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sexta-feira, 7 de julho de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 3 / 3º Trim 2023



O Perigo do Ensino Progressista
16 de Julho de 2023



TEXTO ÁUREO
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.” (2 Tm 3.1)

VERDADE PRÁTICA
Os ensinos progressistas buscam desconstruir a fé cristã por dentro e afastar as pessoas do verdadeiro cristianismo bíblico, tornando-as meras militantes de causas sociais.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Pe 1.15,16 As Escrituras advertem o cristão a viver em santidade
Terça – 2 Tm 3.16,17 A Bíblia é a única revelação escrita de Deus para a humanidade
Quarta – 2 Pe 1.21 As Escrituras são a verdade plena de Deus, dada pelo Espírito Santo
Quinta – Ap 22.18,19 Ninguém pode acrescentar ou retirar coisa alguma das Escrituras
Sexta – Rm 12.7 Exortação à Igreja acerca da dedicação ao ensino das Escrituras
Sábado – Rm 12.1,2 É preciso manter-se em comunhão com Deus e permanecer separado das armadilhas do pecado

Hinos Sugeridos: 210, 259, 306 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 3.1-9

1 – Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;
2 – porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3 – sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
4 – traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
5 – tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
6 – Porque deste número são os que se introduzem pelas casas e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências,
7 – que aprendem sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.
8 – E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.
9 – Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles.

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos alguns perigos do ensino progressista à fé cristã bíblica. Fazem parte do arcabouço progressista o liberalismo teológico, o teísmo aberto, a teologia da libertação, bem como suas deri­vadas, tais como: teologia feminista, teologia negra, teologia queer etc. O propósito básico desses movimentos teológicos é desconstruir a moral cristã, implodir a ortodoxia bíblica e corromper a fé bíblica por dentro da igreja evangélica.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Elencar os elementos que descaracterizam o cristianismo bíblico;
II) Explicar as principais teorias progressistas;
III) Aplicar elementos que refutam o ensino progressista.
B) Motivação: É muito provável que você já tenha ouvido algumas preleções em que há uma insistente ênfase em desconstruir postulados que sempre foram caros ao cristia­nismo bíblico. Em relação a isso, o apóstolo Paulo diz que estamos diante de pessoas orgulhosas, tomadas por desejo doentio por discussões a respeito de palavras, fazendo falsas acusações a respeito da piedade como uma mera fonte de lucro; trata-se, pois, de uma mente pervertida, privada da verdade (1 Tm 6.3-5).
C) Sugestão de Método: Em 2022 um vídeo de uma militante política circulou nas redes sociais. Esse vídeo é revelador. Nele, há uma fala cla­ramente a respeito da estratégia de militantes atuarem na Escola Dominical das igrejas evangélicas, principalmente, nas classes infantis, onde há maior necessidade de voluntários para o trabalho. Você pode procurar este vídeo na internet, pois ele foi viralizado. Em seguida, alerte os alunos a respeito do que uma ideologia progressista pode fazer na mente de uma pessoa. Sim, deixe claro que há pessoas em nosso meio que acreditam piamente que precisam “converter” os evangélicos para ler a Bíblia de uma maneira mais progressista. Esse fenômeno é real.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Ao final desta lição, estimulemos aos alunos a reafirma­ rem a autoridade da Bíblia para toda prática e fé, a conhecer e a ensinar
as grandes doutrinas da Palavra de Deus e, finalmente, a cultivar uma vida de santidade ao Senhor.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristao. Vale a pena conhecer essa revista
que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio a Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.37, você encontrará um subsídio espe­cial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Pressuposições do Intérprete e do Teólogo Pentecos­tal”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito da autoridade do texto bíblico;
2) O texto “Purificando o Crente”, ao final do terceiro tópico, amplia a reflexão a respeito da ênfase na santificação do crente.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos que os ensinos progressistas enfraquecem a autoridade da Bíblia. Suas heresias propagam que as Escrituras contêm erros, que Deus não é Soberano e que o sobrenatural é um mito. São indiferentes à doutrina bíblica do pecado, relativizam os valores morais e defendem a necessidade de “ressignificar” a fé cristã. Por conseguinte, seus ensinos progressistas resultam na descaracterização do cristianismo bíblico. Nesta oportunidade, verificaremos alguns de seus heréticos conceitos e os meios espirituais pelos quais a Igreja deve resistir aos seus efeitos maléficos (Jd 1.3).

I- A DESCARACTERIZAÇÃO DO CRISTIANISMO

1- A deterioração moral.
A expressão bíblica "últimos dias" faz alusão ao período anterior à volta de Cristo, sendo retratado como um tempo “extremamente difícil” (2 Tm 3.1). O apóstolo Paulo alerta que o comportamento humano estará associado à impiedade, caracterizada pela profunda degradação moral (2 Tm 3.2-4). Por isso, a lista paulina é uma descrição da escalada dos pecados na sociedade. E o enfraquecimento da doutrina bíblica e o relativismo, que não aceita norma moral absoluta, instigam a má conduta da humanidade. O atual é alarmante crescimento do pecado e uma indicação de que já vivemos esses últimos dias. Não obstante, apesar das investidas heréticas, a Bíblia nos adverte a viver em santidade em qualquer época da jornada cristã (1 Pe 1.15, 23-25).

2- A erosão da ortodoxia. 
O ensino progressista representa um ataque ideológico à ortodoxia bíblica. Suas te­ses reduzem o texto bíblico a um mero registro de experiências religiosas. Desse modo, o fundamento da fé cristã é questionado, isto é, a autoridade bíblica é rejeitada e suas verdades negligenciadas; o conteúdo doutrinário cede espaço para a cultura, o entretenimento e ao resultado a qualquer custo; os cristãos tornam-se “mais amigos dos deleites do que amigos de Deus” (2 Tm 3.4); a vida em igreja fica desprovida do poder do Espírito, sendo incapaz de ser instrumento de transformação do caráter das pessoas (2 Tm 3.5; 2 Co 4.2,3). Portanto, não podemos negociar a verdade de que a Bíblia é a única revelação escrita de Deus, dada pelo Espírito Santo, capaz de constranger a consciência dos pecadores (2 Tm 3.16,17).

3- A corrupção da fé. 
Com o caráter humano maculado e a corrosão da or­todoxia, promovidos pelo progressismo no ensino, o cristianismo e a fé bíblica são descaracterizados. Não por acaso, o apóstolo Paulo acrescenta as práticas dos falsos cristãos (2 Tm 3.2-4) à repulsiva conduta da luxúria e de várias concupiscências (2 Tm 3.6). Os hereges cativam as pessoas por meio da sedução e do engano. Escravos que são das paixões, eles acreditam que os prazeres do corpo não podem contaminar a alma. Por isso, os pecados morais, a libertinagem e o abuso do corpo são tolerados, tais como: a prostituição, a ideologia de gênero, as drogas, o aborto, o relativismo moral etc. A rebeldia e a ausência de genuína conversão os impedem de alcançar o conhecimento da verdade (2 Tm 3.7). Por fim, o engano desses mestres e seus seguidores será objeto do juízo divino (2 Tm 3.8).

AMPLIANDO, O CONHECIMENTO
AUTORIDADE DAS ESCRITURAS
“O escopo da autoridade das Escrituras é tão extensivo como a própria autoridade de Deus em relação a todas as áreas da existência humana. Deus está acima de todas as áreas de nossa vida, e fala a todas elas mediante a sua Palavra. A autoridade da Palavra escrita e a autoridade do próprio Deus. A Bíblia não é meramente um registro da autoridade de Deus no passado, mas continua sendo a autoridade de Deus, hoje.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, editada pela CPAD, pp.94-98.

SINOPSE I
A deterioração moral, a erosão da ortodoxia e a corrupção da fé são elementos que descaracterizam o cristianismo bíblico.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
PRESSUPOSIÇÕES DO INTÉRPRETE E DO TEÓLOGO PENTECOSTAL
“Finalmente, é importante exa­minarmos o que nós, intérpretes, trazemos de nosso mundo, e acrescentamos ao texto (pressuposições). Primeiro: tenhamos um compromisso com a inspiração verbal e plenária. Os métodos supra delineados devem afirmar esse ponto de vista. Prestemos atenção a todo o conselho de Deus, e evitemos a ênfase exagerada num só tema ou texto. Doutra forma, surge um cânon dentro de um cânon, que é outro erro grave. E que, na prática, traçamos um círculo dentro do círculo maior (a Bíblia), e dizemos, na prática, que essa parte assim delineada é mais inspirada do que o resto.
Se derivarmos a teologia só de uma parte selecionada da Bíblia, acontecerá a mesma coisa. É importante, portanto, que ponto de referência sejam realmente bíblicos e pentecostais. Primeiro: deve crer no mundo sobrenatural, especialmente em Deus, que opera de forma poderosa e revela-se na história. Os milagres, no sentido bíblico, são ocorrências comuns. Na Bíblia, ‘milagre’ refere-se a qualquer manifestação do poder de Deus, e não necessariamente a um evento raro ou incomum.
Além disso, outros poderes no mundo sobrenatural, quer angelicais (bons), quer demoníacos (maus), penetram em nosso mundo e aqui operam. O pentecostal não é materialista nem racionalista, mas reconhece a realidade da dimensão sobrenatural” (HORTON, Stanley M (ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, pp.61-62).

II – AS TEORIAS PROGRESSISTAS

1- A desconstrução da Bíblia.
O ensino progressista e o desdobramento do liberalismo teológico. Sua principal característica é o repúdio a inspiração e inerrância da Bíblia (2 Tm 3.16). A Ênfase do Progressismo repousa no antropocentrismo (homem como centro). Esse ensino produz pessoas egocêntricas e retira a convicção do pecado (2 Tm 3.2). O parâmetro progressista é de reinterpretação das Escrituras para satisfazer a concupiscência humana (2 Tm 4.3). Então, propaga-se um “evangelho” em que a salvação do homem ocorre por meio de uma reforma social com a relativização do pecado, da moral e da fé bíblica (Gl 1.7-10). Assim, o termo “progressista” refere-se às teorias que se distanciam do cristianismo bíblico, em especial na deturpação das doutrinas e dos valores cristãos (Fp 3.18,19; 2 Pe 2.19).

2- O Teísmo aberto.
Outra corrente da teologia liberal/progressista é o ensino do teísmo aberto. Nessa teologia, Deus é limitado, não conhece o futuro em detalhes, não exerce o controle­ absoluto sobre o universo e nem sobre a vida humana. Afirma-se que o conhecimento divino das coisas que estão por acontecer depende das ações livres dos homens. Rejeita-se o conceito de presciência em que Deus sabe todas as coisas antecipadamente.
Nessa heresia, Deus foi surpreendido pelo pecado no Éden e forçado a redesenhar a história (Gn 3.8-19). Essa ênfase extremada nas decisões do homem sacrifica a soberania de Deus, e a autolimitação divina anula o que a Bíblia ensina sobre a queda e a corrupção do gênero humano, afetando assim a doutrina da providência divina e da presença do mal moral no mundo. Logo, embora seus postulantes não reconheçam publicamente, a conclusão é bem lógica: Se Deus não é Soberano, então, não faz sentido orar a Ele.

3- A Teologia da Demitologização.
Em 1958, Rudolph Bultmann propôs um programa de demitologização do texto bíblico. O mito é uma história de caráter religioso que não tem fundamento na realidade, e que se destina a transmitir um conceito de fé. Para esse teólogo alemão havia mitos na Bíblia e era preciso separá-los da verdade. Nesse pensamento, o Céu e o Inferno, a tentação, os demônios e a possessão demoníaca passam a ser vistos como mitológicos. Até a doutrina da concepção, do nascimento virginal e a promessa da vinda de Cristo são classificados como mitologia. Nessa teologia, a Bíblia só é crível se dela forem extirpados os milagres, os sinais e outras revelações sobrenaturais. Em oposição a esses disparates, ratificamos que a Bíblia é a verdade plena de Deus, atestada pelo Espírito Santo, sustentada pela história e confirmada por milhões de pessoas alcançadas pela fé em Cristo (2 Pe 1.21).

SINOPSE II
As teorias progressistas passam pela desconstrução da Bíblia, pelo teísmo aberto e pela teologia liberal.

III – REFUTANDO O ENSINO PROGRESSISTA

1- Reafirmando a autoridade bíblica.
Em refutação ao ensino progressista é indispensável reafirmar a doutrina da inspiração divina, verbal e plenária da inerrante Palavra de Deus (2 Tm 3.16,17) e validar o princípio de Sola Scriptura instituído na Reforma, que estabelece a Bíblia como a única regra infalível e autoridade final de fé e prática. Nessa direção, Lutero advertia sobre a necessidade de distinguir entre o que foi entregue por Deus nos textos sagrados e o que foi inventado pelos homens no contexto da pesada tradição romana na Idade Média. Armínio, por sua vez, alertava que a perfeição das Escrituras é solapada quando sua verdade é negada ou reinterpretada. Desse modo, a autoridade bíblica é ratificada quando se oferece resistência a presunção das ideologias humanas em acrescentar ou retirar alguma coisa das Escrituras (Ap 22.18,19).

2- Ensinando as doutrinas bíblicas.
A Grande Comissão confiada a igreja consiste em fazer e ensinar discípulos (Mt 28.19,20). Compreende uma orde­nança proclamadora e um mandato educacional. A incumbência é tanto de formação quanto de transformação de indivíduos. É responsabilidade da Igreja evangelizar o mundo e ensinar as doutrinas bíblicas (2 Tm 4.2). Em vista disso, Paulo exorta a necessária dedicação ao ensino (Rm 12.7). A atividade é essencial para instruir, expor e corrigir o erro (2 Tm 3.16). Essa atuação é primordial na transformação da velha natureza (Ef 4.22-24), formação do caráter cristão (Ef 4.13), resultando no genuíno crescimento de uma igreja espiritualmente saudável e doutrinariamente bíblica (Ef 4.16).

3- Enfatizando a santificação. 
O fortalecimento da autoridade bíblica e o aprendizado das doutrinas cristãs precisam estar atrelados a uma vida de santidade (1 Pe 1.16). O verbo santificar vem do grego hagiazo que significa “separar, purificar, consagrar”. O adjetivo “santo” é tradução do vocábulo “hagios”. Desse modo, a santificação é a operação do Espírito Santo em manter o crente separado do pecado e consagrado a Deus (Rm 12.1,2). É a continuação da obra iniciada na regeneração (Ef 1.13), quando o salvo recebe novidade de vida (2 Co 5.17) e se estende até o dia da glorificação do crente (Rm 6.22). A ênfase está na obediência à Palavra de Deus (Tg 1.22), no abandono das concupiscências (1 Pe 1.13,14) e numa vida de retidão moral em toda a maneira de viver (1 Pe 1.15).

SINOPSE III
Refutamos o ensino progressista, reafirmamos a autoridade da Bíblia, ensinando as doutrinas bíblicas e vivendo uma vida de santidade ao Senhor.

AUXÍLIO TEOLÓGICO.
“PURIFICANDO O CRENTE
A obra do Espírito não cessa quando a pessoa reconhece sua culpa diante de Deus, mas vai crescendo a cada etapa subsequente. A segunda etapa na santificação pelo Espírito Santo no indivíduo é a conversão. Esta é uma experiência instantânea. Inclui a santificação pelo Espírito, ou, em linguagem bi­blicamente mais correta, o processo da santificação pelo Espírito inclui a conversão” HORTON, Stanley M (ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, pp.423-24.

CONCLUSÃO
As Escrituras advertem que a conduta humana dos “últimos dias” é de repulsiva descaracterização da fé. A heresia progressista crítica as Escrituras, promove o enfraquecimento da ortodoxia, instiga a frouxidão moral e afasta as pessoas do verdadeiro cristianismo. Contudo, a postura da Igreja não deve ser de inércia, mas de resistência à iniquidade. A defesa da fé ocorre quando os valores imutáveis e atemporais da Bíblia são exercitados pelo poder de Deus na vida diária do crente salvo (1Co 2.4,5).

REVISANDO O CONTEÚDO
1- Para o que o apóstolo Paulo alerta?
R. O apóstolo Paulo alerta que o comportamento humano estará associado à impiedade, caracterizada pela profunda degradação moral (2 Tm 3.2-4).
2- O que o ensino progressista representa?
R. O ensino progressista representa um ataque ideológico à ortodoxia bíblica. Suas teses reduzem o texto bíblico a um mero registro de experiências religiosas.
3- O que o ensino progressista enfatiza?
R. A ênfase do Progressismo repousa no antropocentrismo (homem como centro). Esse ensino produz pessoas egocêntricas e retira a convicção do pecado (2 Tm 3.2).
4- O que é indispensável na refutação do ensino progressista?
R. Em refutação ao ensino progressista é indispensável reafirmar a doutrina da inspiração divina, verbal e plenária da inerrante Palavra de Deus (2 Tm 3.16,17). Validar o princípio de Sola Scriptura instituído na Reforma, que estabelece a Bíblia como a única regra infalível e autoridade final de fé e prática.
5- O fortalecimento da autoridade bíblica e o aprendizado das doutrinas cristãs precisam estar atrelados a que?
R. O fortalecimento da autoridade bíblica e o aprendizado das doutrinas cristãs precisam estar atrelados a uma vida de santidade (1 Pe 1.16).

Fonte: CPAD

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terça-feira, 4 de julho de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 2 / 3º Trim 2023



AULA EM 9 DE JULHO DE 2023 - LIÇÃO 2

(Revista CPAD)

Tema: A Deturpação da Doutrina Bíblica do pecado



TEXTO ÁUREO
“Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.” (Rm 3.20)

VERDADE PRÁTICA
O pecado de Adão arruinou toda a humanidade. Contudo, Jesus Cristo pode regenerar eficazmente o pecador.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Jo 3.4 Pecado é transgredir a Lei de Deus
Terça – Rm 5.12 O pecado de Adão passou a toda raça humana
Quarta – 2 Co 5.17 Em Cristo, o pecador torna-se uma nova pessoa
Quinta – 1 Pe 1.15 A santidade é um princípio ético e moral da fé cristã
Sexta – Hb 13.4 A prostituição não pode macular a sexualidade do cristão
Sábado – 1 Co 6.19 O corpo do cristão é morada do Espírito Santo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Romanos 3.9-20
9 – Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado,
10 – como está escrito: Não há um justo, nem um sequer
11 – Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus.
12 – Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.
13 – A sua garganta é um sepulcro aberto; com a língua tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;
14 – cuja boca está cheia de maldição e amargura.
15 – Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.
16 – Em seus caminhos há destruição e miséria;
17 – e não conheceram o caminho da paz.
18 – Não há temor de Deus diante de seus olhos.
19 – Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.
20 – Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.

Hinos Sugeridos: 75, 422, 568 da Harpa Cristã

INTRODUÇÃO
- "A Queda no Éden transmitiu à humanidade a inclinação do coração humano ao erro. Por isso, a regeneração é o único meio possível de desfazer as consequências do pecado em que a natureza humana só pode ser transformada pela obra de Cristo (Tt 3.5,6)."
, na Queda, os sentimentos do ser humano ficaram descontrolados, o homem passou a ser influenciado por suas emoções e desejos. A regeneração mencionada aqui, é a ação do Espírito Santo que nos torna em novas criaturas, como nesse texto: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.", 2 Coríntios 5.17
Sem essa regeneração, o ser humano permanece escravo do pecado.
- "Não obstante, por influência de teologias modernas, a Doutrina do Pecado vem sendo deturpada e enfraquecida. Esse processo abriu as portas para a normalização do pecado em muitos lugares denominados cristãos. Nesta lição, vamos estudar o perigo dessas teologias para a ortodoxia cristã.", o objetivo desse enfraquecimento é fazer com que a questão do pecado não pareça tão grave. Essas teologias modernas são teorias ou conjunto de ensinamentos defendidos por pessoas que não possuem qualquer compromisso com Cristo, esses ensinamentos estão presentes na sociedade e são ensinados, na maior parte, por movimentos ecumênicos.

I – O ENSINO BÍBLICO DA NATUREZA PECAMINOSA

1- Definição de Pecado.
- "Dentre os termos para “pecado”, destacamos o substantivo hebraico chatá, cuja raiz significa “errar o alvo” (Gn 4.7); e o seu correspondente grego hamartia, que possui conotação de “erro moral” (2 Pe 2.13,14). Assim, a Bíblia define “pecado” como a transgressão da Lei de Deus (1 Jo 3.4)."
, resumidamente pecado é errar contra o Senhor. Pois o Senhor definiu um padrão para o ser humano e esse padrão foi expresso na Sua Lei. Ou seja, pela Lei, o ser humano sabe exatamente o que é errado e o que é certo. Paulo faz uma referência a isso, veja:
"Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.", Romanos 7.7
Esse versículo é o que melhor associa o pecado à Lei de Deus.


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Pr Marcos André 






segunda-feira, 3 de julho de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 2 / 3º Trim 2023


AULA EM 9 DE JULHO DE 2023 - LIÇÃO 2
(Revista Editora Betel)

Tema: Oséias – O Amor de Deus e a chamada ao Arrependimento

TEXTO ÁUREO
“Porque eu quero misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocausto” Oseias 6.6

VERDADE APLICADA
a mensagem de Oséias aponta para o imensurável amor de Deus que o moveu a enviar Jesus Cristo para salvar pecador e fazê-lo membro da família de Deus

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário da mensagem de Oséias.
Destacar os acontecimentos na vida de Oséias.
Mostrar lições do livro de Oséias para os dias de hoje

TEXTOS DE REFERÊNCIA

OSÉIAS 1
1- Palavra do Senhor, que foi dita a Oséias, filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel.
2- O princípio da palavra do Senhor por Oséias; disse, pois, o Senhor a Oséias: Vai, toma uma mulher de prostituições e filhos de prostituição; porque a terra se prostituiu, desviando-se do Senhor.
3- E foi, e tomou a Gomer, filha de Diblaim, e ela concebeu e lhe deu um filho.

OSÉIAS 11
4- Atraí-os com cordas humanas, com cordas de amor, e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas; e lhes dei mantimento.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Os 4 – A malícia do povo de Israel e Judá.
TERÇA – Os 5 – A exortação ao arrependimento.
QUARTA – Os 9 – O pecado de Israel e a sua consequência.
QUINTA – Os 11 – A ingratidão de Israel.
SEXTA – Os 12 – A controvérsia do Senhor com Judá e Israel.
SÁBADO – Os 13 – O pecado de Israel e o seu castigo.

Hinos Sugeridos: 35,69,169

INTRODUÇÃO
- "A mensagem de Oséias era centrada na quebra da aliança do povo de Israel com Deus.", Oséias profetizou para o povo uma mensagem de alerta, a fim de mostrar o porquê da destruição que aconteceu em Israel. É bom deixar a classe ciente que Oséias profetizou no reino do Norte antes da deportação do povo do reino do Norte para a Assíria.
- "Sua vida pessoal era uma ilustração pedagógica do amor de Deus e da infidelidade de Seu povo.", a expressão ilustração pedagógica significa que a vida dele e suas atitudes ilustrava a mensagem de Deus para o Seu povo. Sendo assim, as pessoas olhavam para as atitudes do profeta e questionavam o porquê daquilo, então pelas atitudes do profeta o Senhor ministrava ao povo. Um exemplo: Oséias se casou com uma prostituta e teve filhos com ela (Os 1.2) para mostrar que a terra se prostituiu pela idolatria.

1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA OSÉIAS

1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta.
- "A narrativa bíblica não traz muitas informações sobre os antecessores de Oséias, a não ser que seu ministério foi exercido nos reinados de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias (reis de Judá) e de Jeroboão II (rei de Israel) [Os 1.1].", esses reis de Judá, governaram antes do cativeiro em Babilônia, por isso entendemos que a mensagem de Oséias funcionava como um alerta para Judá e explicava os motivos pela destruição que aconteceu em Israel, bem como apontava os seus erros.

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domingo, 2 de julho de 2023

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 2 / 3º Trim 2023


Oséias – O Amor de Deus e a chamada ao Arrependimento
9 de Julho de 2023



TEXTO ÁUREO
“Porque eu quero misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocausto” Oseias 6.6

VERDADE APLICADA
a mensagem de Oséias aponta para o imensurável amor de Deus que o moveu a enviar Jesus Cristo para salvar pecador e fazê-lo membro da família de Deus

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário da mensagem de Oséias.
Destacar os acontecimentos na vida de Oséias.
Mostrar lições do livro de Oséias para os dias de hoje

TEXTOS DE REFERÊNCIA

OSÉIAS 1
1- Palavra do Senhor, que foi dita a Oséias, filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel.
2- O princípio da palavra do Senhor por Oséias; disse, pois, o Senhor a Oséias: Vai, toma uma mulher de prostituições e filhos de prostituição; porque a terra se prostituiu, desviando-se do Senhor.
3- E foi, e tomou a Gomer, filha de Diblaim, e ela concebeu e lhe deu um filho.

OSÉIAS 11
4- Atraí-os com cordas humanas, com cordas de amor, e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas; e lhes dei mantimento.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Os 4 – A malícia do povo de Israel e Judá.
TERÇA – Os 5 – A exortação ao arrependimento.
QUARTA – Os 9 – O pecado de Israel e a sua consequência.
QUINTA – Os 11 – A ingratidão de Israel.
SEXTA – Os 12 – A controvérsia do Senhor com Judá e Israel.
SÁBADO – Os 13 – O pecado de Israel e o seu castigo.

Hinos Sugeridos: 35,69,169

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore por mais sensibilidade espiritual e amor ao próximo.

INTRODUÇÃO
A mensagem de Oséias era centrada na quebra da aliança do povo de Israel com Deus. Sua vida pessoal era uma ilustração pedagógica do amor de Deus e da infidelidade de Seu povo.

PONTO DE PARTIDA
Oséias nos ensina sobre os limites do amor de Deus.

1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA OSÉIAS
Em um período de apostasia, onde a adoração aos deuses de outros povos pagãos configurava uma quebra da Aliança do povo de Israel com Deus, o profeta Oséias foi chamado para pregar a mensagem de infidelidade [Os 8.1]. Dessa forma, o povo foi chamado ao arrependimento e a voltar-se para Deus [Os 12.6].

1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta.
A narrativa bíblica não traz muitas informações sobre os antecessores de Oséias, a não ser que seu ministério foi exercido nos reinados de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias (reis de Judá) e de Jeroboão II (rei de Israel) [Os 1.1]. Foi contempo­râneo do profeta Isaías e, possivelmente, também dos profetas Amós e Miquéias. Seu ministério prosseguiu por um período de aproximadamente 40 anos ou mais, contudo não há consenso entre os comentaristas. Ele viveu numa época de turbulência na política interna e no cenário internacional.

Professor(a): Introdução ao Estudo do Antigo Testamento – Esdras Costa Bentho & Reginaldo Leandro Plácido, CPAD, 2019, p. 506): “Quem era Oséias?
a) Oséias era filho de Beeri [Os 1.1] e profetizou para Israel no Reino do Norte. Não há citação a respeito de seu chamado ao ofício profético, mas informes do livro nos permitem saber algo sobre a sua personalidade. Somos informados pelas Escrituras que ele era afetuoso e compassivo, à semelhança de Jeremias, e não tão austero quanto Elias,
b) Recebeu ordem do Senhor para casar-se com uma prostituta [Os 1.2].
c) Oséias foi contemporâneo de Isaías, Amós e Miquéias.
d) Tinha suficiente posição social, para que o nome de seu pai fosse mencionado (Beeri).”

1.2. O engano do culto a Baal.
O capítulo dois narra a metáfora do marido que ama uma esposa infiel, para ilustrar e exortar o povo de Israel sobre o adultério que cometiam ao adorarem outros deuses. Em sua mensagem, o profeta busca comprovar que a prosperidade que Israel experimentou foi um presente de Deus, o Senhor da Aliança [Os 2.10-11,14]. No capítulo três, o profeta narra sua experiência em que Deus o manda se casar com uma mulher adúltera. Essa narrativa do profeta com a metáfora do seu casamento simboliza o conflito entre a adoração ao Deus de Israel e as práticas da religião cananéia, particularmente o culto a Baal [Os 2.8].

Professor(a): O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “Como Israel se recusou a reconhecer o Senhor como a fonte de prosperidade na agricultura, Deus tiraria Suas bênçãos e não mais supriria as necessidades da nação. (…) O Senhor exporia publicamente a infidelidade de Israel por meio do julgamento. A afirmação “diante dos olhos dos seus namorados” [Os 2.10] indica que os ídolos de Baal seriam incapazes de ajudar Israel, provando, assim, o quão era vão adorá-los.”

1.3. As consequências da infidelidade de Israel.
Oséias buscava entender as causas que traziam sofrimento ao povo e descobriu na apostasia deles a razão de todas as mazelas que enfrentavam. Eles haviam se afastado de Deus, o Criador de todas as coisas, que os acompanhou e não os desamparou em toda a sua jornada desde os seus pais até aquele momento. O profeta, totalmente engajado em sua realidade social, política e religiosa, buscava alertar seu povo para o perigo do engano de seus líderes religiosos. Por isso, sua mensagem foi uma dura crítica à sociedade, que usava a religião como pano de fundo para atender seus próprios interesses [Os 12.2]

Professor(a): R. N. Champlin: “Um profeta ou sacerdote não podia tomar como esposa uma mulher prostituta, sobretudo se ela continuasse praticando a sua “arte”. É assunto de discussões se a esposa de Oséias já era uma prostituta, ou se ela se prostituiu depois de ter-se casado com ele. Este versículo, considerado isoladamente, subentende a primeira possibilidade. Encontramos aqui uma ordem altamente irregular, dada pelo próprio Yaweh. Todas as regras deveriam ser quebradas. Esse homem santo deveria buscar uma prostituta, ainda praticante, para tomá-la como esposa. Através de tão estranha circunstância seria ensinada uma lição objetiva espiritual. A nação de Israel era essa prostituta-adúltera, e Yaweh era seu marido.”

EU ENSINEI QUE:
O tempo de prosperidade do povo de Israel, ao invés de despertá-los para a gratidão a Deus, levou-os à insensibilidade e à apostasia.

2- OS ACONTECIMENTOS NA VIDA DE OSÉIAS
A interpretação dos acontecimentos na vida pessoal de Oséias tem causado extensas discussões no meio dos intérpretes e estudiosos das Escrituras sobre a literalidade ou alegoria do texto. O drama familiar do profeta deve ser compreendido como literal ou alegórico?

2.1. O casamento de Oséias: o retrato da infidelidade de Israel.
A peculiaridade do livro de Oséias reside no fato de que Deus usa o casamento e a infidelidade como figuras antagônicas para denunciar a infidelidade de Seu povo. O adultério não deve estar presente em nenhum relacionamento, ainda mais em um relacionamento baseado no amor e na aliança. Quando a vida espiritual é marcada pela infidelidade a Deus, todos os outros relacionamentos, certamente, estão em risco. A decadência espiritual precede a decadência moral.

Professor(a): O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “Quando Deus estabelece um relacionamento, Ele exige absoluta lealdade. Por intermédio de Oséias, o Todo-Poderoso anunciou que aplicaria um severo julgamento para libertar Seu povo do torpor religioso e chamar sua atenção. Este julgamento tomaria a forma de secas, invasões e exílio. Apesar do rigor desse ato ter dado a impressão de que Israel seria abandonado para sempre, o Senhor pretendia restaurar o Seu povo.”

2.2. Os filhos de Oséias e as mensagens de Deus.
Os três filhos de Gomer e Oséias traziam em seus nomes mensagens de Deus para o povo: Jezreel, Lo-Ruama e Lo-Ami. Propositalmente, a mensagem contida nos nomes revelava o crescente descontentamento de Deus para com o Seu povo, mas, também, transmitiam esperança, amor, restauração e renovação.
Jezreel [Os 1.4]. Significa “Deus semeia”. Também era o nome da cidade onde Jezabel, a idólatra sanguinária, foi morta [2Rs 9.30-37; 10.1 -11]. Este nome evocava juízo, Jezreel: onde Deus julgou os idólatras. A menção do nome do menino ensinava às pessoas sobre o juízo iminente de Deus;
Lo-Ruama [Os 1.6]. Significa “Não compaixão”. A menção do nome da menina ensinava que a compaixão de Deus tem limite. Deus julgaria Seu povo como se fosse uma nação idólatra, sem compaixão;
Lo-Ami [Os 1.8]. Significa “Não meu povo”. Este era o filho mais novo. Juntando os três significados, a mensagem é a seguinte: Deus julgaria Israel como uma nação idólatra e sem compaixão, porque não era mais Seu povo.

Professor(a): Warren W. Wiersbe: “Podemos traçar a história de Israel por meio dos nomes dos três filhos de Oséias:
(1) Jezreel [Os 1.4] significa “disperso”; refere-se à época em que Deus espalha Israel entre as outras nações.
(2) Lo-Ruama [Os 1.6] significa “desfavorecida”; quer dizer que o Senhor tira sua misericórdia da nação e permite que ela sofra por seus pecados.
(3) Lo-Ami [Os 1.9] significa “não meu povo”; refere-se àquela época do programa do Senhor em que Israel não comunga com ele e não é o seu povo como antes fora. Oséias 2.1 informa que haverá um tempo em que o Senhor chamará Israel de “Meu Povo” e de “Favor”, quando Cristo retornar, restaurar a nação e estabelecer seu reino justo. Oséias 3.3-5 apresenta um resumo da condição espiritual de Israel.”

2.3. O drama pessoal do profeta.
Como já vimos, Deus escolheu a história triste e peculiar de Oséias, a fim de revelar o Seu coração e manifestar o Seu amor. A história do casamento de Oséias não é aquela que os livros e os filmes mostram sem qualquer problema real. A vida do profeta, além de ilustrar a infidelidade do povo para com Deus, também traz à tona o drama de muitos casamentos que estão em toda parte, inclusive nos arraiais do povo de Deus. Como dito anteriormente, a decadência espiritual precede a decadência moral e isso tem acometido muitas famílias, onde os filhos são os mais prejudicados quando a infidelidade nas relações chega aos lares.

Professor(a): O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “O ciúme e a disciplina do Senhor podem parecer inapropriados, mas a resposta divina ao pecado de Israel é, na verdade, prova de Seu amor e comprometimento. Deus não admite que coisa alguma arruíne o relacionamento que Ele estabeleceu com os israelitas e fará tudo para preservá-lo. Por fim, Sua fidelidade e misericórdia prevalecerão, e Seu povo voltará a si, dando-lhe o amor que Ele tanto deseja.”

EU ENSINEI QUE:
O Senhor ama com fidelidade o Seu povo, mesmo quando o Seu povo se torna infiel.

3- OSÉIAS PARA OS DIAS DE HOJE
A história do profeta Oséias nos ensina sobre os limites do amor e o que está para além de suas fronteiras. Faz-nos pensar sobre até onde é possível amar alguém. Oséias ilustra uma metáfora do que é o verdadeiro amor, um amor que supera as expectativas humanas, um amor que “tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta” [1 Co 13.7].

3.1. O extraordinário amor de Deus.
Apesar de tanta infidelidade, idolatria, violência, ainda depois de conscientemente rejeitarem a Deus, o chamado amoroso de Deus se fez ouvir através da mensagem do profeta: “Converte-te, ó Israel, ao Senhor, teu Deus; porque, pelos teus pecados, tens caído.” [Os 14.1]. Havia um futuro de prosperidade reservado para os remanescentes fiéis após o exílio. O Senhor prometeu perdão, renovar Sua Aliança e derramar bênçãos abundantes [Os 1.10-11; 2.1-23; 14.1-7]. São promessas que apontam para a vinda de Jesus Cristo, que estabeleceu uma Nova Aliança, e um futuro no qual o povo de Israel, ao se arrepender, será chamado “filhos do Deus vivo” [Os 1.10] e desfrutarão das maravilhosas bênçãos de Deus juntamente com os gentios que se arrependerem [Rm 9.22-33].

Professor(a): O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “Nossa cultura frequentemente descreve o amor em termos de paixão, sexualidade ou cega devoção. Por essas medidas, o amor é pouco mais do que uma atração incontrolável por alguém. Esse tipo de “amor” busca somente o próprio interesse e “acaba” quando não é correspondido ou satisfeito. Contrariamente, Deus chamou Oséias para buscar um tipo de amor completamente diferente, baseado numa escolha consciente de comprometer-se com alguém para o benefício desse alguém, mesmo sem saber sua resposta a esse presente [Os 3.1-3]. Foi assim que Deus se comprometeu com Israel. O casamento de Oséias foi uma demonstração do casamento de Deus com a adúltera nação de Israel.”

3.2. Um chamado ao arrependimento.
O livro de Oseias relata uma história de amor com detalhes constrangedores, que passam longe de uma relação baseada verdadeiramente no amor e no compromisso. Com base nisso, faz clamores agonizantes e cheios de angústia ao reino de Israel, diante da sua situação de terrível apostasia. A dor do profeta ilustra a dor do próprio Deus. Assim como o profeta ansiava trazer de volta sua esposa adúltera, livrando-a da degradação moral e do pecado, da mesma forma Deus ansiava trazer para junto de si o povo de Israel [Os 14.1-2].

Professor(a): Comentário Bíblico Moody: “Israel fora infiel, mas o profeta ainda via esperanças se ela se arrependesse do seu pecado. Israel tinha caído. Literalmente, tropeçado. O pecado colocara uma pedra de tropeço em seu caminho. (…) Israel estivera caminhando na direção do julgamento, que só podia ser desviado através de um completo abandono do pecado e da idolatria e uma volta a Deus e às Suas justas reivindicações sobre as vidas do Seu povo; por isso a ordem: “Convertei-vos ao Senhor”.”

3.3. O desafio de amar outra vez.
O resgate de Gomer representa o resgate de sangue que Deus faria por Seu povo, e, consequentemente, por todos nós pecadores. A dolorosa experiência de Oséias ilustra o amor de Deus, disposto a perdoar um povo que não queria ser perdoado. A ordem dada ao profeta muda o curso da história daqueles que se encontram afastados e perdidos em seus delitos e pecados [Os 3.1]. Quando alguém se afasta de Deus, perde claramente a sensibilidade de amar o outro, considerar o outro, honrar o outro, reconciliar-se de verdade com o outro. O pecado afeta o relacionamento com Deus e, em detrimento disso, também o relacionamento com o próximo.

Professor(a): R. N. Champlin: “A esposa adúltera (Israel) não era muito amorável nem digna de ser amada. Mas o amor de Deus envolveria Israel, tal como Oséias amava a esposa que dele se separara. Foi da vontade de Yaweh que as coisas acontecessem desse modo. Uma grande lição objetiva estava sendo construída. O povo observaria como o profeta lidara com a esposa desviada e se espelharia nela. Talvez essa lição de amor ajudaria a produzir o arrependimento.” CH)

EU ENSINEI QUE:
O livro do profeta Oséias retrata claramente o poder do amor e a possibilidade da reconciliação com Deus e com o próximo.

CONCLUSÃO
O amor de Oséias por sua mulher infiel é com o o amor de Deus pelo pecador [Rm 5.8], Um amor incompreensível e imensurável aos olhos humanos [Ef 3.18-19], mas que alcançou pecadores que não mereciam tal graça e que, hoje, podem viver e testemunhar desse amor todos os dias.

Fonte: Editora Betel

Subsídio Lição 2 / Vídeo pré-aula


sábado, 1 de julho de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 2 / 3º Trim 2023



A Deturpação da Doutrina Bíblica do pecado
09 de Julho de 2023



TEXTO ÁUREO
“Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.” (Rm 3.20)

VERDADE PRÁTICA
O pecado de Adão arruinou toda a humanidade. Contudo, Jesus Cristo pode regenerar eficazmente o pecador.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Jo 3.4 Pecado é transgredir a Lei de Deus
Terça – Rm 5.12 O pecado de Adão passou a toda raça humana
Quarta – 2 Co 5.17 Em Cristo, o pecador torna-se uma nova pessoa
Quinta – 1 Pe 1.15 A santidade é um princípio ético e moral da fé cristã
Sexta – Hb 13.4 A prostituição não pode macular a sexualidade do cristão
Sábado – 1 Co 6.19 O corpo do cristão é morada do Espírito Santo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Romanos 3.9-20
9 – Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado,
10 – como está escrito: Não há um justo, nem um sequer
11 – Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus.
12 – Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.
13 – A sua garganta é um sepulcro aberto; com a língua tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;
14 – cuja boca está cheia de maldição e amargura.
15 – Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.
16 – Em seus caminhos há destruição e miséria;
17 – e não conheceram o caminho da paz.
18 – Não há temor de Deus diante de seus olhos.
19 – Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.
20 – Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.

Hinos Sugeridos: 75, 422, 568 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
A doutrina bíblica do pecado, por natureza, faz oposição às principais ideologias modernas que buscam enaltecer o homem, destacando sua suposta bondade intrínseca. Quando a doutrina bíblica do pecado é deturpada, então, tudo o mais no campo moral também o é. Talvez essa seja a raiz de fenômenos éticos tão distantes do cristianismo bíblico, que podem ser encontrados em movimentos que se dizem cristãos, tais como: “igreja gay”; “casamentos abertos”; “prática sexual entre solteiros” etc.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Expor o ensino bíblico da natureza pecaminosa;
II) Pontuar teologias modernas que derivam da deturpação da doutrina bíblica do pecado;
III) Mostrar as consequências da normalização do pecado.
B) Motivação: Quando assistimos pessoas influentes dizendo que a Bíblia deve ser atualizada diante dos desafios de gênero, saiba que estamos diante de cristãos que deixaram de lado a visão bíblica do pecado. Nesse senti- do, não há disposição para sustentar uma verdade bíblica tão intragável para o mundo moderno: o homem é por natureza pecador e, por isso, deve se arrepender de seus pecados. Então, se enfraquecemos a doutrina bíblica do pecado, passamos a aceitar tudo o que a Bíblia diz que é pecado.
C) Sugestão de Método: Pergunte aos alunos se eles já ouviram falar de pecado social, teologia da libertação e liberalismo teológico. Ouça as res- postas e, em seguida, diga que essas três expressões são consequências do processo de deturpação da doutrina bíblica do pecado. Em seguida, inicie a exposição do primeiro tópico.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Esta lição exorta os alunos a não perderem de vista a doutrina bíblica do pecado. Devemos estar cientes de que a sociedade atual tem dificuldades de aceitar essa visão bíblica, mas ao mesmo tempo devemos estar encorajados a demonstrar que essa doutrina bíblica pode ser provada de maneira concreta em cada esquina onde uma pessoa é assaltada, assassinada e violada sexualmente.
4- SUBSIDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entre- vistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “A Sombra do Pecado”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito da natureza do pecado;
2) O texto “Questões ambientais e sociais como extensão do pecado”, ao final do segundo tópico, traz uma ampliação a respeito das ênfases que derivam da deturpação da doutrina bíblica do pecado, adequando um eficaz entendimento do lugar social na doutrina bíblica do pecado.

INTRODUÇÃO
A Queda no Éden transmitiu à humanidade a inclinação do coração humano ao erro. Por isso, a regeneração é o único meio possível de desfazer as consequências do pecado em que a natureza humana só pode ser transformada pela obra de Cristo (Tt 3.5,6). Não obstante, por influência de teologias modernas, a Doutrina do Pecado vem sendo deturpada e enfraquecida. Esse processo abriu as portas para a normalização do pecado em muitos lugares denominados cristãos. Nesta lição, vamos estudar o perigo dessas teologias para a ortodoxia cristã.

Palavra-Chave: PECADO

I – O ENSINO BÍBLICO DA NATUREZA PECAMINOSA

1- Definição de Pecado.
Dentre os termos para “pecado”, destacamos o substantivo hebraico chatá, cuja raiz significa “errar o alvo” (Gn 4.7); e o seu correspondente grego hamartia, que possui conotação de “erro moral” (2 Pe 2.13,14). Assim, a Bíblia define “pecado” como a transgressão da Lei de Deus (1 Jo 3.4). A palavra abrange não apenas errar o alvo, mas deliberadamente acertar o alvo errado. Trata-se de rebelião e desobediência contra Deus e a sua Palavra (1 Sm 15.22,23). Além disso, o pecado afasta o homem de Deus, fazendo-o pecar contra o próximo (1 Jo 1.6,7) e por se omitir em fazer o bem (Tg 4.17). Portanto, pecado é a condição do homem não regenerado e só pode ser expelido por meio do Novo Nascimento (Jo 33-7). Essa reconciliação do homem com Deus só é possível em Cristo Jesus (2 Co 5.19).

2- A universalidade do Pecado. 
O ser humano foi criado em estado de inocência, sem pecado, perfeito (Ec 7.29) e dotado de livre-arbítrio (Gn 2.16,17). Porém, o primeiro homem escolheu desobedecer a Deus e a sua Queda corrompeu toda a humanidade (Gn 3.9-19). O pecado de Adão foi transmitido a toda raça humana (Rm 5.12). Assim, a partir da Queda, todos os seres humanos nascem em pecado (S1 51.5). Portanto, o pecado não é passado adiante meramente pela força do mau exemplo, mas é um mal inerente à natureza humana (Rm 7.14-24). Em consequência disso, todo ser humano está debaixo da escravidão do pecado e da condenação da morte (Rm 3.23; 6.23). Apesar de corrompida pelo pecado, a natureza humana pode ser eficazmente regenerada pela fé em Cristo (Rm 3.24; 2 Co 5.17).

3- Corrupção Total.
É o estado de corrupção mental, moral e espiritual da natureza humana (Rm 3.10-18). Nesse aspecto, a inclinação para fazer o errado é resultado do pecado (Gn 6.5; Rm 5.19). Por causa da Queda, todas as áreas de nosso ser foram corrompidas. Essa corrupção impede o homem de tomar a iniciativa no processo de regeneração (Rm 8.7,8). Ele só pode ser liberto do pecado após o convencimento do Espírito (Jo 16.8). Sem essa ajuda divina ninguém pode ser transformado (Tt 3.5), ou seja, o livre-arbítrio precisa ser divinamente restaurado (Rm 2.4). Somente por meio da graça o homem recebe capacidade para crer, arrepender-se e ser salvo (Rm 3.24,25). Dessa forma, a libertação do pecado não provém de nenhum esforço humano, mas é gratuita e divinamente ofertada (6.23; Ef 2.8,9).

SINOPSE I
O pecado é a transgressão da Lei d Deus. Por ele, o ser humano foi totalmente corrompido.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
A SOMBRA DO PECADO
“Compreender o pecado nos ajuda : conhecimento de Deus, porém o pecado distorce até mesmo nosso conhecimento do próprio-eu. Mas se a luz iluminação divina consegue penetrar essas trevas, e não somente as trevas, mas também a própria luz, então poderão ser melhor analisadas. Percebe-a importância prática do estudo do pecado na sua gravidade. O pecado é contra Deus. Afeta a totalidade da criação, inclusive a humanidade. Até mesmo o menor dos pecados pode provocar juízo eterno. E o remédio para o pecado é nada menos que a morte de Cristo na cruz” (HORTON, Stanley M (ed Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 201 p.263).

II – AS TEOLOGIAS MODERNAS

1- Teologia do pecado social.
A tese do pecado social remonta aos concílios católicos de Medellin (1968, Colômbia) e Puebla (1979, México). Essa tese defende que o pecado é algo que se constrói por meio de estruturas opressoras, tais como, a pobreza, a injustiça e a desigualdade. Dessa maneira, a redenção do pecado não se restringe ao aspecto espiritual, sendo preciso tratar as questões sociais. O pecado deixa de ser tratado no nível da moral e passa a ser considerado no nível econômico e social. A mudança de ênfase do pecado original (natureza humana) para o pecado social (estrutural) enfraquece a responsabilidade moral do pecador. Então, deixa-se de enfatizar a causa para explorar os sintomas (Mt 23.27,28). A partir daí, resolver as questões da ordem social é visto como solução para o problema do pecado. Naturalmente, essa é uma deturpação do ensino bíblico a respeito do pecado.

2- Teologia da libertação.
A teologia da libertação tem afinidade com as ideias socialistas de Karl Marx. Essa teoria busca “libertar” o oprimido das estruturas opressoras da sociedade. Ela nasce na década de 1970 com Gustavo Gutiérrez (Peru) e Leonardo Boff (Brasil). Para eles, o estudo teológico não deve estar centrado em doutrinas bíblicas para libertar o homem do pecado, mas na indignação social para libertar o homem da injustiça social, econômica e cultural. Desse impulso surgem as teologias de cunho emancipatório de gênero (transexualidade), de sexualidade (homossexualidade) e de raça. Uma de suas vertentes é a Teologia da Missão Integral (TMI). O grande impacto dessas influências é que a fé cristã é reduzida a militância política socialista e marxista. As pautas sociais e progressistas são disfarçadas pela roupagem de Evangelho, postas acima dos valores morais do Reino de Deus. Então, transforma-se o Evangelho em inconformismo, criticismo e assistencialismo (1 Co 15.19; Fp 3.18-20).

3- Liberalismo teológico.
Após a Reforma Protestante (1517), floresce o liberalismo teológico, onde a razão é colocada acima da revelação divina. Como resultado disso, a inspiração, inerrância e infalibilidade das Escrituras são questionadas; os milagres e o sobrenatural são considerados mitológicos; as doutrinas da fé são reinterpretadas e ressignificadas. Troca-se a mensagem da salvação de arrependimento, confissão de pecados e mudança de caráter por uma visão progressista que enfatiza a transformação social pelo paradigma do marxismo. Assim, o pecado é relativizado, o ecumenismo religioso é propagado e toda experiência espiritual é considerada válida. O ideário da teologia liberal é de oposição às antigas doutrinas bíblicas que se fundamentam na revelação das Escrituras (2 Tm 4.3).

SINOPSE II
A teologia do pecado social, da libertação e o liberalismo teológico derivam da deturpação da doutrina bíblica do pecado.

III – A NORMALIZAÇÃO DO PECADO

1- Crise ética e moral.
Em termos gerais, os valores que regulam a conduta de uma pessoa denominam-se ética (1 Pe 1.15) e a prática dessa conduta recebe o nome de moral. Nessa concepção, a obediência aos princípios bíblicos reflete o caráter de um cristão (Rm 12.2). Porém, o conceito deturpado e relativizado do pecado resulta em desvio e falha de caráter (2 Tm 3.5). Desse modo, a sociedade deixa de ser eticamente sólida e se torna moralmente desajustada (Hc 1.4). Dessa crise de integridade irrompe ações incompatíveis com a fé bíblica (Rm 2.21,22). Temas progressistas violam a ética e a moral bíblicas e passam a ser normalizados, tais como: a imoralidade sexual, o aborto e o uso de drogas ilícitas (1 Sm 2.6; Rm 1.27; 1 Co 6.15,19).

2- Imoralidade sexual. 
A deturpação da doutrina do pecado favorece o avanço da imoralidade sexual (Rm 1.24). Em defesa da liberdade de decisão sobre o corpo, banaliza-se o sexo pré-conjugal, extraconjugal, normaliza-se a homossexualidade (Rm 1.26,27) e a doutrina da castidade é vista como opressora (Rm 6.12). Nesse aspecto, o afrouxamento da moral, o ensino da ideologia de gênero e a erotização da infância promovem luxúria e licenciosidade. O pecado é tolerado, a família é desconstruída e a doutrina da santidade é negligenciada (Hb 13.4).

3- A dessacralização da vida.
As Escrituras ensinam que a vida humana é sagrada porque tem origem divina (Gn 1.27). Por conseguinte, a vida é inviolável e deve ser valorizada (2 Pe 1.3). O corpo humano deve ser cuidado, alimentado e preservado (Ef 5.29). Não obstante, a vulgarização do pecado fomenta ideologias que desprezam a sacralidade e a dignidade humana. Propala-se a autonomia incondicional sobre o próprio corpo sem as devidas limitações éticas e morais. O slogan “meu corpo, minhas regras” reivindica o pseudodireito de a pessoa usar drogas, prostituir-se, abortar, cometer o suicídio e a eutanásia. Assim, o corpo que é templo do Espírito Santo é profanado (1 Co 6.19). A criatura, de modo proposital, afronta a vontade do Criador (Rm 1.25).

SINOPSE III
Quando se normaliza o pecado sobra uma crise ética e moral, bem como a dessacralização da vida.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
QUESTÕES AMBIENTAIS E SOCIAIS COMO EXTENSÃO DO PECADO
“A compreensão da natureza do pecado deve renovar a nossa sensibilidade diante das questões do meio ambiente e levar-nos a retomar a comissão original de cuidar do mundo de Deus, o qual não devemos deixar nas mãos daqueles que preferem adorar a criação ao invés de ao Criador. Questões como justiça social e necessidade humana devem ser advogadas pela Igreja como testemunho da veracidade do amor, em contraste à mentira que é o pecado. Mesmo assim, semelhante testemunho deve apontar sempre para o Deus da justiça e do amor, que enviou o seu Filho a morrer por nós. Somente a salvação, e não a legislação ou um evangelho social que desconsidera a cruz […], pode curar o problema e seus sintomas” (HORTON, Stanley M (ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.298).

CONCLUSÃO
A relativização do pecado que o restringe à solução de pautas sociais em prejuízo da moral e, por sua vez, o exclusivismo moral em detrimento de causas sociais, igualmente, não retratam a fé cristã. Apesar de a Igreja não ser apolítica e nem insensível às desigualdades sociais, o mal primário a ser combatido é o pecado inerente à natureza humana. Uma vez regenerado pela fé em Cristo, o crente repudia as injustiças contra o seu próximo (Rm 1.18; 1 Co 13.6). A Igreja atuante é aquela que ainda milita na terra contra a carne, o mundo, o Diabo, o pecado e a morte (Ef 6.12).

REVISANDO O CONTEÚDO
1- Segundo a lição, como a Bíblia define o “pecado”?
R. A Bíblia define “pecado” como a transgressão da Lei de Deus (1 Jo 3.4).
2- O que é Corrupção Total?
R. É o estado de corrupção mental, moral e espiritual da natureza humana (Rm 3.10-18).
3- O que enfraquece a responsabilidade moral do pecador?
R. A mudança de ênfase do pecado original (natureza humana) para o pecado social (estrutural) enfraquece a responsabilidade moral do pecador.
4- O que reflete o caráter do cristão?
R. A obediência aos princípios bíblicos reflete o caráter de um cristão (Rm 12.2).
5- Por que a vida humana é sagrada?
R. As Escrituras ensinam que a vida humana é sagrada porque tem origem divina (Gn 1-27).

VOCABULÁRIO
Emancipatório de gênero: Libertação e independência do gênero biológico.
Marxista: Relativo a Karl Marx e sua doutrina exposta em suas obras.
Progressista: Relativo à ideia de transformação, revolução e reformas no campo social, ético e moral.
Inconformismo: Tendência e atitude de estar inconformado; recusa de aceitar a condição incômoda ou desfavorável.
Criticismo: Relativo ao ato de criticar de maneira generalizada e mórbida alguma coisa ou objeto.
Assistencialismo: Um sistema de assistência aos carentes e necessitados.
Liberalismo Teológico: Método de abordagem da religião sob uma perspectiva crítica, racionalista e materialista.
Ideário: Conjunto de ideias principais de um autor, doutrina ou movimento. ]
Propalar: Tornar público; divulgar; dar publicidade.

Fonte: CPAD

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Pr Marcos André

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terça-feira, 27 de junho de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 1 / 3º Trim 2023



AULA EM 2 DE JULHO DE 2023 - LIÇÃO 1

(Revista CPAD)

Tema: A Igreja diante do Espírito da Babilônia



TEXTO ÁUREO
“E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra.” (Ap 17.5)

VERDADE PRÁTICA
A igreja deve resistir ao “espírito da Babilônia” presente no cenário atual. Isso deve ser feito por meio do compromisso inegociável com a autoridade da Palavra de Deus.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Na 3.4 A idolatria como símbolo da prostituição espiritual
Terça – 2 Ts 2.4,9,10 O Anticristo, por meio de Satanás, fará oposição a Cristo Jesus
Quarta – 2 Tm 4.3 O relativismo cultural contra a doutrina e a autoridade bíblicas
Quinta – Is 5.20 A busca pela desconstrução da ética e da moral cristãs
Sexta – Mt 24.35 A Palavra de Deus é a verdade absoluta e imutável
Sábado – Mc 13.33 Aguardando a volta de Cristo em constante oração e vigilância

Hinos Sugeridos: 206, 469, 473 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Apocalipse 17.1-6
1 – E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas,
2 – com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição.
3 – E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia e tinha sete cabeças e dez chifres.
4 – E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, adornada com ouro, e pedras preciosas, e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição.
5 – E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra.
6 – E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a , maravilhei-me com grande admiração.

INTRODUÇÃO
- "O Apocalipse é a “Revelação de Jesus Cristo” (Ap 1.1a) cujo propósito é mostrar “as coisas que brevemente devem acontecer” (Ap 1.1b)."
, quando se pensa em Apocalipse, se pensa logo no fim do mundo, porém o livro de Apocalipse trata de coisas que já aconteceram, como os problemas vividos pelas sete igrejas da Ásia; coisas que estão acontecendo, como os relatos da carta à igreja de Laudicéia; e as coisas que ainda irão acontecer na Grande Tribulação, e o livro trata também da influência satânica nestes últimos dias, ou seja, é um livro que fala de atualidades.
- "Por ser de natureza escatológica, o livro não é de fácil interpretação. Por isso, convém esclarecer que, nesta lição, não se pretende identificar a babilônia literal nem listar os eventos da Grande Tribulação.", ou seja, a lição vai tratar de temas da atualidade, por isso a sua importância para a Igreja. Neste caso, deve haver uma dedicação plena de professores e alunos. Os eventos da Grande Tribulação já foram bem debatidos e são muito complexos para o ensino da EBD, no entanto os temas que serão abordados são de fácil assimilação por serem atuais. 
- "Nosso objetivo é alertar a Igreja acerca dos aspectos gerais do “espírito da Babilônia” presente no cenário global em que vivemos.", esta lição especificamente, irá falar das características maléficas do mundanismo. Essas características são apresentadas como o "espírito da Babilônia". Pois como o livro de Apocalipse trata das coisas dos últimos dias e nesses últimos dias a Igreja tem sofrido com os novos comportamentos das sociedades, então essa lição se aplica a isso.


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Pr Marcos André 

Conteúdo Lição 1 / Vídeo da pré-aula
 






segunda-feira, 26 de junho de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 1 / 3º Trim 2023


AULA EM 2 DE JULHO DE 2023 - LIÇÃO 1
(Revista Editora Betel)

Tema: Mensagens proféticas – Deus continua falando

TEXTO ÁUREO
“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” 2Pedro 1.21

VERDADE APLICADA
A mensagem dos profetas do Antigo Testamento serve como despertamento para o cristão dos dias atuais.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar quem eram os Profetas
Mostrar os sucessores dos Profetas
Destacar a relevância da profecia para os dias de hoje

TEXTO S DE REFERÊNCIA

2 PEDRO 1
16 Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade.
19 E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vossos corações,
20 Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação;
21 Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Dt 18.15-22 A promessa de um grande profeta.
TERÇA – 2Sm 7.1-7 O ministério do profeta Natã.
QUARTA – 2Rs 2.1-8 O ministério do profeta Elias.
QUINTA – 2Rs 4.6-17 O ministério do profeta Eliseu.
SEXTA – Jr 23.9-40 Palavra contra os falsos profetas.
SÁBADO – Mq 3.5-7 Ameaças contra os falsos profetas

HINOS SUGERIDOS 126, 127,151

INTRODUÇÃO
- "Neste trimestre, estudaremos os Profetas do Antigo Testamento, em particular os Profetas Menores.", para essa lição, o ideal é apresentar a revista desse trimestre. Nessa parte da introdução convém destacar quem são os profetas menores e porque eles são chamados de "menores". Eles são chamados assim devido à extensão de suas mensagens.
- "Veremos que eles foram instrumentos de Deus para anunciar Sua mensagem ao Seu povo.", o ofício profético era ser boca de Deus na terra, mas isso custava um alto preço para os profetas no Antigo Testamento. Muitas vezes o profeta profetizava com a própria vida, como foi o caso de Oséias a quem o Senhor mandou se casar com uma prostituta:
"O princípio da palavra do Senhor por meio de Oséias. Disse, pois, o Senhor a Oséias: Vai, toma uma mulher de prostituições, e filhos de prostituição; porque a terra certamente se prostitui, desviando-se do Senhor.", Oséias 1.2
Dessa forma, o povo veria a vida do profeta, perguntaria o porque de ele se casar com uma prostituta e ele responderia que o Senhor se sente assim em relação a Israel, como se tivesse casado com uma prostituta, pois a terra estava prostituída.

1- QUEM ERAM OS PROFETAS?

1.1. Diversidade e unidade dos profetas. 
- "Os profetas cumpriram sua missão de maneira bem diferente uns dos outros. O profeta Elias, por exemplo, achava que não existia outra pessoa que estivesse buscando a Deus, pois sentiu-se muito isolado no cumprimento da missão [1 Rs 19.10,14].", entendemos que essa afirmação de Elias diante de Deus, foi por causa do desespero e solidão que ele sentiu naquele momento. Esse fato nos mostra que ainda que o ser humano seja usado por Deus e veja o Seu poder sendo manifestado, contudo, ele não está livre de sentir medo, solidão, desespero ou fraqueza espiritual.

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