A Gravidade do Pecado de uma Nação
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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Isaías 1.2-7,16,21
2- Ouvi, ó céus, e presta ouvidos, tu, ó terra, porque fala o Senhor: Criei filhos e exaltei-os, mas eles prevaricaram contra mim.
3- O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, a manjedoura do seu dono, mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.
4- Ai da nação pecadora, do povo carregado da iniquidade da semente de malignos, dos filhos corruptores! Deixaram o Senhor, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás.
5- Porque serieis ainda castigados, se mais vos rebelaríeis? Toda a cabeça está enferma, e todo o coração, fraco.
6- Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres, não espremidas, nem ligadas, nem nenhuma delas amolecida com óleo.
7- A vossa terra está assolada, e as vossas cidades, abrasadas pelo fogo; a vossa região, os estranhos a devoram em vossa presença; e está devastada, como em uma subversão de estranhos.
16- Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos e cessai de fazer mal.
21- Como se fez prostituta a cidade fiel! Ela que estava cheia de retidão! A justiça habitava nela, mas, agora, homicidas.
TEXTO ÁUREO
E voltarei contra ti a minha mão e purificarei inteiramente as tuas escórias; e tirarte-ei toda a impureza. Isaías 1.25
SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Lamentações 1.8,9
O pecado é uma imundície
3ª feira - Isaias 24.4-6
O pecado promove desordem
4ª feira - Isaías 13.9-11
O pecado atrai o juízo divino
5ª feira - Oseias 14.1-4
Arrependimento, a solução para o pecado
6ª feira - Isaías 44.21,22
Deus desfaz os pecados
Sábado - Isaias 43.11,12, 25
O Senhor é o Salvador
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
Entender a gravidade do pecado em uma sociedade;
Conscientizar-se de que viver no pecado atrai a destruição pessoal, familiar e de uma nação;
Compreender que somente por meio do arrependimento este mal pode ser vencido.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, nesta lição trataremos da gravidade. do pecado em uma sociedade. Os profetas também foram levantados por Deus para denunciá-lo. O profeta Isaías, antes de apresentar a gloriosa obra da salvação por intermédio do Servo do Senhor, o Messias, condenou as práticas iníquas e abomináveis que a nação cometia diante dos olhos do Santo de Israel.
Nos doze primeiros capítulos do seu livro, Isaías adverte contra os pecados morais (imoralidades), sociais (corrupção e violência) e espirituais (idolatria). Tais práticas pecaminosas entristecem a Deus e atrai o Seu juízo sobre a nação.
Mostre aos seus alunos como é prudente e necessário manter-se afastado do pecado e viver uma vida com Deus.
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Nesta primeira parte do seu livro, o profeta Isaías, inspirado por Deus, apresenta uma denúncia dos pecados de Israel. O pecado é uma ofensa direta à pessoa do Altíssimo, que rompe o Seu relacionamento com o homem (Is 59.2).
Com abundantes provisões, Jeová retirou Israel do Egito e o conduziu de volta à terra da promessa. Em Canaã, lutou ao lado de Josué e do seu povo, concedendo-lhes vitórias impossíveis (Dt 2.7), estabelecendo-os na terra, cumprindo Suas preciosas promessas (Js 21.43-45) esperanto a despeito de tamanho amor e cuidado, a nação desprezou o Senhor e enveredou pelo trágico caminho do pecado (Jr 2.6,7).
De maneira precisa, Deus fez um diagnóstico da real situação de Israel e apontou o arrependimento como o único caminho para que a nação fosse restaurada à sua elevada condição de povo escolhido, nação santa, reino de sacerdotes (Ex 19.5,6).
1. A VISÃO DE DEUS SOBRE O PECADO DA NAÇÃO DE ISRAEL
Os cinco primeiros capítulos de Isaías ocorrem no reinado do rei Azarias (2 Rs 15.1-7) - ou Uzias (2 Cr 26) -, que promoveu transformações em todo o Reino de Judá, trazendo vitórias e prosperidade.
Mas, Deus viu o pecado alojado no interior da nação e o denunciou por intermédio do Seu mensageiro - o profeta Isaías, - convocando os céus e a terra como Suas testemunhas (Is 1.1,2). Não foi a primeira vez que Deus tomou o céu e a terra como testemunhas entre Ele e Israel. Ele o fez também por intermédio de Moisés (Dt 30.19; 4.26). Afinal, a natureza também testemunha, desde a Queda, os efeitos destrutivos do pecado (Gn 3.17,18; Os 4.1-3).
Segue, nos subtópicos seguintes, uma lista dos pecados cometidos por Israel:
1.1. Rebelião
A palavra hebraica para rebelião é pãsa. Seu significado expressa um profundo desprezo aos ensinos e orientações de alguém que está investido de autoridade. A nação encontrava-se em franca rebelião contra o Senhor, pois, não vivia segundo os seus estatutos e nem guardava os seus juízos (Ez 20.21).
Ao profeta Ezequiel foi dada uma mensagem esclarecedora sobre a obstinada rebelião na qual viviam os israelitas desde a saída do Egito (Ez 20.5-8), na caminhada pelo deserto (Ez 20.13) e, posteriormente, na Terra Prometida (Ez 20.28,38). A história da nação israelita foi marcada pelo estigma da rebelião e suas desastrosas consequências. A rebelião de Israel caracterizava-se pelo desprezo a Deus (Os 13.9), atitude que entristecia o Espírito Santo (Is 63.10a), colocando o Altíssimo como inimigo do seu praticante (Is 63.10b).
A insurreição adoece a mente, o coração e o espírito (Is 1.5); tratando-se, deste modo, de um ato gravíssimo praticado contra a autoridade divina.
1.2.Desprezo ao conhecimento
Isaías ilustra o pouco-caso que a nação fazia do seu Deus. Os animais - como o boi e o jumento - conheciam o seu dono e sustentador (Is 1.3); Israel, todavia, desprezava o conhecimento que o levaria à obediência e à vida (Jo 17.3). Deus não estava oferecendo um conhecimento teórico apenas. Como a palavra hebraica (yāda) sugere na passagem (Is 1.3), o que Ele oferecia era intimidade pessoal, comunhão, e grandes experiências de bênçãos e livramentos.
A destruição de Israel viria pelo caminho do desdém e indiferença pelo conhecimento do Senhor (Os 4.6).
1.3. Abandono dos mandamentos divinos
Oprimida e esmagada pelo pecado, a nação de Israel cometeu dois erros básicos: (a) virou as costas para o Senhor: (b) blasfemou contra o Santo de Israel (Is 1.4).
Israel abandonou o seu Senhor para seguir a ídolos (Is 2.8; Jr 1.16). O povo não desejava mais estar com Deus e, assim, não o buscava de coração. Seus ajuntamentos não passavam de ritualismos; suas práticas de vida atraíam a maldade em suas variadas formas e, por essa razão, o inevitável juízo divino (Jr 2.13; Is 1.28).
1.4. Retrocesso espiritual
A apostasia dominou a nação a ponto de retirar o seu entusiasmo. Em vez de avançar, Israel retrocedeu, iniciando um pro- cesso de retorno à antiga vida (Is 1.4). A nação, deliberadamente, parou de ouvir as palavras do Senhor e seguiu os seus próprios conselhos, oriundos de um coração maligno (Jr 7.24 ARA).
Os israelitas perderam a direção e não conseguiam mais avançar; como consequência, andavam se cansando nas obras de perversidade (Jr 9.5). A única direção acertada para a nação era voltar para o seu Salvador, como declarou o profeta Jeremias: Se voltares, o Israel, diz o Senhor, para mim voltarás: e, se tirares as tuas abominações de diante de mim, não andarás mais vagueando (Jr 4.1).
2. O QUE É O PECADO
O profeta Isaías revelou os pecados que afetavam toda a nação de Israel. De forma magistral, ele usou três figuras para ensinar sobre as características deste mal, que estava alojado na mente e no coração do povo.
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Nas Escrituras Sagradas, o termo pecado é rico em sua terminologia. Uma de suas definições é: errar o alvo, ou seja, pecar é agir voluntariamente em desacordo com os caminhos de Deus. Pecar é transgredir, indo além, ou rebelando-se contra os limites impostos pelo Senhor.
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2.1. Doença
Como alguém atacado por uma enfermidade terminal, a nação agonizava. Os sintomas da doença se manifestavam tanto no corpo quanto na alma.
O pecado havia contaminado a nação como um todo, mas ela continuava rejeitando o tratamento, muitas vezes doloroso, que poderia curar e salvar o povo. Como declarou o profeta Isaías: são feridas não espremidas, nem atadas, nem nenhuma delas amolecidas com óleo (Is 1.5-6).
O pecado é universal e a ninguém excetua (Rm 3.9- 12,23). Como uma doença altamente contagiosa, ele alastra-se pelo corpo e passa aos relacionamentos, contaminando a tudo e a todos (Rm 3.13-17; 6.19).
2.2. Mácula
Isaías referiu-se ao pecado do seguinte modo: Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã (Is 1.18). O carmesim era um corante irremovível, usado para tingir de vermelho os tecidos. O pecado, nesse sentido, é uma mácula, uma nódoa infame que manchava (e mancha) a sociedade em todas as áreas.
A solução definitiva para o problema do pecado vem de Deus. Pelo poder do sangue do Seu Filho, Ele remove toda iniquidade e torna o pecador mais limpo que a branca lã bastando-lhe apenas o aceite ao convite para deixar sua vida de pecados e tornar-se a noiva do Cordeiro (Ap 1.5,6; 7.14; Ef 5.26,27; Ap 19.7,8).
2.3. Infidelidade
O povo de Israel foi recebido pelo Senhor como Sua amada esposa (Ez 16). Nos momentos difíceis, como na travessia do deserto, Ele o protegeu e guiou (Jr 2.1-3). Mas, a nação foi infiel, tomando para si vários amantes, que eram os deuses de outras nações (Is 1.21; Jr 3.1,9).
3. OS EFEITOS DO PECADO
O pecado fazia apodrecer a nação em sua estrutura política, social e espiritual. Os profetas tinham como responsabilidade denunciar o desagrado de Deus contra a perversidade de uma nação comprometida com o mal, em suas várias formas e manifestações.
3.1. Na política
Os líderes da nação eram como pastores de ovelhas (2 Sm 5.2; 1 Rs 22.16-18), que tinham a responsabilidade de alimentar, proteger e guiar o povo, conforme os propósitos de Jeová e Suas leis (Dt 17.18-20). Mas, Deus os acusou de serem rebeldes; ladrões que amavam o suborno e buscavam vantagens financeiras, desprezando as necessidades das viúvas e dos órfãos (Is 1.23; 3.14) - prática contrária aos ensinamentos das Escrituras (Ex 23.6-8).
Tais líderes viviam em orgias sexuais, semelhantes ao que era praticado em Sodoma e Gomorra (Is 1.10). O profeta Miqueias contemporâneo de Isaías denunciou a podridão da sociedade de Israel e revelou a iminente condenação dos seus líderes corruptos. Sobre isso, o profeta pronunciou-se da seguinte forma: As suas mãos fazem diligentemente o mal; o príncipe inquire, e o juiz se apressa à recompensa, e o grande fala da corrupção da sua alma, e assim todos eles são perturbadores. O melhor deles é como um espinho: o mais reto é pior do que o espinhal; veio o dia dos teus vigias, veio a tua visitação; agora será a sua confusão (Mq 7.3,4).
3.2. Na sociedade
O pecado afetou o homem e, também, todos os seus relacionamentos. Assim, viver em sociedade tornou-se algo extremamente difícil. O desejo de Deus era que a nação fosse santa (Ex 19.6), mas ela se degenerou em práticas abomináveis diante dos olhos do Santo de Israel, tornando-se impura (Is 1.25).
Jerusalém, a cidade santa, deixou a retidão e a justiça e tornou-se cheia de homicidas (Is 1.21). Suas ruas estavam povoadas por homens rebeldes (Is 1.20). Os seus habitantes eram transgressores e pecadores, que haviam abandonado o Senhor (Is 1.28), assemelhando-se aos cidadãos de Sodoma e Gomorra (Is 1.9). Eram ímpios em relação aos a Deus (Is 3.11).
O povo praticava uma lista de delitos, tais como: vícios (Is 5.11.22); opressão (Is 5.7; Am 5.11,12); e enriquecimento ilícito (Am 8.5,6; Mq 6.11,12).
3.3. Na vida espiritual
O povo ainda tinha o Templo, com seus serviços de culto a Deus. Havia os líderes da adoração, os sacerdotes e os ministrantes da Lei e dos sacrifícios; no entanto, suas cerimónias ritualísticas expressavam apenas uma religiosidade vazia, destituída de vida e conteúdo. Suas festas eram artificiais e traziam enfado, aborrecimento e dor ao Altíssimo (Is 1.11,13, 14). Suas orações, feitas por pessoas que tinham as mãos manchadas de sangue (Is 1.15), não eram respondidas, porque eram abomináveis aos ouvidos do Senhor. Tratava-se, portanto, de uma religião organizada, com cultos, ritos e festas, que impressionava apenas os religiosos, mas não transformava vidas e entristecia o coração de Deus.
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Para um viver espiritual genuíno, é necessário que a vida esteja alicerçada em sólido fundamento ético que transforma e purifica de todo pecado e maldade (Is 1.16).
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CONCLUSÃO
A salvação de Israel não estava em seus reis, príncipes ou sacerdotes; muito menos em suas alianças políticas ou comerciais com nações poderosas. Isaías proclamou que o Salvador dos israelitas era o Senhor (Is 43.3, 11,12; 45.21), pois só Ele tem o poder de apagar as transgressões (Is 43.25) e desfazer todos os pecados (Is 44.22). Para alcançar a salvação eterna, era necessário manter fixo o olhar no seu Redentor (Is 45.17, 21,22).
Deus propôs uma purificação das escórias (Is 1.25), lavagem de toda impureza e do sangue derramado (Is 4.4) -somente assim Sião seria redimida com justiça (Is 1.27).
O Salvador de Israel oferecia bênçãos a todos aqueles que retornassem para Ele e vivessem segundo o padrão revelado em Seus mandamentos (Is 1.19). Mas, alertava sobre o perigo da recusa e do comportamento rebelde para com a Sua Palavra.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Em quais áreas o pecado afetou a nação de Israel?
R.: Na política, na sociedade e na vida espiritual.
Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 72 - Central Gospel
Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)
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