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quarta-feira, 23 de julho de 2025

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 4 / ANO 2- N° 6

1 Pedro, a Epístola da Esperança
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TEXTO BÍBLICO BÁSICO

1 Pedro 1.13,16-19
13 - Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo.
16 - (...) Porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
17 - E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
18 - sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais,
19 - mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.

1 Pedro 2.1-4,11,13

1 - Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações,
2 - desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo,
3 - se é que já provastes que o Senhor é benigno.
4 - E, chegando-vos para ele, a pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa.
11 - Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma.
13 - Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior;

TEXTO ÁUREO
Bendito seja o Deus, que nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos.
1 Pedro 1.3

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - 1 Timóteo 1.1; Colossenses 1.27
Cristo é nossa esperança e salvação
3ª feira - Hebreus 2.3,4
Não negligencie tão grande salvação
4ª feira - Efésios 6.14
Vista a armadura de Deus
5ª feira -Levítico 11.44
Seja santo, pois Deus é santo
6ª feira - Isaías 40.6-8
A palavra do Senhor dura para sempre 
Sábado - Êxodo 19.5,6
Vós me sereis reino sacerdotal e povo santo

OBJETIVOS
        Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
  • reconhecer que, como cristãos, fomos gerados para uma nova esperança;
  • compreender que as provações certificam a autenticidade da fé cristã;
  • entender que a Igreja, como geração eleita e nação santa, exerce um sacerdócio real;
  • perceber que, como forasteira neste mundo, a Igreja aguarda pela chegada do seu lar.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
   Prezado professor, nesta lição, incentive a reflexão sobre a esperança cristã. A abordagem deve ser dialógica, permitindo que os alunos expressem suas percepções sobre as provações da fé e a identidade da Igreja como geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido (1 Pe 2.9).
    Caso haja tempo em seu planejamento, divida a turma em grupos e peça que relacionem versículos bíblicos que reforcem cada um dos quatro objetivos da lição. Depois, cada equipe deve compartilhar suas descobertas e explicar como esses textos fortalecem sua confiança na promessa divina.
   Boa aula!

COMENTÁRIO
Palavra introdutória
   Autor das Epístolas Universais que levam seu nome, Pedro escreveu a primeira carta por volta de 63 d.C., reafirmando a verdadeira graça de Deus e exortando os crentes à firmeza na fé (1 Pe 5.12); nela, identifica-se como presbítero (1 Pe 5.1). Já no início da segunda epístola, apresenta-se como Simão Pedro, servo e apóstolo (2 Pe 1.1).
    As cartas foram destinadas aos cristãos dispersos em cinco regiões (1 Pe 1.1), sendo três delas — Ponto, Capadócia e Ásia — mencionadas em Atos 2.9, onde muitos ouviram sua pregação no Pentecostes.
 
 1. A ESPERANÇA DOS SALVOS
    Em sua primeira carta, Pedro destaca a misericórdia divina ao regenerar os fiéis para uma viva esperança, fundamentada na ressurreição de Cristo (1 Pe 1.1-12).

1.1. A base da esperança cristã
    O estilo conciso de Pedro reúne verdades essenciais, proporcionando um rico campo de reflexão sobre temas fundamentais da fé cristã:
    • os pilares do cristianismo — o apóstolo apresenta cinco elementos centrais: eleição, presciência, santificação, obediência e salvação (1 Pe 1.2);
    • a viva esperança — a salvação, oferecida por Cristo, é confirmada por Sua ressurreição; no entanto, compreender essa verdade exige discernimento, pois é uma revelação acessível apenas pelo Espírito (cf. 1 Co 2.14). Pedro exalta a Deus por conceder essa nova vida àqueles que creem (1 Pe 1.3);
    • a certeza da herança eterna — a expectativa cristã aponta para um futuro glorioso nos céus, onde a recompensa reservada para os salvos é incorruptível. Essa segurança, contudo, depende da fé, que sustenta o crente em meio às adversidades e confirma sua participação na salvação (1 Pe 1.4,5).

1.2. A esperança provada e confirmada
    A verdadeira esperança produz alegria (Rm 12.12), mas não exclui o sofrimento. Enquanto projeta o crente para a glória futura, confronta a dura realidade da existência terrena. Essa tensão entre a herança prometida e as provações do presente gera desafios e, por vezes, tristeza (1 Pe 1.6).
    Pedro reafirma que as aflições são parte do processo que comprova a autenticidade da fé, tornando-a mais preciosa que o ouro refinado no fogo (1 Pe 1.7). As provações são passageiras, mas a promessa é eterna: estar com Cristo para sempre (1 Pe 1.9; cf. Rm 8.17b; 2 Tm 2.11,12).

1.2.1. A revelação da graça
    Os profetas, inspirados pelo Senhor, anunciaram a manifestação da graça e receberam revelações sobre os sofrimentos e a glória do Messias. No entanto, entenderam que sua mensagem se destinava às gerações futuras. Essa salvação foi proclamada por pregadores enviados pelo Espírito Santo (Hb 2.3,4), e seu mistério é tão grandioso que até os anjos anseiam compreendê-lo (1 Pe 1.10-12).

 2. SANTIDADE E TEMOR AO SENHOR
    Após enfatizar a grandeza da salvação, Pedro exorta os crentes a uma vida de sobriedade, santidade e temor ao Senhor (1 Pe 1.13-20).

2.1. A renovação da mente e do caráter
    Pedro usa a expressão "Cingindo os lombos do vosso entendimento" (1 Pe 1.13), semelhante à linguagem de Paulo em Efésios 6.14, mas aplicada à renovação da mente. A Bíblia ensina que o intelecto deve atuar em harmonia com os valores morais e sagrados, especialmente ao enfrentar provações. Nenhuma aflição é um fim em si mesma, pois todas são transitórias.
    Diante das dificuldades, duas atitudes são essenciais: manter a sobriedade, sem se deixar dominar pela ansiedade, e confiar plenamente na graça que será revelada em Cristo (1 Pe 1.13).
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    Ser santo significa "ser separado para Deus". Embora inseridos no mundo, os que pertencem ao Senhor devem viver de modo distinto, refletindo Seu caráter. Assim como um filho se assemelha ao pai, a vida dos crentes deve expressar essa identidade (1 Pe 1.15,16; cf. Lv 11.44).
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2.1.1. Vivendo em santidade
    Os desejos maus, cultivados antes do conhecimento da verdade, revelam ignorância espiritual e distanciamento do Altíssimo (At 17.30; Ef 4.18; 1 Tm 1.13).
    Como filhos da obediência, os cristãos são chamados à transformação, rejeitando antigos padrões e recusando a conformidade com as paixões carnais (1 Pe 1.14).

2.2. O temor ao Senhor e a redenção pelo sangue de Cristo
    Deus julga a conduta de cada indivíduo sem parcialidade, exigindo uma vida de reverência e obediência. Diante dessa realidade, é essencial caminhar em temor, conscientes de que todos prestarão contas de suas ações (1 Pe 1.17; cf. 1 Co 3.13).

2.2.1. O preço do resgate
    O termo grego elytrōthēte, empregado em 1 Pedro 1.18, significa "resgatar mediante pagamento", sendo utilizado para descrever a libertação de escravos ou prisioneiros. No Antigo Testamento, esse conceito aparece nos sacrifícios expiatórios pelos pecados, como em Levítico 17.11, onde a expressão hebraica ye-kap-pēr expressa a ideia de "expiar, cobrir, fazer propiciação".
    O Cordeiro de Deus entregou Seu próprio sangue como o preço definitivo da redenção (1 Pe 1.19; cf. Jo 1.29). Esse resgate fazia parte do plano salvífico, estabelecido pelo Rei das eternidades antes da criação do mundo, mas revelado em Cristo para a salvação dos eleitos (1 Pe 1.20; cf. Tt 1.2).

 3. A IDENTIDADE DO POVO DE DEUS
    Na sequência, Pedro enfatiza as três virtudes cardeais — fé, esperança e amor (1 Pe 1.21,22) —, destacando a regeneração pela Palavra, o chamado à santidade (1 Pe 1.23—2.3) e a edificação dos crentes como pedras vivas em Cristo, a pedra angular (1 Pe 2.4-10).
    A identidade do povo de Deus, segundo Pedro, é definida não apenas pela fé, mas também por uma vida santificada e separada do mundo, refletida na conduta exemplar entre os gentios (1 Pe 2.11,12).

3.1. Um povo marcado pelo amor
    A obediência à verdade conduz ao amor fraternal sincero, que deve ser demonstrado com dedicação e intensidade (1 Pe 1.22; cf. 1 Tm 1.5; Rm 12.10; Hb 13.1). Assim como Cristo realizou a redenção por amor, os crentes são chamados a amar uns aos outros, refletindo essa mesma obediência à verdade (1 Jo 4.7,11,20).

3.1.1. Regenerados pela Palavra eterna
    Pedro ensina que os crentes são regenerados por uma semente incorruptível, a Palavra de Deus, que é viva, indestrutível e eterna (1 Pe 1.23). O nascimento natural é transitório, mas o espiritual, operado pelo Espírito, permanece para sempre (Jo 3.6). Para destacar sua perenidade em contraste com a fragilidade da existência humana, Pedro cita Isaías 40.6-8 (1 Pe 1.24,25).

3.1.2. Chamados a uma vida de santidade
    No capítulo 2 (1 Pe 2.1-3), Pedro reafirma que a vida cristã deve refletir a santidade divina (cf. Tópico 2.1.1; 1 Pe 1.14-16). Regenerados pela Palavra, os crentes são chamados a permanecer nela, pois é ela quem purifica e sustenta seu crescimento.

3.2. Um povo edificado sobre Cristo, a Pedra Viva
    Pedro apresenta em sua epístola Jesus como a Pedra Viva, enfatizando que Ele é o verdadeiro fundamento da fé (1 Pe 2.4). No Antigo Testamento, a devoção de Israel estava ligada ao Templo e ao sacerdócio, mas agora, sem esses elementos físicos, Deus habita em um santuário imaterial formado por aqueles que pertencem a Cristo (Os 3.4,5).
    A Ressurreição confirma que Ele está vivo e é inabalável, sendo o alicerce sobre o qual a Igreja é edificada (Ap 1.18). Embora reprovado pelos homens, continua sendo a fonte da salvação e a pedra angular do novo pacto (At 4.11,12).

3.2.1. Chamados para ser pedras vivas
    Pedro descreve os crentes como pedras vivas, edificadas em uma casa espiritual para Deus (1 Pe 2.5; cf. Ef 2.22). Nessa estrutura, exercem um sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios aceitáveis por intermédio de Cristo (cf. Rm 12.1,2; Hb 13.15,16; Fp 4.15-18).

3.2.2. Firmados na pedra eleita e preciosa
    Pedro utiliza três imagens para descrever Cristo como a pedra central do plano divino (1 Pe 2.6-8):
   • a pedra eleita e preciosa — Jesus é a pedra escolhida e valiosa aos olhos de Deus (cf. Is 28.16; Sl 118.22); no entanto, foi rejeitado por Israel, que não reconheceu Sua missão redentora (Jo 1.11). Aqueles que creem, porém, sabem que Ele é honrado pelo Pai e o aceitam como fundamento da fé (1 Pe 2.6,7);
   • a pedra de esquina — Cristo é a pedra angular (ARA) sobre a qual a Igreja é erigida; embora rejeitado pelos líderes judeus, tornou-se o alicerce do novo templo espiritual, garantindo a estabilidade de sua edificação (cf. Ef 2.20). O próprio Jesus afirmou que edificaria Sua Igreja sobre esse fundamento inabalável (Mt 16.18);
   • a pedra de tropeço — aqueles que resistem à Palavra tropeçam em Cristo. A incredulidade e a desobediência revelam a rejeição ao Salvador (1 Pe 2.8). Como Isaías profetizou, muitos cairiam por rejeitá-lo (Is 8.14,15). Jesus declarou que o Reino seria retirado de Israel e entregue a um povo que produzisse frutos espirituais, ou seja, a Igreja (Mt 21.42-46; Ef 2.14; Jo 15; Rm 9.22-26).
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    Rejeitar a Pedra Viva resulta em severo juízo. Quem nela tropeça se despedaça; quem a rejeita será esmagado (Mt 21.42-44). A imagem do vaso quebrado contra a rocha simboliza a destruição dos que resistem ao Messias (Rm 9.30-33). Muitos ainda recusam a cruz, pois ela confronta o orgulho humano. Como disse John Stott: "A cruz ainda é a pedra de tropeço para o orgulho dos homens."
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3.2.3. Separados para proclamar as virtudes de Deus
    Ao iniciar 1 Pedro 2.9 com a conjunção "mas", o apóstolo estabelece um contraste entre os que rejeitaram Cristo e aqueles que nele creem. Aos fiéis, é atribuída uma identidade distinta: raça eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido. Chamados para proclamar as virtudes daquele que os resgatou das trevas para a luz. Essa designação reflete o propósito divino originalmente confiado a Israel (Ex 19.5,6), agora transferido à Igreja.
    Pedro encerra essa seção destacando a transformação dos crentes, enfatizando que, antes, não eram povo, mas agora pertencem a Deus; antes, não conheciam a misericórdia, mas agora a receberam (1 Pe 2.10).

3.3. Um povo peregrino e separado do mundo
    Pedro retoma a ideia da identidade dos crentes, destacando sua condição de peregrinos e estrangeiros (1 Pe 2.11). Seu chamado é para um viver santo, em contraste com a impiedade do mundo. O conceito de peregrinação enfatiza a transitoriedade da existência terrena e a necessidade de viver em fidelidade à pátria celestial (Hb 13.14; Fp 3.20). O estrangeiro está afastado do mundo; o forasteiro apenas passa por ele (Jo 14.1,2; Jo 17.14-16).
    Diante dessa realidade, Pedro exorta à renúncia dos desejos carnais que guerreiam contra a alma (1 Pe 2.11). A conduta íntegra diante dos gentios deve servir de testemunho, de modo que até os incrédulos venham a glorificar a Deus (1 Pe 2.12; cf. Mt 5.16).

CONCLUSÃO
    No encerramento do segundo capítulo de sua primeira epístola, Pedro exorta os crentes à submissão às autoridades — tema que será explorado com mais profundidade na lição seguinte, pois são instituídas por Deus para manter a ordem e punir o mal (1 Pe 2.13,14; cf. Rm 13.1-7). Ele também ensina os servos a se submeterem, mesmo injustiçados, seguindo o exemplo de Cristo, nossa esperança, nosso resgatador e nosso supremo modelo de vida (1 Pe 2.21-25).

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quais são os cinco pilares do cristianismo, destacados em 1 Pedro 1.2?
R.: Eleição, presciência, santificação, obediência e salvação.

Fonte: Revista Central Gospel



2 comentários:

  1. André aqui da Paulicéia, DC. - Veio pregar aqui lembra?
    Deus te abençoe meu amigo, paz Senhor! Como o senhor está? 21974508378.

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    1. Meu irmão, desculpa mas não lembro, porque são tantas igrejas onde eu prego, mas vou entrar em contato agora pelo número que você deixou aí. Estou bem graças a Deus, a gente se fala pelo whats.

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