Elias e o Verdadeiro Culto a Jeová
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
1 Reis 17.1-9
1- Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho, nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.
2- Depois, veio a ele a palavra do Senhor, dizendo:
3- Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.
4- E há de ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem.
5- Foi, pois, e fez conforme a palavra do Senhor, porque foi e habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.
6- E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã, como também pão e carne à noite; e bebia do ribeiro.
7- E sucedeu que, passados dias, o ribeiro se secou, porque não tinha havido chuva na terra.
8- Então, veio a ele a palavra do Senhor, dizendo:
9- Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.
TEXTO ÁUREO
Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto. Tiago 5.17,18
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
3ª feira - 1 Timóteo 4.1 A apostasia dos últimos tempos
4ª feira - Salmo 1.1,2 A verdadeira felicidade
5ª feira - Mateus 26.36 Jesus ora no Getsemani
6ª feira - Hebreus 2.3,4 O perigo da negligência
Sábado - Marcos 16.20 A pregação da Palavra confirmada por sinais
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• entender que Deus, ainda hoje, chama pessoas para se rem Suas porta-vozes no mundo;• conscientizar-se de que a dependência de Deus exige um elevado preço: no entanto, possui peso eterno de glória mui excelente;
• perceber que, para Deus operar por nosso intermédio, nosso altar precisa estar em ordem;
• levar a sua fé pessoal às últimas consequências, em renúncia e consagração.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Querido professor, Elias ficou conhecido como o profeta comprometido com o verdadeiro culto a Jeová. Sua pregação e ministério foram dirigidos ao combate a Baal, o principal deus do panteão fenício-cananeu, adorado como divindade suprema.
A Bíblia não fornece um amplo relato sobre o passado do profeta nem mesmo sobre sua origem familiar. O ministério de Elias ficou marcado por sua firmeza e coragem no combate à idolatria e pelas perseguições que sofreu da perversa Jezabel e seu marido, o rei Acabe. Por seu intermédio, Deus operou grandes milagres e produziu um grande avivamento em Israel.
É muito importante que, nesta aula, seus alunos vejam em Elias uma grande referência de compromisso com o verdadeiro culto a Deus e assumam o propósito de viver em santificação. renúncia e compromisso com as Escrituras Sagradas.
Procure evidenciar que a tolerância a todo tipo de religiosidade falsa - como a adoração a Baal - cauterizam a mente, tornando-se um obstáculo à comunhão com o verdadeiro Deus.
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Elias nasceu em Tisbe, no território de Gileade (1 Rs 17.1). Ele exerceu seu ministério no Reino do Norte e foi contemporâneo dos reis Acabe (1 Rs 17.8-16) e Acazias (2 Rs 1.3,4), ficando conhecido como "o profeta do fogo", sobretudo por sua atuação no grande desafio aos profetas de Baal no monte Carmelo (1 Rs 18.20-40).
1. ISRAEL NO TEMPO DE ELIAS
1.1. Um período sombrio
A época de Elias remonta a um período em que Israel afastou-se do Senhor. O povo escolhido havia perdido a comunhão com o Divino e, mais uma vez, dado lugar à abominável prática da idolatria.
A situação chegou a tal ponto que muitos homens eram pagos para exercerem a atividade profética. É essencial reforçar que a Bíblia condena, de modo veemente, os falsos profetas (Mt 7.15), os falsos irmãos (G) 2.4), os falsos mestres (Mt 24.5) e as falsas doutrinas (Mt 15.9; 1 Tm 4.1).
______________________________ "A adoração a Baal em Israel foi o que, no final das contas, pôs fim aos Reinos do Norte e do Sul (2 Rs 17.16-23; Jr 2.1 -3.25). O pecado que Acabe e Jezabel trouxeram à nação foi uma total rejeição ao Deus vivo." (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010a).
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1.2. Acabe e Jezabel, um casal distante de Deus
Acabe, o primeiro descendente da família de Onri, subiu ao trono de Israel em 874 a.C. O monarca desposou Jezabel, filha de Etbaal, rei de Tiro e grande sacerdote de Astarote (1 Rs 16.31); entretanto, esse matrimônio trouxe grande infelicidade para a família real e para toda a nação israelita.
Pouco a pouco, Acabe foi submetendo-se aos caprichos da rainha que, sutilmente, impôs a Israel o culto a Baal; assim, em razão da idolatria e apostasia do povo, o juízo divino veio sobre aquela nação
Seca e forme castigaram a região por aproximadamente três anos e meio - conforme profetizado por Elias - e muitas pessoas morreram (1 Rs 17.1,7).
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Acabe é lembrado como o pior rei de Israel. Entretanto, não há como negar a impiedade de sua esposa; tampouco se pode ocultar sua responsabilidade no desvio de Israel. A influência nefasta de Jezabel empurrou o povo de Deus, aceleradamente, ao declínio e naufrágio espiritual.
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2. AS CARACTERÍSTICAS DE ELIAS
Pouco se sabe sobre as origens de Elias, profeta cujo nome significa "Jeová é Deus" ou "Jeová é meu Deus". O texto bíblico o apresenta apenas como um tisbita (uma referência à cidade de Tisbe, localizada na região de Gileade, no antigo Israel) que surgiu na história de Israel quando a nação precisava de uma intervenção divina.
2.1. Um profeta de fé, coragem e autoridade
Elias possuía um caráter reto e uma personalidade marcante. Recusando-se a admitir tanto os falsos deuses, adorados pelo povo, como os falsos profetas de seu tempo, o profeta lutou contra toda forma de idolatria e sincretismo religioso.
Elias defendeu, arduamente, o culto prestado somente ao verdadeiro, santo e poderoso Deus, que honrou seus vaticínios em diferentes momentos, tais como:
• quando esteve à frente dele no anúncio da grande fome que viria sobre Israel (1 Rs 17.1);
• quando não deixou faltar farinha nem azeite na casa da viúva (1 Rs 17.14);
• quando fez descer fogo do céu sobre o monte Carmelo (1 Rs 18.36-38):
• quando fez voltar a chover sobre Israel (1 Rs 18.41; Tg. 5.17.18).
• quando fez voltar a chover sobre Israel (1 Rs 18.41; Tg. 5.17.18).
2.2. Um profeta austero e solitário
Elias era uma pessoa de hábitos austeros que viveu muito tempo em completa solidão. A rigorosidade pessoal do profeta também podia ser vista em sua vestimenta característica - era um homem vestido de pelos e com os lombos cingidos de um cinto de couro (2 Rs 1.8)-, o que o tornou uma pessoa diferente das demais de seu tempo.
Algumas das experiências mais notáveis vivenciadas por personagens bíblicos como Jó e Jeremias, por exemplo ocorreram em períodos de solitude. Elias buscou viver separado do mundo pecaminoso de sua época, o que lhe permitiu manter estreita comunhão com o Senhor; assim, ele recebeu autoridade espiritual para o exercício de seu ministério.
2.3. Um profeta mantido por Deus
Elias aprendeu a depender de Deus em cada circunstância da vida. Por exemplo, no episódio relacionado à seca do ribeiro de Querite, por meio do qual se deu uma extraordinária escassez de alimentos, ele não passou fome. O Senhor concedeu ao profeta a oportunidade de ser alimentado pela provisão de corvos (1 Rs 17.4); de uma viúva pobre (1 Rs 17.8,9); e do Anjo do Senhor (1 Rs 19.5-7).
Depender de Deus exige um alto preço, mas produz sublimes consequências. Se desejamos efetivamente depender dele, não podemos escolher nosso próprio caminho. Temos de acreditar que o Senhor nos conduzirá em qualquer circunstância.
2.3.1. O milagre na casa da viúva
O Senhor é poderoso para resolver vários problemas, concomitantemente. O milagre na casa da viúva abençoou Elias por um tempo, mas abençoou a viúva para sempre (1 Rs 17.8-16).
Não podemos esquecer-nos de três elementos vitais nesse milagre:
• a ousadia de Elias em determinar que a mulher fizesse um bolo para ele primeiro (v. 13);• a obediência da mulher em obedecer à palavra do profeta, ainda que parecesse insensata (v. 15);
• a lição de que Deus não é apenas o Criador e Provedor, mas também o Multiplicador (v. 16).
3. OS GRANDES DESAFIOS NA VIDA DE ELIAS
Os editores do "Novo Comentário Bíblico do Antigo Testa- mento" apropriadamente pontuaram: "Para confrontar um homem tão perverso quanto Acabe, Deus enviou alguém mais do que qualificado para a tarefa: o profeta Elias. Em suma, 1 Reis é a narrativa sobre um povo guiado para dois caminhos diferentes. É a história de reis bons e de reis maus, de profetas verdadeiros e de profetas falsos, de desobediência e de obediência a Deus." (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010a).
3.1. O desafio de Jezabel
Os adoradores de Baal acreditavam que ele detinha o controle sobre a natureza, era o responsável pela fertilidade dos animas e pela produtividade agrícola. Logo, seria ele o responsável por controlar as chuvas que permitiam a fertilidade da terra e as fartas colheitas no campo.
Jezabel era uma mulher ímpia, temperamental e sem temor a Deus. Ela ordenou a morte de todos os profetas do Senhor para que o falso deus, Baal, pudesse ser honrado e adorado em Israel (1 Rs 18.4). Além disso, ela ameaçou Elias de morte (1 Rs 19.2).
Garantindo que não choveria durante três anos e meio, senão sob sua palavra, Elias desmoralizou Baal perante o rei e demonstrou que um profeta de Deus é superior a qualquer pretensa divindade criada pelos homens (Tg 5.17,18).
3.2. O desafio do monte Carmelo
A batalha no monte Carmelo entre Elias e os profetas de Baal, que durante séculos tem sido lembrada como um testemunho da fidelidade e do poder de Deus, desenrola-se do seguinte modo (1 Rs 18): Elias desafia os profetas de Baal e o rei Acabe a provarem quem é o verdadeiro Deus: o Senhor ou Baal. O profeta, então, reconstrói o altar do Senhor, que estava em ruínas, e o prepara com doze pedras, representando as doze tribos de Israel. Os profetas de Baal, por sua vez, invocam seu deus, realizando rituais e clamando por fogo para consumir o sacrifício, mas Baal, obviamente, não responde. Após o fracasso dos falsos profetas, Elias ora ao Senhor, que envia fogo do céu para consumir o sacrifício, o altar e até a água ao redor. Elias, por fim, ordena a execução dos profetas de Baal, que foram exterminados ao lado do ribeiro Quisom.
3.2.1. A grande lição da batalha no Carmelo
Antes mesmo do grande fracasso dos falsos profetas de Baal no monte Carmelo, Elias teve uma atitude espiritual indispensável: ele colocou o altar em ordem (v. 30); mandou cavar um rego e despejar bastante água sobre ele (v. 32); então, clamou ao Senhor (v. 36,37). Depois disso, desceu fogo do céu, que lambeu a água e consumiu o holocausto (v. 38).
Isso nos deixa uma importante lição: para Deus agir por nosso intermédio, é preciso que o altar da nossa vida esteja plenamente em ordem.
3.3. O desafio de ungir novos líderes
Ás vezes, como Elias, achamos que apenas nós estamos realizando a obra de Deus; porém, como o Senhor revelou ao profeta, existem muitos outros que também estão comprometidos com Ele. O profeta foi informado por Deus de que existiam, pelo menos, sete mil fiéis, os quais não haviam se curvado diante de Baal (1 Rs 19.18).
Elias recebeu a tríplice missão de ungir Hazael como rei sobre a Síria; Jeú como rei de Israel e Eliseu como profeta em seu lugar (1 Rs 19.15,16). Algum tempo depois, Acabe morreu em um combate em Ramote-Gileade e foi sucedido por seu filho Acazias (1 Rs 22.34-40).
3.4. O desafio da morte
O último e maior desafio vencido por Elias foi o da morte. Ele e Enoque foram os únicos preservados pelo Senhor de experimentar o golpe do perecimento físico. Somente Deus sabe por que poupou esses dois homens (2 Rs 2.11); entretanto, a ausência de morte física talvez seja uma indicação de que o serviço realizado por ambos - em um tempo-espaço circunscrito - é, em última análise, parte de uma missão eterna inscrita no plano divino.
4. ELIAS NO NOVO TESTAMENTO
A presença e a influência de Elias no Novo Testamento são testemunhos da continuidade da revelação divina ao longo da história bíblica e da importância de sua mensagem profética.
No Novo Testamento, o profeta é mencionado em Mateus (17.3), Marcos (6.15), Lucas (1.17), João (1.21), Romanos (11.2) e Tiago (5.17).
4.1. Elias e João Batista
Malaquias falou daquele que havia de preparar a vinda do Messias, referindo-se a João, mas aludiu ao ministério do profeta Elias (Ml 3.1; 4.5). Certamente isso significa que João Batista possuía um ministério profético impactante como o de Elias (Lc 1.11-17; Mt 11.10,11,14).
4.2. Elias e Jesus
Elias apareceu, acompanhado de Moisés, no monte da Transfiguração, para um encontro com Jesus antes de Sua morte (Mt 17.1-13).
Moisés representa a antiga aliança, a Lei, da qual foi o grande mediador e representante; Elias, os profetas, aqueles que trabalharam para que Israel mantivesse sua aliança com Deus e anunciaram a vinda do Messias. Ao aparecerem juntos no monte, eles testemunharam, por antecipação, a exaltação de Cristo e Sua nova aliança, infinitamente superior à antiga.
CONCLUSÃO
Esta lição nos permite destacar alguns preciosos ensinamentos, extraídos da vida de Elias:
• Deus tomará providências para suprir as que lhe são fiéis (1 Rs 17); necessidades dos • o Senhor confirma Suas palavras com ações soberanas e poderosas (1 Rs 18.36-46);
• em tempos de crise e de ruína, haverá demonstração do livramento divino (1 Rs 19.1-7).ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Como era a sociedade na época de Elias?
R.: Totalmente desviada da presença de Deus e idólatra.
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