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domingo, 22 de outubro de 2023

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 5 / 4º Trim 2023


O Verdadeiro Discípulo depende inteiramente de Cristo
29 de Outubro de 2023



TEXTO ÁUREO
“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.” 2 Coríntios 4.7

VERDADE APLICADA
O exercício de um discipulado saudável consiste no discipulador estar ciente de ser um instrumento nas mãos de Deus, para que o propósito do Senhor seja cumprido.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar que as qualidades humanas são insuficientes
Expor o conceito bíblico de autoridade
Mostrar que fraco é quem não se submete a Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

JOSUÉ 7
2- Enviando, pois, Josué, de Jericó, alguns homens a Ai, que está junto a Bete-Aven, da banda do oriente de Betel, falou-lhes, dizendo: Subi e espiai a terra Subiram, pois, aqueles homens e espiaram a Ai.
3- E voltaram a Josué, e disseram-lhe: Não suba todo o povo; subam alguns dois mil ou três mil homens, a ferir a Ai. Não fatigueis ali a todo o povo, porque poucos são,
4- Assim, subiram lá do povo alguns três mil homens, os quais fugiram diante dos homens de Ai.
5- E os homens de Ai feriram deles alguns trinta e seis e seguiram-nos desde a porta até Sebarim, e feriram-nos na descida; e o coração do povo se derreteu e se tornou como água.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | 1 Sm 16.7 Deus não vê a aparência, mas o coração.
TERÇA | Sl 119.67 A vitória vem da obediência à Palavra.
QUARTA | Jo 15.5 O êxito vem de Jesus.
QUINTA | 2Co 12.10 A força vem de Deus.
SEXTA | Fp 4.13 É Jesus quem nos fortalece.
SÁBADO | Tg 4.10 Só Deus pode exaltar o homem.

HINOS SUGERIDOS: 253, 268, 427

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que o discipulador dependa unicamente do poder e da força de Deus.

INTRODUÇÃO
As promessas e garantias de Deus a respeito de conquistas e de que está com o Seu povo não eliminam a necessidade de constante vigilância, oração, humildade, cuidado para agir de acordo com os princípios bíblicos e consciência de que somos falhos e limitados.

1- A ILUSÃO DA FORÇA HUMANA
Ai ou Aia ou Aiate era uma cidade ao oriente de Betel e junto a Bete-Áven, próxima a Jericó e a segunda cidade tomada na invasão de Canaã (a Terra Prometida). Seu nome traduzido é “monte de ruínas”, podendo significar o que ela se tornaria. Após conquistar Jericó, uma cidade forte, os hebreus acreditaram que nada mais seria impossível. A subestimação do inimigo aliada à desobediência os levou à derrota em um lugar onde venceriam. O bom discipulador é aquele que confia em Deus, não em si [2Co 12.10]. Aprendeu a maior lição: aquele que aprendeu a depender de Deus!

1.1 Corpo físico. 
O maior engano já cometido por grandes personagens bíblicos, geralmente está relacionado à confiança em suas próprias forças, como foi o caso de Sansão, que acabou morto [Jz 16.30], ou ao tamanho de seus recursos, como foi o de Davi [1 Cr 2.1]. Ser forte, de acordo com a Bíblia, não significa ter um porte físico avantajado ou ter um grande exército. Mas ter confiança plena em Deus e obedecê-lo em qualquer condição. Os hebreus caíram por se acharem mais fortes que os homens de Ai.

Professor(a): Diótrefes se considerava muito bom, muito capaz e acima de qualquer outro, Ele confiava no que via, na aparência, e não era obediente a Deus nem submisso à autoridade sobre ele, que era João. No caso de Josué, ao ser convocado por Deus para substituir Moisés como líder do povo, era necessário injetar um estímulo nele e fazê-lo ver que a vitória aconteceria não por força física (eles não eram um exército), mas pela obediência. Segundo o comentário de Cambridge, o líder hebreu foi lembrado repetidamente de que não era sua obra, mas obra de Deus, para a qual ele havia sido levantado. Josué tinha de confiar em Deus 100% e não nas coisas que via, tanto a “força” dos inimigos quanto a “fraqueza” dos hebreus. As atitudes de Diótrefes eram desprezíveis e próprias de quem é fraco, que precisa humilhar o outro para sentir-se forte.

1.2. A alma.
A alma é formada pelos sentimentos, conhecimento e emoções. Uma alma abatida conduz a pessoa à derrota, uma alma confiante em Deus leva à vitória [Sl 25]. Aqueles que confiam em sua condição intelectual privilegiada, Deus diz que eles certamente serão confundidos. Paulo ressalta que Deus zomba destes, escolhendo as coisas loucas para confundir as sábias [1Co 1.27]. Um homem rico disse à sua alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga [Lc 12.19] acreditando que seu poder e força estavam em seu conhecimento e inteligência em conquistar bens materiais. Mas Jesus o surpreendeu, dizendo que ele não tinha poder nem sobre sua própria vida [Lc 12.20]. Diótrefes se achava forte e poderoso, desejando a primazia, desprezando seu líder, João, e expulsando o povo da igreja de Deus. Sua alma orgulhosa o tornava reprovável diante de Deus [3Jo 9, 11]. O discipulador confiante em sua inteligência e conhecimento cai [Mt 23.12a).

Professor(a): O orgulho é um estado patológico da alma em que o ego cresce desmesuradamente como câncer e acaba destruindo o próprio indivíduo. Toda igreja bem-sucedida tem muitas mãos, mentes e corações envolvidos. O discipulador deve ser o grande mentor, apontando o topo da montanha, levando seus discípulos até lá, preparando as pessoas e apoiando-as.

1.3. Espírito.
A derrota em Ai era uma lição que Deus permitiu aos hebreus para lembrar que a força deles era o Senhor, e não porque eram espirituais. Está enganado quem pensa que, porque ocupa uma posição de destaque, é mais espiritual do que os outros. Jesus advertiu Pedro: “Satanás pediu a você para peneirá-lo como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça” [Lc 22.31-32a).

Professor(a): Ninguém é espiritualmente forte o bastante por sua própria capacidade. Os hebreus pensavam ser capazes de vencer uma cidade minúscula porque haviam derrotado a mais poderosa, mas precisavam aprender que a vitória só seria possível em Deus [Sl 60.12]. Josué também precisou aprender esta lição, logo no começo da jornada, para não comprometer o futuro. O bom discipulador protege a dignidade dos seus discípulos. Mas, o portador da Síndrome de Diótrefes preocupa-se mais em julgar, inibir e proibir do que em apoiar. Em sua mente, opor-se a ele é opor-se ao próprio Deus.

EU ENSINEI QUE:
Nenhuma força humana é capaz de tomar alguém importante. Ao contrário, aqueles que querem mostrar-se fortes com base nessa força, acabam sucumbindo, como aconteceu com Diótrefes e tantos que agiram assim.

2- AUTORIDADE E AUTORITARISMO
Deus concede aos seus discípulos autoridade [Lc 10.12]. Todo exercício de autoridade que sai da vontade de Deus passa a ser autoritarismo. Isto acontece quando o mau discípulo tenta se apoderar e usa a autoridade em proveito próprio, visando apenas seus interesses. Autoridade vem do próprio Deus, como foi ensinado por Jesus e é usada para o avanço do Reino [Mt 28.18-19], nunca para sua divisão. Nisso diferem, João e Diótrefes, o que tinha autoridade e o que era autoritário.

2.1. A fonte da autoridade. 
Deus é a fonte de toda a autoridade [Rm 13.1]. Por esta razão, só é possível ter autoridade se Ele a der ao homem [Lc 10.19], caso contrário é autoritarismo. Diótrefes usava de autoritarismo, acreditando que conseguiria impor as suas vontades [3Jo 10], ignorando que a autoridade vem do Senhor. Ninguém tem autoridade para vencer se não tiver a intervenção de Deus, por menor que seja o obstáculo, como era a cidade de Ai.

Professor(a): Deus é quem concede poder e autoridade aos homens, sempre para que cumpram o propósito do Senhor. Fora isso, é autoritarismo. Josué tinha uma ordem de chegar à Terra Prometida [Js 1.9], e deveria ter sido firme quando recebeu a sugestão de irem contra Ai em menor número porque consideraram o lugar fraco. Ainda que fosse verdade, a confiança deles deveria estar em Deus, e fracassar em Ai era uma lição de que a autoridade vem de Deus [1 Pe 2.13-15).

2.2. O engano do autoritarismo.
Cristo combateu veementemente o estilo de vida que não estava alinhado aos princípios do Seu Reino. O autoritarismo é antibíblico. O apóstolo Pedro recomendou: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” [1Pe 5.2-3]. Pedro havia sido impetuoso, mas entendeu que na obra de Deus o que rege é Sua autoridade, nunca o autoritarismo.

Professor(a): Cristo ensinou que a qualidade primordial é a disposição de servir, e não um espírito ditatorial. Jesus sabe que todos nós precisamos de relacionamentos sadios para viver. Afinal, Deus nos criou de forma que precisássemos um do outro [Ec 4.9-12], e não um acima do outro [Ef 6.9]. Joseph M. Stowell: “A verdadeira autoridade é adquirida, não imposta. Toda vez que tentamos agarrá-la, os problemas aparecem”.

2.3. Jesus é o exemplo. 
A liderança de Jesus sempre foi exemplo, desde quando chamou seus discípulos até quando esteve perante Pilatos [Jo 19.11], antes de sua condenação e crucificação. Ele tinha toda autoridade [Mt 28.18], mas não usou dela para escapar de Sua missão que era morrer pelos pecados dos homens [Lc 23.39], antes foi submisso à autoridade do Pai [Fp 2.8]. Jesus é o exemplo de autoridade que atrai [Jo 12.21], em vez de autoritarismo que repele. Sua autoridade era reconhecida pela multidão que o seguia “porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas” [Mt 7.29].

Professor(a): O discípulo deve ser conciliador e não déspota. Seu papel é essencial, mas ele deve usar sua autoridade da mesma forma como Jesus fez. Cristo jamais agiu como um opressor. Nunca conduziu Seus seguidores com mão de ferro. Seu ensino não exigiu ameaças ou prática abusiva. Ele disse que aprendei de mim que sou manso e humilde de coração [Mt 11.29].

EU ENSINEI QUE:
O autoritarismo não funciona na obra de Deus. O discípulo que deseja ter autoridade verdadeira deve ter Jesus como exemplo.

3- O VERDADEIRO DISCÍPULO
O discípulo de Cristo cumpre seu chamado em total submissão ao plano de Deus. O erro de Josué em Ai foi não ter buscado a orientação de Deus. Por isso, teve de aprender com a derrota. Toda ação deve ser levada ao Senhor, por mais simples que possa parecer [Tg 4.13-15].

3.1. Ama e cuida da Igreja.
O verdadeiro discípulo reflete o amor de Deus pelas almas, ensinando-as a seguir e a servir Jesus [Mt 28.18-20]. O cuidado do discípulo de Cristo é condição essencial daquele que precisa ensinar e conduzir as vidas a Cristo, gerando novos discípulos [2 Tm 4.2]. Josué falhou nisso. O amor precisa ser materializado por meio de ações concretas [1 Jo 3.16-18]. Diferentemente de Diótrefes, João viveu e morreu praticando o amor, tornando-se conhecido por isso [Jo 21.7]. Ele é um grande exemplo para todos que desejam êxito ministerial. Soube amar as ovelhas e deter os lobos [Jo 10.10- 16], afastando-os para bem longe do rebanho. Para ele, poupar o lobo era o mesmo que sacrificar as ovelhas. Por isso João não ficou indiferente e passivo em relação à postura de Diótrefes [3Jo 10].

Professor(a): Diótrefes não era verdadeiro, comprometido em cuidar e amar seus discípulos. Suas atitudes egoístas e arrogantes mostravam isso. Um ditado diz: “Quando você vê o que Deus quer que você veja, você pode fazer o que Deus quer que você faça”

3.2. Preserva as ovelhas.
Ao perder a primeira investida contra Ai, como um líder, Josué colocou em risco a vida de suas “ovelhas”. Por ouvir o “conselho” de homens, não se importou em ouvir a Deus. Essa insubmissão custou caro a Josué, pois trinta e seis pessoas perderam a vida naquela batalha; uma derrota significativa para Josué. O discípulo verdadeiro tem responsabilidade em gerar e cuidar, pois se não o fizer, Deus o cobrará [Jr 23.1-4]. Jesus deixa claro que guardou todas as ovelhas que Deus o deu, e nenhuma se perdeu [Jo 17.12a).

Professor(a): A liderança de Diótrefes era equivocada. Ele não se espelhava em Jesus, por isso cometeu tantos erros. Era orgulhoso em vez de humilde. Sem humildade, Cristo não pode ser representado no pastorado. O verdadeiro êxito de um discípulo passa pela cruz. A cruz da agonia interior, das críticas, do fracasso, do abandono pelos amigos e das injustiças [Mt 26.36-39]. Essa cruz é necessária porque ela realiza em nós a morte do ego e tornar transparente aos olhos de todos, a justiça e a força de Deus. Tudo que Diótrefes precisava para ser um líder segundo o coração de Deus. Preocupava-se consigo mesmo e não com o outro, o que é dever pastoral.

3.3. Cumpre o propósito divino.
O propósito divino para Josué era vencer Aí, mas ele perdeu. O fato de Josué não saber que Acã havia roubado o ouro que estava sob a proibição [Js 7.1-13], mostra que Josué não havia buscado Deus antes de invadir a cidade, senão o Senhor o teria avisado [Am 3.6-7]. Para cumprir o propósito divino em Ai, Josué agora busca a Deus e recebe a garantia da vitória na batalha, após ouvir as estratégias do Senhor [Js 8.1-2]. Um discípulo verdadeiro ouve as instruções de seu Mestre.

Professor(a): Um discípulo arrogante como Diótrefes não se preocupa em cumprir o propósito de Deus, ele pensa apenas nos seus planos. Deus não se preocupa com a força humana, mas com o caráter. Ele ajuda todos que O buscam em suas fraquezas. Quanto mais reconhecemos e confessamos perante o Senhor as nossas falhas, mais Deus usará isso para o propósito dele. Pastor Philip Gulley: “Em vez de ver Deus como alguém que me ajuda a realizar meus propósitos, deve ser minha alegria ajudá-lo a cumprir o Seu propósito, buscando o crescimento de todos”.

EU ENSINEI QUE:
O verdadeiro discípulo conhece os objetivos de Deus, sujeita-se a Ele e trabalha para que seu chamado seja eficiente junto à igreja.

CONCLUSÃO
Deus não procura pessoas fortes, mas alguém que seja fortalecido nEle. Deus não quer discípulos de aparência como Diótrefes, mas de essência, comprometidos e amáveis como João, Gaio e Demétrio para realizar Seus propósitos.


quarta-feira, 18 de outubro de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 4 / 4º Trim 2023


AULA EM 22 DE OUTUBRO DE 2023 - LIÇÃO 4
(Revista Editora Betel)

Tema: O Verdadeiro Discípulo é submisso a sua Liderança

TEXTO ÁUREO
“Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz bem é de Deus; mas quem faz mal não tem visto a Deus.” 3 João 11

VERDADE APLICADA
O autêntico exercício do ministério cristão ocorre quando há plena consciência de que deve ser cumprido para a glória de Jesus e nunca dos homens.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Alertar sobre erros de um mau discipulador.
Ressaltar que a Igreja é de Deus.
Ensinar que um discipulador é um servo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

João 13
3- Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus,
4- Levantou-se da ceia, tirou os vestidos e, tomando uma toalha, cingiu-se.
5- Depois deitou água em uma bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos
6- Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?
7- Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço, não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.
8- Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Mt 23.11 O maior deve ser o servo.
TERÇA – 1 CO 11.16 A Igreja não aceita discipulador polémico.
QUARTA – Fp 2.5 Ser como Jesus.
QUINTA – Cl 3.23 Trabalhem como para o Senhor,
SEXTA – 1 Tm 3.5 Ter cuidado com a Igreja de Deus.
SÁBADO – Hb 13.17 O discipulador deve zelar pelas almas

HINOS SUGERIDOS: 224, 225, 235

INTRODUÇÃO
- "O critério de Deus para que alguém se torne um discipulador é o contrário daquilo que muitos pensam: “O maior seja como o menor; e quem governa como quem serve” [Lc 22.26]. Melhor do que status social ou eclesiástico, é ser fiel."
, o que muitos pensam é que para ser um discipulador é necessário ter muito conhecimento, mas vamos ver na lição que não é esse o principal critério, mas sim a submissão. Esta lição vai apontar para o mau exemplo de Diótrefes que desejava o primeiro lugar acima de seu líder.

1- ERROS DE UM DISCIPULADOR
- "Ser discipulador na igreja é diferente de ser gestor em outra instituição. Deus não promove pessoas porque são mais habilidosas que outras, mas para que possam cumprir propósitos e servir melhor [Mt 20.26-27]. O discipulador que deseja ser reconhecido por homens não conhece Aquele para quem trabalha [1Pe 5.2- 3]. Jesus foi o mais simples e humilde, mesmo diante de sua grandeza, esvaziou-se a si mesmo; este é o maior exemplo de servo humilde [Fp 2.7]. Diótrefes errou ao não considerar o legítimo e único Senhor da Igreja e agir conforme seu entendimento, equivocado e humano."
, não é incomum alguns irmãos confundirem a igreja com uma grande empresa. E por isso, alguns se esforçam para subir de cargo na igreja local, utilizando até mesmo, de alguns recursos que os ímpios utilizam em suas empresas, como por exemplo, passando por cima dos outros, boicotando os demais, "puxando o tapete" dos irmãos, etc. Até o dízimo tem entrado como moeda de troca por cargos.

1.1. A soberba.
- "A soberba é uma grande armadilha, na qual muitos têm caído [Pv 16.18; Ez 28.2, 17; Ob 3]. Não são poucos os exemplos e alertas na Bíblia quanto ao perigo de uma pessoa ser dominada pela soberba. No ministério, não há do que se orgulhar, porque se há dom ou talento, eles provêm de Deus [Ef 4.8; Tg 1.17]."
, convém lembrar que o pecado da soberba, é o mais perigoso, pois foi ele o primeiro pecado a aparecer no céu com o próprio diabo, veja:

"E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.
Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.", Isaías 14.13,14

Satanás quis ser mais do que Deus e por isso, todo aquele que deseja ser mais do que alguém na igreja, está lembrando a Satanás, o primeiro soberbo que existiu.

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Acesse também: Conteúdo Lição 4 / Vídeo pré-aula


ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 4 / 4º Trim 2023


AULA EM 22 DE OUTUBRO DE 2023 - LIÇÃO 4
(Revista Editora CPAD)

Tema: Missões Transculturais no Novo Testamento

TEXTO ÁUREO
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3.16)

VERDADE PRÁTICA
A natureza missionária de Deus pode ser vista ao fazer de seu único Filho um missionário, e da Igreja a sucessora dessa sublime tarefa.

LEITURA DIÁRIA
Segunda Jo 20.21; 3.16 O Pai enviou o Filho para uma grande missão
Terça – 1 Co 15.28 O plano de Deus tem dimensão universal e abarca todas as esferas da vida
Quarta – Mt 28.19 A clareza da Grande Comissão no Novo Testamento
Quinta – Is 61.1,2 A obra missionária do Senhor Jesus Cristo
Sexta Jo 8.32,36 A verdadeira liberdade está em conhecer o Senhor Jesus
Sábado Ef 2.14 O “muro da separação” entre judeus e gentios foi derrubado por meio de Jesus Cristo

Hinos Sugeridos: 376, 378, 471 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Isaías 61.1-2; Lucas 4.17-2

Isaías 61
1 – O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou­ me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e abertura de prisão aos presos;
2 – a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;

Lucas 4
17 – E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou lugar em que estava escrito:
18 – O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebran­tados do coração,
19 – a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.
20 – E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.

INTRODUÇÃO
- "No Novo Testamento, o Senhor Jesus foi o primeiro missionário en­viado pelo Pai (Jo 20.21). Pelo fato de ter sido o enviado de Deus, Ele trouxe consigo um plano de resgate da humanidade que envolve todos os seus seguidores. Nosso Senhor disse aos seus primeiros discípulos: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4.19)."
, no Novo Testamento começou-se a cumprir o plano de Deus para salvar a humanidade. Jesus não só veio fazer uma missão, como também veio ensinar outros a fazerem. Quando Jesus fala para Pedro e André que os faria pescadores de homens, estava afirmando o caráter da obra que Ele veio fazer.
- "Por isso, podemos dizer que o Novo Testamento é uma obra de caráter missionário do início ao fim, onde os Evangelhos, o livro dos Atos, as Cartas e o Apocalipse são instrumentos de um verdadeiro trabalho missionário.", no Novo Testamento vemos o Senhor Jesus nos Evangelhos selecionando, preparando e enviando seus primeiros missionários, em Atos a Igreja atravessando as fronteiras com Paulo, Barnabé, Silas, João Marcos, Lucas, Apolo e muitos outros; e as cartas estabelecendo a doutrina que poderia ser aplicável à todas as culturas; além de Apocalipse firmando a promessa da Nova Jerusalém para os crentes e o juízo para o mundo inteiro.

I – O DEUS MISSIONÁRIO REVELADO NO NOVO TESTAMENTO

1- A Bíblia mostra um Deus missionário.
- "A Bíblia Sagrada, de Gênesis ao Apocalipse, é um livro eminentemente missionário porque sua inspiração emana de um Deus missionário, aquEle que envia: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21; Jo 3.16)."
, assim como Jesus fez missões, devemos também fazer, e assim como Ele enviou devemos também enviar, um dos maiores ensinos do Novo Testamento é o exemplo, pois encontramos várias vezes Jesus orientando o povo a fazer conforme Ele fez, veja:

"Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.", João 13.15

Sendo assim, temos o exemplo missionário de Deus enviando Jonas, enviando Elias e enviando Jesus, para que possamos seguir o mesmo exemplo.

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terça-feira, 17 de outubro de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 4 / 4º Trim 2023


Cristo nos ensinou a Misericórdia
22 de Outubro de 2023



LEITURA BÍBLICA
João 11.17-27

A MENSAGEM
Jesus chorou. João 11.35kaaa

DEVOCIONAL
Segunda » 1 Rs 17.17-22
Terça » 2 Rs 4.16-37
Quarta » Jó 11-13
Quinta » Sl 23.4
Sexta » Ec 7.1
Sábado » 1Co 15.55

OBJETIVOS
DESTACAR o afeto de Jesus por seus amigos durante o seu ministério terreno;
EXPLICAR a importância de demonstrar respeito pelo luto do próximo,
MOSTRAR de que forma o crente deve lidar com o luto.

EI PROFESSOR!
Caro(a) professor(a), a Palavra de Deus nos ensina que as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos. Elas se renovam a cada manhã, pois grande é a fidelidade do Senhor para conosco (Lm 3.22,23). Do mesmo modo como o Senhor estende a sua misericórdia sobre nós, devemos estendê-la sobre a vida dos que mais precisam. O momento do luto, por exemplo, é muito difícil, pois trata-se da separação do convívio de pessoas que amamos. Agir com misericórdia em relação à dor do próximo é uma forma de demonstrar que nos importamos com ele. Assim sendo, converse com seus alunos sobre o luto e mostre-lhes de que forma a Bíblia orienta a lidar com esse momento tão difícil O Espírito Santo tem o consolo de que precisamos nessas horas.

PONTO DE PARTIDA
Professor(a), inicie a sua aula compartilhando com os seus alunos algum testemunho em que a misericórdia do Senhor se fez presente quando você imaginou que não havia mais solução para a situação. Mostre-os, a partir do seu exemplo, que a primeira pessoa que deve ser alvo de misericórdia somos nós mesmos. Muitas vezes, temos facilidade em perdoar ou exercer a misericórdia em relação ao próximo. Contudo, não temos o mesmo comportamento em relação às nossas ações. Explique aos seus alunos que eles não podem ser rigorosos consigo mesmos, haja vista que esse tipo de atitude não faz bem para a autoestima. Uma mente saudável exercita o amor-próprio e mostra disposição para melhorar sempre.

VAMOS DESCOBRIR
Você sabia que Jesus chorou quando um amigo morreu? Não é incrível pensar que Deus, embora seja o Criador Todo-Poderoso e mantenedor de todo o universo, entenda o que é o sofrimento humano? Se o próprio Deus manifesta misericórdia por aqueles que estão angustiados, não deveríamos nós também nos preocuparmos com essa atitude de amor?

HORA DE APRENDER
Na última aula, aprendemos sobre a compaixão para com as pessoas enfermas. Hoje, falaremos sobre o exercício da misericórdia. De acordo com o Dicionário Caldas Aulete, misericórdia diz respeito ao “sentimento de dor e solidariedade causado pela miséria alheia”. Nesta lição, focaremos nos casos em que há tristeza em razão do luto. Devemos demonstrar misericórdia em favor daqueles que perderam alguém querido.

I- JESUS E SEU AMIGO LÁZARO
Jesus fez amigos enquanto exerceu seu ministério terreno. Alguns deles foram os irmãos Lázaro, Marta e Maria. Eles moravam em Betânia, perto de Jerusalém, e Jesus os visitava com frequência. Certo dia, Lázaro ficou doente e suas irmãs pediram para avisarem a Jesus. No entanto, o Mestre estava a dois dias de viagem de distância e, certamente, demoraria a chegar (Jo 11.6,7).

1.1. A notícia do amigo doente.
Ao receber a notícia, Jesus decidiu ir até Betânia com seus discípulos. Mas, antes de eles chegarem, Lázaro não sobreviveu à enfermidade e acabou falecendo. Quando Jesus estava chegando ao povoado. Marta e algumas visitas o encontraram (Jo 11.17-19). Na tradição judaica, o ritual do funerário durava sete dias, então, as pessoas chegavam e prestavam seus sentimentos à família. Por isso, eram muitos os que estavam com Marta e Maria em sua casa, chorando e consolando pela perda de Lázaro.

1.2. Jesus se compadeceu.
Ao ver a angústia da separação entre as pessoas daquela família, Jesus chorou com elas (Jo 11.35). Não podemos nos esquecer de que Jesus, embora tivesse a essência divina, encontrava-se perfeitamente na condição humana. Uma das características do ser humano é expressar a tristeza com lágrimas, e Jesus teve essa experiência no tempo da encarnação. Lázaro tinha sido enterrado há quatro dias e Marta parecia chateada com o atraso de Jesus. Ela declarou ao Mestre: “Se o senhor estivesse aqui, o meu irmão não teria morrido!’’ (Jo 11.21). E a resposta de Jesus a Marta foi: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11.25). O Mestre aceitou a queixa de Marta porque conhecia a sua dor. Assim, devemos ter paciência para com aqueles que sofrem com a perda familiar.

I- AUXÍLIO DIDÁTICO
“Autopercepção. Conhecer as próprias emoções ou gerenciar a si mesmo é o primeiro pilar da teoria da inteligência emocional. Esse pilar é considerado o mais importante, pois suas competências foram a base necessária para desenvolvermos os outros. A autopercepção envolve identificar e analisar crenças, atitudes, sentimentos e valores pessoais. Quem possui autoconsciência emocional é capaz de identificar as emoções que sente e por que as sente, entende a ligação entre o que sente e o que pensa, e reconhece como as emoções afetam suas ações. A prática de se conhecer melhor faz com que uma pessoa tenha controle sobre suas emoções, independentemente de serem positivas ou não.

Quanto mais o indivíduo se expressa emocionalmente e o ambiente aceita essa expressão, mais contato ele tem com a sua inteligência emocional e mais confiante se torna. ‘As pessoas mais seguras acerca de seus próprios sentimentos são os melhores pilotos de suas vidas, tendo consciência maior de como se sentem em relação a decisões pessoais, desde com quem se casar a que emprego aceitar’ (GOLEMAN). Para aumentar o autoconhecimento é preciso ter consciência de quem se é de verdade, avaliando os pontos positivos tanto quanto os negativos. Quando somos capazes de fazer essa análise conseguimos evitar sentimentos de baixa autoestima, de ansiedade, de medo, de inquietude, de frustração, entre outros” (LOPES, Jamiel. Psicologia Aplicada à Educação Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2020, p. 50).

II- RESPEITO PELO LUTO
Além de aprendermos sobre o poder de Deus, o acolhimento de Jesus nos ensina o quanto é importante estar presente com as pessoas que perdem seus entes queridos.

2.1. A importância de estar presente.
Ao chorar, Jesus demonstrou não só seu amor por Lázaro, bem como também refletiu o sentimento solidário em relação à dor daqueles que o amavam. Luto é a tristeza pelo falecimento de alguém, é perceber que ele está sofrendo. Nesse sentido, a presença de Jesus junto da família de Lázaro era uma forma de expressar que o Mestre se preocupava com a dor que eles estavam sentindo (Jo 11.33-36). Sabemos que a dor da separação é muito pessoal, pois cada um reage de uma forma diferente à perda. Por essa razão, devemos apoiar os enlutados da mesma maneira que o Senhor Jesus apoiou.

2.2. Uma demonstração de misericórdia. 
Ao nos importarmos com a dor do Luto sofrida pelo próximo, agimos com misericórdia e mostramos que respeitamos o momento difícil pelo qual a outra pessoa está passando. O apóstolo Paulo nos ensina a dizer palavras de esperança aos familiares no momento de luto. Pela Palavra de Deus, sabemos que haverá o reencontro entre os salvos e Cristo (1 Ts 4.13-18). No dia da Volta de nosso Senhor, os mortos ressuscitarão primeiro e os vivos serão transformados pelo poder de Deus. Ao final, todos juntos encontrarão com o Senhor nas nuvens. Essa é uma mensagem de esperança que deve ser compartilhada.

II- AUXÍLIO DEVOCIONAL
“Tipos de separação. A morte indicando uma separação é uma das consequências do pecado (Gn 2.17; Rm 6.232). […] De acordo com Pearlman (1991, pp. 94,95), a primeira [morte física] corresponde à separação da alma do corpo. Segundo o autor,'[…] a dissolução física era uma indicação do desagrado de Deus, do fato que o homem estava sem contato com a Fonte da vida’. Quanto ao alcance e abrangência da morte física, não há distinção entre salvos e não salvos. […] A segunda [espiritual], de acordo com Thiessen (1999, p. 193), e a separação entre a alma e Deus. O castigo anunciado no Éden, que recaiu sobre a raça humana, é primariamente esta morte da alma’. Erickson (1998), p. 253) reforça essa ideia quando afirma que ‘o pecado é uma barreira para o relacionamento entre Deus e os seres humanos’.
[…] A terceira (eterna) é simplesmente a extensão e a finalização da morte espiritual. De acordo com Erickson (1998, p. 253): ‘Se alguém chega à morte física estando ainda espiritualmente morto, separado de Deus, esta condição torna-se permanente’” (SILVA, Gil M. O Significado da Morte. Rio de Janeiro: CPAD, 2020, pp. 28,29,33,37).

III- AGINDO COM MISERICÓRDIA NO LUTO
Ao recebermos a notícia da morte de alguém, é gentil de nossa parte entrar em contato com os familiares para manifestarmos nossos sentimentos ou, simplesmente, estar presentes. Embora seja um pequeno gesto trata-se de demostrar amor e misericórdia por aqueles que estão aflitos.

3.1. Lidando com a tristeza.
Caro(a) adolescente, se você estiver vivendo o luto, entregue sua tristeza a Deus em oração. Aproxime-se daquelas pessoas que te amam e são boa companhia. Seja gentil também com você mesmo e descanse no Senhor. O Espírito Santo, nosso Consolador, cuidará do seu coração (Jo 14.16-18).

3.2. Vivendo o luto. 
Uma das maiores dores que podemos sentir, certamente, é a separação de alguém que amamos muito. Por essa razão, é necessário se permitir viver o luto. Especialistas da área da saúde mental já admitem que o luto é necessário para que a pessoa possa enfrentar o trauma da perda de um ente querido e tenha condições de se recompor para seguir em frente. Nesse sentido, é fundamental que o crente aceite a vontade de Deus e creia que o Senhor tem todo o domínio, inclusive, sobre a morte (Jo 11.25).

III – AUXÍLIO DEVOCIONAL
“Jesus tem o poder sobre a vida e a morte, bem como o poder de perdoar pecados, porque Ele é o Criador da vida” (Jo 14.6). Ele é a vida e pode certamente restaurá-la. Quem crê em Cristo tem uma vida espiritual que a morte não é capaz de vencer ou diminuir. Quando reconhecemos o poder de Jesus quão maravilhosa é a oferta que nos faz, como podemos ser capazes de não nos comprometermos com Ele? Nós, os que cremos, temos uma segurança e uma certeza maravilhosa: ‘Porque eu vivo, e vós vivereis’ (14.19), […] João enfatiza que temos um Deus que se importa conosco, a ponto de demonstrar toda sua comoção publicamente. Esta descrição contrasta com o conceito grego comum naquela época de que os deuses eram indiferentes, não se envolviam com os seres humanos.

Mas Jesus demonstrou muitas emoções (compaixão, indignação, tristeza e até mesmo frustração). Muitas vezes, Jesus expressou profundos sentimentos; jamais devemos ter medo de revelar nossos verdadeiros sentimentos a Ele, pois Jesus os entende, porque os experimentou. Seja honesto e não tente esconder qualquer coisa de seu Salvador! Ele se importa com você!” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 1440,1441).

CONCLUSÃO
Amar é colocar sentimento em ação. Ao vermos alguém sofrendo porque algum ente querido faleceu, devemos agir com misericórdia, porque Jesus agiu dessa forma e nos deixou o exemplo.
 
Fonte: CPAD

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 4 / 4º Trim 2023


A Fé Cristã e o Conhecimento Científico
22 de Outubro de 2023



TEXTO PRINCIPAL
“Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.” (Hb 11.3)

RESUMO DA LIÇÃO
A fé cristã não é contrária ao saber, ao avanço científico; entretanto não podemos aceitar nenhuma teoria ou conceito que tem a finalidade de desacreditar a existência de Deus.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Gn 1.1 Deus é o criador de todas as coisas
TERÇA – Dn 1.17 Deus dá inteligência
QUARTA – At 7 22 Instruído em toda a ciência do Egito
QUINTA – Cl 2.8 O cuidado com as filosofias e vãs sutilezas
SEXTA – Is 33 6 Sabedoria, ciência e o temor do Senhor
SÁBADO – 2 Cr 1.10 Pedindo sabedoria e conhecimento

OBJETIVOS
EXPLICAR o que é o racionalismo;
MOSTRAR a importância da ciência;
DESTACAR a ciência e a fé cristã.

INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), estudaremos a respeito da ciência e da fé cristã. Este é um tema de extrema relevância para os nossos dias, pois alguns cristãos, erroneamente, ainda insistem em acreditar, e afirmar que Cristianismo e ciência são antagônicos. Todavia, a Palavra de Deus nos mostra que a busca pelo saber é boa. Deus sempre desejou que o homem buscasse o conhecimento e embora alguns cientistas não acreditem em Deus, e tentem desacreditar a sua existência, isto não invalida o fato de que o Senhor deseja que o homem busque o conhecimento.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), explique aos alunos que “os procedimentos e modelos de pensamento que eventualmente ordenaram a ciência empírica moderna começou a tomar forma no século XV com Copérnico e continuou no século XVI com outros astrônomos matemáticos. A segunda metade do século XV! viu o começo da era moderna e a firme substituição da escolástica aristotélica pela ciência moderna. Esta substituição do método investigador de Aristóteles pela investigação científica, culminando com o trabalho de Isaac Newton (1642-1727). é marcada por várias mudanças importantes e profundas:

• A observação e o raciocínio quantitativo substituíram a autoridade. Até os fins dos séculos XVI, uma forma comum do argumento erudito para uma tese era acumular citações apoiadoras relevantes e referências de fontes autorizadas, como textos clássicos e medievais, especialmente os de Aristóteles ou dos pais da Igreja. Porém, a astronomia e a matemática queriam um tipo diferente de prova, e o seu desenvolvimento foi importante para o processo de substituição do argumento da autoridade pela observação direta do raciocínio quantitativo. • Pensar em termos de analogias quantitativas foi substituído por argumentar puramente em termos quantitativos” (PALMER, Michael D (Org.). Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp. 158-160).

TEXTO BÍBLICO

Isaías 44.24,25
24 Assim diz o SENHOR, teu Redentor, e que te formou desde o ventre: Eu sou o SENHOR que faço todas as coisas, que estendo os céus e espraio a terra por mim mesmo.
25 Que desfaço os sinais dos inventores de mentiras e enlouqueço os adivinhos: que faço tornar atrás os sábios e transtorno a ciência deles.

Romanos 11.33-35
33 Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!
34 Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?
35 Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Amém!

INTRODUÇÃO
É comum ouvir entre os crentes que o avanço da ciência pode causar danos à fé cristã e que não há espaço para a ciência dentro das Escrituras Sagradas. Entretanto, veremos nesta lição que a ciência e a fé não são inimigas. A Igreja do Senhor, desde o seu nascedouro, já mais foi contrária ao avanço científico, ao conhecimento e ao saber. Com o invento do alemão Gutemberg, várias Bíblias e livros puderam ser impressos tornando a Palavra de Deus mais acessível ao povo e isso é ciência.

I- O RACIONALISMO E A FÉ CRISTÃ

1- Racionalismo.
Você já ouviu falar a respeito do racionalismo? Sabe o que significa? Segundo o Dicionário Teológico, significa um “sistema filosófico que tem como critério único da verdade a demonstração racional das coisas. Para o racionalista, tudo o que escapa à luz natural da razão não merece ser considerado.” O francês René Descartes foi um dos grandes filósofos racionalistas juntamente com Spinoza e Libniz com eles o racionalismo se tornou uma das correntes filosóficas mais conhecidas e importantes da modernidade. Qual era o seu objetivo? Teorizar o modo de conhecer do homem. Porém suas teorias só produziam dúvidas, influenciados pelos seus filósofos, acreditavam que tudo na mente humana não passava de sonhos e ilusões. Descartes tem uma célebre frase que resume bem seu sistema filosófico: “Penso, logo existo”. Fica evidente aqui o dualismo entre corpo e mente.

2- Crer ou duvidar.
De acordo com os filósofos racionalistas, tudo é questionável e toda investigação científica se inicia com uma dúvida. A imprecisão na pesquisa científica não é algo ruim, mas salutar, pois impulsiona os cientistas a estudarem para obterem uma resposta. Contudo, se tratando das Escrituras Sagradas e das questões relacionadas ao Cristianismo, não podemos ter dúvidas. Observe o que a Bíblia diz a respeito do que duvida: “Porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte” (Tg 1.6).

3- Aprender e produzir conhecimento.
Deus criou o ser humano e fez dele um ser pensante, criativo e racional. Foi o Senhor quem concedeu a Adão capacidade cognitiva para aprender e produzir conhecimento. Esta verdade pode ser observada no segundo capítulo do livro de Gênesis (vv. 15,19,20). Adão recebeu do Criador uma ordem direta para lavrar, guardar e administrar a terra, iniciando pela nominação dos animais (Gn 1.19). Nomear os animais mostra a capacidade cognitiva e criativa de Adão e certamente o trabalho que ele teve para observar os animais. As Escrituras Sagradas também nos mostram o exemplo de Salomão.

Quem fez dele o homem mais inteligente de todos os tempos? O Todo-Poderoso! Uma prova de que Ele não é contrário à busca pelo conhecimento. Sua sabedoria foi um presente divino, mas não significa que ele não teve que fazer sua parte e se dedicar a pensar e a conhecer (1 Rs 4.29-34). Infelizmente o conhecimento de Salomão não o impediu de se afastar de Deus. Longe do Senhor, ele declara: “Porque, na muita sabedoria, há muito enfado: e o que aumenta em ciência aumenta em trabalho” (Ec 1.18).

Esta é a declaração de um homem triste que viveu longe do Senhor, O livro de Eclesiastes nos mostra que se pautamos a nossa existência somente sobre a ciência e a investigação humana, nada terá mesmo sentido. Deus deve estar em primeiro lugar em nossos corações (Mt 22.37).

PENSE! Ao rejeitar a Deus, o homem rejeita o verdadeiro conhecimento.
PONTO IMPORTANTE! A filosofia cartesiana representa um falso começo, tendo como base a dúvida. A vida cristã, por sua vez, inicia-se pela fé em um Deus Salvador e que controla todas as coisas.

SUBSÍDIO 1
Professor(a), inicie o tópico fazendo as seguintes perguntas: “Por que precisamos argumentar com as pessoas (não crentes) com base na razão?” “A fé não é suficiente?” Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Diga que Sócrates fez a seguinte afirmação: ‘A vida que não é examinada não vale a pena ser vivida’. “E nós podemos acrescentar: não vale a pena ter uma fé não examinada. Um salto de fé no escuro deixa as pessoas ali mesmo — no escuro. Como alguém disse bem, Deus quer chegar ao coração, mas Ele não quer ignorar a cabeça no caminho para o coração. Foi por isso que Ele fez tanto a cabeça quanto o coração. Além disso, a nossa cultura tem se tornado cada vez menos cristã. Por isso, as pessoas não creem nas pré-condições para a compreensão do Evangelho. Estas pré-condições incluem:
(1) a existência de Deus:
(2) a possibilidade de milagres:
(3) a objetividade da verdade; e
(4) a cognoscibilidade da história.

É verdade que somente o Espírito Santo pode salvar uma pessoa. Mas não é verdade que o Espírito Santo não pode usar a razão e as evidências. Assumir que Deus, que criou a razão humana à sua imagem, não usaria essa mesma razão para alcançar o raciocínio das pessoas é algo irracional. De fato, Isaías disse: Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor’ (Is 1.18). Assim, esta não é uma questão de escolha entre o Espírito Santo e a razão. Pelo contrário, o Espírito Santo usa a razão para salvar as pessoas, que, por sua vez, usam a razão para compreender o Evangelho no qual creem e por meio do qual são salvas (Rm 1.16).” (NORMAN, /. Geisler. Respostas aos Céticos: Rio de Janeiro. CPAD, 2015, pp. 12-13.).

II- A CIÊNCIA TEM A SUA IMPORTÂNCIA

1- Buscando respostas.
A ciência não tem resposta para tudo. O método científico não consegue responder algumas questões importantes da vida, como por exemplo: “De onde viemos?” “Para onde vamos?” Também não consegue explicar, de forma convincente, o surgimento do mal. Estas respostas somente obtemos mediante a fé nas Escrituras Sagradas, lendo o livro de Gênesis, No capítulo três de Gênesis encontramos a resposta para muitas dúvidas da humanidade em relação ao sofrimento, à dor e à morte. A resposta está na Queda (Gn 3).

2- As intenções corretas.
A ciência possui as suas limitações, mas podemos afirmar, que o crente não deve ter receio de estudar e procurar o conhecimento. A busca pelo saber é legítima. Entretanto, nem sempre as motivações do homem são. Muitos só buscam o conhecimento para inflamarem seus egos e desencorajar o crente. Paulo, escrevendo aos coríntios, afirmou que o conhecimento de alguns os tornava inchados, orgulhosos e sem amor (1 Co 8.1-13). A motivação destes não era certa. Na atualidade, muitas produções científicas só têm o propósito de difundir o ateísmo. Muitos querem produzir ciência, visando somente levar as pessoas a desacreditarem de Deus (Rm 1.22).

3- O crente reconhece que a ciência tem a sua importância. 
Reconhecemos o valor do conhecimento científico e de se permanecer fiel ao Senhor. Admitir o valor da ciência não torna você um herege. Observe o que nos dizem Charles Colson e Nancy Pearcey em sua obra E agora, como viveremos? A “ciência afeta toda a nossa visão de mundo — não só as ideias sobre a religião e a ética, mas também sobre a arte, a música e a cultura popular”. Constatamos que a ciência tem o seu valor, entretanto devemos considerá-la sempre à luz da Bíblia (2 Co 10.5). A Palavra de Deus é a nossa única regra de fé e conduta. Precisamos ler, conhecer as Escrituras para que venhamos evitar todo e qualquer extremismo que prejudica a nossa santificação.

PENSE! A ciência tem o seu valor.
PONTO IMPORTANTE! Mas ela deve ser considerada mediante o escrutínio da Palavra de Deus.

SUBSÍDIO 2
Professor(a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “Quando surgiu a ciência moderna?” Incentive a participação dos alunos deixando-os bem à vontade para responder. É importante também ouvir as respostas com atenção. Em seguida explique que a ciência empírica moderna começou a tomar forma no século XV com Copérnico e continuou no século XVI com outros astrônomos matemáticos. Várias mudanças foram vista e dentre elas a substituição do argumento da autoridade pela observação direta do raciocínio quantitativo. O pensar em termos de analogias quantitativas foi substituído por argumentar puramente quantitativos. (Adaptado de PALMER, Michael D (Org.). Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp. 158-160.)

III- A CIÊNCIA E A FÉ CRISTÃ

1- A mente humana. 
A neurociência pode nos mostrar como funciona o nosso cérebro e o que ocorre em nossas células cerebrais durante o nosso aprendizado, No entanto, não pode impedir que o ser humano tenha pensamentos perversos e nem que esteja imune às doenças mentais. Também não é capaz de transformar o indivíduo, sua alma e espírito, sua mente e seu caráter. Somente o Espírito Santo pode nos conceder a experiência do Novo Nascimento, fazendo de nós novas criaturas (Jo 3). Aquele que nos deu inteligência deseja que venhamos usar o nosso potencial criativo, cérebro e coração, para que o nome dEle seja glorificado em todas as esferas.

2- Cristianismo e ciência não são rivais.
Muitos crentes advogam a ideia de que o Cristianismo e a ciência são rivais. No entanto, ao longo dos últimos anos, pesquisadores têm mostrado que a ciência moderna deve muito ao Cristianismo. A investigação científica só encontrou solo fértil depois que a fé num Criador pessoal, racional, impregnou a cultura e isso se deu a partir da Idade Média.

3- A universidade e o abandono da fé.
Por que jovens crentes, fiéis ao Senhor, criados em lares evangélicos, abandonam a fé ao ingressarem na faculdade? Essa pergunta tem sido feita ao longo dos anos por pais, pastores e líderes de jovens. A resposta não é tão simples como pode parecer, mas vejamos o que a escritora Nancy Pearcey na sua obra Verdade Absoluta tem a nos dizer a esse respeito. Segundo ela “em grande parte, os jovens abandonam a fé porque eles não foram ensinados a desenvolver uma cosmovisão bíblica.’ Será? Nancy diz mais, relatando que em ‘uma escola cristã americana, um professor de teologia desenhou de um Lado do quadro um coração e, do outro, um cérebro.

Depois, ele se virou para os alunos e disse: O coração é o que usamos para a religião, ao passo que fazemos uso do cérebro para a ciência.” Como cristãos, podemos concordar com essa ideia? Esse professor está certo? Não! A religião não pode ser vista só com o coração, pois a nossa fé não é “cega”. Segundo Nancy Pearcey “os jovens crentes também precisam de uma religião do ‘cérebro’. Tal verdade nos mostra que você precisa conhecer as Escrituras para desenvolver uma cosmovisão cristã que vai ajudá-lo a fazer a crítica correta das muitas ideologias, filosofias e idéias contrárias a nossa fé que você vai enfrentar na sua vida acadêmica e no mercado de trabalho.

Nancy, uma mente brilhante do nosso tempo, também afirma que “educar os jovens a desenvolver uma mente cristã já não é uma opção.’ É indispensável para que a chama da fé em Deus não venha se apagar diante desse mundo caótico em que vivemos. As Escrituras Sagradas não são um compêndio científico, entretanto, por meio dela podemos desenvolver uma cosmovisão cristã. Tenha a certeza de que a fé não impede o nosso raciocínio lógico, mas nos coloca diante do Deus Onipotente, Criador de todas as coisas.

SUBSÍDIO 3
Professor(a), diga aos alunos que quando desenvolvemos uma cosmovisão cristã, nosso compromisso com Deus se torna mais forte e nos livra de sermos corrompidos por uma educação não cristã, numa sociedade secular. Diga que Daniel e seus amigos estudaram a língua caldeia, textos cuneiformes em caldeu e acádio, uma vasta gama de resumos sobre religião, magia, astrologia e ciências, além de falarem e escreverem em aramaico, mas Daniel resolveu desde o início não se contaminar. Não renunciaria a suas convicções, mesmo se tivesse de pagar com a vida por isso. Adaptado de Bíblia de Estudo Pentecostal Rio de Janeiro: CPAD, p. 1244.)

CONCLUSÃO
Embora em nossos dias alguns cientistas não aceitem a fé cristã, nós continuaremos crendo no poder criativo do Senhor e que dEle procede todo o conhecimento. Nós precisamos ocupar todos os espaços de nossa sociedade, inclusive os laboratórios das universidades. Estude, se dedique e assuma seu lugar como alguém inteligente, mas nunca esqueça de amar e colocar Deus acima de tudo e todos.

HORA DA REVISÃO
1- Defina racionalismo. 
“Sistema filosófico que tem como critério único da verdade a demonstração racional das coisas. Para o racionalista, tudo o que escapa à luz natural da razão não merece ser considerado.”
2- Cite 3 filósofos racionalistas. 
René Descartes. Spinoza e Libniz.
3- Quem concedeu ao homem capacidade cognitiva? 
Deus, o Criador.
4- O que Salomão, depois de se distanciar de Deus, falou a respeito do conhecimento?
“Porque, na muita sabedoria, há muito enfado; e o que aumenta em ciência aumenta em trabalho” (Ec 1.18). Esta é a declaração de um homem triste que viveu longe do Senhor.
5- Segundo Nancy Pearcey, o que os jovens também precisam?
Segundo Nancy Pearcey “os jovens crentes também precisam de uma religião do ‘cérebro”‘

Fonte: Revista CPAD Jovens

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 4 / 4º Trim 2023


O Verdadeiro Discípulo é submisso a sua Liderança
22 de Outubro de 2023



TEXTO ÁUREO
“Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz bem é de Deus; mas quem faz mal não tem visto a Deus.” 3 João 11

VERDADE APLICADA
O autêntico exercício do ministério cristão ocorre quando há plena consciência de que deve ser cumprido para a glória de Jesus e nunca dos homens.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Alertar sobre erros de um mau discipulador.
Ressaltar que a Igreja é de Deus.
Ensinar que um discipulador é um servo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

João 13
3- Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus,
4- Levantou-se da ceia, tirou os vestidos e, tomando uma toalha, cingiu-se.
5- Depois deitou água em uma bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugarlhos
6- Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?
7- Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço, não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.
8- Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Mt 23.11 O maior deve ser o servo.
TERÇA – 1 CO 11.16 A Igreja não aceita discipulador polêmico.
QUARTA – Fp 2.5 Ser como Jesus.
QUINTA – Cl 3.23 Trabalhem como para o Senhor,
SEXTA – 1 Tm 3.5 Ter cuidado com a Igreja de Deus.
SÁBADO – Hb 13.17 O discipulador deve zelar pelas almas

HINOS SUGERIDOS: 224, 225, 235

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que o discipulador não seja tentado a usar o ministério para glória pessoal.

INTRODUÇÃO
O critério de Deus para que alguém se torne um discipulador é o contrário daquilo que muitos pensam: “O maior seja como o menor; e quem governa como quem serve” [Lc 22.26]. Melhor do que status social ou eclesiástico, é ser fiel.

1- ERROS DE UM DISCIPULADOR
Ser discipulador na igreja é diferente de ser gestor em outra instituição. Deus não promove pessoas porque são mais habilidosas que outras, mas para que possam cumprir propósitos e servir melhor [Mt 20.26-27]. O discipulador que deseja ser reconhecido por homens não conhece Aquele para quem trabalha [1Pe 5.2- 3]. Jesus foi o mais simples e humilde, mesmo diante de sua grandeza, esvaziou-se a si mesmo; este é o maior exemplo de servo humilde [Fp 2.7]. Diótrefes errou ao não considerar o legítimo e único Senhor da Igreja e agir conforme seu entendimento, equivocado e humano.

1.1. A soberba. 
A soberba é uma grande armadilha, na qual muitos têm caído [Pv 16.18; Ez 28.2, 17; Ob 3]. Não são poucos os exemplos e alertas na Bíblia quanto ao perigo de uma pessoa ser dominada pela soberba. No ministério, não há do que se orgulhar, porque se há dom ou talento, eles provêm de Deus [Ef 4.8; Tg 1.17]. O discipulador orgulhoso é “amante de si mesmo” [2Tm 3.2] e acredita que suas ações, palavras, ensinamentos e outras “qualidades” são melhores do que as das outras pessoas, O poder sem a submissão a Deus, é perigoso: atrai os piores e corrompe os melhores. O poder sem amor leva à soberba. Ensoberbecer é satanizar-se!

Professor(a): O orgulho é chamado pelos teólogos como o pai de todas as tiranias, Agostinho define o orgulho como o desejo perverso pelas alturas. Perverso, porque há quem não economize esforços para alcançar sucesso, nem que para isso tenha que prejudicar outras pessoas. A soberba e altivez sempre foram tóxicas e destrutivas aos discípulos de Cristo. A Palavra de Deus diz que Deus abate o soberbo [1Pe 5.5]. Nas Sagradas Escrituras há inúmeros exemplos de homens que não se submeteram e foram dominados pela altivez e o orgulho.
Deus é quem ergue o humilde dando graça a seus discípulos. Ninguém deve procurar subir alto se tiver um caráter baixo. Vitórias sem escrúpulos não são vitórias, e sim derrotas. É preferível sofrer com os bons a triunfar com os maus. O orgulho de Pedro foi não querer se submeter à ação de Jesus e não reconhecer sua limitação em compreendê-la, quando Jesus foi lavar os pés dele. Mas Jesus respondeu que se não o fizesse, Pedro não teria parte com Ele. O orgulho pode se manifestar por uma falsa humildade, o que não tem valor algum para Deus [Cl 2,23].

1.2. Abuso de poder.
Só um mau discípulo, orgulhoso e prepotente acredita que pode se apoderar da Igreja de Cristo. Diótrefes tinha essa ilusão. a Bíblia diz que “toda autoridade provém de Deus” [Rm 13.1]. Paulo usou o verbo exousia no grego, que é “autoridade“, no sentido de “ter licença ou permissão” (de Deus) ou “ser dotado de habilidade ou força” (por Deus). Esse “poder” ou “autoridade” não é autônomo, ou seja, não existe de forma independente. Por ser dado por Deus, pertence a Ele [Sl 62.11]. Abusar do poder dado por Deus é uma usurpação, Deus não divide a glória dEle com ninguém [Is 14.14]. Esse poder é uma capacitação para exercer o ministério confiado a seus discípulos [Jo 15.5] e não para dominar. Antes de a igreja ser instituída, Jesus disse aos discípulos que eles receberiam poder para serem testemunhas: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra.” [At 1.8].

Professor(a): Quando um mau discípulo domina ou controla alguém ou um grupo, exercendo a liderança além do que Deus outorgou, já não está exercendo o amor [1Co 13]. Quem ama, respeita e trata a todos com dignidade. Nada há mais assombroso do que o tratamento desumano do homem pelo próprio homem, pois este é seu igual, criado por Deus da mesma forma [At 17.26].

1.3. Desequilíbrio emocional.
Pressões cotidianas decorrentes da vida não podem minar as nossas emoções. Pessoas adoecidas vão gerar pessoas doentes. Um discipulador saudável preserva suas emoções [3Jo 2]. Ele pode trilhar esse caminho tendo e demonstrando confiança em Deus [Jr 17.7], guiando seu ministério pela fé [Hb 10.38] e desenvolvendo o Fruto do Espírito Santo [Gl 5.22-23]. O descontrole emocional leva a decisões erradas [Jo 18.10].

Professor(a): O desequilíbrio emocional surge a partir de uma vida distanciada da dependência de Deus [Jo 15.5]. quando alguém acredita ser capaz de resolver tudo sozinho. Esse excesso de confiança em si é consumido pe- la pressão crescente ao seu redor. O desgaste emocional surge quando o discipulador não busca mais a Deus [2Cr 15.2b], não tem tempo para orar e acaba mergulhado em sentimentos destrutivos. Só pensa a partir dele mesmo e despreza os sentimentos alheios. Diótrefes era o exemplo de um desequilibrado que acabou distante de Deus e de Seu propósito. Pensava ser forte, mas era fraco!

EU ENSINEI QUE:
O discípulo deve ter em mente que existem situações e comportamentos, como orgulho, autoritarismo e descontrole emocional, que prejudicam seu ministério, tornando-o ineficiente e fazendo-o errar em seu chamado.

2- A IGREJA TEM DONO
Diótrefes errou ao agir como se fosse o dono da Igreja, quando, na verdade, ele deveria ser um despenseiro fiel [1Co 4.2] a Deus e ao seu líder João, com o propósito de cuidar e edificar a Igreja de Cristo [Mt 16.18]. A atitude autoritária, desequilibrada e os abusos cometidos por Diótrefes mostravam sua fraqueza e não alguma virtude. Apesar de se achar o “dono da igreja”, ele era fraco e não conhecia o verdadeiro Dono.

2.1. O Pai.
A “Igreja de Deus” é um termo usado pelo apóstolo Paulo para se referir à ekklesia (grego), que significa “reunião de cidadãos chamados para algum lugar público, assembléia, ajuntamento de pessoas (salvas)”. Esse termo aparece como exortação ao cuidado e temor, deixando claro que não se trata de qualquer igreja, mas da “Igreja de Deus” [1Co 11.16]. A Igreja é de Deus, mas formada e liderada por homens chamados para cuidar dela [Ef 4.11].

Professor(a): A Igreja de Deus tem muitos membros e todos são importantes ao Corpo [Rm 12.4-5]. Todos devem estar pautados no Evangelho. Por serem membros do Corpo, é necessário respeitar o Cabeça da Igreja. Gaio e Demétrio tinham esse entendimento e receberam o reconhecimento da igreja local. Como um pai que zela por sua família, Cristo zela por Sua Noiva, não permitindo que outro se apodere dela. Ele é o legítimo dono da Igreja, pois a comprou com Seu sangue.

2.2. O Filho.
Quando Jesus lavou os pés dos discípulos, parecia que Ele era um Mestre fraco, submisso e serviçal. Parece que essa foi a leitura que Pedro teve, ao rejeitar ter seus pés lavados [Jo 13.8] por Aquele que ele já tinha confessado ser “o Cristo” [Mt 16.16). Jesus queria apontar o caminho de um discípulo verdadeiro segundo o reino de Deus. O Filho veio ensinar que os homens deveriam viver na perspectiva do reino dos céus [Mt 6.10], que funciona diferente do sistema da Terra [Rm 14.17]. Foi ao mesmo Pedro, que em várias ocasiões demonstrou diferentes atitudes em relação a Cristo, que Jesus disse que edificaria “a Sua Igreja” [Mt 16.18], revelando que a Igreja pertence a Ele!

Professor(a): Jesus não queria ser importante, humanamente falando, pois, nenhum poder está acima do que Ele já tem [Mt 28.18]. Isso significa que nenhum homem, especialmente aqueles que Ele estava “formando” deveriam se achar importantes. O que eles deveriam saber é que representavam a Igreja de Cristo e tinham de cuidar dela [Jo 21.17]. O modelo de liderança de Jesus deve ser imitado [1Co 11.1.

2.3. O Espírito Santo.
A Igreja tem o seu marco de inauguração a partir da “descida” do Espírito Santo, no “Dia de Pentecostes” [At 2] sobre os quase cento e vinte discípulos de Jesus que seguiram Suas orientações, após Sua última aparição ressurreto [At 1.8]. O Espírito Santo é o Dono da Igreja, o Auxiliador, o Edificador dela na Terra [Jo 14.16-17], o responsável exclusivo por seu crescimento e avanço, através da pregação de crentes “cheios do Espírito” [At 4.8-31]. Jesus andou com os discípulos por um tempo (3 anos e meio), mas continua, por meio do (Seu) Espírito Santo, a estar com Sua Igreja até a consumação dos séculos [Mt 28.20].

Professor(a): John Stott (1921-2011), pastor e teólogo anglicano britânico, diz: “A mente de Cristo é gradativamente formada dentro de nós pelo Espírito Santo (…) Passamos a ver as coisas através da sua perspectiva, e nossa visão se faz semelhante à dele”: Somos ensinados em tudo pelo Espírito [Jo 14.26], e ser um líder da Sua Igreja, segundo o coração de Deus, é fundamental.

EU ENSINEI QUE:
Devemos cuidar da Igreja com toda deferência e temor, sabendo que ela tem um Dono e que um dia Ele virá buscá-la.

3- O DISCÍPULO SERVE PROPÓSITOS
Jesus é um exemplo perfeito de um Servo fiel. Ao lavar os pés dos discípulos, ensina-os a agir segundo o padrão do Reino dos Céus. Assim, por meio desta atitude, Jesus capacita aqueles homens para realizar os propósitos de Deus na Terra [Mt 28.19-20].

3.1. Estruturar e fortalecer o Corpo.
Desde o Antigo Testamento vemos o Senhor Deus revelando, agindo e estabelecendo liderança, ordem, variedade de funções enquanto conduzia o povo de Israel pelo deserto, preparando-o para habitar na Terra Prometida e instruindo acerca da vida religiosa. Importante notar que estes princípios também estão presentes na edificação da Igreja [At 6.1-7; 8.14; 14.23; 20.28; Ef 4.12; Tt 1.5]. Cristo é “a cabeça do corpo, da igreja” [Cl 1.18] e, portanto, deve ser obedecido.
Um discipulador que age de forma autônoma está fora do propósito de Deus, tornando-se usurpador de um chamado e dissociado de sua verdadeira missão. Assim, demonstram desconhecer as Escrituras Sagradas aqueles que se levantam contra a organização estrutural de uma igreja local. Sérgio da Costa (Revista Betel Dominical – 2 Trimestre de 2019, p. 56): “Assim, é possível afirmar que a organização e a ação do Espírito Santo não são excludentes. Como atestado, também, na formação de Israel como povo de Deus”.

Professor(a): Diótrefes estava revoltado contra o modelo de liderança de João (que na verdade era o modelo de Deus para a Sua Igreja), e ainda se achava no direito de implantar o seu próprio modelo eclesiástico. A raiz do seu problema era o pecado do orgulho.

3.2. Fazer a Igreja avançar.
Jesus continua sendo a referência do Líder a ser imitado e essa é a razão que justifica algumas de suas atitudes, ainda que não precisasse. Jesus foi batizado em águas [Mt 3.13], mesmo não tendo pecados [1Pe 2.22]. Ele lavou os pés de seus subordinados, mesmo sendo Deus [Jo 1.1]. Jesus ensina que veio servir e não ser servido [Mc 10.45]. Isso e muito mais, Ele fez para que a Igreja avançasse e outros discípulos fossem formados [Mc 16.15]. Nenhum discipulador pode agir fora desses padrões, como fez Diótrefes.

Professor(a): Diótrefes estava ávido por posição e poder. O discipulador que falha em cuidar das pessoas, que apenas pensa em ser reconhecido como alguém importante, está diminuindo a igreja, em vez de fazê-la avançar. Jesus ordenou que o crente fosse pelo mundo pregando o Evangelho a toda criatura e fazendo discípulos (Mt 16.15], mostrando que o propósito de Deus é o avanço da Sua Igreja. Quem não cumpre essa missão, está claramente fora do propósito primeiro do Evangelho.

3.3. Acolher o povo e demais líderes.
Diótrefes estava sendo reprovado por João por conta do seu autoritarismo [3Jo 9]. Sua má conduta como mau discipulador foi comparada ao bom exemplo de Gaio, que acolhia até aqueles que lhe eram estranhos [3Jo 5]. Jesus acolheu Seus discípulos ao lhes lavar os pés. A hospitalidade é uma das marcas do cristianismo [Hb 13.2].

Professor(a): A arrogância de Diótrefes assume patamares estratosféricos, a ponto de ele se recusar a reconhecer a autoridade de João e não receber seus mensageiros na igreja local. Diótrefes afirmava ser o primeiro em influência e autoridade, excluindo pessoas e demais líderes. Charles Haddon Spurgeon disse: “Ninguém é mais injusto em seus julgamentos dos outros do que aqueles que têm uma opinião elevada de si mesmo”. Esse era Diótrefes, que por se achar importante demais, estava longe dos propósitos de Deus.

EU ENSINEI QUE:
Para cumprir os propósitos de Deus, precisamos seguir o modelo de liderança exercido e ensinado por Jesus.

CONCLUSÃO
Não há como ser um discipulador da “Igreja de Deus” sem ter a disposição de seguir a liderança exercida por Jesus. Isso porque o poder de um discipulador jamais será baseado em critérios humanos, como acontece com outras instituições, mas fundamentalmente segundo o Reino dos Céus.

Subsídio Lição 4 / Vídeo pré-aula