INICIE CLICANDO NO NOSSO MENU PRINCIPAL

segunda-feira, 24 de abril de 2023

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 5 / 2º Trim 2023


A necessidade da reconexão entre o ser humano e Seu Criador
30 de Abril de 2023



TEXTO ÁUREO
“E buscar-me-ei, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.” Jeremias 29.13

VERDADE APLICADA
Ao longo das Escrituras vemos Deus se revelando e chamando o ser humano ao arrependimento, visando a restauração da comunhão com Ele.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
MOSTRAR a busca do homem para se reatar com Deus.
DESTACAR que o homem não vive bem longe de Deus.
RESSALTAR que Deus provê os caminhos de volta para Ele.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÊNESIS 4

1- E conheceu Adão a Eva, sua mulher, a ela concebeu, e teve a Caim, e disse: Alcancei do Senhor um varão.
2- E teve mail a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra.
25- E tornou Adão a conhecer a sua mulher; e ela teve um filho, e chamou o seu nome Sete; porque, disse ela, Deus me deu outra semente em lugar de Abel; porquanto Caim o matou.
26- E a Sete mesmo também nasceu um filho, e chamou o seu nome Enos. Então se começou a invocar o nome do Senhor.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Lv 26.40-45 Promessas de Deus para o povo de Israel.
TERÇA Dt 4.29-31 O dever de buscar a Deus de todo coração.
QUARTA 2Cr 7.7-14 O caminho do arrependimento.
QUINTA Is 55.6-13 Buscar o Senhor enquanto se pode achar.
SEXTA At 17.24-27 Deus não habita em templo feitos por homens.
SÁBADO Tg 4.6-10 Devemos nos humilhar perante o Senhor.

HINOS SUGERIDOS 169, 171, 172

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que possamos enxergar com mais clareza o valor de Deus.

INTRODUÇÃO
Esta lição tem por objetivo mostrar que Deus não abandonou o homem, mesmo depois de pecar. Em toda a história do Antigo Testamento, vemos o desenvolvimento do plano divino para resgatar o ser humano a as diferentes respostas deste ao Criador.

PONTO DE PARTIDA O homem não pode viver bem longe de Deus

1- O DESENVOLVIMENTO DA RELIGIÃO
A religião (latim: “religare”) traz a ideia de religar algo que se rompeu. Da necessidade de Deus depois da queda nasce então a tentativa do homem em reatar seu relacionamento com Deus.

1.1. Acesso negado.
De todas as consequências do primeiro pecado do homem, a pior delas com certeza foi a ruptura da comunhão com Deus. O relacionamento foi rompido e a intimidade de antes se perdeu [Gn 3.8-10]. O Jardim, o qual Deus “passeava (…) pela viração do dia’; tem agora seu acesso negado à sua entrada vigiada por querubins guardiões [Gn 3.22-23]. A mensagem é clara: o acesso a Deus não era mais livre. Mesmo assim, vemos ao longo da história da humanidade que o ser humano, criado para Deus, continuou procurando reconectar-se com o Criador.

Professor(a): O Novo Comentário da Bíblia – F. Davidson: “É possível que essa árvore tenha sido qualquer árvore, tão somente simbólica da “vida” que o homem, se não tivesse pecado, poderia ter desfrutado em comunhão com Deus. E coma e viva eternamente [Gn 3.22]. O tomar e comer são expressões simbólicas da maneira de como desfrutamos da vida eterna. Mas dessa vida não podia Adão agora desfrutar; por conseguinte, em figura, a “árvore” posta fora do alcance do homem, ainda que ela, durante sua inocência, tivesse sido símbolo de sua benção”

1.2. Sinais de misericórdia.
O casal foi lançado fora do jardim, mas o Senhor Deus, com cuidado, misericórdia e graça, continuou se revelando e interagindo com a humanidade por diversos meios. Eva entendeu que Deus ter-lhe dado um filho depois do pecado era sinal do favor e interesse de Deus e esperança para a humanidade [Gn 4.1]. Adão e Eva ensinam seus filhos sobre Deus e o dever de adorá-lo [Gn 4.3-4]. Cada qual trouxe o que parece ser sua primeira oferta a Deus, dando assim sinais de reconexão do homem com Deus. Porém, a Escritura nos diz que “(…) atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta, mas para Caim e para a sua oferta não atentou” [Gn 4.4-5].

Professor(a): Para nos reconectarmos com Deus, não adianta simplesmente cumprir obrigações religiosas. É necessário obedecer a vontade de Deus do jeito de Deus [Gn 4.6-7]. Abel estava mais alinhado com o princípio divino. De qualquer forma, Hebreus 11.4 diz que “Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo”. Sua oferta, porém, nos aponta para uma mais excelente, que é a de Cristo, o verdadeiro justo de Deus [Hb 12.24].

1.3. Um “amor” por Deus sem amor pelo próximo?
A devoção de Caim por Deus se mostrou meramente religiosa no fato de que o ato de adoração se tornou um motivo para um ato de crueldade ao seu próximo [Gn 4.5-8]. Como o coração de Caim mudou tão rapidamente? Na verdade, não mudou. O amor verdadeiro por Deus necessariamente estabelece em nós um amor pelo próximo [1Jo 4.19-21]. Uma religiosidade que não ama o próximo é uma religiosidade de Satanás, por mais sacrificial que ela pareça [1Jo 3.12]. Quando fazemos da nossa adoração uma forma de sermos aceitos por Deus, nos desligamos do evangelho de Cristo, que é o que nos torna aceitos por Deus [Gl 5.4]. E isso nos desliga do próximo [Ef 2.14-16].

Professor(a): Subsídio do Professor: “Onde está Abel, teu irmão” [Gn 4.9]. O nosso problema de relacionamento com Deus afeta o nosso relacionamento com o próximo. Caim matou seu irmão, porque estava mal com Deus. E é isso que somos capazes de fazer. Talvez não cheguemos ao homicídio físico, mas chegamos ao homicídio espiritual. Não só ativamente, mas também passivamente. A pergunta de Deus “Onde está Abel, teu irmão?” é: Como está o seu irmão? Caim era o irmão mais velho. Deveria cuidar do seu irmão mais novo. Com a nossa relação com Deus afetada, só conseguimos pensar em nós mesmos. Quando Deus perguntou a Caim por Abel, veja o que ele respondeu: “Não sei; sou eu guardador do meu irmão?” [Gn 4.9].

EU ENSINEI QUE:
Deus sempre deixa rastros divinos para que o homem tenha a chance de reencontrá-lo.

2- UM NASCIMENTO DA ESPERANÇA
O nascimento de Enos, neto de Adão, traz uma nova esperança para que a humanidade se volte para Deus. O homem criado à imagem de Deus não pode seguir bem a vida longe dEle.

2.1. O início da adoração comunitária. 
Como Caim matou Abel e passou a viver a vida fugindo de Deus [Gn 4.16], Deus dá a Adão outro filho, chamado Sete. Interessante notarmos que, após o nascimento de Enos, as pessoas começaram a invocar o nome do Senhor [Gn 4.25-26]. Gênesis 5.1 nos lembra que Adão e Eva foram criados à semelhança de Deus, sem pecado. Aos 130 anos Adão gerou “um filho à sua semelhança” [Gn 5.3]. Isso pode significar que Sete herdou do seu pai Adão tanto a imagem de Deus quanto as máculas da queda do Éden. Sete substituiu Abel morto não apenas como filho de Adão, mas como herdeiro de uma fé genuína e amor a Deus. Há uma clara distinção de relação com Deus entre os descendentes de Caim e os de Sete.

Professor(a): Comentário Bíblico Broadman – Gênesis: “Em contraste com a linhagem de Caim, uma nova direção tem início, com o nascimento de Sete a Adão e Eva. Desta vez, a alegria de Eva é misturada com tristeza, e ela usa um termo mais impessoal para referir-se a Deus. Quando nasceu um filho a Sete, que lhe deu o nome de Enos (fraqueza), os homens começaram a invocar o nome do Senhor (Yahweh). Em sua força, a linhagem de Caim não sentirá necessidade de Deus; em sua fraqueza, Enos reconheceu que tinha necessidade dele. A força de Caim por fim de nada lhe adiantaria. Enos iria estabelecer uma linhagem que nunca teria fim.”

2.2. Andar com Deus. 
Descendendo de Sete se destaca uma figura: Enoque [Gn 5.8-18]. Ser alguém piedoso não garante que toda sua descendência será. Porém, a narrativa de Gênesis mostra como Deus sempre levanta em gerações futuras alguém que siga o caminho de devoção dos seus antepassados. Enoque andou com Deus [Gn 5.22]. Não diz que começou a andar, mas que sua vida foi um andar com Deus, mesmo vivendo neste mundo e tendo filhos. As coisas do mundo não o atraíam. Enoque se encaixa no anseio do salmista [Sl 73.25]. Deus, portanto, tomou para si aquele que não via no mundo motivo de satisfação. Seu anseio por Deus foi tamanho que a maldição do “morrerás” lançada sobre Adão e seus descendentes pulou sua vida.

Professor(a): Comentário Bíblico Champlin – Gênesis: “O propósito da genealogia do quinto capítulo do Gênesis é expor diante de nós a linhagem piedosa de Sete, em contraste com a linhagem de Caim [Gn 4.17-19]. Ambas as linhagens descendem de Adão: a linhagem piedosa e a linhagem ímpia. Da linhagem piedosa viria o povo de Israel e o Cristo. A outra linhagem produziria uma sociedade pecaminosa. A genealogia remonta à criação, chegando até Noé e seus filhos, o que arma o palco para o dilúvio, quando Deus cansou-se de tanta iniquidade que viera a permear ambas as linhagens que descendiam de Adão.”

2.3. Tempo de renovação. 
Enoque, antes de ser tomado pra Deus, gerou o avô daquele que seria usado por Deus para preservar a humanidade da completa extinção: Noé. Nos tempos de Noé o quadro da humanidade só piorava [Gn 6.5]. Temos uma sociedade que poderia ser dividida entre filhos dos homens (linhagem ímpia de Caim) e filhos de Deus (linhagem piedosa de Sete) [Gn 6.1-3]. Porém, esta última começa a se misturar com a primeira, multiplicando assim no mundo a impiedade [Gn 6.12]. Lameque profetiza que o nascimento do seu filho Noé traria consolo à terra amaldiçoada em Adão [Gn 5.29]. O consolo pode significar a destruição das cidades com o dilúvio trazendo consolo ao solo, como a própria limitação da maldade com o encurtamento da vida após o dilúvio.

Professor(a): Novo Comentário Bíblico: “A coisa mais importante pela qual Lameque é lembrado é seu descendente Noé, cujo significado do nome é o único comentado pelo narrador deste capítulo (este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o SENHOR amaldiçoou). A palavra Noé (hb. Noach, repouso) vem de um verbo que significa descansar, e está associado a alívio. O nascimento de Noé, para seu progenitor, significava uma inversão de curso para a humanidade.”

EU ENSINEI QUE:
Deus sempre desperta um remanescente que tem sede dEle.

3- UM NOVO COMEÇO COM DEUS
A tentativa do homem em se religar a Deus não pode ser bem-sucedida sem que antes aja uma iniciativa divina. Deus mesmo precisa prover os caminhos de volta para Ele.

3.1. As marteladas da longanimidade divina. 
Enquanto toda a humanidade se desviava de Deus e se entregava à impiedade, Noé seguiu os caminhos do seu avô Enoque e andava com Deus [Gn 6.9]. Ele não foi tomado para Deus como foi Enoque, mas foi preservado por Deus no dilúvio, junto com sua família [Gn 6.18]. Noé foi a única voz sensata num mundo perdido e cego pelo pecado. Foi considerado o pregador da justiça de Deus não em uma civilização injusta, mas em um mundo de injustiça [2Pe 2.5]. O longo tempo da construção da arca unido às marteladas de Noé nas madeiras da arca consistiam em uma pregação da longanimidade de Deus em dar aos homens a chance de se arrependerem [1Pe 3.20]. Ainda assim não creram nEle.

Professor(a): Comentário do Novo Testamento – Simon Kistemaker: “Quando Deus esperou pacientemente”. Uma tradução literal dessa parte do versículo é “quando a paciência de Deus continuava aguardando” (NASB), ou seja, a longanimidade de Deus durou 120 anos antes que ele destruísse a humanidade, exceto por oito pessoas, com o dilúvio. A construção da frase traduzida como “Deus esperou pacientemente” enfatiza a leniência de Deus antes de executar sua sentença sobre a raça humana (comparar com Gênesis 6.3). Desde o tempo de Adão até o dia em que Noé entrou na arca, Deus exercitou sua paciência

3.2. Adoração após o dilúvio.
Após o dilúvio que limpou a terra, de Sem, um dos filhos de Noé, descendeu a linhagem abençoada e piedosa [Gn 10.1; 11.10]. Após baixarem as águas do dilúvio, Noé levanta um altar ao Senhor e sacrifica animais limpos em holocausto [Gn 8.20]. Vemos aqui não apenas uma manifestação de gratidão pelo livramento, mas também a necessidade do homem de reconexão com Deus. O perfume da gratidão de Noé agradou a Deus a ponto dEle fazer uma aliança com Noé e prometer não mais destruir a terra com águas [Gn 8.21-22; 9.1-19]. Mas isso não parou o caudal do pecado [Gn 9.20-29]. A intemperança de Noé e imprudência e indiscrição do seu filho Cam dividiu o destino das três civilizações pós-diluvianas.

Professor(a): Comentários Bíblicos – Gênesis – João Calvino: “Aqui, porém, Moisés, em conformidade com seu costume, apresenta Deus com um caráter humano com o propósito de acomodar-se à capacidade de um povo ignorante. Pois nem mesmo se deve presumir que o rito do sacrifício, em si mesmo, fosse agradável a Deus como um ato meritório, senão que devemos considerar o propósito da obra, e não nos confinarmos à forma externa. Pois, a que mais Noé se propôs, senão reconhecer que havia recebido sua própria vida, e a dos animais, como dádiva somente da graça de Deus? Essa piedade exalou um bom e suave cheiro diante de Deus.”

3.3. A fé como um novo caminho pra Deus.
De Noé nasceu Sem e de Sem descendeu o grande patriarca Abrão [Gn 11.10, 26-27]. O nascimento de Abrão marcaria um novo rumo para a relação do homem com Deus. As maiores bênçãos prometidas a humanidade seriam dadas a Abrão. A esperança se renova porque finalmente uma nação, e não apenas alguns indivíduos, seria reconectada à comunhão com Deus por meio de Suas promessas e caminhos. Abrão, séculos depois, seria identificado como “pai de todos os que crêem” [Rm 4.11]. Deus se revelou a Abrão, o chamou, lhe deu ordens e promessas. Abrão creu e obedeceu [Hb 11.8]. Um verdadeiro exemplo para nós hoje: “Mas o justo viverá da fé” [Hb 10.38]. Fé não apenas no momento da conversão, mas fé em todo o tempo ao longo da jornada, assim como foi com Abraão [Hb 11.9, 11, 13, 17]. Deus é fiel à Sua Palavra e cumprirá Seus propósitos.

Professor(a): Comentário Bíblico Adam Clarke: “A fim de manter esta linhagem distinta, encontramos um cuidado especial que foi tomado por Deus. Onde havia dois ou mais filhos de uma família, Deus escolhia sempre alguém especialmente projetado para ser o canal que vai trazer o Seu Filho ao mundo. Assim, na família de Adão, Sete foi escolhido. Na família de Noé, Sem. Na família de Abraão, Isaque. Na de Davi, Salomão e Natã. Todas essas coisas são o zelo de Deus em uma providência especial, mostrando desde o início que Cristo veio com a promessa por graça divina e não pela descendência natural.”

EU ENSINEI QUE:
O dilúvio e a salvação de Noé e sua família trouxeram um novo rumo para o relacionamento com Deus.

CONCLUSÃO
A religião é a tentativa do homem de se aproximar de Deus. A redenção é a iniciativa de Deus em trazer o homem novamente para um relacionamento consigo.

Fonte: Editora Betel

Subsídio Lição 5 / Vídeo pré-aula


domingo, 23 de abril de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 5 / 2º Trim 2023



Motim em Família
30 de Abril de 2023



TEXTO ÁUREO
“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas (Fp 2.14)

VERDADE PRÁTICA
Das murmurações derivam as contendas. Por isso, devemos evitá-las em nossa família.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Sm 15.23 A rebelião é como o pecado de feitiçaria
Terça – 1 Co 10.10 A murmuração faz a família perecer
Quarta – Sl 31.13 A murmuração é o combustível do conluio
Quinta – At 6.1 A murmuração nos primórdios da Igreja
Sexta – Fp 2.14 Fazendo todas as coisas sem murmuração
Sábado – 1 Co 3.3 Paulo repreendeu a inveja entre os irmãos

Hinos Sugeridos: 121, 232, 474 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Números 11.1-7; 12.1-8

Números 11
1 – E aconteceu que, queixando-se o povo, era mal aos ouvidos do Senhor; porque o Senhor ouviu-o, e a sua ira se acendeu, e o fogo do Senhor ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial.
2 – Então o povo clamou a Moisés, e Moisés orou ao Senhor, e o fogo se apagou.
3 – Pelo que chamou aquele lugar Taberá, porquanto o fogo do Senhor se acendera entre eles.
4 – E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e disseram: Quem nos dará carne a comer?
5 – Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos. 6 – Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos.
7 – E era o maná como semente de coentro, e a sua cor como a cor de bélico.

Números 12
1 – E falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cuxita, que tomara; porquanto tinha tomado a mulher cuxita.
2 – E disseram: Porventura, falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu.
3 – E era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.
4- E logo o SENHOR disse a Moisés, e a Arão, e a Miriã: Vós três saí à tenda da congregação. E saíram eles três.
5 – Então, o SENHOR desceu na coluna de nuvem e se pôs à porta da tenda; depois, chamou a Arão e a Miriã, e eles saíram ambos.
6 – E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele.
7 – Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa.
8 – Boca a boca falo com ele, e de vista, e não por figuras; pois, ele vê a semelhança do Senhor; porque, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO – A insurreição de Miriã e Arão à liderança de Moisés é um exemplo perfeito para aprofundar o estudo de algumas das causas de desunião e contendas na família até os dias de hoje. Deus nos criou para a comunhão. Dessa forma, a família, como o primeiro e principal meio social humano, deve ser um ambiente seguro de cooperação e valorização das potencialidades e papéis individuais. Entretanto, como as Escrituras nos mostram desde a Queda, a primeira família já foi marcada por uma inveja tão corrosiva que culminou trata com tamanho rigor a murmuração de Miriã. Essa atitude foi usada contra o casamento de Moisés com uma midianita, para atacar o irmão, secretamente invejado. Por meio desse estudo, vamos nos munir da sabedoria para que tais mazelas não adoeçam nossos lares, como a contagiosa lepra que acometeu a Miriã.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar as raízes e danos causados pela murmuração entre o povo de Deus;
II) Identificar o real motivo que culminou a rebelião dos irmãos contra Moisés;
III) Conscientizar de que Deus honra o líder manso e humilde, punindo os que lhe intentam o mal.
B) Motivação: Como proteger a nossa casa dos males impregnados em nossa cultura e sociedade, tais como: a murmuração, inveja, disputa e rebelião? Quantas vezes, sem nem mesmo perceberem, os pais instigam os filhos à rivalidade, utilizando a comparação como: “Por que você não é obediente como o seu irmão?” Por meio desse estudo, propomos a anatomia desse clássico episódio familiar a fim de aprendermos a identificar e a combater traços tão comuns à nossa cultura que, se não vigiarmos, poderão entrar em nossos lares, causando grandes mazelas e rupturas familiares.
C) Sugestão de Método: Leve alguns dicionários e distribua-os entre voluntários dispostos a ler em alta voz. No decorrer da aula, de acordo com o tópico, peça que abram na página correspondente (previamente marcada por você para otimizar o tempo) e leiam o significado de palavras-chaves da lição, como por exemplo: Murmuração; insatisfação; insurreição, ciúme e, inveja, manso, humilde e/ ou qual mais julgar pertinente para ampliar e fixar o entendimento dos objetivos propostos.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A falta de gratidão e insatisfação constante por muitas vezes são sintomas de um problema oculto no interior do murmurador. Que saibamos identificar as causas e consequências desse mal, vigiando para que o nosso lar seja um ambiente de paz, no qual cada papel desempenhado no seio da família seja respeitado e apoiado mutuamente, como tão sabiamente o apóstolo Paulo aconselhou aos pais, filhos, esposas e maridos, quanto aos deveres domésticos (Ef 5.22-33; 6.1-4).
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 93, p. 38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “O Pecado de Miriã e Arão”, localizado ao final do primeiro tópico, aprofunda o contexto e a motivação por trás das críticas e insurreição dos irmãos contra Moisés;
2) O texto “A inveja causa a rebelião”, localizado depois do segundo tópico, elenca emblemáticos exemplos nos quais este terrível sentimento corrompeu corações e continua no âmago de uma infinidade de problemas pessoais, familiares e sociais.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos o motim formado por Miriã e Arão contra a liderança de Moisés. Veremos que esse motim foi em família, pois Moisés, Miriã e Arão eram irmãos. A presente lição nos exorta a respeito do cuidado com as murmurações e as contendas na família, que contribuem com a desarmonia familiar. Por isso, aprendemos que é prudente evitar as contendas familiares para que a paz e a harmonia reinem entre os santos.

PALAVRA-CHAVE: MURMURAÇÃO

I – A INFLUÊNCIA NEGATIVA DA MURMURAÇÃO

1- Assim nasce um motim.
A palavra “motim” refere-se aos atos explícitos de desobediência ou a uma reação negativa contra as regras e as ordens estabelecidas num grupo social. É o que vemos em Números 11 e 12. Nesses capítulos há uma descrição de murmurações que culminaram na rebelião familiar contra a liderança de Moisés. Vejamos agora três queixas que remontam à rebelião na família do legislador de Israel.

2- A primeira queixa.
Israel havia saído da região ao redor do Sinai, no qual havia relativa fertilidade para a produção de grãos e água. De repente, depois de andarem para além do Sinai e depararem -se com o inóspito deserto, os israelitas começaram a reclamar de que Moisés os havia trazido para morrerem naquele lugar, quando poderiam ter ficado no Egito. Aquela murmuração não só entristeceu a Moisés, mas a Deus, que havia libertado o povo do cativeiro egípcio. Por isso, Ele operou um juízo de fogo, destruindo um grupo de israelitas que vivia reclamando. O Senhor chamou aquele lugar de “Taberá” que significa “queimar” (Nm 11.1-3).

3- A segunda queixa (Nm 11.4-7).
Após experimentar o juízo de fogo, no lugar de se humilhar diante de Deus, o povo começou a murmurar contra o “maná” que a cada manhã Deus enviava, e a lembrar com saudades dos alimentos do Egito (Nm 11.4-6). Facilmente esqueceu-se de todas as privações experimentadas com os escravos no Egito. Esse povo esqueceu-se também dos milagres operados pelo Senhor, quando abriu o Mar Vermelho, quando transformou a água amarga em água doce e outros muitos milagres. A murmuração nos faz esquecer das boas coisas vivenciadas com Deus.

4- A terceira queixa (Nm 12.1-3).
No capítulo 12, após todo um contexto de murmuração apresentado no capítulo 11, temos a rebelião de Miriã e Arão contra a liderança de Moisés. Trata-se de uma rebelião na família de Moisés, Arão e Miriã. Em primeiro lugar, Miriã e Arão não aceitavam o casamento de Moisés com uma mulher cuxita, que por não ser de nenhuma família hebreia, mas da descendência de Cam, filho de Noé, teve muita resistência de aceitação, pois esse povo era considerado vil e desprezível. Porém, essa murmuração ia mais longe. Por serem mais velhos que Moisés, Miriã e Arão queriam ter um tratamento protagonista como o de Moisés (Nm 12.2). A inveja na família é um sentimento perigoso.

SINOPSE I
Os episódios de murmuração estão na origem do motim produzido pelos irmãos de Moisés.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
O PECADO DE MIRIÃ E ARÃO
“Pelo que deduzimos, a murmuração e a reclamação eram incontroláveis, pouco importando a severidade com que Deus as tratasse. Neste ponto, surgem nos escalões mais altos do acampamento, em Miriã, a profetisa (Êx 15.20), e Arão, o sacerdote. A passagem é bastante clara em mostrar que foi Miriã quem iniciou a crítica e que Arão, como sempre, foi mero porta-voz. A crítica que fizeram de Moisés era dupla: o desgosto por ele escolher uma esposa e a questão sobre porque Miriã e Arão não deveriam ser reconhecidos, ao lado de Moisés, como competentes para receber as mensagens de Deus” (MULDER, Chester O. et al. Comentário Bíblico Beacon – Volume 1: Gênesis a Deuteronômio. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.347).

II – O MOTIVO DA REBELIÃO DE MIRIÃ E ARÃO

1- A inveja.
Os dois alimentaram a ideia de que a liderança de Israel teria de ser compartilhada com eles. Miriã era uma profetisa e Arão, um sumo-sacerdote. Por isso, eles julgaram ter a mesma autoridade que Moisés, o irmão mais novo. Veja que a liderança era de Moisés, mas Miriã e Arão achavam-se no direito de liderar o povo. Ora, o papel deles era de cooperar na liderança de Moisés. Esse questionamento diz muita coisa: “Porventura, falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós?” (Nm 12.2). Uma inveja instalou-se no coração de Miriã e Arão, levando-os a um sentimento corrosivo, advindo do desejo de querer o lugar do outro. Tudo isso contra o próprio irmão. Esse mesmo sentimento é muito perigoso nos dias de hoje. Quando a inveja se instala no centro da família, as consequências podem ser trágicas.

2- O motim familiar promove dissabores e ofensas.
Embora Miriã exercesse um papel importante entre o povo como profetisa e conselheira (Êx 15.20,21), ela não poderia voltar-se contra Moisés. Embora Arão fosse um sumo-sacerdote, ele não poderia arder em ciúme contra o seu próprio irmão. Infelizmente, essa atitude de Miriã e Arão influenciou o povo contra a liderança de Moisés. Deus haveria de tratar com os dois irmãos. Devemos, portanto, lembrar de que um dos segredos para manter a família espiritualmente equilibrada é a prática do respeito mútuo entre os familiares.

SINOPSE II
A inveja de Arão e Miriã obteve severo tratamento do Senhor.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
A INVEJA CAUSA A REBELIÃO
“Os irmãos de José tiveram inveja do favor de seu pai Jacó, e cobiçavam o papel de filho favorito. Certo ou errado, Jacó escolheu José para um lugar especial na família. Deus, por sua presciência, deu sonhos a José, que estava sendo preparado, sem saber, para sofrimentos e triunfos futuros. A inveja é geralmente baseada no temor — medo de perder algo. A inveja é sempre uma emoção egoísta. Deus deu sonhos a José, e então seus irmãos perderam o prestígio. Quando Jacó presenteou José com uma túnica multicolorida, o orgulho e a autoestima dos irmãos foram feridos, produzindo a necessidade de retaliação. Muitos dos nossos problemas são resultado direto de um coração invejoso. Devemos nos observar cuidadosamente” (DORTH, Richard W. Orgulho Fatal. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp.68,69,75).

III – MOISÉS: UM HOMEM MANSO E HUMILDE

1- mais manso que havia na Terra.
A Bíblia declara que Moisés era um homem humilde e manso em atitudes (Nm 12.3). Ele não revidou a atitude de seus irmãos. Sua mansidão era uma qualidade de caráter que o distinguia dentre outros homens. No Sermão do Monte, Jesus disse: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (Mt 5.5). Mais à frente, no mesmo sermão, nosso Senhor disse: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9). Essas duas atitudes, enfatizadas pelo nosso Senhor, estavam presentes na liderança de Moisés para com o povo de Deus. Na mentalidade mundana, ser manso pode significar “fraqueza e covardia”, mas no ensinamento bíblico, implica capacidade de exercer o autocontrole, o domínio de si mesmo. Assim, a mansidão é uma das qualidades do Fruto do Espírito (Gl 5.23).
Moisés teve essa serenidade para agir com firmeza sem se deixar arrebatar pela ira. Mesmo sabendo da murmuração e da sedição de Miriã e Arão contra a sua liderança, ele não teve atitude vingativa para com seus irmãos. Pelo contrário, orou para que Deus os perdoasse. Nesse sentido, a mansidão e a pacificação são virtudes que a família cristã não pode deixar de rogar a Deus e praticar. São duas virtudes indispensáveis ao equilíbrio da família cristã.

2- O fardo de uma liderança. 
No capítulo 11 de Números, após a segunda queixa do povo de Israel, Moisés desabafou com Deus a respeito do peso de sua liderança com os hebreus (Nm 11.11-15). Houve um momento em sua vida, em que o peso da liderança o deixou sem ânimo para continuar a missão de conduzir Israel à Terra Prometida. Então, recebeu a orientação direta de Deus para separar 70 anciãos dentre os príncipes de Israel (Nm 11.16). Ao escolher os 70 anciãos, o Espírito de Deus repousou sobre eles e começaram a profetizar (Nm 11.25). Esse episódio remonta o contexto da rebelião dos dois irmãos contra Moisés. Outrossim, é uma bênção quando o Espírito Santo é derramado sobre a família; no lugar do ódio, há amor; no lugar do ciúme e da inveja, há parceria e comunhão. Que o Espírito Santo opere o caráter de Cristo em nossa família!

3- A punição de Miriã e Arão (Nm 12.4.-7).
A rebelião provocada pela inveja de Miriã e de Arão contra a liderança de Moisés acendeu a ira do Senhor. Por isso, eles foram convocados, juntamente com Moisés, para fora da tenda (Nm 12.4). O Senhor desceu na coluna de nuvem, uma demonstração de sua presença, e falou diretamente com os dois revoltosos, mostrando-lhes a sua soberania divina. Ele deixou claro que, com Moisés, diferentemente do que fazia com eles, falava face a face, não por figura. Por causa da gravidade do pecado de Miriã em instigar seu irmão, Arão, a compactuar com ela contra Moisés, a punição foi imediata contra ela. Miriã ficou leprosa no mesmo instante e foi separada do arraial de Israel por sete dias (Nm 12.10,15). Assim, o texto mostra que todo motim no centro da família tem consequência trágica. Por isso, devemos pedir sabedoria a Deus para agir em nossa família. É preciso evitar as falsas acusações, as palavras atravessadas, a destruição de reputação de familiares. Esse não é um comportamento de quem manifesta o Fruto do Espírito (G1 5.22-24). A vontade de Deus é que a paz e a harmonia estejam sobre a família cristã, pois é o Espírito Santo que opera o caráter de Cristo na família.

SINOPSE III
Moisés é um exemplo de líder fiel, manso e humilde.

CONCLUSÃO
O motim levantado por Miriã e Arão tinha como causa a inveja da autoridade delegada por Deus a Moisés. Logo, as consequências de atitudes como essas produzem grandes prejuízos morais e espirituais na família. Por isso, o apóstolo Paulo aconselha que andemos no Espírito para que as obras da carne não dominem as nossas atitudes (Gl 5.25,26). É tempo de muita prudência.

REVISANDO DO CONTEÚDO
1- A que se refere a palavra “motim”? 
Refere-se aos atos explícitos de desobediência ou a uma reação negativa contra as regras e as ordens estabelecidas num grupo social.
2- Segundo a lição, por que Miriã e Arão não aceitavam o casamento de Moisés com uma mulher cuxita?
Por ela ser descendente de Cão, povo considerado vil. Porém, o real motivo era ciúme, pois queriam ter o mesmo protagonismo de Moisés.
3- O que acontece quando o sentimento do ciúme se instala na família?
Consequências trágicas.
4- O que a Bíblia declara a respeito de Moisés? 
Moisés era um homem humilde e manso em atitudes (Nm 12.3).
5- Dentre muitos comportamentos, quais precisamos evitar na família?
O ciúme, o motim e as obras da carne (Gl 5.25,26).

VOCABULÁRIO Albardar: Aparelhar, vestir, colocar peça de couro sobre o animal para o cavalheiro sentar-se.

Fonte: CPAD

Contatos Pr Marcos André: palestras, aulas e pregações: 48 998079439 (Claro e Whatisapp)


quarta-feira, 19 de abril de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 4 / 2º Trim 2023

A CORRUPÇÃO DO SER HUMANO
___/ ___/ ______



TEXTO DE REFERÊNCIA:  Gn 6. 1-7

VERSÍCULO DO DIA
"A terra, porém, estava corrompida diante da Face de Deus: e encheu-se a terra de violência. E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida, porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra", Gn 6.11-12.

3 OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Analisar o dilúvio e suas implicações;
- Pontuar o que representa a Torre de Babel;
- Perceber os pecados que levaram a destruição de Sodoma e Gomorra.

VERDADE APLICADA
Apesar de vivermos em um mundo corrompido, é possível viver segundo os padrões bíblicos.
 
MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos para que diante da corrupção generalizada do mundo atual, possamos estar firmes diante dos padrões da Palavra de Deus.
 
LEITURA SEMANAL
Seg Gn 6.5 A imaginação do homem era má.
Ter Gn 6.6 Deus se arrependeu de ter feito o homem.
Oua Gn 11.4 Uma construção pra tocar os Céus.
Qui Gn 11.7-8 Deus confunde a língua do povo.
Sex Gn 18.20-21 O pecado de Sodoma chegou aos Céus.
Sab Gn 19.24-25
As cidades são destruídas com enxofree fogo.

INTRODUÇÃO
No Livro de Gênesis, observamos que, em três momentos distintos da História, Deus interveio com juízos e castigos para frear as ambições e corrupções que dominavam o coração dos homens.
 
Ponto-chave
"Somente uma vida de temor, observância às Escrituras Sagradas e intimidade com Deus guardará o nosso coração da corrupção do mundo".
 
1 - NOÉ E O DILÚVIO
O primeiro episódio que retrata a degradação da humanidade está em Gênesis 6. No meio de uma geração perversa e corrompida, Noé acha Graça diante dos Olhos do Eterno e, em obediência a Deus, faz a maior embarcação daquela época.
 
1.1. Uma geração corrompida
Uma das interpretações afirmam que os filhos de Deus (descendentes de Sete), e as filhas dos homens (descendentes de Caim) se casaram e deram origem aos gigantes (Gn 6.1-4). A união dos piedosos de Sete com as mulheres incrédulas da descendência de Caim foi motivada pela atração fisica e isso começou a corromper o coração dos homens, a ponto de sua maldade multiplicar e agir com violência. Através destes casamentos mistos, a terra se encheu de imoralidade e os homens não cumpriam mais as normas espirituais de Deus. Sempre existiram duas descendências: a que serve a Deus e a que não o serve, e não podemos permitir que nossos desejos e ambições falem mais alto que a Voz de Deus em nosso ser. Deus exige separação e exclusividade.
 
1.2. Noé, o pregoeiro da justiça
Apesar da corrupção da humanidade, ao longo da História houveram homens e mulheres que viveram em obediência às ordenanças divinas. Na geração diluviana, por exemplo, Noé e sua família. O Texto Sagrado, diz que Noé achou Graça diante de Deus, era reto em sua geração e andava com Deus (Gn 6.8-9). Noé é um exemplo do servo convicto de seu pacto com Deus, mesmo que todos se curvem aos ditames do mundo, ele permaneceu fiel a Deus e a Sua Palavra. Infelizmente, vivemos numa geração, quando muitos têm se curvado a Mamon, aos desejos e prazeres da carne e etc, mas convém salientar que Deus nos chamou para viver uma vida de santidade e resplandecer como astros do mundo (Fp 2.15).
 
Refletindo
"A sociedade tenta imprimir um novo modelo de vida, mas o modelo de vida do crente já foi dito por Jesus e está revelado em Sua Palavra". Pr. Davi Nacif
 
2 - O EPISÓDIO DA TORRE DE BABEL
O episódio da Torre de Babel nos mostra a ambição humana, ao intentar construir uma torre que tocasse os céus, motivados pela exaltação pessoal e pelo culto ao poder. Deus não quis destruir estes habitantes, mas os espalhou ao confundir a língua de todos os homens.
 
2.1. Por que Babel desagradou a Deus?
O termo Babel significa "confusão, mas originalmente queria dizer "porta de Deus". A construção da torre fora feita  pelos descendentes de Noé, que primeiramente queriam permanecer unidos em um só lugar, enquanto o projeto de Deus era povoar a terra (Gn 9.1;11.4); outro motivo, era a exaltação pessoal; querendo estabelecer como o centro do poder humano e em terceiro lugar estavam excluindo Deus de seus projetos, pois queriam glorificar seu próprio nome. Fica evidente a insensatez humana, a ambição pelo poder e pela fama, características bem comuns de nossa época. Que Deus venha nos guardar da sedução dos projetos puramente humano, que venhamos reconhecê-1o em todos os nossos caminhos.

2.2. A contusão das línguas e a divisão do povo
Se podemos dizer, em concílio da Trindade, esta é a segunda vez que vemos a expressão no plural se referindo a Deus; "Eia, desçamos e confundamos... (Gn ll.7). A primeira vez foi na Criação do homem e
agora, para intervir nos projetos humanos frustrando seu orgulho e os espalhando na face da Terra. Naquele momento, Deus confunde a língua dos homens e eles não se entendiam mais de modo que a construção cessou. Houve momentos na História da humanidade que foi necessário haver uma intervenção Divina para nos recolocar na direção certa.

3 - A DESTRUIÇÃO DE SODOMA E GOMORRA
Um dos quadros mais terríveis do Antigo Testamento é justamente a destruição de Sodoma e Gomorra, onde Deus destrói literalmente as duas cidades com fogo e enxofre, pois seus pecados eram abomináveis ao Senhor.

3.1. Características dos Sodomitas
Quando Abrão se separa de seu sobrinho, e interessante notar que, Ló escolhe as campinas e que a Bíblia diz que aos olhos humanos pareciam o jardim de Deus (Gn 13.10). Mas, diferentemente dos primeiros habitantes do Éden, o povo de Sodoma e Gomorra era pecador contumaz. Os homens praticavam todo tipo de pecado a ponto de querer ter relações sexuais com visitantes (anjos), que estavam na casa de Ló. Em desespero, Ló chegou a oferecer aos sodomitas suas próprias filhas, mas eles as rejeitaram (Gn 19,1-5) e foram feridos de cegueira (Gn 19,11). Quando uma sociedade se perverte, os que querem viver diferente são atacados, mas o Poder de Deus nos protege através de Seu anjo (Sl 34.7).

3.2. Todo pecado é castigado
Sodoma e Gomorra é um exemplo claro de que Deus efetua o Seu juízo sobre aqueles que vivem uma vida dissoluta, que corrompem os pactos e mandamentos de Deus. Houve chuva de enxofre e fogo; dizimando as duas cidades. Apenas Ló e suas filhas foram salvos. Jesus, em Seu sermão profético, disse: "Lembrai-vos da mulher de Lớ, Lc 17.32. A mulher de Ló estava com o coração preso numa cidade condenada por Deus e por isso se tornou em uma estátua de sal (Gn 19.26). Que Deus nos ajude a não colocar o nosso coração em coisas proibidas e condenadas pelo próprio Deus. Deus pode até Amar o pecador, mas não tolera o pecado!

SUBSĪDIO PARA O EDUCADOR
O juízo de Deus sobre os homens é algo perceptível em toda a Bíblia, porém o derradeiro juízo será no Apocalipse, pois selará para sempre o destino do Diabo. Sobre o Dilúvio, existe bastante discussão a respeito de ter sido parcial, ou seja, limitado à área do Oriente Médio ou universal. Alguns defendem que foi local, pois o objetivo de Deus era apenas punir o pecador daquela localidade, porém vários textos fazem alusão a toda a Terra e que as águas do Dilúvio cobriram as montanhas mais altas e destruiriam toda criatura que estava fora da arca (Gn 7.19-23). Pela Antropologia Cultural sabemos que,
em diferentes continentes, existem tradições que aludem um grande dilúvio, inclusive detalhes de destruição em massa da humanidade, exceto uma família que escapou usando um grande barco. Existem também relatos de estudiosos que asseveram que grandes mudanças na crosta terrestre repentinas e drásticas alterações, tem conexão com o dilúvio narrado na Bíblia.

CONCLUSÃO
O juízo de Deus sobre os homens nos revela o Seu poder e domínio sobre a Terra, agindo em momentos específicos, mostrando ao homem que Ele detém o poder e o controle de todas as coisas.

Complementando
Os pecados evidenciados que ocasionaram o Dilúvio foram: Maldade (Rasah) - atitude perversa que tira
proveito do sofrimento alheio; e Violência (Hamas) - ação violenta contra o outro.

Eu ensinei que:
O distanciamento do homem, do seu Criador, o leva a uma vida de degradação pecaminosa que culmina
em consequência e juízo divino.

Fonte: Revista Betel Conectar






terça-feira, 18 de abril de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 4 / 2º Trim 2023


AULA EM 23 DE ABRIL DE 2023 - LIÇÃO 4
(Revista Editora Betel)

Tema: A alienação humana a partir da Queda

 
TEXTO ÁUREO
“E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.” Gênesis 3.10

VERDADE APLICADA
O pecado, ao nos alienar de Deus, provoca danos em todas as nossas relações.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Citar os efeitos do pecado em relação a si mesmo.
Mostrar o efeito do pecado em relação ao próximo.
Falar acerca dos efeitos do pecado em relação a Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

GÊNESIS 3
8- E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.
9- E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?
10- E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.
11- E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore que te ordenei que não comesses?
12- Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Gn 3.16-19 Os efeitos do pecado em relação a si mesmo.
TERÇA / Sl 103.8-18 Misericordioso e piedoso é o Senhor.
QUARTA / Ec 2.20-24 Os prazeres e as riquezas não dão felicidade.
QUINTA / Ef 5.22-28 O relacionamento entre Cristo e a Igreja.
SEXTA / 1Pe 3.1-6 Os deveres das mulheres e maridos cristãos.
SÁBADO / Ap 22.1 O rio da água da vida.

INTRODUÇÃO
- "Na lição anterior, estudamos sobre o maravilhoso relacionamento de Deus com o homem antes da queda. Nesta veremos as consequências do pecado nas relações."
, a lição vai tratar das consequências do pecado na relação do homem para com Deus, com o próximo e consigo mesmo. O pecado não somente afastou o ser humano de Deus, mas também alterou as emoções humanas e isso dificultou o relacionamento do ser humano com os demais indivíduos.
O título fala de “alienação”, o que pode ser entendido como as perdas humanas após a Queda, ou a perda do controle humano.

1- ALIENAÇÃO EM RELAÇÃO A SI MESMO

1.1. Vergonha de si mesmo.
- "A primeira alienação vivida pelo homem como consequência do pecado foi em relação a si mesmo. Satanás lhe promete mais liberdade. Eles acabam experimentando menos liberdade vivendo pela primeira a experiência da vergonha [Gn 3.7].", o ser humano ser alienando de si mesmo, significa que ele perde o controle de si próprio, passando a ser dominado por seus sentimentos e pelo pecado, pois antes da Queda, o ser humano era perfeito, mas ao se consumar o pecado, os sentimentos humanos foram corrompidos.

 
... adquira esse subsídio completo.


- PARA RECEBER ESSE SUBSÍDIO COMPLETO É SÓ ENVIAR UMA PEQUENA CONTRIBUIÇÃO DE R$ 3,00 para a chave PIX 48 998079439 (Marcos André)

Obs: Após fazer o PIX mande o comprovante ou avise pelo whatsapp (48 998079439) e lhe enviaremos os arquivos PDF e editável do subsídio, para o whats ou email.

Se desejar, pode fazer um único pix e deixar agendado as próximas lições!
 


___________________________________________________________

Se houver alguma dúvida, tire pelo whatsapp 48 998079439 - Pr Marcos André



ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 4 / 2º Trim 2023



AULA EM 23 DE ABRIL DE 2023 - LIÇÃO 4

(Revista CPAD)

Tema: Ídolos na Família


TEXTO ÁUREO
“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém!” (1 Jo 5.21)

VERDADE PRÁTICA
A adoração a ídolos implica priorizar tudo aquilo que se coloca no lugar de Deus.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – 2 Tm 3.5 Fique longe de pessoas assim
Terça – 1 Jo 2.15 Não ameis as coisas do mundo
Quarta – Is 42.8 O Senhor não divide a sua glória
Quinta – Lv 19.4 Não se volte para os ídolos
Sexta – Êx 20.3,4 Não farás nenhum ídolo
Sábado – Jn 2.8 Cuidado com os que desprezam a misericórdia

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 31.17-19,33-35; Juízes 17.1,3-5

Gênesis 31
17 – Então, se levantou Jacó, pondo os seus filhos e as suas mulheres sobre os camelos,
18 – e levou todo o seu gado e toda a sua fazenda que havia adquirido, o gado que possuía, que alcançara em Padã-Arã, para ir a Isaque, seu pai, à terra de Canaã.
19 – E, havendo Labão ido a tosquiar as suas ovelhas, furtou Raquel os ídolos que seu pai tinha.
33 – Então, entrou Labão na tenda de Jacó, e na tenda de Léia, e na tenda de ambas as servas e não os achou; e, saindo da tenda de Léia, entrou na tenda de Raquel.
34 – Mas tinha tomado Raquel os ídolos, e os tinha posto na albarda de um camelo, e assentara-se sobre eles; e apalpou Labão toda a tenda e não os achou.
35 – E ela disse a seu pai: Não se acenda a ira nos olhos de meu senhor, que não posso levantar-me diante da tua face; porquanto tenho 0 costume das mulheres. E ele procurou, mas não achou os ídolos.

Juízes 17
1 – E havia um homem da montanha de Efraim cujo nome era Mica,
3 – Assim, restituiu as mil e cem moedas de prata à sua mãe; porém sua mãe disse: Inteiramente tenho dedicado este dinheiro da minha mão ao Senhor para meu filho, para fazer uma imagem de escultura e de fundição; de sorte que agora o tornarei a dar.
4 – Porém ele restituiu aquele dinheiro a sua mãe, e sua mãe tomou duzentos moedas de prata e as deu ao ourives, a qual fez delas uma imagem de escultura e de fundição, e esteve em casa de Mica.
5 – E tinha este homem, Mica, uma casa de deuses, e fez um éfode e terafins, e consagrou a um de seus filhos, para que lhe fosse por sacerdote.

INTRODUÇÃO
- "Temos, nesta lição, duas histórias distintas que relatam a convivência com a idolatria dentro de casa. No primeiro caso, temos Raquel, a mulher de Jacó, que sabia que seu marido servia ao Deus de seus pais, e que Ele era, poderoso, invisível e não precisava de ídolos de sua imagem. Entretanto, Raquel achava-se insegura quanto ao seu futuro. Sentindo-se injustiçada pelo seu pai, que não lhe deu nenhuma herança, nem a ela, nem à sua irmã Leia, resolveu furtar as pequenas estatuetas, ou ídolos de seu pai, que eram os pequenos deuses dentro da casa de Labão.", esse primeiro caso pode representar nos dias atuais, uma pessoa que viveu tanto tempo na idolatria e que ao passar para povo de Deus, não consegue servir ao Senhor no seu coração, e assim passou a ter os ídolos em segredo dentro de sua casa. Acredite, há muitos crentes desse jeito nas igrejas.
- "O segundo caso é o de Mica, um efraimita, que viveu no tempo dos juízes em Israel e que, unindo-se aos danitas, fabricou ídolos e construiu um santuário para eles em sua casa. Nesta lição, veremos as consequências da idolatria dentro de uma casa.", os danitas mencionados aqui, são os da tribo de Dã, que era uma tribo do povo de Deus, mas essa tribo aceitou ídolos, isso pode representar, nos dias de hoje, os crentes apóstatas, que se dizem parte do povo de Deus, mas aceitam idolatria em suas vidas e em suas casas e acreditam que estão servindo a Deus.

I – OS ÍDOLOS ENCONTRADOS NA TENDA DE RAQUEL

1- A fuga de Jacó e sua família para a Terra Prometida.
- "Depois de muitos anos de trabalho para o seu sogro Labão, tendo prosperado muito, Jacó resolveu voltar à terra de seus pais (Gn 31-3,4)", naquele tempo a terra de Canaã já fazia parte da promessa feita a Abraão, mas na verdade eles ainda não viam aquela terra como "a terra prometida", tanto que quando Deus anuncia para Moisés que levaria o povo para ali, o Senhor fala como se Moisés não soubesse onde ficava.
"Portanto eu disse: Far-vos-ei subir da aflição do Egito à terra do cananeu, do heteu, do amorreu, do perizeu, do heveu e do jebuseu, a uma terra que mana leite e mel." Êxodo 3.17

Jacó volta, não pela terra de seus pais e não por ser a terra prometida, mas porque Deus ordenou, veja:

"E disse o Senhor a Jacó: Torna-te à terra dos teus pais, e à tua parentela, e eu serei contigo.", Gênesis 31.3 
Deus viu que as coisas não iriam ficar boas entre eles e também, Jacó tinha o direito da primogenitura, sendo assim, em Canaã ele tinha terras para habitar, um local ideal para uma fuga apressada.
 
....adquira esse subsídio completo.

- PARA RECEBER ESSE SUBSÍDIO COMPLETO É SÓ ENVIAR UMA PEQUENA CONTRIBUIÇÃO DE R$ 3,00 para a chave PIX 48 998079439 (Marcos André)

Obs: Após fazer o PIX mande o comprovante ou avise pelo whatsapp (48 998079439) e lhe enviaremos os arquivos PDF e editável do subsídio, para o whats ou email.

Se desejar, pode fazer um único pix  e deixar agendado as próximas lições!
 .

Pr Marcos André 

 
Pr Marcos André - Contato para TIRAR DÚVIDAS E ORIENTAÇÕES ou convite para palestras, aulas e pregações: 48 998079439 (Claro e Whatsapp)





segunda-feira, 17 de abril de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 4 / 2º Trim 2023

A conquista da Terra Prometida
23 de Abril de 2023



LEITURA BÍBLICA
Josué 1.1-9
 
A MENSAGEM
O meu servo Moisés está morto. Agora você e todo o povo de Israel se preparem para atravessar o rio Jordão e entrar na terra que vou dar a vocês. Josué 1.2
 
Devocional
Segunda » Js 1.9
Terça » Js 10.12-14
Quarta » Js 14.6-15
Quinta » Js 20.1,2,9
Sexta » Hb 11.30,31
Sábado » Js 24.14-16
 
Objetivos
MOSTRAR que a história de Israel é marcada por grandes milagres;
ENSINAR aos adolescentes a crerem no poder de Deus,
APONTAR a fidelidade de Deus, mediante o cumprimento da promessa sobre a conquista da terra prometida.

Ei Professor!
Nosso Deus faz milagres! Essa é uma afirmação poderosa. Nós devemos crer nessa verdade bíblica. A lição de hoje relata milagres extremamente poderosos: a abertura do rio Jordão, a queda das muralhas de Jericó, a chuva de pedras de gelo e a paralisação do tempo. Todos esses milagres foram feitos por Deus, a fim de cumprir os propósitos dEle com Israel. Por isso, cremos que, assim como Deus fez milagres por meio de Josué para dar vitórias ao povo de Israel, Ele pode também fazer milagres por meio de sua vida para abençoar outras pessoas, sobretudo seus alunos. Ore a Deus e peça que use você de forma poderosa no ministério do ensino.
 
Ponto de Partida
Para introduzir a aula, pergunte aos alunos se eles já tiveram alguma experiência milagrosa com Deus. Peça para que se recordem se conhecem alguém que foi curado ou liberto de pelo Senhor. Estimule ao máximo as participações e ouça atentamente cada compartilhamento. Em seguida, explique que antes de Josué iniciar sua jornada, na qual viu muitos milagres publicamente, ele teve uma experiência marcante com Deus em particular. Josué foi encorajado por Deus a ser forte e sempre seguir em frente em meio a desafios e adversidades. Assim, citando Josué como exemplo, faça uma aplicação à vida de seus alunos, expondo que quando estivermos frente a um grande desafio ou em meio a uma enorme adversidade, devemos crer que Deus está conosco e que nunca nos desamparará
Vamos Descobrir
Promessas são cumpridas por Deus, todavia devemos fazer a nossa parte para conquistá-las. E qual é a nossa parte? Nesta lição, veremos que Deus deixou bem claro para Josué que ele deveria ser forte e corajoso e meditar na Lei que aprendera com Moisés, para ser bem-sucedido em toda a sua jornada rumo à conquista de Canaã (Js 1.7).
 
Hora de Aprender
 
I – A PASSAGEM PELO JORDÃO
Após a morte de Moisés, Josué assumiu a liderança do povo de Israel. Quando o povo estava próximo ao rio Jordão, Deus apareceu a Josué e não só o encorajou a seguir em frente, mas também prometeu que estaria com ele, assim como foi com Moisés (Js 1.2,5,6). Josué encheu-se de fé e reuniu o povo, conclamando todos a se prepararem para atravessar o rio Jordão (Js 1.10,11).
Após alguns dias, o povo saiu do acampamento rumo à travessia do rio Jordão (Js 3.1). Era o período da colheita e, por isso, o rio estava cheio, com as margens cobertas de águas — o que tornava o desafio de atravessá-lo ainda maior (Js 3.14,15). No momento da travessia, os sacerdotes foram à frente carregando a Arca da Aliança, de acordo com a orientação divina.
Quando os sacerdotes pisaram no rio, as águas pararam de correr, interrompendo o fluxo natural, formando uma grande parede. Assim, o povo passou no meio do rio Jordão com os pés enxutos (Js 3.14-16). Os sacerdotes permaneceram no meio do rio enquanto o povo passava. Após a passagem de todos, doze pedras foram retiradas do meio do rio para servirem de memorial (Js 4.2,3). Esse grande milagre marcou a entrada de Israel à Terra Prometida.
 
I- AUXÍLIO TEOLÓGICO
“O Jordão é um rio estreito, exceto em época de inundação. Entretanto, mesmo nas enchentes, as margens rio acima bloquearam as águas em frente a Jericó tão modernamente quanto no século 19. Não obstante, está clara no texto a evidência do milagre parando águas nos dias de Josué. Deus podia ter usado meios naturais, m as o sobrenatural está confirmado por:
(1) predição do vento (3.13-14);
(2) o tempo exato do acontecimento (v. 15);
(3) a quantidade de água retida ‘num montão’ por mais de um dia (v. 16);
(4) o fato de o chão de rio drenado tornar-se imediatamente tão firme como ‘em seco’ (v. 17); e, o tempo da volta das águas quando os sacerdotes carregando a arca deixaram o leito do rio (4.18)’’ (RICHARDS, Lawrence O. Guia do leitor da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 146)
 
II- GRANDES BATALHAS

1- A conquista de Jericó.
Após a travessia do rio Jordão, o povo de Israel precisava conquistar as cidades de Canaã. Jericó, uma grande cidade fortificada, com muros altos, era a primeira delas. Josué enviou dois espiões até Jericó para colher informações, antes mesmo do povo atravessar o Jordão. Eles encontraram abrigo na casa de Raabe, uma prostituta (Js 2.1,2).
O rei de Jericó soube da presença de espiões e quis que Raabe entregasse os espias, mas ela os desobedeceu e os escondeu (Js 2.3-7). A conquista dessa cidade foi realizada assim: Deus ordenou que o povo rodeasse a cidade uma vez por dia, durante seis dias e no sétimo dia deveriam rodear a cidade sete vezes.
Durante o percurso, os sacerdotes foram à frente da Arca, tocando as cornetas (Js 6.3-5). Assim que todas as voltas foram dadas, Josué ordenou que o povo gritasse e o povo gritou com toda a força, e a muralha de Jericó caiu no chão, destruindo toda a força e segurança da cidade (Js 6.15,20).
Em seguida todos entraram na cidade e a conquistaram (Js 6.20). Entretanto, Raabe e toda a sua família foram salvos, pois abrigaram os espias israelitas e eles prometeram esse livramento (Js 6.17).

2- A batalha em Gibeão.
Após o povo de Israel conquistar a cidade de Jericó e a cidade de Ai, muitos reis passaram a temer os hebreus e outros se organizaram para batalhar contra Israel (Js 9.1). Os moradores de Gibeão decidiram que queriam fazer um acordo de paz com Josué. Imaginando, porém, que ele não faria uma aliança, eles resolveram enganá-lo.
Os gibeonitas formaram uma comitiva e enviaram até Josué, fingindo serem moradores de uma terra muito distante (Js 9.3,4). Eles conseguiram fazer um acordo de paz com Israel, pois os líderes hebreus não consultaram ao Senhor no momento da decisão (Js 9.14). Mesmo quando souberam que tinham sido enganados, não podiam mais quebrar a aliança, porque juraram em nome do Senhor, o Deus de Israel (Js 9.16-18).
Algum tempo depois, 5 reis amorreus uniram forças e com os seus exércitos cercaram e atacaram a cidade de Gibeão (Js 10.5). Josué estava em Gilgal e soube da notícia por meio de mensageiros gibeonitas. Devido à aliança que tinha feito, Josué saiu em socorro de Gibeão (Js 10.6,7). O exército de Israel atacou esses cinco reis de surpresa (Js 10.9). Os inimigos fugiram assustados e, enquanto eles fugiam, Deus fez cair do céu grandes pedras de gelo, as quais atingiram e mataram os inimigos (Js 10.11).
Nessa batalha, Josué orou ao Senhor e ordenou que o sol ficasse parado sobre Gibeão e a lua sobre o vale de Aijalom. E assim Deus fez. O tempo parou e o sol e a lua não saíram mais do lugar, até que o povo de Israel derrotou todos os inimigos (Js 10.12,13).

II- AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Os críticos citam os três milagres dramáticos do livro (a interrupção do fluxo das águas do Jordão, em Js 3.15-17; a queda dos muros de Jericó em 6.20; e o longo dia de Josué, 10.12-14) como evidências do seu caráter lendário (isto é, fictício). Mas a Bíblia registra milagres em várias passagens; portanto, o livro de Josué não é incomum neste aspecto. Uma perspectiva contrária ao sobrenatural pode considerar os milagres indefensáveis contra a crítica, mas o anti sobrenaturalismo é uma suposição filosófica, e não um fato científico ou histórico que possa ser demonstrado […].
O sobrenaturalismo bíblico se destaca, em contraste, porque os seus milagres não são corriqueiros. A relativa infrequência de milagres bíblicos pode ser vista no fato de que eles constituem uma parte pequena, embora importante, das narrativas, que abrangem aproximadamente dois milênios, desde os tempos de Abraão até a era apostólica […].
Na Bíblia, a soberania divina é demonstrada nas vitórias de Israel. Os israelitas entraram na terra de Canaã e tomaram posse dela pelo propósito divino e pelo poder de Yahweh, que já tinha prometido dar a terra a eles (Js 1.2-5)” (Bíblia de Estudo Defesa da Fé. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 370-371).
 
III- A ORGANIZAÇÃO DA TERRA
Depois de muitas batalhas, Josué conquistou diversas cidades (Js 11.16,17). Ele também distribuiu a terra entre as tribos do povo de Israel e procurou fazer isso de forma justa: tribos grandes ficaram com porções maiores e tribos pequenas com porções menores (Js 14.2-5). Neste processo, a história de um homem se destaca: Calebe, o príncipe de Judá. Ele tinha 45 anos quando Hebrom foi prometida a ele, ainda no deserto, na época em que foi espiar Canaã (Js 14.6-8).
Passados 40 anos, Calebe estava com 85 anos. Sua determinação foi tão grande que afirmou ter a mesma força e disposição da época em que recebeu a promessa (Js 14.10,11). Calebe foi extremamente confiante na promessa de Deus e tinha certeza de que seus inimigos seriam derrotados (Js 14.12,13). Assim, ele recebeu sua herança e conquistou a região que lhe foi entregue.
 
III – AUXÍLIO PEDAGÓGICO
As cidades de refúgio Deus estabeleceu as cidades de refúgio no território de Israel. O capítulo 20 de Josué nos apresenta esse tema. Essas cidades serviram de abrigo para quem cometesse homicídio não intencional esperar pelo julgamen­to em segurança (Nm 35.9-12). No total, 6 cidades foram designadas para servirem como refúgio para pessoas nessa condição. A metade delas ficava a leste do rio Jordão e as demais em Canaã (Nm 35.13,14).
Elas serviriam de abrigo tanto para o israelita como para o estrangeiro que precisasse de segurança para aguardar o julgamento. As cidades refúgios nos comunica a importância que Deus dá para a prática da justiça e testemunham da sua misericórdia para com os pecadores. Professor desafia sua turma a encontrar no capítulo 20 de Josué o nome das 6 cidades refúgios: Quedes, Siquém, Quiriate-Arba (ou Hebrom ), Bezer, Ramote e Golã (Js 20.7,8).
 
CONCLUSÃO
Deus foi com Josué durante todos os dias de sua vida: desde quando era apenas um aprendiz de Moisés até à ocasião em que assumiu o lugar de seu mentor e também quando liderou o povo na conquista de Canaã. As vitórias de Josué nas batalhas contra os inimigos vieram das mãos de Deus.
 
VAMOS PRATICAR

1- Encontre as seguintes palavras: JORDÃO, RAABE, SOL, LUA, CALEBE.

 
Pense Nisso
Leia Josué 1.7 e reflita: o conselho de Deus para Josué é importante? Se sim, por que não o colocamos em prática hoje? Devemos ter fé em Deus para desenvolver uma atitude corajosa diante das dificuldades. Não tenha medo! Deus está com você!

Fonte: CPAD

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 4 / 2º Trim 2023

O Bom Pastor está Comigo
 23 de Abril de 2023



TEXTO PRINCIPAL
“O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo (Sl 23.1,4)
 
RESUMO DA LIÇÃO
O Senhor Deus supre todas as necessidades. Ele é o nosso pastor e, por isso, tudo preenche. 
 
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Jo 10.27 As ovelhas conhecem a voz do pastor
TERÇA – 2 Co 416 Deus renova o interior
QUARTA – Ef 4 -23,24 Revestidos de um novo homem em justiça
QUINTA – Et 6.1-11 Quando o justo é honrado
SEXTA – Lc 18.8 Perseverando no Senhor
SÁBADO – Jo 10.11 O bom Pastor
 
OBJETIVOS
APRESENTAR um panorama do Salmo 23;
COMPREENDER o porquê da plena confiança em Deus;
EXPLICAR o que é a plena provisão do Pai Celestial.
 
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), nesta Lição estudaremos o Salmo 23, um dos mais conhecidos e recitados por pessoas de todas as idades. Um cântico que exalta a confiança em Deus. Sabemos que todos nós enfrentamos momentos difíceis, mas nós não estamos sozinhos e podemos encontrar no Senhor o refúgio e segurança que precisamos. Tal verdade traz conforto e segurança para nós e “refrigera a nossa alma”. No decorrer da lição, procure enfatizar que tudo de bom que acontece com o justo vem tão somente de Deus. Por isso, em quaisquer circunstâncias ou dificuldades, podemos declarar convictamente que o Pastor está conosco. Que tribulação alguma nos faça esquecer de que temos um pastor que cuida de nós; um anfitrião que nos agracia, dia a dia, com um rico banquete espiritual. Deus está com você em todos os momentos, confie!
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), converse com os alunos explicando que “ao descrever o Senhor como um pastor, Davi escreveu sobre a sua experiência, porque passou muitos anos de sua juventude pastoreando ovelhas, que são completamente dependentes do pastor para provisão, direção e proteção (l Sm 16.10,11). Diga que o Novo Testamento chama Jesus de o Bom Pastor, o Grande Pastor e o Sumo Pastor. Em seguida, peça que três alunos(as) encontrem as referências no Novo Testamento que apresentam Jesus como o Bom Pastor, o Grande Pastor e o Sumo Pastor. Conclua pedindo que os alunos leiam as referências encontradas. As referências são:
O Bom Pastor (Jo 10.10):
O Grande Pastor (Hb 13.20);
O Sumo Pastor (1 Pe 5.4).
Adaptado de Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal: CPAD, p. 753.
 
TEXTO BÍBLICO

Salmos 23.1-4
1 O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará.
2 Deitar-me faz em verdes pastos, guia- -me mansamente a águas tranquilas.
3 Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.
4 Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos o Salmo 23. Veremos que a palavra-chave dele é confiança. Deus aparece neste salmo como o pastor e o anfitrião do salmista.
 
I – PANORAMA DO SALMO 23

1- Confiança em Deus.
De autoria de Davi, o Salmo 23 é um dos mais queridos e declamados salmos na vida da Igreja. A expressão “o Senhor é o meu pastor e nada me faltará” está nos lábios da maioria dos cristãos. Essa expressão traz consigo exatamente o tema que domina todo o Salmo; a confiança em Deus. Por isso, muitos cristãos que passam por momentos de estresse, ansiedade, angústia e depressão encontram, no Salmo 23, consolo e descanso para a alma. Todo leitor atento percebe um ambiente de oásis que brota das letras do Salmo. Toda alma cansada pode encontrar descanso nessa porção da Palavra de Deus. Assim, veremos que o Salmo 23 traz duas imagens: a do pastor (vv.1-4) e a do anfitrião (vv.5,6).

2- A estrutura do Salmo 23: a imagem do pastor.
A imagem do pastor no Salmo revela as atividades de um pastor com suas ovelhas no campo: ele as alimenta e as satisfaz; guia e orienta; recupera quando machucadas; as protege diante do perigo; não as deixa sozinhas; cuida, dando-lhes conforto (vv,i-4). No Novo Testamento, encontramos nosso Senhor dizer que suas ovelhas conhecem a sua voz, pois Ele é o Bom Pastor (Jo 10.27). As características do Bom Pastor, mencionadas por Jesus, são as mesmas encontradas no Salmo 23 (Sl 23.1-4; cf. Jo 10.9,11,14). O nível profundo de relacionamento faz com que a ovelha reconheça o seu pastor (Jo 10.16).

3- A estrutura do Salmo 23: a imagem do anfitrião. 
A imagem do anfitrião revela a característica provedora de Deus (vv.5.6). No contexto do Salmo, Deus é apresentado como o que oferece um banquete aos seus filhos diante dos que se tornaram adversários e trabalharam para prejudicá-los. O compositor sabia bem dessa realidade, pois ninguém como ele a experimentou por meio de muitas conspirações no reinado de Israel (cf. 2 Sm 2.1-32; 3-1- 39. 13,1- 39)- Assim, como bom anfitrião, o Senhor foi bondoso, misericordioso com o seu servo.
 
SUBSÍDIO 1
Professor(a), explique que ‘nenhuma parte das Escrituras, com a possível exceção da Oração do Pai Nosso, é mais conhecida do que ‘O Salmo do Pastor’. Sua beleza literária e percepção espiritual são insuperáveis. Como observa Taylor. Ao longo dos séculos esse Salmo tem conquistado um lugar supremo na literatura religiosa do mundo.
Todos que leem, independentemente de idade, raça ou circunstâncias, encontram na beleza pacífica dos seus pensamentos uma amplitude de percepção espiritual que satisfaz e domina a alma. Ele pertence à classe de Salmos que exalam confiança e segurança no Senhor […). Aqui o salmista não apresenta um prefácio de queixas acerca das dores e enfermidades ou traição dos inimigos, mas inicia e termina com palavras de gratidão pela bondade eterna do Senhor.
Oesterley também escreve: Esse breve e seleto Salmo, provavelmente o mais conhecido de todos os Salmos, relata de alguém cuja confiança sublime em Deus lhe trouxe paz e contentamento. O relacionamento íntimo com Deus sentido pelo salmista é expresso por duas figuras representando o protetor e o Anfitrião amoroso. A breve referência aos inimigos indica que ele não estava livre da maldade e intenção perversa de pessoas do seu povo, mas a menção delas é superficial.
Diferentemente de tantos outros salmistas que são vítimas de inimigos inescrupulosos e que acabam exteriorizando sua amargura de espírito, esse servo fiel de Deus tem somente palavras de reconhecimento e gratidão pela bondade divina.” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 3. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 151.)
 
II – A PLENA CONFIANÇA EM DEUS

1- O Senhor como pastor (v.1).
No Antigo Testamento, Deus é visto como o Pastor do seu povo (Gn 49.24). Neste Salmo, à luz da experiência de Davi em apascentar as ovelhas, o salmista recobra essa imagem de Deus como o seu pastor, dizendo que Ele o basta em tudo. Deus é o supremo pastor do seu povo e, por ser assim, de nada sentiremos falta do que necessitamos (cf. Fp 4.13). Ele nos supre, guarda e sara as feridas de nossas almas. Diante do contexto atual, quem tem sido o seu bom pastor? A quem você tem se dirigido para buscar auxílio? Você pode afirmar que, como bom pastor, Deus o(a) preenche por completo?

2- O Senhor que trata a alma (vv.2,3).
Esses dois versículos mostram como Deus preenche o interior do ser humano. “Deitar em verdes pastos” e “guiar às águas tranquilas” remontam a ideia de quietude da alma. Por isso, no versículo 3, o salmista diz: “Refrigera a minha alma”. Assim, tratada e descansada, essa alma receberá instruções para andar em retidão e justiça. Esse tratamento interior é tão necessário que o apóstolo Paulo fala disso em suas cartas, dizendo que o nosso homem interior deve se renovar dia em dia diante dos desafios exteriores (2 Co 4.16: Ef 4.23,24). Assim, cada vez mais que nos relacionamos com Cristo, temos a nossa vida interior renovada e, por isso, podemos testemunhá-lo em quaisquer áreas da vida.

3- O Senhor está conosco. 
Ser tratado pelo Senhor, ser tomado pela sua mão e descansar nEle não quer dizer que não passaremos por situações de perigo. Não significa que não atravessaremos momentos dolorosos. Entretanto, o salmista tem uma visão realista da vida, sabe que o dia mal pode chegar a qualquer momento, mas também sabe que o pastor não o deixará em falta: Tu estás comigo” (v.4). Que declaração de confiança! O pastor está na jornada da alma do salmista. Por isso, ele sabe que, ainda que esse momento inseguro lhe cause lamentos, ele será consolado pelo pastor (v.4). Nosso Senhor disse que no mundo teríamos aflições, mas não deixaríamos de ter paz (Jo 16.33; cf. 14 27)- Quem já experimentou o refrigério do Senhor em momentos difíceis sabe o quanto Ele é bom e cuida de nós. Precisando desse refrigério, permita que a letra, a beleza e a realidade espiritual desse Salmo inunde a sua alma e, como ovelha do bom Pastor, encontre refúgio debaixo do seu cajado.
 
SUBSÍDIO 2
Professor(a), explique aos alunos que “Davi podia escrever a partir da sua rica experiência pessoal com as ovelhas: ‘O Senhor é o meu Pastor; nada me faltará’ (v. 1; isto é, não sentirei falta de qualquer coisa indispensável). Existem ‘sete provisões’ que o Pastor supre para as suas ovelhas:
a) ‘Não me faltará completa satisfação’ (v. 2). Deitar-me em verdes pastos fala, literalmente, de pastos de capim macio e novo. Dizem que as ovelhas nunca se deitam, até que estejam satisfeitas. Cada necessidade espiritual é suprida, A figura transmite um completo descanso na satisfação proporcionada pelo cuidado vigilante do grande Pastor,
b) ‘Não me faltará orientação’ (v. 2). ‘Guia-me mansamente a águas tranquilas, ou ‘águas de descanso’. Continuando a ideia de provisão para as necessidades do rebanho, o poeta acrescenta o pensamento de orientação. O pastor oriental empurra ou impele, ele sempre guia suas ovelhas,
c) ‘Não me faltará restauração’ (v. 3). ‘Refrigera a minha alma. isto é, Ele me aviva, renova e refresca, Esse é um tema recorrente do Novo Testamento; ‘O interior, contudo, se renova de dia em dia’ (2 Co 4.16). ‘E vos renoveis no espírito do vosso sentido’ (Ef 4.23); ‘E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento’ (Cl 3,10). Essa graça que sustenta a alma.
d) ‘Não me faltará instrução da justiça’ (v. 3). ‘Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. As veredas da justiça são caminhos planos. Uma das funções das Escrituras é ‘instruir em justiça’ (2 Tm 3,16). Deus não somente adverte contra o mal; Ele nos guia nos caminhos da justiça, Isso ocorre por amor do seu nome, provando o tipo de Deus que Ele é o Deus, cujo nome é santo, quer que seu povo também seja santo (Lv 19.2; 1 Pe 114-16),
e) ‘Não me faltará coragem diante do perigo’ (v. 4). Ainda que eu ande pelo vale da sombra (hb., escuridão profunda e mortal) da morte, não temerei mal algum. Aqui está a certeza da ajuda no momento mais difícil da vida. A morte não é um adversário desprezível. Ela é o nosso último grande inimigo (1 Co 15.26).” (Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 152,153).

PROFESSOR(A), “os crentes são as ovelhas do Senhor. Pertencemos a Ele e somos alvo especial do seu amor e atenção. Embora ‘todos nós andemos desgarrados como ovelhas’ (Is 53.6), o Senhor nos redimiu com seu sangue derramado (1 Pe 1.18,19), e agora somos dEle. Como suas ovelhas, podemos lançar mão das promessas desse Salmo quando atendemos a sua voz e o seguimos, Quando fico desanimado, O Bom Pastor revigora minha alma mediante seu poder e graça (Pv 25.13).
Guia-me por meio do Espírito (Rm 8.14) nos caminhos escolhidos, que se conformam com seus alvos de santidade (cf. Rm 8. 5-14) Correspondo obedecendo: sigo o Pastor ouvindo a sua voz (Jo 10.3,4); não seguirei ‘a voz de estranhos” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 833)
 
III – A PLENA PROVISÃO DE DEUS

1- A impotência dos adversários diante da provisão de Deus (v.5). 
Saindo da imagem do campo para a de uma casa, a expressão “preparas uma mesa” traz a ideia de o anfitrião convidar o justo para uma refeição. Nela, os inimigos do justo estarão presentes. Estudiosos dizem que aqui aparece uma imagem da demonstração pública que um rei oriental fazia para honrar alguém na presença de todos.
Nesse sentido, os inimigos estariam presentes diante da honraria do rei. Isso lembra um pouco o episódio de Mardoqueu em que Hamã, o inimigo dele, teve de honrá-lo (Et 6.1-11). Então, o Salmo mostra Deus honrando o salmista, ungindo-o com óleo – segundo os estudiosos, um óleo perfumado que representava hospitalidade e favor – e transbordando o cálice, que simboliza a grande generosidade do Anfitrião.
Lembre-se de que Deus já tratou assim conosco. Muitos pecadores, com vidas destruídas, já foram completamente restaurados por Deus e servidos por Ele com graça, abundância de bênçãos espirituais e materiais sem medidas, Podemos afirmar que milhares de pessoas que outrora foram vítimas de palavras de morte, hoje contemplam uma realidade de bênçãos inimagináveis.

2- Bondade e misericórdia do Senhor (v.6). 
Aqui, como consequência de todo bem que o Senhor fez com o salmista, ele chega à conclusão de que a sua vida será conduzida debaixo da bondade e misericórdia de Deus. A cada dia, experimentamos a bondade e a misericórdia do Senhor. Como o salmista tinha a convicção de que bondade e misericórdia seriam realidade por todos os dias da vida dele, essa realidade também é a nossa até a volta do Senhor Jesus (Mt 28.20; Lc 6.38).

3- Habitando na Casa do Senhor (v.6). Portanto, o salmista esperava habitar na Casa do Senhor por longos dias, ou “por dias sem fim” ou “todos os dias da minha vida” ou “para todo sempre”. Aqui a ideia é de servir a Deus por toda a vida. Nesse contexto, não há como olhar para trás depois de conhecer e experimentar o Senhor como pastor e anfitrião de nossas vidas. Como cristãos, anelamos por estar com Cristo para todo o sempre (1 Ts 417).
Por isso, devemos perseverar para nos acharmos fiéis na ocasião de sua vinda (Lc 18.8; 2 Tm 4.8). Nesse caso, a melhor forma de fazer assim é estar em comunhão com outros jovens e demais irmãos na igreja Local, exercer a vocação como gratidão ao que Deus fez em sua vida e manter-se fiel a Ele em toda reverência e santidade.
 
SUBSÍDIO 3
“A ideia do completo cumprimento de cada necessidade com a qual o salmo inicia continua controlando o seu desenvolvimento, mas a comparação muda do Pastor para o Anfitrião, do campo para a casa. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos (v. 5) retrata a marca da apreciação pública que o rei oriental mostrava àquele que desejava honrar de uma maneira especial.
Essa é a única referência passageira aos inimigos que aparecem descritos tão amplamente em outros salmos de Davi. ‘Unges a minha cabeça com óleo’: não é o óleo da unção que era usado para empossar o rei ou o sacerdote; um outro termo hebraico é usado para esse fim, Esse era um óleo perfumoso amplamente usado em banquetes do Oriente antigo como marca de hospitalidade e favor.
A cabeça ungida com óleo é uma figura bíblica comum para abundância de alegria. O meu cálice transborda simboliza a provisão abundante oferecida pelo generoso Anfitrião,” (Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de Janeiro: CPAD. 2005, p. 153)
 
CONCLUSÃO
Temos um pastor que cuida de nós. Temos um anfitrião que nos agracia com um rico banquete espiritual. O dia a dia de nossas vidas nos impõe desafios bem complexos, Por isso, devemos estar seguros no Pastor que não nos falta, no anfitrião que é generoso para conosco. Temos muitas razões para, numa ocasião de sombra e penumbra, declarar: “Tu estás comigo”. Sim, Deus está com você. Ele sempre esteve, Que o Espírito Santo seja percebido em cada metro quadrado em que habitamos!
 
HORA DA REVISÃO
1- Quais as duas imagens presentes no Salmo 23? 
A imagem do pastor e a imagem do anfitrião.
2- Quais versículos mostram como Deus preenche o interior do ser humano? 
“Deitar em verdes pastos” e “guiar as águas tranquilas”.
3- Segundo a lição, qual a visão realista que o salmista tem da vida? 
O salmista tem uma visão realista da vida, sabe que o dia mal pode chegar a qualquer momento, mas também sabe que o pastor não o deixará em falta: Tu estás comigo” (v.4)
4- Que ideia a expressão “preparas uma mesa” traz? 
 A expressão “preparas uma mesa” traz a ideia de o anfitrião convidar o justo para uma refeição.
5- Segundo a lição, qual é a ideia presente nas expressões “habitar na Casa do Senhor ‘por dias sem fim’ ou ‘todos os dias da minha vida?”
Aqui a ideia é de servir a Deus por toda a vida.

Fonte: Revista CPAD Jovens