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segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 4 / ANO 2- N° 4

  

O Lugar Santo: Símbolo Presença e Intercessão
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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Êxodo 25.23,24,30,31
23- Também farás uma mesa de madeira de cetim; o seu comprimento será de dois côvados, e a sua largura, de um côvado, e a sua altura, de um côvado e meio,
24- e cobri-la-ás com ouro puro; também lhe farás uma coroa de ouro ao redor.
30- E sobre a mesa porás o pão da proposição perante a minha face continuamente.
31- Também farás um castiçal de ouro puro; de ouro batido se fará este castiçal; o seu pé, as suas canas, as suas copas, as suas maçãs e as suas flores serão do mesmo.

Êxodo 30.1,3,6
1- E farás um altar para queimar o incenso; de madeira de cetim o farás.
3- E com ouro puro o forrarás, o seu teto e as suas paredes ao redor, e as suas pontas; e lhe farás uma coroa de ouro ao redor.
6- E o porás diante do véu que está diante da arca do Testemunho, diante do propiciatório que está sobre o Testemunho, onde me ajuntarei contigo.

TEXTO ÁUREO
  Se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo (...). Hebreus 9.13,14a

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira Salmo 24.7-10 - O Senhor dos Exércitos; Ele é o Rei da Glória

3ª feira Hebreus 2.11-13 - Porei nele a minha confiança

4ª feira Filipenses 2.12-18 - Para que sejais irrepreensíveis e sinceros

5ª feira-1 Coríntios 1.1-9 - Fiel é Deus

6ª feira 1 João 1.1-4 - Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho

Sábado Romanos 8.31-39 - É Cristo quem intercede por nós

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• reconhecer o significado espiritual de cada peça no Lugar Santo;
• perceber a importância do cuidado e esmero na criação de cada item, refletido na escolha de materiais valiosos;
• entender que, assim como o Lugar Santo requeria reverência e cuidado, Deus nos chama a cuidar de nosso corpo e alma para vivermos plenamente em Sua presença.


ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Prezado professor, o cuidado dedicado à criação e organização das peças do Lugar Santo reflete a ordem esperada por Deus em Sua Igreja.
  Incentive seus alunos a zelar pela Casa do Senhor, lembrando que cuidar de seus pertences é parte da adoração, sendo eles adquiridos com os dízimos e ofertas dos membros. 
  Excelente aula!

  COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  Nesta lição, será explorado o significado do Lugar Santo, o espaço onde se aprofunda a adoração e o relacionamento com o Criador. Além disso, serão analisados três itens fundamentais que compunham sua mobília: o castiçal de ouro, a mesa dos pães da proposição e o altar de incenso. Esses objetos faziam parte das práticas sacerdotais diárias, simbolizando a obra de Cristo, que atua como Mediador entre Deus e Seu povo.

1. O CASTIÇAL DE OURO: A LUZ QUE SIMBOLIZA A PRESENÇA DIVINA
  O castiçal de ouro, posicionado à direita no Lugar Santo, era uma das peças mais impressionantes do Tabernáculo. Esculpido de um bloco sólido de ouro batido, possuía uma haste central e seis braços laterais, três de cada lado, formando uma estrutura harmoniosa. No topo de cada haste, havia lâmpadas alimentadas por azeite, que representavam a luz divina constante.
  Adornado com figuras de copos, maçãs e flores, o castiçal não era apenas funcional, mas também simbólico. Espevitadeiras e apagadores de ouro puro acompanhavam a peça, garantindo que a chama permanecesse sempre acesa, exprimindo a luz divina perpétua, que ilumina continuamente o caminho de Seu povo (Ex 25.31-40; Ap 1.20).

1.1. Aspectos tipológicos

1.1.1. O ouro batido: o sofrimento que refina a redenção
  O ato de bater o ouro para moldar o castiçal no Tabernáculo simboliza o sofrimento que moldou a obra redentora de Cristo. Assim como o ouro era trabalhado, Ele foi esmagado conforme o plano divino (Is 53.10a). Desde o Seu nascimento, Jesus enfrentou rejeição e desprezo, passando por necessidades humanas e profunda dor emocional e física. Seu sofrimento culminou na cruz, onde suportou a crucificação e o escárnio, sem que Sua divindade fosse, de qualquer modo, anulada (Fp 2.6-11). O Filho de Deus, o ouro mais precioso, sofreu para - por meio de Sua ressurreição - tornar-se o fundamento da Igreja e o caminho para a redenção.

1.1.2. O pé com a cana central do castiçal: a figura de Cristo, o eixo da redenção
  O castiçal no Tabernáculo possui um eixo central, identificado como Yarek, em hebraico, termo que significa "coxa" e está associado à ideia de força tipologicamente aponta para o Messias, que é o centro da vida espiritual e a origem de nossa existência (At 17.28).
  A haste central, mais alta e ornamentada do que as outras seis, exibe a preeminência de Jesus em relação à humanidade. Embora exaltado, Ele se identifica plenamente com Seus irmãos, como ensinado em Hebreus 2.11-13, ao partilhar de nossa condição humana.
  Os detalhes ornamentais da haste central - quatro copos, maçãs e flores - destacam a Sua singularidade e beleza. O Noivo Celestial é o eixo que sustenta a Igreja e, assim como o castiçal equilibra suas lâmpadas, Ele mantém a harmonia da vida espiritual ao Seu redor, sendo o centro de tudo.


1.1.3. Os braços do castiçal: símbolos dos crentes redimidos
  As seis canas laterais do castiçal correspondem aos crentes, que se erguem ao lado do Redentor, refletindo Sua glória. O número seis, relacionado à criação do homem no sexto dia, alude à humanidade redimida, que, embora transformada, ainda aguarda a perfeição completa. A sétima cana, que traduz o Homem Perfeito, completa o conjunto. Ele se eleva entre os salvos, unindo-os à Sua plenitude e cumprindo o propósito divino de restaurar e santificar o pecador.

1.1.4. Os ornamentos do castiçal: simbolismos de vida, paz e beleza cristã
  O castiçal do Tabernáculo, adornado com elementos simbólicos, apresenta copos, maçãs e flores. Cada detalhe dos ornamentos do castiçal reflete aspectos fundamentais da obra de Cristo.
 Copos (ou taças) - descritos como tendo o formato de amêndoas, estampam a proteção e a geração de vida. Assim como o copo protege o broto, Cristo é a fonte de vida para toda a humanidade (Jo 1.4). As três taças em cada cana podem ser interpretadas como aspectos da vida espiritual gerada pela obra conjunta do Pai, do Filho e do Espírito Santo, que nos comissiona como embaixadores da reconciliação (2 Co 5.18-21).
 Maçãs (botões ou romās) - esses ornamentos são tradicionalmente associados à esperança e à plenitude. Eles também eram usados nas vestes do sumo sacerdote e no Templo de Salomão (Ex 28.34; 1 Rs 6.18). No contexto do castiçal, as romās sinalizam a paz trazida pelo Filho de Deus, evidenciada em Seu nascimento, ministério, morte e ressurreição (Lc 2.14; Cl 1.20). 
• Flores - aceitas como lírios, elas traduzem a beleza e a santidade do Cordeiro Santo, superior à glória de Salomão (Mt 6.28,29). Cada flor nas canas laterais reflete a necessidade de o crente demonstrar o caráter do Mestre (Sl 27.4), tornando visível Sua beleza ao mundo.

1.1.5. As lâmpadas do castiçal: refletindo a Luz Inextinguível
  O castiçal do Tabernáculo, sem as lâmpadas, seria uma peça decorativa sem propósito. Suas lâmpadas descrevem a Igreja, cuja missão é irradiar a luz do Altíssimo ao mundo (Mt 5.14-16).
  Posicionado diante da mesa dos pães da proposição (Ex 26.35), o castiçal, por meio da luz do Espírito Santo, reflete a comunhão e provisão espiritual que encontramos na presença do Senhor.
  Além disso, a luz iluminava o altar de incenso, indicando que a verdadeira oração é conduzida e iluminada pela presença do Espírito Divino (Rm 8.26; Ap 8.3,4).
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  O castiçal iluminava a si mesmo, sublinhando que, quando a Igreja brilha diante de Deus, ela reflete essa luz tanto para o mundo quanto para si própria, tal como o rosto resplandecente de Moisés após entrar na presença do Senhor (Ex 34.29).
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1.1.6. As espevitadeiras e os apagadores: instrumentos de correção e remoção espiritual
  As espevitadeiras, semelhantes a pinças, eram usadas para ajustar e pinças, aparar os pavios das lâmpadas no castiçal, garantindo que a luz permanecesse constante e não enfraquecesse. Já os apagadores eram recipientes nos quais os pavios queima- dos eram colocados com água e definitivamente destruídos.
  Esses elementos ilustram a maneira como Deus corrige e ajusta nossa vida espiritual, removendo os impedimentos que nos fazem perder o brilho e enfraquecer nosso testemunho (Hb 12.6). Quando a correção é ignorada e não há arrependimento, o apagador simboliza uma medida mais severa: a remoção definitiva do castiçal - a luz e o testemunho da fé (Ap 2.5).

2. A MESA DOS PÕES DA PROPOSIÇÃO: O CONVITE DIVINO À COMUNHÃO
  A mesa dos pães da proposição, construída de madeira de acácia e revestida de ouro, media 90cm de comprimento, 45cm de largura e 70cm de altura (Ex 25.23 NVI). Ao redor dela havia uma moldura em forma de coroa com a largura de um palmo. Quatro argolas de ouro, duas de cada lado, fixavam as barras de madeira revestidas de ouro, utilizadas para transportá-la pelo deserto.
  Sobre a mesa, havia pratos de ouro para conduzir o pão, colheres de ouro para colocar incenso, coberturas para proteção, e tigelas de ouro para realizar a libação (Nm 28.7), que era feita no altar dos holocaustos (Ex 30.9), localizado no átrio, não no altar de incenso no Santuário.

2.1. Aspectos tipológicos

2.1.1. O convite à mesa: a mesa dos sacerdotes como prefiguração da comunhão na nova aliança
  A mesa dos pães da proposição, posicionada em frente ao castiçal (Ex 26.35), simboliza a comunhão entre Deus e os sacerdotes, destacando a proximidade e a constante presença divina entre Seu povo.
  Na nova aliança, essa mesa prefigura a mesa do Senhor, na qual os crentes participam da comunhão e partem o pão em memória da obra redentora do Messias (1 Co 11.28,29), celebrando a vitória sobre o pecado.
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  Os pães da proposição ou pães da presença divina exprimem a proximidade e o convite de Deus para estarmos à mesa com Ele, como descrito no Salmo 23.5
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2.1.2. Madeira revestida de ouro: Cristo como perfeita união entre humanidade e divindade
  A madeira traduz a humanidade de Jesus, aludindo à Sua encarnação e presença temporária entre os homens. O ouro, por sua vez, versa sobre Sua divindade, ressurreição e glorificação. Assim como Ele uniu esses dois aspectos, somos identificados com Sua morte para que possamos também compartilhar de Sua glória (Fp 2.6-8; 2 Tm 2.12).

2.1.3. Os pães da proposição: representação da sustentação divina para o povo da aliança
  Na mesa dos pães da proposição, 12 pães feitos de farinha fina e sem fermento retratam as 12 tribos de Israel, lembrando a constante presença do Altíssimo e Seu sustento espiritual e físico para os aliançados (Ex 25:23-30; Lv 24:5-9). Esses pães, consumidos pelos sacerdotes, conforme Levítico 24.5- 9, remetem a Cristo, a Palavra Viva, que sustenta espiritual- mente Seu povo.
  A farinha fina, que precisava ser peneirada e moída até tornar-se pura, reflete o caráter perfeito de Cordeiro imaculado, que foi testado e aprovado em Sua vida e sofrimento. Somente após passar pelo martírio do Calvário, Ele tornou-se o Pão da Vida (Jo 6.35,51), capaz de satisfazer as necessidades espirituais da humanidade e cumprir as exigências de um Deus santo.

3. O ALTAR DE INCENSO: O MINISTÉRIO INTERCESSOR DE CRISTO
  Posicionado diante do véu que separava o Santo dos Santos, o altar de incenso ficava ao fundo do Lugar Santo, sendo o ponto mais próximo do Senhor, onde os sacerdotes queimavam especiarias diariamente (Ex 30.6,7; 40.26).

3.1. Aspectos tipológicos

3.1.1. O altar de incenso: símbolo da intercessão contínua
  O altar de incenso continha detalhes simbólicos que representavam elementos-chave da intercessão e da oração:
 Coroa de ouro - representava a santidade e a realeza do Altíssimo. Quando o sacerdote queimava o incenso, a fu maça subia em direção a Ele, apontando para as orações dos santos (Ap 8.3-4). Embora o fogo também possa retratar o Espírito Santo, no altar de incenso ele está mais relacionado ao ato de intercessão.
• Chifres - ungidos anualmente no Dia da Expiação (Lv 16.18), destacavam o poder da oração e da intercessão. Exemplos bíblicos de intercessão poderosa incluem Abraão intercedendo por Sodoma (Gn 18.23-33); Jacó em Peniel (Gn 32.28); e o rei Ezequias orando por Jerusalém e por ele próprio (Is 37.14,15; 38.2).
• Argolas e varas - usadas para transportar o altar durante a jornada no deserto (Ex 30.4), indicavam que a intercessão nunca está limitada por tempo ou lugar. Assim como o altar de incenso acompanhava Israel, o Filho de Deus intercede continuamente por Seu povo.

3.1.2. O incenso: símbolo da intercessão perfeita
  O altar de incenso ficava diante do véu, perto do Santo dos Santos, espelhando a comunicação direta com o Divino (Ex 30.6). Refletindo o altar celestial diante do trono eterno (Ap 8.3), o valor do altar estava nas especiarias queimadas sobre ele, cuja fumaça agradável retratava as orações dos fiéis subindo até Deus. A fórmula do incenso, composta por estoraque, ônica, gálbano e olíbano, era única e exclusiva, representando a singularidade da intercessão de Cristo e sua aceitação diante (Ex 30.34-38).

CONCLUSÃO
 Ao concluir o estudo tipológico das peças do Lugar Santo, é possível observar que cada elemento aponta para a transformação que Cristo deseja realizar na vida do salvo. O castiçal de ouro simboliza a luz divina que nunca se apaga, guiando a Igreja em meio às trevas. A mesa dos pães da proposição remete à constante comunhão com o Senhor, que sustenta Seu povo com alimento espiritual. O altar de incenso, por sua vez, representa a intercessão de Jesus, o Santo Mediador, que convida os santos a uma vida de oração contínua e entrega total aos seus desígnios.

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Quais são os componentes do altar de incenso? 

R.. Coroa de ouro; chifres: argolas e varas.

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