INICIE CLICANDO NO NOSSO MENU PRINCIPAL

quinta-feira, 30 de março de 2023

ESCOLA DOMINICAL - Conteúdos para a Revista da Escola Dominical Editora Betel - 2º Trimestre de 2023



Lição: 1 - Do Éden a Babel

________________________________

Lição: 2 - A Criação revelando a Glória do Criador

________________________________

Lição: 3 - O Criador se relacionando com o Ser Humano

Conteúdo / Subsídio / Vídeo pré aula
________________________________

Lição: 4 - A alienação humana a partir da Queda

________________________________

Lição: 5 - A necessidade da reconexão entre o ser humano e Seu Criador

________________________________

Lição: 6 - A bênção de Abraão chega a todos por Jesus Cristo

________________________________

Lição: 7 - Abraão e a prova de fé

________________________________

Lição: 8 - Isaque – O Filho da Promessa

Conteúdo / Subsídio / Vídeo pré aula
________________________________

Lição: 9 - Esaú – As bênçãos da promessa por um prato de lentilhas

________________________________

Lição: 10 - Jacó – Quando um pecador quer mais de Deus

________________________________

Lição: 11 - Os Planos de Deus nos Sonhos de José

________________________________

Lição: 12 -O Custo Pessoal de viver os Planos de Deus

Conteúdo / Subsídio / Vídeo pré aula
________________________________

Lição: 13 As bênçãos Incomparáveis de Viver os Planos de Deus
Conteúdo / Subsídio / Vídeo pré aula
________________________________
 
CONTEÚDOS ANTIGOS:


2º Trim de 20123º Trim de 2012.  4º Trim de 20121º Trim de 20132º Trim de 20133º Trim de 20134º Trim de 20131º Trim de 20142º Trim de 20143º Trim de 20144º Trim de 2014 Trim de 2015.  2º Trim de 2015.  3º Trim de 20154º Trim de 2015.  1º Trim de 20162º Trim de 20163º Trim de 20164º Trim de 2016   1º Trim de 2017  2º Trim de 2017 3º Trim de 2017 4º Trim de 2017  1º Trim de 2018  2º Trim de 2018   3° Trim de 2018   4° Trim de 2018  1° Trim de 2019     2° Trim de 2019   3º Trim de 2019  Trim de 2019   Trim de 2020  2ºTrim de 2020  3ºTrim de 2020  4ºTrim de 2020 1ºTrim de 2021  2ºTrim de 2021  3ºTrim de 2021  4ºTrim de 2021  1ºTrim de 2022  2ºTrim de 2022  3ºTrim de 2022  4ºTrim de 2022   1ºTrim de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 1 / 2º Trim 2023


O Livro de Salmos
 2 de Abril de 2023



TEXTO PRINCIPAL
“E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.” (Lc 24.44)
 
RESUMO DA LIÇÃO
O Livro dos Salmos nos ajuda em nossa vida com Deus. Ele nos permite potencializar a nossa devoção ao Altíssimo.
 
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Lc 24.44 O Livro de Salmos na vida de Jesus
TERÇA – 1 Co 14.26 Os Salmos na igreja do primeiro século
QUARTA – Ef 5.19 Os Salmos como elemento do culto da Igreja Primitiva
QUINTA – Sl 51.4 A intimidade do ser humano nos Salmos
SEXTA – Sl 109.26 Um clamor por auxílio divino nos Salmos
SÁBADO – Sl 33.6-8 O Deus Criador nos Salmos

OBJETIVOS
MOSTRAR que Salmos é um Livro que fala ao coração;
EXPLICAR a composição e propósito do Livro de Salmos;
DESTACAR os principais temas do Livro de Salmos.
 
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus iniciaremos mais um trimestre. O comentarista das lições é o evangelista Marcelo Oliveira, chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD. Ele é bacharel em Teologia pela FAECAD (Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia das Assembleias de Deus), licenciado em Letras e graduando de Psicologia. Especialista em Educação. Estudaremos porções do Livro de Salmos, e veremos se tratar de uma das mais belas expressões do Espírito Santo por meio de seus autores no Antigo Testamento. Na primeira lição, o autor vai abordar o Livro no tempo de Jesus e da igreja do primeiro século, bem como seu título, autoria e data. Ele também fará uma análise da composição e do propósito de Salmos, focando alguns temas importantes desse precioso Livro. O propósito, ao longo deste trimestre, é que a sua vida devocional, assim como a de seus alunos, seja edificada para a glória de Deus.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), para a primeira aula do trimestre, sugerimos que você reproduza a tabela abaixo mostrando aos alunos uma visão panorâmica da divisão dos Salmos em cinco livros.
 
Tabela indisponível
 
TEXTO BÍBLICO

Lucas 24.44-49
44 E disse-Lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo que mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.
45 Então, abriu-Lhe o entendimento para compreenderem as Escrituras.
46 E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos.
47 E, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.
48 E dessas coisas sois vós testemunhas.
49 E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.

INTRODUÇÃO
Ao longo deste trimestre, estudaremos porções do Livro de Salmos. Essa obra é uma das mais belas expressões do Espírito Santo por meio de seus autores no Antigo Testamento. Nesta primeira lição, abordaremos o livro no tempo de Jesus e da Igreja do primeiro século, bem como seu título, autoria e data; analisaremos a composição e o objetivo de Salmos; e focaremos em alguns temas importantes desse precioso livro. Assim, o nosso propósito, ao longo deste trimestre, é que a sua vida devocional seja potencializada e edificada para a glória de Deus.
 
I – UM LIVRO QUE FALA AO CORAÇÃO

1- O Livro de Salmos e Jesus.
Na leitura bíblica, o evangelista apresenta o Livro dos Salmos como Escritura que fala da vida, morte e ressurreição do Senhor Jesus (Lc 24.44). Não por acaso, ele tinha lugar na vida devocional de nosso Senhor. Além de ocupar um lugar no ministério de Jesus, juntamente com o livro de Isaías, o Livro dos Salmos é o mais citado pelo Senhor no Novo Testamento. Por isso, ao longo da história da Igreja, o povo de Deus sempre Leu os Salmos tendo em Jesus, o Cristo que se revela no livro.

2- O Livro de Salmos e a Igreja. 
Esse livro sempre auxiliou a vida devocional da Igreja de Cristo. Encontramos evidências disso quando o apóstolo Paulo menciona a forma de a Igreja Primitiva se reunir: “[…] quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo” (1 Co 14.26); ou como ordem na Epístola paulina: “enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos” (Ef 5.19). Esses versículos rastreiam uma prática comum da igreja antiga. Os primeiros cristãos oravam, cantavam e sentiam os Salmos. Não era um exercício de mera repetição, mas de profunda devoção em que as palavras do saltério passavam a ser as suas próprias orações; as poesias, suas próprias canções.

3- O título do livro. 
O título do Livro de Salmos remonta a ideia de devoção a Deus. Por isso, os hebreus o denominam de Tehilim, com o sentido de “louvores”. O título tal como conhecemos hoje deriva da palavra latina psalmus e da grega psalmós, ambas traduzem a ideia de toque de um instrumento musical.
Assim, com base na etimologia hebraica, Latina e grega, bem como na tradição do uso do Livro de Salmos com Jesus e sua Igreja, podemos afirmar que ele remonta uma coletânea de 150 poesias que edifica a vida espiritual do povo de Deus. Judeus fiéis foram tocados por essa coletânea. Os Salmos também é denominado de Saltério. Os primeiros cristãos tiveram seus corações aquecidos por essas belas e espirituais poesias. Você, em pleno século XXI, pode ser edificado(a) espiritualmente pela beleza das canções de Salmos.

4- Autoria e data. 
Não há apenas um autor no Livro de Salmos. Esse livro sagrado foi escrito por várias mãos, guiadas e inspiradas pelo Espírito Santo (2 Tm 3.16,17). Nesse sentido, metade das poesias de Salmos é atribuída a Davi. Há Salmos atribuídos aos filhos de Corá (como o Salmo 42); há também os atribuídos a Asafe (como o Salmo 50); há Salmos atribuídos a Salomão, Hemã, Etã; e, finalmente, há Salmos com autoria desconhecida.
Quanto à data de autoria, podemos dizer que a maioria dos Salmos foi escrita entre os séculos X a V a.C. Assim, há os que foram escritos no tempo de Moisés, outros após o reinado de Davi e outros, ainda, após o exílio dos judeus. Portanto, esse livro abrange quase toda a história de Israel no Antigo Testamento.

PENSE! O que difere a poesia encontrada no Livro de Salmos das demais?
PONTO IMPORTANTE! Difere-se no fato de que as poesias do Livro de Salmos foram inspiradas pelo Espírito Santo.
 
SUBSÍDIO I
Prezado(a) professor(a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “O que vocês sabem a respeito do Livro de Salmos?” Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Em seguida, explique que “os Salmos, como orações e louvores inspirados pelo Espírito, foram escritos para, de modo geral, expressarem as mais profundas emoções íntimas da alma em relação a Deus.
1) Muitos foram escritos como orações a Deus, como expressões de a) confiança, amor, adoração, ação de graças, louvor e anelo por maior comunhão com Deus; b) desânimo, intensa aflição, medo, ansiedade, humilhação e clamor por livramento, cura ou vindicação.
(2) Outros foram escritos como cânticos de louvor, ação de graças e adoração, exaltando a Deus por seus atributos e pelas grandes coisas que Ele tem feito.
(3) Certos salmos contêm importantes trechos messiânicos.” (Adaptado da Bíblia de Estudo Pentecostal Rio de Janeiro: CPAD, p. 814.)
 
II – COMPOSIÇÃO E PROPÓSITO DE SALMOS

1- A divisão do Livro de Salmos. 
Já vimos que o Livro de Salmos é uma coletânea de 150 poesias. Como Livro poético, ele está na mesma categoria de Livros como Jó, Provérbios, Eclesiastes e Cantares. Contudo, o Livro de Salmos é formado por uma coletânea de cinco outros livros. Vejamos:
a) Livro I. O primeiro Livro é formado pelos Salmos 1-41. Essa coleção é de autoria de Davi. O Salmo 1 é uma introdução à primeira coleção (Livro I) em que é descrita uma promessa para os que se entregam à Palavra de Deus e um alerta para quem escolhe o conselho dos ímpios.
b) Livro II. O segundo livro é formado pelos Salmos 42-72 e é de autoria variada. Essa coletânea traz orações pessoais e ações de graças.
c) Livro III. O terceiro livro é de Salmos 73-89. A maioria desses Salmos foi escrita por Asafe. É uma coletânea que descreve a vida de Israel como uma nação.
d) Livro IV. O quarto livro é uma coleção dos Salmos 90-106. Nesse livro, a fidelidade de Deus com Israel é cantada.
e) Livro V. Finalmente, o último livro é formado pelos Salmos 107-150. Uma coletânea que traz a meditação na Palavra de Deus como referencial. Nela, se destaca o maior Salmo de todo o livro: o Salmo 119.

2- Classificação Literária dos Salmos. 
Os Salmos são um livro produzido para ser cantado, declamado em voz alta. Por isso, dizemos que ele tem 150 composições e não capítulos. Nesse sentido, eles são poemas e, portanto, o livro é classificado Literariamente como poético. Assim, os estudiosos costumam classificar os diversos Salmos em categorias básicas, tais como:
1) Salmos de lamentação;
2) de sabedoria;
3) régios;
4) de louvor;
5) de ação de graças;
6) proféticos;
7) penitenciais. Essas categorias nos auxiliam na compreensão do livro.

3- O propósito do Livro de Salmos. 
É importante ressaltar que Salmos é um livro em que há vários temas interdependentes. Nesse aspecto, podemos dizer que o propósito maior do Livro de Salmos é expressar o sentimento mais íntimo da alma humana a Deus. Um dos aspectos mais belos desse livro santo é a imagem da alma humana se inclinando ao Deus Todo-Poderoso para confessar um pecado (Sl 51.4), clamar por auxílio (Sl 109.26), reconhecer a grandeza divina (Sl 33.6-8). É a alma do homem se dirigindo à presença do Deus Criador. Assim, o Saltério cumpre uma função muito nobre na Bíblia: a de nos aproximar do Deus Pai Todo-Poderoso.

PENSE! Qual o propósito da sua adoração ao Senhor?
PONTO IMPORTANTE! Adoramos ao Senhor não para receber nada de sua parte, mas porque o amamos e queremos externar nosso amor mediante as canções.
 
SUBSÍDIO II
Prezado(a) professor(a), é importante que seus alunos saibam que “o Livro de Salmos é o primeiro Livro na terceira divisão da Bíblia hebraica. Conhecida como Kethublin ou Escritos, essa terceira divisão era popularmente conhecida pelo nome do primeiro livro, isto é, ‘Os Salmos’. Deste modo, Jesus inclui todo o Antigo Testamento no que tange às profecias a seu respeito na ‘Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos’ (Lc 24.44).
O título em português vem da tradução grega, Septuaginta em cerca de 150 a. C. Psalmoi, o termo grego, significa ‘cânticos’ ou ‘cânticos sagrados’ e é derivado da raiz que significa ‘impulso, toque’, em cordas de um instrumento de cordas. O título hebraico é Tehilin, significa ‘louvores’ ou ‘cântico de louvor’. Os Salmos têm uma importância especial na Bíblia. Lutero descreveu esse livro como ‘uma Bíblia em miniatura’. Calvino o descreveu como ‘uma anatomia de todas as partes da alma’, visto que, como explicou, ‘não existe emoção que não é representada aqui como em um espelho’.
O lugar que Salmos recebe no Novo Testamento claramente testifica sobre o valor desse importante livro, Dos aproximados 263 textos do Antigo Testamentos citados no Novo Testamento, um pouco mais de um terço, ou seja, um total de 93 é tirado do Livro de Salmos,” (Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 103)
 
III – PRINCIPAIS TEMAS DE SALMOS

1- O Deus Criador e Sustentador. 
Uma das imagens mais poderosas do Livro de Salmos é a apresentação de Deus como o Criador e sustentador de todas as coisas: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam. Porque ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre os rios” (Sl 24.2). Aqui, Deus é apresentado como um ser distinto de sua Criação e, ao mesmo tempo, que sustenta e se relaciona pessoalmente com o que criou.
Uma mensagem consoladora dos Salmos, quanto ao poder criador e sustentador de Deus, é que não estamos sozinhos neste mundo. Não pertencemos a um mundo que foi produzido pelo acaso, Ao contrário, vivemos em um mundo criado e sustentado pelo Deus Pai Todo-Poderoso. Fomos criados por Ele, sustentados pela sua destra e amados por seu generoso e sublime amor.

2- A realeza do Messias. 
Muitos Salmos enfatizam o rei de Israel, isto é, sua entronização, justiça, retidão e reinado perene (Sl 72.1-7; 110.1;). É verdade que esses Salmos se referiam originalmente a Davi e seus sucessores. Entretanto, algumas declarações a respeito do rei em Israel não se cumpriram, mas foram reveladas ao longo do ministério do Senhor Jesus (cf. Mt 22.43-45). Os primeiros cristãos também citaram textos dos Salmos régios para confirmar que o Senhor Jesus era o Messias prometido nos Salmos. Sim, o Livro de Salmos nos ajuda a adorar a Jesus como o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.

3- A vida de devoção a Deus.
Esse livro remonta diversos aspectos da vida espiritual a partir de variados temas devocionais: louvar a Deus, agradecê-lo, celebrá-lo, clamá-lo; confessar o pecado, confiar, esperar; enfim, muitos aspectos da vida espiritual apresentados no Saltério produzem um conjunto de prática devocional.
Por isso, podemos dizer que o Livro de Salmos nos ajuda a orar melhor, a louvar ao Senhor de maneira mais piedosa, a cultuá-lo em espírito e em verdade (Jo 4.23,24). Sua linguagem nos ajuda a moldar nossos afetos e devoção a Deus e, sobretudo, as nossas ações na vida, isto é, exercitando o autoexame, a confissão, a retidão e a justiça diante de Deus.

PENSE! Qual a função prática do Livro dos Salmos?
PONTO IMPORTANTE! Ajudara vida de devoção do(a)jovem cristão(ã).
 
SUBSÍDIO III
Professor (a), dê início ao tópico fazendo a seguinte pergunta: “Quais os principais temas do Livro de Salmos?” Ouça os alunos com atenção. Explique que os temas são variados e seria impossível abordar todos no espaço da revista.
 
CONCLUSÃO
Nesta lição, estudamos o conceito, a estrutura, o propósito e alguns temas que perpassam o Livro de Salmos. Vimos que esse livro era usado por Jesus e a Igreja Primitiva, Aprendemos que ele é muito proveitoso para potencializar a nossa vida devocional diante de Deus. Assim, o nosso objetivo é que, ao longo das 13 lições, possamos orar melhor, adorar de maneira mais piedosa e servir ao Senhor de forma mais amorosa.
 
HORA DA REVISÃO
1- Qual relação os primeiros cristãos tinham com os Salmos? 
Os primeiros cristãos oravam, cantavam e sentiam os salmos.
2- O que o título do Livro de Salmos remonta? 
O título do Livro de Salmos remonta a ideia de devoção a Deus.
3- Como o Livro de Salmos é dividido? 
Livro I. O primeiro livro é formado pelos Salmos 1-41 Essa coleção é de autoria de Davi. Livro II. O segundo livro é formado pelos Salmos 42-72 de autoria variada. Livro III. O terceiro livro é dos Salmos 73-89, A maioria desses Salmos foi escrita por Asafe. Livro IV. O quarto livro é uma coleção dos Salmos 90-106. Livro V. Finalmente, o último livro é formado pelos Salmos 107-150.
4- O que podemos dizer a respeito do propósito do Livro de Salmos? 
É importante ressaltar que Salmos é um livro em que há vários temas interdependentes, Nesse aspecto, podemos dizer que o propósito maior do Livro de Salmos é expressar o sentimento mais íntimo da alma humana a Deus.
5- Qual é uma das imagens mais poderosas do Livro dos Salmos?
Um dos aspectos mais belos desse livro santo é a imagem da alma humana se inclinando ao Deus Todo-Poderoso para confessar um pecado (Sl 51.4), clamar por auxílio (Sl 109,26), reconhecer a grandeza divina (Sl 33.6-8). É a alma do homem se dirigindo à presença do Deus Criador.

Fonte: Revista CPAD Jovens



quarta-feira, 29 de março de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 1 / 2º Trim 2023


AULA EM 2 DE ABRIL DE 2023 - LIÇÃO 1
(Revista Editora Betel)

Tema: Do Éden a Babel

TEXTO ÁUREO
“E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Gênesis 3.15

VERDADE APLICADA
O Senhor Deus, que criou todas as coisas conforme a Sua vontade, é poderoso para cumprir o Seu glorioso propósito.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar Deus como o Criador e Senhor da História.
Apresentar o coração do homem e o coração de Deus.
Explicar a origem das três civilizações antigas.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

GÊNESIS 1
26- E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.
27- E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
28- E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo animal que se move sobre a terra.
31- E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Gn 1.26-31 A criação dos seres viventes.
TERÇA / Gn 3.1-8 A queda do homem.
QUARTA / Gn 3.7-19 Deus prometeu redimir a humanidade.
QUINTA / Rm 5.19-21 A graça superabundou o pecado.
SEXTA / Hb 8.6-11 Cristo é mediador de um pacto eterno.
SÁBADO / Ap 21.1-4 O novo céu e a nova terra.

INTRODUÇÃO
- "Neste trimestre, estudaremos lições baseadas no livro de Gênesis, identificado como o livro dos começos.", a palavra "gênesis" significa início ou começo. O livro de Gênesis foi escrito por Moisés e recebeu o título em hebraico: "Bereshit", que significa "no princípio da Criação". Quando o Antigo Testamento foi traduzido para o grego na Septuaginta, o livro de Gênesis recebeu o nome grego de "Γένεσις", que ao ser transliterado para o português ficou "Gênesis", que significa começo.
- "Na presente lição serão enfatizados os seguintes assuntos: a maravilhosa e perfeita obra da redenção já tinha sido planejada por Deus antes da fundação do mundo;", essa verdade está implícita em Gênesis, e está explícita no Novo Testamento, em passagens como esta:
"E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.", Ap 13.8
- "a multiplicação da maldade na humanidade; e a origem das nações e dispersão dos povos.", em Gênesis são fornecidas informações sobre como os problemas em relação a maldade se iniciaram. No entanto os relatos não são aceitos como história por serem considerados de cunho mitológico.

1- ELOHIN: O CRIADOR E SENHOR DA HISTÓRIA

1.1. O Cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo.
- "O plano da redenção divina não foi um desesperado plano B de Deus para resolver o problema da queda.", o problema é que já se falou isso em muitas pregações, mas esse é mais um erro dos pregadores que não conhecem a teologia. Dizer que Deus elaborou um plano B, é como dizer que Deus não tinha o controle do que estava acontecendo no Éden. No entanto, Deus já sabia de tudo o que iria acontecer e por isso elaborou o plano da salvação entes de formar o homem. "Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;", Mt 25.34

... adquira esse subsídio completo.

 
Acesse: Conteúdo Lição 1 / Vídeo pré-aula  


- PARA RECEBER ESSE SUBSÍDIO COMPLETO É SÓ ENVIAR UMA PEQUENA CONTRIBUIÇÃO DE R$ 2,00 para a chave PIX 48 998079439 (Marcos André)

Obs: Após fazer o PIX mande o comprovante ou avise pelo whatsapp (48 998079439) e lhe enviaremos os arquivos PDF e editável do subsídio, para o whats ou email.

Se desejar, pode fazer um único pix e deixar agendado as próximas lições!
 
___________________________________________________________

Se houver alguma dúvida, tire pelo whatsapp 48 998079439 - Pr Marcos André


segunda-feira, 27 de março de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 1 / 2º Trim 2023



AULA EM 2 DE ABRIL DE 2023 - LIÇÃO 1

(Revista CPAD)

Tema: Quando a Família Age por Conta Própria


TEXTO ÁUREO
“… Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque e com ele estabelecerei o meu concerto […]” (Gn 17.19)
 
VERDADE PRÁTICA
Quando o ser humano se precipita a respeito dos planos de Deus, as consequências dessa ação são inevitáveis.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Gn 12.4 A promessa de uma grande descendência
Terça – Gn 15.2 A dúvida do patriarca Abrão
Quarta – Gn 15.4 A promessa de um herdeiro
Quinta – Gn 16.2-6 A precipitação do casal
Sexta – 1 Rs 8.56 Deus cumpre a sua promessa
Sábado – 1 Tm 3.5,6 Mentores espirituais da própria casa
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Genesis 12.1-3; 16.1-5

Gênesis 12
1- Ora, o Senhor disse Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei
2-E far-te ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção
3- E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.

Gênesis 36
1- Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe gerava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar.
2- E disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor me tem impedido de gerar; entra, pois, à minha serva; porventura, terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai.
3- Assim, tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na terra de Canaã.
4- E ele entrou a Agar, e ela concebeu; e, vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos.
5-Então, disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja sobre ti. Minha serva pus eu e, teu regaço; vendo ela, agora, que concebeu, sou menosprezada aos seus olhos. O Senhor julgue entre mim e ti.


INTRODUÇÃO
- "Ao longo deste trimestre, estudaremos assuntos relacionados à família. Nesta oportunidade, especificamente, ponderamos que, diferentemente de outros trimestres, os assuntos referem-se aos problemas do cotidiano familiar."
, a linha que as revistas da EBD da CPAD vinham seguindo era mais escatológica, ou seja, mais voltada para o Arrebatamento. Obviamente a mensagem sobre família auxilia também nessa área, pois prepara as famílias para enfrentarem as lutas contra o pecado.
- "Veremos o que a Palavra de Deus tem a nos ensinar quanto a problemas de comunicação conjugal, ciúmes, rebeldia, porfias, mentiras, mágoas e educação de filhos, dentre outros assuntos.", devido ao aumento de problemas desse tipo nos relacionamentos, a partir dos anos de 1990, as igrejas evangélicas passaram a fazer uma nova abordagem quanto às questões conjugais. Criou-se cursos, encontros, palestras, e ministérios, tudo voltado para casais e famílias.
- "Nesta lição, em especial, focaremos nas atitudes precipitadas de Sarai e Abrão, ao decidirem não esperar o cumprimento da promessa de Deus e agirem por conta própria, “ajudando-O” no cumprimento da promessa. Veremos as consequências de quando deixamos de ouvir a voz de do Senhor para “ouvir” a voz de um coração enganoso.", dessa lição podemos aprender sobre os problemas que acontecem quando o casal deixa Deus de lado e passa a tomar decisões que, aparentemente ajudam os planos de Deus na nossa vida, mas são atitudes sem o consentimento de Deus e acabam por atrapalhar.

I- DEUS FAZ PROMESSAS A ABRÃO

1- O encontro de Deus com Abrão.
- "Abrão vinha de uma jornada de conquistas e vitórias pessoais desde que saiu de Ur dos Caldeus e, depois, de Harã (Gn 11.31; 13.1-4). Entretanto, o casal Abrão e Sarai não tinha filhos. No capítulo 12 de Gênesis, o patriarca tinha 75 anos de idade quando Deus lhe prometeu uma grande descendência (Gn 12.4).", primeiro Deus mostrou o estágio final da promessa, para depois mostrar como faria. Então Abraão creu nessa promessa, e assim é chamado de "pai da fé" por ter sido o primeiro a crer na promessa de um Deus invisível.

....adquira esse subsídio completo.

- PARA RECEBER ESSE SUBSÍDIO COMPLETO É SÓ ENVIAR UMA PEQUENA CONTRIBUIÇÃO DE R$ 2,00 para a chave PIX 48 998079439 (Marcos André)

Obs: Após fazer o PIX mande o comprovante ou avise pelo whatsapp (48 998079439) e lhe enviaremos os arquivos PDF e editável do subsídio, para o whats ou email.

Se desejar, pode fazer um único pix  e deixar agendado as próximas lições!
 .

Pr Marcos André 

 




ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 1 / 2º Trim 2023


Do Éden a Babel
2 de Abril de 2023



TEXTO ÁUREO
“E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Gênesis 3.15

VERDADE APLICADA
O Senhor Deus, que criou todas as coisas conforme a Sua vontade, é poderoso para cumprir o Seu glorioso propósito.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar Deus como o Criador e Senhor da História.
Apresentar o coração do homem e o coração de Deus.
Explicar a origem das três civilizações antigas.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

GÊNESIS 1
26- E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.
27- E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
28- E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo animal que se move sobre a terra.
31- E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Gn 1.26-31 A criação dos seres viventes.
TERÇA / Gn 3.1-8 A queda do homem.
QUARTA / Gn 3.7-19 Deus prometeu redimir a humanidade.
QUINTA / Rm 5.19-21 A graça superabundou o pecado.
SEXTA / Hb 8.6-11 Cristo é mediador de um pacto eterno.
SÁBADO / Ap 21.1-4 O novo céu e a nova terra.

HINOS SUGERIDOS: 124, 139, 258

MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que possamos colocar mais nossa confiança em Deus e Seus propósitos.

INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos lições baseadas no livro de Gênesis, identificado como o livro dos começos. Na presente lição serão enfatizados os seguintes assuntos: a maravilhosa e perfeita obra da redenção já tinha sido planejada por Deus antes da fundação do mundo; a multiplicação da maldade na humanidade; e a origem das nações e dispersão dos povos.

PONTO DE PARTIDA: Os propósitos de Deus sempre se cumprem.

1- ELOHIN: O CRIADOR E SENHOR DA HISTÓRIA
Como o povo de Israel que nasce na glória dos propósitos de Deus acaba aparecendo em estado de escravidão no Egito? O livro de Gênesis nos responde esta pergunta.

1.1. O Cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo.
O plano da redenção divina não foi um desesperado plano B de Deus para resolver o problema da queda. Aquele que teria o calcanhar ferido pela serpente é o mesmo descendente da mulher que lhe esmagaria a cabeça na cruz [Gn 3.15]. Mas Sua morte estava determinada antes da fundação do mundo [Ap 13.8]. Precisamos ler toda a Escritura tendo isso em mente.

Professor(a): Comentário Bíblico Moody – Gênesis 3: “Assim, temos nesta famosa passagem, chamada protevangelium, “primeiro evangelho”, o anúncio de uma luta prolongada, antagonismo perpétuo, feridas de ambos os lados, e vitória final para a semente da mulher. A promessa de Deus de que a cabeça da serpente seria esmagada apontava para a vinda do Messias e a vitória garantida. Esta certeza entrou pelos ouvidos das primeiras criaturas de Deus como uma bendita esperança de redenção.”

1.2. O Deus que vela por Sua Palavra. 
O desenrolar histórico que se deu desde esta promessa divina no Éden até a sua consumação, não consiste de acidentes aleatórios, obras do acaso e trapalhadas humanas. Deus conduziu e conduz a história de uma forma misteriosa, amorosa e soberana para que o que Ele prometeu permanecesse de pé. O redentor viria como semente da mulher – uma referência clara à encarnação do Verbo e nascimento virginal do Cristo. E esta mulher descenderia de Israel. Daí, Deus, ao preservar Israel em toda a sua história de erros e fracassos, está garantindo o cumprimento daquilo que Ele prometeu, pois Deus mesmo cuida para que Sua Palavra se cumpra [Jr 1.12; Ml 3.6].

Professor(a): No verso de Jeremias, Deus deixa claro que Ele mesmo cuida para que aquilo que Ele prometeu se cumpra. O próprio Deus ilustra Sua prontidão em cumprir Suas promessas com uma vara de amendoeira, cujo termo no hebraico é semelhante à palavra “vigiando”. Antes de ser fiel aos Seus servos, Ele é fiel a Ele mesmo. As promessas de Deus são um compromisso dEle com Ele mesmo. Em Malaquias isso é reforçado em nossa relação com Ele. Fica claro que, na aliança que Deus tinha com Israel, se dependesse de Israel, Deus já os teria destruído completamente. Ou seja, a única razão para Israel ainda estar sendo preservado, era porque, ainda que o homem mude e abandone seus compromissos com Deus, Deus, por amor a Sua glória, não muda em Suas promessas.

1.3. A semente da mulher. 
A serpente que estava no Éden ouviu numa mesma frase Deus falar tanto do destino de Cristo assim como do seu próprio destino [Gn 3.15]. Ainda assim passou a história tentando impedir que o descendente da mulher viesse ao mundo. Quando Israel estava no Egito, Faraó tenta exterminar a próxima geração de hebreus matando os recém-nascidos machos para eliminar possíveis ameaças de rebeliões [Êx 1.16].
Se esta loucura tivesse pleno sucesso, a raiz pura de Israel de onde o redentor nasceria se perderia com a miscigenação egípcia. Por trás da intenção insegura e infanticida de Faraó, estava a serpente tentando “ferir o calcanhar” de Israel para que o redentor não chegasse a nascer.
Deus, porém, salvou das águas a Moisés [Êx 2.1-9], varão hebreu de sangue puro que redimiria Israel da escravidão egípcia. Deus usou Moisés como um tipo Daquele que no futuro viria para libertar o povo da escravidão do pecado [Mt 1.21; Jo 8.36].

Professor(a): R. Cole (Êxodo: introdução e comentário, Vida Nova, 1980, p. 54): “Essa vã tentativa de eliminar o povo de Deus encontra seu paralelo no Novo Testamento quando Herodes tenta destruir toda uma geração de meninos em Belém [Mt 2.16]. Todavia, como no Novo Testamento, o agente escolhido de Deus é protegido; nem Faraó nem Herodes podem se opor ao plano de Deus.”

EU ENSINEI QUE:
A história humana, cercada de fracassos e fraquezas, não frustra os planos de Deus.

2- O CORAÇÃO DO HOMEM E O CORAÇÃO DE DEUS
Após a queda do homem, a caminhada da humanidade foi cada vez mais degradante. Gênesis, cujo significado simples significa começo, sinaliza de fato o começo de tudo. Inclusive do sofrimento na história humana.

2.1. O mal no íntimo do homem.
O primeiro homicídio dentro da primeira família com Caim e Abel mostra como a raça e sua história seria marcada pelo “morrerás” decretado no Éden [Gn 2.17]. Não só a morte, mas o homicídio entrou na rotina humana e não saiu mais. Pelo contrário, foi institucionalizado [Gn 4.15; 9.6]. Caim e Abel foram os primeiros irmãos e Caim o primeiro homicida. Champlin, em seu comentário sobre o primeiro homicídio em Gênesis, diz: “Essa narrativa simboliza a degeneração humana desde o princípio. Nada havia no meio ambiente de Caim que o tivesse levado a matar seu irmão. O ato originou-se da maldade no íntimo.”

Professor(a): É impressionante perceber como a virtude de Abel estimulou o pecado no interior de Caim. Esta é a natureza do mal em que se encontra o homem após a queda. O ambiente não explica nem origina a maldade. Ela já está à porta da alma esperando oportunidade de manifestar as trevas interiores [Jo 3.20].

2.2. A tristeza no íntimo de Deus.
O mal no íntimo do homem manifestou a tristeza no íntimo de Deus. A forma mais próxima de descrever esta tristeza de Deus estão nas palavras: “Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração.” [Gn 6.6]. Esta tristeza é revelada depois que Deus constata o estado avançado do coração humano para o mal [Gn 6.5]. Esta constatação culminou no dilúvio. É nos dito que Deus se arrependeu de haver feito o homem e decide fazê-lo desaparecer da face da terra [Gn 6.7]. Porém, uma família foi salva. A família de Noé.

Professor(a): Comentário Bíblico Broadman, JUERP, 1987 – p. 196: “O verbo arrependeu-se (literalmente, suspirar) descreve o fato de se arrepender e de ficar triste apenas em sentido derivado. O escritor não quer dizer que Deus lamenta ter criado o homem, mas que Ele suspira de tristeza com o que está acontecendo. Uma coisa era prever o pecado do homem; outra, enfrentá-lo. Os três verbos deste versículo: arrependeu-se, feito e pesou provêm da mesma raiz, da mesma forma como as três principais palavras da declaração de Lameque, em 5.29: “consolará… obras… trabalho.” “Da mesma forma como as obras dos seres humanos lhes produziam dores, os seus atos na esfera moral causaram sofrimentos ao seu Criador” (Cassuto).”

2.3. Graça em meio ao juízo. 
Após descrever a corrupção que assolava a humanidade, a maldade se multiplicando e a decisão do Senhor de destruir da face da terra o ser humano, o escritor sagrado apresenta um “porém” [Gn 6.8] – termo que expressa um contraste: há um homem que tem fé em Deus, obedece a Deus, anda com Deus. Pela graça de Deus, manteve-se puro em meio a uma geração corrompida [Gn 6.9; Hb 11.6-7]. Noé não se conformou com o modus vivendi de sua geração [Fp 2.15; 2Pe 2.5].
O relato da epístola aos Hebreus e da primeira de Pedro [1Pe 3.20] fazem menção da salvação da família de Noé. Dentre tantas lições preciosas a serem extraídas deste texto, destacamos:
1) A graça de Deus continua se manifestando de maneira superabundante;
2) A influência positiva de Noé sobre sua família antes do dilúvio;
3) A fé que resulta em obediência a Deus e um viver justo e reto.

Professor(a): Deus disse que Noé foi o único justo que Deus encontrou naquela geração [Gn 7.1]. Porém, Paulo faz uso da teologia da queda do Antigo Testamento para concluir que “não há um justo sequer” [Rm 3.10]. Como entender isso? Existem homens que são mais justos ou mais pecadores que outros. Porém, a justiça que salva não é aquela que podemos observar em comparação aos homens, mas é uma justiça que reflete a pureza e santidade de Deus. Neste quesito, não há um justo sequer. Para sermos salvos por Deus, precisamos deste tipo de justiça que vem de Deus por meio de Cristo. Uma justiça que se manifesta no evangelho. Que não é por mérito, mas pela graça de Deus.

EU ENSINEI QUE:
Após a queda do homem, a caminhada da humanidade foi cada vez mais degradante.

3- A ORIGEM DAS TRÊS CIVILIZAÇÕES ANTIGAS
Quando Noé estava construindo a arca, o som das suas marteladas na madeira era engolido pelo barulho da vida desregrada em que vivia sua sociedade. Agora, porém há um completo silêncio e uma terra vazia para um novo começo.

3.1. Uma nova terra. 
Deus deu a Noé o que deu a Adão: missão e autoridade. Ele deveria se multiplicar, encher a Terra e dominá-la [Gn 9.1-3]. Temos um paralelo com o Éden aqui. O dilúvio é um novo começo. Porém, não no jardim, e não sem pecado. Por esta razão a lei a respeito do valor da vida foi estabelecida. Quem tirasse uma vida teria a vida tirada, sob a perspectiva de que cada ser humano carrega a imagem de Deus [Gn 9.5-6].
Estabelecido este mandamento e dada a Noé sua missão, Deus faz com ele e seus descendentes Sua aliança. Esta aliança divina, porém, se enquadra mais com uma promessa divina, pois não há parte requerida ao homem para que Deus não destrua mais o mundo com águas [Gn 9.9-17]. A partir dos filhos de Noé, toda a terra foi repovoada [Gn 9.19].

Professor(a): Expressões como “E lembrou-se Deus de Noé” [Gn 8.1] e “Então me lembrarei do meu concerto” [Gn 9.15] têm a mesma natureza da expressão “Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra” [Gn 6.6], que é falar em linguagem humana a respeito de Deus. Chamamos isso de antropomorfismo, quando Deus é representado em forma humana ou antropopatismo, quando é representado por emoções humanas. Deve-se entender a dificuldade e limitações do escritor bíblico em traduzir a revelação de Deus aos homens, buscando as melhores palavras que dispunha para conseguir se fazer entendido. Tais palavras são sempre insuficientes, porém as melhores que ele tinha.

3.2. As três civilizações. 
Com o início de uma nova humanidade, os três filhos de Noé se tornaram os pais das três grandes civilizações do mundo antigo [Gn 10.32]. Sem deu origem aos semitas, de onde surgiriam os judeus, de quem nasceria o Messias. Os outros dois filhos de Noé deram origem às duas grandes civilizações gentílicas. Jafé se tornou o pai de uma grande parte dos gentios com história de expansão, poder e prosperidade. De Cam nasceram os povos canaanitas, que ocuparam as regiões de Canaã. Sob a bênção de Deus, similares às dadas a Adão [Gn 1.22, 28], as três civilizações se multiplicaram, repovoando a terra para um novo começo [Gn 10.1-3].

Professor(a): No dilúvio, apenas Noé e sua família receberam livramento do Senhor. Depois que as águas baixaram, Noé sai da arca e adora a Deus junto com sua família. Ele deveria recomeçar a civilização como se fosse um novo Adão. Cada um dos seus três filhos deu origem às três grandes civilizações do mundo antigo. Os semitas encontraram o destaque na história da redenção, pois seriam, através de um relacionamento mais íntimo por meio da lei, o canal de Deus para reconciliar todas as nações ao Criador.

3.3. A grande confusão.
A criação de Deus indica a ordem sobre o caos [Gn 1.2-3]. O propósito criativo sobre o vazio. “Tudo foi criado por ele e para ele” [Cl 1.16]. Ou seja, tudo o que Deus fez e faz é para a glória do Seu nome. Ele cria a humanidade e dá dons e habilidades aos homens para que estes, por meio dos feitos, propaguem a glória do nome de Deus em sua multiforme sabedoria.
Porém, o que vemos em Babel retrata como o homem falha em dois aspectos: ao invés de se espalharem como portadores da glória de Deus ao mundo, eles se ajuntam. Além disso, usam sua capacidade para honrar seu próprio nome [Gn 11.3-4]. A resposta de Deus à ordem humana que contraria o propósito de Deus é a confusão [Gn 11.7-9]. A ação divina, porém, em confundir a língua também foi solução divina para a propagação daqueles que carregam a Sua imagem.

Professor(a): Podemos ver a bênção e a ordem de Deus para que Noé se multiplicasse sobre a Terra [Gn 9.1] na genealogia do capítulo 10. Todas as nações posteriores descendendo de uma mesma raiz genealógica e se espalhando com características distintas. O dilúvio, uma das grandiosas intervenções divina, demonstra que Deus não deixa o homem por sua própria conta. Com Noé Ele julga, em Babel Ele perturba e em Abraão Ele chama. A rotina do povo antediluviano era comer, beber e dar-se em casamento. Tudo isso, porém era feito como se não existisse um Deus. Cristo diz que este será o ambiente que precederá a Sua vinda. Estamos vivendo tempos diferentes disso?

EU ENSINEI QUE:
O dilúvio deu uma nova chance para a humanidade. Porém, o problema humano após a queda não foi resolvido com o juízo.

CONCLUSÃO
A entrada do pecado na história afetou não apenas a humanidade, mas, também, a própria natureza. Porém, tal tragédia não surpreendeu o Criador, pois o perfeito plano da redenção já estava delineado desde a fundação do mundo.

Fonte: Editora Betel

Subsídio Lição 1 / Vídeo pré-aula

sábado, 25 de março de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 1 / 2º Trim 2023



Quando a Família Age por Conta Própria
2 de Abril de 2023



TEXTO ÁUREO
“… Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque e com ele estabelecerei o meu concerto […]” (Gn 17.19)
 
VERDADE PRÁTICA
Quando o ser humano se precipita a respeito dos planos de Deus, as consequências dessa ação são inevitáveis.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Gn 12.4 A promessa de uma grande descendência
Terça – Gn 15.2 A dúvida do patriarca Abrão
Quarta – Gn 15.4 A promessa de um herdeiro
Quinta – Gn 16.2-6 A precipitação do casal
Sexta – 1 Rs 8.56 Deus cumpre a sua promessa
Sábado – 1 Tm 3.5,6 Mentores espirituais da própria casa
 
Hinos Sugeridos: 58, 84, 458 da Harpa Cristã
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Genesis 12.1-3; 16.1-5

Gênesis 12
1- Ora, o Senhor disse Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei
2-E far-te ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção
3- E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.

Gênesis 36
1- Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe gerava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar.
2- E disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor me tem impedido de gerar; entra, pois, à minha serva; porventura, terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai.
3- Assim, tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na terra de Canaã.
4- E ele entrou a Agar, e ela concebeu; e, vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos.
5-Então, disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja sobre ti. Minha serva pus eu e, teu regaço; vendo ela, agora, que concebeu, sou menosprezada aos seus olhos. O Senhor julgue entre mim e ti.

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
A família é uma instituição divina, a célula-mater da sociedade. Infelizmente temos vivido períodos tenebrosos em que a família vem sendo atacada, por vezes de forma velada e muitas outras, de forma direta. Além dos ataques externos, o cristão deve cuidar para que os conflitos internos como discórdia e desarmonia não interfiram na unidade familiar. O pastor Elienai Cabral, escritor, conferencista e consultor doutrinário e teológico da CPAD, é o comentarista deste trimestre. Ele nos ajudará, através de sua experiência pastoral, a compreender os relacionamentos familiares e a lidar com as dificuldades pelas quais as famílias cristãs têm passado.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Identificar que as promessas divinas para Abrão passavam também por sua família;
II) Reconhecer que não podemos tentar “interferir” nos planos de Deus;
III) Entender que uma decisão precipitada pode gerar conflitos desnecessários na família.
B) Motivação: Todos sabemos que existem consequências para as ações que praticamos. O que fazemos pode desencadear uma série de acontecimentos que talvez perdurem até muito tempo após a nossa morte. Infelizmente, quando tomamos uma decisão, a maioria de nós pensa somente nas consequências imediatas. Provavelmente seus alunos não sabem os efeitos em longo prazo da maioria das decisões que tomam. Mas, o fato de que haver consequências no humor não deveria fazê-los pensar com cuidado e buscar a direção de Deus nas escolhas de hoje?
C) Sugestão de Método: Para introduzir a primeira lição, reproduza na lousa, ou no do show, algumas características dos dois personagens da lição, Abraão e Sara. Você pode fazer isso por meio do auxílio da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, páginas 31 e 33. Apresente os pontos fortes e êxitos, fraquezas e erros, lições de vida desses personagens informações essenciais
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: tata primeira lição nos convida a refletir a respeito da nossa responsabilidade diante da nossa família. Somos os responsáveis diretos por conduzi-la dentro da vontade do Senhor .
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão, Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 53, 136, você encontra um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula.
1) O texto “esposa substituta”, localizado depois do segundo tópico, analisa o costume daquele povo em que o patriarca tinha filhos com a serva de sua esposa, sendo o artifício usado por Sarai para “ajudar” a Deus;
2) O texto “Consequências da união de Abrão com Agar”, ao final do terceiro tópico, traz uma ampliação das consequências do que a atitude de Sarai trouxe para a família.

INTRODUÇÃO
Ao longo deste trimestre, estudaremos assuntos relacionados à família. Nesta oportunidade, especificamente, ponderamos que, diferentemente de outros trimestres, os assuntos referem-se aos problemas do cotidiano familiar. Veremos o que a Palavra de Deus tem a nos ensinar quanto a problemas de comunicação conjugal, ciúmes, rebeldia, porfias, mentiras, mágoas e educação de filhos, dentre outros assuntos. Nesta lição, em especial, focaremos nas atitudes precipitadas de Sarai e Abrão, ao decidirem não esperar o cumprimento da promessa de Deus e agirem por conta própria, “ajudando-o” no cumprimento da promessa Veremos as consequências de quando deixamos de ouvir a voz de do Senhor para “ouvir” a voz de um coração enganoso.
 
I- DEUS FAZ PROMESSAS A ABRÃO

1- O encontro de Deus com Abrão. 
Abrão vinha de uma jornada de conquistas e vitórias pessoais desde que saiu de Ur dos Caldeus e, depois, de Harã (Gn 11.31; 13.1-4). Entretanto, o casal Abrão e Sarai não tinha filhos. No capítulo 12 de Gênesis, o patriarca tinha 75 anos de idade quando Deus lhe prometeu uma grande descendência (Gn 12.4). No capítulo 15, o Senhor lhe faz uma promessa específica de um herdeiro. E, finalmente, quando Isaque, o filho da promessa, nasceu, o patriarca tinha 100 anos (Gn 21.5). Assim, podemos dizer que Abraão esperou por 25 anos pelo cumprimento da promessa divina.

2- A dúvida diante da espera.
Após a promessa de uma descendência (G 12), veio uma preocupação a Abrão: “Senhor Jeová, que me hás de dar? Pois ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliezer” (Gn 15.2). Esse questionamento revela que sua fé estava em crise, Abrão não conseguia ver a realização do sonho do casal, uma vez que Sarai era estéril. Não é diferente conosco também. Às Vezes somos bloqueados por dúvidas que nos impedem de, pela fé, enxergar a operação do sobrenatural.

3- Deus garante a Abrão o cumprimento da promessa.
Como vimos, Gênesis 15.4 traz a promessa de um filho. No versículo 7, o Senhor diz ”Eu sou o Senhor” (Gn 15.7). De modo que Ele desfez a preocupação do patriarca, especificando uma promessa: “Este não será o teu herdeiro [Ismael]; mas aquele que de ti será gerado, esse será o teu herdeiro Isaque” (Gn 15.4) Aqui, Deus está afirmando a Abrão que suas promessas sem base no próprio caráter, pois Ele não é homem para mentir, nem filho do homem para se arrependa, “porventura, diria ele e não a faria Ou falaria e não o confirmaria?” (Nm 23.19). Deus cumpre fielmente a sua Palavra (Sl 89.34). Infelizmente, porém Abrão vacilaria na fé e não transmitiria a Sarai confiança na promessa (Gn 16.2,3).
 
SINOPSE I
Deus fez a promessa de uma grande descendência a Abrão. A espera acabou gerando dúvida, mas o Senhor garante aquilo que promete

II- INTERFERÊNCIA NO PLANO DE DEUS

1- A tentativa de Sarai em “ajudar” a Deus. 
Pelo processo natural, Sarai não podia gerar filhos por causa de sua esterilidade e, naquele contexto, ela estava ainda com a idade avançada. Por isso, Sarai persuadiu a Abrão de que a melhor forma de ele ter um herdeiro seria tornar a serva egípcia Agar e com ela conceber um filho (Gn 16.2). Naquele tempo era permitido fazer isso para que um homem tivesse um herdeiro, E essa tentativa de “ajudar a Deus” no cumprimento da promessa de um filho foi uma atitude precipitada de Abrão. Na Vida conjugal, é importante que um casal crente consulte a Deus em tudo. Nesse sentido, Abrão deveria convencer sua mulher a esperar em Deus, pois ele cumpre a sua Palavras (1 Rs 8.56).

2- Os dois vacilam na fé.
No capítulo 15, Abrão é um homem de fé. Porém, no capítulo 16, a situação muda completamente porque ele prefere ouvir a voz de sua mulher, conforme Gênesis 16.2 “E ouviu Abrão a voz de Sarai”. A verdade é que, diante da reclamação de sua esposa, Abraão aquietou-se e preferiu aceitar o argumento dela e não acreditar no milagre de ambos gerarem um filho conforme a promessa. Os dois deixaram a lógica da fé e se apegaram à lógica meramente humana. Devemos cuidar para não interferir nos desígnios de Deus, pois isso pode significar o desvio da vontade divina. Não podemos, por causa de uma decisão precipitada, querer intervir no plano original divino.

3- O problema da precipitação. 
Sarai abandonou e desprezou a confiança em Deus, preferindo resolver o problema ao seu modo, além de induzir seu marido à mesma atitude equivocada e incrédula. Ao afastar-se da dependência de Deus, o casal não conseguiu evitar as consequências desastrosas para sua vida (Gn 16.5-9). Agar engravidou e teve o filho que Abrão sonhava ter, mas provocou um conflito familiar histórico entre Abrão e Sarai, entre Sarai e Agar, posteriormente, entre os filhos de ambos, Ismael e Isaque. Muitos conflitos são gerados nos lares por causa de atitudes precipitadas da parte dos cônjuges. A essência dessa precipitação de Abrão permanece até hoje, com as sementes de Ismael e Isaque, ou seja, judeus e árabes. 

SINOPSE II
A precipitação de Sarai gerou consequências na família que reverberam até aos dias atuais entre as duas nações.
 
AUXÍLIO TEOLÓGICO
A ESPOSA SUBSTITUTA
“O tempo passou e Sarai continuava sem filhos. Deus não prometeu que o filho sairia dela Agar e o problema de uma promessa não cumprida permanecia. Na opinião de Sarai, a resposta era o costume da pátria de onde vieram. Este costume dizia que a esposa sem filhos têm de oferecer ao marido uma criada para servir no lugar dela. A descendência será considerada sua.
Sarai tinha uma serva egípcia chamada Agar que ela ofereceu a Abrão. Abrão aceitou a oferta e pouco tempo depois Agar teve um filho. Emoções profundas e intensas no coração de cada participante estavam emaranhadas com o problema de interpretar uma promessa divina por meio de providências legais.
Agar ficou arrogante com sua senhora, e Sarai ficou amarga e abusiva. Indo ao marido, ela a acusou de privá-la dos direitos básicos de esposa e exigiu que tomasse uma atitude[…]. Era contrário ao costume da pátria de onde vieram as esposas servas mostrarem desrespeito à esposa principal. Abrão recusou punir Agar, mas permitiu que Sarai agisse como quisesse” Comentário Bíblico Beacon: Gênesis a Deuteronômio. Vol.1 Rio de Janeiro: CPAD, 2014,p.63).
 
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Entre o povo da Mesopotâmia, o costume, quando a esposa era estéril, era deixar que a sua serva tivesse filhos com o esposo. Esses filhos eram considerados filhos legítimos daquela esposa.
(1) Apesar de existir então esse costume, a tentativa de Abrão e Sarai de terem um filho através da união de Abrão com Agar não teve a aprovação de Deus (2.24).
(2) O NT fala do filho de Agar como sendo o produto do esforço humano – […] (Gl 4.29).” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.55.
 
III- AS CONSEQUÊNCIAS DE UMA DECISÃO PRECIPITADA

1- O conflito na família de Abrão. 
A precipitação do casal acabou criando o conflito entre Abrão e Sarai, provocado pela nova situação a que se submeteu Agar. Discórdia e desarmonia suscitaram uma situação insustentável dentro desse lar. Agar, sentindo-se privilegiada dentro da casa de Abrão, visto que ele estava dando atenções especiais para com ela por causa do seu filho em seu ventre, provocou ciúmes em Sarai. Esta, então, começou a hostilizar sua serva (Gn 16.4-6). Essa situação ficou bem difícil dentro da casa do patriarca.
 
2- A fraqueza de Abrão. 
Depois de toda a experiência com Deus e de ouvir as suas promessas divinas para a vida pessoal e familiar, Abrão optou pela fraqueza e a carnalidade. Não teve firmeza para persuadir Sarai, diante do conselho de ter esse filho com Agar, a confiar em Deus e em suas promessas (Gn 16.6). Essa história nos ensina que não podemos apenas olhar para as soluções humanas. Há momentos em nossa vida que só a mão de Deus pode operar. Tenhamos sensibilidade espiritual para discernir o que está sob nossa responsabilidade e o que só depende única e exclusivamente de Deus (cf. Êx 14.15-18).

3- Uma opinião equivocada acerca de Deus. 
Quando Sarai diz a Abrão que "o Senhor me tem impedido de gerar” parecia estar afirmando que Deus havia falhado com ela para gerar filhos (Gn 16.2). Ela afastou-se do lugar de absoluta dependência de Deus e preferiu decidir por si mesma, usando Agar como meio para o cumprimento da divina promessa. Seu coração carnal fez com que ela desprezasse a fé.
Nesse sentido, a fraqueza de Abrão não foi tanto a de não agir sabiamente com Sarai quanto a convencê-la a acreditar no milagre de Deus em sua vida. Sua esposa precisava de uma experiência com Deus capaz de dar-lhe o conhecimento suficiente para entender que seu marido tinha razão no que dizia. Portanto, é preciso atentar para uma preciosa lição: os homens de Deus têm um papel de mentores espirituais em suas casas e, por isso, não podem deixar de governá-la com sabedoria (cf. 1Tm 3.5,6).
 
SINOPSE III
Uma decisão precipitada gera consequências que vão desde conflitos na família a equívocos acerca de Deus
 
AUXÍLIO TEOLÓGICO
CONSEQUÊNCIAS DA UNIÃO DE ABRÃO COM AGAR
“Aqui temos as más consequências imediatas do infeliz casamento de Abrão com Agar. Um grande mal se produz rapidamente. Quando nós não agimos bem, o pecado e os problemas estão à porta. E podemos agradecer a nós mesmos pela culpa e pela tristeza que nos acompanham quando saímos do caminho do nosso dever. Veja isto nesta história.
I- Sarai é desprezada, e, desta ma­neira, sente-se provocada e se irrita, v.4. 
Tão logo, Agar percebe estar grávida de um filho do seu senhor, passa a considerar a sua senhora com desprezo, talvez criticando-a pela sua esterilidade, insultando-a, para irritá-la (como em 1 Sm 1.6). Ela estava se gabando das perspectivas que tinha de trazer um herdeiro a Abrão, para aquela boa terra, e para o cumprimento da promessa. Agora ela se julga uma mulher melhor do que Sarai, mais favorecida pelo Céu, e com probabilidade de ser mais amada por Abrão. E por isso já não é mais submissa como costumava ser. Observe:
1- Os espíritos [pessoas] inferiores e servis, quando favorecidos e promovidos, seja por Deus ou pelo homem, podem se tornar arrogantes e insolentes, e esquecer seu lugar e origem. Veja Provérbios 29.21; 30.21-23. É difícil atribuir a honra aqueles que realmente devem ser honrados.
2- Nós sofremos, com razão, por causa daqueles a quem agradamos de maneira pecaminosa. E é justo que Deus converta em instrumentos de nossa aflição aqueles aos quais tornamos instrumentos do nosso pecado, e que nos aprisiona nos nossos próprios maus conselhos: o que revolve a pedra, está sobre ele rolará” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Gênesis a Deuteronômio. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp.94,95).
 
CONCLUSÃO
Esta lição nos ensina a respeito das promessas de Deus para a vida do crente. Entretanto, ela alerta para o perigo de nos precipitarmos com interferências no cum­primento dessas promessas. Vimos que esse tipo de atitude trouxe consequências graves para a família de Abrão. Que Deus nos livre de tentarmos interferir em seus planos, pois sabemos que sua vontade é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2).
 
REVISANDO O CONTEÚDO
1- Quanto tempo Abraão esperou pelo cumprimento da promessa divina? 
Abraão esperou por 25 anos pelo cumprimento da promessa divina.
2- No capítulo 15 de Gênesis, Abrão é um homem de fé; por que no capítulo 16 a situação muda completamente?
A situação mudou completamente porque ele preferiu ouvir a voz de sua mulher.
3- Por que Sarai persuadiu a Abrão de que a melhor forma de ele ter um herdeiro seria tornar a serva egípcia, Agar, por mulher?
 Porque Sarai não podia gerar filhos por causa de sua esterilidade e, naquele contexto, ela estava com idade avançada.
4- Quais elementos suscitados que deixaram a casa de Abrão em uma situação insustentável?
Discórdia e desarmonia.
5- Para qual lição preciosa precisamos atentar? 
Os homens de Deus tem um papel de mentores espirituais em suas casas e, por isso, não podemos deixar de governá-la com sabedoria (cf. 1 Tm 3.5,6)

Fonte: CPAD