domingo, 22 de dezembro de 2024

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR JOVENS - Lição 13 / 4º Trim 2024

       

DIVERSOS PEIXES NA REDE
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Texto de Referência: Mt 13.47-50

LEITURA SEMANAL

Seg Mc 1.17 Jesus nos fez pescadores de homens.

Ter Lv 11.10 Alguns peixes eram impuros para os judeus.

Qua Mt 18.6,7 Ai daqueles por quem vêm o escândalo.

Qui Ap 19.16 Jesus é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.

Sex Ap 20.15 Aquele que não for encontrado no Livro da Vida será condenado

Sab Mt 5.45 Deus abençoa tanto justos como injustos

VERSÍCULO DO DIA
"Igualmente, o Reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar e que apanha toda qualidade de peixes", Mt 13.47.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

✔ Apresentar as semelhanças da rede de pesca com o Reino de Deus;

✔ Explicar a comparação dos peixes puros e impuros;

✔ Contextualizar com o Juízo Final.

VERDADE APLICADA
Chegará o dia no fim dos tempos, no período estabelecido por Deus, que acontecerá o afastamento entre o bom e o perverso, entre o justo e o desonesto.

MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos para que possamos estar entre os escolhidos, que serão reunidos pelos anjos (Mt 24.31).

INTRODUÇÃO
Enquanto na Parábola do joio e do trigo a ênfase é sobre a paciência de Deus, na Parábola da rede a ênfase se encontra na justiça de Deus contra os maus, mas ambas fazem referência à consumação dos séculos.

Ponto-Chave
"Na consumação dos séculos, Deus separará os justos dos injustos".

1- A IMAGEM DA REDE DE PESCA
A Parábola da rede é mais uma das quais Jesus faz a comparação com o Reino de Deus. Muitos dos discípulos de Jesus eram pescadores: Simão Pedro, seu irmão André (Mt 4.18,19), João e Tiago (Lc 5.10), filhos de Zebedeu que faziam parte da cooperativa de pescadores na Galileia. Desta forma, os primeiros discípulos entenderam muito bem o que Jesus estava ensinando.

1.1. A representação do Reino de Deus
A Parábola não compara o Reino de Deus com uma rede, mas, sim, devido à declinação no grego, a melhor tradução seria: "Assim se passa na consumação do Reino de Deus" (Mt 13.47). De acordo com Joachim Jeremias (1986, p.225), a rede mencionada por Jesus é de arrasto, conhecida também por arrastão, ela é semelhante a um funil fechado, arrastada entre dois barcos, e coleta todo tipo de ser aquático que entra nela. Jesus fez de Seus discípulos pescadores de homens (Mc 1.17), desta forma, assim como a rede de arrasto, não devemos fazer acepção de pessoas, todos devem ser alvo da mensagem do Evangelho e, apresentados a Cristo, indiscriminadamente.

1.2. Todas espécies de peixes
Quando se arrastava uma rede deste tipo, se coletava todo tipo de peixe, comestível ou não. Acredita-se que no lago de Genesaré, vulgo mar da Galileia, existiam mais de 20 espécies de peixes diferentes. Os peixes que não prestavam eram os peixes impuros conforme citados em Levítico 11.10, todos sem escama e sem barbatana, outros animais aquáticos como o camarão, muito apreciado entre os gentios, eram tidos como não comestíveis para os judeus. Existem também dois tipos de pessoas que congregam nas Igrejas, o espiritual e o carnal. A existência de pessoas que trazem escárnio e escândalo ao seio da Igreja foi profetizado por Jesus e enfrentado pela Igreja Primitiva desde os primórdios, como afirmado, não há meios de evitá-los, mas ai daqueles por quem vem o escândalo (Mt 18.6,7).

Refletindo
"Antes que chegue a consumação dos séculos, cabe a Igreja de Cristo, como uma grande rede lançada ao mar, divulgar estas verdades ao mundo perdido". Pastor Deiró de Andrade

2- A ESCOLHA DOS PEIXES
A imagem da escolha e separação é bem nítida nas Parábolas que apontam para o Juízo Final. A escolha entre os peixes comestíveis e os impuros representa a salvação dos justos e a condenação dos ímpios naquele Grande Dia.

2.1. A rede arrastada para praia
Assim como os pescadores, após uma noite de pesca, arrastam a rede para a praia, dando como terminada a pescaria, da mesma forma acontecerá no final dos tempos. O Reino de Deus é uma grandeza escatológica neste sentido em que Deus será reconhecido como o Único e Santo Deus e Jesus como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16). A Parábola aborda o julgamento dos ímpios, com isso podemos entender que o texto é uma referência ao Juízo Final, ao julgamento do Grande Trono Branco, momento este em que Deus julgará e condenará os ímpios (Ap 20.11), culminando assim na consumação dos séculos, colocando um ponto final na história como a conhecemos.

2.2. A separação dos peixes 
A imagem da separação é icônica nos Evangelhos, no fim dos tempos, Deus separará os justos dos ímpios assim como são separados os bodes das ovelhas (Mt 25.33), o joio do trigo (Mt 13.30), os peixes na rede (Mt 13.48). Na consumação, o Filho do Homem estará sentado à destra de Deus Pai (Mc 14.62), cercado pelos santos anjos (Mc 8.38), e como Pastor. Ele guiará Seu rebanho (Mc 14.28). Atualmente, algumas pessoas afirmam que Deus, por ser amor, não sentenciaria o ser humano à condenação eterna, mas não é isso que as Sagradas Escrituras afirmam, pois se tal coisa acontecesse, Deus não agiria com justiça, pois Ele é fogo consumidor (Hb 12.28,29).

3- O DESTINO DOS ÍMPIOS
O propósito original do ser humano não foi para ser condenado à Morte Eterna, ao lago de fogo e enxofre, pois isso foi preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41). Todavia, devido à rebeldia, ao pecado e à rejeição da graça divina, o fim do ímpio será separado eternamente de Deus (Ap 20.15).

3.1. Os anjos na consumação
Os anjos terão um papel primordial na consumação da história, pois eles é que farão a separação entre os justos e os ímpios (Mt 13.41). Os anjos são os agentes da separação, pois os homens, em suas limitações humanas, não têm condições de fazer tal separação. Só Deus conhece e contempla o que há dentro dos corações(1Sm 16.7). A missão dos anjos é fazer a separação entre os justos e os injustos, e a missão da Igreja é pregar o Evangelho a toda criatura e viver uma vida de santidade. A Igreja tem também o poder de disciplinar os seus membros (1Co 5.5), mas somente Deus tem autonomia de salvar ou rejeitar alguém, não cabe a nós colocarmos alguém no céu, ou condenar ao inferno (Rm 10.6,7).

3.2. A punição dos ímpios
O mal será destruído completamente, assim como o diabo e seus anjos, a morte também terá o seu fim no lago de fogo e enxofre (Ap 20.14). Hoje, os ímpios que morrem, esperam o Juízo Final no Hades, uma espécie de lugar intermediário, onde já sofrem pela ausência de Deus, porém, na Consumação dos Séculos e diante do Trono Branco, todos aqueles que não tiveram seus nomes escritos no Livro da Vida serão lançados para a morte eterna. A ausência eterna de Deus é uma condição inconcebível para o ser humano entender, pois Deus se faz presente em toda a realidade humana através de Sua Graça comum (Mt 5.45), mas haverá um dia em que os ímpios perderão de forma definitiva todo a manifestação da bondade e do amor de Deus, restando somente a Sua ira.

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR
Existem três palavras distintas no Novo Testamento para a tradução de "Inferno". A primeira é a palavra "hades", que representa o lugar de espera dos mortos, sem Cristo, é o lugar para onde o rico da Parábola foi (Lc 16.23), ele se opôs a Igreja como o símbolo da morte sem Deus (Mt 16.18). A segunda palavra é "tártaros", que é o lugar da prisão dos anjos caídos (2Pe 2.4). E terceiro, a "geena", que representa o lago de fogo e enxofre (Mc 9.45). Tanto a morte como o hades serão lançados na geena, no lago de fogo e enxofre (Ap 20.14).

CONCLUSÃO
A pior coisa que pode acontecer com o ser humano não é somente padecer eternamente no inferno mas, ficar eternamente longe da presença de Deus.

Complementando
A Apocatastasis é uma heresia, desenvolvida inicialmente por Orígenes. Ela afirma que, no final dos tempos, todos serão salvos, inclusive o diabo e seus anjos. Tal heresia é um perigo para a Igreja Cristã, pois faz com que Deus pareça conivente com o mal e com o pecado, e que o sacrifício de Cristo foi em vão. Fiquemos atentos, arraigados na imutável Palavra de Deus.

Eu ensinei que:
Na consumação dos séculos, Deus separará os justos dos ímpios e julgará com justiça os maus.

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