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domingo, 8 de outubro de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 3 / 4º Trim 2023


Missões Transculturais no Antigo Testamento
15 de Outubro de 2023


TEXTO ÁUREO
“Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os guardados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra.” (Is 49.6)

VERDADE PRÁTICA
O amor de Deus para com as nações deve ser o mesmo objetivo de todos os que militam pela salvação das almas perdidas.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Is 42.5-7; 43.10-13 1 Os israelitas como servos e testemunhas de Deus
Terça – Ez 22.1-5 Os desvios, a desobediência, idolatrias e pecados morais dos israelitas
Quarta – Jo 4.42 Jesus: De Israel como o Salvador do Mundo
Quinta – Is 45.6,22; 49.6; 52.10 Profecias de restauração que incluem as nações entre os redimidos
Sexta – 1 Rs 17.8,9,23,24 Deus em busca de uma pessoa estrangeira por intermédio do profeta Elias
Sábado – Jn 1.1,2 Deus em busca de uma nação por intermédio do profeta Jonas

Hinos Sugeridos: 97, 266, 449 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Reis 17.8,9,17-22; Jonas 1.1,2

1 Reis 17
8- Então, veio a ele a palavra do Senhor, dizendo:
9- Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.
17 – E, depois destas coisas, sucedeu que adoeceu o filho desta mulher, da dona da casa; e a sua doença se agravou muito, até que nele nenhum fôlego ficou.
18 – Então, ela disse a Elias: Que tenho eu contigo, homem de Deus? Vieste tu a mim para trazeres à memória a minha iniquidade e matares meu filho?
19 – E ele lhe disse: Dá-me o teu filho. E ele o tomou do seu regaço, e o levou para cima, ao quarto, onde ele mesmo habitava, e o deitou em sua cama,
20- E clamou ao Senhor e disse: ó Senhor, meu Deus, também até a esta viúva, com quem eu moro, afligiste, matando-lhe seu filho?
21 – Então, se mediu sobre o menino três vezes, e clamou ao Senhor, e disse: ó Senhor, meu Deus, rogo-te que torne a alma deste menino a entrar nele.
22- E o Senhor ouviu a voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu.

Jonas 1
1- E veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
2 – Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Nesta lição, temos o propósito de estudar a perspectiva da Missão no Antigo Testamento. Para isso, temos como elementos importantes a nação de Israel e o amor de Deus manifestado a mulher estran­geira, a viúva de Sarepta, que Elias encontrou e o chamado de Deus a Jonas para ir a Nínive. Assim, po­demos ver evidências no Antigo Testamento que se tornaram muito claras no Novo a respeito da obra missionária.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Identificar Israel como um povo escolhido para um propósito missionário;
II) Demonstrar o amor de Deus para com outras nações;
III) Relacionar as alianças de Deus com a humanidade no Antigo Testamento.
B) Motivação: A perspectiva global de salvação está presente em todo o Antigo Testamento. Essa perspectiva não é periférica, mas intencio­nal. Mesmo no Antigo Testamento, Deus já intencionava salvar outros povos. Esse propósito é compreendido a partir da vocação de Israel para ser um povo que revelasse o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó.
C) Sugestão de Método: Chegamos à terceira lição. É muito importante fazer uma revisão do que já estudamos nas duas lições anteriores. Lembre que revisar é uma lei preciosa do ensino. O aluno precisa perceber com clareza o desenvolvimento do assunto ao longo do trimestre. Lembre-se de que na primeira lição abordamos o conceito de Grande Comissão e de Missões Transculturais, bem como uma visão global do Evangelho; na segunda lição, estudamos a natureza missionária de Deus, seu amor e sua implicação transcultural de sua missão. Assim, nesta lógica, vamos estudar, de maneira específica, a natureza missionária de Deus no Antigo Testamento.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: O Senhor Jesus é a verdadeira interpretação do Antigo Testamento, de modo que em sua vida e ministério podemos perceber o cumprimento do plano de Salvação projetado por Deus desde o início do Antigo Testamento (Gn 3.15).
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio a Li­ções Bíblicas Adultos. Na edição 95, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “A Força Moral e Religiosa da religião nacional de Israel” localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito missão de Israel como testemunha da revelação de Deus ao mundo;
2) O texto “O Concerto de Deus com os Israelitas”, ao final do tópico três, amplia a reflexão a respeito das alianças de Deus com os israelitas.

INTRODUÇÃO
Na lição anterior, vimos a natureza missionária de Deus por meio de sua relação com Abraão. Esta lição tem o propósito de con­siderar a nação de Israel como um povo escolhido, com um propósito missionário, e tomar como exemplo desse movimento missionário as narrativas bíblicas sobre Elias e a viúva de Sarepta, e a ida do profeta Jonas a Nínive e, finalmente, analisar as alianças de Deus com a humanidade a partir da nação de Israel, no Antigo Testamento. Contudo, o conceito de “missão”, da forma como o conhecemos hoje, não apa­rece com clareza no Antigo Testamento em relação a nação de Israel como povo escolhido de Deus.

PALAVRAS-CHAVES: ANTIGO TESTAMENTO

I – ISRAEL, UM POVO ESCOLHIDO PARA UM PROPÓSITO MISSIONÁRIO

1- O plano de Deus.
O Senhor nosso Deus planejou, desde os tempos antigos, que o testemunho de Jesus Cristo fosse proclamado a todos os habitantes da Terra (Gn 12.3; cf. Mt 24.14; 28.18- 20). Ou seja, a vontade divina era que todos os moradores da terra tivessem conhecimento a respeito da pessoa de Jesus. Nesse sentido, o meio planejado por Deus para o mundo conhecer o seu Filho passava por uma nação. O Pai chamou a nação de Israel para ser um povo missionário. Dessa forma, os israelitas deveriam ser testemunhas de Deus (Is 42.5-7; 43.10-13).

2- A falha de Israel.
Os israelitas se contaminaram com as religiões pagãs dos povos vizinhos, além de se preocuparem muito com a identidade racial e nacional, deixando de lado a vocação de ser testemunhas para Deus. Nesse aspecto, são muitos os relatos bíblicos que dão conta dos desvios dos israelitas, da sua desobediência à idolatria e pecados morais que relativizaram a aliança com Deus (Ez 22.1-5). Entretanto, em meio a tudo isso, Israel não deixou de ser bênção para outras nações.

3- A contribuição de Israel para o mundo.
Apesar de suas falhas, Deus tornou Israel uma bênção para as nações. Por exemplo, os judeus receberam e preservaram o Antigo Testamento, o traduziram em grego, a língua mais usada naquele período; além de escribas judeus manterem viva a ideia de que um dia os povos e as nações ouviriam a Palavra de Deus e responderiam a ela. Nesse sentido, Jesus Cristo, a Palavra encarnada, veio de Israel como o Salvador do Mundo (Jo 4.42).

SINOPSE I
Embora Israel tenha falhado em sua missão, a nação contribuiu na revelação do plano de Deus ao mundo.

AUXÍLIO MISSIOLÓGICO
“A FORÇA MORAL E RELIGIOSA DA RELIGIÃO NACIONAL DE ISRAEL
A contracultura e o idealismo mencionados acima não foram assumidos abertamente e cumpridos superficialmente. Eles necessita­ram de fundações profundas e seguras, convicções firmes, persuasões divinamente trabalhadas e uma coragem e lealdade que não hesitavam diante do perigo, da crítica, animosidade, ou do sofrimento. Nada disso falta na sociedade de crentes do Antigo Testamento – pelo menos não nos advogados e Líderes responsáveis.
[…] Deus revelou- se a Israel através de várias promessas incondicionais que nem o tempo nem as circunstâncias mudam. Sua real realização pode ser interrompida e adiada, mas as promessas são permanentes devido ao caráter imutável e fidelidade moral de Deus. Seu divino ‘Eu irei’ é sua garantia. As promessas são asseguradas a um povo que tenha fé. Deus permanece o Deus da promessa de Israel.
Essas promessas sagradas conferem tremendas responsabilidades a esse povo. Realmente, a ideia da promessa é tão importante e dinâmica que se torna fundamental na interpretação da organização do Antigo Testamento. Deus e Israel estão unidos irrevogavelmente em uma relação de promessa. Deus é o Deus de Israel; Israel é o povo de Deus» (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.120-21)

II – O AMOR DE DEUS PARA COM OUTRAS NAÇÕES

1- Os olhos de Deus sobre todos os povos.
Johannes Blauw, erudito em Missiologia, que escreveu sobre os fundamentos do Antigo Testamento para Missões, afirma que desde o início Deus mantinha seus olhos em todas as nações e povos. Podemos perceber isso nos capítulos 40 a 55 do livro do profeta Isaías, na ida do profeta Elias a Sarepta e no livro do profeta Jonas. Nos livros proféticos encontramos profecias de restauração, incluindo um dia futuro no qual as nações estarão entre os redimi­dos (Is 45.6,22; 49.6; 52.10). Portanto, a preocupação de Deus para com as nações é clara no Antigo Testamento.

2- A viúva de Sarepta e o profeta Elias.
Sarepta é uma antiga cidade fenícia, localizada próxima ao sul de Sidom. Quando Elias profetizou a grande seca que haveria na terra e castigaria Israel, Deus o enviou justamente a cidade de Sarepta, a casa de uma viúva que era muito pobre. Quando Elias chegou, ela estava preparando a última comida que tinha em casa, já convencida de que ela e seu filho morreriam logo depois. Mas, quando a viúva obedeceu a palavra de Elias, foi abençoada com o milagre da botija (a multiplicação da farinha e do azeite). Em seguida, o filho dela adoeceu e morreu. Nesse momento, Elias fez uma coisa maravilhosa que ela nunca esperaria. Pelo poder de Deus, o profeta ressuscitou o menino e o restaurou a vida. A mãe do menino falou: “Nisto conheço, agora, que tu és homem de Deus e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade” (1 Rs 17.24). Dessa forma, Deus se tornou conhecido de uma estrangeira.

3- A Missão de Jonas em Nínive.
Jonas foi um dos poucos missionários bíblicos para os estrangeiros. Não é por acaso que o tema do seu livro é “a misericórdia de Deus para com todos os homens” (Jn 1.2; 3.2; 4.4-11). Mesmo não tendo um conhecimento mais claro sobre de que maneira Israel deveria abençoar as nações, Jonas recebeu a ordem específica de ir a Nínive para advertir aquele povo sobre o juízo divino que estava prestes a se abater sobre os ninivitas, como consequência de seus muitos pecados. Nínive era a capital da Assíria, uma nação perversa, cruel e imoral (Na 1.11; 2.12,13; 3.1,4,16,19).

A Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD), ao comentar o capítulo 3 do livro, destaca ter sido um dos despertamentos espirituais mais notáveis da história, quando o rei conclama a todos ao jejum e a oração e, por isso, o juízo não recaiu sobre eles. Como a cidade não foi condenada, em razão do arrependimento do povo, o profeta ficou profundamente indignado. Todavia, o Senhor o fez ver que Ele ama a humanidade toda (Jn 4.11).

SINOPSE II
Por meio do relato da viúva de Sarepta e de Jonas em Nínive, podemos testemunhar o amor de Deus pelas nações no Antigo Testamento.

III – ALIANÇAS ENTRE DEUS E A HUMANIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO

1- Alianças de Deus.
Com a queda do homem, toda a criação ficou sujeita ao pecado (Gn 3.1-6; Rm 8.20). Entretanto, Deus providenciou meios para redimir a humanidade e restaurar a comunhão perdida (1 Pe 1.19,20). Assim, Ele estabeleceu algumas alianças com o homem a fim de tornar conhecida a sua glória entre as nações e receber delas a legítima adoração. Por isso, há na Bíblia alianças denominadas condicionais e incondicionais entre Deus e a humanidade.

2- Aliança incondicional e condi­cional. 
A Aliança Incondicional é uma disposição soberana de Deus, mediante a qual Ele estabelece um contrato incondicional ou declarativo com o homem, obrigando-se em graça, por um juramento irrestrito, a conceder, de sua própria iniciativa, bênçãos para aqueles com quem compactua (Gn 12.1-4). A Aliança Condicional é uma proposta de Deus, em que, num contrato condicional e mútuo com o ser humano, segundo condições preestabelecidas, Ele promete conceder bênçãos especiais ao indivíduo, desde que este cumpra perfeitamente certas condições, bem como executar punições precisas em caso de não cumprimento (Dt 28). Assim, por meio de suas alianças, Deus firmou um compromisso com o rei Davi de alcance mundial, que resultou no advento do Senhor Jesus como Salvador, enviado por Deus ao mundo (Gl 4.4).

SINOPSE III
Há alianças condicionais e incondicionais na Bíblia que tornam conhecida a glória de Deus entre as nações.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS
UM CONCERTO É DEFINIDO. Um concerto é um acordo formal e obrigatório ou uma promessa entre duas partes. É como um contrato, mas, enquanto o contrato é um acordo legal que envolve termos específicos e requisitos, um concerto é um ‘acordo de vida’ em que as partes se comprometem uma com a outra. O casamento é uma forma de concer­to. No caso do concerto de Deus com o seu povo, Ele promete ser o seu Deus, e eles prometem se reservar como o povo de Deus. O concerto se baseia nas leis e promessas de Deus para o povo e na fidelidade e obediência do povo a Deus.
Enquanto os israelitas permanecessem em seu acordo de vida com Deus, teriam um relacionamento especial com Ele e teriam a vida e o propósito que Deus tencionava para eles. Por meio do seu concerto com os israelitas, Deus desejava que as outras nações reconhecessem os benefícios de seguir o único Deus verdadeiro, e desejassem fazer parte da sua comunidade de fé (veja Dt 4.6, nota).
No futuro, por meio do Redentor prometido (isto é, o Salvador, Cristo) Deus convidaria as nações do mundo para também aceitar essas promessas. Nesse sentido, o concerto tinha uma ênfase missionária” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. 1° ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp. 349-50).

CONCLUSÃO
Vimos que o plano de Deus abrange toda a humanidade. Seu alvo é revelar a sua glória a todos os povos. Por diversas vezes, Israel foi advertido pelos profetas para não guardar a mensagem de salvação somente para si, mas proclama-la “entre as nações a sua glória, entre todos os povos, as suas maravilhas” (Sl 96-3). Essa é uma raiz muito importante do Antigo Testamento para entender as missões no Novo, tema da próxima lição.

REVISANDO O CONTEÚDO
1- Para que Deus chamou o povo de Israel?
O Pai chamou a nação de Israel para ser um povo missionário. Dessa forma, os israelitas deveriam ser servos e testemunhas de Deus (Is 42.5-7; 43.10- 13).
2- Em que Deus tornou Israel diante de outras nações?
Deus tornou Israel uma bênção para as nações.
3- Quais os dois exemplos bíblicos, de acordo com a lição, que mostram Deus interessado em pessoas e nações estrangeiras?
O relato da viúva de Sarepta e ode Jonas em Nínive.
4- O que são as alianças incondicional e condicional?
A aliança incondicional é a disposição soberana de Deus em estabelecer um contrato incondicional ou declarativa e irrestrita pela sua própria iniciativa; a aliança condicional é um contrato condicional e mutuo com o ser humano.
5- O que Deus estabeleceu com o homem e qual foi o propósito disso?
Por meio de suas alianças, Deus firmou um compromisso com o rei Davi de alcance mundial, que resultou no advento do Senhor Jesus como Salvador.

Fonte: CPAD

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 2 / 4º Trim 2023


AULA EM 8 DE OUTUBRO DE 2023 - LIÇÃO 2
(Revista Editora CPAD)

Tema: Missões Transculturais – A sua Origem na Natureza de Deus

TEXTO ÁUREO
“Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações.” (Gn 17.4)

VERDADE PRÁTICA
O amor de Deus é a verdadeira motivação do crente para realizar a obra missionária.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Hb 11.8 Chamado a ir para um lugar completamente desconhecido
Terça – Gl 3.8,16 O Senhor Jesus Cristo é o legítimo descendente de Abraão
Quarta – Gl 3.16; 4.4 A providência salvífica de Deus na história humana por meio de uma família
Quinta – Ef 1.7; Gl 3-13; 4-5 O plano redentor de Deus como atividade executada por meio de Jesus Cristo
Sexta – Gn 12.3 A natureza missionária de Deus na relação com a humanidade
Sábado – Mt 5.13-14 Igreja de Cristo – chamada para ser sal da terra e luz do mundo

Hinos Sugeridos: 49, 459, 545 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 12.1-3; 17.1-8

Gênesis 12
1- Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2- E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.
3- E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.

Gênesis 17
1- Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito.
2- E porei o meu concerto entre mim e ti e te multiplicarei grandissimamente.
3- Então, caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo:
4- Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações.
5- E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai da multidão de nações te tenho posto.
6- E te farei frutificar grandissimamente e de ti farei nações, e reis sairão de ti.
7- E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti.
8- E te darei a ti e à tua semente depois de ti a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão, e ser-lhes-ei o seu Deus.

INTRODUÇÃO
- "A palavra “transcultural” traz a ideia de um missionário que transpõe as barreiras da cultura de um povo, ou civilização, para apresentar o amor de Deus. Isso implica interação com todos os grupos étnicos da Terra, com os diferentes aspectos da vida das pessoas."
, convém relembrar que um "grupo étnico" é aquele cujas as pessoas mantém semelhanças culturais. Muitas vezes o missionário não conhece a fundo o grupo étnico que está evangelizando, mas o missionário precisa saber como se achegar a qualquer nova etnia, a fim de conquistar a simpatia e não ofender suas crenças e costumes.
- "Na lição desta semana, veremos que Deus escolheu uma família , para, por meio dela, alcançar todas as famílias da Terra. Esse processo se deu por Abraão, sua família, a nação de Israel, a pessoa de Jesus e, finalmente, a Igreja. Assim, contemplaremos a natureza missionária de Deus, bem como o caráter do seu amor como a base de toda a prática missionária dos cristãos.", ou seja, veremos na lição como se iniciou o projeto de missões e como ele foi transcorrendo na história da nação de Israel. Depois que Deus expulsou o ser humano de Sua presença, deu início ao projeto para trazer esse ser humano de volta, vejamos a primeiro ação de Deus para colocar o projeto missionário em prática:
"E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.", Gênesis 3.15

A primeiro ação de Deus foi dar a profecia.

I- A NATUREZA MISSIONÁRIA DE DEUS

1- A natureza missionária de Deus no chamado de Abrão (Gn 12.1-3).
- "A expressão “Sai-te da tua terra” revela uma ordem e um chamado de Deus para Abrão ir a um lugar que, a princípio, ele não conhecia (Hb 11.8)."
, podemos notar que o processo para constituir uma nação já inicia com uma atitude missionária na vida de Abraão, a diferença é que Abraão não estava indo anunciar nada a ninguém, na verdade ele nem sabia direito naquele momento o que Deus iria fazer.

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ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 2 / 4º Trim 2023


AULA EM 8 DE OUTUBRO DE 2023 - LIÇÃO 2
(Revista Editora Betel)

Tema: O Verdadeiro Discípulo de Cristo serve às pessoas e não a si mesmo

TEXTO ÁUREO
“Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos e para com os estranhos” 3 João 5

VERDADE APLICADA
Como Jesus, devemos abundar em amor e, assim, sermos servos uns dos outros.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar que o poder está em servir ao menor.
Expor o verdadeiro sentido do serviço cristão
Ensinar que o propósito de Deus para a discípulo é servir

TEXTOS DE REFERÈNCIA

FILIPENSES 2
1- Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões,
2- Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.
3- Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.
4- Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.
5- De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus

LEITURA COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Mt 20.28 O verdadeiro discípulo tem prazer em servir.
TERÇA – Mt 23.11 O maior deve servir o menor.
QUARTA – Jo 12.26 O que serve será honrado por Deus.
QUINTA – 1 Co 10.33 Trabalhar em prol dos outros.
SEXTA – 1Pe 4.10 Servir como despenseiro de Deus.
SÁBADO – 1 Pe 5.3 Ser o exemplo do rebanho.

HINOS SUGERIDOS: 93, 283, 418

INTRODUÇÃO
- "Jesus é o maior e mais perfeito exemplo de serviço ao próximo. Ele é o Deus que deixou a Sua glória para servir com Sua própria vida, mostrando que o verdadeiro poder de um discípulo é quando se torna servo.", podemos abrir esta aula com essa afirmação: Jesus foi Aquele que trouxe conceitos novos à humanidade, conceitos que a humanidade não compreendia, tais como: perdão, arrependimento e amor. Nesta lição vai ser tratado um outro conceito que Jesus nos ensinou o seu real significado. Estamos falando do conceito de “serviço”, mais especificamente, o serviço a Deus e ao próximo.

1- O QUE É SERVIR
- "O conceito de servir é bastante amplo, no entanto, de forma resumida, o dicionário diz que é: “Ser útil a alguém ou algo, auxiliando-o a realizar ou conseguir alguma coisa; estar às ordens; atender a um propósito; zelar por alguém". Nesse contexto, é impossível e desafiador ser um discípulo de Cristo e não se aplicar a essas atividades [1Pe 4.10]. É ser obediente a Deus, é seguir uma vocação [1Co 15.58], é amar “os irmãos e os estranhos”, é imitar Jesus e tê-lo como fiel modelo a ser seguido [1Co 11.1].", o serviço de um cristão começa em Deus, pois o Senhor foi Quem nos libertou e nos chamou para um propósito que é o trabalho na Sua obra. E esse serviço acontece em duas fases, pois no início de nossa caminhada servimos somente pela ordenança, mas ao adquirir maturidade o servo começa a servir por amor. Devemos considerar também que, Deus ama o trabalho, veja o que Jesus disse:

“E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.”, João 5.17

Deus nos chamou para trabalhar.

1.1. Fazer o que Deus manda.
- "Jesus disse que quem não dá fruto, Ele corta; e o que dá fruto Ele poda, para frutificar ainda mais [Jo 15.2]. Isso significa que Deus espera dos seus discípulos que sirvam com excelência!", nesse caso é importante saber o que significa o "fruto" mencionado aqui. O que Jesus estaria se referindo ao usar esse termo? A resposta mais coerente é que o fruto produzido na obra de Deus se refere a tudo que resulta do nosso trabalho no Reino de Deus, exemplo: se alguém dirige um grupo de círculo de oração e esse grupo cresce, esse é um fruto; se alguém auxilia numa campanha de assistência social e essa campanha traz reconhecimento à igreja local, então essa campanha é um fruto. Aquele que não trabalha não produz nada.

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segunda-feira, 2 de outubro de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 2 / 4º Trim 2023


O Amor que Salva
8 de Outubro de 2024



LEITURA BÍBLICA
1 João 4.7-19

A MENSAGEM
Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna. João 3.16

DEVOCIONAL
Segunda » Rm 5.8
Terça » Jo 15 3
Quarta » Jd 21
Quinta » Ap 2.4
Sexta » Rm 8.35
Sábado » 1 Co 13.13

OBJETIVOS
APONTAR o amor como um atributo que revela o caráter de Deus;
DESTACAR que o amor ao próximo é uma resposta ao amor de Deus por nós;
RESSALTAR que o amor é demonstrado por ações.

EI PROFESSOR!
Uma das formas pelas quais o Criador se revela à humanidade é por meio dos seus atributos. Os atributos são qualidades de Deus, pelas quais Ele se faz conhecer. O amor é um atributo muito especial que revela o caráter de Deus da forma mais profunda. A Palavra de Deus afirma que Deus é amor (1 Jo 4.8). Nesta lição, veremos que este a m o r revelado na cruz é o único meio pelo qual podemos ser salvos (At 4.12). Compreender essa verdade é o primeiro caminho para conhecer o nosso Deus e aprofundar o nosso relacionamento com Ele. Professor(a), incentive os seus alunos a conhecerem a Deus. A forma como nos relacionamos com Deus influencia diretamente no modo como nos relacionamos com o nosso próximo.

PONTO DE PARTIDA
Professor(a), a base da doutrina da salvação é o amor manifestado em Jesus Cristo com o fim de reconciliar a humanidade com Deus (2 Co 5.18). Aproveite o início da aula para introduzir algumas perguntas; por que precisamos ser salvos? Salvos de quê? Como ocorre o processo de salvação mediante a fé em Jesus Cristo? Pode parecer perguntas óbvias, mas é importante que os seus alunos saibam responder e explicar com clareza. Prepare e leve para a sala de aula um cartaz com as etapas do Plano da Salvação. Apresente aos alunos e explique cada etapa do plano para que não reste mais dúvidas concernentes ao modo como ocorre a salvação na vida daquele que crer. Ao final, abra espaço para os alunos tirarem dúvidas

VAMOS DESCOBRIR
Quantas vezes ouvimos falar de amor? O assunto é tão conhecido que já se tornou banalizado na sociedade. Mas o que significa amar? É um sentimento? Um gesto? Precisamos ir além do senso comum se quisermos entender o que é amor. O apóstolo João menciona em sua Carta que Deus é amor (1 Jo 4.7,8). Nesse sentido, vamos refletir de forma teológica e prática sobre o conceito de amor à luz da Bíblia.

HORA DE APRENDER
O tema desta lição nos traz uma reflexão tanto no sentido teológico quanto prático em nossa vida cristã. A compreensão teológica a respeito do amor passa pela compreensão de quem é Deus, a maneira como Ele se revela à humanidade e como temos a capacidade de amar o próximo

I- DEUS É AMOR
A Palavra de Deus nos revela que o amor é uma qualidade que faz parte do caráter de Deus. Ele se revela à humanidade a partir dessa qualidade.

1.1. O que significa atributo?
É uma característica. A Bíblia nos conta que não somente um dos atributos de Deus é o amor, mas também que Deus é amor! Não é incrível pensar que alguém por definição é o amor? E como isso é possível? A Bíblia relata que só existe um Deus e que Ele é único. Citando a passagem de Deuteronômio 6.4, “Jesus respondeu: — Escute, povo de Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor’’ (Mc 12.29). No entanto, essa unidade é plural, ou seja, Deus são três pessoas — Pai, Filho e Espírito Santo — em uma única essência. A palavra teológica para essa pluralidade divina é “Trindade”. Assim, cada uma das pessoas da Trindade é amor.

1.2. O Pai revela o seu amor.
Deus demonstrou o seu amor ao enviar seu Filho Jesus como homem para morrer pela humanidade. Jesus, por sua vez, demonstra seu amor quando se oferece para o sacrifício na cruz. A ação do Espírito Santo no crente produz amor que se apresenta no caráter de cada um (Gl 5.22) e na comunhão da igreja (2 Co 13.13). Na sua primeira carta, João explica que Deus é amor (1 Jo 4.8), haja vista que o envio de seu Filho para sacrifício em favor da salvação da humanidade não era apenas retórica, e sim uma demonstração prática do amor divino. Quando aceitamos a Jesus como nosso Salvador, nossos pecados são perdoados e recebemos o amor abundante (Jo 10.10).

I- AUXÍLIO DIDÁTICO
“A Função do Professor/Comunicador. Os professores têm muitas escolhas no uso da linguagem. Eles não podem usar qualquer palavra, mas uma palavra apropriada. Além disso, não podem usar todas as palavras à sua disposição; eles devem seguir certas regras na escolha da palavra, e devem, ainda:

1- Conhecer a mensagem a ser transmitida.
Quando estão ensinando a Palavra de Deus, devem escolher as palavras que transmitam, corretamente, a mensagem de Deus à classe;

2- Saber quais palavras os alunos usam normalmente.
Isso quer dizer que os professores devem entender os seus alunos, os termos que usam e aos motivos por que os usam. Nem todos podem ensinar alunos do Ensino Médio (por exemplo), porque os adolescentes têm a sua própria cultura e, com ela, a sua própria linguagem. Nem todos os professores do Ensino Médio usam a gíria dos alunos, porém sabem o que devem evitar e o que devem usar;

3- Escolher palavras e o canal.
Na análise final, as palavras dão vida às lições, ou entendiam os alunos. A escolha correta de palavras incendiará um coração, ou o fará queimar de raiva;

4- Transmitir a mensagem por intermédio de palavras.
O cristianismo foi transmitido por palavras. Deus não fala em conceitos vagos nem pensamentos abstratos. Deus usou as palavras comuns dos tempos da Bíblia, e com essas palavras Ele transmitiu a sua verdade eterna aos homens. As Escrituras foram, literalmente, inspiradas por Deus, para dar autoridade e credibilidade à mensagem de Deus. Quando Jesus veio, foi chamado de ‘o Verbo’ (Jo 1.1,14). Da mesma maneira como a Bíblia é a Palavra escrita, Jesus é a Palavra encarnada. Ele nos transmite a mensagem de Deus” (TOWNS, Elmer L. Enciclopédia da Escola Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 163,164).

II- O AMOR HUMANO
Amar o próximo é uma resposta ao amor que recebemos de Deus. O apóstolo João afirmou que não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele quem nos amou primeiro (1 Jo 4.10) Ao compreendermos o amor de Deus, imitamos a forma como Jesus demonstrou amor pelas pessoas.

2.1. Devemos estar em Deus.
O apóstolo João usa com frequência a expressão “estar em Deus”. O que significa isso? “Estar em Deus” tem o sentido de “obediência a Deus”, “porém, se obedecemos aos ensinamentos de sua Palavra, sabemos que o amamos de todo o nosso coração. É assim que podemos ter a certeza de que estamos vivendo unidos com Deus” (1 Jo 2.5). Se estudarmos a Bíblia e seguirmos, fielmente, os seus ensinamentos, nossa obediência revelará que o nosso amor por Deus é verdadeiro (Jo 14.15).

2.2. Amor é atitude.
Ao amarmos, o próprio Deus é revelado pelo nosso comportamento; nós nos afastamos do mundo, não praticamos obras más, mas seguimos a orientação de confessar o nome de Cristo e amar uns aos outros (1 Jo 3.23). Isso é possível pela ação do Espírito Santo, que habita em cada um daqueles que entregaram a vida a Cristo.

II- AUXILIO TEOLÓGICO
“Quando nos tornamos cristãos, o primeiro texto da Bíblia a ser memorizado é João 3.16, o qual recitamos com vigor e entusiasmo, muitas vezes, enfatizando a expressão: ‘Deus amou o mundo de tal maneira’. Depois, com um conhecimento mais profundo do texto, descobrimos que a ênfase recai não ao caráter quantitativo do amor de Deus, mas ao qualitativo. E o fato mais importante não é que Deus nos tenha amado a ponto de dar o seu Filho, mas que Ele nos haja amado de maneira tão sacrificial.

[…] Deus também demonstra o seu amor ao nos dar repouso e proteção (Dt 33.12), que devemos sempre lembrar em nossas preces de ações de graças (Sl 42.8; 63.3; Jr 31.3). No entanto, a forma suprema do amor de Deus, sua maior demonstração de amor, acha-se na cruz de Cristo (Rm 5.8). Ele quer que estejamos conscientes de que seu amor faz parte integrante de nossa vida em Cristo: ‘Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)’ (Ef 2.4,5).

O caminho mais excelente, o caminho do amor, segundo o qual somos exortados a andar, identifica as características que Deus nos revelou na sua Pessoa e na sua obra (1 Co 12.31— 13.13). Se seguirmos o seu exemplo, produziremos o fruto do amor, e andaremos de tal maneira que os dons (charismata) do Espírito Santo cumprirão em nós os seus propósitos” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 137,138).

III- O AMOR PRESENTE EM NOSSO DIA A DIA
O amor de Deus é demonstrado não apenas por palavras ou discursos convincentes. Para Deus, quem ama, verdadeiramente, deve demonstrar que tem amor por meio de seu comportamento.

3.1. Deus nos conhece.
Independentemente de como somos, na nossa rotina devocional ou quando oramos e nos consagramos, devemos nos apresentar a Deus com sinceridade. Ele é o Todo-Poderoso e conhece o seu coração, mas espera que você tenha consciência das suas falhas e reconheça que depende dEle em tudo (Sl 139.1). Não tenha medo, mas desfrute desse amor divino, deixe o Espírito Santo fluir na sua vida e cresça espiritualmente.

3.2. A fonte do nosso amor é divina.
A iniciativa de amar não é humana, é divina. “Nós amamos porque Deus nos amou primeiro” (1 Jo 4.19). Por isso que, da mesma maneira que fomos amados por Deus, devemos amar as pessoas (1 Jo 4.11). Como Cristo morreu por nós, devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos e irmãs (1 Jo 3.16).

III- AUXÍLIO TEOLÓGICO
“O amor de Deus é generoso, misericordioso, prático. Ele responde às necessidades dos outros com um a com paixão que leva um a pessoa a estender uma mão que ajuda. A pessoa que cerra o seu coração, que não tem piedade do seu irmão e necessidade, não tem o amor de Deus. E, como diz João: ‘Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos’ (1 Jo 3.14). João não escreve isso para fazer com que o incerto agonize a respeito do fato de se está salvo ou não.

Ele escreve isto para assegurar àqueles que amam, que a presença de um espírito caridoso é uma evidência da realidade da presença interior de Deus. […] O amor de que João fala neste capítulo é, antes de mais nada, o amor de Deus, que o levou a nos redimir. Mas também é a nossa resposta ao amor de Deus, vivida na forma do nosso amor por Ele, e como o amor que temos uns pelos outros na família da fé. Em um sentido real, o crente vive em um campo permeado de amor.

O amor que sentimos é tão impressionante e real que não há lugar para o temor. Uma pessoa que sente temor ainda não atingiu o objetivo de ser perfeita no amor. Ela ainda tem muito a aprender sobre o amor de Deus pelo indivíduo, e muito a aprender sobre abrir o seu coração para amar aos outros e aceitar o amor dos outros” (RICHARDS, XX) Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 538).

CONCLUSÃO
Ao pensar na doutrina cristã, temos a base da nossa fé que sinaliza como deve ser a nossa maneira de viver. Nossa salvação está em Jesus Cristo, seu sacrifício nos ajuda a entender o significado de “Deus é amor”. Assim, nos amamos porque Deus primeiro nos amou.

VAMOS PRATICAR
1- O que é Trindade?
a) É a palavra teológica para expressar a pluralidade divina. ( )
b) Deus são três pessoas em uma única essência. ( )
c) As três pessoas da unidade divina são Pai, Filho e Espírito Santo. ( )
d) Todas as alternativas estão corretas. ( X )

2- Encontre as expressões da Mensagem no caça-palavras: DEUS, AMOU TANTO, MUNDO, ÚNICO FILHO e VIDA ETERNA

3- Escreva com suas palavras o que significa “estar em Deus” na Primeira Carta de João. “Estar em Deus” tem o sentido de “obediência a Deus”

PENSE NISSO
Não importa a idade para servir a Deus. Por isso, entender a doutrina cristã vale para qualquer idade. Ela nos orienta sobre nossa fé e nos ajuda a conhecer mais sobre Deus. Ao ler uma passagem bíblica, pergunte-se: o que eu aprendo sobre Deus com essa leitura? E sobre o ser humano? Como essa mensagem fala com você? Pense nisso!
 
Fonte: CPAD

domingo, 1 de outubro de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 2 / 4º Trim 2023


Fé para Crer que a Bíblia É o Livro de Deus
8 de Outubro de 2023



TEXTO PRINCIPAL
“Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” (Rm 15.4 )

RESUMO DA LIÇÃO
Na Bíblia encontramos a revelação de Deus para toda a humanidade e a salvação em Cristo Jesus.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Êx 34.27 “Escreve estas palavras”
TERÇA – Hb 1.1 A Bíblia revela Jesus, o Filho de Deus
QUARTA – Lc 24.44 Em Jesus se cumpriu a Lei de Moisés, os Profetas e nos Salmos
QUINTA – Mt 4.4 Nem só de pão viverá o homem
SEXTA – Pv 4.4 Guarde os mandamentos e viva
SÁBADO – Ap 22.18,19 A completude das Escrituras Sagradas

OBJETIVOS
COMPREENDER que a Bíblia é a inerrante Palavra de Deus;
EXPLICAR que a Bíblia é um Livro inspirado pelo Espírito Santo;
DESTACAR a atualidade da Bíblia.

INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), esta lição nos leva a refletirmos a respeito da misericórdia e bondade do Senhor, pois mesmo depois da Queda Ele continuou a revelar-se à humanidade. Ele se deu a conhecer mediante a sua Palavra. A Bíblia é a revelação direta do Altíssimo ao homem e sem ela estaríamos perdidos, sem saber o caminho de volta para a reconciliação com o Todo-Poderoso. Você deseja que seus alunos conheçam mais a respeito de Deus e desenvolvam uma espiritualidade saudável?

Então, incentive-os a lerem e meditarem nas Escrituras Sagradas. A Bíblia não é uma invenção do homem e Stanley Horton afirma que ela “é um livro divino-humano no qual cada palavra é, ao mesmo tempo, divina e humana.” Toda a Bíblia foi inspirada pelo Senhor, porém ela não foi ditada palavra por palavra. Os escritores foram guiados, conduzidos pelo Consolador a fim de que pudessem escolher as palavras a fim de que a real mensagem do Senhor fosse revelada de uma forma compreensível à humanidade Podemos ver em cada livro das Escrituras o estilo de cada autor. Isto não invalida a inspiração de Deus.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), Deus se revelou a humanidade de diferentes formas e nesta lição veremos que é preciso fé para crer que a Bíblia é o Livro de Deus. Reproduza o quadro abaixo e utilize-o para ressaltar que a Bíblia não somente contém a Palavra de Deus, Ela é a inspirada e eterna revelação dEle para os homens de todas as gerações. Discuta com os alunos as diferentes formas como Deus falou com a humanidade.
Ele falou do Céu, direta e audivelmente. Lc 3.21,22
Ele escreveu em tábuas de pedra. Êx 31.18
Ele se tomou carne. Jo 1.14
Ele deu vividos sonhos e visões. Gn 28.12; Mt 1.20; 2.19,29
Ele utilizou paredes de palácios Dn 5.5
Ele fez animais falarem Nm 22.28
Ele expressou a verdade dos profetas Ez 51.1; Am 2.1; Ag 1.7; Zc 8.3
Ele utilizou os anjos Lc 1.11,28; At 10.34
Extraído do Manual de Ensino para o Educador Cristão, CPAD.

TEXTO BÍBLICO
2 Timóteo 3.14-17
14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,
15 E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16 Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.
17 Para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.

Hebreus 4.12
12 Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.

INTRODUÇÃO
A Bíblia não tem a intenção de provar ao homem que ela é a inerrante Palavra de Deus, pois ela é. Muitos acreditam que as Escrituras não têm explicação para muitas questões da atualidade, mas isso é um equívoco. No Livro de Deus, encontramos, sim, respostas fundamentais a respeito do homem de todos os tempos, como por exemplo, a questão do pecado, do mal e da salvação. Paulo disse a Timóteo que desde criança, ele conhecia as Escrituras Sagradas, e que as Sagradas Letras o tornariam sábio para compreender e receber a salvação, pela fé em Jesus (2 Tm 3.14). Nesta lição, veremos a inspiração, a necessidade de interpretação e a atualidade das Escrituras Sagradas.

I- BÍBLIA: A INERRANTE PALAVRA DE DEUS

1- A sua autoria.
A Bíblia não chegou até nós por meio de um “e-mail”, ou uma “mensagem nas redes sociais”. Também não caiu do céu e nem foi encontrada pronta em algum lugar místico ou secreto. Os autores bíblicos, inspirados pelo Espírito Santo, revelam a sua origem: “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo (2 Pe 1.21). Foram homens que escreveram, mas eles foram inspirados pelo Espírito Santo. Logo, o que escreveram é a Palavra de Deus, O Senhor usou aproximadamente 40 autores, de lugares diferentes, com formações diversas que, por vários séculos (aproximadamente 1600 anos), produziram os textos sagrados.

2- Sua estrutura.
É uma coleção de 66 livros. Alguns textos têm mais de 3000 anos. Os escritos mais recentes têm aproximadamente 1930 anos, A Bíblia foi escrita em três línguas diferentes: o Antigo Testamento em hebraico, somente partes pequenas foram escritas em aramaico (nos livros de Esdras, Jeremias e Daniel): o Novo Testamento, foi escrito em grego. Mas a Bíblia é tão divina que encontramos nela uma unidade: um livro completa o outro. A temática principal é a redenção oferecida ao pecador mediante Jesus Cristo. A Bíblia é o livro mais vendido e mais divulgado no mundo e já foi traduzida para mais de 366 línguas,

3- A sua mensagem.
Encontramos nas Escrituras vários temas, entretanto podemos afirmar que a mensagem central é a história da salvação. A narrativa da salvação é vista tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. É importante ressaltar que a missiva da salvação tem três elementos comuns: Jesus, aquele que traz a salvação, o meio de salvação e os herdeiros da salvação. Tanto no Antigo Testamento quanto no Novo encontramos a história do concerto de Deus com o homem pecador.

PENSE! Quanto tempo você tem utilizado para conhecer mais a Deus por meio da sua Palavra?
PONTO IMPORTANTE! A Bíblia foi escrita por homens inspirados pelo Espírito Santo.

SUBSÍDIO 1
Professor(a) “uma mudança notável da terminologia que resultou dos debates na área da inspiração das Escrituras foi a preferência pelo termo ‘inerrância’ ao invés de ‘Infalibilidade‘. Isso tem a ver com a insistência de alguns no sentido de que podemos ter uma mensagem infalível com um texto bíblico errante. ‘Infalibilidade’ e ‘inerrância’ são termos empregados para se aludir à veracidade das Escrituras. A Bíblia não falha; não erra; é a verdade em tudo quanto afirma (Mt 5.17,18).
Embora tais termos nem sempre hajam sido empregados, os teólogos católicos, os reformadores protestantes, os evangélicos da atualidade (e, portanto, os pentecostais ‘clássicos’), têm afirmado ser a Bíblia inteiramente a verdade; nenhuma falsidade ou mentira lhe pode ser atribuída. A doutrina da inerrância é derivada mais da própria natureza da Bíblia do que de um mero exame dos seus fenômenos. ‘Se alguém crê que a Escritura é a Palavra de Deus, não pode deixar de crer que seja ela berrante’.
A Escritura não falha porque Deus não pode mentir. Consequentemente, a inerrância é a qualidade que se espera da Escritura inspirada. O crítico que insiste em haver erros na Bíblia (em algumas passagens difíceis) parece ter outorgado para si mesmo a infalibilidade que negou às Escrituras. Um padrão passível de erros não oferece nenhuma medida segura da verdade e do erro. O resultado de negar a inerrância é a perda de uma Bíblia fidedigna.
Se for admitida a existência de algum erro nas Sagradas Escrituras, estaremos alijando a verdade divina, fazendo a certeza desaparecer.” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 107-109.)

II- UM LIVRO INSPIRADO PELO ESPÍRITO SANTO

1- O que é inspiração?
Deus usou pessoas falíveis como nós para escrever o seu Livro, que é o único capaz de transformar o ser humano por inteiro. Esses homens escreveram segundo a orientação do Espírito Santo. Sim, nós cremos na inspiração plenária das Escrituras, ou seja, as palavras usadas pelos autores, assim como a forma gramatical, foram inspiradas e dirigidas pelo Espírito Santo. É importante ressaltar que a palavra “inspiração” vem do latim e é a tradução do termo grego theópneustos de acordo com 2 Timóteo 3.16. O termo grego theópneustos utilizado por Paulo ao escrever a Timóteo, significa respirado por Deus para fora em vez de para dentro — divinamente expirado, em vez de inspirado.

2- Inspiração verbal e plenária.
A expressão “inspiração verbal” precisa ser cuidadosamente compreendida, o que leva muitos cristãos a preferirem o termo “inspiração plenária” A inspiração verbal não significa um ditado mecânico, como se os escritores fossem instrumentos meramente passivos: ditar não é inspirar. A inspiração verbal estabelece até que ponto vai a inspiração, estendendo-se tanto à forma como à substância. Diz-nos o “que é”, e não “como é”, não nos sendo explicado o método da operação do Espírito Santo, mas somente nos é dado conhecer o resultado. Deus fez uso das características naturais de cada escritor, e por um ato especial do Espírito Santo, habilitou-os a comunicar ao homem, por meio da escrita, a sua divina vontade. Observa-se esta associação do divino e do humano nas passagens de Mateus 1.22; 2.15: Lucas 1.1-4: Atos 1.16; 3.18. O Espírito Santo guiou e orientou cada escritor. Ainda que não saibamos explicar com detalhes como se deu tal operação, conhecemos os seus resultados.

3- A necessidade de interpretação.
Há pessoas, sobretudo as que buscam desacreditar a fé cristã, que citam textos fora de contextos, utilizando interpretações particulares. É fundamental ter consciência de que as Escrituras só podem ser explicadas pelas Escrituras. O texto bíblico deve ser interpretado de maneira correta e, para que isso ocorra, precisamos conhecer a hermenêutica bíblica. Ela é a disciplina teológica que estuda os princípios de interpretação da Bíblia. Uma saudável interpretação bíblica deve levar em conta a fidelidade do texto bíblico, a intenção do autor sagrado e sua aplicação Cristocêntricas.

PENSE! As Escrituras Sagradas devem ser a nossa única regra de fé e prática.
PONTO IMPORTANTE! As verdades e os princípios bíblicos são válidos para todas as pessoas em todas as épocas.

SUBSÍDIO 2
Prezado(a) professor(a), explique que “inspiração verbal e plenária da Bíblia é a doutrina que assegura ser a Bíblia, em sua totalidade, produto da inspiração divina. Plenária: todos os livros da Bíblia, sem qualquer exceção, foram igualmente inspirados por Deus. Verbal: o Espírito Santo guiou os autores não somente quanto às ideias, mas também quanto às palavras dos ministérios e concertos do Altíssimo (2 Tm 3.16). A inspiração plenária e verbal, todavia, não eliminou a participação dos autores humanos na produção da Bíblia. Pelo contrário: foram eles usados de acordo com seus traços personais, experiências e estilos literários (2 Pe 1.21).
Se no profeta Isaías deparamo-nos com um estilo sublime e clássico, em Amós encontramos uma prosa simples e humilde, como os campos palmilhados pelo mensageiro campesiano. Há evidências que nos indicam ser a Bíblia a Palavra inspirada de Deus? Basta uma leitura das Sagradas Escrituras para se concluir, de imediato, terem sido elas produtos da ação direta do Espírito Santo sobre os hagiógrafos, levando-os a escrever os livros que fazem parte do cânon bíblico,” (Teologia Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD. p. 31).

III- A ATUALIDADE DA BÍBLIA

1- Questões éticas e morais.
Mesmo se tratando de um texto antiguíssimo, a Bíblia é atual e tem as respostas de que precisamos para muitas questões éticas e morais do nosso tempo, como por exemplo: o aborto, a eutanásia, as questões de gênero etc, A questão que regularmente é apresentada por algumas pessoas em relação a atualização das Escrituras é o fato de que, segundo estes, na atualidade algumas doutrinas bíblicas não cabem mais na vida do homem. Tal questão é uma das muitas falácias do Inimigo, para o cristão, o texto bíblico é atemporal e os seus preceitos são para as pessoas de todas as culturas e raças. O que os escritores bíblicos ensinaram não era uma mera tradição cultural, mas foram palavras inspiradas por Deus. Na atualidade, muitos jovens, ao entrarem nas universidades, são tentados a descartar os ensinos morais e éticos das Escrituras Sagradas, pois passam a acreditar, erroneamente, que alguns textos não passam de superstições e crendices culturais.

2- Os vários materiais da Bíblia.
Os autores bíblicos usaram diferentes tipos de matérias disponíveis no seu tempo para a escrita, A pedra, de acordo com o texto de Jó 19.23,24, foi utilizada: “Quem me dera, agora, que as minhas palavras se escrevessem! Quem me dera que se gravasse num livro! E que, com pena de ferro e chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha!” Os Dez Mandamentos foram escritos em tábuas de pedra (Êx 32.16). Conforme Isaías 30.8, foram escritas em tábua, em tijolo (Ez 4.1), em papiro e em pergaminhos (2 Tm 4.13). A Bíblia é atualíssima, e seus ensinos, quando são observados e praticados, nos preservam de inúmeras frustrações e muitos tropeços: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho” (Sl 119.105).

3- O poder da Palavra de Deus.
A Bíblia se distingue de todos os demais livros, pois, segundo o profeta Jeremias, ela é semelhante ao fogo que purifica, bem como um martelo que despedaça a penha (Jr 23.20). Ela tem poder para penetrar e prescrutar o interior do ser humano (Hb 4.12). Fogo e martelo são dois elementos que indicam que nada pode impedir o seu cumprimento (Is 5511; Jr 5.14). A Palavra de Deus também é poderosa para destruir fortalezas espirituais que se levantam para que não venhamos a compreender as verdades divinas. Não podemos nos esquecer de que Jesus, quando tentado pelo Diabo no deserto, derrotou o Inimigo usando o poder da Palavra. Jesus conhecia as Escrituras, e frente à tentação, não hesitou em fazer o uso correto dela.

PENSE! A Palavra de Deus é uma arma poderosa contra todos os sofismas do nosso tempo.
PONTO IMPORTANTE! A Bíblia não é um livro de autoajuda, mas oferece a você a ajuda do alto nos momentos difíceis.

SUBSÍDIO 3
Professor(a), mostre aos alunos que como filhos de Deus, não podemos nos afastar jamais das Sagradas Escrituras. Em seguida pergunte: “Por que?” Porque das Sagradas Escrituras, todos dependemos vitalmente. Diga que quanto mais as lermos, mais íntimos seremos de seu Autor.

CONCLUSÃO
A Bíblia é a inerrante Palavra de Deus para o ser humano em todos os tempos. Tudo que precisamos saber para obtermos a salvação já nos foi transmitido pelas Escrituras Sagradas. Nada pode ser retirado ou acrescentado da Palavra de Deus (Ap 22.18,19). Que venhamos ler, meditar nas Escrituras e principalmente viver seus ensinamentos, pois Jesus afirmou que aqueles que ouvem as suas palavras e as praticam são semelhantes ao homem que construiu a sua casa sobre a rocha (Mt 7.24-27).

HORA DA REVISÃO
1- Quantos autores Deus usou para escrever a Bíblia?
O Senhor usou mais de 40 autores, de lugares diferentes, com formações diversas que por vários séculos (aproximadamente 1600 anos), produziram os textos sagrados.
2- Quantos livros têm a Bíblia?
É uma coleção de 66 livros.
3- Quais os idiomas em que foram escritos os textos bíblicos? 
A Bíblia foi escrita em três línguas diferentes: o Antigo Testamento foi escrito em hebraico, somente partes pequenas foram escritas em aramaico. O Novo Testamento foi escrito em grego.
4- Qual a mensagem central da Bíblia?
Podemos afirmar que a mensagem central é a história da salvação.
5- Qual a disciplina que estuda os princípios de interpretação da Bíblia?
A hermenêutica

Fonte: Revista CPAD Jovens

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 2 / 4º Trim 2023


Missões Transculturais – A sua Origem na Natureza de Deus
8 de Outubro de 2023


TEXTO ÁUREO
“Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações.” (Gn 17.4)

VERDADE PRÁTICA
O amor de Deus é a verdadeira motivação do crente para realizar a obra missionária.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Hb 11.8 Chamado a ir para um lugar completamente desconhecido
Terça – Gl 3.8,16 O Senhor Jesus Cristo é o legítimo descendente de Abraão
Quarta – Gl 3.16; 4.4 A providência salvífica de Deus na história humana por meio de uma família
Quinta – Ef 1.7; Gl 3-13; 4-5 O plano redentor de Deus como atividade executada por meio de Jesus Cristo
Sexta – Gn 12.3 A natureza missionária de Deus na relação com a humanidade
Sábado – Mt 5.13-14 Igreja de Cristo – chamada para ser sal da terra e luz do mundo

Hinos Sugeridos: 49, 459, 545 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 12.1-3; 17.1-8

Gênesis 12
1- Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2- E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.
3- E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.

Gênesis 17
1- Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito.
2- E porei o meu concerto entre mim e ti e te multiplicarei grandissimamente.
3- Então, caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo:
4- Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações.
5- E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai da multidão de nações te tenho posto.
6- E te farei frutificar grandissimamente e de ti farei nações, e reis sairão de ti.
7- E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti.
8- E te darei a ti e à tua semente depois de ti a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão, e ser-lhes-ei o seu Deus.

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos estudar o desafio missionário de apresentar o Evangelho a outras culturas. Para isso, vamos analisar como Deus se revela nas Escrituras a partir da escolha de uma família para alcançar todas as famílias da Terra. Perceberemos que todo esse movimento transcultural da missão cristã está fundamentando na natureza amorosa do Deus Pai. O que motiva (a) um missionário (a) a atravessar culturas para apresentar o Evangelho de Cristo é o amor de Deus por meio da entrega de seu único Filho, Jesus Cristo.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Explicar a natureza missionária de Deus;
II) Enfatizar o amor de Deus como princípio fundamental da Redenção;
III) Estabelecer a visão bíblica transcultural da Missão.
B) Motivação: A maneira como vemos Deus se revelar em sua Palavra nos permite afirmar que Deus se relaciona com o ser humano. Dessa forma, a Missão Transcultural é uma obra de relacionamento, num primeiro momento, com o desconhecido. Isso requer empatia, boa vontade e muito amor de Deus derramado no coração do missionário. Só é possível fazer missões transculturais tendo como fundamento o amor de Deus.
C) Sugestão de Método: Ao introduzir o segundo tópico, pergunte a classe como ela vê o amor como fundamento da Missão Transcultural. Deixe-a expor a opinião. Em seguida, de acordo com o tópico da lição, mostre que o amor de Deus é o fundamento da redenção da humanidade por meio de Cristo Jesus e é isso que constitui a base toda dinâmica das Missões Transculturais. Nesse sentido, o trabalho missionário é a vivência do amor divino como relação dinâmica, ativa e de sacrifício que pode reunir muitas outras forças para um propósito.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Nesta lição, todos somos convidados a refletir a respeito da natureza missionária de Deus por meio de seu amor. Por esse amor, todos fomos alcançados. É por esse amor que, também, somos exortados a alcançar pessoas que ainda não tiveram um encontro com Deus.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 95, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Deus Pai como Missionário”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito da natureza missionária de Deus;
2) O texto “Deus Espírito Santo como Missionário”, ao final do tópico três, amplia a reflexão de Deus como o modelo missionário da Igreja.

INTRODUÇÃO
A palavra “transcultural” traz a ideia de um missionário que transpõe as barreiras da cultura de um povo, ou civilização, para apresentar o amor de Deus. Isso implica interação com todos os grupos étnicos da Terra, com os diferentes aspectos da vida das pessoas. Na lição desta semana, veremos que Deus escolheu uma família, para, por meio dela, alcançar todas as famílias da Terra. Esse processo se deu por Abraão, sua família, a nação de Israel, a pessoa de Jesus e, finalmente, a Igreja. Assim, contemplaremos a natureza missionária de Deus, bem como o caráter do seu amor como a base de toda a prática missionária dos cristãos.

I- A NATUREZA MISSIONÁRIA DE DEUS

1- A natureza missionária de Deus no chamado de Abrão (Gn 12.1-3).
A expressão “Sai-te da tua terra” revela uma ordem e um chamado de Deus para Abrão ir a um lugar que, a princípio, ele não conhecia (Hb 11.8). Junto com essa ordem, veio uma promessa: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Essa promessa diz respeito a uma bênção espiritual para o mundo por meio da descendência de Abraão. Nesse sentido, o apóstolo Paulo escreve que essa bênção refere-se ao Evangelho revelado em nosso Senhor Jesus Cristo, o descendente legítimo de Abraão (Gl 3.8,16). Assim, a partir de uma família, Deus providenciou a salvação para o mundo inteiro (Gl 3.16; 4.4). Por isso, podemos afirmar que a origem das Missões Transculturais está intrinsicamente relacionada com a natureza missionária de Deus.

2- A missão como atividade de Deus no mundo.
Para conhecermos a missão como atividade de Deus no mundo é preciso voltar à revelação especial que o próprio Deus fez na sua Palavra. O capítulo 17 de Gênesis nos mostra o Deus soberano e excelso que se relaciona com um ser humano limitado (Gn 17.1). Ele tem tanto zelo pela sua promessa que trocou o nome de Abrão para Abraão a fim de reafirmar a sua aliança, que transcenderia ao cumprimento geográfico da promessa (Gn 12.1 cf. 17.5,8). Aqui, fica clara a Missão como a atividade de Deus no mundo. Ele mesmo, e não outro, é o maior protagonista das atividades missionárias. Deus age no mundo pela sua graça a fim de reconciliá-lo consigo mesmo (2 Co 5.19). Por isso, o nosso maior modelo missionário é o próprio Deus.

3- O nosso modelo missionário.
O modelo missionário básico de que dispomos para a Igreja na atualidade não se fundamenta em figuras ilustres da história da Igreja, nem em projetos contemporâneos de pessoas com feitos notáveis. Certamente que os modelos de hoje e os do passado merecem nossa atenção a fim de ampliar nossa visão missionária, principalmente, na aplicação das missões transculturais. Contudo, nosso principal modelo de Missões revela-se no próprio Deus, cuja natureza missionária nos é demonstrada no Antigo Testamento (Gn 3-9; Is 55.4).

SINOPSE I
Deus é o modelo missionário da Igreja que pode ser observado a partir da eleição de uma família para alcançar todas as famílias da terra.

AUXÍLIO MISSIOLÓGICO
“DEUS PAI COMO MISSIONÁRIO
A colocação de nosso Senhor, no poço de Jacó, em Samaria, de que Deus é Espírito (Jo 4.24), é muito interessante. Pouco tempo depois, João acrescentou, através da revelação do Espírito Santo, que Deus também é luz e amor (1 Jo 1.5; 4.8,16). Não importa o que mais essas caracterizações misteriosas e profundas possam indicar, elas certamente implicam que Deus é um Deus amigo. Sua natureza interior não é antissocial. Enquanto que a Bíblia declara a ‘diversidade’ de Deus — sua santidade — ela ensina com igual ênfase que Deus é um Deus de relacionamentos. Ele é o Deus vivo, não o absoluto impessoal de Aristóteles ou o Deus isolado do judaísmo recente. Ele tão pouco é o Brahma neutro do hinduísmo ou o deus ausente do deísmo. Ele é o Deus e o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó, o Deus de Moisés, o Deus de Israel. Ele é nosso Pai. ‘Porque sou o Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, teu Salvador… o Criador de Israel, vosso Rei’ (Is 43-3-15)- Tais passagens podem ser grandemente multiplicadas tanto a partir do Antigo como do Novo Testamento” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, pp.70,71).

AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“DEUS É AMOR.
[…] O fato de que Deus é amor é revelado apenas na Bíblia. O amor divino é a qualidade dinâmica e estimulante pela qual Deus deixa a si mesmo e pela qual Ele se relaciona em toda a sua suficiência e beneficência com sua criação. Seu amor o motiva eternamente a se comunicar e participar com o objeto de seu relacionamento.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a obra Teologia Bíblica de Missões, editada pela CPAD, p.73.

II – AMOR DE DEUS: O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA HISTÓRIA DA REDENÇÃO

1- O amor de Deus.
A Bíblia mostra que Deus é amor (1 Jo 4.8,16). No Antigo Testamento vemos o seu amor no relacionamento com todos os homens (Dt 33.3). Também contemplamos esse amor na escolha de Deus por Israel (Dt 7.7; Os 11.1; Ml 1.2) e em seu relacionamento com esse povo num processo de renovação de alianças em que sua misericórdia e benignidade são reveladas (Dt 7.9; Is 54.5-10). No Novo Testamento, esse amor de Deus por todas as criaturas é afirmado e ampliado (Jo 3.16). O Altíssimo é revelado como amoroso, pois Ele mesmo é o amor (1 Jo 4.8,16) e este, por sua vez, é a sua própria essência. Portanto, o amor é a base de todo o plano de redenção revelado na Palavra de Deus.

2- A Redenção no Antigo Testamento. 
Redenção significa livrar o escravo de sua escravidão com base no pagamento de um preço por um redentor. Esse é o conceito básico para a visão bíblica da salvação. No Antigo Testamento, a redenção está associada à vida familiar, social e nacional de Israel nos seguintes aspectos:
a) resgate para libertação de um escravo (Lv 25.48-55);
b) recuperação de um campo (Lv 25.23-34;
c) resgate de um macho primogênito (Êx 13.12-16);
d) resgata de alguém que seria condenado à morte (Êx 21.28-36).
Além disso, a Bíblia mostra também Deus agindo de forma redentora em favor do homem:
a) quando Jacó invoca: “o Anjo que me livrou de todo o mal” (Gn 48.15,16);
b) quando Deus declara a intenção de livrar Israel da servidão do Egito, dizendo: “Vos resgatarei com braço estendido” (Êx 6.6).

3- A Redenção no Novo Testamento.
No Novo Testamento, a redenção é estritamente uma atividade divina que é realizada por meio de Jesus Cristo (Ef 1.7; Gl 3.13; 4.5). Nesse caso, a remissão do pecador é assegurada com base no preço do resgate pago a Deus Pai por Jesus Cristo em sua morte na cruz (Tt 2.14; Hb 9.12; 1 Pe 1.18,19) cuja obra redentora é declarada no Novo Testamento (Hb 9.25-28). No entanto, a experiência de redenção só estará completa e consumada na segunda vinda de Cristo, por ocasião da glorificação final do crente (Lc 21.28; Rm 8.23; Ef 1.14). Portanto, o plano de redenção do pecador é o glorioso anúncio da obra missionária que está fundamentada no amor de Deus.

SINOPSE II
O amor de Deus é o princípio fundamental da história da redenção e, por isso, é o fundamento das Missões Transculturais.

III – VISÃO BÍBLICA DO CARÁTER TRANSCULTURAL DA MISSÃO

1- Um Deus Missionário.
O Antigo Testamento revela um Deus missionário. No livro de Gênesis, Deus trata não somente com uma nação específica, mas com toda a humanidade:
a) A queda do homem (Gn 3.15);
b) O dilúvio (Gn 6.13);
c) A eleição de um povo para abençoar a todos os demais, após a Torre de Babel (Gn 12.3). Nesses textos, a falha do homem está caracterizada, bem como o juízo de Deus e a sua promessa. Assim, o Deus missionário estabeleceu uma estratégia de abençoar a todos os povos por meio de Abraão: “E abençoarei os que te abençoarem […] e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3).

2- A escolha de Israel e sua missão.
Por meio de Abraão e sua fé, Deus escolheu Israel para ser um povo especial ao longo da história; para que participasse de modo especial do seu plano de redimir toda a humanidade. Ao estabelecer um relacionamento vertical e correto com Deus, Israel seria o exemplo para as demais nações. Era desejo do Altíssimo que Israel se distinguisse dos outros povos como sua joia preciosa.
Ele queria que a santidade de Israel, como exemplo vivo do poder e de sua graça, atraísse o restante das nações. Entretanto, Israel fracassou nesse propósito. A promessa estabelecida em Gênesis 17.8 foi invalidada pela apostasia e infidelidade da nação (Is 24.5; Jr 31.32). Por isso, Israel foi levado para o exílio na Assíria (2 Rs 17), enquanto Judá, posteriormente, foi levada para o cativeiro em Babilônia (2 Rs 25; 2 Cr 36).

3- A escolha da Igreja.
O Senhor Deus sempre desejou que os gentios fossem levados à luz. A salvação por meio de Cristo é o cumprimento divino da promessa dada a Abraão de abençoar todas as famílias da Terra. Embora Israel tenha fracassado em seu ministério intercultural, Deus transferiu esse ministério missionário aos filhos do Novo Testamento – a Igreja de Deus. Essa Igreja herdou uma incumbência divina, sendo chamada a participar com Deus na evangelização do mundo. Por isso, fomos chamados para ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-14).

SINOPSE III
A missão transcultural da Igreja está fundamentada no caráter missionário de Deus.

AUXÍLIO MISSIOLÓGICO
“DEUS ESPÍRITO SANTO COMO MISSIONÁRIO
O Espírito Santo é a presença de Deus no mundo. Ele é um membro da Trindade que vai aonde lhe é destinado. Ao compartilhar com o Pai e o Filho os aspectos qualitativos de personalidade, divindade e infinitude, Ele, também, é ‘luz e amor’. Ainda assim, raramente a doutrina do Espírito Santo é relacionada a missões mundiais, embora esse pareça ser o principal ímpeto da operação do Espírito de acordo com as Escrituras.
O grande livro de Harry Boer, Pentecost and Missions (Pentecostes e missões), portanto, não é apenas bem-vindo, mas muito necessário. Ele harmoniza um tanto a questão, embora o livro seja totalmente desconsiderado pelos teólogos de hoje. As duas principais emanações redentoras de Deus são a encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo e Pentecostes, a vinda do Espírito Santo. Há, porém, um ministério pré-pentecostes e um ministério pós-pentecostes do Espírito Santo.
O ministério pré-pentecostes é totalmente exposto no Antigo Testamento e nos Evangelhos, enquanto que o ministério pós-pentecostes relaciona-se em particular a missões mundiais. Podemos falar disso como o ministério geral ou universal do Espírito Santo, tendo em mente que o Espírito Santo é a presença de Deus e é onipresente. Como tal, Ele está em operação no universo humano” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, pp.92,93)

CONCLUSÃO
Vimos a natureza missionária de Deus desde o início da Bíblia. A partir de uma família, Deus planejou a salvação para a toda a humanidade. Isso revela que o plano redentor de Deus está fundamentado no seu excelso e glorioso amor pelo mundo todo (Jo 3.16). É esse amor que estimula a Igreja de Cristo levar a sério a obra missionária até que o Senhor Jesus volte. Deus não desistiu do pecador. Por isso, Ele conta conosco, pois é a sua vontade “que todos os homens se salvem” (1 Tm 2.4).

REVISANDO O CONTEÚDO
1- O que o apóstolo Paulo escreve a respeito da bênção de Abraão?
O apóstolo Paulo escreve que essa bênção refere-se ao Evangelho revelado em nosso Senhor Jesus Cristo, o descendente legítimo de Abraão (Gl 3.8,16).
2- Segundo a lição, por que Deus é o nosso maior modelo missionário?
Ele mesmo, e não outro, é o maior protagonista das atividades missionárias. Deus age no mundo pela sua graça a fim de reconciliá-lo consigo mesmo (2 Co 5.19). Por isso, o nosso maior o modelo missionário é o próprio Deus.
3- O que significa redenção?
Redenção significa livrar o escravo de sua escravidão com base no pagamento de um preço por um redentor.
4- Quando que a experiência de redenção do crente estará completa e consumada?
A experiência de redenção só estará completa e consumada na segunda vinda de Cristo, por ocasião da glorificação final do crente (Lc 21.28; Rm 8.23; Ef 1.14).
5- Para quem Deus transferiu o ministério missionário?
Deus transferiu esse ministério missionário aos filhos do Novo Testamento – a Igreja de Deus.

Fonte: CPAD