domingo, 25 de agosto de 2024

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 9 / 3º Trim 2024


A importância e a relevância da contribuição para a pregação, crescimento e desenvolvimento da Igreja
1º de Setembro de 2024



TEXTO ÁUREO
“Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda.” Provérbios 3.9

VERDADE APLICADA
Cada membro de uma Igreja local é responsável pelo sustento e pela manutenção do Templo e das atividades, sendo fiel nos dízimos e nas ofertas, conforme a Palavra de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar o valor da contribuição financeira
Expor que somos mordomos do que Deus nos dá.
Falar que Deus nos abençoa para abençoar os outros.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

2 CORÍNTIOS 8
1 Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia;
2 Como, em muita prova de tribulação, houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade.
3 Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente,
4 Pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos.
5 E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor e depois a nós, pela vontade de Deus.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | 1Cr 29.14 Tudo vem de Deus.
TERÇA | Sl 103.1-2 Devemos louvar a Deus por Sua graça.
QUARTA | Rm 12.8 Devemos contribuir com liberalidade.
QUINTA | 1Co 16.2 Devemos contribuir com regularidade.
SEXTA | 2Co 9.7 Devemos contribuir com alegria.
SÁBADO | Fp 4.18 Gratidão de Paulo pelas contribuições.

HINOS SUGERIDOS 227, 231, 292

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que sejamos bons mordomos do que Deus nos dá.

INTRODUÇÃO
Ao praticarmos a contribuição de acordo com a orientação bíblica, estaremos honrando o nome do Senhor e sendo um canal de bênçãos para a promoção de Seu Reino.

1- Contribuição à luz da Bíblia
As Sagradas Escrituras têm muito a nos ensinar sobre a contribuição financeira. Contribuir não é uma questão meramente material, mas espiritual, pois revela nossa fé e gratidão a Deus e o compromisso com o Seu Reino.

1.1. Um ato de fé. 
A Bíblia diz que “andamos por fé, e não por vista” [2Co 5.7], pois o justo viverá pela fé [Hb 10.38]. A fé honra a Deus e Deus honra a fé. A oferta de Abel foi excelente porque foi feita pela fé [Hb 11.4]. Embora a viúva pobre tenha ofertado duas moedinhas de pouco valor [Mc 12.42], agradou a Cristo porque o fez com fé, entregando tudo o que tinha, por isso Cristo a elogiou, dizendo que ela havia ofertado mais do que os outros. Portanto, a contribuição não está relacionada com o valor que a pessoa oferta, mas quanto à fé que tem no coração. Cristo se agrada de nossas ofertas, quando vê nelas a semente da fé [Hb 11.6].

Professor(a): Bispo Abner Ferreira e Pr. Marcos Sant’Anna (Livro “Que Pregues a Palavra; Editora Betel, 2019, p. 21-24): “Pela fé, Abel ofereceu – Por todo o capítulo onze da epístola aos Hebreus há inúmeros exemplos de pessoas que viveram e foram movidas pela fé em Deus, as quais nos servem de exemplos marcantes. E o autor da epístola inicia a lista dos heróis da fé com Abel, filho do primeiro casal, Adão e Eva. (…) Abel demonstrou que cria que tudo pertence a Deus. Fazendo-nos lembrar de que somos apenas mordomos. Uma fé que o movia a oferecer. Nosso relacionamento com Deus precisa ser baseado na fé, não simplesmente confissão, mas uma fé viva, que nos move a adorar ao Senhor, também, com os bens materiais que Deus tem permitido que estejam sob os nossos cuidados, como mordomos que somos.”

1.2. Um ato de gratidão.
A gratidão é uma das mais nobres virtudes que deve florescer no coração humano. Por reiteradas vezes somos convidados a não esquecer o que Deus fez por nós [Sl 103.1-6]. Tudo quanto temos conquistado foi com a ajuda do Senhor. Eclesiastes 5.19 diz que riquezas é um dom concedido por Deus, por isso nossa gratidão em forma de contribuição agrada ao Senhor. Uma das maiores expressões de reconhecimento de gratidão encontra-se na pessoa do rei Davi:”(…) Porque tudo vem de ti, e da tua mão te damos” [1 Cr 29.14].

Professor(a): Pr. Fernando Viana (Livro “Levítico – instruções para vivermos em santidade e comunhão com Deus’; Editora Betel, 2017, p. 56) comenta sobre o sacrifício pacífico como uma oferta de gratidão: “Essa oferta estava ligada diretamente ao desejo do ofertante em agradecer a Deus, como reconhecimento das bênçãos recebidas e das necessidades supridas por Deus [Lv 7.29]. A gratidão deve ser constante na vida da Igreja. Deus é o provedor de todas as necessidades do homem e a gratidão é uma maneira de reconhecer esse ato do Criador. (…) O ato do ofertante trazer o sacrifício demonstra a gratidão pelo que o Senhor tinha lhe concedido para seu sustento e de sua casa, e ele traria a oferta de “suas próprias mãos” [Lv 7.30]. A gratidão é uma atitude pessoal dos que reconhecem que tudo nos é concedido pela bondade do Senhor.”

1.3. Um ato de amor para com a obra de Deus. 
O rei Davi deixou isso bem claro, quando afirmou que sua contribuição para o templo era por amor à casa de Deus: “E ainda, de minha própria vontade para a casa de meu Deus, o ouro e prata particular que tenho de mais eu dou para a casa do meu Deus, afora tudo quanto tenho preparado para a casa do santuário:’ [1Cr 29.3]. Davi não iria usufruir daquele templo, porque morreria antes, mas ele não estava pensando em si, mas no bem-estar da obra de Deus.

Professor(a): Hernandes Dias Lopes: “É hora de abandonarmos nossas evasivas. É hora de darmos um basta às nossas desculpas infundadas. É hora de pararmos de tentar enganar a nós mesmos e convencer a Deus com as nossas justificativas. É hora de sermos fiéis ao Deus fiel. É hora de sabermos que tudo é de Deus: nossa casa, nosso carro, nossas roupas, nossas joias, nossos bens, nossa vida, nossa saúde, nossa família. Tudo é dEle. Somos apenas mordomos, administradores. Mordomos e não donos. Deus quer de nós obediência e não desculpas. Fidelidade e não evasivas. Que atitude vamos tomar? Nosso coração está onde está o nosso tesouro. Se buscarmos em primeiro lugar o Reino de Deus, não vamos ter problemas com o dízimo”

EU ENSINEI QUE:
Contribuir revela nossa fé e gratidão a Deus e o compromisso com o Seu Reino.

2- Como se deve contribuir
Deus é quem nos concede força, inteligência e oportunidades para conquistarmos a vitória em todas as áreas da vida, portanto, a contribuição financeira é o reconhecimento por tudo que o Senhor nos tem dado. Há pelo menos três formas básicas que regem a contribuição.

2.1. Devemos contribuir com regularidade.
Usando a expressão “todo primeiro dia da semana” em 1 Coríntios 16.2, Paulo enfatiza que a contribuição deve ser feita com regularidade, seguindo os preceitos bíblicos. Desta forma, ensina que a contribuição deve ser pessoal, constante e programada. Devemos ter regularidade e perseverança em tudo que fazemos e não é diferente com relação à contribuição. Agindo assim, a seu tempo ceifaremos [Gl 6.9]. A contribuição, portanto, deve ser de acordo com os rendimentos, sejam eles semanais, quinzenais ou mensais.

Professor(a): Pr. Abrahão Cipriano (Livro “Obreiro de valor” – Editora Betel, 2015): “Muitos, infelizmente, pensam que recolher ofertas é uma tarefa simples e humilhante. No entanto, no momento da coleta dos dízimos e ofertas, conscientize-se de que você estará desempenhando uma função nobre, pois estará recebendo os haveres que os santos consagraram ao Senhor. Porte-se, pois, de maneira reverente e santa. Nada de brincadeiras e inconveniências.

2.2. Devemos contribuir proporcional à nossa renda.
Moisés, o grande legislador, ordenou: “Cada qual, conforme o dom da sua mão, conforme a bênção que o Senhor, teu Deus, te tiver dado.” [Dt 16.17]. E o apóstolo Paulo reitera esta mesma verdade: “(…) conforme sua prosperidade” [1Co 16.2]. Contribuir de acordo com nossa prosperidade permite que todos contribuam indistintamente, sem exigir que alguém contribua mais do que o outros. Deus não exige aquilo que não podemos dar. Também revela a fidelidade do cristão, quando tem que administrar o pouco [Lc 16.10-12], mas ao mesmo tempo mostra sua generosidade e liberalidade quando administra o muito: “o que reparte, faça-o com liberalidade” [Rm 12.8].

Professor(a): John Stott (Livro `A graça de contribuir 2018, p. 21): “A contribuição cristã é uma contribuição proporcional – 2 Coríntios 8.10-12. (…) precisava estar de acordo com os bens que possuíam [cf. v 11]. Porque a contribuição cristã é algo proporcional. A prontidão desejosa vem primeiro; em seguida, o que se dá é aceitável proporcionalmente ao que o doador possui [cf. v 12]. A expressão “de acordo com aquilo que alguém tem” lembra-nos de duas expressões semelhantes mencionadas em Atos. Em Atos 11.29, lemos que os membros da Igreja em Antioquia contribuem “segundo as suas possibilidades” aos judeus cristãos que atravessavam um período de grande fome. Em Atos 2 e 4, os membros da Igreja em Jerusalém contribuem a cada um conforme a sua necessidade”

2.3. Devemos contribuir com alegria. 
“Deus ama ao que dá com alegria” [2Co 9.7]. O referido texto é bem conhecido de todos os leitores da Bíblia, cuja ordenança sobre a contribuição exige que a mesma seja sem tristeza ou constrangimento, porque esse tipo de contribuição não agrada a Deus. Contribuir com alegria é contribuir de coração: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração” Uma motivação interna e consciente é a ação de compartilhar com alegria o que temos, sabendo que isto concorrerá para bênçãos de outros e trará glória ao nome do Senhor. Na verdade, todas as ações da vida cristã devem ser feitas com alegria: ir à casa do Senhor com alegria [Sl 122.1], ler a Bíblia com alegria [Sl 1.2], servir ao Senhor com alegria [Sl 100.2], exercer misericórdia com alegria [Rm 12.8] e contribuir com alegria, que é agradável a Deus.

Professor(a): Colin Kruse (II Coríntios – introdução e comentário, 1994, p. 176): “A oferta deve ser voluntária. Para enfatizar isso, Paulo acrescenta: Deus ama a quem dá com alegria. Paulo parafraseia uma tradução de Provérbios 22.9 encontrada na LXX (não, porém, no texto hebraico em que se baseiam nossas traduções): “Deus abençoa a quem dá com alegria” (lit., “Deus ama a quem é alegre e generoso”). A necessidade da generosidade na contribuição é enfatizada em várias outras passagens bíblicas [Dt 15.10-11; Mt 5.43-48; Rm 12.8]. Não é difícil explicar por que Deus se deleita em quem dá com alegria. O próprio Deus dá com alegria, e quer ver esta característica divina restaurada entre os que foram criados à Sua imagem. Cristo ensinou segundo padrões semelhantes [Mt 5.43-48].”

EU ENSINEI QUE:
A contribuição financeira é o reconhecimento por tudo que o Senhor nos tem dado.

3- Resultados da contribuição
A contribuição financeira produz resultados maravilhosos, vejamos alguns deles:

3.1. A contribuição é para a manutenção da Casa de Deus.
Em Malaquias 3.10, o alvo primeiro da contribuição era para que houvesse mantimento na Casa do Senhor. Mantimento refere-se a tudo que era usado no santuário. No Antigo Testamento usava-se óleos especiais para as candeias, pão da proposição, lenha para o altar, ingredientes para o altar do incenso, animais para sacrifícios diários e isso só era possível com a contribuição do povo. O templo de adoração, a casa do Senhor precisa da contribuição financeira, tanto para ser construída, quanto para ser mantida. A contribuição é o recurso que Deus estabeleceu para sustento de pastores, missionários, obreiros, aquisição de terrenos, construção de templos, assistência social, bem como toda manutenção e expansão da obra de Deus [2Co 9.6-12]. “

Professor(a): Pr. Adalberto Alves (Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 2018) ao comentar sobre o Livro de Neemias, na Lição 10, o tema foi: Atitudes coerentes com o pacto firmado. Vemos em Neemias 10 que os filhos de Israel estavam convictos que tinham que viver de acordo com os mandamentos, juízos e estatutos do Senhor. Tratando deste aspecto, o Pr. Adalberto escreveu sobre “As responsabilidades do pacto’; sendo uma delas: ” 2.3. Dispostos a contribuir – Na nossa vida de adoração, não podemos nos esquecer das ofertas e dos dízimos. Em Neemias 10.32-34, vemos a intenção do povo em contribuir. As contribuições são para a manutenção da Casa de Deus, bem corno das atividades dela derivadas. Outra vez, Paulo nos orienta que aqueles que pregam o Evangelho devem viver do Evangelho [1Co 9.11,14]. É bem verdade que não são todas as igrejas que podem manter integralmente o dirigente. Ou poderiam, se todos ofertassem? Depois, vem a questão do dízimo. É mister deixar claro que o dízimo deve ser trazido à Igreja e não, como muitos equivocadamente estão fazendo, administrado pelo próprio ofertante [Ne 10.35].”

3.2. A Contribuição financeira honra a Deus.
No contexto de Provérbios 3.9 fica bem claro que um dos aspectos primordiais de contribuir é honrar ao Senhor: “Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda: O Senhor disse a Moisés: “Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta” [Êx 25.1-2]. A ordenança para ofertar foi dada para a glória do Senhor e não para o benefício pessoal de Moisés. Outro exemplo dessa verdade encontra-se em Filipenses 4.18, assegurando que Paulo recebeu uma generosa oferta dos filipenses, e isso foi interpretado como uma oferta de aroma suave, como sacrifício aceitável a Deus. Ao contribuir com Paulo, eles estavam honrando a Deus. Fica evidente esse princípio: quando contribuímos com a obra de Deus, com alguém que está necessitado, missões etc., estamos fazendo para o próprio Deus e foi isso que Jesus ensinou [Mt 25.40].

Professor(a): John Stott (Livro “A graça de contribuir”; 2018, p. 45): “A contribuição cristã promove o agradecimento a Deus – 2 Coríntios 9.11b-15. Paulo afirma quatro vezes sua confiança de que o resultado definitivo da contribuição deles será aumentar o agradecimento e o louvor a Deus. Isso está no centro de toda contribuição espiritual:
1 – “se dêem graças a Deus” [v.111;
2 – “transborda em muitas graças, que se dão a Deus”;
3 – “glorificam a Deus pela submissão que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com ele e para com todos” [v 13];
4 – “Graças a Deus, pois, pelo seu dom inefável” [v 15]. A contribuição cristã autêntica leva as pessoas a agradecer a nós, os doadores, e também a Deus. Elas passam a ver nossa doação à luz da graça indescritível de Deus, mostrada de modo supremo na dádiva de seu Filho”

3.3. A contribuição resulta em abundantes bênçãos.
O texto de Malaquias 3.10-12 nos fala de janelas abertas no céu, que se referem não apenas às bênçãos materiais, mas a toda sorte de bênçãos espirituais. Quando o crente contribui, a casa de Deus é suprida, a obra de Deus cresce, o testemunho da Igreja resplandece, os povos conhecem o Senhor e a glória de Deus resplandece entre as nações. Somos reconhecidos como uma nação bem-aventurada, isso é promessa de Deus. Compreende-se assim que a contribuição financeira é doutrina bíblica, e quando é realizada de acordo com os princípios bíblicos, vindo de um coração grato, cheio de fé e com alegria, terá a aprovação divina e redundará em bênçãos abundantes para o reino e, sobretudo, glória ao nome do Senhor Jesus [2Co 9.6-12].

Professor(a): Pr. Fernando Viana (Livro “Levítico – instruções para vivermos em santidade e comunhão com Deus’; Editora Betel, 2017, p. 186-187): “Conforme o homem se ocupa com as coisas de Deus, Deus cuida em abençoar a sua vida [Sl 37.4]. Sabemos que a prosperidade espiritual é a bênção que Deus deseja para a Sua Igreja e essa prosperidade é acompanhada com o prazer de servi-Lo, ter saúde, ter a bênção sobre a sua família, desfrutar da comunhão com o Senhor e de contentamento, conforme o apóstolo Paulo escreve a Timóteo [1 Tm 6.8]. Como servimos a um Deus abençoador, temos sido agraciados com bem mais do que merecemos. (…) Ser abençoado por Deus é um bem que não tem preço, como gratidão devemos ser liberais na nossa contribuição ao Senhor [Fp 4.19]. A lei da semeadura é simples: quem planta muito colhe muito e quem planta pouco colhe pouco [2Co 9.6]”

EU ENSINEI QUE:
A contribuição financeira produz resultados maravilhosos.

CONCLUSÃO
A contribuição financeira é bíblica, pois é ensinada nas Escrituras. Além disso, é também uma necessidade premente da Igreja, a fim de levar avante sua missão evangelizadora, além de revelar a fé, o amor e a gratidão do cristão tanto pela obra de Deus, bem como pela Sua Santíssima Pessoa.


Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

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