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domingo, 17 de março de 2024

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 12 / Revista nº 72

                                            

A Soberania de Deus na História

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Daniel 2.16-23,47
16- E Daniel entrou e pediu ao rei que lhe desse tempo, para que pudesse dar a interpretação.
17- Então, Daniel foi para a sua casa e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros,
18- para que pedissem misericórdia ao Deus dos céus sobre este segredo, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem com o resto dos sábios da Babilônia. 
19- Então, foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite; e Daniel louvou o Deus do céu.
20- Falou Daniel e disse: Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a força;
21- ele muda os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos inteligentes.
22- Ele revela o profundo e o escondido e conhece o que está em trevas; e com ele mora a luz.
23- Ó Deus de meus pais, eu te louvo e celebro porque me deste sabedoria e força; e, agora, me fizeste saber o que te pedimos, porque nos fizeste saber este assunto do rei.
47- Respondeu o rei a Daniel e disse: Certamente, o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador dos segredos, pois pudeste revelar este segredo.

TEXTO AUREO
  Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, e exalço, e glorifico ao Rei dos céus; porque todas as suas obras são verdades; e os seus caminhos, juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba. Daniel 4.37

SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Daniel 2.21,22
O Soberano sobre reis
3ª feira - Daniel 2.47
O Senhor dos reis
4ª feira - Daniel 4.1-3
O Soberano engrandecido por Nabucodonosor
5ª feira - Daniel 4.17
O Soberano sobre os reinos dos homens
6ª feira - Daniel 6.26,27
O Soberano que tudo realiza
Sábado - Daniel 7.13,14 
O Soberano que domina sobre tudo e todos

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
  Compreender o atributo incomunicável de Deus, Sua soberania;
  Entender a soberania do Altíssimo na História; 
 Conscientizar-se de que o soberano plano de Deus não pode, jamais, ser ofuscado ou impedido.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Os doze capítulos do livro de Daniel sempre despertaram muito interesse e costumam ocupar espaço nos grandes de- bates teológicos.
  O livro como um todo tem basicamente duas seções: a histórica (caps. 1-6) e a profética (caps. 7-12). Nele observamos a ação do Soberano na história das nações e na vida das pessoas, individualmente.
  Caro professor, enfatize a grandeza e o domínio de Deus no governo de todas as coisas. Ele não apenas diz o que vai acontecer, Ele é poderoso para cumprir tudo o que Sua vontade desejar.
  Tenha uma aula abençoada.

COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  Na Bíblia Judaica a - Tanakh -, o livro de Daniel faz parte do Ketuvim, ou Escritos. O tomo possui duas grandes divisões: a primeira (caps. 1-6) contempla uma narrativa histórica; a segunda (caps. 7-12), uma narrativa profética, ou apocalíptica.
  O livro versa sobre a soberania e o controle de Deus na História; além de destacar o privilégio e a importância da fidelidade ao Senhor. Ao longo de seus 12 capítulos, o livro revela que Deus zela por Seus servos, provendo livramentos, bênçãos e proteção diante das adversidades e tribulações.
  Na profecia de Daniel, fica evidente que o futuro está nas mãos de Jeová, que a todos e tudo guia com propósito e sabedoria inigualável, visando sempre a um fim glorioso.
  Com uma mensagem clara e objetiva, Daniel afirma que os céus, todos os reinos humanos e seus poderosos estão de- baixo do governo eterno do Soberano do Universo (Dn 2.20-23,47; 4.37).

1. O ÚNICO E SOBERANO DEUS
  No livro profético de Daniel, Deus revela-se como o Soberano sobre toda a Criação. Ele não é apenas o Criador; por direito legal. Ele é a mantenedor de tudo que há nos céus e na terra (SI 24.1,2).
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  O conceito de soberania expressa o fato de Deus ser o Senhor, chefe supremo, dono, amo e autoridade máxima sobre todas as coisas. Chamá-lo de Senhor é reconhecer a grandeza de Seu majestoso caráter e o Seu poder de agir livremente, da maneira que desejar, sem admitir quaisquer influências nem ceder às pressões à Sua volta (Is 43.13).
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1.1. O atributo divino da soberania
  A palavra atributo, no campo teológico, descreve aquilo que Deus é e realiza, correspondendo, deste modo, às Suas qualidades essenciais. A soberania do Altíssimo não pode ser encarada como uma barreira capaz de impedir o Seu relacionamento com o ser humano.
  O Deus revelado nas Escrituras não pode ser manipulado como um fantoche; ao contrário, é Ele quem governa sobre tudo e todos, com au-tonomia, sabedoria, retidão e justiça, podendo realizar tudo o que desejar, segundo Sua boa e perfeita vontade.
1.1.1. A soberania divina no livro de Daniel
  Em Daniel, o Soberano revela-se como o Deus dos céus; afinal, as grandes determinações da vida não são tomadas neste chão, mas na eternidade (Dn 4.26). A vida e o caminho de todos os homens estão em Suas poderosas mãos (Dn 5.23). 
  O Senhor revelou a Daniel o sonho do ímpio Nabucodonosor, e, por ele, o jovem foi reverenciado (Dn 2.18,19,47; 4.37). Deus é o único capaz de revelar os segredos que a sabedoria e a ciência humana são incapazes de descobrir (Dn 2.27-30).  
  Nabucodonosor só fora alçado ao posto de imperador pela exclusiva vontade divina (Dn 2.37). Ele, no entanto, levantará um Reino -o de Cristo,- que jamais será destruído (Dn 2.37,44).

1.2. A soberania de Deus sobre as nações
  Na cultura babilônica, havia a crença de que os deuses se comunicavam por meio de manifestações oníricas. Caso a pessoa se esquecesse do conteúdo de um sonho, ela corria sérios riscos de receber um duro juízo por esse descuido.
  Os sábios da Babilônia haviam reconhecido a impossibilidade de revelarem o teor do sonho de Nabucodonosor. Deus, no entanto, não apenas o revelou, mas deu ao imperador, por intermédio de Daniel, sua devida e correta interpretação. O profeta, em gratidão, adorou ao soberano Deus (Dn 2.19-23).
1.2.1. O conteúdo do sonho de Nabucodonosor
  A mensagem do sonho de Nabucodonosor faz uma apresentação da soberania de Deus sobre os reinos humanos que surgiriam no transcorrer da História. Ao olhar para o passado dos levantes imperialistas, é possível constatar que a mensagem profética, revelada por intermédio de Daniel, referia-se aos Impérios Babilônico, Persa, Grego e Romano. Depois desses, surgiria um reino diferente de todos eles, que encheria a terra.
  O sonho de Nabucodonosor sobre a estátua, que era imensa grande em esplendor (Dn 2.31), tinha o seguinte significado: e
  A cabeça representava o governo centralizado e totalitário do Império Babilônico implementado por Nabucodonosor. A ênfase ao ouro alude ao destaque que obtiveram na área do conhecimento, da arte e da engenharia (Dn 2.32,37,38; 5.18,19).
  O peito e os braços da estátua representavam o Império Medo-persa, formado pela união de duas nações (Dn 2.32,39). A ênfase à prata alude ao fato de o imperador não governar sozinho; sua autoridade era limitada - isto é, o comando era compartilhado entre o imperador e a nobreza, que participava de forma efetiva (Dn 6.14,15).
  O ventre e as coxas representavam a união entre os reinos da Macedônia e da Grécia. A ênfase ao bronze corresponde à fusão desses impérios, que ficou conhecida na História como o Grande Império Grego, com seu poderoso comandante Alexandre, o Grande e seus generais (Dn 2.32,39).
  As pernas e pés representavam o Império Romano. A ênfase ao ferro (pernas) corresponde à divisão do reino romano (o ferro representando sua dureza e durabilidade). Os pés e dedos representam o reino do anticristo, que será uma mistura de barro (democracia) e ferro (ditadura).

1.2.2. O reino do anticristo e do Cristo
  No momento presente, é possível observar, de forma nítida, a formação do futuro reino do anticristo, que será formado por dez nações (= dez dedos dos pés). Este, no entanto, será fragorosamente derrotado pelo Senhor Jesus Cristo e por Seus exércitos ao final da Grande Tribulação (Ap 17.12- 14; 19.11-21).
  O Reino de Cristo não precisará de qualquer colaboração humana, pois será estabelecido pelo soberano Deus (Dn 2.44-45).

1.3. A soberania de Deus sobre pessoas e indivíduos
  A soberania divina também se manifesta sobre indivíduos. Nabucodonosor, a quem Deus chamou de meu servo (Jr 25.8- 26), recebeu autoridade sobre homens - e até sobre os animais e aves do céu - para conquistar o mundo de sua época, incluindo o povo de Judá (Dn 2.37,38; 5.18,19). 
  O imperador Ciro, de igual modo, foi chamado de servo do Senhor dos senhores. Ele venceu os babilônios e decretou o retorno dos israelitas à sua amada terra - quando os 70 anos de cativeiro se completaram, conforme palavra dada ao profeta Jeremias, - para reedificarem a cidade de Jerusalém (Is 44.21- 28; Jr 29.10; Ed 1.1,2).
  Percebe-se, pelo estudo das Escrituras, que Deus, em Sua soberania, domina as políticas nacionais e internacionais. No momento certo, Ele intervém, constituindo e destituindo impérios e governantes. Ele levantou a Babilônia, com Nabucodonosor, como vara de correção para corrigir a idolatria e os pecados de Judá.
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  Todos os governantes precisam ouvir o que Nabucodonosor ouviu: Esta sentença é por decreto dos vigiadores, e esta ordem, por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens; e os dá a quem quer e até ao mais baixo dos homens constitui sobre eles (Dn 4.17).
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2. OS EFEITOS DA SOBERANIA DE DEUS
  A soberania de Deus coloca toda a Criação sob o Seu eixo. Por Seu poder e justiça, o Altíssimo a todos limita, impondo enquadramentos às presunções dos poderosos, que acham que podem agir livremente.

2.1. Deus abate a soberba humana
  Nabucodonosor aprendeu da maneira mais difícil possível que, acima dele, estava o que domina sobre o tempo, homens enações. Assim, Deus lhe concedeu mais um sonho.
  Dessa vez, o imperador lembrava-se do que sonhara, mas ninguém entre os seus sábios foi capaz de interpretar o conteúdo do sonho. Mais uma vez, depois de um tempo atónito, Daniel recebeu do Senhor a revelação (Dn 4.4-19). Nela ficou evidente que o rei deveria humilhar-se diante de Deus para não ser abatido.
2.1.2. O pecado da soberba
  Após doze meses da interpretação do sonho, Nabucodonosor manifestou sua soberba. Olhando para a grandeza do seu império, ele caiu na armadilha da vaidade e do orgulho (Dn 4.30). Sem dúvida, a soberba exalta o coração, endurece o espírito e promove a queda (Dn 5.20,21).

2.2. Deus abate a profanação ao Seu santo nome
  O rei Belsazar promoveu um grande banquete para mil homens poderosos. A festa foi regada a prostituição, vícios e idolatria. Não satisfeitos, eles profanaram os utensílios que haviam sido santificados ao Deus de Israel em um ato de grave afronta à santidade de Jeová (Dn 5.1-4).
  De forma surpreendente, pela ação divina, apareceram uns dedos de mão de homem escrevendo nas paredes do palácio real, e o rei mudou o seu semblante.
  Mais uma vez, ninguém entre os mais capazes e inteligentes sábios babilônios conseguiu interpretar a escrita (Dn 5.5-9). Porém, ainda existia um homem que não se deixara contaminar com o pecado: Daniel. Assim, por orientação da rainha-mãe, o rei mandou chamá-lo (Dn 5.10-12).
  Como um arauto do supremo Soberano, Daniel anunciou a gravidade do pecado do rei e da sua corte e decretou o juízo divino sobre o reino. Este deixaria de existir e o rei Belsazar seria morto naquela mesma noite, para que todos entendessem que do Altíssimo ninguém zomba (Dn 5.17-30).

3. DEUS ESTÁ ATIVO NA HISTÓRIA
  O Pai eterno manifesta a Sua graça e amor, livrando o Seu povo das arbitrariedades dos poderosos e de todo tipo de adversidades. Dentre outras maneiras, Deus se faz ativo na História das seguintes formas:

3.1. O Eterno protege o Seu povo
  Os amigos de Daniel: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, em razão da sua fidelidade ao Senhor, enfrentaram uma prova de fogo. Nabucodonosor determinara a adoração a uma estátua de ouro, construída por ele, para que todas as autoridades do reino lhe demonstrassem fidelidade (Dn 3.1-8).
  Os homens judeus, no entanto, não cederam à pressão real; eles não negociaram a sua fé em troca de posições privilegiadas no reino nem temeram a morte. Assim, diante da firmeza dos amigos de Daniel, o rei mandou aquecer a fornalha sete vezes mais, na tentativa de fazê-los negar a sua fé. Entretanto, o Eterno, em Sua fidelidade, protegeu-os das chamas e da ira do rei (Dn 3.19-29).

3.2. O Eterno faz o que os soberanos terrenos não podem fazer
 Nabucodonosor desejou humilhar e destruir cruelmente os servos fiéis do Altíssimo, mas não conseguiu, pois o Soberano livrou-os da fornalha (Dn 3.24-28).
  Belsazar profanou os utensílios sagrados, pensando que suas divindades teriam vencido o Deus de Israel, mas contemplou o peso da mão divina e a dureza do Seu juízo (Dn 5.17-30).
  Dario pretendeu livrar o profeta Daniel da cova dos leões, mas não pôde, pois acima dele estavam as leis dos medo-persas. O Deus vivo, no entanto, que a ninguém pode ser comparado, não permitiu que os leões atacassem Seu servo fiel (Dn 6).

CONCLUSÃO
  Soberania divina e responsabilidade humana são princípios que andam de mãos dadas: um não exclui o outro. Para ser alguém tão abençoado na Babilônia, Daniel teve de assumir responsabilidades intransferíveis: a de não se contaminar com as s iguarias do rei e a de dedicar-se ao estudo da Palavra e à consagração pessoal. Por ter-se mantido fiel naquele ímpio império, o profeta foi honrado pelo Senhor.
  Os servos do Altíssimo podem descansar no Deus de Daniel, pois Ele é fiel e poderoso para fazer cumprir Sua Palavra, pronunciada acerca do futuro da humanidade, da Igreja e dos reinos da terra (Is 46.9,10; Mt 16.18; Dn 4.33).

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. O que se entende por soberania divina?
R.: O conceito de soberania divina expressa o fato de Deus ser o Senhor, chefe supremo, o dono, amor e autoridade máxima sobre todas as coisas.

Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 72 - Central Gospel

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp) 

sábado, 9 de março de 2024

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 11 / Revista nº 72

                                           

O Caráter de Daniel

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Daniel 6.1-8
1- E pareceu bem a Dario constituir sobre o reino a cento e vinte presidentes, que estivessem sobre todo o reino;
2- e sobre eles três príncipes, dos quais Daniel era um, aos quais esses presidentes dessem conta, para que o rei não sofresse dano.
3- Então, o mesmo Daniel se distinguiu desses príncipes e presidentes, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.
4- Então, os príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa.
5- Então, estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus.
6- Então, estes príncipes e presidentes foram juntos ao rei e disseram-lhe assim: Ó rei Dario, vive eternamente!
7- Todos os príncipes do reino, os prefeitos e presidentes, capitães e governadores tomaram conselho, a fim de estabelecerem um edito real e fazerem firme este mandamento: que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus ou a qualquer homem e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões.
8- Agora, pois, ó rei, confirma o edito e assina a escritura, para que não seja mudada, conforme a lei dos medos e dos persas, que se não pode revogar.

TEXTO AUREO
Ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles, pela sua justiça, livrariam apenas a sua alma, diz o Senhor Jeová. Ezequiel 14.14

SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Ezequiel 14.16-20 
Daniel, justo diante de Deus
3ª feira - Daniel 1.8 
Daniel, firme nas decisões
4ª feira - Daniel 5.17-28 
Daniel, verdadeiro em suas palavras
5ª feira - Daniel 6.3,4 
Daniel, caráter elogiado pelos adversários
6ª feira - Daniel 6.10,11 
Daniel, caráter moldado na oração
Sábado - Daniel 5.11,12 
Daniel, caráter forjado para permanecer

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
  Entender que a vida de comunhão com Deus é determinante na formação do caráter;
  Compreender que o caráter sempre será submetido à prova;
  Estar atento ao fato de que o caráter de alguém é conhecido por suas atitudes.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Prezado professor, nas últimas lições desta revista estuda remos o livro profético de Daniel, por muitos estudiosos chamado de Apocalipse do Antigo Testamento.
  Daniel marcou sua geração e tornou-se um exemplo para as futuras gerações de jovens e servos do Senhor, por manter um caráter firme diante de todas as provas e tentações.
  Não se esqueça de destacar em sua aula os aspectos do caráter de Daniel. Assim, seus alunos o terão como modelo para um viver de fidelidade e obediência a Deus em meio a uma geração má, corrupta e corruptora.
  Reforce o fato de que o segredo de um caráter puro é uma vida de estreita comunhão com o Senhor e observância à Sua Palavra.
  Tenha uma aula abençoada.

COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  No livro profético de Daniel, aprendemos muito sobre o homem que, usado por Deus, deixou-nos um exemplo de vida e retidão.
  Daniel é como um farol em meio às trevas. O seu caráter, como uma pedra preciosa, brilhou em uma época de escuridão e sombras. Desde o dia em que chegou ao palácio real de Nabucodonosor, na cidade da Babilônia, em uma corte repleta de pessoas más e perversas, o profeta fez-se diferente, mantendo-se fiel a Deus e à Sua Palavra. Com seu comporta mento, ele exaltou ao Senhor de Israel.

1. A FIRMEZA DE CARÁTER DE DANIEL
  Caráter (gr. caractér, de charássein - sentido etimológico gravar ou coisa gravada) é um conjunto de disposições psicológicas que expressam os comportamentos habituais de uma pessoa.
  Segundo as Escrituras, Daniel possuía um caráter marcante: ele viveu em uma corte corrupta, longe de seus pais desde a juventude, mas manteve-se integro, como um fiel e temente servo de Deus.
  Com Daniel aprendemos o valor de um caráter que resiste ao tempo, às tentações, pressões e dificuldades para evidenciar a grandeza do único e soberano Senhor.

1.1. Caráter firme desde a juventude
  Nos primeiros dois versículos do livro de Daniel, fica claro que não foi o poderio dos exércitos da Babilônia ou as estratégias de Nabucodonosor que levaram a cidade de Jerusalém à derrota, Judá caiu diante dos seus inimigos pela permissão divina (Dn 1.1,2).
  Quando chegou à Babilônia como cativo, Daniel, possivelmente, ainda estava na adolescência - ele deveria ter, à época, entre 15 e 18 anos de idade. Em terras estrangeiras, o jovem rapaz enfrentou todo tipo de privações e desafios incluindo o distanciamento de seus familiares, lideres e sacerdotes. Mas, ele sabia que não estava longe dos olhos do Senhor (Dn 1.4). 
  Como jovem, Daniel enfrentou a tentação do deslumbramento; afinal, ele recebera a oportunidade de servir na capital do mundo deentão no palácio real - e ao homem mais poderoso da época - Nabucodonosor, - que muito poderia fazer por ele. Mas, o rapaz manteve-se humilde, obediente e fiel ao seu Senhor (Hb 11.24-26); assentando de seu coração não se contaminar com os manjares, iguarias e bebidas oferecidas no palácio (Dn 1.8).
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  A expressão "assentou em seu coração" (Dn 1.8) tem o sentido de "determinar, fixar, resolver e decidir-se". Daniel ficou firme em sua resolução porque a comida do palácio estava contaminada era oferecida aos ídolos da terra. Assim, o jovem decidiu manter-se puro diante de Deus.
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1.2. Características do caráter de Daniel
  O profeta Ezequiel, contemporâneo de Daniel, que estava entre os cativos no rio Quebar (Ez 1.1), recebeu do Senhor uma mensagem que ressaltava o caráter de Daniel como praticante da justiça (hb. sedhāgāh (Ez 14.14,18). = virtude moral e retidão).
  Daniel era um homem reto, isento de faltas, erro, vício ou culpa (Dn 6.4); nele não havia corrupção ou dolo. As principais marcas do seu caráter eram: retidão, obediência, incorruptibilidade e fidelidade.

1.3. Testemunhas do caráter de Daniel
  As testemunhas de um fato são as pessoas que o presenciaram e podem falar sobre o que viram.
  O primeiro testemunho da retidão de Daniel foi dado pelo próprio Deus, por intermédio do profeta Ezequiel (Ez 14.14,18, 20).
  Os adversários de Daniel, impulsionados pela inveja, ates. taram a idoneidade do profeta e constataram a integridade de seu caráter (Dn 6.4).
  A rainha-mãe, diante da corte iníqua do rei Belsazar, testemunhou o caráter de um dos cativos de Judá, a quem o rei Nabucodonosor dera o nome de Beltessazar, mas que deveria ser chamado pelo seu nome de batismo - Daniel (= Deus é Juiz) (Dn 5.12). Nem os presentes mais desejados puderam comprar a fidelidade de Daniel. Sua vida e ministério não estavam à venda, eram inegociáveis. Sem temer a opinião pública, ou a reação do rei e da sua corte, o profeta interpretou com exatidão o sentido da escritura na parede (Dn 5.17-30).
  Diante de Dario, Daniel declarou: Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi acha da em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum (Dn 6.21,22), Então, o rei mandou retirar o profeta da cova e deu testemunho de sua fé em Deus (Dn 6.23).

2. OS SEGREDOS DO CARÁTER FIRME DE DANIEL
  Com Daniel aprendemos que a intimidade com Deus é o segredo para um caráter firme e resistente ao tempo e às tentações. É no relacionamento com o Senhor que o caráter cristão vai sendo moldado, como o barro nas mãos do oleiro (Jr 18.4).

2.1. A vida devocional
  A oração fazia parte da vida de Daniel. Na Babilônia, ainda muito jovem, junto com seus três amigos, o profeta pediu ao Senhor que revelasse o conteúdo e o significado do sonho de Nabucodonosor, o imperador babilônio. De forma extraordinária, Deus não apenas revelou o que o rei havia sonhado, mas, também, deu ao jovem a interpretação exata do sonho (Dn 2.17-23).
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  Na oração, Deus revela a Sua fidelidade e libera o Seu poder para proteger os Seus servos fiéis e derrotar os Seus opositores (Dn 6.12-28). A oração torna- -nos íntimos do Senhor e faz-nos conhecidos nos céus (Dn 10.12). A oração gera um espírito quebrantado e humilde (Dn 9.4-19).
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2.1.1. Características da vida de oração de Daniel
  Daniel orava com as janelas abertas em direção à cidade de Jerusalém o profeta estava familiarizado com a oração do rei Salomão na consagração do primeiro Templo ao Senhor (1 Rs 8.44-50). As promessas motivavam o profeta a não parar de orar, afinal, Deus ouve e age em favor dos Seus servos que, humildemente, inclinam-se diante de Sua majestade.
  Nos desdobramentos do livro, pode-se perceber que Daniel: (a) tinha disposição para orar em meio às adversidades (v. 17,18); (b) confiava no poder e na sabedoria divina (v. 20); (c) possuía um local determinado para sua prática (Dn 6.10b); (d) orava com frequência, regularidade e persistência (Dn 6.10c); e (e) sabia levantar ações de graças e súplicas ao Senhor (Dn 6.10d,11).

2.1.2. Oração e jejum: uma combinação vitoriosa
  Daniel ainda nos ensina sobre a combinação vitoriosa de oração e jejum, conforme orientação de Cristo aos seus discípulos (Mt 17.21). Por anos a fio, ele manteve a prática salutar do jejum parcial, quando decidiu não se contaminar com as comidas e bebidas do palácio babilônico; por isso, foi grandemente abençoado por Deus (Dn 1.11-15).

2.2. A meditação na Palavra de Deus
  Como um dedicado estudioso das Escrituras, Daniel entendeu - pelos escritos do profeta Jeremias, um de seus contemporâneos - que o período do cativeiro babilônico seria de 70 anos, e esse tempo estava terminando (Jr 25.11,12). Assim, ele se propôs a orar com humildade e quebrantamento diante do Eterno (Dn 9.2,3). Como Daniel, todo salvo em Cristo precisa orar e clamar a Deus pelo cumprimento das Suas promessas reveladas nas Escrituras.
  O estudo da Palavra levou o profeta Daniel a orar e a confessar os seus pecados e os pecados da nação (Dn 9.4-20). Para alcançarmos uma vida vitoriosa na oração, precisamos seguir os princípios que o manual divino da oração nos ensina.

3. AS BÊNÇÃOS DESTINADAS AOS FIRMES DE CARÁTER
  A firmeza de caráter não pode ser apenas um desejo; antes, deve tornar-se um sólido objetivo a ser alcançado. Como na vida de Daniel, a firmeza de caráter abre uma grande via para o recebimento de incontáveis bênçãos, como as descritas nos subtópicos seguintes.

3.1. Livramentos divinos
  Dentre os Profetas Maiores, o livro de Daniel é o que apresenta um maior número de livramentos. Daniel escapou da morte logo em seus primeiros anos na Babilônia, quando Nabucodonosor ordenou o extermínio de todos os seus sábios, porquanto não eram capazes de decifrar o sonho que ele (o imperador) tivera à noite. Mas, Deus deu livramento aos sábios da Babilônia, tanto quanto ao profeta e a seus três amigos, revelando a Daniel o sonho de Nabucodonosor e o seu significado (Dn 2.1-14).
  Daniel foi lançando na cova dos leões, acusado traiçoeira- mente por seus opositores, sem que houvesse qualquer fato concreto que pudesse manchar o seu caráter impoluto. No entanto, o Senhor julgou a causa do Seu servo e poupou-lhe a vida de maneira extraordinária, não permitindo que os leões The causassem qualquer dano (Dn 6.16-24). É reconfortante viver de maneira digna, sempre confiando na providencia e na fidelidade de Deus.

3.2. Portas abertas
  A vida integra de Daniel serviu como uma chave, que abria portas para ele tornar-se bem-sucedido e respeitado durante o tempo em que esteve no cativeiro babilônico.
  O próprio rei Dario planejava promovê-lo para uma função que ainda não existia no Império exclusivamente para o profeta, pois era um homem honesto - tal função seria criada e confiável (Dn 6.1-3). Seu comportamento singular atraiu a atenção e a inveja dos seus companheiros de serviço, mas estes apenas confirmaram a lisura das suas atividades e a pureza do seu caráter.
  Sempre vale a pena viver com transparência e honestidade diante de todos; tal atitude glorifica o nome do Senhor e abre portas inimagináveis entre os homens.

3.3. Revelações divinas
  Viver na dependência de Deus permite-nos receber Suas orientações e revelações.
  Daniel era um homem sensível, a quem o Senhor revelou o conteúdo e o significado do sonho de Nabucodonosor (Dn 2). Este evento teve implicações na vida daquela nação e na vida das gerações vindouras (Dn 5.24-30).
  Além disso, Jeová concedeu a Daniel visões e profecias sobre a história dos futuros reinos mundiais, sua moral, suas guerras e influências (Dn 7 e 8).
  A comunhão com o Eterno precisa ser estreitada de forma urgente, pois isto viabiliza a transformação do caráter, o crescimento espiritual e a intimidade com Ele. Pela comunhão e intimidade com Deus, tem-se acesso aos seus mistérios, que são revelados aos homens para Sua exclusiva glória e exaltação.

CONCLUSÃO
  Dentre outras lições, o livro de Daniel ensina-nos que Deus está no controle da História. É Ele quem estabelece e destitui os reinos e seus governantes (Dn 2.21).
  No plano pessoal, o livro ensina-nos que a pureza de caráter é pré-requisito para a comunhão com o Eterno, para o testemunho de fé e para a manifestação dos grandes feitos do Senhor.
  O caráter está acima dos dons, talentos, habilidades e capacidades pessoais; este começa a revelar-se na juventude e desenvolve-se com o passar dos anos (Dn 1.8; 5.12.16).
  Antes de sermos capazes de desempenhar bem uma profissão, precisamos dar mostras de um caráter exemplar. Por intermédio de um caráter transformado, é possível resistir às tentações e pressões que a vida impõe a todos.

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Cite as testemunhas do caráter exemplar do profeta Daniel. 
R.: Deus; seus companheiros de trabalho; a rainha-mãe; e o rei persa, Dario.

Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 72 - Central Gospel

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