
O BOM CONVÍVIO COM OS FRACOS NA FÉ
Texto de Referência: Rm 14.1; 15.1,2
VERSÍCULO DO DIA
"Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas. Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes", Rm 14.1,2.
VERDADE APLICADA
Devemos acolher os imaturos na fé, suportando em amor suas fraquezas, assim como Cristo nos amou e acolheu.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Saber que a Igreja em Roma era diversificada;
✔ Ressaltar o acolhimento aos imaturos na fé;
✔ Compreender os riscos de desavenças na Igreja.
MOMENTO DE ORAÇÃO
LEITURA SEMANAL
Seg Rm 14.4 Quem ama não julga o irmão.
MOMENTO DE ORAÇÃO
Ore para que deixemos de lado as atitudes julgadoras, a fim de que, em amor, vivamos em harmonia.
LEITURA SEMANAL
Seg Rm 14.4 Quem ama não julga o irmão.
Ter Tm 2.24 Os cristãos devem evitar contendas.
Qua 1Co 12.27 Diferentes membros, mas um só Corpo.
Qui Rm 14.13 Abandonando os julgamentos alheios.
Qua 1Co 12.27 Diferentes membros, mas um só Corpo.
Qui Rm 14.13 Abandonando os julgamentos alheios.
Sex Mt 7.1-5 Não somos juízes uns dos outros.
Sab Tt 3.9 Evitando questões que não edificam.
INTRODUÇÃO
O Apóstolo Paulo orienta a Igreja de Roma a não tecer julgamentos baseados em diferentes práticas ou convicções pessoais, como a diferença nas escolhas alimentares, por exemplo, que eram comuns devido às influências culturais e religiosas da época. O Apóstolo ensina aos crentes romanos a receber os fracos na fé sem criar contendas sobre questões que não desabonam a fé cristã (Rm 14.1).
Ponto-Chave
Devemos priorizar a unidade e o amor acima de disputas sobre assuntos menos importantes, respeitando a jornada espiritual de cada um. O forte na fé não deve desprezar o mais fraco, nem o mais fraco na fé condenar o mais forte. O que reflete nossa vitória em Cristo é viver em paz com os irmãos por confiar que Deus é quem julga os corações (Rm 14.4).
1. Um corpo diversificado
A Igreja de Roma era composta por dois grupos diferentes: os judeus e os gentios, por isso havia naquela Igreja uma diversidade de origens e de culturas. Diante desse cenário, Paulo viu a necessidade de alertar os irmãos sobre o bom convívio entre eles, pois a heterogeneidade do Corpo não deveria afetar seu objetivo maior: a unidade.
1.1. Somar, não dividir
A membresia da Igreja de Roma era multicultural, havendo ali pessoas que praticavam restrições alimentares, algumas que comiam legumes e outras que comiam carne (Rm 14.2,3). Essa diferença se transformou em motivo de contenda entre os irmãos. Foi necessário Paulo enfatizar que as diferenças não deveriam dividir a Igreja de Cristo, mas todos, em amor, deveriam somar forças para cultivar um convívio amigável e fraterno (Rm 14.4-10).
1.2. Fracos e fortes
Os imaturos na fé ainda estavam presos ao legalismo, vivendo debaixo da Lei (Rm 14.6-14). Por sua vez, os mais maduros na fé, gentios e judeus convertidos, já tinham alcançado o entendimento da Nova Aliança (Rm 15.1). Paulo, então, advertiu os irmãos que não fizessem julgamentos, porque isso afeta os relacionamentos, orientando os mais fortes na fé a acolher os mais fracos com amor e consideração (Rm 14.8; 15.7).
Refletindo
A liberdade cristã não deve ser exercida em prejuízo dos crentes mais fracos na fé. Pastor Reginaldo S.Xavier
2. Membros unidos, igreja forte
O nosso Deus é um Deus relacional. Ele deseja que nos relacionemos com Ele (Tg 4.8) e com os nossos irmãos na fé em unidade e amor (Sl 133.1). É imprescindível que a Igreja viva em unidade para que haja crescimento espiritual e pleno desenvolvimento do Corpo.
2.1. Transbordem em amor
É possível que Paulo tenha escrito a Carta aos Romanos num esforço para pacificar uma congregação dividida (Rm 14.15). O Apóstolo escreveu: "Se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus" (1Co 11.16). Como Corpo de Cristo, não alimentamos contendas, mas transbordamos em amor uns pelos outros, em harmonia (Jo 13.35), a fim de vivermos unidos e como irmãos (1Co 13.4-7).
2.2. Reflita Jesus aos outros
Paulo disse que a Igreja madura na fé deve acolher os neófitos, isto é, aqueles que ainda não alcançaram um desenvolvimento espiritual pleno (Rm 15.1). Os cristãos maduros devem acolhê-los e, além disso, ensinar-lhes que Cristo é o centro da vida cristã (Cl 1.16,17). Portanto, devemos evitar discussões improdutivas e cuidar do que promove edificação espiritual ao Corpo de Cristo (Rm 14.19). Assim como Cristo nos acolhe, nós devemos acolher os que precisam de crescimento e apoio na jornada cristã.
3. Somos um no Senhor
A expressão "somos um no Senhor" se refere à união dos cristãos em amor, propósito e fé, porque essa é a unidade que Ele deseja para o Seu povo. Essa conexão supera as diferenças individuais, culturais e sociais, uma vez que somos chamados a viver como um só Corpo, compartilhando a mesma missão. É na comunhão, no serviço mútuo e na busca em fazer a vontade do Senhor que encontramos a verdadeira harmonia e somos capazes de fortalecer uns aos outros.
3.1. Altruísmo cristão
Os cristãos devem receber, sem críticas, os que ainda não desenvolveram a fé (Rm 14.1). Os mais maduros não devem ser exigentes; pelo contrário, devem servir de exemplo para aqueles que ainda não estão maduros o suficiente para discutir assuntos que não são essenciais à fé. Deus é amoroso e cuida dos fracos na fé, que devem ser amparados e socorridos (At 20.35). A Igreja deve ser um lugar de afeto e paz, não um tribunal.
3.2. Relacionamentos saudáveis
Os relacionamentos saudáveis se fundamentam em pilares como amor, respeito, generosidade e liberdade. É importante destacar que não estamos nos referindo apenas a relacionamentos amorosos; na verdade, as relações saudáveis abrangem também a família, a amizade e até mesmo as interações entre irmãos. Cultivar um relacionamento saudável é algo digno de admiração, e no livro de Romanos o Apóstolo Paulo aborda diversas questões pertinentes a esse assunto. Ele enfatiza a importância de amar e honrar uns aos outros (Rm 12.10), viver em harmonia (Rm 12.16), evitar julgamentos (Rm 14.13) e acolher os irmãos em Cristo da mesma forma que fomos acolhidos por Ele.
SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
A diversidade da Igreja exibe o poder de unir pessoas diferentes em genuína unidade; no entanto, com frequência, Satanás trabalha na carnalidade não regenerada do ser humano para criar divisão e ameaçar essa unidade. A ameaça abordada por Paulo nessa passagem surge quando os cristãos maduros (fortes), tanto judeus quanto gentios, entram em conflito com cristãos imaturos (fracos). Os cristãos fortes que vinham do judaísmo entendiam sua liberdade em Cristo e reconheciam que as exigências das cerimônias da Lei Mosaica não eram mais obrigatórias; os gentios maduros compreendiam que os ídolos não eram deuses e, portanto, podiam comer carne sacrificada a eles. Em ambos os casos, porém, a consciência dos irmãos mais fracos era perturbada, e eles se sentiam até mesmo tentados a violá-la, o que seria um hábito prejudicial. Sabendo que judeus e gentios maduros seriam capazes de entender essas lutas, Paulo dirige a maior parte de seus comentários a eles. (Comentário Bíblico MacArthur. Thomas Nelson, 2019, p.1509).
CONCLUSÃO
Jesus nos mandou amar uns aos outros como Ele nos amou (Jo 13.34.35). Na prática, a vida cristã se manifesta em atos como orar juntos, encorajar um ao outro, perdoar o irmão e até exortar quem precisa de exortação. Tudo isso, porém, com humildade e sempre buscando o crescimento espiritual coletivo. É uma expressão da vitória em Cristo, que une os crentes em um propósito maior, superando o individualismo e as divisões.
Complementando
Em Romanos 14.1-2, o Apóstolo Paulo nos chama a acolher com amor aqueles que divergem de nossas convicções, reconhecendo que a verdadeira vitória em Cristo não está na uniformidade de opiniões, mas no cuidado de uns com os outros. Assim, os mais maduros na fé devem servir de exemplo para os mais fracos, que são aqueles que ainda não alcançaram maturidade na vida cristã.
Eu ensinei que:
O Senhor não se agrada de contendas entre Seus filhos. Ele deseja que vivamos sempre em união, dando testemunho da Sua Palavra aos que não creem.
Subsídio para esta lição.
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