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domingo, 19 de janeiro de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR JOVENS - Lição 4 / 1º Trim 2025

AMÓS, O PROFETA QUE CONDENOU A INJUSTIÇA SOCIAL 
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Texto de Referência: Am 2.6 

VERSÍCULO DO DIA
"Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Israel e por quatro, não retirarei o castigo, porque vendem o justo por dinheiro, e o necessitado, por um par de sapatos". Am 2.6.

VERDADE APLICADA
Quando o homem se distancia de Deus, ele se torna arrogante, deixando de cultivar a virtude da humildade.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Exibir a estrutura e mensagem do livro de Amós;
 Discorrer sobre a mensagem de arrependimento;
✔ Comentar sobre as lições do livro de Amós para os dias de hoje.
 
MOMENTO DE ORAÇÃO 
Oremos para que a Igreja entenda que bem-aventurado é aquele que atende ao pobre.
 
LEITURA SEMANAL
Seg Am 7.14 Deus chama um fazendeiro.
Ter Am 2.7 Declínio moral de uma nação. 
Qua 
Am 7.15 Devemos cumprir o nosso chamado.
Qui Am 7.16,17 Não devemos nos intimidar.
Sex Am 8.5 A desonestidade imperava nas transações comerciais.
Sáb 
Am 5.12 O Senhor conhece as nossas transgressões.

INTRODUÇÃO 
O profeta Amós não se furtou em apontar a iniquidade contra aqueles que oprimiam ou ignoravam os necessitados, por isso foi desprezado por aqueles que resistiam à sua mensagem profética.

Ponto-Chave
"Na Bíblia, temos vários exemplos de que Deus sempre evidenciou Seu grande amor pelos pobres e oprimidos."

1. O PROFETA AMÓS 
Amós era uma pessoa simples, era um vaqueiro, e cultivador de sicômoros, uma espécie de figos silvestres (Am 7.14), tendo desempenhado seu ministério nos reinados de Uzias de Judá, e de Jeroboão II (Am 1.1), os quais gozavam de grande prosperidade econômica. 

1.1. As profecias de Amós
Amós não gozava de uma elevada posição social, ele não era profeta, não tinha o dom da profecia, não era filho de profeta, e nem estudou para ser profeta, antes de ser chamado pelo Senhor (Am 7,14-17). Ele profetizou veementemente contra a idolatria, as injustiças sociais (Am 2.7,8; 5.10-12; 8.4-6), condenando o luxo extravagante, a prostituição e a idolatria (Am 2.7; 5.12; 6.1-3). Amós nos revela que os israelitas passaram a adorar outros deuses, praticar pecados sexuais, receber dinheiro de multas injustas e comprar vinho com dinheiro ilícito (Am 2.4-8). O profeta também prenunciou uma mensagem de esperança (Am 9.11-15). 

1.2. Uma religiosidade vazia
O livro de Amós apresenta um cenário religioso de total desvio das coisas de Deus. Diante disso, Amós denuncia o rompimento dos líderes religiosos com a violação da Lei de Moisés (Dt 24.6,17), expondo que os sacerdotes estavam se empregando de suas funções para tratar de seus próprios interesses para enriquecerem à custa do povo. Nesse modo de vida tão adverso às Leis do Senhor, era corriqueiro comer comidas oferecidas aos ídolos; a iniquidade prevalecia entre a liderança religiosa que se ocultava atrás de uma falsa moralidade e uma espiritualidade oca, apresentando cultos que não apraziam mais ao Senhor (Am 5.21,22).

Refletindo
Amós talvez não fosse a pessoa mais indicada para trazer uma profecia nas circunstâncias em que se encontrava. Ele não era profeta ou, pelo menos, não tinha estudado para ser profetar
Alexandre Coelho e Silas Daniel

2. UM PROFETA QUE DENUNCIOU O PECADO
 O profeta Amós, em suas profecias, embora grande parte tenha sido direcionada ao Reino do Norte, o profeta também apontou os pecados do Reino do Sul (Am 2.4,5; 9.11). 

2.l. Um chamado ao arrependimento
A acentuada prosperidade da nação israelita nos dias de Amós não fez que o povo se voltasse para Deus, antes vivia uma espiritualidade leviana, especialmente, dos seus líderes e, como decorrência, as suas relações estavam marcadas por injustiças e corrupções comerciais. Como poderiam crer na iminência do castigo divino quando Deus os fazia viver uma vida próspera? O povo via a prosperidade como um sinal de concordância divina. Através de Amós, Deus convoca Seu povo ao arrependimento (Am 3.1; 4.1; 5.1), assim, ao ministrar uma mensagem de arrependimento, o profeta Amós foi rejeitado pelo povo. 

2.2. Um profeta que não temeu em falar a verdade 
Amós profetiza contra o imprudente esquecimento do Povo de Israel para com a Lei do Senhor (Am 2.4). Diante da advertência de Amós, ele passou a enfrentar uma forte aversão por parte do sacerdote Amazias, de Betel, que procurou bani-lo do país (Am 7.10- 13), fazendo uso de sua influência política e aproveitando-se da estupidez do povo. Amós, entretanto, era corajoso e obediente ao Senhor e não se deixou abater pelas palavras de Amazias; confrontando-o, dizendo que foi o Senhor que lhe mandou pregar (Am 7.15) e ainda disse a Amazias que, por sua rejeição, a ira de Deus ruiria sobre ele (Am 7.16,17).

3. O DECLÍNIO SOCIAL DE UMA NAÇÃO
Em suas mensagens, o profeta Amós combate o preconceito e a apatia dos mais ricos, que usurpavam os mais desprovidos (Am 2.7; 4.1; 5.11; 8.4-6). O profeta condena a todos que se tornam ricos e poderosos à custa dos outros.

3.1. O cuidado de Deus com os pobres
O livro de Amós tem muito a dizer a respeito de como os crentes devem tratar os pobres e necessitados (Am 5.12). O contexto histórico em que Amós viveu era marcado pela estabilidade econômica de Israel e Judá. Estas duas nações, mesmo vivendo uma fase áurea de riquezas materiais, estavam mergulhadas em injustiças e iniquidades. O governo não compartilhava igualitariamente suas riquezas, uma classe privilegiada acumulava poder e riqueza às custas da opressão e exploração dos mais pobres. Entre Israel, a indiferença e o amor ao próximo eram coisas tão remotas que pessoas retas eram vendidas como escravos, caso não pudessem quitar os seus débitos (Am 8.6). 

3.2. O que Amós tem a ensinar para a Igreja hoje
Ao analisar a vida do profeta Amós neste campo da justiça social, devemos aplicar seu exemplo à nossa vida hoje, como Igreja. Ele foi um exemplo de servo obediente, não estava ocioso quando foi convocado por Deus, estava ocupado em seus afazeres (Am 7.14-16). Diante do caos instalado na nação de Israel (Am 2.4-8), ele foi obediente à voz de Deus, e enfrentou os poderosos, apresentando a mensagem divina sem temer (Am 5.24). Não hesitando em denunciar o pecado, a idolatria e os ricos que sufocavam os pobres sem misericórdia (Am 4.1). 

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
Amós vivia à 7 quilômetros ao sul de Jerusalém, nas altas colinas de Judá, perto da estrada que ia de Jerusalém a Hebrom e Berseba. Afirma-se ter sido nessa mesma região que João Batista cresceu, muito tempo depois. Betel, onde Amós profetizou, localiza-se a cerca de 35 quilômetros ao norte de Tecoa, e à 3 quilômetros ao norte dos limites de Judá. Era o principal santuário de Israel, lugar de moradia do sumo sacerdote, enquanto a residência real de Jeroboão II ficava em Samaria, a cerca de 40 quilômetros também ao norte. Foi daquele centro religioso que Amós se dirigiu à nação. Fonte: (ELLISEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento; Um guia com esboços e gráficos explicativos dos primeiros 39 livros da Bíblia, 200l, p.336). 

CONCLUSÃO
Amós não retrocedeu em denunciar os mais ricos que oprimiam os pobres. Mesmo sendo advertido, ele cumpriu sua convocação e testificou sua chamada (Am 7.15). 

Complementando
As cerimônias religiosas nada representam diante de Deus se não forem seguidas de atitudes que comprovem o amor ao próximo. Que fique bem claro que o nosso próximo é qualquer pessoa que necessita da nossa ajuda (Rm 13.8). 

Eu ensinei que:
O profeta Amós é um exemplo sublime de todas as pessoas comprometidas na edificação de uma sociedade mais afetuosa, mais equitativa, mais solidária, mais fraterna e mais cristã. 

Fonte: Revista Betel Conectar

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