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quarta-feira, 10 de maio de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 7 / 2º Trim 2023



AULA EM 14 DE MAIO DE 2023 - LIÇÃO 7

(Revista CPAD)

Tema: O Relacionamento Entre Nora e Sogra


TEXTO ÁUREO
“Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. (Rt 1.16)

VERDADE PRÁTICA
A fé cristã exalta o amor familiar e, mais especificamente, o respeito e a honra entre nora e sogra, bem como genro e sogro.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Lv 26.18-20 A disciplina de Deus para com o seu povo
Terça – Rm 8.28 Os acontecimentos contribuem para o bem
Quarta – Rm 8.31 Deus está a favor do seu povo
Quinta – Hc 2.4; Rm 1.17 Na família é preciso viver pela fé
Sexta – 2 Co 8.9 A pobreza nos legou riquezas gloriosas
Sábado – Mt 1.3-6 Rute encontra-se na genealogia de Jesus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Rute 1.1-5, 8,12-14

1- E sucedeu que nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos.
2- E era o nome deste homem Elimeleque, e o nome de sua mulher, Noemi, e os nomes de seus dois filhos, Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; e vieram aos campos de Moabe e ficaram ali.
3- E morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus dois filhos,
4- Os quais tomaram para si mulheres moabitas; e era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos.
5- E morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando assim esta mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido.
8 E disse Noemi às suas duas noras: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o Senhor use de benevolência, como usastes com os falecidos e comigo.
12- Tornai, filhas minhas, ide-vos embora, que já mui velha sou para ter marido; ainda quando eu dissesse: Tenho esperança, ou ainda que esta noite tivesse marido, e ainda tivesse filhos,
13- esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes? Deter-vos-íeis por eles, sem tomares marido? Não, filhas minhas, que mais amargo é a mim do que a vós mesmas; porquanto a mão do Senhor se descarregou contra mim.
14- Então, levantaram a sua voz e tornaram a chorar; E Orfa beijou a sua sogra; porém Rute se apegou a ela.

INTRODUÇÃO
- "Nesta lição, estudaremos uma das mais belas histórias bíblicas em que se exalta o amor e a virtude da mulher moabita chamada Rute. É a história de um drama familiar que envolve o luto, a subsistência e a desesperança.", mas as mensagens dessa história que mais chamam a atenção são a superação, amizade e o amor de uma nora por sua sogra, amor que se iguala ao amor de uma filha por sua mãe, esta lição está carregada desses sentimentos.
- "Trata-se de uma crise generalizada de pobreza, doença, viuvez e morte. Contudo, nesse drama familiar, a obstinação de Rute se destaca, pois ela foi capaz de superar as dificuldades com atitudes de fé, inteligência, lealdade, persistência e esperança.", os valores que Rute demonstra nessa história não são compatíveis com os padrões de uma terra que vivia no caos da idolatria e degradação social. Com a história de Rute podemos aprender que em meio à impiedade do mundo há pessoas capazes de desenvolver uma fé que supera a de muitos crentes.
- "É a narrativa bíblica de uma nora que cultivava um verdadeiro amor no coração pela sua sogra e, por isso, foi capaz de enfrentar a crise da escassez numa terra inóspita, longe de seu povo original. Temos muito o que aprender com o relato bíblico do relacionamento entre Rute e sua sogra Noemi.", o que essa lição nos ensina é uma integração completa de Rute na família de seu marido, onde ela aprendeu valores da cultura judaica que a fez mudar de crença. Isso é possível acontecer nos dias atuais, em relação a fé cristã, embora o que mais temos vistos, são os crentes abandonando a sua fé.
Obs. Essa aula trata de muitos temas, por isso recomenda-se ao(a) professor(a) focar mais nas questões de relacionamento familiar, para não se desvirtuar do assunto do trimestre.

I – A CRISE ECONÔMICA NA TERRA DA JUDÉIA

1- A escassez que provocou fome na “casa de pão” (Rt 1.1).
- "O alimento básico das famílias que viviam na região da Judéia estava escasso por causa do mau governo dos últimos juízes de Israel, que abandonaram o Senhor.", o alimento básico mencionado aqui, é o pão. No período dos juízes, o Senhor cuidava pessoalmente do Seu povo, abençoando as colheitas e dando prosperidade, mas quando o povo se afastava dos caminhos do Senhor os inimigos vinham e a seca e a fome também.
 
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segunda-feira, 8 de maio de 2023

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 7 / 2º Trim 2023


Abraão e a prova de fé
14 de Maio de 2023



TEXTO ÁUREO
“E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho.” Gênesis 22.8a

VERDADE APLICADA
Como discípulos de Cristo, enquanto neste mundo, vamos passar por diversas provações que contribuem para nosso aperfeiçoamento e fortalecimento.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Falar sobre a provação de Deus a Abraão.
Mostrar a obediência de Abraão a Deus.
Explicar que a providência de Deus aponta para Cristo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÊNESIS 22

02 E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.
03 Então se levantou Abraão pela manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.
04 Ao terceiro dia, levantou Abraão os seus olhos e viu o lugar de longe.
05 E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o seu moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Sl 40.5-9 A obediência é melhor do que o sacrifício.
TERÇA / Is 53.4-7 Deus fez cair sobre Jesus a nossa iniquidade.
QUARTA / Mt 10.37-39 Amar a Deus acima de todas as coisas.
QUINTA / Jo 3.16 Deus amou o mundo de tal maneira.
SEXTA / Rm 8.32 Deus entregou Seu Filho por todos nós.
SÁBADO / Hb 11.17-19 Pela fé, ofereceu Abraão a Isaque.
 
HINOS SUGERIDOS: 141, 186, 377

MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que possamos confiar mais em Deus e no que Ele nos dá em Cristo.
 
INTRODUÇÃO
Assim como o ouro, só sabemos que uma fé genuína é qualificada quando passa pelo fogo da provação. Este episódio na vida de Abraão nos apresenta uma poderosa lição sobre isso.
 
PONTO DE PARTIDA
Deus prova a nossa fé, mas provê a solução.
 
1- A PROVAÇÃO
No primeiro chamado de Abraão Deus diz: “Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei” [Gn 12.1]. Neste momento, Ele chama Abraão novamente e diz: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi” [Gn 22.2].

1.1. Recebido por milagre, entregue pela fé. 
Apóstolo Pedro diz que as provações têm um papel importante para a fé: provar sua qualidade e pureza e redundar em louvor a Deus na revelação de Jesus Cristo [1Pe 1.7]. Abraão já tinha fé e já havia sido justificado por Deus [Gn 15.6]. Mas Deus ainda assim prova a fé de Abraão [Gn 22.1-2]. Por que Deus ainda precisaria de uma prova de fé do seu servo? Na verdade, não é Deus quem precisava, mas Abraão. Deus quis que Abraão conhecesse a qualidade de fé que ele possuía em Deus. Sua fé teria implicações universais. Deus ordena a Abraão que ofereça seu único e tão esperado filho em holocausto a Deus. Abraão recebeu, após longa espera, Isaque por milagre e agora deveria devolvê-lo por fé.

Professor(a): Comentário de Gênesis – Bruce K. Waltke: “O ponto focal desta história não é o perigo que Isaque correu, mas o perigo que Abraão correu em sua relação com Deus. A palavra hebraica “provou” não significa “induzir ao erro”. Com um objetivo pessoal, significa “testar alguém para ver se o mesmo prova ser digno” [1Rs 10.1; 2Cr 9.1; Dn 1.12, 14]. Youngblood sumaria assim: “Satanás nos tenta com o fim de nos destruir [1Pe 5.8; Tg 1.15; Rm 6.23]; Deus, porém, nos testa com o fim de nos fortalecer [Êx 20.20; Dt 8.2].”

1.2. A quem amas.
O amor de Abraão por Deus seria medido por aquilo que Abraão mais amava e ainda assim estaria disposto a ofertar ao Senhor. Se Abraão negasse seu filho a Deus, estaria dizendo que não amava a Deus mais do que a família. Esta é a segunda ordem aparentemente absurda que Deus dá a Abraão. Na primeira ele precisa deixar sua terra e parentes. Agora ele precisa abrir mão do seu herdeiro, aquele que seria responsável pelo cumprimento das grandiosas promessas. Mas Abraão não apenas amava a Deus. Ele confiava em Deus. Mesmo sem saber exatamente como Deus iria agir, ele sabia que Deus iria prover uma solução.

Professor(a): Comentário Bíblia Nova – D. A. Carson: “Este é um dos episódios mais dramáticos e de mais importância teológica de Gênesis. O comando cruel para sacrificar Isaque, a dor da ascensão solo de Abraão e seu filho para o lugar de sacrifício, o doloroso processo de amarrar o menino e o colocar sobre o altar, e a intervenção do céu de última hora faz desta história uma das melhores histórias não contadas da literatura mundial. Mas é muito mais do que isso. É a última grande prova de fé de Abraão, comparável à chamada original para deixar sua casa e família (cf. v. 2 com 12.1).

1.3. Amarás o Senhor, teu Deus, acima de todas as coisas.
Deus prometeu dar a Abraão muitas coisas na vida. Além de muita riqueza, uma geração grandemente numerosa. Mas parece que antes de Abraão receber tudo isso, ele tem que abrir mão de muita coisa. Ele já havia aberto mão da sua terra natal [Gn 12]. Já havia aberto mão das melhores terras em razão do seu sobrinho Ló [Gn 13.1-18]. Já havia aberto mão de Ismael, pois ele não seria o seu herdeiro [Gn 21.9]. E agora o maior sacrifício da sua vida está sendo pedido por Deus: Isaque, seu amado filho. Parece que somente quando estamos dispostos a “perder” tudo por causa de Deus, estamos preparados para receber todas as bênçãos de Deus sem fazer das Suas bênçãos um objeto de idolatria.

Professor(a): Comentário Bíblico Broadman – Gênesis: “A sua narrativa faz inquirições à mais profunda compreensão do relacionamento de Deus com o homem. Isaque não era apenas o filho amado de Abraão; ele representava o objetivo de toda a vida dele e todas as promessas que Deus havia feito a ele. Se ele entregasse Isaque a Deus, não restaria mais nada. O que Deus dera, parecia que agora estava tomando de volta. Não se esperava que Abraão entendesse; esperava-se apenas que ele obedecesse.”
 
EU ENSINEI QUE:
O nosso amor por Deus é determinado por aquilo que estamos dispostos a abrir mão por causa dEle.
 
2- A OBEDIÊNCIA
Quando amamos a Deus mais do que tudo, queremos obedecê-Lo em todo o tempo. Sabemos que Ele sempre tem o melhor e bem-aventurado àquele que se submete à boa, perfeita e agradável vontade do Senhor.

2.1. Uma pronta obediência.
“Então se levantou Abraão pela manhã, de madrugada” [Gn 22.3]. Certamente Abraão não conseguiu dormir aquela noite. Ele está ansioso para passar por aquela difícil via de obediência. Quantos de nós protelamos ao máximo uma obediência específica a Deus? Principalmente quando se trata de uma obediência difícil. A fé, porém, antevê o gozo futuro em Deus.

Professor(a): Comentários Bíblicos – Gênesis – João Calvino: “Eis-me aqui” foi a pronta resposta de Abraão mesmo sem saber ainda o que Deus queria. Calvino destaca esta prontidão. “Sem dúvida esta é a genuína submissão: quando estamos prontos para agir, antes mesmo que a vontade de Deus nos seja conhecida. De fato, descobrimos que todos os homens estão prontos a vangloriar-se de que farão o que fez Abraão; mas, quando a provação lhes chega, se esquivam do jugo de Deus. O santo homem, porém, imediatamente prova, por seu próprio ato, quão verdadeira e seriamente professara que, sem demora, e sem disputa, se sujeitaria à mão de Deus.”

2.2. Uma obediência cheia de esperança.
Embora Abraão já tivesse o filho Ismael, seria por meio de Isaque que Deus prometeu cumprir Suas promessas em Cristo [Gn 17.16-19]. Agora Deus está mandando tirar a vida daquele por meio de quem Deus iria cumprir seu pacto. Por isso, obedecer a Deus naquele quesito parecia estar indo contra os propósitos e promessas de Deus. Mas Abraão não contesta isso [Hb 11.17]. E mais. Ele diz a dois dos servos que foram com ele até certa distância: “Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós” [Gn 22.5]. Não sabemos como Abraão sabia que teria seu filho de volta. Só sabemos que ele cria em Deus para isso. E sabia que poderia ter esperança em Deus para o futuro.

Professor(a): John Piper – Vivendo pela Fé na Graça Futura: “Ainda que nossa fé se baseie em atos decisivos da graça redentora tora do passado, a maneira pela qual a fé opera, momento após momento, para transformar nossos bons propósitos em obras de pureza e amor (paciência, gentileza, mansidão, bondade, fidelidade, domínio próprio) é olhando para cima e adiante, para a fonte ilimitada de graça que vem até nós através do rio de promessas para cada momento do dia. Nós vivemos por fé no poder sempre presente da graça futura.”

2.3. Uma obediência dolorosa.
A esperança não anula a dor das perdas. Ela apenas nos capacita a não sermos destruídos pela dor. A fé de Abraão o fez obedecer. Mas não anulou a sua dor. Ele esperou muito por este filho e agora estava a ponto de “perdê-lo”. Segundo os costumes antigos de oferta de holocausto, o adorador deveria passar a navalha no pescoço do animal, dividir seus membros, arrumá-los sobre o altar e depois queimá-lo até virar cinzas. Era isto que Abraão tinha à frente para fazer com seu filho amado. Quanta dor apenas a própria imaginação deve ter causado no servo Abraão. Mas ele não retrocedeu na fé. Levantou seu cutelo para o alto.

Professor(a): Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “O nome Moriá (hb. Moriyah) significa escolhido por Javé. O sacrifício era um holocausto. A ordem não era Abraão pegar seu filho, feri-lo e depois cuidar dele, a fim de que recobrasse a saúde. Abraão deveria seguir todos os procedimentos necessários para esse tipo de sacrifício, que consistia em queimar o animal (ou a pessoa) inteiramente em oferta a Deus. O impacto desta exigência em Abraão e Sara deve ter sido enorme. Essa imagem dolorosa nos remete ao que o Senhor fez com relação ao Seu único Filho, enviando-o como sacrifício por nós.”
 
EU ENSINEI QUE:
Não devemos protelar no caminho da verdadeira obediência.
 
3- A PROVIDÊNCIA
A Bíblia revela ao longo da história a infinita providência de Deus, pois Ele é a fonte de todas as coisas que podemos ter na vida. Ele providenciou a nossa existência e pode suprir todas as nossas necessidades.

3.1. A providência provisória.
Antes do cutelo descer sobre o pescoço de Isaque, Deus detém Abraão na voz do anjo. Deus viu perfeitamente que, em seu coração, Abraão já havia ofertado seu filho a Deus no altar. A ação, neste caso, seria desnecessária e, obviamente, absurda. Na obediência interior à provação da fé, a fé foi aprovada. Tendo a fé sido aprovada, o filho de Abraão não precisaria mais morrer. Deus providencia outra vida para substituir o sacrifício: o carneiro atrás do arbusto [Gn 22.13]. Precisamos notar que não deixou de haver um sacrifício e, portanto, adoração, mas ele aconteceu por uma providência de Deus [Gn 22.13b]. A resposta de Abraão à pergunta de Isaque sobre onde estava o sacrifício realmente aconteceu. Deus proveu [Gn 22.7-8, 14].

Professor(a): Qual deve ser a natural resposta do coração que experimenta a providência de Deus senão o transbordamento de gratidão e adoração? O coração de Abraão que até este momento estava dilacerado de dor, ainda que tivesse fé, é agora inundado de uma alegria incontrolável que o faz reagir de forma agradável a Deus. Broadman: “Deve-se notar que Deus não pediu para Abraão sacrificar o cordeiro; ele apenas lhe disse para não sacrificar Isaque. O sacrifício do cordeiro foi a reação de Abraão à graça de Deus, pois ele o ofereceu em lugar de seu filho.”

3.2. A providência definitiva.
A providência provisória no caso de Abraão, que foi um carneiro entre os arbustos, apontava para uma providência definitiva, que foi Cristo, o Cordeiro morto no madeiro. Isaque, em obediência ao seu pai e a Deus, subiu o monte Moriá carregando em seus ombros as lenhas para o seu próprio sacrifício [Gn 22.7]. Aproximadamente dois mil anos depois, o nosso melhor Isaque, o Filho de Deus, subiria o calvário carregando sobre os ombros o madeiro onde seria entregue como sacrifício. Diferente de Isaque, Cristo não poderia ser substituído por ninguém, pois, na verdade, Ele estava nos substituindo, recebendo em seu corpo a punição pelos nossos pecados [1Pe 2.24]. Cristo foi a providência insubstituível e definitiva de Deus para nós.

Professor(a): R. N. Champlin apresenta alguns tipos impressionantes entre Abraão e Cristo: “1) Abraão é o Pai que sacrificou Seu Filho como expiação pelo mundo inteiro [Jo 3.16]; 2) Isaque é tipo de Cristo, obediente até a morte [Fp 2.5-8]; 3) O carneiro é tipo da substituição, especificamente de Cristo, que foi oferecido como oferenda em nosso lugar [Hb 10.5-10]; 4) A ressurreição foi tipificada na fé de Abraão de que Deus traria Isaque de volta à vida, se o sacrifício fosse levado a efeito [Hb 11.17-19]; 5) A fé que opera através de suas obras, e é ilustrada por elas. Tiago utiliza-se deste trecho nessa demonstração, em Tiago 2.21-23.”

3.3. A ressurreição do filho sacrificado.
Não só a decisão de Abraão sacrificar seu filho como oferta a Deus apontava para a morte do Cordeiro insubstituível, que é Cristo, como a certeza de que ele voltaria com seu filho Isaque apontava para a ressurreição de Cristo dentre os mortos. Como Deus havia prometido que em Isaque Abraão teria seus descendentes, e Deus não mente, Abraão obedeceu confiantemente porque “considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar” [Hb 11.18]. E em figura, Isaque ressuscitou [Hb 11.29]. Paulo estava totalmente certo quando disse que Deus anunciou o evangelho primeiro a Abraão [Gl 3.8]. Como falamos nas lições anteriores, a fé que nos justifica é a mesma que justificou Abraão.

Professor(a): Comentário Hebreus – Simon Kistemaker: “Com uma fé genuína, Abraão creu que Deus ressuscitaria Isaque da morte. Ele sabia que o poder de Deus é ilimitado e que Deus pode fazer um morto voltar à vida. O próprio Abraão havia experimentado isso: Ele era um “amortecido’ [Hb 11.12] e foi capaz de procriar pelo poder de Deus. A fé de Abraão alcançou o topo da montanha da confiança em Deus quando ele disse a seus servos: “Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós” [Gn 22.5]. Ele sabia que Isaque voltaria com ele. Ele cria que Deus daria vida ao morto [Rm 4.17], mesmo que ninguém ainda tivesse sido ressuscitado da morte até aquele momento da História.”
 
EU ENSINEI QUE:
Ao olharmos para Abraão devemos lembrar imediatamente de Cristo e glorificar a Ele.
 
CONCLUSÃO
Por esta provação, Deus confirmou as Suas promessas a Abraão mais uma vez [Gn 22.15-18]. Elas não são repetidas para que sejam validadas, mas porque Deus sabe que a fé dos seus servos, de tempo em tempo, precisa ser renovada.


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Pr Marcos André

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 7 / 2º Trim 2023


O Estabelecimento da Monarquia
14 de Maio de 2023



LEITURA BÍBLICA
1 Samuel 8.1-10,19-22
 
A MENSAGEM
Samuel tinha levado consigo um frasco de azeite. Ele derramou o azeite na cabeça de Saul, beijou-o e disse: — O Senhor Deus está ungindo você como o chefe do seu povo, o povo de Israel Você o governará e o livrará de todos os seus inimigos […]. 1 Samuel 10.1
 
Devocional
Segunda » 1 Sm 9.1,2
Terça » 1 Sm 10.1-6
Quarta » 1 Sm 11.15
Quinta » 1 Sm 15.10,11
Sexta » 1 Sm 15.24-29
Sábado » 1 Sm 31.1,6,12,13
 
Objetivos
REFLETIR sobre o uso do livre-arbítrio e suas consequências;
ENSINAR quem foi Saul e como ele se tornou o primeiro rei;
DESTACAR que precisamos ter nossa vida guiada pela vontade de Deus e não pelas preferências do nosso coração

EI PROFESSOR!
Já estamos na metade de nossa jornada de estudos sobre a história de Israel. Essa é uma etapa crucial para o trimestre. Peça ajuda ao Senhor e não desanime de ensinar a Palavra de Deus aos seus alunos. Muitos desafios estão diante de nós para tentar nos fazer desistir do ministério do ensino. Todavia, devemos orar pedindo forças ao Senhor, como nos ensinou o profeta Isaías: Dá vigor ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor” (Is 40.29). Deus, sem dúvidas, responderá a sua oração e você conseguirá seguir até o fim. Saiba que seu trabalho não é vão no Senhor. Cada aula é como uma semente plantada, que dará frutos futuramente.
 
PONTO DE PARTIDA
Saul tinha as características de um guerreiro: era alto e forte. E o povo queria um rei para lutar as suas guerras. Todavia, não há referências sobre qualidades espirituais de Saul no texto bíblico referente ao período anterior à sua coroação. Suas características eram aceitáveis para aquilo que o povo queria: um rei guerreiro, como as nações vizinhas tinham. O povo cedeu à pressão e desejou ser semelhante às nações vizinhas. Isso era exatamente o oposto dos propósitos de Deus, que queria que Israel fizesse a diferença em Canaã. Explique aos adolescentes que ceder às pressões sociais nunca é uma boa decisão. Israel cedeu e pagou um preço por isso. 
 
VAMOS DESCOBRIR
É compreensível que haveria um momento na história que Israel teria um rei, pois isto foi anunciado por Moisés quando o povo ainda estava no deserto (Dt 17.14). Inclusive, Moisés informou detalhes de como o rei deveria agir (Dt 17.15-20). Todavia o povo de Deus pediu um rei quando Samuel (que era profeta, sacerdote e juiz) ainda estava vivo. Essa escolha teve alguns desdobramentos. Vamos aprender o que aconteceu na história do povo escolhido!
 
Hora de Aprender
I – O PEDIDO DO POVO
O período dos juízes em Israel terminou com a liderança de Samuel Ele foi responsável pela transição de governo para o estabelecimento da monarquia. Todavia, antes disso, Samuel pôs seus filhos, Joel e Abias, como juízes, na intenção de assumirem o seu lugar (1 Sm 8.1,2). Contudo os filhos do profeta não temiam ao Senhor e os líderes do povo, sabendo disso, foram a Samuel e pediram um rei ao profeta (1 Sm 8.2-5). Tal pedido também foi motivado pelo desejo de serem como às outras nações, pois os israelitas tinham medo de que os povos vizinhos invadissem seu território, por causa da falta de um rei (1 Sm 12.12).
Esse pedido não agradou ao profeta, que foi orar a Deus sobre esta causa (1 Sm 8.6). Deus respondeu a Samuel e disse para ele atender o pedido do povo, pois os hebreus não rejeitaram apenas o profeta, mas, antes, desprezaram o próprio Deus (1 Sm 8.7). Desde quando saíram do Egito, por diversas vezes, os hebreus entregaram-se à idolatria; agora, eles estavam abandonando Samuel, da mesma maneira como abandonaram a Deus (1 Sm 8.8). Mas Deus fez questão de deixar bem claro para o povo as consequências de tal pedido.
Mesmo assim, o povo insistiu em querer um rei. Israel foi informado de que o rei: tomaria os seus filhos como soldados (1 Sm 8.11); os faria trabalhar em diversos tipos de serviço, todos em benefício do próprio rei (1 Sm 8.12); tomaria as filhas para trabalharem com perfume e/ou na cozinha (1 Sm 8.13); que ele tomaria a melhor parte dos campos e das colheitas (1 Sm 8.14); cobraria imposto sobre a colheita e o gado (1 Sm 8.15-17); por fim, Deus informa que o povo choraria por terem optado por um rei (1 Sm 8.18).
Todavia, o povo não se importou com o aviso dado por Deus e quis um rei mesmo assim (1 Sm 8.19,20). O povo de Deus não só escolheu um rei no momento errado de sua história, como também rejeitou a Samuel e ao Senhor. A rejeição a Samuel significava uma rejeição a Deus e ao seu governo sobre Israel. Por fim, Deus concedeu o pedido do povo (1 Sm 8.21,22).
 
I- AUXÍLIO DIDÁTICO
“Na época do Antigo Testamento, os reis controlavam todas as funções do governo – legislativa, executiva e judicial. O povo devia total lealdade ao seu governante, e este, por sua vez, protegia o seu povo, liderando-o nas guerras, assim como nos tempos de paz. Da maneira como foi originalmente concebida, Israel era uma teocracia – um povo cujo Rei era Deus. No concerto da Lei do Antigo Testamento, Deus se comprometeu a lutar as batalhas de Israel, e a fazer com que a nação prosperasse.
Em retribuição, o povo devia obedecer às leis promulgadas pelo seu Monarca, e dedicar-lhe completamente a sua lealdade. O papel do rei nos tempos do Antigo Testamento, e o ensinamento das Escrituras de que o próprio Deus era o Rei de Israel, nos ajudam a ver por que os pedidos de Israel, por um monarca humano, eram, na verdade, uma rejeição ao Senhor’’ (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 169).
 
II – SAUL, O PRIMEIRO REI DE ISRAEL
Saul é descrito como um jovem da tribo de Benjamim, alto e belo. A Bíblia diz que ele era mais alto que todos, a ponto de sobressair dos ombros para cima. Além disso, ele era filho de um homem rico e importante (1 Sm 9.1,2). Sem dúvidas, essas são características que chamam muito a atenção, sobretudo porque Israel queria escolher um rei para liderar o povo em batalhas (1 Sm 8.20). Samuel irá encontrar-se com Saul em uma situação atípica. Quis, pai de Saul, perdeu algumas jumentas do seu rebanho. Por isso, o jovem Saul saiu junto com um dos empregados do seu pai para buscá-las.
Todavia, após procurarem em várias cidades e tribos não tiveram sucesso na missão (1 Sm 9.3,4). Saul sugeriu retornarem para casa a fim de não deixar o seu pai preocupado; mas, o empregado de seu pai, que o acompanhava na missão, sugeriu que eles fossem atrás do profeta a fim de ter alguma orientação (1 Sm 9.5,6). Eles foram até a cidade onde estava o profeta Samuel e conseguiram encontrá-lo, mediante a ajuda de algumas moças que haviam saído para pegar água (1 Sm 9.11-14). Porém, antes de tudo isso, no dia anterior, Deus já falara com o profeta Samuel que chegaria um homem da tribo de Benjamim e que este seria o rei de Israel (1 Sm 9.15,16).
Quando Saul conseguiu se encontrar com Samuel, o profeta disse para ele não se preocupar com as jumentas de seu pai, pois já estavam em segurança e o informou de que fora escolhido por Deus para ser rei sobre Israel (1 Sm 9.19-21). Samuel promoveu um jantar com Saul, que ocorreu em um salão de festas com mais de trinta convidados, com Saul sentado em um lugar de honra na cabeceira da mesa junto com Samuel (1 Sm 9.22-26). Após o evento, Saul foi ungido como o primeiro rei sobre Israel (1 Sm 10.1).
 
II- AUXÍLIO TEOLÓGICO
“O texto [1 Sm 9.1-10.8] descreve uma série de eventos que deixam claro que o Senhor supervisionou pessoalmente a escolha de Saul […]. Uma pergunta que incomoda os crentes é: Por que Deus escolheu Saul, tendo em vista os erros posteriores que este homem cometeu? Deus pretendia mostrar ao povo os erros que eles cometiam, através da escolha de um líder perfeito? De modo nenhum.
O povo tinha pedido um líder que saísse adiante deles, e fizesse as suas guerras. Quando Deus ordenou a Samuel que ungisse Saul, o Senhor lhe disse: ‘Ele livrará o meu povo da mão dos filisteus’ (9.16). Deus deu a Israel um rei que faria exatamente o que o povo pediu! Nós precisamos avaliar cuidadosamente as nossas orações. O que pedimos é realmente o que necessitamos? O que pedimos é realmente o melhor para nós?
O que Israel deveria ter pedido era um rei que tivesse um relacionamento íntimo com Deus. Um rei que responderia positivamente a Deus, e que conservaria Israel na santa presença do Senhor” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 170).
 
III- O INÍCIO DA MONARQUIA EM ISRAEL
Saul, após ser ungido como rei, recebeu algumas orientações de Samuel e se encontrou com um grupo de profetas. Junto aos profetas, Saul foi cheio do Espírito de Deus e transformado em uma nova pessoa (1 Sm 10.5-9). Em seguida, Samuel promoveu uma reunião diante de todas as tribos de Israel e apresentou o jovem escolhido para reinar: “Aqui está o homem que o SENHOR Deus escolheu! Não há ninguém igual a ele entre nós. E todo o povo gritou: Viva o rei!” (1 Sm 10.24). Na posição de rei, Saul teve vitórias militares importantes.
Ele derrotou vários povos vizinhos, dentre eles os de “[…] Moabe, de Amom e de Edom, os reis de Zobá e os filisteus. E em toda parte em que lutava era vitorioso. Saul lutou corajosamente e venceu os amalequitas. E defendeu o povo de Israel de todos os ataques” (1 Sm 14.47,48). No reinado de Saul houve importantes conquistas para o povo de Israel e uma segurança territorial e militar foi estabelecida. Entretanto, a gestão de Saul não foi marcada apenas por vitórias. Após anos de reinado, Saul entrou em uma fase de decadência. Isso ocorreu no contexto de uma luta contra o povo filisteu.
Esse inimigo se agrupou para pelejar contra Israel com mais de 30 mil carros de guerra, 6 mil cavaleiros e um exército muito numeroso (1 Sm 13.5). Nesta ocasião, o povo de Israel se reuniu em Gilgal, com o objetivo de lutar contra os filisteus. Porém, antes da batalha, eles iriam ter um momento de adoração. Por isso, eles deveriam aguardar a chegada do sacerdote. Todavia, Samuel demorou a aparecer para realizar o sacrifício e o povo ficou apavorado, por causa do exército inimigo; aos poucos, o povo começou a abandonar Saul, se retirando da área de concentração para a batalha em Gilgal (1 Sm 13.6-8).
O rei, talvez, movido por medo ou ansiedade, ofereceu o sacrifício em lugar de Samuel (1 Sm 13.9). Isso era um pecado gravíssimo, pois todo o serviço sagrado era de exclusiva responsabilidade dos levitas e sacerdotes. O rei não poderia fazer o sacrifício. Além disso, a ordem de Deus era clara: Saul deveria aguardar a chegada de Samuel (1 Sm 13.13).Assim, quando Saul estava terminando de oferecer o sacrifício, Samuel chegou e ficou muito espantado (1 Sm 13.10.11) .
A impaciência e desobediência de Saul custaram caro. Naquele dia ele (e toda a sua descendência) perdeu o direito ao trono de Israel (1 Sm 13.14). Todos pagam um preço quando desobedecem a Deus. Saul continuou sendo rei e defendendo o povo de Israel bravamente. Algum tempo depois, ele entrou em guerra contra os amalequitas (1 Sm 15.1-3). Saul derrotou os amalequitas, mas em vez de destruir tudo, como Deus ordenou, o rei pegou para si o melhor do gado e o melhor das ovelhas, com o pretexto de oferecer em sacrifício ao Senhor.
Além disso, também poupou a vida de Agague, rei dos amalequitas (1 Sm 15.7-9). Deus avisou a Samuel que Saul tinha desobedecido suas ordens (1 Sm 15.10.11) . Na manhã seguinte o profeta foi procurar o rei e o confrontou quanto ao descumprimento das ordens divinas. Saul tentou fingir que tinha obedecido ao Senhor. Mas Samuel mostrou que ele não cumpriu toda a ordem de Deus (1 Sm 15.13). Ao invés de destruir tudo, Saul recolheu excelentes rebanhos e poupou a vida do rei amalequita. Quando foi confrontado, o rei tentou argumentar com o sacerdote, dizendo que desobedeceu, mas com o propósito de oferecer os animais em sacrifício ao Senhor (1 Sm 15.15). Diante disso, Samuel ensinou que Deus prefere a obediência, no lugar do sacrifício (1 Sm 15.22). E explicou que a revolta contra o Senhor e o orgulho são pecados tão graves como a prática da feitiçaria e da idolatria (1 Sm 15.23).
Neste contexto, Saul ainda insistiu com Samuel, pois sua preocupação era manter boas aparências diante do povo (1 Sm 15.25). Mas a resposta de Samuel foi enfática:”[…] Você rejeitou as ordens de Deus, o SENHOR, e por isso ele também o rejeitou como rei de Israel” (1 Sm 15.26). A desobediência de Saul levou à sua ruína como rei.
 
III – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Pouco depois de Saul ter assumido as funções de rei, os amonitas fizeram uma tentativa de conquistar Jabes-Gileade na Transjordânia e mensageiros foram enviados a Saul para informá-lo sobre essa situação de emergência. Sua comovente demonstração de liderança com a vitória israelita sobre os amonitas, assim como a libertação de Jabes-Gileade, serviram para que seu prestígio fosse muito engrandecido.
Embora Saul fosse pouco mais que um rústico comandante, era um homem possuidor de muito orgulho e força de vontade e, à medida que o tempo passava, essas características se afirmavam cada vez mais na mente do povo. Parecia ser inevitável algum conflito de autoridade entre o profeta e o rei, e a repetida desobediência à vontade de Deus por parte de Saul, resultou na deterioração das relações entre ele e Samuel.
O ideal teocrático estava ainda mais forte do que quando a recente monarquia havia sido instituída e, numa tentativa de preservar a unidade da nação, Samuel recebeu ordens de Deus para nomear Davi, filho de Jessé, como sucessor de Saul” (HARRISON, R.K. Tempos do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 180-181).
 
CONCLUSÃO
O povo de Deus queria ser como as demais nações e, por isso, desejou ter um rei. Saul foi o escolhido por Deus para o cargo. Todavia, ele desobedeceu ao Senhor e, como consequência de sua desobediência, foi rejeitado por Deus. Seu fim não foi tão bom quanto o seu início, por causa da desobediência. Por isso, o conselho de Samuel continua atual: “[…] o obedecer é melhor do que o sacrificar […]” (1 Sm 15.22, ARC).
 
VAMOS PRATICAR

1- De qual tribo de Israel era Saul?
 R. Saul era da tribo de Benjamim.

2- Quais animais do pai de Saul haviam se perdido?
( ) Ovelhas ( ) Cabritos ( ) Cachorros ( x ) Jumentas ( ) Bodes

3- Complete o versículo bíblico abaixo:
“Samuel respondeu: – O que é que o SENHOR Deus prefere? Obediência ou oferta de sacrifícios? É melhor obedecer a Deus do que oferecer-lhe em sacrifício as melhores ovelhas” (1 Samuel 15.22).
 
Pense Nisso
A obediência à Palavra de Deus sempre será a melhor escolha. Saul, motivado por sua vontade ou por pressões externas, escolheu desobedecer a Deus. Entretanto, nós devemos fazer diferente: dia a dia precisamos escolher obedecer ao Senhor e aos nossos pais.

Fonte: CPAD

domingo, 7 de maio de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 7 / 2º Trim 2023


Perdoe-me, Senhor
 14 de Maio de 2023



TEXTO PRINCIPAL
“Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.” (Sl 51.1)

RESUMO DA LIÇÃO
Para viver um processo de restauração espiritual é preciso reconhecer a benignidade e a misericórdia de Deus, bem como confessar o pecado praticado e abandoná-lo.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Sl 136.1 A benignidade do Senhor
TERÇA – Lm 3.22,23 As misericórdias do Senhor
QUARTA – SI 51.3-5 Confessando o pecado
QUINTA – Rm 3 9-12 Todos estão debaixo do pecado
SEXTA – Tg 1.14,15 A prática do pecado
SÁBADO – Jo 16.8 O Espírito Santo apela para a consciência

OBJETIVOS
COMPREENDER que o Salmo 51 é um clamor por misericórdia e confissão;
MOSTRAR o anelo do salmista pela restauração;
EXPLICAR que depois da confissão e restauração da comunhão com o Senhor, estamos prontos para adorá-lo.

INTERAÇÃO
Professor(a), continuaremos nossos estudos do Livro de Salmos. Na lição deste domingo estudaremos o Salmo 51 Veremos que ele está na categoria dos Salmos penitenciais. Esses nos ensinam a respeito da importância da confissão e busca pelo perdão de Deus, Este Salmo foi escrito por Davi quando ele foi confrontado pelo profeta Natã por ocasião do adultério com Bate-Seba e o assassinato de Urias (cf. 2 Sm 12.1-14). O estudo do Salmo 51 nos revela importantes preceitos divinos para uma vida cristã abençoada, como por exemplo: a natureza misericordiosa de Deus, a necessidade de confessar o pecado para ser restaurado, a disposição de viver o processo de restauração e viver a adoração pública de maneira restaurada. Como crentes recebemos uma nova natureza e não somos mais escravos do pecado, entretanto enquanto vivermos neste mundo estamos vulneráveis ao pecado. Mas, agora não mais pecamos de forma deliberada. O erro é um acidente. É importante que no decorrer da lição você ressalte que é tempo de humilhar- -se e de confessar toda iniquidade, ainda é tempo de ser restaurado(a) por Deus!

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza a tabela abaixo no quadro. Sugerimos que você a utilize para explicar aos alunos a estrutura do Salmo 51. Conhecer e analisar a estrutura nos ajuda a ter uma compreensão melhor do texto bíblico que será estudado.
1- Reconhecimento da natureza misericordiosa de Deus (vv. 1,2).
2- Confissão de pecados (vv. 3-5).
3- Busca por restauração (vv. 6,13)
4- A adoração verdadeira (vv. 14-17).

TEXTO BÍBLICO

Salmos 51.1-17
1 Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.
2 Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado,
3 Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.
4 Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares.
5 Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.
6 Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.
7 Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve.
8 Faz-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.
9 Esconde a tua face dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades.
10 Cria em mim, ó Deus. um coração puro e renova em mim um espírito reto.
11 Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo.
12 Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário.
13 Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão.
14 Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a tua justiça.
15 Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca entoará o teu louvor.
16 Porque te não comprazes em sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos.
17 Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.

INTRODUÇÃO
O Salmo 51 está na categoria dos Salmos Penitenciais. Esses Salmos trazem a ideia de confissão e busca pelo perdão de Deus. Outros Salmos podem ser classificados nessa categoria: 6, 3, 142, dentre outros. De acordo com essa categoria, o Salmo 51 remonta o contexto em que o rei Davi foi confrontado pelo profeta Natã por ocasião do seu adultério com Bate-Seba e o consequente assassinato do esposo dela, Urias (cf. 2 Sm 12.1-14), ordenado e planejado pelo rei. Por isso, o Salmo 51 está estruturado da seguinte forma:
1) Reconhecimento da natureza misericordiosa de Deus (vv.1,2);
2) Confissão de pecados (vv.3- 5);
3) Busca por restauração (vv.6,13);
4) Adoração verdadeira (vv. 14-17);
5) O bem a Sião (vv.18,19). Assim, nesta lição, estudaremos sobre a natureza misericordiosa de Deus, a necessidade de confessar o pecado para ser restaurado, a disposição de viver o processo de restauração e, finalmente, viver a adoração pública de maneira restaurada.

I – MISERICÓRDIA E CONFISSÃO (vv.1-5)

1- Um clamor por misericórdia.
Nos dois primeiros versículos, chama a atenção às expressões “tem misericórdia” e “benignidade”; “apaga minhas transgressões” e “tua misericórdia”; “lava-me” e “purifica-me”. O salmista tem uma clara noção de que Deus é benigno e misericordioso. A benignidade do Senhor dura para sempre (SL 136.1), e suas misericórdias não têm fim (Lm 3.22,23). Por isso, só Deus pode ‘’lavar” e “purificar” a alma do salmista. Assim, o rei Davi tem plena certeza de que se dirigir diretamente a Deus é a melhor decisão. Ele é benigno e misericordioso. Só Ele pode lavar e purificar sua alma.

2- Confessando o pecado. 
O salmista se dirige a Deus de maneira humilde, confessando e especificando o seu pecado (vv.3,4). Este estava tão patente diante dele que a expressão “em pecado me concebeu a minha mãe” (v.5) revela que o salmista reconhece a inclinação humana para o pecado desde o início da existência humana. Dois pontos estão bem claros nos versículos 3-5:1) o pecado específico praticado (vv.3,4) e 2) a consciência da inclinação humana ao pecado desde o início da existência (v.5; cf. Rm 3.9-12).

3- Deus é quem remove o pecado.
Contra a prática do pecado só há um antídoto: voltar-se ao Deus misericordioso, por intermédio de Jesus Cristo, e confessar o pecado (vv.1-5; cf. 1 Jo 1.8-10). Todo pecado é contra Deus somente. Embora Davi tivesse adulterado com Bate-Seba e ordenado a execução de Urias, foi “contra ti, contra ti somente pequei”. Davi havia violado vários mandamentos do Decálogo (cf. Êx 20.13-17) e, por isso, seu pecado era exclusivamente contra Deus. Logo, quem peca contra Deus só pode ser lavado, bem como ter purificado o coração, por Ele mesmo por intermédio do Senhor Jesus (1 Jo 2.1,2). Assim, o caminho para a restauração do jovem cristão, de maneira humilde, é se dirigir ao Deus misericordioso, confessando especificamente o pecado praticado, tendo a consciência de que somente Deus pode remover a mancha deletéria do pecado por meio do Senhor Jesus,

PENSE! Deus é benigno e misericordioso.
PONTO IMPORTANTE! Por isso, devemos confessar os nossos pecados a Deus e buscar orientação pastoral.

SUBSÍDIO 1
Salmo de Davi, Professor(a), explique que “conforme se lê no título, este salmo de confissão é atribuído a Davi, alusivo ao momento em que o profeta Natã revelou seus pecados de adultério e de homicídio. Note-se que este salmo foi escrito por um crente que voluntariamente pecou contra Deus e de modo tão grave que foi privado da comunhão e da presença de Deus (cf. v. 11). Provavelmente, Davi escreveu este salmo já arrependido, após Natã declarar-lhe o perdão divino (2 Sm 12.13). Davi roga contritamente a plena restauração da sua salvação, a pureza, a presença de Deus, a vitalidade espiritual e a alegria (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD. p. 856)

II – BUSCANDO A RESTAURAÇÃO (vv. 6-13)

1- Purificando a vida interior.
A prática do pecado nasce de dentro do ser humano (Tg 1.14,15). Isso devido à corrupção total da natureza humana como consequência do advento do pecado (Gn 3-1- 19; cf. Rm 3-20). Nesse sentido, contemplamos o pedido do salmista: “purifica-me”, “lava-me”, “apaga”, “cria em mim […] um coração puro” (Sl 51.6-11). O salmista sabia que Deus aprecia a verdade de nossa vida interior, pois diante dEle tudo está patente (v.6). Somente Deus pode criar um coração puro, não mais sujo pelo pecado (v.10); um espírito reto, não uma vida torta (v.10). A nossa vida interior precisa ser purificada para que a presença do Espírito Santo seja uma realidade e, assim, tenhamos de volta a alegria da salvação e um espírito voluntário nas coisas de Deus (v.12).

2- Restituindo a alegria e o júbilo.
Com a vida interior purificada, o salmista espera ouvir júbilos e alegrias (v.8) no lugar de tristeza e angústia pelo pecado praticado. Sim, o salmista sabia que o pecado apaga a alegria de viver. O processo de restauração do pecador perpassa pela confissão, humilhação diante de Deus e, finalmente, o fato de tornar a sentir a presença do Espírito Santo. Neste Salmo, uma das verdades mais contundentes é a de que o pecado tira a presença de Deus do salmista (cf. Ef 430). Sem esta presença não há alegria nem júbilo, mas sobra tristeza, angústia, frustração e consciência pesada.

3- A restauração começa pela renovação interior.
Precisamos lembrar que a obra de restauração de uma vida que caiu no pecado é de Deus e não meramente uma decisão humana. Ele pode dar um coração puro e um espírito reto (Sl 51.10). Outrossim, o Espírito Santo sempre apelará para nossa consciência a fim de que não fiquemos imersos na prática do pecado, pois é Ele quem nos convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). E, finalmente, há uma vida plena no Espírito, de alegria e júbilo para servir a Deus em sua obra e na vida. Entretanto, tudo começa pela purificação do coração e o estabelecimento de um espírito reto; tudo começa pela renovação interior do jovem cristão.

PENSE! A restauração começa pela vida interior.
PONTO IMPORTANTE! Coração purificado e espírito reto são requisitos para a renovação interior do jovem cristão.

SUBSÍDIO 2
“Professor(a), explique que “todos que pecaram gravemente e que estão oprimidos por sentimentos de culpa podem obter o perdão, a purificação do pecado e a restauração diante de Deus, se o buscarem conforme a natureza e a mensagem deste salmo. A súplica de Davi, por perdão e restauração, baseia-se na graça, misericórdia, benignidade e compaixão de Deus (v. 1), num coração verdadeiramente quebrantado e arrependido (v. 17) e, em sentido pleno, na morte vicária de Cristo pelos nossos pecados (1 Jo 2.1,2). Às vezes, a certeza do perdão e restauração da bênção divina não ocorrem facilmente. A pessoa que antes desfrutava a alegria da salvação desce às profundezas da imoralidade poderá passar por um período de arrependimento e de conflitos interiores antes de receber a certeza do perdão e a plena restauração ao favor de Deus. A experiência de Davi revela quão terrível é ofender a um Deus santo depois de alguém ter sido tão ricamente abençoado por Ele” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 856)

III – PRONTOS PARA ADORAR (vv. 14-17)

1- O desejo de participar da adoração pública.
Lembre-se de que os Salmos são canções para adorar, principalmente, no Templo. O salmista tem o desejo, aqui, de louvar a justiça divina (Sl 51.14). Por isso, o pedido de livrá-lo dos “crimes de sangue”, certamente, uma alusão ao assassinato de Urias (v.14). Assim, uma vez perdoado, o salmista estaria pronto para adorar publicamente no Templo do Senhor de acordo com a justiça divina (v.15). A adoração pública, congregacional, tem a ver com o real estado interior da vida do salmista.

2- Quebrantamento e contrição.
Os versículos 16 e 17 aprofundam mais ainda a questão do estado interior para a adoração pública. Note as expressões “espírito quebrantado” e “coração quebrantado e contrito”. Essas expressões não substituíram o sistema de sacrifício levítico, pois ele é retomado no versículo 19. A ideia é a de que não podemos nos apresentar para adoração pública de maneira mecânica, superficial. Nesse sentido, o salmista entende que todo o seu ser deve estar presente no ato de adoração, isto é, espírito, alma e corpo (cf. 1 Ts 5.23). Espírito e coração quebrantados e contritos são a prova de que a vida inteira do adorador está ali diante de Deus.

3- Fazendo o bem para os outros. 
A nossa experiência de restauração nos permite “ensinar aos transgressores os teus caminhos” (Sl 51.13). É isso o que Deus quer fazer conosco. Que os nossos gestos exteriores reflitam a nossa vida interior, pois se o nosso coração for puro e nosso espírito for reto, consequentemente, nossas ações serão puras e retas (cf. Mc 7.18-22). Com o advento do sacrifício de Jesus Cristo, nós, almas restauradas, corpos posicionados, somos o sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12.1).

PENSE! Deus não despreza um espírito e coração quebrantados.
PONTO IMPORTANTE! A adoração pública deve refletir a nossa vida privada.

SUBSÍDIO 3
Professor(a), explique aos alunos que “todos os crentes precisam que o Espírito Santo crie neles um coração puro que aborreça a iniquidade e um espírito renovado e disposto a fazer a vontade de Deus. Somente Deus pode nos fazer novas criaturas e nos restaurar à verdadeira santidade (Jo 3.3; 2 Co 517). Davi sabe que se Deus abolir da sua vida a obra do Espírito Santo, que convence e repreende o pecador face aos seus pecados, não haverá qualquer esperança de salvação.’ (Bíblia de Estudo Pentecostal Rio de Janeiro CPAD. p. 856).

CONCLUSÃO
Todos nós estamos vulneráveis ao pecado. Por isso, a Palavra de Deus nos ensina a vigiar e a cuidar de nossa vida espiritual. Entretanto, quando acontece um “acidente de percurso” na vida do jovem cristão, é importante que ele não deixe de perceber que Deus é misericórdia, que é necessário confessar especificamente o pecado praticado, primeiramente a Deus. em seguida, ao pastor da igreja e, finalmente, viver o processo de restauração espiritual. O Espírito Santo nunca deixará de apelar às consciências dos que temem a Deus. É tempo de humilhar-se! É tempo de confessar! É tempo de ser restaurado(a) por Deus!

HORA DA REVISÃO
1- Qual noção o salmista tem a respeito de Deus?
Ele tem uma clara noção de que Deus é benigno e misericordioso.
2- Qual o único antídoto contra a prática do pecado? 
Contra a prática do pecado só há um antídoto: voltar-se ao Deus misericordioso, por intermédio de Jesus Cristo, e confessar o pecado (vv.1-5: cf. 1 Jo 1.8-10).
3- Quem é que pode criar um coração puro?
Somente Deus pode criar um coração puro, não mais sujo pelo pecado (v.10); um espírito reto, não uma vida torta (v.10).
4- Segundo a lição, a adoração pública, congregacional tem a ver com o quê?
A adoração pública, congregacional, tem a ver com o real estado interior da vida do salmista.
5- O que a nossa experiência de restauração nos permite? 
A nossa experiência de restauração nos permite “ensinar aos transgressores os teus caminhos” (Sl 51.13).

Fonte: Revista CPAD Jovens


APRESENTAÇÃO DO CANAL: CLUBE DA TEOLOGIA


 

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 7 / 2º Trim 2023



O Relacionamento Entre Nora e Sogra
14 de Maio de 2023



TEXTO ÁUREO
“Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. (Rt 1.16)

VERDADE PRÁTICA
A fé cristã exalta o amor familiar e, mais especificamente, o respeito e a honra entre nora e sogra, bem como genro e sogro.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Lv 26.18-20 A disciplina de Deus para com o seu povo
Terça – Rm 8.28 Os acontecimentos contribuem para o bem
Quarta – Rm 8.31 Deus está a favor do seu povo
Quinta – Hc 2.4; Rm 1.17 Na família é preciso viver pela fé
Sexta – 2 Co 8.9 A pobreza nos legou riquezas gloriosas
Sábado – Mt 1.3-6 Rute encontra-se na genealogia de Jesus

Hinos Sugeridos: 83, 400, 546 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Rute 1.1-5, 8,12-14

1- E sucedeu que nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos.
2- E era o nome deste homem Elimeleque, e o nome de sua mulher, Noemi, e os nomes de seus dois filhos, Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; e vieram aos campos de Moabe e ficaram ali.
3- E morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus dois filhos,
4- Os quais tomaram para si mulheres moabitas; e era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos.
5- E morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando assim esta mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido.
8 E disse Noemi às suas duas noras: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o Senhor use de benevolência, como usastes com os falecidos e comigo.
12- Tornai, filhas minhas, ide-vos embora, que já mui velha sou para ter marido; ainda quando eu dissesse: Tenho esperança, ou ainda que esta noite tivesse marido, e ainda tivesse filhos,
13- esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes? Deter-vos-íeis por eles, sem tomares marido? Não, filhas minhas, que mais amargo é a mim do que a vós mesmas; porquanto a mão do Senhor se descarregou contra mim.
14- Então, levantaram a sua voz e tornaram a chorar; E Orfa beijou a sua sogra; porém Rute se apegou a ela.

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Diante do estigma cultural do relacionamento com as sogras em nosso país, com um ente motivo de piada mesmo entre os evangélicos, pode soar inusitado que uma das histórias mais belas de companheirismo das Escrituras se dê justamente entre Rute e sua sogra Noemi. Essa lição torna-se, portanto, uma excelente oportunidade para repensarmos esses paradigmas e os dilemas familiares em torno dessa relação de parentesco tão emblemática. Procure compreender o contexto diverso entre os seus alunos, já que para muitos a figura da sogra pode ser como a de uma segunda mãe, enquanto para outros, no entanto, pode representar algo problemático e até pesaroso. Conduza a sua classe a refletir sobre que fatores estabelecem essa dinâmica e, independentemente de como seja tal relação, que lições podemos extrair para as nossas vidas desse que é um dos mais lindos exemplos de bom relacionamento entre nora e sogra da história.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar o contexto de crise socioeconômica na Judeia, somado ao drama familiar causado pelo luto de Noemi e Rute
II) Identificar que a união de fé entre nora e sogra foram cruciais para a superação das adversidades inerentes à vida;
III) Refletir sobre como, ao honrar sua sogra, Rute gerou bons frutos para toda a família, repercutindo até mesmo na linhagem do Messias;
IV) Enfatizar as bênçãos de Deus a partir do relacionamento entre nora e sogra.
B) Motivação: Em meio a uma sociedade habituada a satirizar a figura da sogra, apresentar um caso que vá no contrafluxo pode ser desafiador, mas extremamente potente para inspirar melhores relacionamentos. Por meio desse estudo, relações podem ser saradas ou ao menos revistas, com uma nova perspectiva e lições aprendidas através da relação honrosa – e honrada por Deus – entre Rute e Noemi.
C) Sugestão de Método: Pergunte à classe como ela demonstraria gratidão a quem lhe desse um presente suntuoso, algo que fosse até mesmo a realização de um sonho. Deixe que alguns se expressem e pergunte em seguida: Você acha que lembrar da gratidão por esse presente ajudaria a conduzir melhor alguns impasses na relação com tal pessoa? Após conjecturas, diga: Essa pessoa é a sua sogra – quem gerou, criou e nos confiou o nosso cônjuge, nossa própria carne (Mc 10.8) – presente que já foi tão sonhado por nós quando orávamos para construir uma família. Frise que, a despeito das discordâncias, o motivo que nos une às nossas sogras sempre será maior para nos impulsionar a relevar, perdoar, entrar em acordo e fazer todo o possível para construir uma relação respeitosa, em benefício daqueles a quem mais amamos. Honrar sogras (e noras) é, portanto, uma forma de demonstrar gratidão a Deus e zelo pela família inteira que Ele nos concedeu. E, assim como nos mostra o exemplo de Rute e Noemi, Deus honra a quem sabe honrar.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Como sabemos, embora fiéis ao Senhor, no mundo teremos aflições. E Deus nos deu a família como uma das forças motoras mais poderosas para nos ajudar a superar todas elas. Ao zelar pelo bom relacionamento com a nossa sogra, todos os membros da família são abençoados. Por meio da união de fé entre nora e sogra, adversidades intransponíveis são, em Deus, superadas. E não apenas isso, tal comunhão, sobretudo em meio às crises, pode repercutir em bênçãos espirituais derramadas sobre toda a nossa família. Como muito bem nos mostra o exemplo de Rute e Noemi, Deus honra a quem sabe honrar.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 93, P-39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “ O cuidado de Deus em tempos de aflição ”, localizado ao final do primeiro tópico, mostra que o crente fiel também passa por adversidades. Contudo, o Senhor faz todas elas cooperarem para o bem e o cumprimento de seus gloriosos
propósitos;
2) O texto “ Deus honra aos que permanecem fiéis”, localizado ao final do segundo tópico, traz uma reflexão a respeito de como o Senhor abençoa aos que permanecem íntegros em momentos de dor e desespero, recompensando-nos com muito mais do que pedimos ou pensamos.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos uma das mais belas histórias bíblicas em que se exalta o amor e a virtude da mulher moabita chamada Rute. É a história de um drama familiar que envolve o luto, a subsistência e a desesperança. Trata-se de uma crise generalizada de pobreza, doença, viuvez e morte. Contudo, nesse drama familiar, a obstinação de Rute se destaca, pois ela foi capaz de superar as dificuldades com atitudes de fé, inteligência, lealdade, persistência e esperança. É a narrativa bíblica de uma nora que cultivava um verdadeiro amor no coração pela sua sogra e, por isso, foi capaz de enfrentar a crise da escassez numa terra inóspita, longe de seu povo original. Temos muito o que aprender com o relato bíblico do relacionamento entre Rute e sua sogra Noemi.

PALAVRA-CHAVE: HONRA

I – A CRISE ECONÔMICA NA TERRA DA JUDÉIA

1- A escassez que provocou fome na “casa de pão” (Rt 1.1). 
O alimento básico das famílias que viviam na região da Judéia estava escasso por causa do mau governo dos últimos juízes de Israel, que abandonaram o Senhor. A cidade de Belém, de onde Noemi saiu com seu marido Elimeleque, era o lugar que, anteriormente, sofreu de sequidão e escassez. Ora, a palavra Belém significa “casa de pão”, mas a “cidade do pão” estava sem o pão que representava o sustento material do povo.
A cidade deixou de ser um celeiro de grãos para ser um lugar de escassez e fome, carestia e seca por toda a parte da terra de Canaã. Na Bíblia, às vezes, a fome é um modo de Deus disciplinar o povo que pecou contra Ele (Lv 26.18-20). Naquele tempo, Israel havia se afastado da comunhão com Deus e chegado ao ponto de cultuar os ídolos pagãos. A bem da verdade, nem todos agiam do mesmo modo, mas a disciplina era para todos.

2- A crise de uma família (Rt 1.1-3). 
A família do livro de Rute era constituída por Elimeleque, Noemi, os filhos Malom e Quiliom enquanto estavam na Judéia. A crise econômica obrigou Elimeleque a tomar uma decisão em busca de solução para a subsistência da família em outro lugar. Em vez de ficar parado, ele tomou o caminho que parecia mais racional, o caminho das terras planas de Moabe.
Elimeleque conhecia o Senhor, mas não o buscou para tomar aquela importante decisão. Ao chegarem a Moabe, a experiência não foi fácil. Ali, em Moabe, a família encontrou a morte, o luto e a viuvez que envolveram a vida dessa família quando Elimeleque faleceu e Noemi ficou viúva e com seus dois filhos (Rt 1.3a).
O casamento de seus dois filhos com duas moabitas trouxe a esperança de volta ao coração de Noemi (Rt 1.3b). Mas, de repente, os dois filhos faleceram, deixando as esposas viúvas (Rt 1.5). Agora eram três viúvas que, no contexto da época, teriam enormes dificuldades de sobrevivência. Essa história nos mostra que uma família pode estar no centro de um profundo sofrimento, e que isso pode afetar o relacionamento de pessoas muito próximas como a nora e a sogra, o genro e o sogro. Como se comportar diante dessas circunstâncias?

SINOPSE I
A crise econômica na Judeia e as fatalidades no seio familiar de Noemi e Rute tornaram a aliança entre elas ainda mais forte.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“NOEMI E RUTE: UMA HISTÓRIA DE BÊNÇÃOS
A história de Noemi e Rute é marcada por uma série de bênçãos. Primeiro Rute abençoa Noemi ficando com ela. Então Noemi abençoa Rute, ajudando-a a encontrar um marido. Boaz subsequentemente abençoa Rute com um lar, e Deus os abençoa com um filho. Depois, as mulheres de Belém dizem a Noemi que ela é abençoada com uma nora que vale mais do que sete filhos.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo Mulheres Marcantes da Bíblia, editada pela CPAD, pp.89-96.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
O CUIDADO DE DEUS EM TEMPOS DE AFLIÇÃO
“A história de Rute desenrola-se durante o período dos juízes. Ela revela que durante a deplorável apostasia moral e espiritual daqueles dias, havia um remanescente fiel que continuava a amar e obedecer a Deus. O livro salienta o fato de que Deus opera na vida daqueles que permanecem fiéis a Ele e à sua Palavra. Embora Noemi fosse uma fiel seguidora do Senhor, experimentou grande adversidade. Ela e a sua família sofreram os efeitos da fome, e tiveram que abandonar a sua própria casa. Além disso, ela perdeu seu marido e seus dois filhos. Parecia que o Senhor a abandonara e até mesmo se voltará contra ela. A história de Rute, no entanto, revela que Deus continuava cuidando dela, inclusive agindo através de terceiros, para socorrê-la em suas necessidades. Como no caso de Noemi, crente fiel e leal a Cristo pode experimentar grandes adversidades na sua vida. Tal fato não significa que Deus o abandonou ou que está castigando. As Escrituras frisam, repetidas vezes, que Deus continua, com todo o amor, a fazer todas as coisas cooperarem para o nosso bem em tempos de aflição” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.422).

II – SUPERANDO AS CRISES EXISTENCIAIS

1- Noemi decide voltar à sua terra (Rt 1.6-8).
Viúva com suas duas noras moabitas, Orfa e Rute, também viúvas, Noemi resolve voltar à sua terra na Judéia depois de 10 anos longe (Rt 1.4). Era uma mulher envelhecida e, por isso, resolveu liberar suas noras Orfa e Rute para que voltassem às suas famílias de origem em Moabe. Órfã aceitou a liberação de sua sogra e voltou para sua família, mas Rute resolveu ficar com Noemi (Rt 1.15-18). Provavelmente, Noemi pensou que Deus a estivesse castigando com todos os sofrimentos experimentados, e não imaginava o plano divino em todas aquelas circunstâncias.
Na decisão de Rute, nascia uma amizade profunda entre nora e sogra, entre duas mulheres que seriam experimentadas pelo sofrimento. Aprendemos com o apóstolo Paulo que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28 – NAA).

2- Rute conhece o Deus de sua sogra (Rt 1.16).
Rute declarou de coração sincero à sua sogra Noemi: “O teu povo é o meu povo, O teu Deus é o meu Deus” (Rt 1.16). Ela teve um gesto de amor exemplar para com Noemi. A convivência com a sogra levou Rute a conhecer o Deus de Noemi. A despeito dos sofrimentos e necessidades vividos dentro daquela família, a moabita descobriu que o Deus de sua sogra era o Deus verdadeiro, que supre as nossas necessidades (Fp 4.19).
Rute apegou-se à Noemi, não só pelos laços familiares, mas também pela fé no Deus de Israel porque a sua sogra dava o exemplo de uma mulher temente a Deus. Quando sogra e nora estão unidas na presença de Deus é uma bênção para toda a família. Por intermédio dessa união, Deus traz provisões extraordinárias para as necessidades familiares.

3- Unidas contra a crise.
Toda família pode passar um período em que parece que não há perspectiva de mudança diante de uma situação difícil. Como no caso de Noemi, às vezes, a família parece chegar a “um beco sem saída” para a vida material, emocional e, até mesmo, o espiritual.. Até certo ponto isso é natural, pois quando nos deparamos com determinadas crises, nossa visão tende a ficar embaçada e limitada. Entretanto, a Palavra de Deus diz: “Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8.31).
Deus é pelo seu povo. Isso não é diferente com a nossa casa. A providência de Deus pode começar no relacionamento entre os membros da família. Ora, no momento de uma crise familiar, a última coisa que pode acontecer é uma “guerra” entre seus membros. Já imaginou como ficaria muito mais pesada a carga de Noemi e Rute se elas não estivessem unidas? Sim, Rute, a nora de Noemi, foi capaz de superar as crises de sua casa, e da sua sogra, com uma visão de esperança, paciência e tenacidade para superar todas as dificuldades da família. Sua perspectiva de fé animou sua sogra e, juntas, contemplaram o agir de Deus em favor de sua família.

SINOPSE II
A lealdade entre Noemi e Rute é evidenciada na decisão de ambas, uma indo e a outra ficando, a fim de superarem juntas, em Deus, todas as dificuldades.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
DEUS HONRA AOS QUE PERMANECEM FIÉIS
“No mundo antigo, não havia quase nada pior do que ser uma viúva. Muitas pessoas tiravam vantagem das viúvas ou as ignoravam . Elas eram quase sempre atingidas pela pobreza. Portanto, a Lei de Deus ordenava que o parente mais próximo do marido falecido cuidasse da viúva. Mas Noemi não tinha parentes em Moabe, e não sabia se algum dos parentes do marido estavam vivos em Israel.
Mesmo em uma situação desesperadora, Noemi teve uma atitude altruísta. Embora ela tenha decidido voltar para Israel, encorajou Rute e Orfa a permanecerem em Moabe e recomeçarem suas vidas, mesmo que isto trouxesse dificuldades para ela. Belém ficava a aproximadamente oito quilômetros a sudoeste de Jerusalém. A cidade era cercada por oliveiras e campos verdejantes. Suas colheitas eram abundantes.
Certamente, o retorno de Rute e Noemi a Belém foi parte do plano de Deus, porque nesta cidade nasceria Davi (1 Sm 16.1). Como previsto pelo profeta Miquéias (Mq 5.2), Jesus Cristo também nasceria neste lugar. Portanto, esta mudança foi mais do que mera conveniência para Rute e Noemi. Ela propiciou o cumprimento das Escrituras” (Bíblia de Estudo Cronológico Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p.422).

III – FÉ E TRABALHO NUMA NOVA PERSPECTIVA

1- A chegada à terra do pão (Rt 1.19). 
A chegada das duas mulheres viúvas à Judeia, mais especificamente a Belém, depois de 10 anos, causou alvoroço na cidade (Rt 1.19). Os antigos conhecidos de Noemi queriam saber o que havia acontecido com sua família. Ela ainda era uma mulher amargurada com as duras experiências passadas em Moabe e preferia ser chamada de “Mara” cujo significado no hebraico é “amarga” (Êx 15.23). Sua queixa se resumia a declarar que Deus parecia tê-la abandonado.
Entretanto, o Senhor estava no comando da sua vida para um propósito maior do que ela poderia imaginar. Sua humilhação e tristeza começaram a ser transformadas em alegria. Assim, quando Noemi e Rute empreenderam a viagem para a Judéia, havia uma nova esperança em seus corações. Rute se tornará uma mulher de fé disposta a superar a crise de subsistência, confiando inteiramente no Deus de sua sogra. Então, sogra e nora agora estão juntas vivendo da fé, como a Bíblia diz: “O justo viverá da sua fé” (Hc 2.4.; Rm 1.17).

2- Recuperando a autoestima (Rt 1.15- 18). 
Rute deu uma demonstração de carinho e amor por Noemi que a fez entender que ainda havia esperança. Elas haviam chegado à Belém no “princípio da colheita das cevadas” (Rt 1.22). Se em Moabe a situação era precária, em Belém havia esperança de “não faltar nada” para ambas. Rute usou sua perspicácia para suprir a necessidade da casa (Rt 2.2). Essa atitude contribuiu para que Noemi levantasse seu estado de espírito e sua autoestima. É muito importante que, na família, haja pessoas dispostas a animar as outras.

3- A honra do trabalho no campo de Boaz (Rt 2.8-17).
Havia um campo que pertencia a um parente de Elimeleque, chamado Boaz (Rt 2.1). Rute foi para esse campo de cevada a fim de ajuntar as espigas que os segadores abandonavam, prática permitida é concedida aos pobres pela lei mosaica (Dt 24.19-21). Assim, Rute se dispôs a trabalhar pelo seu sustento e de sua sogra, Noemi (Rt 2.7). Ela teve iniciativa e persistência, não teve medo de correr riscos (Rt 2.2), estava determinada e disposta para alcançar o objetivo desejado. Mais adiante, ao descobrir a generosidade desta estrangeira para com sua sogra, Boaz ofereceu seu campo, sua proteção e se tornou o provedor de Noemi e Rute.

SINOPSE III
A chegada a Belém, o trabalho de Rute e a descoberta de um possível remidor reacenderam a esperança e autoestima em Noemi.

IV- RUTE ENCONTRA O REMIDOR DA FAMÍLIA

1- Rute descobre o remidor de Noemi (Rt 4.1-9).
Ao se dispor a apanhar restos das espigas deixadas pelos empregados de Boaz, Rute descobre que ele era parente de Elimeleque e, por isso, segundo a lei, Boaz podia redimir essa herança para que ficasse dentro da família e a viúva não ficasse mais desamparada. Ele fez todo o procedimento a respeito da propriedade conforme orientava a lei. Aqui, podemos perceber que Boaz é um tipo de Cristo, o nosso Redentor que, sendo rico se fez pobre para nos fazer herdeiros das suas riquezas espirituais (2 Co 8.9). Há riquezas de Cristo para a nossa família.

2- Boaz redime Rute, a moabita (Rt 4.11-13).
Boaz foi para a porta da cidade, onde se reuniam os anciãos do povo, na forma de um júri, os quais julgavam as causas do povo. O remidor, por direito, era outro homem, porque aquela parte da terra, que pertencia a Elimeleque, estava à venda. Portanto, a herança representada por aquele pedaço de terra pertencia a outro, mas Boaz se dispôs a casar-se com Rute para que aquela terra fosse dele, convencendo os anciãos e o antigo dono a fazerem assim.
Mais que isso, Boaz redimiria Rute, pagando o preço daquela terra e o direito de resgate da viúva. Foi assim que Rute, a moabita, entrou para a genealogia de Jesus (Mt 1.5). Após casar-se com Boaz, ela deu à luz um filho, o qual recebeu o nome Obede, o pai de Jessé; e este, o pai de Davi, o grande rei de Israel (Rt 4 -13)17)- Quando Jesus se manifestou na Terra, tornou-se conhecido como o“filho de Davi” (Mt 1.3-6), formando os elos da linhagem do Messias.

3- Noras e sogras.
O relacionamento entre nora e sogra tem muito a ver com o equilíbrio do relacionamento familiar. Se a relação entre elas não for sadia, muitas outras relações familiares podem ser afetadas. A história bíblica de Rute e Noemi nos mostra que é a vontade de Deus que noras e sogras, bem como genros e sogros, tenham um relacionamento em que o fruto do Espírito seja revelado (Gl 5.22-24).
Com a história dessas duas personagens, aprendemos que nora e sogra podem superar, juntas, a dor do luto, o período de escassez em que toda família está sujeita a passar, a enfermidade de um filho ou de um neto. Nos momentos difíceis na família, elas podem ser um esteio para todos. A Palavra de Deus diz que em tudo devemos glorificar ao Senhor e isso passa pelos relacionamentos mais próximos dos cristãos (1 Co 10.31).

SINOPSE IV
O Senhor honrou suas servas fiéis por meio de Boaz, o resgatador, que tipifica a ação remidora de Jesus Cristo, inserindo-nos à família de Deus.

CONCLUSÃO
A história bíblica de Rute é um exemplo de fé no relacionamento entre uma nora e sua sogra. Mesmo sendo uma estrangeira, Rute foi capaz de cuidar da sua sogra, demonstrando grande carinho e respeito por ela, além de administrar dentro de si perdas enormes: O cunhado e o marido. Mas diante de tudo isso, Deus honrou seu trabalho pelo qual sustentou a si mesma e a casa de Noemi. Portanto, a vontade de Deus é que sogras e noras, bem como genros e sogros, vivam em união de maneira que a família seja ricamente abençoada por Deus.

REVISANDO O CONTEÚDO
1- O que significa a palavra “Belém”?
Significa “casa de pão”.
2- Como era constituída a família de Noemi enquanto estava na Judéia?
Era constituída por Elimeleque, Noemi, os filhos Malom e Quiliom.
3- A despeito de todos os sofrimentos e necessidades vividos dentro daquela família, o que Rute descobriu?
Rute descobriu que o Deus de sua sogra era o Deus verdadeiro que supre as nossas necessidades (Fp 4.19).
4- Segundo a lição, em que tipo de mulher Rute se tornou?
Rute se tornará uma mulher de fé, disposta a superar a crise de subsistência, confiando inteiramente no Deus de sua sogra.
5- O que podemos perceber a respeito de Boaz?
Boaz é um tipo de Cristo, o nosso Redentor que, sendo rico, se fez pobre para nos fazer ricos e herdeiros das suas riquezas espirituais (2 Co 8.9).

Fonte: CPAD

LUTE POR UMA EBD DE QUALIDADE

 DESEJO UMA EXCELENTE AULA À TODAS AS ESCOLAS DOMINICAIS.

PASTORES, COORDENADORES, PROFESSORES, RESPONSÁVEIS E OBREIROS, NÃO SE ESQUEÇAM DE:

CHEGAR CEDO;

DEIXAR TUDO ORGANIZADO;

ESTAR COM A AULA PREPARADA;

RECEBER BEM OS ALUNOS;

E CONVIDÁ-LOS PARA A PRÓXIMA EBD;

INFORME O TEMA DA PRÓXIMA LIÇÃO E DIGA ALGO INTERESSANTE QUE SERÁ MINISTRADO (Ex. As circunstâncias do casamento de Rute e Boaz, porque ele era o remidor)


Pr Marcos André