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segunda-feira, 17 de abril de 2023

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 4 / 2º Trim 2023


A alienação humana a partir da Queda
23 de Abril de 2023



TEXTO ÁUREO
“E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.” Gênesis 3.10

VERDADE APLICADA
O pecado, ao nos alienar de Deus, provoca danos em todas as nossas relações.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Citar os efeitos do pecado em relação a si mesmo.
Mostrar o efeito do pecado em relação ao próximo.
Falar acerca dos efeitos do pecado em relação a Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

GÊNESIS 3
8- E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.
9- E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?
10- E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.
11- E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore que te ordenei que não comesses?
12- Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Gn 3.16-19 Os efeitos do pecado em relação a si mesmo.
TERÇA / Sl 103.8-18 Misericordioso e piedoso é o Senhor.
QUARTA / Ec 2.20-24 Os prazeres e as riquezas não dão felicidade.
QUINTA / Ef 5.22-28 O relacionamento entre Cristo e a Igreja.
SEXTA / 1Pe 3.1-6 Os deveres das mulheres e maridos cristãos.
SÁBADO / Ap 22.1 O rio da água da vida.

HINOS SUGERIDOS: 89, 92, 96

MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que Deus cure nossos relacionamentos.

INTRODUÇÃO
Na lição anterior, estudamos sobre o maravilhoso relacionamento de Deus com o homem antes da queda. Nesta veremos as consequências do pecado nas relações.

PONTO DE PARTIDA – O pecado afeta as relações.

1- ALIENAÇÃO EM RELAÇÃO A SI MESMO
Quando o homem no Éden buscou mais plenitude de vida ignorando a Deus, acabou tendo não só menos de Deus e menos da vida, mas também menos de si mesmo.

1.1. Vergonha de si mesmo. 
A primeira alienação vivida pelo homem como consequência do pecado foi em relação a si mesmo. Satanás lhe promete mais liberdade. Eles acabam experimentando menos liberdade vivendo pela primeira a experiência da vergonha [Gn 3.7]. Sentir vergonha é sensação de não poder ser você mesmo, por não poder ser aceito no estado em que se encontra. No capítulo 2.25 diz que “ambos estavam nus, o homem e a sua mulher, e não se envergonhavam”. Depois disso a vergonha nunca mais deixou de fazer parte da nossa vida.

Professor(a): Ter vergonha de nós mesmos é uma experiência horrível. Não podermos ser quem somos é frustrante. A desaprovação da própria consciência mostra como estamos, por causa do pecado, alienados em nossa relação intrapessoal. E não poder estar bem consigo mesmo pode ser a causa de não estarmos bem com os outros.

1.2. Culpa.
O homem antes da queda vivia a maravilhosa liberdade de nunca haver sentido culpa. Todas as coisas que fazia no jardim eram livres deste sentimento tão angustiante e limitador. E a primeira filha da culpa é a desculpa. Quando Deus pergunta a Adão “comeste tu da árvore que te ordenei que não comesses?” [Gn 3.11], Adão não diz simplesmente: “Eu comi”. Ele cria uma justificativa própria. Uma desculpa: “A mulher que me deste por companheira…” [Gn 3.12]. Aqui está outro aspecto da alienação em relação a si mesmo: não assumir os erros que a própria consciência aponta.

Professor(a): Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Moody – Gênesis 3: “Abriram-se…os olhos (peikah)…percebendo. A palavra peikah descreve um súbito milagre. A promessa do tentador cumpriu-se imediatamente; receberam percepção instantânea. Viram e perceberam. Mas o que viram foi muito diferente do quadro colorido pintado pela serpente. Houve um rude despertar da consciência. Viram a sua nudez, espiritual e física. Nasceu a vergonha e o medo. Quando Adão e Eva perceberam que tinham perdido o contato com Deus, uma terrível solidão apossou-se deles.”

1.3. Medo.
Adão sempre sentia amor e segurança ao ouvir a voz de Deus. Mas, após pecar, pela primeira vez ele sentiu medo [Gn 3.10]. Antes de Deus provar para Adão que ele estava errado por não confiar nele, o próprio Adão descobriu isso por causa da vergonha e culpa que sentiu imediatamente após comer do fruto. Ele sentiu medo por se certificar que o “morrerás” realmente era verdade. O medo entrou na experiência humana e nunca mais saiu. Desenvolvemos cada vez mais fobias que terapeutas não têm dado conta. Alienados consigo mesmo temos medo do que está dentro.

Professor(a): Comentários Bíblicos – Gênesis – João Calvino: “Embora essa pareça ser a confissão de um homem abatido e humilhado, logo se mostrará que ele ainda não estava devidamente humilhado nem arrependido. Ele imputa seu temor à voz de Deus, bem como à sua nudez, como se nunca ouvira antes a Deus falando sem se sentir alarmado, nem fora ainda animado com dulçor por sua fala. Sua excessiva estupidez se mostra nisto: que em seu pecado ele falha em reconhecer a causa da vergonha que ora sente; ele, pois, mostra que ainda não sente tanto sua punição, a ponto de confessar sua culpa.”

EU ENSINEI QUE:
Embora a primeira e principal pessoa ofendida com os nossos pecados seja Deus, a primeira pessoa a sofrer as consequências do nosso pecado somos nós mesmos.

2- ALIENAÇÃO EM RELAÇÃO AO PRÓXIMO
Além do pecado ter gerado uma alienação no homem consigo mesmo, gerou também uma alienação com o próximo, o que explica todos os nossos desajustes sociais.

2.1. Transferência de responsabilidade. 
A culpa que Adão sentiu (alienação consigo mesmo) fez ele responsabilizar sua mulher por seu erro (alienação com o próximo) [Gn 3.12-13]. O mal se prolifera no mundo e corre livre na sociedade justamente pela indisposição do que erra de assumir sua responsabilidade. “O mal que faço é sempre por causa do outro”. Ou sempre por causa do meio, numa abordagem mais moderna. Com isso, nunca existe o outro, e o mal nunca é tratado. Numa tentativa de fazer de tudo para não se sentir mal com a culpa, as relações sociais são afetadas.

Professor(a): Comentário Bíblico Broadman – Gênesis: “Quando Eva foi induzida pela serpente a pensar que Deus, na verdade, não se interessava por ela, a alienação já tivera início. Quando ela comeu do fruto, a dita alienação foi consumada. “Deus é Deus e eu sou eu, e eu estou preparada para me virar sozinha.” O que Jesus ensina tão claramente, que a separação de Deus resulta na separação de nossos semelhantes, o Velho Testamento também dramatiza nesta passagem.”

2.2. A perda da pureza. 
Após comerem do fruto, Adão e Eva não sentiram vergonha apenas em relação a si mesmos, mas também um em relação ao outro [Gn 2.25]. Foi esta primeira experiência com vergonha que os fez coserem aventais com folhas [Gn 3.7]. Podemos imaginar como a relação entre o homem e a mulher foi profunda e permanentemente afetada. A nudez do corpo, que até então era uma bênção de Deus, tornou-se a causa de muitos tipos de pecados que nascem na mente.

Professor(a): Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus. De repente, sem que qualquer outra pessoa estivesse por perto, Adão e Eva se sentiram envergonhados [Gn 2.25]. A ingenuidade deles havia sido substituída por desconfiança, medo e pensamentos ruins; então eles se cobriram com folhas de figueira (numa tentativa de livrar-se da vergonha que sentiam).”

2.3. Relações conflituosas.
Na teologia da salvação nós aprendemos que Deus já tinha determinado que Adão fosse o cabeça da humanidade e a representasse. Isso inclui Eva. Porém, a julgar pelo que Deus disse a Eva após o pecado: “E o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará” [Gn 3.16], esta relação original entre o homem e a mulher não chega nem perto do melhor quadro que possamos viver como casais hoje em dia. Relações conflituosas sobre submissão e insubmissão sempre marcarão os relacionamentos entre casais como consequência desta alienação social por causa do pecado.

Professor(a): Bíblia de Estudo BKJ: “O casamento também seria desvirtuado. Apesar do desejo da mulher passar a ser para seu marido, o pecado também desvirtuaria o plano de Deus para o casamento e criaria desigualdade e subjugação atormentadoras. Esta última é uma descrição do efeito devastador do pecado no relacionamento entre marido e esposa, e não uma prescrição para se abusar da esposa. O Novo Testamento ensina que o casamento deve refletir o relacionamento entre Cristo e a Igreja [Ef 5.24-25] e deve ser caracterizado pela compreensão e respeito de um marido por sua esposa [1Pe 3.7].”

EU ENSINEI QUE:
Os nossos problemas de relacionamentos com as pessoas não têm como causa personalidades divergentes, mas pobreza em nossa relação com Deus. O amor por Deus santifica nossas relações.

3- ALIENAÇÃO EM RELAÇÃO A DEUS
A causa da alienação do homem consigo mesmo é o que explica sua alienação para com o próximo. E estes dois tipos de alienação, intrapessoal e interpessoal, têm como causa a alienação em relação a Deus.

3.1. Desconfiança sobre o amor.
É importante entender que o pecado de Eva (e Adão) surge nela antes dela comer do fruto. Tiago ensina sobre isso [Tg 1.14-15]. O pecado nasce no desejo, bem antes da prática. Quando Eva desejou o fruto proibido, e interiormente decidiu comer dele, já concebeu o pecado. Bastava-lhe a chance da consumação [Gn 3.6]. Mas para ele decidir isso dentro dela, teve primeiro que desconfiar do amor de Deus. Foi exatamente o que Satanás lhe sugeriu: “Se Deus realmente amasse vocês, não lhes privaria deste prazer e conhecimento” [Gn 3.4-5]. Eva e Adão rejeitaram a Deus para poder pecar.

Professor(a): Comentários Bíblicos – Gênesis – João Calvino: “Anteriormente, ela podia contemplar a árvore com tamanha sinceridade, que nenhum desejo de comer do seu fruto afetava sua mente; pois a fé que ela possuía na palavra de Deus era a melhor guardiã de seu coração, bem como de todos os seus sentidos. Agora, porém, depois que o coração decai da fé e da obediência à palavra, ela corrompeu tanto a si própria quanto a todos os seus sentidos, e a depravação se difundiu por todas as partes de sua alma e também por todo o seu corpo.”

3.2. Culpar Deus pelos erros.
Mesmo irrefutavelmente acusados pelas suas consciências, os homens ainda conseguem culpar a Deus por suas escolhas erradas. Adão tenta justificar seu erro culpando a Deus pela mulher que ele lhe deu. Algo do tipo: Quem mandou me dar mulher? [Gn 3.12]. Eva tenta justificar seu erro culpando a Deus pela serpente no jardim. Algo do tipo: Quem mandou criar serpente? [Gn 3.13]. Lá no jardim estavam as árvores que o Senhor Deus fez brotar [Gn 2.9]. O casal recebeu as ordens de Deus sobre como devia lidar com as árvores [Gn 2.16-17]. E tinha, também, a capacidade, como dom dado pelo Criador, para dizer “sim” e “não”. Ao primeiro casal faltou lealdade e obediência em submissão à vontade de Deus. E hoje, como estamos lidando com a vontade de Deus?

Professor(a): Bíblia de Estudo BKJ: “Adão é obrigado a reconhecer sua transgressão, mas ele faz isso de uma forma de mudar a culpa fora de si mesmo, e colocá-lo em cima de Deus e sobre a mulher! Quando a mulher é questionada, ela coloca a culpa em Deus e a serpente (…) Assim, descobrimos que, enquanto os olhos do seu corpo se abriram para ver o seu estado de degradação, os olhos de seu entendimento foram fechados, de modo que eles não podiam ver a malignidade do pecado, e ao mesmo tempo, seus corações foram endurecidos por meio de seu engano.”

3.3. As maldições não são o final.
O morrereis de Deus começa a acontecer com parto com dores, trabalho penoso e terra maldita e, finalmente, a morte [Gn 3.16-19]. A graça de Deus em Cristo, entretanto, pode dar às mulheres a alegria de gerar filhos para Deus mesmo com dor, ao homem de encontrar propósito mais excelente no trabalho mesmo que difícil, de manter esperança de uma nova terra na restauração de tudo e da vida e glória eterna ainda que o portal seja a morte [2Pe 3.12-13; Ap 21.1-4, 27].

Professor(a): Comentários Bíblicos – Gênesis – João Calvino: “Mas, para que a tristeza e o horror não nos esmaguem, o Senhor derrama por toda parte os sinais de sua bondade. Além disso, embora a bênção de Deus não seja mais vista pura e transparente como ela se manifestava ao homem em sua inocência, se o que permanece por detrás for considerado em si mesmo, Davi, verdadeira e apropriadamente, exclama: “A terra está cheia da mercê de Deus”.”

EU ENSINEI QUE:
A falta de relacionamento com Deus nos leva a pecar e nos indispõe ao arrependimento. Precisamos abrir nossos olhos para as promessas de Deus a fim de que Ele, por Sua graça e misericórdia, nos traga de volta à Sua presença.

CONCLUSÃO
Para estarmos bem com a gente mesmo e com o próximo, precisamos estar bem com Deus. A nossa relação com Deus é que determina todas as demais relações [1Jo 4.19-20]. O próprio Deus enviou Seu Filho para proporcionar reconciliação entre o ser humano e Deus [2Co 5.19-10].

Fonte: Editora Betel

Subsídio Lição 4 / Vídeo pré-aula


domingo, 16 de abril de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 4 / 2º Trim 2023



Ídolos na Família
23 de Abril de 2023



TEXTO ÁUREO
“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém!” (1 Jo 5.21)

VERDADE PRÁTICA
A adoração a ídolos implica priorizar tudo aquilo que se coloca no lugar de Deus.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – 2 Tm 3.5 Fique longe de pessoas assim
Terça – 1 Jo 2.15 Não ameis as coisas do mundo
Quarta – Is 42.8 O Senhor não divide a sua glória
Quinta – Lv 19.4 Não se volte para os ídolos
Sexta – Êx 20.3,4 Não farás nenhum ídolo
Sábado – Jn 2.8 Cuidado com os que desprezam a misericórdia

Hinos Sugeridos: 41, 71,124 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 31.17-19,33-35; Juízes 17.1,3-5

Gênesis 31
17 – Então, se levantou Jacó, pondo os seus filhos e as suas mulheres sobre os camelos,
18 – e levou todo o seu gado e toda a sua fazenda que havia adquirido, o gado que possuía, que alcançara em Padã-Arã, para ir a Isaque, seu pai, à terra de Canaã.
19 – E, havendo Labão ido a tosquiar as suas ovelhas, furtou Raquel os ídolos que seu pai tinha.
33 – Então, entrou Labão na tenda de Jacó, e na tenda de Léia, e na tenda de ambas as servas e não os achou; e, saindo da tenda de Léia, entrou na tenda de Raquel.
34 – Mas tinha tomado Raquel os ídolos, e os tinha posto na albarda de um camelo, e assentara-se sobre eles; e apalpou Labão toda a tenda e não os achou.
35 – E ela disse a seu pai: Não se acenda a ira nos olhos de meu senhor, que não posso levantar-me diante da tua face; porquanto tenho o costume das mulheres. E ele procurou, mas não achou os ídolos.

Juízes 17
1 – E havia um homem da montanha de Efraim cujo nome era Mica,
3 – Assim, restituiu as mil e cem moedas de prata à sua mãe; porém sua mãe disse: Inteiramente tenho dedicado este dinheiro da minha mão ao Senhor para meu filho, para fazer uma imagem de escultura e de fundição; de sorte que agora o tornarei a dar.
4 – Porém ele restituiu aquele dinheiro a sua mãe, e sua mãe tomou duzentos moedas de prata e as deu ao ourives, a qual fez delas uma imagem de escultura e de fundição, e esteve em casa de Mica.
5 – E tinha este homem, Mica, uma casa de deuses, e fez um éfode e terafins, e consagrou a um de seus filhos, para que lhe fosse por sacerdote.

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
A fim de nos aprofundarmos no tema desta lição, analisaremos duas passagens bíblicas, nas quais os ídolos estavam presentes e, até mesmo, se tornaram naturais no seio familiar do povo de Deus. O primeiro caso se dá envolvendo o sogro e a esposa do patriarca Jacó. Na ocasião, Raquel furtou alguns ídolos de seu pai, Labão, sentindo-se injustiçada e preocupada por não receber dele herança. Já o segundo exemplo se passa no tempo dos Juízes de Israel, quando o eframita Mica fabricou ídolos e construiu para eles um santuário em sua própria casa. Por meio desta lição, refletiremos sobre as formas sutis como a idolatria pode se instalar nos lares, abrindo espaço para outros pecados e causando grandes prejuízos às famílias.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar o contexto no qual Raquel furtou os ídolos de seu pai Labão;
II) Explicar o cenário político-social de Israel quando Mica abraçou a idolatria;
III) Alertar acerca dos perigos da idolatria no seio familiar do povo de Deus.
B) Motivação: Como meros leitores dos exemplos explicitados, podemos a priori não nos identificar com as famílias mencionadas. Afinal, o que poderíamos ter em comum com tais histórias? Ao nos aprofundarmos, nos identificamos com elas. Por maior que seja a nossa fidelidade ao Senhor, único Deus verdadeiro, ainda somos humanos. Portanto, sujeitos às mesmas fraquezas de Raquel, quando sentindo-se injustiçada e preocupada com o futuro financeiro de seu lar, se dispôs a fazer “justiça ” com as próprias mãos; assim como somos sujeitos ao mesmo anseio de Mica, por proteção ou alguma bênção material. E ainda mais, estamos também sujeitos a não enxergar tudo o que acontece em nossa própria casa, debaixo dos nossos olhos, como foi para Jacó e a mãe de Mica (Gn 31.32b; Jz 17.2). Por conseguinte, essa lição é um importante alerta para compreenderem os que, o tempo e os costumes podem mudar, assim como os seus “ídolos”. Contudo, os temores, fraquezas e concupiscências humanas permanecem as mesmas. Por isso, precisamos vigiar e orar (Mt 26.41), a fim de que nós, e a nossa casa, não caiamos nos perigos da idolatria contemporânea.
C) Sugestão de Método: Antes mesmo de iniciar o tema da lição, peça à classe que liste alguns “ídolos” da atualidade e anote-os no quadro: o Materialismo; a busca pelo poder; a busca desenfreada pela carreira profissional; a busca pelo dinheiro; promoção da própria imagem (física e/ou simbólica); likes nas redes sociais etc. O objetivo é que, ao longo de toda aula, os alunos tenham em mente uma perspectiva ampliada sobre a abrangência e sentido da palavra idolatria.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Como nação santa e sacerdócio real (l Pe 2.9), sobretudo dentro de nossos lares, temos a missão de resistirmos firmes as ciladas do Diabo, aos modelos atuais de idolatria. Para isso, precisamos estar munidos de toda armadura de Deus (Ef 6.11), ensinando aos nossos filhos, não apenas em palavras, mas principalmente com as nossas atitudes.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 93, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Monoteísmo x Politeísmo”, que aprofunda o primeiro tópico, pontua as características antigas e atuais da idolatria, frisando o exemplo do próprio Cristo como método para resistirmos a elas.
2) O texto “O Santuário Particular de Mica”, que destaca o segundo tópico, aprofunda o contexto no qual o efraimita vivia, salientando o perigo a que se sujeitam todos os que relativizam a autoridade absoluta das Escrituras.

INTRODUÇÃO
Temos, nesta lição, duas histórias distintas que relatam a convivência com a idolatria dentro de casa. No primeiro caso, temos Raquel, a mulher de Jacó, que sabia que seu marido servia ao Deus de seus pais, e que Ele era, poderoso, invisível e não precisava de ídolos de sua imagem. Entretanto, Raquel achava-se insegura quanto ao seu futuro. Sentindo-se injustiçada pelo seu pai, que não lhe deu nenhuma herança, nem a ela, nem à sua irmã Leia, resolveu furtar as pequenas estatuetas, ou ídolos de seu pai, que eram os pequenos deuses dentro da casa de Labão. O segundo caso é o de Mica, um efraimita, que viveu no tempo dos juízes em Israel e que, unindo-se aos danitas, fabricou ídolos e construiu um santuário para eles em sua casa. Nesta lição, veremos as consequências da idolatria dentro de uma casa.

Palavra-Chave: Idolatria

I – OS ÍDOLOS ENCONTRADOS NA TENDA DE RAQUEL

1- A fuga de Jacó e sua família para a Terra Prometida. 
Depois de muitos anos de trabalho para o seu sogro Labão, tendo prosperado muito, Jacó resolveu voltar à terra de seus pais (Gn 31-3,4)- Em função dos ressentimentos que existiam entre ele e seu sogro e, não vendo possibilidade de liberação para viver sua própria vida, Jacó resolveu fugir das terras de Labão, sem falar nada a ninguém. Quando foi descoberta a sua fuga, Labão e seus filhos resolveram ir atrás dele para fazê-lo voltar (Gn 31.22,23).

2- Labão descobre o furto de seus ídolos domésticos.
Labão era homem idólatra e possuía pequenos deuses no interior de sua casa para os quais ele orava e pelos quais acreditava ser ajudado. Eram, na verdade, “terafins” fabricados de madeira, pedra ou barro, cujas imagens eram veneradas e adoradas como amuletos para proteção familiar e pessoal. Quem os possuísse, também tinha o direito à herança. Quando Raquel percebeu que seu pai não lhe daria herança alguma, ela furtou os ídolos dele (Gn 31.19). Ao chegar no acampamento de Jacó, Labão indagou-lhe a respeito dos seus ídolos e não os encontrou porque Raquel os escondera na “albarda de um camelo” e se sentou sobre eles (Gn 31.34).

3- Raquel usa a mentira para esconder o ídolo.
Raquel sentou-se sobre os ídolos para que Labão não os encontrasse. Ela usou a justificativa de que estava no período menstrual para não se levantar de cima do camelo e, consequentemente, para seu pai não encontrar os ídolos ali (Gn 31-35)- Fica claro que, embora Labão acusasse Jacó de roubá-lo, foi sua filha Raquel que furtou seus ídolos e, por isso, o enganou; e Labão não encontrou os seus ídolos. Esse episódio gerou uma grande discussão entre Jacó e o seu sogro (Gn 31.36).

SINOPSE I
Diante do engano de Labão contra Jacó, subtraindo bens da herança das próprias filhas, Raquel furtou os ídolos do pai e mentiu para acobertar sua tentativa de fazer “justiça com as próprias mãos”.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
MONOTEÍSMO X POLITEÍSMO
“O monoteísmo, a crença em um único Deus, era uma característica da religião hebraica. As antigas religiões eram politeístas, ou seja, cultuavam muitos deuses. Mas o Deus de Abraão, Isaque e Jacó é o Criador e Senhor de toda terra, o único e verdadeiro Deus. Saber isto era importante para Israel, pois a nação estava prestes a entrar em uma terra cujos habitantes criam em muitos deuses.
Tanto naquela época como hoje, existem os que preferem colocar sua confiança em muitos “deuses” diferentes. Mas chegará o dia em que Deus será reconhecido como o único. Ele será Rei sobre toda a terra (Zc 14.9). […] O Diabo ofereceu o mundo inteiro a Jesus, desde que Ele ‘apenas’ se ajoelhasse e o adorasse (Mt 4.8-10).
Hoje, o Diabo nos oferece o mundo, tentando envolver-nos pelo materialismo, na busca pelo poder. Podemos resistir às tentações do mesmo modo que Jesus fez. Se você almeja algo que o mundo oferece, cite as palavras de Jesus ao Diabo: "Ao Senhor, teu Deus adorarás e só a Ele servirás” (Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, PP- 240,1220).

II – UM SANTUÁRIO DE DEUSES NA CASA DE MICA

1- A idolatria e o caráter antiético de Mica (Jz 17.1-4).
Apesar de um nome especial cujo significado é “Quem é como o Senhor nosso Deus?”, Mica não correspondia à importância do nome que tinha porque não honrava a Deus em sua vida. Ele tinha uma família, embora o relato bíblico não cite a sua esposa; sua mãe vivia com ele e era muito rica. O povo que vivia na região montanhosa de Efraim tinha se corrompido por causa da idolatria. Havia em Israel, de modo geral, um abandono total aos mandamentos da lei de Moisés (Jz 8.27) em que o povo de Israel aderiu a um sincretismo religioso que implicava uma apostasia total. Além do abandono da lei do Senhor, as famílias começaram a adotar esse sincretismo religioso dentro de suas próprias casas, admitindo “ídolos caseiros” para os quais faziam culto e adoravam com o objetivo de obter favores materiais. Os valores morais e éticos foram abandonados e Mica era fruto dessa corrupção moral. Por isso, não foi difícil para ele roubar a própria mãe.

2- A abominação de Mica (Jz 17.5). 
Mica havia construído em sua casa um santuário para pequenos deuses, ou seja, “terafins”. A Escritura diz: “E tinha este homem, Mica, uma casa de deuses, e fez um éfode e terafins, e consagrou a um de seus filhos, para que lhe fosse por sacerdote” (v.5). Mica havia roubado a própria mãe, sem que ela soubesse. Ele levou consigo 1.100 siclos de prata, equivalente a 13 quilos do metal. Visto que sua mãe não sabia que era o seu próprio filho quem a furtara, ela lançava maldições sobre o ladrão (Jz 17.2). Temendo sofrer com a maldição da mãe, Mica foi à casa dela e confessou seu pecado e a restituiu completamente todo o dinheiro: “Porém, ele restituiu aquele dinheiro à sua mãe” (Jz 17.4). Sua mãe retirou a maldição e tomou parte do dinheiro e o deu ao ourives para que fizesse imagens de escultura para a casa de Mica.

3- Mica tinha uma casa de deuses (Jz 17.5,6).
Pelo contexto bíblico, a família de Mica era de judeus, mas, desviada da fidelidade a Deus, servia aos falsos deuses representados por pequenos ídolos, chamados “terafins”. Mica e seus familiares afirmavam estar servindo, também, ao Deus de Israel. Entretanto, naquele período histórico do tempo dos juízes, “cada um fazia o que lhe parecia certo” (Jz 17.6). Por conta própria, e depois de ter seus “terafins” em casa, Mica resolveu, também, mandar fazer um “éfode” que era utilizado somente pelo sumo sacerdote israelita, e o entrega a seu filho, separando-o para ser sacerdote na sua casa. Depois aparece um levita que não tinha onde morar e Mica o convida a viver em sua casa e tornar-se o sacerdote da família, pelo Deus de Israel (Jz 17.9). Essa mistura de divindades falsas estava presente na casa de Mica. Todos quantos chegassem à sua casa encontrariam “o deus” que desejassem invocar. Infelizmente, um homem da tribo de Efraim, que deveria honrar o Deus de seu povo, que o libertou do Egito, agora se encontra comprometido com ídolos de uma religião pagã.

SINOPSE II
Imerso em um período de abandono à Lei de Deus e sincretismo religioso em Israel, Mica comete uma série de abominações, enraizada na idolatria e no politeísmo pagão.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
O SANTUÁRIO PARTICULAR DE MICA
“Somos primeiramente apresentados a uma família que vive no território de Efraim, cujo filho Mica roubara 1.100 peças de prata de sua mãe. […] A restituição promovida por Mica não foi por arrependimento voluntário, mas porque sua mãe lançara maldições contra o ladrão, e um homem bastante supersticioso certamente temeria manter para si um ganho obtido desonestamente sob maldição . Em retribuição, a mulher consagrou a prata ao Senhor para fazer uma imagem de escultura e de fundição, ou seja, um ídolo.
Esta associação de idolatria com o nome do Senhor é uma triste constatação do alcance da corrupção promovida pela religião cananéia sobre a adoração pura a Deus. A imagem de fundição, um termo que também significava “cobertura”, pode ter sido um tipo de revestimento com o mesmo formato do ídolo que ela guardava. A mãe separou 200 peças do montante recuperado e entregou a um ourives que fez a imagem e sua cobertura. Mica fez um santuário com um éfode (para ser usado por um sacerdote enquanto estivesse diante do santuário) e terafins, e então consagrou a um de seus filhos, para que lhe fosse por sacerdote…
A anarquia civil e religiosa é explicada com base no fato de que não havia rei em Israel naqueles dias para instruir o povo. Com consequência, cada homem fazia o que achava certo. Este é o abismo no qual qualquer pessoa mergulha mais cedo ou mais tarde se abandonar os princípios morais e absolutos e a autoridade das Escrituras” (MULDER, Chester O. et al. Comentário Bíblico Beacon – Volume 2: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.146-47).

III – A IDOLATRIA DENTRO DOS LARES
Em ambas as histórias citadas, de Raquel e a de Mica, a crença em “ídolos domésticos” indicava a forte influência pagã em lares israelitas. A partir desses dois casos bíblicos, somos convidados a refletir a respeito da idolatria hoje.

1- Os ídolos domésticos dos tempos atuais.
O apóstolo João enfrentou em seu ministério um problema com “ídolos caseiros” de famílias cristãs que tinham dificuldades em abandoná-los. Por isso, o apóstolo aconselhou: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1 Jo 5 21). Para uma pessoa não crente em Cristo, a vida cristã é irreal, já que o que se vive no mundo, vive-se pelo que se vê e sente, e não pelo que a vida cristã exige. Ora, os ídolos são temporários e representam aquilo que é falso e vazio porque são enganosos. Qualquer coisa pode se tornar um ídolo dentro de casa, como por exemplo: um emprego, um carro, um dinheiro, um filho, um pai ou uma mãe, um estilo de vida. Ora, como identificar idolatria dentro e fora de casa? Tudo aquilo que requer lealdade e honra acima de Deus se constitui idolatria. Paulo escreveu aos coríntios: “o ídolo, nada é no mundo” (1 Co 8.4). Por isso, é um perigo endeusar pessoas, colocando-as na posição, ou acima, do próprio Deus.

2- Identificando os ídolos modernos dentro dos lares. 
A proliferação da “cultura da mídia” entrou em nossas casas e, queiramos ou não, convivemos com ela no dia a dia. A mídia, por si mesma, é neutra, pois é o meio pelo qual serve à sociedade como canal de comunicação através do rádio, da televisão, da internet, dos smartphones, da rede de computadores e de outros meios. Ela é um modo de comunicação que deve ser usado com sabedoria. Entretanto, não podemos ser manipulados por ela, que faz parte de um mundo tecnológico e intelectual no qual todos vivemos. O que não podemos é fazer o uso acrítico desses instrumentos. Precisamos levar em conta o cuidado quanto ao perigo da “concupiscência da carne, dos olhos e da soberba da vida” (1 Jo 2.16,17).

3- Precisamos reagir contra os inimigos da família. 
Jesus disse em seu Sermão da Montanha: “vós sois o sal da terra e, se o sal for insípido, com que se há de salgar?” (Mt 5.13). A igreja é o sal da terra e, por isso, é a única instituição da sociedade capaz de evitar a corrupção dos nossos valores morais e espirituais. Para preservar a família, atacada pelo vírus infeccioso do sistema mundano, é preciso quebrar “os ídolos domésticos” que roubam o lugar de Deus na vida familiar.

SINOPSE III
Precisamos combater os “ídolos domésticos” dos tempos atuais, assim como qualquer influência pagã em nossos lares.

CONCLUSÃO
Precisamos investir na família, criando barreiras espirituais e morais no seio dos lares para salvar nossos filhos e prepará-los para uma vida cristã sadia, que glorifique a Deus. Por isso, os ídolos da atualidade precisam ser retirados do nosso meio para que não venham a roubar o lugar de Deus em nossas vidas.

REVISANDO O CONTEÚDO
1- Por que Raquel furtou os ídolos de seu pai?
Raquel furtou os ídolos de seu pai porque ele não lhe daria herança e naquela cultura quem os possuísse, teria direito à mesma.
2- Mica roubou alguém de sua própria família. Quem foi essa pessoa?
Mica roubou a própria mãe.
3- Porque Mica devolveu todo o dinheiro à sua mãe? 
Por temer sofrer com a maldição da mãe.
4- O que eram os “terafins”?
Terafins eram ídolos fabricados de madeira, pedra ou barro, adorados como amuletos para proteção familiar e pessoal.
5- Cite três exemplos de ídolos domésticos dos dias atuais. 
Um carro, dinheiro ou um estilo de vida.

VOCABULÁRIO Albardar: Aparelhar, vestir, colocar peça de couro sobre o animal para o cavalheiro sentar-se.

Fonte: CPAD

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Saiba se pode ou não, confiar nas pessoas - Jr 17.5


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VÍDEO PRÉ AULA CPAD - LIÇÃO 3 - Ciúme, o Mal que Prejudica a Família - 2º Trim 2023



Revista CPAD Adultos - Lição 3 / 2º Trimestre de 2023.

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sexta-feira, 14 de abril de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 3 / 2º Trim 2023

A QUEDA DE ADĀO E EVA
___/ ___/ ______



TEXTO DE REFERÊNCIA:  Gn 3. 1-7

VERSÍCULO DO DIA
"E a Adão disse: Porquanto destes ouvidos à voz da tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela: maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela, todos os dias da tua vida", Gn 3.17.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Entender o pecado como transgressão da Lei;
- Analisar as consequências imediatas da Queda;
- Compreender o grande Amor de Deus em procurar o homem.
 
VERDADE APLICADA
A Queda do homem trouxe-lhe o distanciamento de Deus, levando-o à consequência da morte pelo pecado.
 
MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos para que as pesSoas entendam o quão doloroso é a consequência do pecado e se arrependam buscando a graça de Deus.
 
LEITURA SEMANAL
Seg Tg 1.15 O pecado vem pela concupiscência.
Ter Gn 3.7 O pecado fez Adão perceber sua nudez.
Oua Gn 3.13 A serpente enganou a mulher.
Oui Gn 3.24 O pecado fez Deus expulsar Adão e Eva do Jardim.
Sex Gn 3.19 A morte veio como consequência do pecado.
Sab Êx 12.51 Saída de Israel do Egito.
 
INTRODUÇÃO
O pecado trouxe vergonha e separação do homem em relação ao Criador, porém Deus nāo o abandonou. Deus foi atrás do homem e lhe propiciou meios, para que este pudesse ter vida, mas não o isentou das consequências do pecado.
 
Ponto-chave
"Deus sempre está disposto a receber o pecador em Seus braços de Amor e Misericórdia, porém as consequências do pecado são inevitáveis".
 
1 - CONVERSANDO COM O INIMIGO
O Texto Bíblico nos mostra que Eva manteve um diálogo com a serpente a respeito das Verdades estabelecidas por Deus, porém a serpente deturpou os Imperativos Divinos, disseminando dúvidas no coração da mulher.

1.1. A árvore proibida
Muito se tem debatido a respeito de que tipo de árvore estava no Jardim do Éden. O maior destaque desta árvore não era o fruto e nem a sua localização, mas sim a Palavra expressa de Deus, proibindo comer o fruto da árvore. O pecado consiste em transgredir os Mandamentos estabelecidos por Deus. Ao questionar a mulher sobre a proibição, a serpente lança dúvidas no coração dela, dizendo que na realidade ela não morreria, mas sim seria como Deus, conhecendo o bem e o mal (Gn 3.5). É perigoso quando deixamos Satanás entrar em nossos desejos, levando-nos a pecar contra Deus. Cuidado com aquilo que Deus proibiu!

1.2. Cuidado com aquilo que desperta desejos
Depois de tirar o alicerce da verdade da mente e do coração de Eva, o fruto foi visto como algo bom para comer, agradável aos olhos e excelente para dar entendimento (1Jo 2.15,16). As faculdades mentais foram seduzidas pelo desejo de ser como Deus e conhecer as instâncias do bem e do mal.
Em nossos dias, não é diferente, muitas pessoas têm perdido a comunhão com Deus, as promessas e conquistas espirituais, bem como as bênçãos do Éden por alimentar desejos ocultos que cedo ou tarde
se tornam em ações pecaminosas. Que venhamos orar e vigiar constantemente para que nosso coração não se sobrecarregue com os desejos da vida.
 
Refletindo
"Você não pode impedir que um pássaro voe sobre a sua cabeça, mas pode impedi-lo de fazer ninho em sua cabeça". Martinho Lutero
 
2 - AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
O pecado, num primeiro momento, pode até trazer satisfação e prazer mas, aos poucos, sentimentos de vergonha e culpa, apoderam-se do coração, gerando tristeza e morte.
 
2.1. Adão fugiu da Presença de Deus
Ao ver que estavam nus, Adão arrumou uma solução paliativa que foi cobrir sua nudez com folhas de figueira, porém, ao ouvir a Voz de Deus bradar no Jardim do Éden, a primeira atitude de Adão foi fugir e se esconder entre as árvores (Gn 3.7-8). O homem que, antes ansiava pela Presença de Deus, na viração do dia, para ter momentos de comunhão e aprendizagem, agora estava fugindo. É justamente isto que o pecado faz com o homem. Quantas pessoas tentam se esconder de Deus, entre os desejos sombrios do mundo. O pecado causa separação entre o homem e Deus. O Apóstolo Paulo chega a dizer que o pecado destitui o homem da glória de Deus (Rm 3.23).
 
2.2. Dores, morte e expulsão do Paraíso
As consequências do pecado na vida de Adão e Eva foram imediatas. Fora a vergonha que passou a dominar a vida do casal, Deus os punem, dizendo que a dor faria parte da vida da mulher e que através de muito esforço (suor), comeriam o pão (Gn 3.16-19). Outra consequência, foi que o homem teria um fim através da morte, por isso Deus expulsa o homem do Jardim do Eden para que não comesse do fruto da vida (Gn 3.23). Adão e Eva desobedeceram a ordem divina e encontraram dores, morte e desprezo. Salomäo chegou a dizer que Deus criou o homem reto, mas este buscou muitas invenções (Ec 7.29).
 
3 DEUS PROCURAO HOMEM
No primeiro Livro da Bíblia, vemos o Amor de Deus pela coroa de Sua criação, a despeito do pecado da desobediência a instrução divina, Deus não abandonou o homem.
 
3.1. Onde estás Adão?
Não sabemos ao certo quanto tempo passou até o momento em que a Voz de Deus soa no jardim do Eden à procura de Adāo, o certo é que Deus faz uma pergunta: "Onde estás Adão?" (Gn 3.9). Deus é Onisciente e sabia perfeitamente onde Adão estava, mas queria ouvir Adão reconhecer a respeito đo seu estado e conduta. O reconhecimento humano de seus erros é o primeiro passo para ser alcançado pelo Amor gracioso de Deus. Adão reconheceu seu pecado e admitiu sua fuga, pois estava com vergonha de apresentar-se a Deus com as folhas de figueira (Gn 3.10). A Voz Divina continua soando no mundo procurando o homem perdido no pecado.
 
3.2.. Deus fez túnicas de pele para Adão e Eva
Quando vai atrás do homem, para resolver o problema da vergonha deles, o Texto diz que Deus fez túnicas de peles para Adão e Eva (3.21), enquanto Adão fez vestes de figueira. De um lado, o homem tenta inutilmente resolver seus problemas, porém Deus resolve de forma eficaz o problema da nudez daquele casal. Esta passagem mostra o Amor de Deus e o Seu projeto de Salvação para a humanidade. Para fazer túnicas, provavelmente, houve sacrificio de um animal e, futuramente, através do sacrifício de Jesus, viria a Redenção da humanidade.
 
SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
Através da Queda de Adão e Eva, temos a possibilidade de compreender o conceito de "Imago de Dei (Imagem de Deus) e a natureza pecaminosa. Sabemos que o homem foi feito à imnagem e semelhança de Deus (Gn 1.26-27), fazendo alusão às qualidades, tais como: razão, personalidade, intelecto, capacidade de viver, ouvir, falar e de se relacionar. Tudo isto faz parte da natureza de Deus e Ele decidiu reproduzir na raça humana. Com a queda do homem, a imagem de Deus no homem sofreu alteração, gerando, a longo prazo, a corrupção do gênero humano, a ponto de Caim matar seu irmão Abel. Segundo a Teologia Cristã, todos herdaram esta natureza pecaminosa de Adão e só existe uma maneira de se desvencilhar desta herança, nascer de novo mediante o Sacrifício de Cristo. A nova vida em Cristo nos oportuniza resgatar a Imagem de Deus em nós através do processo da santificação, pois um dos propósitos de Deus para o homem é que ele seja perfeito, como é vosso Pai que está nos céus (Mt 5.48).
 
CONCLUSĀO
Através da desobediência de Adão e Eva, o mal entrou no mundo causando problemas, não somente ao ser humano, mas também em sua própria natureza.
 
Complementando
O pecado originou-se antes da Queda do homem, pois este foi motivado por um tentador (Gn 3). O pecado surgiu em Satanás, que em orgulho desejou ser como Deus e se precipitou em condenação (1Tm 3.6).
 
Eu ensinei que:
Através da Queda do homem, Deus revela o Seu grande plano de Salvação, mostrando Sua Graça e Amor em resgatar o homem, fruto de Sua inspiração.

Fonte: Revista Betel Conectar



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quarta-feira, 12 de abril de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 3 / 2º Trim 2023


AULA EM 16 DE ABRIL DE 2023 - LIÇÃO 3
(Revista Editora Betel)

Tema: O Criador se relacionando com o Ser Humano

 
TEXTO ÁUREO
“Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado” Salmo 139.14a
 
VERDADE APLICADA
Nós necessitamos de Deus. Mas é sempre Deus quem toma a iniciativa e busca o homem para se relacionar com Ele.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o homem como a coroa da criação de Deus.
Mostrar que Deus é um Deus relacional.
Enfatizar que devemos ter relacionamento com Deus.
 
TEXTOS DE REFERÊNCIA
 
GÊNESIS 2
20 E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 Então o Senhor fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Sl 8.1-9 Deus é glorificado nas Suas obras.
TERÇA / Sl 139.13-17 A onipotência de Deus.
QUARTA / Ec 4.9-12 Melhor é serem dois do que um.
QUINTA / Lc 3.23-38 Genealogia de Jesus.
SEXTA / At 17.24-28 O Deus que fez o mundo e tudo que nele há.
SÁBADO / 1Co 11.7-12 O homem é a imagem e glória de Deus.

INTRODUÇÃO
- "O ser humano ter sido criado à imagem e semelhança de Deus atesta que fomos criados para relacionamento com Deus e com o próximo."
, nota-se que, pela forma como o ser humano foi criado, com uma autonomia em relação aos outros seres, podendo decidir sobre as coisas simples e complexas, que esse ser foi feito com um propósito de relacionamento.
- "Veremos na presente lição a atenção e o cuidado do Criador em suprir as necessidades do homem em todas as dimensões, inclusive no que concerne ao relacionamento. Ainda hoje, necessitamos da providência divina em todas as áreas da vida.", a questão relacional no ser humano é uma necessidade. Os órgãos dos sentidos humanos, com suas limitações, são voltados para o relacionamento com outros seres humanos. Os órgãos dos sentidos dos animais são voltados para a caça, defesa e sobrevivência, já no ser humano, esses sentidos são bem limitados, exatamente para o relacionamento.

1- A coroa da criação de Deus

1.1. Uma perfeita criação para sua mais preciosa criatura.
- "A criação foi feita e abençoada por Deus para o bem do homem. O próprio Deus aprova o que fez para o homem. Vemos isso quando lemos, ao término de cada etapa, a frase: “E viu Deus que era bom” [Gn 1.10, 12, 18, 21, 25]."
, cada elemento da criação tem o propósito de dar suporte de vida para o ser humano, isso tanto é verdade, que o ser humano foi criado somente quando tudo estava pronto. E pelo fato de esse ser humano ter sido criado à imagem de Deus, pelas mãos do Senhor e ter recebido uma alma, então chegamos à conclusão que a Criação da natureza visava a sustentabilidade do ser humano.
 
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terça-feira, 11 de abril de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 3 / 2º Trim 2023


Moisés e Josué, grandes líderes do povo de Israel
16 de Abril de 2023



LEITURA BÍBLICA
Êxodo 33.7-11
Deuteronômio 31.1-8
 
A MENSAGEM
O Senhor disse a Moisés: — Chame Josué, filho de Num, que é um homem competente, e ponha as mãos sobre ele. Números 27.18
 
Devocional
Segunda » Êx 3.14,15
Terça » Nm 12.3
Quarta » Êx 20.1-8
Quinta » Êx 20.12-17
Sexta » Êx 34.10-14
Sábado » Nm 27.18-23
 
Objetivos
ENSINAR que Deus estabelece lideranças para servir e cuidar do seu povo;
EXPOR o legado espiritual da liderança de Moisés para o povo de Israel;
DESTACAR que lideranças humanas precisam se submeter a Deus e serem fiel a Deus, conforme o exemplo de Moisés e Josué.

Ei Professor!
Deus é quem lhe capacita e lhe prepara para a realização de sua obra. Talvez você leia as histórias de grandes líderes como Moisés e Josué e pense que não seria capaz de atuar ministerialmente como eles. Mas, lembre-se que Deus é quem estava agindo por eles. O mesmo Deus está pronto para usar você, no lugar onde você está. Moisés e Josué foram lideranças fortes que marcaram seu tempo, cada um na sua época. Aprendemos com eles que lideranças são transitórias. Nós devemos servir, ensinar e ministrar para fazer a diferença hoje na vida dos nossos alunos. Esse é o tempo de ensinar a Palavra, interceder e instruir o adolescente no caminho que ele deve andar.
 
Ponto de Partida
Ninguém faz nada sozinho! Essa não é uma frase clichê. Ela tem aplicação real e assertividade. Ela mostra o valor do trabalho em equipe. Nem mesmo Moisés, um dos principais líderes de Israel, que teve uma das missões mais difíceis da história, trabalhou sozinho. Moisés, não só liderou junto com seus irmãos, Arão e Miriã, como também delegou responsabilidades a outros chefes dentre o povo. Use esse exemplo para mostrar a importância dos líderes para a igreja local. Destaque também que todas as pessoas são importantes, inclusive cada adolescente. No Reino de Deus precisamos uns dos outros, o projeto de Deus é que sua Igreja caminhe em comunhão e interdependência, servindo e amando uns aos outros

Vamos Descobrir
Moisés foi um homem que possuía as características de um bom Líder, além de ter sido escolhido por Deus para esse ofício. A liderança de Moisés foi muito significativa. Ele não apenas guiou e organizou o povo em termos legais e civis. Mas, seguindo as orientações de Deus, ele estabeleceu um código de ética em Israel e os parâmetros de culto ao Senhor. Outro grande líder que se desenvolveu no deserto foi Josué. Ele sempre acompanhava Moisés e deu continuidade ao seu legado, adentrando o povo à Terra Prometida. 

Hora de Aprender
 
I – A LIDERANÇA DE MOISÉS

1- Moisés, um grande líder.
Moisés foi um homem escolhido por Deus. Ele preparou Moisés por 80 anos até que ele ficasse apto para liderar o povo rumo a Canaã. Durante 40 anos Moisés viveu no Egito e por mais 40 anos ele morou no deserto (At 7.23,30). Quando finalmente estava apto a liderar o povo escolhido, Deus o chamou para essa grande missão. Moisés, durante o exercício do seu ministério, demonstrou algumas qualidades que são indispensáveis para um líder: comunhão com Deus, obediência à voz do Senhor, longanimidade, sabedoria e perseverança.

Além de ser temente a Deus, Moisés teve coragem para enfrentar a tirania do Faraó (Êx 5.1); ele também era um excelente ouvinte e julgava as questões do povo (Êx 18.13). Moisés ficava o dia inteiro ouvindo os dilemas do povo e ainda propunha soluções para os problemas. Além disso, ele também era extremamente humilde (Nm 12.3). Essas qualidades não são importantes apenas para pessoas em posição de liderança. Nós que somos cristãos devemos nos inspirar no exemplo de Moisés e procurar desenvolver em nossas vidas essas mesmas qualidades (Mt 5.5-9).

2- Trabalho em equipe.
Na vida de Moisés também podemos observar uma conduta muito sábia. Ele ficava muito tempo ocupado ouvindo as questões que existiam entre o povo, instruindo as famílias e ensinando os mandamentos de Deus (Êx 18.16). Porém, certo dia, ele recebeu a visita do seu sogro, Jetro. Observando a rotina de Moisés, Jetro sugeriu uma nova dinâmica de atuação. Ele orientou Moisés a trabalhar em equipe e delegar responsabilidades.

Em vez de fazer tudo sozinho, Moisés poderia nomear novos líderes e juízes que ajudariam o povo a se organizar e Moisés atenderia apenas às pessoas com problemas mais graves (Êx 18.21,22). Moisés aceitou o conselho de seu sogro e escolheu homens para serem chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez pessoas. Tais líderes atendiam às questões mais fáceis e levavam apenas as mais difíceis para Moisés (Êx 18.24-26).
 
I- AUXÍLIO DEVOCIONAL
“Aqui está um teste rápido de liderança. O líder olha nos olhos da pessoa que fala com ele? Nesse caso, o líder é atento, interessado e preocupado com as necessidades do membro da equipe […]. Bons líderes levam as pessoas a sério. Escutam cuidadosamente as palavras, inflexão e emoções expressas pelos outros. Líderes escutam as ideias dos seus associados. Podem não agir em toda sugestão que recebem, mas escutam com atenção para ouvir metodologias novas […].

Também escutam reclamações. Líderes entendem que emoções guardadas podem ser explosivas e sufocantes ou poderia muito bem sufocar os esforços do resto da equipe. Avaliam o feedback dos membros de equipe críticos. Compreendem que os gritos e preocupações dos outros são brados pela atenção pessoal. Os líderes aprendem porque eles ouvem” (TOLER, Stan. Minutos de motivações para líderes. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 63).
 
II- A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE E DA ESPIRITUALIDADE DO POVO
Os israelitas haviam saído recentemente de um longo período de escravidão em uma nação idólatra, por isso era preciso que Deus tratasse o povo e ensinasse as leis, de acordo com a sua vontade. Durante a jornada no deserto o povo recebeu a Lei do Senhor e aprendeu a adorá-lo. Esse foi o legado do ministério de Moisés. Por meio dele, Deus instruiu o povo escolhido a andar justamente e guardar seus mandamentos e estatutos.

1- Os 10 mandamentos.
Moisés, obedecendo a voz do Senhor, subiu ao monte Sinai e recebeu as duas placas de pedra com os mandamentos, escritos pelo próprio Deus (Êx 31.18). Estes mandamentos eram para orientar o povo sobre a sua conduta em relação a Deus e ao seu próximo.

Os 10 mandamentos são:
• “Não adore outros deuses; adore somente a mim” (Êx 20.3);
• “Não faça imagens de nenhuma coisa que há lá em cima no céu, ou aqui embaixo na terra, ou nas águas debaixo da terra” (Êx 20.4);
• “Não use o meu nome sem o respeito que ele merece […]” (Êx 20.7);
• “Guarde o sábado, que é um dia santo […]” (Êx 20.8);
• “Respeite o seu pai e a sua mãe […]” (Êx 20.12);
• “Não mate” (Êx 20.13);
• “Não cometa adultério” (Êx 20.14);
• “Não roube” (Êx 20.15);
• “Não dê testemunho falso contra ninguém” (Êx 20.16);
• “Não cobice a casa de outro homem […]” (Êx 20.17).

Além desses mandamentos, o Senhor entregou a Moisés diversas orientações, revelações, leis e estatutos, que estão registrados em um conjunto de cinco livros que são identificados como Pentateuco e chamados pelos judeus de livros da “Lei” (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio). A Lei do Senhor orientou e formou a identidade do povo de Israel, que se tornou uma nação que era referência para todos os povos, pois adorava ao único Deus verdadeiro e era guiada por seus princípios de justiça.
 
2- A ordem para a construção do tabernáculo. 
A fim de estabelecer a adoração de forma santa e agradável no meio do povo de Israel, Deus ordenou a construção do Tabernáculo (Êx 25.1,8,9). Mas, talvez alguém questione: “como eles poderiam fazer algo assim no meio do deserto”? O povo saiu do Egito levando muitos despojos (Êx 12.35,36). Sabendo disso, Deus pediu uma oferta especial de diversos materiais (Êx 25.2-7) com o objetivo de construir o Tabernáculo (Êx 25.8).

A Tenda Sagrada (Tabernáculo) deveria ser construída de acordo com a orientação divina. Cada detalhe da construção, objetos sagrados e roupas dos sacerdotes, deveria ser executado de acordo com o plano de Deus (Êx 31.7-11). Tudo foi confeccionado e o Tabernáculo foi erguido cerca de 1 ano depois que os israelitas saíram do Egito (Êx 40.2,17). “Então a nuvem cobriu a Tenda, e ela ficou cheia da glória de Deus, o Senhor” (Êx 40.34). Assim Deus habitou e atuou no meio do seu povo.
 
II- AUXÍLIO DIDÁTICO
“O Tabernáculo foi montado no Sinai no primeiro dia, do primeiro mês, do segundo ano (Êx 40.2,17), isto é, 14 dias antes da celebração da Páscoa no primeiro aniversário do Êxodo. Quando os israelitas recomeçaram a sua viagem, seis carros carregaram todas as coisas exceto a arca e os dois altares (Nm 7). Antes de deixar o Sinai, o altar da oferta queimada e os utensílios de ouro e prata foram consagrados.
O Tabernáculo havia permanecido levantada no Sinai por 50 dias (Nm 10.11). Do Sinai até Canaã se passaram mais 39 anos. Destes, quase 38 anos foram passados em Cades. Os sacrifícios comuns não foram oferecidos durante esse período (Am 5.25). […] Quando Israel finalmente entrou na terra de Canaã, uma das primeiras considerações foi encontrar um lugar de descanso para o Tabernáculo. Este deveria ser um lugar que não houvesse sido habitado e que estivesse livre da contaminação das sepulturas humanas.
Tal lugar foi encontrado em Gilgal (Js 4:19; 5.10; 9.6; 10.6,43). Gilgal, porém, nunca foi considerado um local permanente. A questão de um local permanente foi uma questão de ciúme intertribal, e foi assim enfim fixado pela remoção de Tabernáculo para Siló (Js 18.1)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1874).
 
III- JOSUÉ, O FIEL APRENDIZ

1- Josué, o fiel aprendiz. 
Josué foi alguém que sempre esteve junto de Moisés, desde os momentos de guerra (Êx 17.8-10) aos momentos de oração (Êx 24.13). O texto bíblico relata que Josué era o moço, aprendiz de Moisés, e após o libertador de Israel falar com Deus face a face, na Tenda da Presença, e sair de volta ao acampamento israelita, Josué permanecia na Tenda (Êx 33.11).

Portanto é evidente que Josué foi influenciado pela liderança de Moisés, pois sempre estava junto do seu líder, orando com ele e o acompanhando em diversas situações. Essa mentoria de Moisés ajudou a Josué na sua formação pessoal e espiritual. Josué era um dos espiões que foram observar a Terra Prometida e voltou com relatório positivo, confiando na promessa de Deus (Êx 14.6-8). Também o próprio Deus deu testemunho de Josué, dizendo que ele era competente (Nm 27.18). Ter um bom testemunho, tanto da parte dos homens, quanto da parte de Deus é fundamental para o cristão.

2- A transição da liderança.
Moisés, mesmo sendo um grande líder, não pôde entrar na Terra Prometida. Em certa ocasião, quando faltou água ao povo, Deus pediu a Moisés que falasse à rocha que ela jorraria água. Todavia, Moisés desobedeceu e feriu a rocha com o seu cajado duas vezes (Nm 20. 7,8,11,12). O milagre da água jorrar aconteceu, pois era uma extrema necessidade do povo, mas como consequência, Moisés (e seu irmão Arão) não puderam entrar em Canaã. Deus permitiu a Moisés apenas observar e ver de longe a beleza da terra que Ele prometeu e que entregaria ao seu povo (Dt 34.4).
Esse episódio da vida de Moisés deixa claro que nossas ações têm consequências diante de Deus e diante dos homens e que precisamos nos manter fiéis, mesmo em momentos de grande pressão e desgaste emocional. Após 40 anos de liderança, Moisés já se encontrava com 120 anos de idade e Deus ordenou que ele nomeasse um novo líder. O sucessor escolhido por Deus foi Josué (Nm 27.18-20).

Reconhecendo que seu tempo estava passando (Dt 31.2), Moisés põe Josué diante do povo e o encoraja a liderar a nação de Israel (Dt 31.7). Assim, Moisés deixou bem claro para todo o povo que Josué seria seu sucessor. A liderança de Moisés foi transferida para Josué, que deu continuidade à grande missão de levar o povo de Israel até Canaã (Dt 34.9).
 
III- AUXÍLIO DIDÁTICO
“O texto de Deuteronômio 34.9 revela que Josué havia sido escolhido por Moisés para substituí-lo posteriormente. Até chegar ao ponto de estar devidamente preparado para aquela missão, Josué demonstrou ser um homem cheio do espírito de sabedoria’ mediante atitudes que tomou ao longo de sua vida. Logo no primeiro capítulo do seu livro (Josué), destaca-se uma lista de qualificações despertadas pelo Senhor para se ter uma liderança eficaz:

Primeira, força e coragem para enfrentar as ameaças (Js 1.6,7,9); segunda, prioridade com a Palavra de Deus, meditando nela, dia e noite (Js 1.8); terceira, obediência incondicional às diretrizes divinas para obter êxito (Js 1.7,8). Por estas qualificações Josué teria eficácia e prosperidade em sua missão de liderança” (CABRAL, Elienai. Josué: um líder que fez a diferença. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 19).
 
CONCLUSÃO
A liderança de Moisés foi muito significativa para a história de Israel. Ele foi a pessoa que Deus usou para tirar os hebreus do Egito e para guiá-los no deserto rumo à Canaã. Durante essa jornada, Deus usou Moisés para transformar o povo de Israel em uma nação organizada, com leis civis. Acima de tudo, Ele ensinou a Lei de Deus ao povo e instituiu a adoração, segundo a orientação do Senhor. A missão de liderar o povo de Israel após a partida de Moisés foi entregue a Josué.
 
VAMOS PRATICAR

1- Assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso nas afirmações abaixo:
( F ) Moisés não aceitava conselhos e trabalhava sozinho.
( V ) Os israelitas haviam saído de um longo período de escravidão em uma nação idólatra, por isso era preciso que Deus tratasse o povo e ensinasse as leis de acordo com a sua vontade.
( F ) Josué, por seu um aprendiz rebelde e ausente, foi escolhido para ser o novo líder e sucessor de Moisés.
( V ) Josué era um dos espiões que foram observar e Terra Prometida e voltou com relatório positivo.
 
Pense Nisso
A obra de Deus requer coragem. Deus nos chama para desafios que são muito grandes e nós, muitas vezes, não nos sentimos capazes de aceitar o chamado. Todavia, os exemplos de Moisés e Josué nos inspiram a seguir em frente. Ambos foram corajosos e tementes a Deus. Com eles, aprendemos que pela fé podemos vencer grandes desafios.

Fonte: CPAD


ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 3 / 2º Trim 2023



AULA EM 16 DE ABRIL DE 2023 - LIÇÃO 3

(Revista CPAD)

Tema: Ciúme, o Mal que Prejudica a Família


TEXTO ÁUREO
“Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa”. (Tg 3.16)

VERDADE PRÁTICA
O ciúme é uma obra da carne e só o fruto do Espírito é capaz de superar as consequências ruins dessa emoção.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Pv 6.34 O ciúme desperta a fúria das pessoas
Terça – 1 Co 3.3 Onde há ciúme há carnalidade
Quarta – Mc 15.10 Pessoas perseguiram Jesus por causa do ciúme
Quinta – Gl 5.25 Rejeitando o ciúme de maneira convicta
Sexta – Fp 4.8; Pv 4.23 Protegendo a mente e o coração do ciúme
Sábado – 1 Co 13.4 O antídoto do perfeito entendimento do amor

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Gênesis 37.1-4,11,18,23,24,28
1 – E Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã.
2 – Estas são as gerações de Jacó: Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; e estava este com os filhos de Bila e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia uma má fama deles a seu pai,
3 – E Israel amava a José mais do que todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores.
4 – Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente.
11 – Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.
18 – E viram-no de longe e, antes que chegasse a eles, conspiraram contra ele, para o matarem.
23 – E aconteceu que, chegando José a seus irmãos, tiram a José a sua túnica, a túnica de várias cores que trazia.
24 – E tomaram-no e lançaram-no na cova; porém a cova estava vazia, não havia água nela.
28 – Passando, pois, os mercadores midianitas; tiraram, e alçaram a José da cova, e venderam José por vinte moedas de prata aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito.

INTRODUÇÃO
- "A história dos filhos de Jacó não só é comovente, mas dramática. José, filho amado do patriarca, foi alvo do ciúme dos seus irmãos. É verdade que Jacó tinha certa preferência por ele. Por isso, tornou-se uma pessoa de confiança do velho pai.", é claro que o ciúme invejoso dos irmãos de José trouxe o mal para a família, mas Jacó também teve sua parcela de culpa nesses acontecimentos, ao demonstrar tão claramente sua preferência por José.
- "José delatava todas as más ações de seus irmãos para o patriarca da família. Por esse motivo, eles o viam como um delator e merecedor das hostilidades deles.", aqui demonstra a parcela de culpa de José, pois ao se comportar dessa forma, estava provocando os seus irmãos. E principalmente, há a culpa dos irmãos de José, que será tratada nessa lição.
- "A lição de hoje não tem o objetivo de tratar dos aspectos gerais da história de José, mas enfatizar essa relação de conflito dentro da família de Jacó. Vejamos as consequências para uma família em que a inveja e o ciúme estão presentes.", ao analisar essas situações de conflitos, podemos comparar com as famílias de hoje e trazer ensinamentos para os dias atuais. Existem irmãos hoje, que não se falam, casamentos destruídos e parentes afastados, por causa de ciúmes. Essa lição visa corrigir esses problemas no meio do povo de Deus.

I – A FALHA NO TRATAMENTO DOS FILHOS

1- A preferência de Jacó.
- "Em Gênesis 37, lemos que “Jacó amava a José mais do que a todos os seus filhos” (Gn 37.3). É possível que o patriarca, tenha percebido que havia algo especial em relação a José.", José era o filho da velhice, e por algum tempo ficou como o caçula. Uma outra possibilidade é que José era muito amado por ser filho da mulher que Jacó mais amava, Raquel, mas essa possibilidade não é mencionada na Bíblia.
Sobre a percepção de que havia algo especial sobre José, é possível por causa de seus sonhos diferenciados, e há uma passagem que aponta que Jacó notou algo, veja:
"Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai porém guardava este negócio no seu coração.", Gênesis 37.11 (grifo meu)
 
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