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terça-feira, 14 de janeiro de 2025

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 3 / ANO 2- N° 4

 

O Santuário do Tabernáculo: Símbolo do Caminho para Cristo
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TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Êxodo 25.8,9
8- E me farão um santuário, e habitarei no meio deles.
9- Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.

Êxodo 26.1,7,14,15,29
1. E o tabernáculo farás de dez cortinas de linho fino torcido, e pano azul, e púrpura, e carmesim; com querubins as farás de obra esmerada.
7- Farás também cortinas de pelos de cabras por tenda sobre o tabernáculo; de onze cortinas a farás.
14- Farás também à tenda uma coberta de peles de carneiro tintas de vermelho e outra coberta de peles de texugo em cima.
15- Farás também as tábuas para o tabernáculo de madeira de cetim, que estarão levantadas.
29- E cobrirás de ouro as tábuas e farás de ouro as suas argolas, para meter por elas as barras; também as barras cobrirás de ouro.

TEXTO ÁUREO
  E saberão que eu sou o Senhor, seu Deus, que os tenho tirado da terra do Egito, para habitar no meio deles; eu, o Senhor, seu Deus. Êxodo 29.46

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira 1 Pedro 1.13-22 - Fostes resgatados com o precioso sangue de Cristo

3ª feira 2 Coríntios 6.14-18 - Vós sois o templo do Deus

4ª feira - Efésios 4.7-16 - Aquele que desceu é também o mesmo que subiu

5ª feira-2 Coríntios 3.1-8 - Vós sois a carta de Cristo

6ª feira Isaías 53.1-4 - Ele tomou as nossas dores e levou-as sobre si

Sábado - João 17.1-5 - A vida eterna é esta: que conheçam a ti

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• descrever de forma clara e detalhada a construção do santuário do Tabernáculo:
• reconhecer que cada detalhe da construção foi determinado por Deus:
• compreender que todos os elementos do Tabernáculo foram criados com um propósito específico, apontando simbolicamente para a vinda de Jesus.


ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Prezado professor, enfatize a importância com que Deus estabeleceu cada detalhe na construção do Tabernáculo e em todos os aspectos relacionados a ele. Da mesma maneira, Ele nos chama a manter a disciplina e a decência em tudo o que diz respeito à Igreja.
  A organização deve prevalecer em todos os aspectos: na administração dos departamentos, na arrumação das dependências, no decorrer dos cultos e em todo trabalho realiza do para o Senhor. Assim como Ele valorizou cada minúcia no Tabernáculo, devemos também cuidar rizou zelo de tudo que em Sua obra.
  Excelente aula!

COMENTÁRIO
Palavra introdutória
O santuário do Tabernáculo, isto é, o espaço em que o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo, foi erguido na parte posterior do átrio (ou pátio). Sua estrutura era composta por 48 tábuas de madeira revestidas de ouro, cada uma com 4,5 metros (10 côvados) de altura e 75 centímetros (1,5 côvados) de largura, distribuídas da seguinte maneira: 20 tábuas para o lado sul, 20 tábuas para o lado norte, seis tábuas para o lado oeste, com duas tábuas adicionais para os cantos. No total, o Sacrário media aproximadamente 14 metros (30 côvados) de comprimento e 4,5 metros (10 côvados) de largura (Ex 26.18-25 NVI).
  Nesta lição, serão abordados os seguintes elementos do templo portátil: as bases de prata (Ex 30.11-16; 30.25-28; 1 Pe 1.18,19); as tábuas e barras (Ex 26.15-19; 36.20-34); e as cortinas e cobertas (Ex 26.1-14; 36.8-19). Esses componentes são essenciais para entendermos a simbologia profunda do Tabernáculo e como cada um deles aponta para aspectos da obra redentora de Cristo.
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  O santuário do Tabernáculo, que abrigava o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo, media aproximadamente 14m de comprimento, 4,5m de largura e 4,5m de altura. Já o átrio externo, que cercava o templo portátil, tinha 45m de comprimento, 22,5m de largura e 2,25m de altura.
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1. AS BASES DE PRATA: O FUNDAMENTO DA PRESENÇA DE DEUS NO DESERTO
  As bases de prata, pesando algumas toneladas, foram fundamentais para a estabilidade do santuário do Tabernáculo, pois Israel estava no deserto, e seria imprudente construir qualquer estrutura sobre a areia, que é instável.
  Para garantir uma base sólida, o santuário do Tabernáculo foi erguido sobre 96 bases de prata fundida, sendo duas bases para sustentar cada tábua, que possuía dois pinos na parte inferior. Para manter as tábuas firmemente unidas, utilizavam-se cinco barras de madeira revestidas de ouro, que traspassavam anéis de ouro e travavam a estrutura, garantindo sua segurança e estabilidade (Ex 26.19-25).

1.1. Aspectos tipológicos

1.1.1. Prata: o preço da vida; uma sombra da redenção em Cristo 
  A prata utilizada na construção do Tabernáculo, ao contrário dos outros materiais, não foi doada, mas adquirida por meio de um pagamento obrigatório. Deus determinou que, quando os homens de 20 anos ou mais fossem alistados para o exército, deveriam pagar uma quantia em prata como resgate de suas almas (...) para que não [houvesse] entre eles praga alguma (...) (Ex 30.12a).
  Esse ato simbolizava o resgate da vida, assim como José foi vendido por prata (Gn 37.28) e Jesus foi traído por 30 peças de prata (Mt 26.15). Esse pagamento, chamado de dinheiro das expiações (Ex 30.16, expiações = "cobrir", com o sentido de "guardar", "proteger"), aponta para a obra redentora de Cristo, que se completou no Calvário, libertando a humanidade do poder do pecado (Rm 8.3).
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  Assim como os homens no deserto não podiam negociar o preço da prata, não podemos barganhar os termos da salvação, pois é Deus quem os estabelece. Da mesma forma que a prata representava o resgate, a fé em Cristo é o único caminho para a redenção, independentemente de nossa condição ou realizações pessoais.
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1.1.2. A fé: o preço invariável do resgate eterno
  Na primeira contagem, 603.550 homens (Nm 1.3,46), todos com mais de 20 anos, foram registrados, e cada um pagou meio ciclo de prata, independentemente de sua condição financeira. O valor era o mesmo para todos, fosse rico ou pobre, pois Deus havia estabelecido um preço fixo: (...) o rico não aumentará, e o pobre não diminuirá (...) (Ex 30.15a).
  Essa igualdade no pagamento aponta para um princípio espiritual importante: a salvação também é igual para todos, sendo oferecida por meio de uma única condição: a fé em Cristo (Jo 3.16).
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  A congregação no deserto (At 7.38), chamada para fora do Egito, foi estabelecida pelo preço do resgate. Da mesma forma, a Igreja do Novo Testamento, os chamados para fora (ekklesia), está fundamentada inteiramente na obra redentora de Jesus.
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1.1.3. O uso sagrado da prata: um símbolo da expiação
  Deus não apenas estabeleceu o pagamento em prata, mas também deu instruções específicas sobre seu uso. A prata foi utilizada nas bases de sustentação do santuário do Tabernáculo, nas bases das colunas que sustentavam o véu, nos frisos das cortinas externas, e nos capitéis, ganchos e revestimento das colunas do pátio (Ex 38.27). A prata, portanto, foi destinada tanto ao serviço do Tabernáculo quanto como símbolo do resgate das almas (Ex 30.16), apontando para a obra redentora de Cristo; ela representa a estabilidade e segurança que Sua missão oferece ao reconciliar a humanidade com o Divino.

2. TÁBUAS E BARRAS: A ESTRUTURA VIVA DA HABITAÇÃO DE DEUS
  As tábuas e barras do Tabernáculo (Ex 26.15-19: 36.20- 34) representam mais do que simples elementos de construção; elas carregam um profundo simbolismo. Após termos visto as bases de prata como uma tipologia do trabalho redentor, que sustenta a fundação da Igreja, as tábuas, firmadas sobre essa base, nos apontam para os crentes, que agora são chamados de pedras vivas no templo de Deus (1 Pe 2.5). Assim como essas tábuas formavam a estrutura do lugar de habitação do Altíssimo no deserto, os crentes, apoiados na obra completa da cruz, formam o Corpo de Cristo, a verdadeira morada divina entre os homens.

2.1. Aspectos tipológicos

2.1.1. Das tábuas
• Deus transforma o comum em santo - a madeira de acácia era abundante no deserto e foi usada na construção de todo o Tabernáculo. Simbolicamente, essa madeira representa pessoas comuns, simples e sem grande valor aos olhos do mundo, mas que Deus escolhe e transforma. Assim como a madeira de acácia, retirada de um ambiente árido e aparentemente sem vida, foi moldada para fazer parte da morada divina, nós, que antes estávamos distantes da Graça, somos agora transformados e santificados para nos tornarmos lugares santos, onde o Espírito do Senhor habita (1 Co 7.31).
 Somos moldados pelo Espírito para o serviço de Deus - a madeira de acácia, cheia de imperfeições, precisava ser aplainada para ser útil na construção do Sacrário. Da mesma forma, os crentes precisam ser moldados e aperfeiçoados pelo Espírito Santo. A obra de santificação é contínua, removendo as imperfeições para que sejamos adequados para o serviço (Hb 7.19; Hb 10.14; 1 Pe 5.10).
 Nossa firmeza está alicerçada em Cristo - as tábuas do santuário do Tabernáculo eram fixadas em bases de prata por meio de pinos, garantindo estabilidade, mesmo em solo arenoso. Isso simboliza que, embora estejamos no mundo (deserto), nossa fundação é firme, pois estamos alicerçados em Jesus e não pertencemos ao sistema presente (Ef 5.14).
• Unidade e igualdade no Corpo de Cristo - as tábuas eram todas idênticas em altura e largura, ajustadas perfeitamente para formar uma estrutura unificada. Isso nos ensina sobre a igualdade espiritual e a unidade na Igreja, onde todos devem considerar os outros superiores a si mesmos, visando à perfeição e à estatura de Cristo (Fp 2.3b; Ef 4.13b, 4.16).

2.1.2. Das barras
 Unidos e fortalecidos pelos dons de Deus - as tábuas do santuário do Tabernáculo eram ligadas por cinco barras de madeira revestidas de ouro, formando uma estrutura inabalável. Embora a Bíblia não relacione diretamente essas barras aos cinco ministérios de Efésios 4.11, pode-se ver nelas uma tipologia que reflete a função dos dons ministeriais na Igreja: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. Esses dons foram dados para fortalecer e unir a Corpo de Cristo, assim como as barras uniam a estrutura do Sacrário.
 Revestidos da presença divina como templos vivos, as tábuas do santuário do Tabernáculo eram revestidas de ouro, um símbolo claro da divindade e da santidade. Da mesma maneira, os crentes que estão firmados na obra redentora de Cristo também são revestidos pela presença do Senhor. Esse revestimento espiritual significa que, por meio da salvação em Cristo, nos tornamos templos vivos do Espírito Santo, carregando a glória e a santidade de Deus em nossa vida (Rm 13.14; 2 Co 3.7,8).

3. AS CORTINAS E COBERTAS: A PROTEÇÃO E A GLÓRIA NO TABERNÁCULO
  O santuário do Tabernáculo era coberto por várias camadas, cada uma com um significado específico. As cortinas externas, feitas de peles de texugo, ofereciam resistência e proteção, enquanto as camadas internas, feitas de linho fino e adornadas com cores simbólicas, refletiam a beleza e santidade da presença de Deus (Ex 26.1-14: 36.8-19). Essas camadas, do mais simples ao mais sagrado, podem simbolizar o caminho de santificação que o crente percorre ao se aproximar da presença do Altíssimo.

3.1. Aspectos tipológicos

3.1.1. A coberta externa: simplicidade e abrigo
  A camada mais externa do santuário do Tabernáculo era feita de peles de texugo, um material impermeável que protegia contra as adversidades do deserto - tempestades de areia, chuva e sol abrasador. Essa cobertura, embora sem beleza ou atratividade, oferecia proteção essencial. Da mesma forma, Cristo, que não tinha nenhuma beleza que chamasse a nossa atenção (Is 53.2,3 NTLH), tornou-se o nosso refúgio e segurança. Ele é a cobertura e o abrigo daqueles que confiam em Seu nome.

3.1.2. A coberta de peles vermelhas: o substituto consagrado 
  A camada feita de peles de carneiro, tingidas de vermelho, simboliza o sacrifício substitutivo. O carneiro, usados nos holocaustos e na consagração dos sacerdotes, também substituiu Isaque no monte com Abraão. Cristo, o verdadeiro Substituto, Consagrou-se para a obra da cruz, entregando Sua vida em nosso lugar, tal como o carneiro das consagrações que selava o pacto de sacrifício e redenção (Ex 29; Lv 9).

3.1.3. As cortinas de pelo de cabra: símbolo do pecado que Cristo carregou
  As onze cortinas internas eram feitas de pelos de cabra (Ex 26.7), um material que, no Oriente, possuía uma coloração escura, simbolizando a iniquidade. A cabra, frequentemente usada nas ofertas pelo pecado (Lv 4.23), representa a impureza que Cristo, o Cordeiro Santo, carregou em nossa substituição.   Essas cortinas escuras tipificam o Filho de Deus, que, embora imaculado, veio em semelhança da carne do pecado para nos redimir (Rm 8.3). Ele carregou o peso das nossas transgressões e da escuridão para nos trazer à luz, cumprindo Sua missão redentora.

3.1.4. O teto de linho: realeza, presença e proteção
  Ao olhar de dentro do santuário do Tabernáculo para o alto, os sacerdotes viam um forro (teto) impressionante, composto por cortinas organizadas em dois conjuntos de cinco, presas por laçadas de tecido azul e colchetes de ouro (Ex 26). Tais cortinas eram feitas de linho fino trançado, bordadas com fios de tecido azul, roxo e vermelho, decoradas com querubins, os mesmos seres celestiais que guardaram o caminho para a árvore da vida após a Queda (Gn 3.24), representando a presença e a santidade de Deus. Assim, os sacerdotes eram lembrados da presença e proteção do Senhor, tanto pelos querubins bordados nas cortinas quanto pelos que estavam sobre o propiciatório, guardando o sangue da expiação (Ex 25.20-22).

CONCLUSÃO
O Tabernáculo não era apenas uma construção, mas uma manifestação do plano divino para a salvação. Cada detalhe apontava para a futura obra redentora de Cristo, demonstrando que Deus sempre teve um propósito claro ao habitar com o Seu povo: revelar Seu plano de redenção e aproximar a humanidade de Sua presença.

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Quais elementos do santuário do Tabernáculo foram apre- sentados nesta lição como tipos da obra realizada por Cristo?

R.: As bases de prata (Ex 30.11-16; 30.25-28; 1 Pe 1.18,19); as tábuas e barras (Ex 26.15-19; 36.20-34); e as cortinas e cobertas (Ex 26.1-14; 36.8-19).

Fonte: Revista Central Gospel

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