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terça-feira, 18 de julho de 2023

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 4 / 3º Trim 2023


Amós – É tempo de buscar ao Senhor de todo o Coração
23 de Julho de 2023



TEXTO ÁUREO
“Porque assim diz o Senhor à casa de Israel: Buscai-me, e vivei.” Amós 5.4

VERDADE APLICADA
Como discípulos de Cristo somos chamados a um viver coerente com a fé e os valores bíblicos.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário da mensagem do profeta Amós.
Destacar a essência da mensagem do profeta Amós.
Identificar Lições do livro de Amós para os dias de hoje

TEXTOS DE REFERÊNCIA

AMÓS 7
7- Mostrou-me também assim: eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a prumo, e tinha um prumo na sua mão.
8- E o Senhor me disse: Que vês tu, Amós? E eu disse: Um prumo. Então disse o Senhor: Eis que eu porei o prumo no meio do meu povo Israel; nunca mais passarei por ele.
9- Mas os altos de Isaque serão assolados, e destruídos os santuários de Israel; e levantar-me-ei com a espada contra a casa de Jeroboão.
14- E respondeu Amós, e disse a Amazias: Eu não era profeta, nem filho de profeta, mas boieiro, e cultivador de sicômoros.
15- Mas o Senhor me tirou de após o gado, e o Senhor me disse: Vai e profetiza ao meu povo Israel.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – 2Cr 7.14 Um chamado ao arrependimento.
TERÇA – Sl 7.17 Louvar ao Senhor segundo a sua justiça.
QUARTA – Sl 9.8 O Senhor julgará o mundo com justiça
QUINTA – Sl 15.1-2 O verdadeiro cidadão dos céus.
SEXTA – Sl 51.1-4 Davi confessa o seu pecado e suplica perdão.
SÁBADO – Jo 1.9 Cristo é fiel e justo para nos perdoar

Hinos Sugeridos: 196, 290,326

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que sua prática religiosa não seja apenas de lábios, cerimonialismo e rituais

INTRODUÇÃO
Amós denunciou a injustiça e a corrupção e, por isso, precisou enfrentar tudo que se opunha à sua mensagem profética. Sua vida nos mostra que realizar a vontade de Deus não isenta ninguém de enfrentar obstáculos.

PONTO DE PARTIDA
Deus exige retidão e justiça do Seu povo.

1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA AMÓS
O livro de Amós revela um cenário onde a religiosidade era intensa. No entanto, o povo estava distante da presença de Deus. Era uma vida espiritual de aparências. Embora continuassem a praticar os rituais exigidos pela lei e, em alguns casos, se excedessem na observância da lei, os corações estavam afastados do Senhor.

1.1. Sobre o profeta Amós.
Amós era um homem de Deus, que trabalhava no campo com gado e com a agricultura, em uma pequena cidade no interior da Judéia chamada Tecoa [Am 1.1; 7.14-15]. Seu nome significa “carregado”, no sentido de carregar peso. O profeta não era membro de uma família sacerdotal, como os profetas Jeremias e Ezequiel, ou um profeta palaciano, como os profetas Isaías e Daniel. No entanto, Amós foi um servo de Deus humilde, corajoso e obediente. Ele, corajosamente, entregava o recado de Deus aos poderosos do povo, cumprindo as ordens do Senhor.

Professor(a): Manual Bíblico – Entendendo a Bíblia (CPAD, 2011, p. 282): “Amós também tinha um bosque de figueiras. Assim, era um pastor e também um agricultor, e vivia aproximadamente a 16 quilômetros ao sul de Jerusalém. (…) A sua eloquente prosa e poesia sugerem que ele era algo mais do que um pastor contratado ou lavrador. Aparentemente, era um homem instruído, e talvez o proprietário do rebanho e do bosque. Ele diz que viveu quando Jeroboão era rei de Israel (786-746 a.C.). A prosperidade natural de que Amós fala se encaixa com as condições da última parte do reinado de Jeroboão, começando aproximadamente em 760 a.C.”

1.2. A rejeição sofrida por Amós.
Diante daquele cenário de intensa religiosidade, injustiça, corrupção e opressão, o profeta Amós enfrentou forte oposição quando transmitiu a mensagem de Deus. Um sacerdote de Betel, chamado Amazias, tentou expulsar Amós do país quando ouviu as palavras que confrontavam o povo e seus pecados. Amazias se utilizou de falsos subterfúgios para calar e intimidar o profeta:
a) recorreu ao rei Jeroboão, mentindo para obter a aprovação do rei e sucesso em seus intentos contra Amós [Am 7.10];
b) usou o povo contra Amós [Am 7.11];
c) desdenhou sobre a origem do profeta, usando-a como argumento para desacreditar sua mensagem [Am 7.12];
d) com a autoridade que possuía, tentou se proteger citando o santuário do rei e não o templo do Senhor [Am 7.13].

Professor(a): R. N. Champlin: “Amazias era o sacerdote oficial do santuário real de Betei. Amós tinha asseverado de que ele não era um profeta profissional [1 Sm 9.6-10; Mq 3.5-8, ll].E n e m era membro de alguma guilda profética [1 Sm 10.5; 1 R s 22.6; 2Rs 2.3, 5], Antes, era um leigo a quem Yahweh tinha enviado para proferir profecias a Seu povo [Am 3.3-8; 2Sm 7.8], (…) A classe liderante reagiu violentamente contra as profecias de condenação de Amós.”

1.3. A resposta do profeta Amós.
Embora não faltassem esforços do sacerdote Amazias para impedir que Amós continuasse com sua mensagem da parte de Deus, o profeta se manteve fiel ao cumprimento de sua missão e argumentou em sua defesa:
a) Amós era oriundo do campo, não pertencia a elite religiosa ou civil do seu povo: “Eu não era profeta, nem filho de profeta” [Am 7.14];
b) Amós tinha consciência de que a única autorização necessária para cumprir seu ministério era o chamado de Deus [Am 7.15];
c) O profeta não se escondeu, não se calou ou mesmo se intimidou diante das ameaças sofridas pelo sacerdote, alguém que supostamente, deveria apoiá-lo [Am 7.16-17].

Professor(a): R. N. Champlin: “É verdade que Amós não pertencia a uma família profética, nem era filho de um profeta, muito menos membro de uma escola profética; ou seja, ele não era um profeta profissional. Mas e daí? Amazias, o chamado sumo sacerdote do reino apostatado de Jeroboão, também não tinha credenciais tradicionais, não pertencendo à família de Arão, a qual era um segmento da tribo de Levi. Amós era apenas um boieiro e colhedor de sicômoros. Em outras palavras, era um fazendeiro. No entanto, ele atraiu o poder e a sabedoria de Deus, e também a luz profética, por ser um homem piedoso. Foi escolhido para uma missão especial.”

EU ENSINEI QUE:
A verdadeira espiritualidade é refletida diariamente em um estilo de vida que agrada ao Senhor e atrai outros para conhecê-Lo e servi-Lo

2- A ESSÊNCIA DA MENSAGEM
O livro de Amós pode ser dividido nos seguintes temas: nos capítulos 1 e 2, o profeta prega para o povo de Deus, especialmente o reino do Norte, Israel. Já nos capítulos de 3 a 6, as mensagens de Amós são proferidas diretamente para Israel e seus líderes. Nos últimos capítulos, de 7 a 9, Amós relata suas visões a respeito do juízo de Deus, o Dia do Senhor.

2.1. A justiça de Deus.
Entre o povo de Deus, a sensibilidade e o amor ao próximo eram coisas tão distantes que pessoas honestas eram vendidas como escravos, caso não pudessem pagar suas dívidas. O pecado estava tão enraizado e normatizado que os pais e os filhos se relacionavam sexualmente com a mesma mulher, profanando a santidade e o nome de Deus. Nesse estilo de vida tão contrário aos ensinamentos de Deus, era comum comer comidas oferecidas aos ídolos; a injustiça imperava entre a liderança religiosa que se escondia atrás de uma falsa moralidade e uma espiritualidade vazia, oferecendo cultos que não agradavam mais ao Senhor [Am 2.6-8; 4.5; 5.12, 21-22].

Professor(a): R. N. Champlin: “(…) mais espaço foi dedicado à condenação de Israel, visto que Amós foi um profeta especificamente enviado a Israel. Em certo sentido, Israel, a oitava das nações a ser denunciada, era a pior de todas. Tinha os elevados privilégios de Judá, mas desde o começo da nação, com Jeroboão I (que separou as dez tribos das duas, Judá e Benjamim), Israel tornou-se podre na idolatria.”

2.2. Deus exige retidão e justiça do Seu povo.
Retidão é a conduta correta, especialmente nos lugares onde a justiça deve alcançar todas as pessoas independente de sua classe social: “Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso.” [Am 5.24]. Não existe retidão onde não há justiça e a justiça sem a retidão não passa de um engano. A falta de retidão era sentida nas três esferas da vida pública no tempo do profeta Amós: nos tribunais, nas classes sociais mais favorecidas e no culto a Deus. Cabe ao povo de Deus ser exemplo de retidão e justiça, amar a Deus e o próximo de forma prática e não apenas com discursos evasivos e vazios, especialmente os menos favorecidos, isto é, os menos amados na prática.

Professor(a): Revista Betel Dominical, 2° Trimestre/ 1994 – Auxílios Didáticos ao Professor, p. 16: “Moralmente a nação estava corrompida, tanto interna quanto externamente. A aristocracia era rica, porém perversa. Profetas e sacerdotes viviam a serviço dos seus próprios interesses. Injustiça social era o que havia. Os poderosos tinham sempre razão. Usurpavam os pobres e viviam na suntuosidade e no vício. Em tudo a nação era pagã, com exceção do nome.”

2.3. A necessidade do verdadeiro arrependimento.
Amós devia visitar os lugares onde estavam os templos para os outros deuses, Betel e Gilgal. Sua missão era profetizar contra a idolatria com as estátuas, que o rei Roboão tinha feito. Era preciso trazer à memória do povo as palavras que Deus tinha dito a Moisés, quando Josué renovou a Aliança no Monte Ebal [Js 8.32], O povo estava mergulhado na idolatria e Deus alertou sobre as sérias consequências para esse tipo de atitude [Dt 30.15-20]. Então, o profeta Amós age como mediador suplicando a misericórdia de Deus. O profeta não justifica ou compactua com o erro de seus compatriotas, ele sabe que a ira do Senhor é pertinente. O povo pecou e por causa disso Amós pede perdão [Am 7.2].

Professor(a): David Allan Hubbard (Joel e Amós – Introdução e comentário, Vida Nova, 1996, p. 231-232): “Atônito diante do quadro devastador, Amós implora perdão a Deus (perdoa); a forma gramatical é um imperativo intensificado por uma partícula que dá a ideia de urgência: “por favor” ou “agora”. Ainda que a narrativa da visão não traga nenhum relato de pecado, Amós sabe que os gafanhotos são a promulgação do juízo sobre Israel desobediente; daí o pedido de perdão (…) O fundamento para o pedido de Amós é a fragilidade e vulnerabilidade de Israel (aqui chamado de Jacó; cf 3.13; 6.8; 9.8).”

EU ENSINEI QUE:
Sem a justiça, a retidão e o arrependimento, não há solução para os problemas da humanidade.

3- AMÓS PARA HOJE
O fato de Amós interceder pelo povo não o tomou complacente com o pecado. Tampouco o fato de a injustiça permear todas as camadas da sociedade de sua época, especialmente os mais vulneráveis, o fez calar mediante os pecados que cometiam contra Deus. Amós não deixou de cumprir seu ministério e anunciar o iminente juízo de Deus como forma de disciplinar o povo de Israel.

3.1. Privilégios e responsabilidades.
O fato de Israel ser o povo escolhido trazia-lhes a falsa segurança de que estavam isentos do julgamento de Deus. O profeta Amós, porém, os confrontou com tal pensamento [Am 3.2], para que entendessem que tal privilégio imputava-lhes grandes responsabilidades. O amor de Deus também se manifesta em julgamento e disciplina sobre aqueles que insistem em viver à margem dos Seus preceitos, principalmente dos que já experimentaram uma vida de devoção e comunhão com Ele. O escritor J. A. Motyer afirmou: “O destaque particular de Amós é o seguinte: quanto mais perto de Deus se encontra, mais próximo o juízo e mais certo o julgamento. Por causa do privilégio de serem salvos, mais será exigido daqueles que mais receberam; quanto maior a luz, maior o risco”.

Professor(a): Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre/1994, p. 19) descreve alguns dos pecados indesculpáveis de Israel: “a) O pecado contra a revelação – O privilégio de Israel ser a nação eleita de Deus não o faria mais importante que as demais nações, a ponto de poder pecar. Acarretava, antes de tudo, o dever de ser luz para as nações e não igualar-se a elas. Assim como Israel, muitos de nós temos esquecido do dia da nossa libertação, vivendo em situações que não nos identificam com o nosso libertador, com nossa aliança de batismo (…).”

3.2. A inutilidade do formalismo religioso.
A mensagem de Amós é muito clara: “Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso.” [Am 5.24]. Isso significa que o formalismo religioso e o cerimonialismo nada representam diante de Deus se não estiverem acompanhados de atitudes que demonstrem o amor e o cuidado de Deus pelos homens. A indiferença da Igreja mediante as mazelas que acompanham aqueles que se encontram em situação de desamparo e abandono depõe contra ela, ainda que tenha excelentes e elaboradas programações. O ativismo do calendário não pode e não deve substituir o socorro aos aflitos e desvalidos onde quer que estejam.

Professor(a): R. N. Champlin: “Em contraste com a religião vazia (algo repelente, que Yahweh odeia), temos a verdadeira religião, que se manifesta por meio da justiça, a qual é tão abundante que rola como um riacho descendo pelas faldas dos montes; e também há a retidão, que é como uma torrente que flui de forma perene. Encontramos aqui as “águas” da vida, e não o vinho do deboche. Essa é a essência da verdadeira fé, a fé que parte do coração [Pv 4.23].”

3.3. Uma mensagem de esperança.
Em Amós encontram-se muitas palavras sobre sofrimento, destruição e morte, e poucas palavras sobre otimismo e esperança. Mas isso não invalida a mensagem final sobre a esperança de um futuro melhor [Am 9.11-15]. Devido aos pecados dos povos, Deus mandaria Seu fogo destruidor e outros castigos com o juízo divino. Mas, no final da mensagem, o profeta reforça a graça, a misericórdia e o amor de Deus, ao se referir à oportunidade que todas as pessoas, de todas as nações, receberiam a mensagem de salvação, por meio do descendente de Davi, Jesus Cristo.

Professor(a): Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre/1994, p. 20) comenta sobre as promessas finais de salvação em Amós: “Amós cumpriu a missão que havia recebido do Senhor. Entregou a mensagem de juízo divino sobre os pecados do povo. A aparente apatia de Israel quanto a mensagem de Amós não poderia ofuscar o evento que o profeta tanto almejava. Foi assim , que séculos mais tarde, alguém escrevendo sobre um descendente de Davi disse: “E O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS” [Jo 1.14]. A palavra grega “habitou” se traduz literalmente “levantou tabernáculo ”, cumprindo assim a profecia messiânica de Amós [Am 9.11].”

EU ENSINEI QUE:
Deus é justo e, também, misericordioso.

CONCLUSÃO
A missão de cada crente é proclamar a mensagem de Deus no lugar que Ele mesmo designar. Todos devem pregar a mensagem de arrependimento e salvação atendendo ao chamado do Senhor. Amós inspira a cada crente com sua ousadia, comprometimento e fé naquele que o enviou.

Fonte: Editora Betel

Subsídio Lição 4 / Vídeo pré-aula

ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 4 / 3º Trim 2023



AULA EM 23 DE JULHO DE 2023 - LIÇÃO 4

(Revista CPAD)

Tema: Quando a Criatura vale mais que o Criador


TEXTO ÁUREO
“Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!” (Rm 1.25)

VERDADE PRÁTICA
A exaltação da criatura acima do Criador é a usurpação da glória divina pela mentira e vaidade humana

LEITURA DIÁRIA
Segunda 1 Tm 4.2 A mentira aprisiona e cauteriza a consciência do ser humano
Terça – Ef 2.3 Os que andam nos desejos da carne são filhos da ira
Quarta Jo 20.25,29 – O falso cristianismo cede espaço para o racionalismo e o ceticismo
Quinta Dt 6.1-9 A Bíblia possui um arcabouço de prática espiritual e social
Sexta – Êx 20.3-5 O ídolo é tudo o que se coloca no lugar de Deus
Sábado – Gl 5.19 A concupiscência da carne caracteriza quem é dominado pelo pecado sexual

Hinos Sugeridos: 370, 526, 598 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Romanos 1.18-25
18 – Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;
19 – porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
20 – Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
21 porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
22- Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
23 – E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
24 Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si;
25 – pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!

INTRODUÇÃO
- "A soberba e a insensatez do homem ímpio o mantêm afastado da verdade de Deus. Com o advento da revolução do pensamento, o ser criado passou a priorizar cada vez mais a criatura em autoidolatria, o coração perverso e a escolha pelos prazeres da carne colocaram a raça humana em inimizade contra Deus (2 Tm 3.4)."
, convém já mencionarmos que essa lição segue o tema do trimestre que fala sobre o império do mal, ou seja, o reino de Satanás fazendo oposição contra a Igreja de Jesus. Essa oposição nos dias atuais é em forma de ideologias, tendências e costumes. A lição vai falar de algumas ideologias que visam valorizar o ser humano e ao mesmo tempo descredenciar o Criador, como se Deus fosse apenas uma criação da mente humana.
- "A lição de hoje é um alerta acerca do que ocorre quando Deus deixa de ser a medida de todas as coisas (Rm 1.18).", Deus ser a "medida de todas as coisas", significa que o Senhor é a origem e explicação para todas as coisas, dessa forma, é levar em consideração o Senhor, Sua vontade e Seus mandamentos em tudo que formos fazer.

I – O DESPREZO À VERDADE

1- A impiedade e a injustiça.
- "O termo “impiedade” é a tradução do grego Ele refere-se a decisão do ser humano de viver como se Deus não existisse (Sl 36.1; Jd 1.14,15). Já o vocábulo “injustiça” vem do grego adi­kia e significa “sem retidão”. A palavra carrega a ideia de não ser reto diante de Deus e nem com o próximo (2 Pe 2.15)."
, nesse caso, o que pratica a impiedade é chamado de ímpio. Convém diferenciar os ímpios dos "não crentes" da seguinte forma: não crentes seriam todos que não seguem a Cristo; os ímpios seriam os que rejeitam a Deus ou que o ignoram. Sendo assim nem todos os não crentes são ímpios. Essa diferenciação é importante, pois nem todos os que não são crentes rejeitam a Deus, na verdade, muitos deles não possuem forças para seguir os caminhos do Senhor, por isso não se firmam.

....receba esse subsídio completo no teu whatsapp ou e-mail, siga as instruções abaixo:

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Se desejar, pode fazer um único pix  e deixar agendado as próximas lições!
 .

Pr Marcos André 

Conteúdo Lição 4 / Vídeo da pré-aula
 




domingo, 16 de julho de 2023

AQUI ESTÃO ALGUMAS RECOMENDAÇÕES PARA OS RESPONSÁVEIS DA EBD


 
DESEJO UMA EXCELENTE AULA À TODAS AS ESCOLAS DOMINICAIS.

PASTORES, COORDENADORES, PROFESSORES, RESPONSÁVEIS E OBREIROS, NÃO SE ESQUEÇAM DE:

CHEGAR CEDO;

DEIXAR TUDO ORGANIZADO;

ESTAR COM A AULA PREPARADA;

ESTAR ENTUSIASMADO;

TER CUIDADO COM A APRESENTAÇÃO PESSOAL;

RECEBER BEM OS ALUNOS;

E CONVIDÁ-LOS PARA A PRÓXIMA EBD;

INFORME O TEMA DA PRÓXIMA LIÇÃO E DIGA ALGO INTERESSANTE QUE SERÁ MINISTRADO.

Pr Marcos André


sábado, 15 de julho de 2023

DIDÁTICA - O Debate na EBD, é bom ou não?


 Lembre-se que durante a aula da EBD, o debate é útil, desde que:

- esteja dentro do tema da aula;

- haja ordem na exposição de argumentos e contra-argumentos;

- seja mediado pelo professor(a); e

- todos possam participar.

O professor(a) da Escola Dominical deve puxar a participação de todos no debate. Uma forma de fazer isso, é elaborar uma pergunta dentro do assunto que está sendo discutido e direciona-la a um aluno que esteja menos participativo no debate.

 Boa aula a todos!

Pr Marcos André

ESCOLA DOMINICAL BETEL - LIÇÃO 3


As principais propostas do Evangelho de Jesus são: arrependimento e mudança de vida. No livro do profeta Joel encontramos a promessa de um avivamento para os dias da Graça e para que esse avivamento acontecesse e continue acontecendo era e é necessário que haja arrependimento e mudança de vida.
Veja mais uma lição maravilhosa sobre os profetas menores, dessa vez o tem é o livro do profeta Joel.

Pr Marcos André

Acesse as publicações referente a essa lição:

LIÇÃO 3 - REVISTA DA CPAD


 A lição 3 do 3º trimestre da CPAD, trás o perigo dos ensinamentos de cunho progressista. 

O termo progressista vem da palavra "progresso", sendo assim os ensinamentos progressistas são aqueles que falam de progresso, de modernização. Seria como se a humanidade evoluísse a forma de pensar e agir.

A lição 3 se refere aos ensinos modernos que conduzem o ser humano para longe de Deus!

Pr Marcos André

Acesse essa lição nos links:

sexta-feira, 14 de julho de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 4 / 3º Trim 2023



Quando a Criatura vale mais que o Criador
23 de Julho de 2023



TEXTO ÁUREO
“Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!” (Rm 1.25)

VERDADE PRÁTICA
A exaltação da criatura acima do Criador é a usurpação da glória divina pela mentira e vaidade humana

LEITURA DIÁRIA
Segunda 1 Tm 4.2 A mentira aprisiona e cauteriza a consciência do ser humano
Terça – Ef 2.3 Os que andam nos desejos da carne são filhos da ira
Quarta Jo 20.25,29 – O falso cristianismo cede espaço para o racionalismo e o ceticismo
Quinta Dt 6.1-9 A Bíblia possui um arcabouço de prática espiritual e social
Sexta – Êx 20.3-5 O ídolo é tudo o que se coloca no lugar de Deus
Sábado – Gl 5.19 A concupiscência da carne caracteriza quem é dominado pelo pecado sexual

Hinos Sugeridos: 370, 526, 598 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Romanos 1.18-25
18 – Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;
19 – porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
20 – Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
21 porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
22- Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
23 – E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
24 Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si;
25 – pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
O antropocentrismo é o conjunto de ações e de doutrinas filosóficas que colocam o ser humano no centro de todas as coisas. Também chamado de humanismo, essa herança cultural do movimento histórico, político e social conhecido como Renascença, vem se desdobrando desde o século XIV. Contudo, como sabemos, a verdadeira identidade humana não se encontra no antropocentrismo, mas nos ensinos das Escrituras Sagradas, cujo Criador Todo-Poderoso é soberano sobre todas as coisas.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Identificar as consequências da irreligiosidade e culto à criatura;
II) Compreender a origem histórica do humanismo e seus desdobramentos em nossa cultura;
III) Conhecer os tipos de autoi­dolatria e as orientações bíblicas para escapar desses males.
B) Motivação: Nesta lógica, refletiremos sobre como a relativização do primeiro mandamento pode adoecer toda a sociedade. Como movimento sociocultural, a influência do humanismo possui desdobramentos em diferentes esferas sociais, inclusive na eclesiástica. Portanto, é crucial vigiarmos o nosso caminho.
C) Sugestão de Método: Disponibilize alguns dicionários, tanto público quanto da língua portuguesa, e peça que alguns voluntários os abram em palavras-chave da lição, tais como: Renascentismo; Iluminismo; Humanismo; Antropocentrismo; Narcisismo; Hedonismo; etc. Após a leitura dos significados, pergunte aos alunos se eles identificam traços desses movimentos em nossa cultura. Em seguida, aprofunde a reflexão voltando-a para a nossa própria realidade, indagando-os de que maneira tais características podem ser percebidas em nosso ambiente eclesiástico. Permita alguns minutos de debate e inicie a exposição da lição.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Esta lição nos convida a refletir sobre a tendência humana ao egocentrismo e a influência cultural dos ensinos da filosofia pós-modernista, centrados no homem, acima de seu Criador, assim como os perigos individuais e coletivos desse mal. Precisamos identificar as sutilezas de tal cilada, na qual caiu o próprio Diabo (Isaías 14.12-15) e hoje a utiliza com o mesmo propósito, de afastar o ser humano do Deus Todo-Poderoso.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará os seguintes auxílios:
1) O texto “O Relativismo iniciado no Éden” expande a reflexão a respeito do Relativismo no primeiro tópico;
2) O texto “Humanismo: ‘A tradição de homens””, localizado no segundo tópico, enfatiza um alerta sobre o humanismo.

INTRODUÇÃO
A soberba e a insensatez do homem ímpio o mantêm afastado da verdade de Deus. Com o advento da revolução do pensamento, o ser criado passou a priorizar cada vez mais a criatura em autoidolatria, o coração perverso e a escolha pelos prazeres da carne colocaram a raça humana em inimizade contra Deus (2 Tm 3.4). A lição de hoje é um alerta acerca do que ocorre quando Deus deixa de ser a medida de todas as coisas (Rm 1.18).

PALAVRA CHAVE: ANTROPOCENTRISMO

I – O DESPREZO À VERDADE

1- A impiedade e a injustiça.
O termo “impiedade” é a tradução do grego Ele refere-se a decisão do ser humano de viver como se Deus não existisse (Sl 36.1; Jd 1.14,15). Já o vocábulo “injustiça” vem do grego adi­kia e significa “sem retidão”. A palavra carrega a ideia de não ser reto diante de Deus e nem com o próximo (2 Pe 2.15). Ambas as palavras revelam a situação geral da humanidade não regenerada (Rm 1.18), sua idolatria, o culto a criatura (Rm 1.19-23), a perversidade e a depravação moral (Rm 1.25-32) que expressam a decisão deliberada do homem em des­prezar a verdade divina (Rm 1.19,20). Essa investida contra o temor a Deus e a relativização do pecado aprisiona e cauteriza a consciência humana (1Tm 4.2). Tais ações provêm da recusa do homem em glorificar o Criador (Rm 1.21).

2- A insensatez humana.
O apóstolo Paulo assegura que a revelação geral de Deus, por meio da natureza, faz com que o ser humano possua o conhecimento sobre o Criador (Rm 1.19,20a). Por isso, ninguém pode ser indesculpável acerca da realidade divina nem de seu eterno poder (Rm 1.20b). Não obstante, mesmo em contato diário com essa revelação, o homem iníquo não glorifica a Deus nem lhe rende graças (Rm 1.21a).
Em lugar de reconhecer o Criador, o ser criado age como se não fosse criatura e se comporta como se fosse divino (Gn 3.5). Por causa das especulações pretensiosas de seu coração e de sua auto idolatria, tanto o seu raciocínio quanto o seu intelecto em relação à verdade tornam-se inúteis (Rm 1.21b). Suas ideologias rejeitam, pervertem e substituem a verdade de Deus pela mentira do homem. Dessa insensatez resulta a idolatria e a perversão moral (Rm 1.22-25).

3- O culto a criatura.
Ao rejeitar a Deus e suas leis, os “filhos da ira” (Ef 2.3) são deixados à mercê de seus desejos pecaminosos, dentre eles: a impureza sexual e a degradação do próprio corpo (Rm 1.24). Aqui o texto bíblico ratifica a anunciada ira de Deus sobre a impiedade e a injustiça dos homens (Rm 1.18). A corrupção moral do ser humano deriva de sua rebelião contra Deus. Sua natureza caída troca a verdade pelo engano e prefere honrar e servir a criatura em lugar do seu Criador (Rm 1.25a).
Assim, na religião os seres criados passam a ser cultuados; nas ciências, a matéria é colocada acima de Deus; na sociedade, o artista, o atleta, o político ou o líder religioso se tornam uma referência de idolatria em afronta ao Criador, que é bendito eternamente (Rm 1.25b).

SINOPSE I
A perversão moral do homem em desprezar a verdade divina o deixa à mercê de seus desejos.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
O Relativismo iniciado no Éden
“Adão e Eva tentaram ser iguais a Deus e determinar os próprios padrões (veja o v.5, nota). Até certo ponto, eles conseguiram tomar-se independentes de Deus e capazes de distinguir, por si mesmos, o bem do mal.
(1) Neste mundo, o juízo imper­feito e pervertido dos homens frequentemente decide o que é bom ou mau. Essa, porém, nunca foi a vonta­de de Deus. Ele pretendia que nos conhecêssemos apenas o bem, confiando nEle e na sua Palavra.
(2) Todos os que aceitam o perdão de Deus e confessam que Ele é o Senhor – o líder amoroso de suas vidas – retomam ao propósito original estabelecido por Deus para eles. Eles confiam na Palavra de Deus para determinar o que é bom, certo e verdadeiro” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição do Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.15).

II – A REVOLUÇÃO DO PENSAMENTO HUMANO

1- Renascentismo.
A Renascença é um movimento intelectual que surgiu na Europa Ocidental, entre os séculos XIV e XVI. A característica desse movimento foi o seu profundo racionalismo, ou seja, tudo devia ter uma explicação racional. Os renascentistas recusavam-se acreditar em qualquer coisa que não pudesse ser comprovada racionalmente. Durante esse período, que coincide com o início da Idade Moderna, que os historiadores marcam a partir da tomada dos otomanos pelos turcos em 1453 até 1789 (Revolução Francesa), a visão teocêntrica (em que Deus era a medida de todas as coisas) foi mudada por uma concepção antropocêntrica (em que o homem se tomava a única medida de todas as coisas).
No lugar de ver o mundo a partir das lentes do Criador, os homens passaram a enxergá-lo a partir das lentes da criatura. Assim, surgiram os primeiros efeitos do processo de secularização da cultura, quando a vida social passou a ceder o espaço para o racionalismo e o ceticismo (Jo 20.25,29). Nesse sentido, a revolução científica e literária, que se deu a partir do Renascimento, contribuiu para o surgimento do Humanismo.

2- Humanismo.
A Itália foi o principal centro humanista nos fins do século XV. Para o movimento humanista, a ética e a moral dependem do homem. Assim, a criatura passou a ser a base de todos os valores, e não o Criador. Os humanistas aprofundaram seus estudos na história antiga a fim de desconstruir os livros sagrados. De positivo, destaca-se a valorização dos direitos do indivíduo.
Porém, esta não é uma bandeira própria do humanismo. A Bíblia possui um arcabouço de concepções de liberdade e de igualdade (Dt 6.1-9) que antecedem muitos direitos que apareceram nos tempos modernos. Destaca-se, ainda, que a Escritura ensina a igualdade entre raças, classe social e de gênero (Gl 3.28).

3- Iluminismo e Pós-modernismo.
O Iluminismo surgiu na Europa, entre os séculos XVII e XVIII. Seus adeptos rejeitavam a tradição, buscavam respostas na razão, entendiam que o homem era o senhor do seu próprio destino e que a igreja era uma instituição dispensável. Já a Pós-modernidade, ou Modernidade Líquida, surge a partir da metade do século XX. Sociólogos observam que a sociedade deixou de ser “sólida” e passou a ser “liquida”. Isso quer dizer que os valores que eram “absolutos» tornaram-se “relativos”.
Nesse aspecto, a coletividade foi substituída pelo egocentrismo em que os relacionamentos se tornaram superficiais. Nesse contexto, os dois grandes imperativos que marcam esse movimento foram o hedonismo e o narcisismo. Na busca do bem-estar humano tudo se torna válido, tais como: o uso das pessoas, o abuso do corpo, a depravação e o consumismo desenfreado.

SINOPSE II
O desdobramento histórico e cultural do Renascimento culmina na relativização dos valores divinos.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
HUMANISMO: A TRADIÇÃO DOS HOMENS
“2. O que ensina o humanismo. Segundo essa filosofia, que inclui a ‘tradição dos homens’ a que se referia Paulo, o homem e o universo são apenas originários da energia que se transformou em matéria, por obra do acaso. É a filosofia irmã do evolucio­nismo biológico. Nega a existência de um Deus pessoal e infinito; nega ser a Bíblia a revelação inspirada de Deus a raça humana. Para o humanismo, o homem e o seu próprio deus; o homem pode melhorar e evoluir, segundo tais preceitos, por meio da educação, redistribuição econômica, psicologia moderna ou sabedoria humana. o humanismo e relativista, pois crer que padrões morais não são absolutos, e sim relativos e determinados por aquilo que faz as pessoas sentirem-se felizes… ensina que o homem não deve ficar preso a ideia de Deus” (RENOVATO, Elinaldo. Colossenses. Serie Comentário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.90-91).

III – TIPOS DE AUTO IDOLATRIA

1- Idolatria da autoimagem. 
A idolatria é tudo o que se coloca no lugar da adoração a Deus (Êx 20.3-5). Nesse caso, podemos dizer que o culto à auto imagem é uma forma de idolatria. Enquanto Cristo reflete a imagem de Deus (Hb 1.2,3), o narcisismo humano reflete a natureza do pecado (Jo 8.34). O apóstolo Paulo retrata o homem caído como uma pessoa egoísta: amante de si mesmo; avarenta: amante do dinheiro; odiosa: sem amor para com o próximo; rebelde: sem amor para com Deus; e hedonista: amante dos deleites (2 Tm 3.2-4).
Desse modo, uma pessoa não regenerada terá a necessidade de autopromover-se, desenvolvendo uma opinião elevada de si mesmo (Lc 18.11). Ela também anseia por reconhecimento e de modo ilícito, busca estar sempre em evidência (Lc 22.24-26). Contrária a auto idolatria, a Bíblia ensina que a primazia é de Cristo, não do homem (Jo 3.30).

2- Idolatria no coração.
O coração se refere às emoções, à vontade e ao centro de toda personalidade (Rm 9.2; 10.6; 1 Co 4.5). Ele também é descrito como enganoso e perverso (Jr 17.9), pois do seu interior saem os maus pensamentos, as imoralidades, a avareza, a soberba e a insensatez (Mc 7.21,22). Em vista disso, Deus condena a adoração de ídolos no coração (Ez 14.3).
Infelizmente, algumas pessoas chegam a aparentar que adoram a Deus, mas na verdade servem aos ídolos em seus corações (Mt 15.8). Assim, quem não teme a Deus, traz a idolatria no seu íntimo quando prioriza a reputação pessoal, busca o prazer como bem maior, nutre tendências supersticiosas e possui excessivo apego aos bens materiais. Ao contrário dessa postura, a fim de não pecar, somos advertidos a guardar a Palavra de Deus no coração (Sl 119.11).

3- Idolatria sexual.
A falha no controle dos impulsos sexuais está associada a sensualidade (Rm 1.27), imoralidade (Rm 13.13 – NVI) e libertinagem (2 Co 12.21 – NVI). A concupiscência da carne caracteriza quem é dominado pelo pecado sexual (Gl 5.19). Não se trata apenas da prática do ato imoral, mas da busca intencional e compulsiva pelo prazer sexual ilícito (Rm 1.26,27; 1 Co 6.15). É o altar da idolatria sexual edificado no coração (Mc 7.21).
Então, a adoração a Deus é trocada pelo culto ao corpo a fim de satisfazer o ídolo da perversão e da lascívia por meio de pecados (1 Pe 4.3 – NAA). A orientação bíblica para escapar desse mal é a seguinte: “vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne» (Gl 5.16 – NAA).

SINOPSE III
A auto idolatria pode se manifestar de muitas formas, inclusive travestida de religiosidade.

CONCLUSÃO
A corrupção da raça humana é o des­fecho de sua rebelião à verdade divina. A impiedade e a ausência de retidão resultaram em teorias de autossuficiência em que a criatura se ergue acima de seu Criador. Ao se colocar como medida única de todas as coisas, o homem eleva seu interesse acima da vontade divina. As consequências são a auto idolatria, a depravação moral, a decadência social e espiritual. Não obstante, a Escritura alerta que a ira divina permanece sobre os que são desobedientes à verdade divina (Rm 2.8).

REVISANDO O CONTEÚDO
1- Explique as palavras “impiedade, e “injustiça” de acordo com a lógica.
R. O termo “impiedade” é a tradução do grego asebeia, que significa “irreligio­sidade”. Ele refere-se a decisão do ser humano de viver como se Deus não existisse (Sl 36.1; Jd 1.14,15). Já o vocábulo “injustiça” vem do grego adikia e significa “sem retidão”. A palavra carrega a ideia de não ser reto diante de Deus e nem com o próximo (2 Pe 2.15).
2- O que acontece com as pessoas que rejeitam a Deus e suas leis?
R. Ao rejeitar a Deus e suas leis, os “filhos da ira” (Ef 2.3) são deixados à mercê de seus desejos pecaminosos, dentre eles: a impureza sexual e a degradação do próprio corpo (Rm 1.24).
3- Cite pelo menos dois movimentos que marcam a revolução no pensamento humano.
R. Renascentismo / Humanismo.
4- Quais são as características de quem não teme a Deus?
R. Quem não teme a Deus traz a idolatria no seu interno quando prioriza a reputação pessoal, busca o prazer como bem maior, nutre tendências supersticiosas e possui excessivo apego aos bens materiais.
5- Qual é a orientação bíblica para escapar do mal da idolatria sexual?
R. A orientação bíblica para escapar desse mal é a seguinte: “vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne” (Gl 5.16 – NAA).

VOCABULÁRIO
Hedonismo: dedicação ao prazer dos sentidos, o prazer como estilo de vida.
Matéria: qualquer substância que compõe um corpo sólido, líquido ou gasoso; substância corpórea de determinada natureza.
Narcisismo: amor pela própria imagem
Ideologia: conjunto de convicções filosóficas, sociais, políticas etc. de um indivíduo ou grupo de indivíduos.

Fonte: CPAD

Subsídio Lição 4Vídeo da pré-aula

terça-feira, 11 de julho de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 3 / 3º Trim 2023


AULA EM 16 DE JULHO DE 2023 - LIÇÃO 3
(Revista Editora Betel)

Tema: Joel – Mensagem de Juízo, um Chamado ao Arrependimento e Promessas

TEXTO ÁUREO
“Santificai um jejum, apregoai um dia de proibição, congregai os Anciãos e todos os moradores desta terra, na casa do senhor, vosso Deus, e clamai ao Senhor” Joel 1.14
 
VERDADE APLICADA
O avivamento bíblico é precedido de arrependimento Genuíno, quebrantamento e oração.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário da mensagem do profeta Joel
Destacar a mensagem do profeta Joel
Ressaltar lições do profeta Joel para os dias de hoje
 
TEXTOS DE REFERÊNCIA
 
JOEL 2
27 E vós sabereis que eu estou no meio de Israel e que eu sou o Senhor, vosso Deus, e ninguém mais; e o meu povo não será envergonhado para sempre.
28- E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões.
29- E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.
32- E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o Senhor tem dito, e nos restantes que o Senhor chamar.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Is 13.9 O Dia do Senhor vem.
TERÇA Dn 1.8 É preciso não se contaminar com o pecado.
QUARTA Jl 2.12 É preciso se converter de todo coração
QUINTA Ob 1.15 O Dia do Senhor está perto.
SEXTA At 17.30 Deus quer que todos se arrependam.
SÁBADO 2Co 7.10 O arrependimento para a salvação.
 
Hinos Sugeridos: 111, 131, 432  
 
INTRODUÇÃO
- "O arrependimento sincero e a mudança de vida são a base da genuína espiritualidade. No livro do profeta Joel encontra-se esse chamado e, por isso, ele é conhecido como o profeta do avivamento.", essas são as principais propostas do Evangelho de Jesus: arrependimento e mudança de vida. No livro do profeta Joel encontramos a promessa de um avivamento para os dias da Graça e para que esse avivamento acontecesse e continue acontecendo era e é necessário que haja arrependimento e mudança de vida.

1- O cenário da mensagem do profeta Joel
- "O povo ainda não havia atingido o estado de depravação presenciado em outras épocas, mas a religião já se caracterizava por um notável formalismo.", o estado de depravação que ocorreu depois, só aconteceu devido ao crescente afastamento de Deus, e esse afastamento espiritual surgiu devido ao formalismo que já acontecia no tempo de Joel. Aprendemos aqui, que nenhum afastamento da presença de Deus acontece da noite para o dia.

1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta.
- "O nome Joel significa “o Senhor é Deus”. Assim como outros, não há uma biografia nos textos bíblicos sobre o profeta. Ele era filho de Petuel [J1 1.1].", não há uma biografia sobre Joel por ele não ter tido participação ativa junto aos reis de Israel ou Judá e por isso, ele não é mencionado nos livros de Samuel, Reis ou Crônicas.

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ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 3 / 3º Trim 2023



AULA EM 16 DE JULHO DE 2023 - LIÇÃO 3

(Revista CPAD)

Tema: O Perigo do Ensino Progressista



TEXTO ÁUREO
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.” (2 Tm 3.1)

VERDADE PRÁTICA
Os ensinos progressistas buscam desconstruir a fé cristã por dentro e afastar as pessoas do verdadeiro cristianismo bíblico, tornando-as meras militantes de causas sociais.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Pe 1.15,16 As Escrituras advertem o cristão a viver em santidade
Terça – 2 Tm 3.16,17 A Bíblia é a única revelação escrita de Deus para a humanidade
Quarta – 2 Pe 1.21 As Escrituras são a verdade plena de Deus, dada pelo Espírito Santo
Quinta – Ap 22.18,19 Ninguém pode acrescentar ou retirar coisa alguma das Escrituras
Sexta – Rm 12.7 Exortação à Igreja acerca da dedicação ao ensino das Escrituras
Sábado – Rm 12.1,2 É preciso manter-se em comunhão com Deus e permanecer separado das armadilhas do pecado

Hinos Sugeridos: 210, 259, 306 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 3.1-9

1 – Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;
2 – porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3 – sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
4 – traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
5 – tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
6 – Porque deste número são os que se introduzem pelas casas e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências,
7 – que aprendem sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.
8 – E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.
9 – Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles.

INTRODUÇÃO
- "Nesta lição, veremos que os ensinos progressistas enfraquecem a autoridade da Bíblia. Suas heresias propagam que as Escrituras contêm erros, que Deus não é Soberano e que o sobrenatural é um mito."
, o termo progressista vem de "progresso", dá uma ideia de evolução, de avanço científico ou de amadurecimento. É como se fosse uma visão moderna e mais científica de ver a religião e a Bíblia.
- "São indiferentes à doutrina bíblica do pecado, relativizam os valores morais e defendem a necessidade de “ressignificar” a fé cristã. Por conseguinte, seus ensinos progressistas resultam na descaracterização do cristianismo bíblico.", a relativização do pecado consiste em analisar o pecado de acordo com as circunstâncias e não pelo mandamento bíblico. No ensino progressista, as doutrinas bíblicas são consideradas antiquadas e fundamentalistas, alguns teólogos e até mesmo pregadores, baseados nesse tipo de ensino, já chegaram a argumentar que a Bíblia deveria ser reescrita.

I- A DESCARACTERIZAÇÃO DO CRISTIANISMO

1- A deterioração moral.
- "A expressão bíblica "últimos dias" faz alusão ao período anterior à volta de Cristo, sendo retratado como um tempo “extremamente difícil” (2 Tm 3.1). O apóstolo Paulo alerta que o comportamento humano estará associado à impiedade, caracterizada pela profunda degradação moral (2 Tm 3.2-4).", na teologia ortodoxa, os "últimos dias", significa todo o período da graça, desde a Igreja Primitiva até os dias atuais, mas nos textos de Paulo na carta a Timóteo, quando se fala em últimos dias, podemos notar que o apóstolo se refere a tempos bem mais distantes.


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Pr Marcos André 







PREGAÇÃO - Eliseu e a Sunamita


 

segunda-feira, 10 de julho de 2023

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 3 / 3º Trim 2023


Joel – Mensagem de Juízo, um Chamado ao Arrependimento e Promessas
16 de Julho de 2023



TEXTO ÁUREO
“Santificai um jejum, apregoai um dia de proibição, congregai os Anciãos e todos os moradores desta terra, na casa do senhor, vosso Deus, e clamai ao Senhor” Joel 1.14
 
VERDADE APLICADA
O avivamento bíblico é precedido de arrependimento Genuíno, quebrantamento e oração.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário da mensagem do profeta Joel
Destacar a mensagem do profeta Joel
Ressaltar lições do profeta Joel para os dias de hoje
 
TEXTOS DE REFERÊNCIA
 
JOEL 2
27 E vós sabereis que eu estou no meio de Israel e que eu sou o Senhor, vosso Deus, e ninguém mais; e o meu povo não será envergonhado para sempre.
28- E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões.
29- E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.
32- E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o Senhor tem dito, e nos restantes que o Senhor chamar.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Is 13.9 O Dia do Senhor vem.
TERÇA Dn 1.8 É preciso não se contaminar com o pecado.
QUARTA Jl 2.12 É preciso se converter de todo coração
QUINTA Ob 1.15 O Dia do Senhor está perto.
SEXTA At 17.30 Deus quer que todos se arrependam.
SÁBADO 2Co 7.10 O arrependimento para a salvação.
 
Hinos Sugeridos: 111, 131, 432
 
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore por revestimento do Espírito Santo
 
INTRODUÇÃO
O arrependimento sincero e a mudança de vida são a base da genuína espiritualidade. No livro do profeta Joel encontra-se esse chamado e, por isso, ele é conhecido como o profeta do avivamento.
 
PONTO DE PARTIDA
Deus não rejeita quem se arrepende.
 
1- O cenário da mensagem do profeta Joel
Joel profetizou numa época de grande devastação em toda a terra de Judá. O contexto histórico de Joel apresenta um tempo de calamidade decorrente de uma destruidora praga de gafanhotos e de uma grande seca [J1.1]. O povo ainda não havia atingido o estado de depravação presenciado em outras épocas, mas a religião já se caracterizava por um notável formalismo.

1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta.
 O nome Joel significa “o Senhor é Deus”. Assim como outros, não há uma biografia nos textos bíblicos sobre o profeta. Ele era filho de Petuel [J1 1.1]. O Evangelista Valdilon Ferreira (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre/1994, p.10) cita em seu comentário a possibilidade de Joel ter atuado a partir do tempo do rei Joás [2Rs 12]. Apesar da escassez de informações sobre Joel, no Novo Testamento o apóstolo Pedro faz uma referência à profecia dele, ratificando assim seu ministério [At 2.16-17].
 
Professor(a): Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical – 2° Trimestre de 2008, p. 4): “Existem muitas suposições sobre a data em que foi escrito o livro do profeta Joel. A data sugerida por esta revista (825-770 a.C.) justifica-se nas acusações que o profeta faz aos fenícios [Jl 3.4] ao Egito e a Edom [Jl 3.19], já que estas poderiam referir-se a invasão de Judá por Sisaque, rei do Egito [1Rs 14.25] e a revolta dos edomitas no reinado de Jorão [2Rs 8.20-22], Joel não faz referência aos assírios nem aos babilônios, o que indica que seu ministério se deu antes da ascensão daquelas potências mundiais. A mensagem de Joel mostra que ele viveu num tempo anterior à grande apostasia de Judá e é possível que tenha vivido desde os dias do rei Joás até aos dias de Uzias, nos primeiros anos dos profetas Oséias e Amós.”

1.2. A invasão dos gafanhotos.
Nos dias de Joel, aconteceu grande destruição por uma praga de gafanhotos que devastou toda a plantação, deixando o povo na fome, miséria e seca. O gafanhoto é um inseto saltador que se alimenta de vegetais. Ele passa por quatro fases em sua vida, que são relatadas distintamente em Joel 1.4, como se fossem quatro tipos diferentes de gafanhotos: o cortador, o migrador, o devorador e o destruidor.

Professor(a): Adilson Faria Soares (Lições Bíblicas, CPAD, 2° Trimestre de 1993, p. 8): “A praga das locustas contra Israel foi fato real, e acontecimentos semelhantes eram comuns, ocasionados pelos enxames de milhões de gafanhotos que emigravam da Arábia para a Palestina, levados pelo vento do deserto. A destruição foi tão grande que o profeta chama a atenção dos anciãos [Jl 1.2], os quais pela vivência dos anos podem recorrer à memória e responder-lhe [Dt 32.7; Jó 32.7], Embora a resposta esteja implícita, ele concita os anciãos a admoestarem o povo sobre a severidade do castigo, incitando-o a temer a Deus [S1 76.6- 8; Êx 13.8; Js 4.7].”

1.3. A necessidade urgente de arrependimento.
Deus, por intermédio do profeta, chama o povo ao arrependimento e à santificação. O Senhor diz que todos, independentemente da idade, deveriam se arrepender: “Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os filhinhos e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva, do seu tálamo.” [Jl 2.16]. Também deveriam guardar na memória como o pecado traz graves consequências à vida daqueles que insistem em sua prática sem responder ao chamado do Senhor para uma vida de santidade: “Fazei sobre isto uma narração a vossos filhos, e vossos filhos, a seus filhos, e os filhos destes, à outra geração.” [Jl 1.3].

Professor(a): O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “Um dos temas centrais do livro de Joel é o dia do Senhor [Jl 1.15; 2.1], Este termo se refere a um período em que Deus virá dramaticamente para trazer ira e juízo sobre os ímpios e salvação aos justos. Deus é o Senhor do tempo. Não há dia que não que seja o dia do Senhor, num sentido geral. Mas, às vezes, Deus entra na arena espaço-temporal para asseverar, firme e dramaticamente, que Ele está no controle de tudo.”
 
EU ENSINEI QUE:
Há promessa de restituição da parte de Deus disponível para aqueles que O buscam arrependimento e fé.
 
2- A mensagem de Joel
A singularidade da mensagem do profeta é que ela se origina de uma experiência do cotidiano, ou seja, a contemplação de uma praga de gafanhotos. Sua mensagem se destinava tanto à liderança quanto aos moradores da terra. Todos estavam sendo alertados e chamados pelo Senhor ao arrependimento, jejum, à conversão e à contrição.

2.1. O alerta do profeta.
Na cultura daquele tempo, qualquer sinal de desordem na natureza era entendido como castigo de Deus: inundações, gafanhotos, granizos, eclipses, secas etc. Esses sinais provocavam reflexões e um convite para um ajuste naquilo que desagradava ao Senhor. Nos dois primeiros capítulos do livro de Joel, percebe-se um cântico triste. Apesar disso Joel descreve que o país: “Lamenta como a virgem que está cingida de saco pelo marido da sua mocidade.” [J1.18]. Tal é a tristeza que: “todas as árvores do campo se secaram, e a alegria se secou entre os filhos dos homens” [Jl 1.12]. Mas, em seguida, faz um apelo à conversão. Será que, ao olhar para o país devastado, aquele povo vai reconhecer que precisa se voltar para o Senhor?

Professor(a): Warren W. Wiersbe: “Joel dirige-se a diversos grupos distintos de pessoas quando descreve a terrível praga e suas consequências devastadoras. (…) Depois, fala com os adoradores [Jl 1.8- 10], que têm de ir ao templo de mãos vazias, porque não há sacrifícios para ofertar. Ele dirige-se aos lavradores [Jl 1.11-12], que uivam porque suas colheitas estão arruinadas. Por fim, Joel vira-se para os sacerdotes [Jl 1.13-14] e diz-lhes que jejuem e orem. Aqui chegamos ao cerne da questão, pois Deus estava punindo a nação por causa do pecado. Contanto que o povo lhe obedeça, Ele enviará a chuva e a colheita, mas, se lhe der as costas, Ele fará com que os céus sejam como bronze e destruirá as colheitas.”

2.2. Esperança em meio à catástrofe.
A segunda parte do livro do profeta Joel é uma mensagem de esperança: o derramamento do Espírito Santo. Depois de toda aquela desolação, a consolação do Senhor chegará. O Novo Testamento ratifica estes versículos ao se referir ao Pentecostes [At 2.16-21].E a presença e ação do Espírito resulta em profecias, sonhos, visões – modos próprios do agir de Deus no Antigo Testamento.

Professor(a): Comentário Beacon: “Vemos que as maiores bênçãos colocadas diante do povo de Deus são:
1) O derramamento do Espírito de Deus sobre toda a carne;
2) O julgamento das nações; e
3) A glorificação do povo de Deus. Estas características não são mantidas estritamente em separado, mas, mesmo assim, são indicadas com clareza e relacionadas de perto umas com as outras. Os estudantes do Novo Testamento reconhecem com facilidade os versículos 28 a 32 por ser a promessa gloriosa citada por Pedro no Dia de Pentecostes, quando este a identificou por “é o que foi dito pelo profeta Joel” [At 2.16-21].”

2.3. O fruto do arrependimento.
O arrependimento sincero move o coração de Deus para mudar o quadro de tristeza, que veio em consequência do erro, em alegria [Sl 51.17], Em Joel, Deus se compadece e promete alívio sobre a nação. O Senhor teve misericórdia do Seu povo e para honrá-lo mostra o seu zelo: “Eis que vos envio o trigo, e o mosto, e o óleo, e deles sereis fartos, e vos não entregarei mais ao opróbrio entre as nações.” [Jl 2.19], O Senhor restauraria as colheitas devoradas pelos gafanhotos e o povo seria suprido em suas necessidades básicas. Isso os levaria a reconhecer a soberania e o poder de Deus, e todos saberiam que Deus estava no meio do povo de Israel [Jl 2.21-22, 25, 27].

Professor(a): O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “Deus não fica satisfeito com o arrependimento da boca para fora. Rasgar as próprias vestes era um costume que expressava grande luto ou remorso [Js 7.6; 1Sm 4.12]. Mas, como todo ato externamente visível, podia-se rasgar as vestes sem tristeza nem arrependimento verdadeiros. Deus queria mais do que simples palavras ou atos exteriores; Ele queria que o coração do povo mudasse e que se entristecesse ao pecar.”
 
EU ENSINEI QUE:
O fruto do arrependimento genuíno é uma metamorfose na vida do pecador.
 
3- Joel para hoje
A mensagem do profeta é clara: havendo arrependimento autêntico e fidelidade por parte do Seu povo, o Senhor Deus é poderoso para transformar o cenário de desesperança em vitória definitiva. É preciso ter em mente que quando o termo “últimos tempos” é usado na Bíblia tem uma conotação de esperança. Trata-se da vitória final de Deus.

3.1. Arrependimento genuíno.
Ao contemplar aquele cenário de destruição, Joel admoesta aos seus compatriotas a buscar a santificação, o quebrantamento e maior submissão ao Senhor: “Santificai um jejum, apregoai um dia de proibição, congregai os anciãos e todos os moradores desta terra, na casa do Senhor, vosso Deus, e clamai ao Senhor.” [J1 1.14]. Tais palavras ainda hoje ecoam no coração daqueles que, sensíveis à voz de Deus, anseiam por Sua manifestação, destruindo o mal causado pelo pecado dos homens.

Professor(a): Comentário Bíblico Moody: “O profeta visualiza uma praga ainda mais terrível que está por vir. Em termos altamente poéticos ele descreve os enxames de gafanhotos como se fossem um exército hostil, vindo como o exército do Senhor para julgamento [Jl 2.1 -11 ]. Mas a porta da misericórdia, ele diz, ainda está entreaberta! Se o povo se voltar para o seu Deus com coração contrito, a calamidade pode ser evitada [Jl 2.12-14]. O profeta convoca toda a comunidade para uma reunião de oração e jejum na casa do Senhor [Jl 2.15-17].”

3.2. Santificação urgente. 
A falta de santidade emperra, amarra e desacredita a Igreja. Quando o povo de Deus despreza a santidade e passa a amar o mundo, se torna o maior impedimento para a ação de Deus na história. Nada pior do que uma pessoa que se diz cristã viver uma vida mundana e compactuada com o pecado. A falta de santidade tem sido um grande impedimento para um avivamento. A Palavra de Deus é clara: “E rasgai o vosso coração, e não os vossos vestidos, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência, e se arrepende do mal.” [Jl 2.13].

Professor(a): Esdras Bentho & Reginaldo Leandro (Introdução ao Estudo do Antigo Testamento, CPAD, 2019, p. 517) comentam sobre Joel 2.12- 17: ““Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus […]” [Jl 2.13]. O coração, conforme é usado aqui, não deve ser considerado o centro das emoções e das paixões. Na psicologia hebraica, o coração era geralmente considerado como o centro da vida moral, espiritual e intelectual. Então, o arrependimento deles deveria ser acompanhado com jejuns e com choro, exteriorizando a tristeza pelo pecado do arrependido.”

3.3. Libertação e esperança.
A mensagem de Joel é atemporal e alcança todas as gerações, confrontando-as com seu modo de viver ao mesmo tempo em que apresenta a solução baseada em arrependimento e mudança: “Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto.” [J1 2.12]. Sua mensagem traz alento e esperança aos corações que se encontram presos a um cenário de destruição, pecado e afastamento do Senhor: “E o Senhor bramará de Sião e dará a sua voz de Jerusalém , e os céus e a terra tremerão; mas o Senhor será o refúgio do seu povo e a fortaleza dos filhos de Israel.” [J13.16].

Professor(a): Comentário Beacon: “Se o primeiro grande ensino em Joel é o arrependimento diante das adversidades, o segundo é o derramamento do Espírito sobre toda a carne. A promessa é uma amplificação de Números 11.29 e seu cumprimento (…) ocorreu no Dia de Pentecostes narrado em Atos 2. A promessa em si é proeminentemente escatológica, embora objetivava consolar o povo nos dias do profeta. Robinson declara que a promessa “é semelhante à mensagem de Jeremias de um concerto novo’ [Jr 31.31-34]. Ainda que não haja predição do Messias no livro de Joel, como bem observou Horton, o estudo deste livro deve nos levar a Cristo e ao batismo no Espírito Santo. Joel começa a construir a ponte para o Reino da Graça.”
 
EU ENSINEI QUE:
Devemos denunciar o pecado, mas também anunciar a esperança que há em Cristo Jesus.
 
CONCLUSÃO
Apesar do atual cenário da sociedade pós-moderna, a Igreja deve continuar firme em Seu propósito pregando o Evangelho que confronta os homens com seus pecados e anunciando a esperança que há em Jesus.