domingo, 22 de dezembro de 2024

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 13 / ANO 1- N° 3

                                                 

A Volta do Messias

TEXTO BÍBLICO BÁSICO
1 Tessalonicenses 4.13-18
13- Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
14- Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.
15- Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.
16- Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;
17- depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
18- Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.

TEXTO ÁUREO
  Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. 1 Coríntios 15.19

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Mateus 24.1-30 A cautela previne o engano

3ª feira - 2Timóteo 4.1-5 A importância da sobriedade

4ª feira - 2Pedro 3.14-18 Resiliência e resistência até que Ele volte

5ª feira - Tiago 5.7-9 A proximidade da parousia

6ª feira - 1Coríntios 15.19,22-26 A vivificação em Cristo

Sábado - 1Tessalonicenses 4.16,17 O modo de Sua vinda

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• compreender os aspectos relacionados à volta de Cristo ao mundo:
 entender como o cristão deve preparar-se para esse grande evento;
• identificar os principais motivos para a volta do Senhor.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Prezado professor, há dois vocábulos gregos no Novo Testamento que guardam estreita relação com o retorno de Cristo à terra. O primeiro (harpazo = "arrebatar, apanhar, tomar pela força") aparece em 1 Tessalonicenses 4.17, sendo utilizado para descrever o arrebatamento da Igreja. O segundo (parousia = "vinda, presença") é empregado para designar o momento em que Jesus aparecerá nos ares para atrair para si os seus santos (1 Ts 4.15; Mt 24.3,37,39).
  No decorrer da lição, explique aos alunos a relação entre ambos os termos no contexto neotestamentário.
  Excelente aula!

  COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  A doutrina do retorno de Cristo é amplamente destacada nas Escrituras. Este ensino é essencial para todos os crentes, pois representa a esperança da Igreja e incentiva o crescimento espiritual.
  Os sinais da segunda vinda estão se cumprindo diariamente, exigindo atenção e vigilância dos fiéis.

1. A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA
  A doutrina da segunda vinda de Cristo merece nossa consideração por dois motivos principais. Primeiro, o retorno do Salvador é a grande esperança da Igreja: aguardamos ansiosamente o céu e o momento glorioso em que Ele cumprirá Sua promessa de nos buscar. Segundo, essa expectativa nos motiva a estarmos sempre preparados para esse grande acontecimento.

1.1. A esperança da Igreja
  O Mestre não prometeu uma vida fácil aos Seus seguidores; ao contrário, Ele afirmou que teríamos aflições neste mundo (Jo 16.33) e que nos enviaria como ovelhas ao meio de lobos (Mt 10.16). No entanto, essa condição pouco favorável é compensada pela promessa de que Ele voltará (Jo 14.18).   Apesar das dificuldades, a vida humana não termina aqui. Todos, salvos ou não, passarão para a eternidade. A pessoa sem Cristo está sujeita à condenação eterna, enquanto o cristão aguarda novos céus e nova terra, firmando-se nas promessas do Senhor.

1.2. Motivação a estarmos sempre preparados
  A doutrina do retorno de Cristo é crucial porque incentiva os crentes a estarem sempre preparados. A segunda vinda ocorrerá de forma inesperada, exigindo dos fiéis constante vigilância. Sabemos que Jesus voltará, mas ninguém pode prever o momento exato (Mt 24.36,44). Em 2 Pedro 3.10-14, os crentes são advertidos a manter uma conduta irrepreensível, pois o Dia do Senhor virá como um ladrão de noite, isto é, em uma hora imprevisível (cf. Lc 12.39).

2. VISÕES DIFERENTES RELACIONADAS AO RETORNO DE CRISTO
  Os que creem no retorno de Cristo concordam que Ele virá nas nuvens, sem pisar na terra, para atrair os redimidos e acompanhado de anjos (Mc 13.26; Ap 22.14; Mt 16.27; Mc 13,27). Sua chegada será repentina e sem aviso prévio (Mc 13.33). No entanto, há certas divergências sobre o momento e a forma do arrebatamento, relacionado à Grande Tribulação. 
  As posições teológicas variam entre pré-tribulacionistas, miditribulacionistas e pós-tribulacionistas, dependendo de quando acreditam que o arrebatamento ocorrerá em relação à Tribulação.

2.1. Pré-tribulacionistas
  Os pré-tribulacionistas acreditam que o arrebatamento ocorrerá antes da Grande Tribulação, defendendo que os cristãos se encontrarão com o Senhor nos ares (1 Ts 4.17). Segundo essa perspectiva, a Igreja será poupada dos eventos catastróficos que ocorrerão na terra durante o reinado do anticristo. Essa visão é adotada por denominações como a Assembleia de Deus e a maioria das igrejas de confissão pentecostal.
  A sequência dos eventos, conforme a teoria pré-tribulacionista, é a seguinte:
• os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, seguidos pelos crentes vivos que serão arrebatados;
 no céu, os salvos passarão pelo tribunal de Cristo para receber recompensas baseadas em suas obras;
• os salvos participarão das bodas do Cordeiro;
• enquanto isso, a terra passará pela Grande Tribulação, um período de sete anos sem a presença da Igreja e sem a atuação do Espírito Santo;
 Cristo voltará com Seus santos para estabelecer o Milênio.


2.2. Miditribulacionistas
  Os miditribulacionistas, também conhecidos como meso-tribulacionistas, acreditam que o arrebatamento ocorrerá no meio da Grande Tribulação. Segundo essa visão, os cristãos passarão apenas pela primeira metade desse período, mas serão arrebatados antes da intensa perseguição que marcará a parte final.
  Baseados em algumas passagens bíblicas, como Daniel 9.27, os defensores dessa perspectiva teológica sustentam a ideia de que o arrebatamento acontecerá no meio da semana profética de sete anos (outras referências incluem: Ap 11.2-12; 12.6,14; 13.5-7; 1 Ts 5.9; Mt 24.15-22).
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E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador (Dn 9.27).
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2.3. Pós-tribulacionistas
  Os pós-tribulacionistas acreditam que o arrebatamento ocorrerá após a Grande Tribulação. De acordo com esse ponto de vista, os cristãos passarão por todo o período tribulacional e só serão arrebatados quando o Filho de Deus retornar para estabelecer Seu reino milenial. Os defensores dessa teoria apoiam-se em passagens como Mateus 24.29-31, que, segundo eles, descreve o retorno de Cristo após a Grande Tribulação, e 2 Tessalonicenses 2.1-3, que menciona a reunião dos santos com Ele após a manifestação do homem do pecado, o filho da perdição.

3. O CENÁRIO DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
  Em certa ocasião, os discípulos perguntaram ao Mestre sobre quando se daria a Sua segunda vinda. Ele respondeu descrevendo os sinais que seriam visíveis no mundo quando esse evento singular estivesse prestes a ocorrer. Parece que os tempos descritos por Jesus correspondem perfeitamente à nossa época. Examinemos alguns desses sinais:

3.1. Falsos cristos e falsos evangelhos
  O Mestre advertiu: muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos (Mt 24.5). Basta ligar a televisão ou acessar as redes sociais para perceber que nunca houve tantos ensinamentos enganosos quanto nos tempos atuais. Grande parte do que é dito ou feito em nome de Jesus, atualmente, são distorções ou falseamentos da mensagem do evangelho. O nome do Senhor nunca esteve tão associado a fraudes e ensinos heréticos.

3.2. Relação de antagonismo entre as nações
  O Mestre alertou sobre guerras e rumores de guerras, dizendo que nação se levantará contra nação (Mt 24.6,7). Apesar dos avanços tecnológicos e das tentativas de aproximação entre os povos, a paz mundial permanece uma utopia inalcançável.
  Historicamente, guerras sempre aconteceram, mas, no final dos tempos, a animosidade entre as nações se intensificará (Lc 21.9). Só nas últimas duas décadas, dezenas de conflitos mataram mais de um milhão de pessoas, incluindo a Guerra do Afeganistão, a Guerra do Golfo, o embate israelense-palestino e a luta contra o Estado Islâmico. As notícias de guerras e rumores de guerras são constantes.

3.3. Doenças e tragédias globais
  O Mestre avisou que haveria fomes, pestes e terremotos em vários lugares (Mt 24.7). Apesar do grande avanço científico, convivemos com doenças emergentes que impactam a vida globalmente.
  O aumento das viagens internacionais e do comércio - incluindo a importação e exportação de animais vivos e dutos de origem animal - facilita a propagação de moléstias, como a gripe aviária, a gripe suína e a recente pandemia de Covid-19.
  Além disso, a negligência em relação à saúde do planeta tem provocado mudanças climáticas severas e aparentemente irreversíveis. É cada vez mais frequente a ocorrência de terremotos de grande magnitude, como aconteceu no Haiti em 2021, o qual deflagrou grandes tragédias e prejuízos.

3.4. Intensificação do pecado
  O Mestre previu que o amor de muitas pessoas se arrefeceria, em razão do aumento exponencial da iniquidade (Mt 24.12). À medida que pressentir a proximidade de sua hora, Satanás intensificará suas ações na terra, resultando em um aumento sem precedentes de práticas pecaminosas. O após- tolo Paulo também alertou que, nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis (2 Tm 3.1-9 ARA).

3.4.1. Efeitos da pós-modernidade
  Na pós-modernidade, convivemos com a rejeição irrefletida das metanarrativas - explicações abrangentes sobre a verdade e a existência humana. Esse período da História promove o relativismo moral, que colide com a moralidade baseada em Deus e nas Escrituras, resultando em uma inversão de valores, que afeta a família, a Igreja e o Estado (cf. Is 5.20).
  A pós-modernidade nega fatos absolutos, o que contraria a realidade de que Jesus é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6). Sem os parâmetros categóricos da Palavra de Deus, a iniquidade aumenta, dado que o coração humano é enganoso e perverso (Jr 17.9).
  Diante dessa constatação, pode-se afirmar que vivemos tempos difíceis (2 Tm 3.1 ARA), os quais facilitam a manifestação do espírito do anticristo (1 Jo 4.3), com vários países se declarando pós-cristãos e uma crescente aversão aos princípios da fé genuína.
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  Pós-cristãos é um termo usado para descrever sociedades, culturas ou indivíduos que, embora tenham sido historicamente cristãos ou influenciados pelo cristianismo, agora se afastaram significativamente dessa herança religiosa.
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4- OBJETIVOS DO RETORNO DE CRISTO À TERRA
  Dentre outros, a segunda vinda de Cristo possui dois grandes propósitos: o primeiro é cumprir a promessa de retornar para buscar os Seus e levá-los consigo (Jo 14.1-3); o segundo é concluir a História antes de o Israel de Deus ingressar no novo céu e na nova terra que Ele preparou.

4.1. Cumprimento da promessa de buscar os salvos
  Em diversas ocasiões, o Mestre prometeu que retornaria para buscar os Seus, e o Senhor não faz promessas vazias (Is 55.11). Ele não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria (Nm 23.19; cf. Dt 7.9)?
  A morte de Jesus foi validada por Sua ressurreição ao terceiro dia. Da mesma forma, o plano de Deus para resgatar a humanidade do poder do pecado será confirmado quando Cristo voltar, em glória, no fim dos tempos (Jo 14.3). Nesse dia, Ele reunirá os Seus escolhidos.

4.2. Encerramento da História
  A teologia cristã relaciona a segunda vinda de Cristo ao clímax - ou ao encerramento - da História, que teve um princípio e terá o seu fim.
  O apóstolo João, no Livro de Apocalipse, disse ter visto um novo céu e uma nova terra. Ele incluiu no seu relato a informação de que o primeiro céu e a primeira terra haviam desaparecido, e o mar sumido (Ap 21.1 NTLH).
  A volta de Cristo e a criação de uma nova realidade marcam o desfecho da crônica humana nesse tempo-espaço e o início de uma nova era na eternidade. Essa nova história representa a consumação do plano redentor e o cumprimento das promessas divinas registradas nas Escrituras. Ela será escrita com Deus, e nela não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor (Ap 21.4).

CONCLUSÃO
  A indiferença em relação ao arrebatamento da Igreja pode levar o indivíduo a várias formas de negligenciamento da fé, expondo-o a sérios perigos.
  O apóstolo Paulo nos convida a viver diariamente na expectativa de que Jesus voltará a qualquer momento para nos buscar (Tt 2.13), pois se o esperamos apenas nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens (1 Co 15.19). Portanto, independentemente do dia ou da hora, sejamos encontrados prontos para esse glorioso evento. 
  Que os redimidos em Cristo proclamem: Aquele que há de vir virá e não tardará (Hb 10.37).
  Ora, vem, Senhor Jesus!

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Quais são as perspectivas teológicas mais conhecidas sobre a volta de Cristo?

R:: Pré-tribulacionismo, miditribulacionismo e pós-tribulacionismo.

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