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segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 5 / ANO 2- N° 4

   

O Lugar Santíssimo: Símbolo da Comunhão Suprema com Deus
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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Êxodo 26.31-34
31- Depois, farás um véu de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido; com querubins de obra prima se fará.
32- E o porás sobre quatro colunas de madeira de cetim cobertas de ouro, sobre quatro bases de prata; seus colchetes serão de ouro.
33- Pendurarás o véu debaixo dos colchetes e meterás a arca do Testemunho ali dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar santíssimo.
34- E porás a coberta do propiciatório sobre a arca do Testemunho no lugar santíssimo.

Hebreus 9.3,4
3- Mas, depois do segundo véu, estava o tabernáculo que se chama o Santo dos Santos,
4- que tinha o incensário de ouro e a arca do concerto, coberta de ouro toda em redor, em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas do concerto.

Êxodo 40.34
34- Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo.

TEXTO ÁUREO
  Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne. Hebreus 10.19,20

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Mateus 27.45-51 - Eis que o véu do templo se rasgou em dois

3ª feira - Hebreus 10.19-23 - Tendo, pois, ousadia para entrar no Santuário

4ª feira - Mateus 5.17-20 - Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas

5ª feira Romanos 10.1-4 - O fim da lei é Cristo

6ª feira - João 6.51-59 - Este é o pão que desceu do céu

Sábado Colossenses 1.12-15 - Em Cristo temos a redenção pelo Seu sangue

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
 entender que o Lugar Santíssimo era inacessível ao povo, sendo um espaço onde nem mesmo os sacerdotes entravam livremente;
• compreender que o corpo de Jesus foi ferido e Seu sangue derramado para possibilitar o acesso do ser humano à presença do Senhor no Lugar Santíssimo;
 perceber que, por intermédio de Jesus, temos acesso pleno e irrestrito a Deus.


ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Prezado professor, conduza seus alunos à seguinte reflexão: Imagine que a sua casa tivesse um cômodo ao qual ninguém pudesse ter acesso, exceto uma vez por ano, e somente uma pessoa poderia entrar nele. Isso não parece distante da nossa vida espiritual? Muitas vezes, deixamos que barreiras invisíveis nos separem de Deus, quando, na verdade, Ele nos convida a nos aproximarmos diretamente, sem a ajuda de intermediários.
  O véu que separava o Lugar Santíssimo no Tabernáculo era uma dessas barreiras, mas, hoje, temos pleno acesso ao Pai, graças ao sacrifício do Filho.
  Excelente aula!

  COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  Nesta lição, exploraremos o Lugar Santíssimo (ou Santo dos Santos), o espaço mais sagrado no o no Tabernáculo, separado pelo véu e acessível apenas ao sumo sacerdote (Lv 16). Dentro dele estava a arca da aliança, onde se encontravam símbolos importantes do pacto de Jeová com Seu povo, como as tábuas da Lei (os Dez Mandamentos), o pote de ouro do maná (provisão divina no deserto), e a vara de Arão (sinal de sua escolha como sacerdote). Acima da arca, o propiciatório representava o trono da misericórdia, onde o sangue da expiação era oferecido, prefigurando o sacrifício de Cristo.
  Nesta casa de glória, o encontro entre o elemento humano e Deus ocorria por meio da entrada do sumo sacerdote, que, uma vez por ano, realizava a expiação dos pecados do povo.

1. O VÉU: A SEPARAÇÃO ENTRE O HOMEM E DEUS
  Como destacado na Lição 1, o véu, uma cortina confeccionada com extrema habilidade, era feito de linho branco entrelaçado com fios de azul, vermelho e roxo, adornado com figuras de querubins. Ele não apenas separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo, mas também simbolizava a barreira entre o profano e o sagrado.
  Suspenso por quatro colunas de madeira de cetim, revestidas de ouro e firmadas sobre bases de prata, o véu era uma constante lembrança da santidade do Senhor e da distância imposta pelo pecado. Essa estrutura aponta para a necessidade de mediação entre Deus e o homem (Ex 26.31-37; 36.35; 2 Cr 3.14).
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  As cores presentes no véu azul, vermelho e roxo seguem um padrão tipológico importante. O azul, associado ao céu, tipificando o Filho de Deus; o vermelho, associado ao derramamento de sangue, o Filho do Homem; e o roxo, a união dos dois tons, o Deus-conosco (Emanuel).
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1.1. Aspectos tipológicos do véu do Tabernáculo
  Neste subtópico, será examinado o significado tipológico do véu que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo.

1.1.1. O véu como símbolo da carne de Cristo
  Hebreus 10.20 nos ensina que o véu do Tabernáculo simboliza a carne de Cristo e Sua vida terrena. Deste modo, a cortina de separação não era apenas um elemento físico; antes, apontava para a encarnação Daquele que une o divino e o humano. A barreira entre Criador e criatura, simbolizada pelo véu, seria superada pela entrega da vida do Cordeiro Santo em sacrifício.

1.1.2. O rasgar do véu como símbolo do acesso a Deus
  A rejeição do Messias pelos sacerdotes e Sua crucificação pelos romanos não impediram o cumprimento do plano redentor, pois o próprio Jesus entregou Sua vida e, por meio de Sua carne, abriu o caminho para a salvação (Jo 14.6). 
  Na morte de Cristo no Calvário, o véu do Templo foi rasgado de cima a baixo (Mt 27.51; Mc 15.38). Esse rasgar representava a abertura do caminho, não para um propiciatório terreno ou para a arca da aliança, mas para a presença do Altíssimo (Hb 10.20).

2. A ARCA DA ALIANÇA E SEUS TESOUROS: SÍMBOLOS DA FIDELIDADE DIVINA
  A arca da aliança representava o coração do Tabernáculo, sendo essencial para simbolizar a presença de Deus. Feita de madeira de cetim, revestida de ouro por dentro e por fora, a arca possuía detalhes em ouro maciço e era transportada por varas douradas. No topo, o propiciatório, com dois querubins, completava sua estrutura (Ex 25.10-22; 37.1-9).
  Dentro da arca estavam três elementos de grande significado: as duas tábuas da Lei, o pote de ouro do maná e a vara de Arão que floresceu. Cada um desses objetos será explorado nos subtópicos a seguir. revelando sua importância tipológica e como eles apontavam para a fidelidade do Eterno ao longo da história de Israel.
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  A madeira utilizada na construção da arca da aliança, uma espécie comum no deserto, simbolizava a humanidade do Filho de Deus, representando a encarnação divina em uma pessoa simples, que experimentou as fraquezas humanas, mas sem pecado (Hb 4.15).
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2.1. Aspectos tipológicos das duas tábuas de pedra
  Neste subtópico, será explorado o profundo significado das duas tábuas de pedra que continham a Lei moral de Deus.

2.1.1. A Lei e a quebra das tábuas: símbolo da falha humana
  As duas placas de pedra, entregues a Moisés no Sinai, representam a aliança entre Jeová e Israel (Ex 19; 20.1-7). Quando Moisés quebrou as primeiras tábuas, ao ver o povo adorando o bezerro de ouro (Ex 32), isso simbolizou a incapacidade humana de cumprir o estatuto divino. O fato de o Senhor enviar novas placas e ordenar que elas fossem guardadas na arca da aliança, sob o propiciatório (veja o Tópico 3.1.1), tipifica Cristo, o único capaz de cumprir plenamente o mandato celestial (Dt 10.1-5).

2.1.2. A Lei revelada e ampliada: instrução para o relacionamento com Deus e o próximo
  Os Dez Mandamentos dividem-se em duas partes: os primeiros quatro expressam as obrigações do homem para com Deus, como adoração e respeito por Seu nome (Ex 20.1-11): e os seis últimos tratam das obrigações para com o próximo, como não matar e não roubar (Ex 20.12-17). Esses mandamentos delineiam os princípios éticos e morais que permeiam tanto o Antigo quanto o Novo Testamento.
  No Novo Testamento, a função da Lei se amplia: ela revela o pecado (Rm 3.20) e conduz o pecador a Jesus (Gl 3.24,25). Embora o código mosaico não justifique o homem, Cristo é seu cumprimento. Ele viveu plenamente sua exigência (Mt 5.17; Rm 10.4). Agora, na Era da Graça, a Igreja está sob uma nova aliança, na qual o escrito eterno se internaliza como o guia moral e espiritual do salvo (Rm 6.14).

2.2. Aspectos tipológicos do pote de ouro do maná
  Neste subtópico, será examinado o significado místico do maná guardado dentro da arca da aliança como um testemunho da provisão divina. O maná caía do céu como geada, e suas características prefiguram o caráter de Cristo (Ex 16.14,31; Nm 11.7,8). Observe:
 formação - sua formação em pequenos grãos aponta para a humildade do Verbo encarnado, que veio ao mundo como servo (Fp 2.7);
 forma - a forma arredondada do maná simboliza a perfeição e a plenitude do Salvador, sem falhas em Seu caráter e obra (CI 2.9; Hb 7.26);
• cor - o branco do maná reflete a pureza imaculada do Filho de Deus, que viveu sem pecado (1 Pe 1.19);
• processo - o fato de ser esmagado, antes de ser consumido, simboliza o sofrimento do Cordeiro Santo, que foi ferido para nos salvar (Is 53.5).


2.2.1. O maná como prefiguração de Cristo, o Pão da Vida
  Em João 6, Jesus se identifica como o verdadeiro pão do céu, superior ao maná que sustentou o povo da aliança durante 40 anos no deserto (Ex 16.11-31; Nm 11.1-9).
  O maná foi um sustento físico temporário, mas Cristo oferece alimento espiritual permanente, garantindo vida eterna aos que nele creem. O Messias é o antítipo do maná, revelando que o sustento da alma não vem da Lei ou dos rituais, mas de Sua vida e sacrifício. Assim como o maná era suficiente e satisfatório para o povo de Israel, o Emanuel supre plenamente as necessidades dos crentes, fortalecendo-os ao longo da jornada da vida.

2.3. Aspectos tipológicos da vara de Arão que floresceu
  A vara de Arão foi colocada na arca como um sinal após a rebelião de Corá, Data e Abirão. Esses líderes desafiaram a autoridade de Moisés e seu irmão, acusando-os de usurpação de poder. Como consequência, Deus enviou Seu juízo, demonstrando que somente Arão e sua linhagem eram separados para o sacerdócio (Nm 16).
  O Senhor providenciou um sinal claro para o povo, mostrando a escolha do sacerdócio de Arão. Doze varas foram deixadas no Tabernáculo, cada uma representando uma tribo de Israel. No dia seguinte, apenas a de Arão floresceu, exibindo brotos, flores e amêndoas, simbolizando vida, beleza e fertilidade. Este milagre reafirmou a autoridade sacerdotal de Arão, demonstrando que ele fora escolhido pelo Altíssimo (Nm 17).

2.3.1. A vara de Arão: símbolo de Cristo, o sumo sacerdote escolhido
  A vara de Arão (Nm 17.8) tipifica o Salvador, o sumo sacerdote. Assim como a vara morta de Arão deu brotos e frutos, Cristo, uma raiz de uma terra seca (Is 53.2), ressuscitou ao terceiro dia, trazendo vida eterna. As flores representam a fragrância de Sua ressurreição, e as amêndoas, o fruto da vida eterna para todos aqueles que nele creem.

3. O PROPICIATÓRIO: O LUGAR DA EXPIAÇÃO E DA MISERICÓRDIA
  O propiciatório, também chamado de "coberta" (hb. kapporeth), era um bloco de ouro maciço que fechava a arca da aliança, simbolizando o lugar da expiação e da misericórdia divina. Ele era essencial no Tabernáculo, sendo o ponto onde Deus se encontrava com o homem, especialmente por intermédio do sumo sacerdote, que, uma vez ao ano, aspergia o sangue da expiação sobre ele, cumprindo o ritual de propiciação pelos pecados do povo (Ex 25.17-22).

3.1. Aspectos tipológicos do propiciatório
  A seguir, serão abordados os aspectos tipológicos do propiciatório. Esse importante elemento da arca da aliança tipifica verdades fundamentais sobre a relação entre Deus e a humanidade.

3.1.1. O propiciatório: a supremacia da misericórdia sobre a Lei
  O propiciatório, que fechava a arca da aliança, simbolizava o lugar onde a misericórdia divina se sobrepunha à exigência de justiça.
  Dentro da arca estavam os mandamentos - a Lei - que a humanidade era incapaz de cumprir plenamente. O propiciatório, portanto, não apenas cobria fisicamente o Código eterno, mas também demonstrava, espiritualmente, que, naquilo que o homem falhava, prevalecia a misericórdia do Senhor
  Em vez de julgar o homem por sua incapacidade de seguir o caminho sagrado, o Altíssimo, em Sua graça, oferecia perdão e reconciliação por meio do sangue derramado.
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  Na versão inglesa King James, Kapporeth é traduzido por "mercy seat" (= "Trono ou Assento das Misericórdias"; conf. Éx 25.27 KJV). O propiciatório, objeto sagrado posto sobre a arca da aliança, era o lugar de onde Jeová falava com Moisés (Nm 7.89), uma prefiguração de que a misericórdia divina sempre esteve acima da Lei.
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3.1.2. O sangue da propiciação: a expiação final em Cristo
  Uma vez ao ano, sangue animal era aspergido sobre o propiciatório para expiação dos pecados de Israel. Esse ato prefigurava a obra do Messias, cujo sangue foi derramado para trazer à humanidade a redenção eterna
  O altar da redenção no Antigo Testamento encontra seu cumprimento em Cristo na nova aliança. Jesus, ao morrer na cruz, tornou-se o propiciatório final, oferecendo Seu próprio sangue como sacrifício definitivo. Esse ato substituiu os rituais antigos e abriu um caminho permanente para a presença divina. Agora, a mediação se dá diretamente por intermédio do Cordeiro Santo, eliminando a separação causada pelo pecado (Hb 9.12; 10.19,20; Rm 3.25; 1 Jo 4.10).

CONCLUSÃO
  Ao concluir o estudo sobre o Santo dos Santos, é necessário compreender a profundidade teológica deste espaço sagrado. O véu simbolizava a separação entre Deus e o homem, e foi por meio do sacrifício de Cristo que o acesso ao Pai foi restaurado.
  A compreensão de que o sacrifício de Jesus não só nos deu acesso ao Lugar Santíssimo, mas nos proporcionou comunhão direta com o Eterno, é essencial para o fortalecimento da nossa esperança.

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO


1. Quais objetos sagrados eram guardados dentro da arca da aliança?

R. As duas tábuas da Lei; o pote de ouro do maná e a vara de Arão que floresceu.

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