dos cônjuges não deve provocar atritos no relacionamento; 
  Aprender que a saúde financeira obedece a alguns princípios.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Caro professor, a lição desta semana abordará questões relativas à vida financeira. Encoraje seus alunos a crerem em um Deus desejoso de conceder bênçãos materiais, pois elas também o glorificam.

  O salmista exortou a adorar a Deus por aquilo que Ele é, mas também por aquilo que Ele faz (SI 150.1.2). Reforce que não devemos transformar as riquezas em um fim, mas que podemos utilizá-las para três funções básicas: para glorificar a Deus; para o nosso bem-estar e para a prática de boas obras. Cláudio Duarte


COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  O dinheiro é um dos grandes causadores de conflitos no relacionamento conjugal. Seja por conta de uma diferença salarial existente entre marido e esposa, ou pela maneira como gastos são realizados.

  A riqueza concede poder, e, quando uma pessoa busca apenas o poder, acaba perdendo a compreensão de quem ela é. Adão e Eva, por exemplo, em vez de tornarem-se iguais a Deus depois que comeram o fruto da árvore, perceberam sua própria nudez (Gn 3.1-5). Por isso, estudar a Bíblia é essencial, pois ela é um manual para quem deseja aprender a lidar corretamente com o dinheiro.

  As Escrituras registram diversos casos de pessoas ricas que serviram a Deus com alegria, que souberam lidar com a riqueza e que a utilizaram para a promoção do bem, sobretudo, para adorar a Deus (Jó 1.1-3; Mt 27.57-60). Isso mostra que a riqueza não é um mal em si, mas a forma como alguém lida com ela resulta em bênção ou maldição.

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Há uma linha tênue entre a bênção e a maldição quando o assunto é riqueza. Muitas pessoas, em vez de possuírem os bens, são possuídas por eles, tornando-se verdadeiras escravas das riquezas.

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A riqueza é sedutora. Todos que se deixam levar por ela tornam-se seus escravos. Em Eneida (poema épico latino escrito por Virgilio no primeiro século a.C.), foi usada a expressão auri sacra fames ("a maldita fome pelo ouro") para retratar a terrível paixão descontrolada pela riqueza. Não é por acaso que Jesus a tratou como uma divindade (Mt 6.24).

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 1. O PODER DAS RIQUEZAS

1.1. O apego desmedido às riquezas
  No Sermão do Monte, Jesus falou sobre os males decorrentes do apego desmedido às riquezas (Mt 6.19-34). Ele ensinou que os homens não devem ajuntar tesouros na terra (bens transitórios e instáveis), mas, sim, no céu (bens eternos e permanentes). Pregou que não se deve servir a dois senhores (Deus e Mamom). 

  Pela explicação (por isso, v. 25) dada por Jesus, os cuidados exagerados com a vida (comer, beber e vestir), a ansiedade profunda e as preocupações acentuadas em relação ao futuro são devidas à fé depositada em um deus instável, tirano e opressor chamado Mamom. Em síntese: aquele que se deixa dominar pela tirania da riqueza sofrerá as terríveis doenças da alma e será incapaz de descansar em Deus, que cuida das aves, dos lírios e das flores do campo.

  Em sintonia com os ensinos de Jesus, Paulo escreveu que a avareza é idolatria (Cl 3.6). O avarento é ávido por dinheiro, é capaz de dar a sua vida por causa dos bens materiais. Se alguém, porém, coloca Deus e o Seu Reino em primeiro lugar, passa, então, a desfrutar do Seu favor, e liberta-se de si mesmo (Mt 6.33).

 1.2. A bênção financeira

  É interessante observar que, no Reino de Deus, a lógica da prosperidade não está no acúmulo de riquezas, mas no ato de compartilhar. Citando o Mestre, Paulo disse: É necessário auxiliar os enfermos e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber (At 20.35). Portanto, ninguém deve ser dominado pelo dinheiro nem viver em busca dele. O desprendimento é o que ajudará o casal a cuidar de todas as questões financeiras que surgirem no dia a dia.

2. O DINHEIRO USADO COM SABEDORIA

  É possível e desejável fazer bom uso dos recursos materiais. O salmista escreveu: Os céus são os céus do Senhor; mas a terra, deu-a Ele aos filhos dos homens (Sl 115.16). Cabe, portanto, aos homens conquistar riquezas da terra e saber lidar com elas.

  Muitos, no entanto, creem em equívocos quando se trata de dinheiro. Por exemplo:

  "Ganho mais e, por isso, eu mando" - normalmente, o homem se sente na obrigação de ganhar mais que a esposa; quando isso não ocorre, alguns se sentem inferiorizados e humilhados, outros não estimulam o desenvolvimento da sua esposa, por não desejarem sentir-se por baixo. O princípio de autoridade, contudo, não está ligado aos dons de uma pessoa, mas, sim, à concessão feita por Deus (Jo 18.11; Rm 13.1). Por outro lado, o sucesso de um homem está em não deixar a esposa para trás, mas em fazer com que ela caminhe e cresça ao seu lado.

  "O dinheiro é meu, e não teu" - muitas vezes, a necessidade de aumentar a renda familiar faz com que todos os membros da família busquem trabalho; no entanto, o que seria uma atitude para somar, acaba por dividir, pois cada um deseja administrar seu salário por conta própria.

  É preciso lembrar que o conceito uma só carne também envolve as questões financeiras. O dinheiro deveria ser sempre "nosso", e não "meu". Aliás, é fundamental ressaltar que as necessidades básicas do lar são atribuições do marido, Estabelecer uma porcentagem da renda para uso coletivo (da casa) e outro para uso pessoal tem sido a solução usada por algumas famílias. Outras dividem as despesas fixas entre os membros da casa. Enfim, quando há acordo, não há conflitos.

  2.1.  Estabelecendo prioridades

A insaciável sociedade de consumo produz problemas financeiros e, automaticamente, a vida conjugal é afetada.

  Portanto, é preciso que o casal estabeleça prioridades, as quais não devem ser impostas, mas definidas pelo diálogo. Quando ocorre diálogo, os envolvidos assumem o compromisso de realizar o que foi combinado. Definir metas e planejar o futuro não é demonstração de incredulidade. O mesmo Deus que garantiu o pão de cada dia também orientou José a utilizar corretamente o tempo das vacas gordas (Gn 41.25-37).


2.2. Administrando os recursos financeiros

  A palavra administração - "ação de administrar; de dirigir os negócios públicos ou privados; de gerir bens" - faz parte do mesmo campo semântico do termo economia. Este é a junção de duas palavras gregas: oikos ("casa") e nomos ("lei"). Logo, economia é o "gerenciamento ou a administração da casa (ou do lar) por meio de regras e de leis". A administração eficaz evita gastos excessivos em qualquer área da atividade humana. É fundamental harmonizar as necessidades da família com os recursos provenientes do trabalho.

  Quando um casal gasta tudo que recebe, isso já é um sinal de alerta. É essencial que marido e esposa façam um controle de todos os seus gastos, sentando-se para planejar o uso dos recursos que os dois possuem (Lc 14.28).


3. A BÊNÇÃO SOBRE A FAMÍLIA

  Inúmeros textos bíblicos relacionam a vida financeira com a obediência a Deus (Mq 3.10; 2 Cr 7.14-16; Pv 3.9,10; Dt 28). O princípio da saúde financeira é priorizar e honrar a Deus com os próprios bens.   Toda família deve entender que, além de saber administrar os recursos, a liberalidade em ofertar e a fidelidade no ato de devolver o dízimo atraem a bênção de Deus para o lar.


3.1. As sementes que enriquecem

  O apóstolo Paulo tratou a oferta financeira como semente. É totalmente válido, portanto, que o ofertante crie expectativa de colheita (2 Co 9.1-15).

  Por intermédio de Epafrodito (Fp 2.25), a igreja de Filipos enviou ajuda a Paulo, cuja resposta traz um grande ensinamento acerca da importância de ofertar (Fp 4.10-20):

  O receber é consequência do dar - Paulo interligou os verbos dar e receber, pois eles são inseparáveis. Sobre Filipos, ele disse: Foi a igreja que comunicou comigo com respeito a dar e a receber (v. 15). Isso era muito claro para o apóstolo, que, inclusive, citou as palavras de Jesus: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber (At 20.35). O ato de dar abre as portas para o receber. Mas, quando alguém retém mais do que convém, dá legalidade para o fracasso financeiro (Pv 11.24-26).

  O dar aumenta nossa conta - Paulo não estava interessado em receber, mas, sim, em doutrinar a igreja sobre o caminho para o recebimento. O ato de semear aumenta o crédito do ofertante: Mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta (v. 17).

  A oferta possui características Paulo não tratou a ajuda recebida como algo simples, mas como um cheiro suave, um sacrifício aceitável e um ato aprazível a Deus (v. 18).

  O ofertante é recompensado por Deus -o texto afirma que a recompensa é conforme as riquezas de Deus, e não conforme o valor da oferta, ou seja, quando aprendemos o valor do dar, Deus recompensa-nos conforme Suas riquezas (v. 19).


3.2. A oferta que atrai o olhar de Deus
  Adão e Eva ensinaram aos seus filhos a importância de adorar a Deus com as ofertas (Gn 4.1-5). Abel decidiu aplicar as lições e entregou ao Senhor as primícias das suas ovelhas. Tal ato revelou que, em seu coração, Abel amava profundamente a Deus e que, por isso, entregou o seu melhor. No entanto, em um ato de incredulidade, Caim desdenhou de Deus e, por isso, deu-lhe qualquer coisa.

  No contexto da passagem de Gênesis 4.3, a expressão "do fruto da terra uma oferta ao Senhor" aponta para um ato indefinido e sem valor espiritual para Deus. Caim quis somente cumprir um protocolo sem, contudo, atentar para o real significado de uma oferta. Sua atitude teve um resultado: Deus atentou para Abel e para sua oferta, mas não atentou para Caim nem para sua oferta.

  O texto bíblico não revela como foi o atentar de Deus (Gn 4.4,5), mas provavelmente foi algo material, pois Caim percebeu a ação favorável de Deus em relação a Abel e ficou enfurecido e transtornado (Gn 4.5 NVI).

  Não adianta, portanto, somente trabalhar para aumentar a renda familiar. É necessário, principalmente, que a família honre a Deus com suas fazendas, porque se o Senhor não edificar a casa, (...) inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono (Sl 127.1,2).

3.3. A fidelidade que promove

  Quando o cristão entrega seu dízimo e suas ofertas, está reconhecendo que Deus é o Senhor de sua vida. Em Seu ato de amor, Deus permitiu aos Seus filhos usufruírem de 90% de tudo que eles administram. Dessa forma, em reconhecimento à Sua soberania, os cristãos devem entregar a Deus somente 10% (o dízimo) daquilo pelo qual são responsáveis (Ml 3.10).

  Quando alguém é fiel nos dízimos, o Senhor o promove a patamares maiores, mediante o recebimento de bênçãos indescritíveis (MI 3.11). Verdadeiramente, ser fiel a Deus é o que promove os homens.

CONCLUSÃO
É necessário que o casal administre todos os recursos financeiros com sabedoria e planejamento. Também é fundamental permitir e invocar a presença de Deus para uma vida financeira abençoada. A fidelidade e a liberalidade, porém, são os elementos fundamentais para os planos de quem deseja ter um lar bem-sucedido financeiramente.

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. De acordo com a lição, administração é...
R.: A ação de administrar, de dirigir os negócios públicos ou privados, de gerir bens.

Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 71 - Central Gospel

Pr Marcos André - contatos palestras, aulas e pregações: 48 998079439 (Claro e Whatsapp)


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