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terça-feira, 22 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 4 / 2º Trim 2025


AULA EM 27 DE ABRIL DE 2025 - LIÇÃO 4

(Revista Editora Betel)

Tema: O cuidado e apoio aos obreiros: um pilar essencial para a expansão do Reino de Deus


TEXTO ÁUREO
“Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” 1 Coríntios 9.14.

VERDADE APLICADA
De acordo com as Escrituras, cada membro do Corpo de Cristo é responsável pelo cuidado e sustento dos obreiros fiéis no exercício do ministério cristão.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ressaltar o cuidado de Deus com Seus obreiros.
Saber que Deus ampara quem socorre Seus obreiros.
Compreender que o cuidado dos obreiros é dever da igreja.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1 CORÍNTIOS 9
3 Esta é a minha defesa para com os que me condenam.
4 Não temos nós direito de comer e de beber?
7 Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não come do leite do gado?
12 Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes, suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo.
13 Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar participam do altar?

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | 1Cr 29.9 A alegria do povo em ofertar a Deus.
TERÇA | Sl 37.17 O Senhor sustenta os justos.
QUARTA | Pv 11.25 A alma generosa prosperará.
QUINTA | 1Tm 5.18 Digno é o obreiro do seu salário.
SEXTA | Hb 13.5 Devemos fugir da avareza.
SÁBADO | Hb 13.7 Devemos honrar nossos líderes.

HINOS SUGERIDOS: 297, 484, 535

INTRODUÇÃO 
Professor(a), esta lição fala diretamente daqueles que possuem a responsabilidade de levar o Evangelho adiante e em como eles são cuidados por Deus. A lição também fala como Deus cuida daqueles que cuidam de Seus obreiros. 
Nesta lição, abordaremos os princípios bíblicos envolvidos no sustento dos obreiros cristãos e a responsabilidade dos membros do Corpo de Cristo, analisando alguns relatos bíblicos sobre o sustento dos sacerdotes, levitas e profetas nos tempos do AT. O Reino de Deus é organizado e justo, e o Senhor não exigiria que nós trabalhássemos sem qualquer ganho, pois dessa forma, teríamos bem menos obreiros do que temos hoje, não porque os obreiros são interesseiros, mas porque eles também possem família, sonhos e projetos. 

PONTO DE PARTIDA – Quem cuida de quem cuida da obra de Deus, é cuidado por Ele.

1- O cuidado de Deus com os obreiros
Deus vocacionou alguns homens ao sacerdócio para que cuidassem do Tabernáculo e fossem Seus mediadores junto ao povo (Nm 18.9). Devido a essas responsabilidades, Deus passou a cuidar do sacerdote e de sua família (Nm 18.8).

1.1. O cuidado de Deus com os sacerdotes.
Deus separou homens para o sacerdócio, garantindo o seu sustento; e ainda escolheu levitas para o trabalho no Tabernáculo, cuidando do sustento deles também (Nm 18.18, 21-28; Dt 14.27-29). Esse cuidado com os obreiros revela o zelo do Senhor com Sua Obra. Os escolhidos deveriam se empenhar no serviço no Tabernáculo, mantendo as coisas de Deus organizadas e se consagrando ao serviço sagrado (Êx 28.1). Podemos observar aqui que o Senhor separou a família inteira de Arão para o serviço sacerdotal, ou seja, envolveu toda a sua casa, veja:

"Depois, tu farás chegar a ti teu irmão Arão e seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal, a saber: Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.", Êxodo 28.1

Isso mostra que o serviço da Obra de Deus sempre envolve toda a família, querendo ou não, os obreiros hoje precisam da cooperação de seus lares, porque dificilmente um obreiro trabalhará bem, se sua casa não estiver envolvida na obra.
Deus esperava atenção integral ao serviço em Sua Casa, pois isso garantiria a excelência do culto ao Senhor. Para desempenhar com zelo essa missão, os levitas seriam recompensados pelo ministério que exerciam na tenda da congregação (Nm 18.21). Ou seja, no primeiro ofício sacerdotal instituído nas Escrituras, o Senhor já estabeleceu as regras básicas e nessas regras incluíam a recompensa pelo trabalho:

"E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo seu ministério que exercem, o ministério da tenda da congregação.", Números 18.21 

Esse pagamento era para o sustento dos sacerdotes, não para ficarem ricos, mas para terem provisões.

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ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 4 / 2º Trim 2025


AULA EM 27 DE ABRIL DE 2025 - LIÇÃO 4
(Revista Editora CPAD)

Tema: Jesus – O Pão da Vida



TEXTO ÁUREO
“Eu sou o pão da vida.” (Jo 6.48)

VERDADE PRÁTICA
Jesus é o Pão da Vida que sacia a fome espiritual de todo ser humano.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Jo 6.30,31 Jesus é a revelação do Pão do Céu
Terça – Jo 6.41,42 Jesus, o Pão que desceu do céu
Quarta – Jo 6.52-56b Jesus, a Verdade revelada nos símbolos da carne e do sangue
Quinta – Jo 7.6-8 A chegada da presente hora de Jesus
Sexta – Jo 8.31,32 Jesus, a Verdade que liberta
Sábado – Jo 8.41-47 Jesus, a Verdade vinda do Pai

Hinos Sugeridos: 15, 291, 432 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 6.1-14
1- Depois disso, partiu Jesus para o outro lado do mar da Galiléia, que é o de Tiberíades.
2-E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operavam sobre os enfermos.
3-E Jesus subiu ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos.
4-Ea Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.
5-Então, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?
6-Mas dizia isso para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer.
7- Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhe bastaram, para que cada um deles tome um pouco.
8- E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
9- Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos, mas que é isso para tantos?
10- E disse Jesus: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil.
11- E Jesus, tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, pelos que estavam assentados, e igualmente também os peixes, quanto eles queriam.
12- E quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhi os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.
13- Recolheram-nos, pois, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.
14- Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo.

INTRODUÇÃO
Professor(a), esta lição vai se concentrar no contraste entre a necessidade espiritual do ser humano e suas necessidades humanas, analisando o milagre da multiplicação dos pães e o duro discurso de Cristo em seguida, e também apresentando Jesus como o pão do Céu.
O Senhor multiplicou pães e peixes para saciar a fome de uma grande multidão. No entanto, Ele notou que as pessoas estavam focadas apenas nas suas necessidades materiais, preocupando-se unicamente em satisfazer a sua fome imediata. A lição desta semana visa demonstrar que somos dependentes de Deus. Essa dependência não se limita às necessidades materiais, mas, acima de tudo, refere-se à nossa necessidade espiritual, que só o “Pão da Vida” pode satisfazer plenamente. No dia seguinte, aquela mesma multidão que se alimentou do pão que foi multiplicado, foi atrás de Jesus até Cafarnaum e Jesus não aprovou o fato de a multidão o estar buscando por causa do alimento que Ele havia multiplicado, e daí o Senhor nos deixou ensinamentos importantes que veremos na lição.

Palavra-Chave: Vida

I- JESUS, A MULTIDÃO E O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO

1- A multiplicação de pães e peixes.
O Evangelho de João relata um dos mais impressionantes milagres de Jesus, quando Ele conseguiu alimentar quase cinco mil homens com “cinco pães e dois peixinhos” (v.9). A narrativa do milagre dos pães e peixes está presente nos quatro Evangelhos (Mt 14.13-21; Mc 6.32-44; Lc 9.10-17). Alguns milagres e eventos tiveram grande notoriedade entre os primeiros cristãos e por isso entraram nos quatro Evangelhos, tais como o nascimento de Jesus, o batismo, a tentação, e outros. E a multiplicação dos pães e peixes teve repercussão por ser um sinal espantoso, mas também muito simbólico, pois os elementos, pão e peixe, representam, respectivamente, alimento espiritual e almas, é o que Jesus multiplica hoje no tempo da Graça.
No capítulo 6, versículo 1, João começa com a expressão: “Depois disso”. Esta frase refere-se aos acontecimentos que se seguiram às palavras de Jesus dirigidas aos judeus em Jerusalém, durante a provável Festa da Páscoa mencionada no capítulo 5. Ou seja, os capítulos 5 e 6 fazem parte da mesma narrativa, é como se o evangelista fizesse apenas uma pequena pausa e continuasse a narrar o próximo evento. Aqui o comentarista classifica a festa como "provável Festa da Páscoa", porque o início do capítulo 5 não fala que festa foi aquela:

"Depois disto havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.", João 5.1 

E o interessante, é que o capítulo 5, também se liga com o 4 pela mesma expressão "Depois disto...".


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segunda-feira, 21 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 4 / 2º Trim 2025

O cuidado e apoio aos obreiros: um pilar essencial para a expansão do Reino de Deus
27 de Abril de 2025



TEXTO ÁUREO
“Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” 1 Coríntios 9.14.

VERDADE APLICADA
De acordo com as Escrituras, cada membro do Corpo de Cristo é responsável pelo cuidado e sustento dos obreiros fiéis no exercício do ministério cristão.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ressaltar o cuidado de Deus com Seus obreiros.
Saber que Deus ampara quem socorre Seus obreiros.
Compreender que o cuidado dos obreiros é dever da igreja.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1 CORÍNTIOS 9
3 Esta é a minha defesa para com os que me condenam.
4 Não temos nós direito de comer e de beber?
7 Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não come do leite do gado?
12 Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes, suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo.
13 Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar participam do altar?

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | 1Cr 29.9 A alegria do povo em ofertar a Deus.
TERÇA | Sl 37.17 O Senhor sustenta os justos.
QUARTA | Pv 11.25 A alma generosa prosperará.
QUINTA | 1Tm 5.18 Digno é o obreiro do seu salário.
SEXTA | Hb 13.5 Devemos fugir da avareza.
SÁBADO | Hb 13.7 Devemos honrar nossos líderes.

HINOS SUGERIDOS: 297, 484, 535

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que Deus levante homens e mulheres que honrem seus líderes.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, abordaremos os princípios bíblicos envolvidos no sustento dos obreiros cristãos e a responsabilidade dos membros do Corpo de Cristo, analisando alguns relatos bíblicos sobre o sustento dos sacerdotes, levitas e profetas nos tempos do AT.

PONTO DE PARTIDA – Quem cuida de quem cuida da obra de Deus, é cuidado por Ele.

1- O cuidado de Deus com os obreiros
Deus vocacionou alguns homens ao sacerdócio para que cuidassem do Tabernáculo e fossem Seus mediadores junto ao povo (Nm 18.9). Devido a essas responsabilidades, Deus passou a cuidar do sacerdote e de sua família (Nm 18.8).

1.1. O cuidado de Deus com os sacerdotes.
Deus separou homens para o sacerdócio, garantindo o seu sustento; e ainda escolheu levitas para o trabalho no Tabernáculo, cuidando do sustento deles também (Nm 18.18, 21-28; Dt 14.27-29). Esse cuidado com os obreiros revela o zelo do Senhor com Sua Obra. Os escolhidos deveriam se empenhar no serviço no Tabernáculo, mantendo as coisas de Deus organizadas e se consagrando ao serviço sagrado (Êx 28.1). Deus esperava atenção integral ao serviço em Sua Casa, pois isso garantiria a excelência do culto ao Senhor. Para desempenhar com zelo essa missão, os levitas seriam recompensados pelo ministério que exerciam na tenda da congregação (Nm 18.21).

Pastor Fernando Alves: “Deus nos ensina na Sua Palavra que devemos ofertar com gratidão, pelas bênçãos que Ele nos concede, por Sua infinita bondade, para a Sua casa. Os israelitas foram ensinados a levar dos seus bens para o Senhor. Desse modo, os sacerdotes eram também abençoados. Pela Palavra de Deus vemos que, sempre que o povo assim procedia, a bênção do Senhor era abundante sobre o Seu povo".

1.2. A oferta e os sacerdotes.
Deus mandou que as ofertas de manjares fossem entregues nas mãos dos filhos de Arão (Lv 2.2). Quando o ofertante apresentava sua oferta, o sacerdote tinha o direito de ficar com parte dela, queimando incenso sobre o altar como cheiro suave ao Senhor. Para comer da oferta, era imprescindível ter uma vida santa. Segundo a Bíblia de Estudo Wiersbe, “quando alguém da família sacerdotal fosse comer dos sacrifícios dados a Deus, era necessário se purificar cerimonialmente e tratar o alimento com reverência: ele havia sido santificado ao ser apresentado a Deus”.

Pastor Fernando Alves: “Este sacrifício nos ensina que devemos trazer nossas ofertas para serem entregues nas mãos daqueles que estão com essa responsabilidade na Casa do Senhor. Como foi agradável ao Senhor que assim fosse com a nação de Israel, também é agradável a Deus que este mesmo princípio hoje seja um fundamento em Sua Igreja. Assim como Deus abençoou o Seu povo no passado, Ele também abençoa o Seu povo hoje”.

1.3. A responsabilidade dos obreiros com as ofertas. 
As ofertas para os sacerdotes deviam seguir o que foi estabelecido por Deus: “E o que sobejar (…)”, Lv 2.3. Por isso, competia aos sacerdotes cuidar para que as ofertas não fossem profanadas, como fizeram Nadabe e Abiú, filhos de Arão (Lv 10.2). A maneira como esses dois sacerdotes trataram as coisas de Deus demonstra rebelião, um pecado comparado à feitiçaria. A vocação dada pelo Senhor é uma honra que traz consigo grande responsabilidade, por isso não deve ser negligenciada. Nadabe e Abiú não honraram o seu ministério, tratando as coisas do Senhor como algo secundário e sem importância, apesar de todos os privilégios de que desfrutavam junto à congregação de Israel.

Bíblia de Estudo Cronológico Aplicação Pessoal: “Os irmãos Nadabe e Abiú tiveram problemas juntos. Embora pouco se saiba sobre seus primeiros anos, a Bíblia nos dá uma abundância de informações sobre o ambiente em que eles cresceram. Nascido no Egito, foram testemunhas oculares dos atos poderosos de Deus no Êxodo. Eles viram seu pai Arão, seu tio Moisés, e sua tia Miriã em ação muitas vezes. Eles tinham conhecimento em primeira mão sobre a santidade de Deus como poucos homens já tiveram, e pelo menos por um tempo, seguiram a Deus de todo o coração (Lv 8.36). Mas em um momento crucial, eles decidiram tratar as claras instruções de Deus com indiferença. A consequência de seu pecado foi ardente, imediata e chocante para todos”.

EU ENSINEI QUE:
A Bíblia relata o cuidado especial de Deus com Seus obreiros.

2- Dando honra aos obreiros
É válido o obreiro receber auxílio da igreja à qual serve. Tomemos como referencial o que disse o Apóstolo Paulo à igreja em Corinto: “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho”, 1Co 9.14.

2.1. O obreiro é digno do seu salário. 
Deus se agrada de abençoar Seus filhos, por isso devemos ser igualmente abençoados. Deus é abundante em graça (2Co 9.8) e nos ensina a reconhecer o trabalho de nossos líderes (1Ts 5.12). Ele nos chama para abençoar Seus obreiros porque, quando abençoamos, somos abençoados (Pv 11.25).

Deus tem prazer em abençoar os obreiros que se empenham no ensino da Palavra, pois são pessoas dignas do salário que recebem (1Tm 5.17,18). É importante compreender esse princípio, pois muitos obreiros se desgastam e abrem mão de seus projetos pessoais para exercer o ministério que o Senhor lhes confia.

2.2. Honrando os obreiros que se empenham na Obra de Deus.
No ΑΤ, ο povo abençoava os sacerdotes com suas ofertas (Lv 2.2). Hoje, apesar das recomendações bíblicas sobre o assunto, muitos crentes se opõem a essa ordenança. Talvez isso aconteça por falta de conhecimento das Escrituras ou pelo declínio ético que tem invadido muitos ministérios. Frente a isso, é oportuno buscar entendimento nos textos que tratam da manutenção dos obreiros de Deus, como: 1 Timóteo 5.17,18; 1 Coríntios 9.4-11; 2 Coríntios 11.8; Gálatas 6.6; 1 Pedro 5.2. Essas passagens abordam a importância do sustento pastoral, fato que está ligado à saúde espiritual da Igreja e de seus líderes.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal: “Os líderes fiéis da igreja devem ser apoiados e estimados. Eles são frequentemente alvos de críticas porque a congregação tem expectativas que não são realistas. Como você trata os líderes da sua igreja? Você gosta mais de encontrar erros ou de mostrar a sua estima? Será que eles recebem apoio financeiro suficiente, permitindo que vivam sem preocupações e tenham as necessidades de suas famílias suprimidas. Jesus e Paulo enfatizaram a importância de dar apoio financeiro àqueles que nos lideram e ensinam”.

2.3. Cuidar dos obreiros é um compromisso de fé.
Faz parte da vida cristã honrar e respeitar os obreiros da Casa de Deus. O pastor é a autoridade estabelecida por Deus como guia ministerial e profético da igreja. Esse é um compromisso sério, diante de Deus e dos homens, pois está diretamente ligado à orientação dada às ovelhas, ao rebanho do Senhor (1Pe 4.10). Como orientou o Apóstolo Paulo a Timóteo: “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina”, 1Tm 5.17.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal: “Os presbíteros que trabalham arduamente pelos crentes, acrescentando às suas responsabilidades tanto o pregar quanto o ensinar, deveriam receber um salário. Paulo fundamentou esta recomendação de que os presbíteros deveriam ser pagos citando primeiro o Antigo Testamento (Dt 25.4), e depois as palavras do próprio Jesus (Mt 10.10; Lc 10.7)”

EU ENSINEI QUE:
O pastor é a autoridade estabelecida por Deus como orientador da igreja.

3- O Senhor sustenta os Seus
O profeta Elias experimentou o cuidado de Deus, que o sustentou em momentos de muita adversidade (1Rs 17.5-15). Ele aceitou o cuidado de Deus, a Quem submeteu sua vida, recebendo o necessário para continuar na caminhada que lhe havia sido proposta.

3.1. O sustento de Deus ao Seu ungido.
Elias desafiou o poderio do rei Acabe e de sua esposa, Jezabel, por isso o profeta teve a vida ameaçada (1Rs 19.1,2). Elias, porém, servia a Deus com zelo, e Deus sustentou a vida do Seu ungido de maneira admirável (Mt 10.29-31) em três ocasiões. Na primeira delas, Elias estava junto ao riacho de Querite, onde os corvos lhe entregavam pão e carne pela manhã e à tarde, e ele bebia a água do riacho (1 Rs 17.5,6). Num segundo momento, mesmo em tempos de crise, Deus usou uma viúva de poucos recursos para sustentar o profeta (1 Rs 17.9). Por fim, em outra ocasião adversa, um anjo do Senhor provisionou o que Elias precisava duas vezes (1 Rs 19.7).

Bispo Abner Ferreira: “O juízo divino que veio sobre o reino de Acabe não caiu sobre a vida do profeta Elias. Ele foi orientado por Deus para ficar junto ao ribeiro e depois dirigir-se à casa de uma viúva. De forma sobrenatural, foi Elias sustentado pelo Senhor até que o juízo veio ao fim, ao cabo de três anos. Da mesma maneira, sabe o Senhor sustentar os seus em meio às crises atuais e prover o necessário para a nossa sobrevivência. (…) O Senhor ainda hoje tem Sua maneira de sustentar seus servos em momentos de necessidade (Ne 9.21)”.

3.2. Deus prepara socorro aos Seus servos.
Obadias, administrador encarregado pelo palácio de Acabe e Jezabel (1Rs 18.3-16), muito temia ao Senhor. Mesmo vivendo no reino do Norte, um ambiente inóspito e de fome extrema, Obadias foi usado para alimentar e esconder cem profetas de Deus para que eles não fossem mortos por Jezabel, a rainha idólatra (1Rs 18.13). A escassez de pão e água certamente foi um desafio para Obadias, que conseguiu sustentar os cem profetas sem ser notado. Esse fato nos leva a crer que Obadias também foi sustentado pelo Senhor durante o tempo em que colocou a própria vida em risco para cuidar daqueles homens de Deus.

Bispo Abner Ferreira: “Deus sustenta os Seus. Em meio à crise da seca (1Rs 18.5), houve o encontro do profeta Elias com Obadias, o mordomo do rei. Ele relatou a Elias como o Senhor o usou para sustentar seus profetas em meio às adversidades (1Rs 18.13). A narrativa de Obadias encerra uma verdade: Deus usa todos os recursos para livrar da fome os Seus servos fiéis (Sl 33.18,19)”.

3.3. O cuidado de Deus com Seu ungido.
Quando o profeta falava em nome de Deus, era como se o próprio Deus estivesse falando pela boca do homem (Ez 12.1; 13.1; 22.1, 17; 27.1; 28.20; 36.16; Jr 13.8; 24.4; Zc 8.1). Quando ia a Suném, o profeta Eliseu era alimentado por uma mulher rica, em cuja casa não faltava pão (2Rs 4.8). Ela teve uma boa impressão de Eliseu ao observar seu comportamento (2Rs 4.9), e Deus a moveu a mostrar bondade e generosidade ao profeta. Assim, ela pediu ao marido que construísse um pequeno quarto na casa, onde o profeta poderia descansar quando estivesse na cidade (2Rs 4.10).

Warren Wiersbe: “Sentiu o desejo de servir ao Senhor servindo ao seu profeta. Temos a impressão de que faltava ao marido dela o mesmo discernimento espiritual, mas pelo menos ele não se opôs à hospitalidade que a esposa ofereceu ao pregador itinerante”.

EU ENSINEI QUE:
O profeta Elias aceitou o cuidado de Deus, recebendo o necessário para continuar na caminhada que lhe havia sido proposta.

CONCLUSÃO
Deus não deixa Seus obreiros sem provisão. Ele lhes envia os recursos necessários, levantando pessoas para alimentar e abrigar aqueles que se empenham pelo Reino.
  

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sexta-feira, 18 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR SUBSÍDIO - Lição 3 / 2º Trim 2025

AULA EM ____ DE ______________ DE ______ - LIÇÃO 3

(Revista Editora Betel)

Tema: DESPERTANDO GUERREIROS DE ORAÇÃO





Texto de Referência: Sl 65.2 

VERSÍCULO DO DIA
“Ouve-me quando eu clama, ó Deus da minha justiça; na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração”, Sl 41.

VERDADE APLICADA
 Para resistir às emboscadas do diabo, precisamos estar próximos de Deus mediante uma vida de oração.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Incentivar os crentes a orarem;
✔ Observar que, através da oração, Deus renova a nossa fé; 
✔ Avaliar que Davi era um homem de oração.

MOMENTO DE ORAÇÃO 
Ore para que a Igreja busque incessantemente o fortalecimento espiritual através da oração.

LEITURA SEMANAL
Seg  Sl 4.3 O Senhor nos ouve quando chamamos.
Ter  Sl 65.2 O Senhor ouve a nossa oração.     
Qua  Sl 66.18 Devemos confessar o nosso pecado em oração.
Qui  Sl 145.18 Perto está o Senhor de todos os que O invocam.
Sex  Sl 18.6 Na hora da angústia, clame a Deus.  
Sáb  Sl 37.7 Descanse no Senhor e aguarde por Ele com paciência.

INTRODUÇÃO
Professor(a), nesta lição vamos ver como a meditação nos Salmos ajuda a despertar o interesse e o prazer dos cristãos pela vida de oração e de intimidade com Deus. Uma curiosidade, é que os Salmos são, na verdade, orações expressadas em forma de louvores.
Uma das principais características da literatura do livro dos Salmos é o clamor por parte dos salmistas (Sl 4.1). A rigor, são diversos teólogos que corroboram com a ideia de que o clamor sempre fez parte da história do povo de Deus (Sl 18.6). É normal imaginarmos que o clamor sempre fez parte da história do judaísmo, pois ele nasce de uma necessidade humana, desde Abel e Caim, que ofertaram a Deus e depois com Sete que passou a invocar o nome do Senhor, e não há relatos bíblicos de que eles tenham sido orientados a buscar o Senhor. Somente após a aliança da Lei é que o povo passou a ser orientado de como se faria esse clamor. E os Salmos são a melhor expressão do clamor ao Senhor.
"Na angústia invoquei ao Senhor, e clamei ao meu Deus; desde o seu templo ouviu a minha voz, aos seus ouvidos chegou o meu clamor perante a sua face.", Salmos 18.6 

Ponto-Chave 
“Os ouvidos do Senhor jamais se fecharão ao clamor do Seu povo”. 

1. SEDENTOS POR DEUS 
O salmista faz menção de um animal sedento para expressar o desespero de sua alma por Deus: “Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!” Sl 42.1. Através deste clamor do salmista, somos incitados pelo próprio Deus, para que possamos entrar num outro plano de comunhão com Ele. 

1.1. O anseio por Deus 
Deve-se salientar o posicionamento do salmista ao escrever que assim como um cervo sedento anseia por uma corrente de águas frescas em um deserto árido, o salmista descreve que sua alma anela por Deus (Sl 42.1). Percebe-se então, de modo evidente, que este Salmo é um dos que mais nos pode amparar nos períodos de sede de Deus. No Salmo 119.131, o salmista expressa seu anseio por Deus, por meio de um pensamento semelhante quando escreve: “Abri a minha boca e respirei, pois que desejei os teus Mandamentos”. Pelo exposto, percebe-se que o salmista ansiava pela presença de Deus de forma apaixonada. No Salmo 42 podemos ver que o salmista está passando por um momento de grande aperto na alma, que reflete nos seus sentimentos:
"As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?", Salmos 42.3
Um jovem que passa por dificuldades na sua caminhada de fé, encontra neste Salmo um sinal de esperança, pois nele o salmista não afirma que o seu problema foi resolvido, mas declara a sua fé e esperança no socorro divino:
"Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus.", Salmos 42.11
Já no Salmo 119.131, o salmista declara um amor tremendo ao declarar que os mandamentos de Deus são como o ar que ele respira, veja como o salmista afirma isso:
"Abri a minha boca, e respirei, pois que desejei os teus mandamentos.", Salmos 119.131 

Outras referências utilizadas neste subtópico:
"Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!", Salmos 42.1

1.2. Um manancial de águas vivas
A perturbação do salmista, exposta no Salmo 42, é vista em seu clamor quando anseia estar na presença de Deus. À oração inicial do salmista indica que a sua inquietação era um fruto direto de uma comunhão longínqua com Deus. Claro está em suas palavras que o salmista expõe não haver dúvidas de que Deus é o único “manancial de águas vivas”: “[...] a mim me deixaram, o manancial de águas vivas”, Jr 2.13. Jovens, quando sentimos sede de Deus, devemos recorrer a este Salmo e meditar nele, para que as nossas forças sejam revigoradas e, assim, o Senhor possa satisfazer a nossa sede por Ele nos tempos mais complexos e áridos da nossa vida. Notamos que o Salmo 42 expressa o sofrimento de alguém que já sentiu a presença de Deus, mas agora havia perdido isso. O servo (ou corça) é um animal que procura água dos canais, rios e nascentes, e assim como a água é uma necessidade diária, tem a presença de Deus em nossa vida, por isso, no dia em que o servo não encontra água, ele brama, ou seja, ele grita ao bando. A mesma expressão de necessidade deve ter aqueles que estão na presença de Deus e por algum motivo começam a perder essa presença. 
E note que o salmista não buscava solução para o seu problema, mas apenas a presença de Deus.
Um detalhe interessante, é que quando vemos a expressão "água viva" na Bíblia, ela está se referindo à "água corrente", assim é Deus em nossa vida, como águas correntes, onde tudo se renova o tempo todo.

Outras referências utilizadas neste subtópico:
"Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas.", Jeremias 2.13

Refletindo
“No livro dos Salmos, encontramos as respostas de Deus para os nossos problemas, sendo um canal de cura para nossa alma”. 
Bispo Abner Ferreira

2. A ORAÇÃO DE UMA ALMA ANGUSTIADA 
Quem nunca ficou angustiado em algum momento da vida? Neste momento, a oração é necessária para acalmar o coração e trazer a paz, o alívio e o acolhimento de que necessitamos. No Salmo 77, observamos o salmista expondo sua alma diante do Senhor, abrindo seu coração, e confessando que não aguentava mais ansiar por Ele (Sl 77.2). 

2.1. Uma dolorosa amargura
Tomemos como exemplo a ideia-chave de que, no Salmo 77, o salmista Asafe expõe do verso 1 ao 9 uma dolorosa amargura; demonstrando uma baixa autoconfiança, uma terrível dúvida e uma dolorida consternação. O Bispo Abner Ferreira (Salmos: uma referência para a vida de adoração e oração do cristão, Betel, 2020, p.100), nos diz que: "o Salmo 77 relata, em seus versos, diversos sintomas reveladores da angústia sofrida por Asafe". O salmista nos faz entender que esse angustiante e terrível momento de amargura é passível de ocorrer a todos nós e, não podemos esquecer que até mesmo grandes homens de Deus experimentaram em suas vidas momentos de amargura (1Rs 19.4). Ou seja, o Salmo 77 expressa com palavras os sentimentos de dor do salmista, que é comum a todas as pessoas. Vejamos uma análise rápida do que o salmista viveu, expressa nos versos dele:
"2 No dia da minha angústia busquei ao Senhor; a minha mão se estendeu de noite e não cessava; a minha alma recusava ser consolada.
3 Lembrava-me de Deus e me perturbava; queixava-me, e o meu espírito desfalecia. (Selá)
4 Sustentaste os meus olhos vigilantes; estou tão perturbado, que não posso falar.
5 Considerava os dias da antiguidade, os anos dos tempos passados.", Salmos 77.2
- No versículo 2 ele relata uma "tristeza profunda";
No versículo 3 ele relata sobre "dúvidas que abalavam seu espírito";
No versículo 4 ele relata uma "dificuldade de orar e clamar a Deus";
No versículo 5 ele relata uma "concentração do pensamento nas coisas que deram errado no passado";
E o interessante aqui, é que o salmista é um levita de renome no serviço do Templo. Isso demonstra que os problemas internos que esse salmista passou, pode ser vivido por qualquer crente, até mesmo pelos que possuem cargos nas igrejas. Pois o cristão mais fiel, não etá livre das adiversidades, pois elas são parte de um processo de Deus.

Outras referências utilizadas neste subtópico:
"E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais.", 1 Reis 19.4

2.2. Uma fé restabelecida 
O Salmo 77 revela profunda percepção de que Asafe não concluiu o Salmo com as suas amarguras. Sem dúvidas, é surpreendente observar que ele se recorda dos feitos do Senhor e da Sua misericórdia (Sl 77.14-20). No meio de todo esse redemoinho, nos versos 11 e 12, Asafe deixa de meditar em suas amarguras e passa a meditar nas ações do Criador. Especial destaque ele dá ao lembrar-se dos feitos do Senhor em prol do povo de Israel no episódio em que o Senhor abriu o mar Vermelho (Sl 77.19). Podemos ver que o salmista restabeleceu a sua fé em Deus, a partir do momento em que deixou de olhar suas amarguras e passou a focar nos feitos do Senhor. Asafe aponta a solução que ele encontrou, veja:
"11 Lembrar-me-ei, pois, das obras do Senhor; certamente que me lembrarei das tuas maravilhas da antiguidade.
12 Meditarei também em todas as tuas obras e falarei dos teus feitos.
13 O teu caminho, ó Deus, está no santuário. Que deus é tão grande como o nosso Deus?", Salmos 77.11-13
Ou seja, Asafe passou a se lembrar das grandes obras que Deus fez no passado, e isso o confortou. 
Notemos que o salmista está falando de algo que ele viveu no passado, mas que Deus já o havia respondido, veja como ele inicia o Salmo 77:
"Clamei a Deus com a minha voz; a Deus levantei a minha voz, e ele inclinou para mim os ouvidos.", Salmos 77.1
Concluímos que Deus não o deixou sem resposta, e com isso podemos dizer que o Senhor não deixa ninguém sem resposta, porque ainda que Ele tarde, mas a Sua resposta sempre chega. E concluímos também que o conforto que temos está em olhar para as obras de Deus no passado, tanto na história da humanidade como um todo, quanto em nossas próprias experiências.

Outras referências utilizadas neste subtópico:
"Pelo mar foi teu caminho, e tuas veredas, pelas grandes águas; e as tuas pegadas não se conheceram.", Salmos 77.19

3. UMA ORAÇÃO SINCERA 
No Salmo 17, Davi suplica pela proteção divina para ouvir a sua voz e protegê-lo dos seus inimigos. Convém observar que, perante o Todo Poderoso, Davi abre o seu coração e pede ao Senhor que escute o seu pedido de ajuda, e ouça a oração que ele faz com sinceridade (Sl 17.1). 

3.1. Um jovem de oração 
Davi jamais teria sido um homem segundo o coração de Deus se não tivesse sido um homem de oração (At 13.22). Assim como Davi, cada jovem pode ser um servo segundo o coração de Deus. Para isso, é imprescindível entregar o seu coração como oferta ao Senhor (1Cr 28.9). Não foram os atributos físicos de Davi que chamaram a atenção do Senhor, todavia, sim, foi o seu coração de adorador (1Sm 16.7). Davi não orava apenas a Deus, e sim, orava com Deus. C.H. Spurgeon (Esboços Bíblicos de Salmos, Shedd, 2005, p.43), diz que Davi era um mestre da arte sagrada da súplica. Podemos notar que foi um processo de semeadura, pois ele semeou na sua juventude e colheu na sua vida adulta:
"7 Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.", Gálatas 6.7
Davi foi um jovem de oração e adorador, com isso se tornou um homem, valente, de guerra, líder do povo e um grande nome na linhagem do Messias.
Professor(a), pergunte aos jovens o que eles estão semeando hoje? Quais são suas atividades, suas amizades, seus sonhos? Esse é um ponto importante na aula, pois Satanás encontra muita facilidade para tirar jovens da presença do Senhor. Vale a penas dedicar tempo nesta parte da lição, talvez deixar os jovens falar sobra alguma experiência, etc.

Outras referências utilizadas neste subtópico:
"E, quando este foi retirado, lhes levantou como rei a Davi, ao qual também deu testemunho e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, varão conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade.", Atos 13.22

"E tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai e serve-o com um coração perfeito e com uma alma voluntária; porque esquadrinha o Senhor todos os corações e entende todas as imaginações dos pensamentos; se o buscares, será achado de ti; porém, se o deixares, rejeitar-te-á para sempre.", 1 Crônicas 28.9

"Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.", 1 Samuel 16.7

3.2. O chamado de Deus à oração
Os Salmos de Davi nos fazem aprender sobre a precisão de buscarmos a Deus em todo o tempo. C.H. Spurgeon (Esboços Bíblicos de Salmos, Shedd, 2005, p.43), diz que Davi recorria a Deus em oração assim como um comandante de navio que acelera a velocidade para chegar ao porto na premência de uma tempestade. Como podemos observar, Davi desde o amanhecer elevava sua voz e falava com Deus (Sl 5.3). Com este relevante exemplo, devemos aprender a orar como Davi (Sl 18.29). Jovens, é imprescindível ter tempo para o Todo-Poderoso e desejar estar com Ele, buscando intimidade por intermédio da Palavra e da oração. Esse subtópico fala de um investimento específico, o tempo, veja:
"Pela manhã, ouvirás a minha voz, ó Senhor; pela manhã, me apresentarei a ti, e vigiarei.", Salmos 5.3
Enquanto muitos jovens trocam o dia pela noite, e gastam a madrugada em redes sociais, e pela manhã ficam procrastinando na cama, outros jovens que serão adultos de sucesso, tanto na Casa do Senhor, quanto na vida, gastam seu tempo investindo na oração e na comunhão com Deus. Grande parte da indústria do entretenimento, hoje, é voltada para os jovens. Esses entretenimentos são jogos eletrônicos, séries de TV, filmes, redes sociais, etc. Podemos ver nisso as estratégias de Satanás para tirar os jovens da igreja. 
Professor(a), informe aos jovens alunos que a vida de oração é como uma guerra, veja como Davi considerava isso:
"Porque contigo entrei pelo meio de um esquadrão e com o meu Deus saltei uma muralha.", Salmos 18.29

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR 
O livro dos Salmos é um dos mais citados e utilizados nas igrejas evangélicas ainda que de forma parcial, na liturgia e nos devocionais e na pregação propriamente dita. Esta popularidade deve-se ao fato de que muitos Salmos que o compõem sejam a expressão de sentimentos interiores em relação a Deus, o que ajuda também o adorador a se expressar melhor em seus momentos de devoção. Em outras palavras, no geral, os Salmos, em primeira mão e na grande maioria, são compostos por palavras proferidas por homens para Deus e não por palavras de Deus para os homens. Isso dificulta a sua utilização na pregação, onde se espera que Deus fale ao homem, mas facilita na adoração e no louvor durante os cultos, onde se espera que os homens falem a Deus. Fonte: (Renato Gusso. Os Livros Poéticos e os da Sabedoria, AD Santos, 2012, p.45). 

CONCLUSÃO
Ao orar nos aproximamos de Deus, fortalecendo assim, a nossa comunhão com o Criador. A oração não pode ser vista como um ritual ou formalidade, mas como necessidade de um coração pulsante pela presença do Pai, como bem relatou o salmista. 

Complementando 
As Escrituras Sagradas nos ensinam que as orações devem ser dirigidas a Deus (Sl 65.2); em nome de Jesus (Jo 16.24); com fé (Hb 11.6); com coração quebrantado (Sl 62.8); sem vãs repetições (Mt 6.7); em secreto (Mt 6.6) ou em público com os irmãos (Mt 18.19); seguindo o modelo dado por Cristo (Mt 6.5-15).  

Eu ensinei que: 
Os salmistas, a partir de seus escritos sobre oração, deixaram uma herança incomensurável para os cristãos de todos os tempos e lugares.

 
ATENÇÃO: ESTE SUBSÍDIO É GRATUITO PARA OS USUÁRIOS DO CLUBE DA TEOLOGIA
 
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Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

quinta-feira, 17 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 3 / ANO 2- N° 5

  

Lucas, o Médico Amado e Cronista da Universalidade do Evangelho

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO

2 Timóteo 4.5-1la 

5- Mas tu sé sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. 
6- Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. 
7- Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fe. 
8- Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor; justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. 
9- Procura vir ter comigo depressa. 
10- Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica; Crescente, para a Galácia, Tito, para a Dalmácia. 
11a- Só Lucas está comigo.

TEXTO ÁUREO
Saúda-vos Lucas, o médico amado, e Demas. 
Colossenses 4.14 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Atos 16.6-11 
Lucas e Paulo: encontro em Trôade
3ª feira - Atos 16.16-23 
Lucas e Paulo enfrentam prisão em Filipos
4ª feira - Atos 20.2-6
Lucas e Paulo: reencontro na jornada missionária 
5ª feira - Filemom 1. 1-4,22-25 
Lucas: fiel colaborador de Paulo
6ª feira - Colossenses 4.10-14 
Saudações de Lucas à igreja em Colossos
Sábado - 2 Timóteo 4.7-11 
Lucas: última companhia de Paulo

OBJETIVOS
    Ao término do estudo bíblico, O aluno deverá:
  • aprofundar o conhecimento sobre a vida de Lucas, conhecido como médico amado; 
  • compreender que, embora gentio, Lucas foi inspirado por Deus para registrar um dos evangelhos, revelando a universalidade do plano divino;
  • valorizar a contribuição literária de Lucas, reconhecendo a importância de seu trabalho evangelístico e histórico para a fé crista.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
    Prezado professor, Lucas, um dos quatro evangelistas, é o foco desta lição, na qual serão abordados aspectos de sua vida e obra segundo as Escrituras, com algumas considerações históricas. O médico amado é o único a descrever a ascensão de Jesus em detalhes, e seu evangelho é o mais longo, apresentando uma rica coleção de milagres, ensinamentos e parábolas, que tornam seu relato o mais completo sobre o ministério de Cristo. 
    Cada evangelista oferece uma visão única sobre o Messias, permitindo-nos tanto conhecer melhor o Senhor quanto entender a perspectiva de cada escritor. Redigido para os gregos, o Evangelho de Lucas fornece uma narrativa ordenada para Teófilo, ensinando que o cristianismo, embora nascido no judaísmo, é uma fé universal. Boa aula!
    Boa aula! 

COMENTÁRIO 

Palavra introdutória 
  Palavra introdutória Embora Lucas não tenha conhecido Jesus pessoalmente, decidiu segui-lo, o que torna sua missão de falar sobre Ele instigante e desafiadora. Reconhecê-lo como um ícone da nova aliança é compreender seu papel como escritor inspirado e missionário altruísta, dedicado à propagação da mensagem redentora, ao lado de Paulo, Silas, Barnabé e outros valentes.

 1. UM GENTIO A SERVIÇO DE CRISTO 
    Lucas, médico e intelectual (Cl 4.14), aprendeu tudo o que pôde a respeito do Filho de Deus e compartilhou suas descobertas com todos os que estavam fora do contexto judaico. As três referências singelas feitas a seu nome no Novo Testamento (Cl 4.14; 2 Tm 4.11; Fm 24) não refletem completamente sua importância histórica e influência eclesiástica. 

1.1. De Antioquia para o mundo: as raízes de Lucas
    O texto bíblico destaca as habilidades e a dedicação de Lucas, que, após sua conversão, empenhou-se intensamente na divulgação do evangelho. Porém, para compreender melhor seu caráter, é necessário recorrer a fontes extrabíblicas. Um texto antigo, datado de 160 d.C., afirma que Lucas era natural de Antioquia, gentio, médico, autor do terceiro evangelho na Acaia e que teria vivido até os 84 anos, sem se casar. Este testemunho é corroborado por líderes da Igreja, como Irineu, Tertuliano, Clemente de Alexandria e Jerônimo. Fontes históricas fidedignas indicam que ele teria falecido em Boeotia, um distrito da Grécia.
_____________________________________
    Em Colossenses 4.7-18, Paulo menciona seus colaboradores e distingue judeus de gentios, deixando implícito que Lucas pertence ao segundo grupo (v. 14). A Tradição sugere que Lucas pode ter sido escravo de uma família rica, algo comum na época, com o propósito de formar médicos entre seus empregados.
_____________________________________ 

1.2. Um chamado transformador: a conversão de Lucas 
    Não existe qualquer registro, no texto bíblico, que lance luz sobre a época, as condições ou as circunstâncias da conversão de Lucas ao cristianismo, mas seu comportamento, ao longo dos anos, demonstra que ele possuía uma fé firme no Senhor Jesus. 

1.3. Do ofício de médico ao compromisso com a missão

1.3.1. O médico amado que cuidou de Paulo
    Lucas, mencionado no Novo Testamento como médico (Cl 4.14), foi um apoio essencial para Paulo, que sofreu diversas agressões físicas, incluindo espancamentos e apedrejamentos (At 16.23; 2 Co 6.5; 11.24-27). Sua presença provavelmente proporcionou ao apóstolo os cuidados clínicos necessários, o que justificaria o título de médico amado que dele recebeu. 

1.3.2. O escritor do evangelho e historiador de Atos dos Apóstolos 
    Embora conhecido como médico, uma das maiores contribuições de Lucas ao Reino de Deus foi seu trabalho como historiador. Nos prólogos de seu evangelho e de Atos, ele demonstra compromisso com a precisão factual, registrando fielmente os eventos da vida de Jesus e do início da Igreja. 
    As duas obras literárias compostas por Lucas e sua trajetória ministerial não deixam dúvidas quanto ao seu entendimento sobre o caráter universal do evangelho. Para ele, este é o correto entendimento sobre a mensagem da cruz: a salvação é o dom de Deus ao mundo (Lc 1.77; 2.30,32; At 4.12).

 2. A JORNADA MISSIONÁRIA AO LADO DE PAULO 

2.1. O encontro inicial: Lucas marca sua entrada na história apostólica 
    Provavelmente, Lucas encontrou Paulo pela primeira vez em Trôade, por volta do ano 51 d.C. (At 16.8). A partir desse encontro, seguiu com ele até a Macedônia (At 16.9,10), passando por Samotrácia, uma ilha entre a Ásia e a Europa (At 16.11), e chegando a Filipos (At 16.12). Esta cidade, um importante centro comercial na Macedônia, estava estrategicamente localizada próxima ao mar e às principais estradas europeias, facilitando a propagação inicial do evangelho. Durante esse período, a narrativa do Livro de Atos passa a ser feita em primeira pessoa do plural, sugerindo a presença direta de Lucas nas viagens missionárias (At 16.10-17; 20.5-15; 21.1-18; 27.1-28.16). 

2.2. Desafios e provações: a resiliência na missão 
    Em Filipos, Paulo, seguindo o costume judeu, buscou um lugar de oração ao ar livre, já que a cidade não possuía uma Sinagoga formal (At 16.13). Paulo e Silas foram presos em Filipos (At 16.16-23), enquanto Timóteo e Lucas possivelmente passaram despercebidos por não E terem aparência de judeus típicos, Após a prisão, Lucas e Timóteo provavelmente permaneceram na cidade para apoiar a jovem igreja local. Na Carta aos Filipenses, Paulo menciona o apoio financeiro que recebeu exclusivamente dessa igreja (Fp 4.15,16), sugerindo que Lucas e Timóteo podem ter intermediado essa ajuda. 
_______________________________
    Segundo o costume judeu, uma sinagoga podia ser formada se houvesse pelo menos dez chefes de família na cidade. Caso esse número não fosse alcançado, os judeus se reuniam em um lugar de oração ao ar livre. Seguindo seu hábito de procurar primeiro a sinagoga nas cidades que visitava, Paulo, ao chegar a Filipos, buscou um grupo de oração de judeus (At 16.13).
________________________________

2.3. Retorno e dedicação: Lucas se junta a Paulo novamente 
    Paulo e Lucas se reencontram em Atos 20.13, com Lucas acompanhando Paulo de Trôade a Assôs e, em seguida, passando por diversas cidades, como Cós, Rodes, Pátara, Tiro, Cesareia e Jerusalém (At 20.5-21.18), até Roma (At 27.1-28. 16). Lucas não apenas registrou os eventos do terceiro evangelho, mas também participou ativamente das missões, ajudando a expandir o Reino de Deus. 
    Nos últimos dias de Paulo, enquanto ele estava preso e aguardando sua provável execução (2 Tm 4.6-8), Lucas foi um dos poucos a permanecer ao seu lado, oferecendo apoio e companhia ao apóstolo (2 Tm 4.11).

 3. O EVANGELISTA E CRONISTA DO CRISTIANISMO 
    Os escritos de Lucas, incluindo o evangelho e o Livro de Atos, foram dirigidos a uma audiência grega, representada por Teófilo e pelos gentios interessados nas boas novas. Lucas buscou comunicar a história de Jesus e a expansão da fé cristã em uma linguagem e estilo acessíveis ao pensamento helenístico, enfatizando a universalidade do evangelho e seu alcance a todas as nações. Seu objetivo era consolidar a fé dos leitores na continuidade entre o ministério de Jesus e a expansão da Igreja primitiva, oferecendo uma perspectiva histórica e espiritual da ascensão e propagação do cristianismo para além das fronteiras judaicas. 

3.1. O evangelho segundo Lucas: o retrato completo de Cristo 
    O Evangelho de Lucas se destaca por sua amplitude e profundidade, oferecendo o mais detalhado relato da vida de Jesus dentre os sinóticos (1.1-4). O evangelista narra com precisão o nascimento e infância do Salvador (1.26-56; 2.1-40) e inclui mulheres com relevância, como Isabel (1.5-25), Marta, Maria (10.38-42) e a viúva de Naim (7.11-17). Além disso, traça Sua genealogia até Adão (3.23-28), reafirmando a abrangência das boas novas, que se destina a todas as nações. Lucas também aborda os milagres com uma perspectiva cuidadosa, quase científica (8.43-48), destacando o impacto da cura sobre os gentios (7.1-10; 17.11-19) e registrando inúmeros ensinamentos por meio de parábolas exclusivas, como as do bom samaritano (10.25-37) e do filho pródigo (15.11-32). Esse evangelho revela a compaixão e universalidade de Jesus (19.10), que busca incluir e salvar a todos, sem distinção. 

3.2. Atos dos Apóstolos: a propagação do evangelho 
   Com uma estrutura narrativa que acompanha o crescimento da Igreja, Atos retrata a missão de testemunhar em Jerusalém (1.1-6.7), depois em Judeia e Samaria (6.8-9.31) e finalmente até os confins da Terra (9.32-28.31). 
    Esse relato conecta diretamente o chamado de Jesus a Seus discípulos com o nascimento e expansão da Igreja, destacando o cumprimento do mandato de Cristo para levar a mensagem a todos os povos (Mc 16.15; At 1.8).

 4. LIÇÕES DA VIDA DE LUCAS PARA A JORNADA DE FÉ 

4.1. O cuidado com o próximo como essência da fé cristã 
    O Evangelho de Lucas destaca a compaixão de Jesus, revelando Seu olhar cuidadoso para com os marginalizados e esquecidos da sociedade. Desde o chamado ao amor misericordioso (6.36) até a cura da mulher encurvada (13.10-17), Lucas nos convida a uma fé que derruba obstáculos socioculturais, expressando-se em ações concretas. 
    O exemplo de Cristo nos incita a refletir: como podemos imitar essa compaixão que não discrimina? A prática da misericórdia, tão central no Evangelho de Lucas, nos convoca a exercer uma fé vívida, dedicada ao cuidado dos menos favorecidos. 

4.2. Humildade e entrega no caminho da salvação 
    Lucas nos ensina, ainda, por meio da descrição de parábolas únicas, que a fidelidade ao chamado divino é inseparável de uma postura humilde e devota.
    Na parábola do filho pródigo (15.11-32), por exemplo, percebe-se a graça como resposta à reconciliação; na do bom samaritano (10.25-37), verifica-se que a verdadeira devoção se manifesta no cuidado dirigido ao próximo. Essas narrativas inspiram uma fé ativa, que renuncia ao egoísmo e abraça o serviço (18.9-14). 
    Lucas nos orienta a considerar como nossa própria jornada pode refletir essa fidelidade humilde, que se inclina diante do necessitado e acolhe o perdido. 

4.3. Altruísmo e lealdade: a dedicação de Lucas a Paulo 
    Lucas destaca-se não apenas como evangelista, mas também como um amigo leal e altruísta. Ao longo das viagens missionárias e dos momentos de adversidade enfrentados por Paulo, o médico amado manteve-se ao seu lado, exemplificando o verdadeiro compromisso com o próximo (Cl 4.14; 2 Tm 4.11). Mesmo quando outros abandonaram o apóstolo, Lucas permaneceu fiel, testemunhando uma amizade que ultrapassa as dificuldades e o tempo. 
    A abnegação de Lucas inspira-nos a refletir sobre o valor da lealdade em nossas relações. Em um mundo no qual o individualismo prevalece, sua postura convida-nos a cultivar um espírito de solidariedade com os irmãos em Cristo, especialmente nos momentos de maior necessidade.

CONCLUSÃO
   Lucas é considerado uma das grandes figuras do Novo Testamento e integra a galeria dos escritores bíblicos, escolhidos por Deus ao longo de 1.600 anos. Sendo provavelmente o único gentio entre eles, o médico amado ressalta a universalidade do evangelho, revelando que a mensagem de salvação é para todos. 
    O cronista da fé cristã ilustra essa realidade ao narrar o evento de Pentecostes, com a diversidade de nacionalidades presentes (At 2.7-11), e a visão de Pedro sobre os alimentos impuros (At 9.10-35), enfatizando a inclusão de todas as pessoas no plano redentor. 
    Lucas cumpriu brilhantemente sua missão de anunciar o propósito divino para a humanidade, destacando que a graça alcança todos os povos. 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Qual era a nacionalidade de Lucas? 
R.: Ele era siríaco de Antioquia, portanto, um gentio.

Fonte: Revista Central Gospel