Os Cônjuges e a Vida
Financeira
2- A sua descendência será poderosa na terra; a geração dos justos será
abençoada.
3- Fazenda e riquezas haverá na sua casa, e a sua justiça permanece para
sempre.
4- Aos justos nasce luz nas trevas; ele é piedoso, misericordioso e
justo.
5- Bem irá ao homem que se compadece e empresta; disporá as suas coisas
com juízo.
6- Na verdade, nunca será abalado; o justo ficará em memória
eterna.
7- Não temerá maus rumores; o seu coração está firme, confiando no
SENHOR.
8- O seu coração, bem firmado, não temerá, até que ele veja cumprido o
seu desejo sobre os seus inimigos.
9- É liberal, dá aos necessitados; a sua justiça permanece para sempre,
e a sua força se exaltará em glória.
10- O ímpio verá isto e se enraivecerá; rangerá os dentes e se consumirá; o desejo dos ímpios perecerá.
2ª feira - Provérbios 30.8,9
O valor do equilíbrio financeiro
3ª feira - Lucas 14.28-30
A importância do controle dos gastos
4ª feira - Provérbios 21.20
Poupe no presente e viva melhor no futuro
5ª feira - Mateus 6.24
Não sirva ao dinheiro, mas sirva-se do dinheiro
6ª feira - 1 Timóteo 6.9
O dinheiro não deve ser um fim, mas, sim, um meio
Sábado - Provérbios 3.8,9
Não adore o dinheiro, utilize-o para adorar a Deus
O salmista exortou a adorar a Deus por aquilo que Ele é, mas também por aquilo que Ele faz (SI 150.1.2). Reforce que não devemos transformar as riquezas em um fim, mas que podemos utilizá-las para três funções básicas: para glorificar a Deus; para o nosso bem-estar e para a prática de boas obras. Cláudio Duarte
A riqueza concede poder, e,
quando uma pessoa busca apenas o poder, acaba perdendo a compreensão de quem
ela é. Adão e Eva, por exemplo, em vez de tornarem-se iguais a Deus depois que
comeram o fruto da árvore, perceberam sua própria nudez (Gn 3.1-5). Por isso,
estudar a Bíblia é essencial, pois ela é um manual para quem deseja aprender a
lidar corretamente com o dinheiro.
As Escrituras registram diversos
casos de pessoas ricas que serviram a Deus com alegria, que souberam lidar com
a riqueza e que a utilizaram para a promoção do bem, sobretudo, para adorar a
Deus (Jó 1.1-3; Mt 27.57-60). Isso mostra que a riqueza não é um mal em si, mas
a forma como alguém lida com ela resulta em bênção ou maldição.
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Há uma linha tênue entre a bênção e a maldição quando o assunto é riqueza. Muitas pessoas, em vez de possuírem os bens, são possuídas por eles, tornando-se verdadeiras escravas das riquezas.
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A riqueza é sedutora. Todos que se deixam levar por ela tornam-se seus
escravos. Em Eneida (poema épico latino escrito por Virgilio no primeiro século
a.C.), foi usada a expressão auri sacra fames ("a maldita fome pelo
ouro") para retratar a terrível paixão descontrolada pela riqueza. Não é
por acaso que Jesus a tratou como uma divindade (Mt 6.24).
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Pela explicação (por isso, v.
25) dada por Jesus, os cuidados exagerados com a vida (comer, beber e vestir),
a ansiedade profunda e as preocupações acentuadas em relação ao futuro são
devidas à fé depositada em um deus instável, tirano e opressor chamado Mamom.
Em síntese: aquele que se deixa dominar pela tirania da riqueza sofrerá as
terríveis doenças da alma e será incapaz de descansar em Deus, que cuida das
aves, dos lírios e das flores do campo.
Em sintonia com os ensinos de
Jesus, Paulo escreveu que a avareza é idolatria (Cl 3.6). O avarento é ávido
por dinheiro, é capaz de dar a sua vida por causa dos bens materiais. Se
alguém, porém, coloca Deus e o Seu Reino em primeiro lugar, passa, então, a
desfrutar do Seu favor, e liberta-se de si mesmo (Mt 6.33).
É possível e desejável fazer bom uso dos recursos materiais. O salmista escreveu: Os céus são os céus do Senhor; mas a terra, deu-a Ele aos filhos dos homens (Sl 115.16). Cabe, portanto, aos homens conquistar riquezas da terra e saber lidar com elas.
Muitos, no entanto, creem em equívocos quando se trata de dinheiro. Por exemplo:
"Ganho mais e, por isso, eu mando" - normalmente, o
homem se sente na obrigação de ganhar mais que a esposa; quando isso não
ocorre, alguns se sentem inferiorizados e humilhados, outros não estimulam o
desenvolvimento da sua esposa, por não desejarem sentir-se por baixo. O
princípio de autoridade, contudo, não está ligado aos dons de uma pessoa, mas,
sim, à concessão feita por Deus (Jo 18.11; Rm 13.1). Por outro lado, o sucesso
de um homem está em não deixar a esposa para trás, mas em fazer com que ela
caminhe e cresça ao seu lado.
"O dinheiro é meu, e não teu" - muitas vezes, a
necessidade de aumentar a renda familiar faz com que todos os membros da
família busquem trabalho; no entanto, o que seria uma atitude para somar, acaba
por dividir, pois cada um deseja administrar seu salário por conta própria.
É preciso lembrar que o conceito uma só carne também envolve as questões financeiras. O dinheiro deveria ser sempre "nosso", e não "meu". Aliás, é fundamental ressaltar que as necessidades básicas do lar são atribuições do marido, Estabelecer uma porcentagem da renda para uso coletivo (da casa) e outro para uso pessoal tem sido a solução usada por algumas famílias. Outras dividem as despesas fixas entre os membros da casa. Enfim, quando há acordo, não há conflitos.
2.1. Estabelecendo prioridades
A insaciável sociedade de consumo produz problemas financeiros e,
automaticamente, a vida conjugal é afetada.
Portanto, é preciso que o casal estabeleça prioridades, as quais não devem ser impostas, mas definidas pelo diálogo. Quando ocorre diálogo, os envolvidos assumem o compromisso de realizar o que foi combinado. Definir metas e planejar o futuro não é demonstração de incredulidade. O mesmo Deus que garantiu o pão de cada dia também orientou José a utilizar corretamente o tempo das vacas gordas (Gn 41.25-37).
A palavra administração - "ação de administrar; de dirigir os
negócios públicos ou privados; de gerir bens" - faz parte do mesmo campo
semântico do termo economia. Este é a junção de duas palavras gregas: oikos
("casa") e nomos ("lei"). Logo, economia é o
"gerenciamento ou a administração da casa (ou do lar) por meio de regras e
de leis". A administração eficaz evita gastos excessivos em qualquer área
da atividade humana. É fundamental harmonizar as necessidades da família com os
recursos provenientes do trabalho.
Quando um casal gasta tudo que recebe, isso já é um sinal de
alerta. É essencial que marido e esposa façam um controle de todos os seus
gastos, sentando-se para planejar o uso dos recursos que os dois possuem (Lc
14.28).
Inúmeros textos bíblicos relacionam a vida financeira com a
obediência a Deus (Mq 3.10; 2 Cr 7.14-16; Pv 3.9,10; Dt 28). O princípio da
saúde financeira é priorizar e honrar a Deus com os próprios bens.
Toda família deve entender que, além de saber administrar os recursos, a
liberalidade em ofertar e a fidelidade no ato de devolver o dízimo atraem
a bênção de Deus para o lar.
O apóstolo Paulo tratou a oferta financeira como semente. É totalmente
válido, portanto, que o ofertante crie expectativa de colheita (2 Co 9.1-15).
Por intermédio de Epafrodito (Fp 2.25), a igreja de Filipos
enviou ajuda a Paulo, cuja resposta traz um grande ensinamento acerca da importância
de ofertar (Fp 4.10-20):
O receber é consequência do dar - Paulo interligou os verbos dar e
receber, pois eles são inseparáveis. Sobre Filipos, ele disse: Foi a igreja que
comunicou comigo com respeito a dar e a receber (v. 15). Isso era muito claro
para o apóstolo, que, inclusive, citou as palavras de Jesus: Mais
bem-aventurada coisa é dar do que receber (At 20.35). O ato de dar abre as
portas para o receber. Mas, quando alguém retém mais do que convém, dá legalidade
para o fracasso financeiro (Pv 11.24-26).
O dar aumenta nossa conta - Paulo não estava interessado em
receber, mas, sim, em doutrinar a igreja sobre o caminho para o recebimento. O
ato de semear aumenta o crédito do ofertante: Mas procuro o fruto que cresça
para a vossa conta (v. 17).
A oferta possui características Paulo não tratou a ajuda recebida
como algo simples, mas como um cheiro suave, um sacrifício aceitável e um ato
aprazível a Deus (v. 18).
O ofertante é recompensado por Deus -o texto afirma que a
recompensa é conforme as riquezas de Deus, e não conforme o valor da oferta, ou
seja, quando aprendemos o valor do dar, Deus recompensa-nos conforme Suas
riquezas (v. 19).
No contexto da passagem de Gênesis 4.3, a expressão "do
fruto da terra uma oferta ao Senhor" aponta para um ato indefinido e sem
valor espiritual para Deus. Caim quis somente cumprir um protocolo sem,
contudo, atentar para o real significado de uma oferta. Sua atitude teve um
resultado: Deus atentou para Abel e para sua oferta, mas não atentou para Caim
nem para sua oferta.
O texto bíblico não revela como foi o atentar de Deus (Gn 4.4,5),
mas provavelmente foi algo material, pois Caim percebeu a ação favorável de
Deus em relação a Abel e ficou enfurecido e transtornado (Gn 4.5 NVI).
Não adianta, portanto, somente trabalhar para aumentar a renda familiar. É necessário, principalmente, que a família honre a Deus com suas fazendas, porque se o Senhor não edificar a casa, (...) inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono (Sl 127.1,2).
3.3. A fidelidade que promove
Quando o cristão entrega seu dízimo e suas ofertas, está
reconhecendo que Deus é o Senhor de sua vida. Em Seu ato de amor, Deus permitiu
aos Seus filhos usufruírem de 90% de tudo que eles administram. Dessa forma, em
reconhecimento à Sua soberania, os cristãos devem entregar a Deus somente 10%
(o dízimo) daquilo pelo qual são responsáveis (Ml 3.10).
Quando alguém é fiel nos dízimos, o Senhor o promove a patamares maiores, mediante o recebimento de bênçãos indescritíveis (MI 3.11). Verdadeiramente, ser fiel a Deus é o que promove os homens.
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