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I – A EXPERIÊNCIA HUMANA NO MINISTÉRIO DE JESUS
1-
Os debates com as autoridades religiosas.
Os
principais opositores de Jesus foram os fariseus, os saduceus e os
herodianos. Esses debates revelam o ensino de Jesus sobre a ética,
os princípios morais e as responsabilidades civis que temos.
a)
Os fariseus. O nome vem do hebraico prushim que significa
“separados”, porque não concordavam com os saduceus. Defendiam a
tradição acima das Escrituras (Mt 15.3, 6) e a separação do
Estado da religião. Eram membros do sinédrio e tornaram-se alvo das
críticas de Jesus (Mt 22.15). O apóstolo Paulo declara que o grupo
dos fariseus, ao qual pertencia antes de sua conversão, era a mais
severa seita do judaísmo (At 26.5; Gl 1.14; Fp 3.5). A
palavra hebraica prushim pode
se pronunciar como se falasse "poochim" em português.
Os
fariseus surgiram no século II a.C. E a principal crença que eles
tinham e pregavam era a santidade. No entanto, eram extremamente
legalistas, por isso defendiam as tradições com unhas e dentes. Na
verdade, os fariseus não se declaravam valorizar
as tradições mais do que a lei,
eles faziam isso de forma sutil,
e o Senhor Jesus os
expôs:
"Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós também o mandamento de Deus pela vossa tradição?", Mateus 15.3
Nesta
acusação, Jesus expõe também a ganância deles, pois eles
utilizavam uma desculpa da tradição para deixar de honrar os pais
financeiramente.
Sendo
assim, eles eram hipócritas, pois diziam ter as Escrituras como
importante, mas seguiam as tradições em primeiro lugar.
b)
Os saduceus. O nome vem de Zadoque, família que detinha o cargo de
Sumo Sacerdote desde Salomão (1Rs 2.35) até pouco antes do
surgimento desses grupos. Eram, como os fariseus, uma facção dentro
do judaísmo (At 5.17), alegavam aceitar apenas os cinco livros de
Moisés, o Pentateuco, com certa reserva, pois não acreditavam em
anjos, espíritos e nem na ressurreição (At 23.8) e rejeitavam os
demais livros do Antigo Testamento. Muitos deles eram sacerdotes, e
exerciam fortes influências no sinédrio. Eram inimigos mortais de
Jesus. Uniram-se aos fariseus, superando todos os obstáculos
ideológicos a fim de somar as forças e matarem a Jesus. Ao
que parece, os saduceus tinham mais relevância do que os fariseus,
pois controlavam o Templo e o tribunal religioso, conhecido como
Sinédrio. No entanto, os fariseus são bem mais citados nos
Evangelhos devido a seus embates com Jesus. Uma
crença dos saduceus muito destacada é a de que não há
ressurreição de mortos.
"Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa.", Atos 23.8
c) Os herodianos. Eram os apoiadores da dinastia de Herodes, uma espécie de marqueteiros, buscando convencer o povo para impedir um governo direto de Roma. Foram instituídos com interesses nacionalistas e eram a favor dos impostos. O discurso de Jesus também os incomodava. Formaram conselho com os fariseus com o propósito de matar Jesus e, assim, livrar-se dEle (Mc 3.6). Estavam associados aos fariseus na questão do tributo (Mt 22.16; Mc 12.13). Os herodianos defendiam a legitimidade do governo de Herodes, pois era um governo posto por Roma e muitos judeus não o reconhecia. Principalmente pelo fato de Herodes ser árabe, isso mesmo, ele era árabe de nascimento, mas praticava o judaísmo, era um governo fantoche.
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