INICIE CLICANDO NO NOSSO MENU PRINCIPAL

quarta-feira, 11 de junho de 2025

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 11 / ANO 2- N° 5

Timóteo, Servo Fiel e Cooperador na Obra de Cristo
__/___/____


TEXTO BÍBLICO BÁSICO
2 Timóteo 2.1-3,9,11-13,15
1- Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em CRISTO JESUS.
2- E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.
3- Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de JESUS CRISTO.
9- (...) pelo que sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de DEUS não está presa.
11- Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos;
12- se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará;
13- se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo. 15- Procura apresentar-te a DEUS aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.

TEXTO ÁUREO
(...) E eis que estava ali um certo discípulo por nome Timóteo, filho de uma judia que era crente, mas de pai grego, do qual davam bom testemunho os irmãos que estavam em Listra e em Icônio.
 Atos 16.1,2

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Atos 16.1-5 
Dele davam bom testemunho
3ª feira - Atos 17.11-15 
Um obreiro confiável
4ª feira - Atos 19.18-23 
Um incansável colaborador
5ª feira - 1 Coríntios 4.14-17 
Filho amado e fiel no Senhor
6ª feira - Filipenses 2.14-20 
Um exemplo de abnegação
Sábado - 2 Timóteo 4.9-13 
Traze a capa que deixei em Trôade

OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
  • identificar as origens de Timóteo e seu chamado para o ministério;
  • analisar as circunstâncias que evidenciam a profundidade da amizade entre Paulo e Timóteo;
  • refletir sobre os conselhos dados pelo apóstolo ao jovem que assumiria a liderança da igreja em Éfeso.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
    Dissociar Timóteo de Paulo no contexto bíblico é uma tarefa desafiadora, pois a profunda amizade entre mestre e discípulo foi construída ao longo de um convívio marcado pela admiração e respeito mútuos. Embora frequentemente lembrado apenas como exemplo para os jovens (1 Tm 4.12), Timóteo teve um papel vital na Igreja primitiva. 
    Descoberto por Paulo ainda em sua juventude (At 16.1-3), Timóteo destacou-se como servo de JESUS CRISTO (Fp 1.1), filho amado e fiel no Senhor (1 Co 4.17), irmão (Cl 1.1), cooperador (Rm 16.21) e ministro de DEUS (1 Ts 3.2), contribuindo significativamente para o avanço missionário.
    Para aprofundar o estudo de sua trajetória, recomenda-se o uso de mapas da segunda viagem missionária e a leitura das epístolas pastorais (1 e 2 Tm).
Boa aula!

COMENTÁRIO
Palavra introdutória
    Timóteo (gr. Tiuóɛоç = "aquele que honra a Deus") é citado 24 vezes no Novo Testamento, sendo mencionado pela primeira vez em Atos 16.1 e, pela última, em Hebreus 13.23. Como representante da segunda geração de líderes cristãos, Timóteo permaneceu fiel ao longo dos anos, prestando serviços inestimáveis à causa do evangelho. Este filho de Eunice destacou-se como um dos mais dedicados colaboradores do apóstolo Paulo, sendo um exemplo de fidelidade e dedicação. Sua trajetória inspira todos os que desejam servir a DEUS com perseverança e integridade até o fim.

 1. UM HOMEM ENTRE DUAS CULTURAS
    Timóteo é mencionado em momentos-chave do Novo Testamento. Sua trajetória revela um líder moldado por duas influências distintas, com um papel fundamental no avanço da Igreja primitiva.

1.1. Origens e formação espiritual
    Timóteo nasceu em um lar de tradições culturais particulares. Seu pai, grego (At 16.1), não o circuncidou (At 16.3) conforme a prescrição da lei judaica (Gn 17.12), enquanto sua mãe, Eunice, e sua avó, Loide, judias piedosas, ensinaram-lhe as Escrituras (2 Tm 3.15). Ambas se converteram ao evangelho, possivelmente durante a primeira viagem missionária de Paulo (At 16.1).
    Há divergências sobre a cidade natal de Timóteo, com algumas fontes apontando Listra e outras, Derbe (At 16.1; 20.4). Apesar de sua natureza introvertida e saúde frágil (1 Co 16.10; 1 Tm 5.23), ele destacou-se desde cedo como um exemplo para os jovens verdadeiramente compro- metidos com o Senhor (At 16.2). No início de seu ministério, seu profundo conhecimento das Escrituras (2 Tm 3.14,15) permitiu-lhe tornar-se um pregador intrépido e habilidoso.

1.1.1. A circuncisão e a estratégia missionária
    Paulo decidiu circuncidar Timóteo antes da segunda viagem missionária (At 16.3). Apesar de dispensado da prática pelo concílio de Jerusalém (At 15.6-21), essa ação visava evitar conflitos com judeus cristãos ainda presos às tradições judaicas.
    Em contraste, Tito, grego e não educado nos costumes judaicos, não foi circuncidado (Gl 2.1-3). Essa distinção estratégica reflete a sensibilidade missionária de Paulo ao adaptar práticas culturais para facilitar a propagação do evangelho.
_________________________________
    Como judias piedosas, Eunice e Loide instruíram Timóteo segundo a Lei de Moisés e, ao abraçarem a fé em JESUS, guiaram-no na doutrina cristã (2 Tm 1.5). Esse legado reflete uma esperança de Loide para corrente ininterrupta de Eunice, de Eunice para Timóteo, de Timóteo para o mundo -, lembrando-nos do poder transformador de uma fé transmitida com amor e fidelidade.
_________________________________

1.2. Últimos dias
    Hebreus 13.23 menciona que Timóteo esteve preso, mas fora libertado: Sabei que já está solto o irmão Timóteo (...). Embora o contexto exato não seja esclarecido, a tradição cristã afirma que ele se estabeleceu em Éfeso e morreu como mártir naquela cidade. Esta é a última menção ao seu nome nas Escrituras, encerrando uma vida dedicada ao serviço do Reino.

 2. O COMPANHEIRO DE PAULO
    A trajetória de Timóteo ao lado de Paulo reflete lealdade, compromisso e dedicação à causa do evangelho. Desde a segunda viagem missionária até sua participação nos desafios ministeriais de Roma, Timóteo destacou-se como um dos mais fiéis colaboradores do apóstolo, desempenhando papéis-chave na difusão da fé cristã.

2.1. O evangelho ultrapassa fronteiras
    Timóteo integrou a segunda viagem missionária, um mar- co na expansão das boas novas para o Ocidente. Após a visão do homem macedônio (At 16.9), Paulo, Silas e Timóteo par- tiram de Trôade (parte da atual- Turquia) para a Macedônia (atual Grécia), fundando igrejas em Filipos, Tessalônica e Bereia (At 16.10-12; 17.1-14). Este avanço missionário lançou as bases para o cristianismo na Europa, abrindo novos horizontes para os discípulos.

2.1.1. Um ministro entre povos e igrejas
    Em Filipos, Timóteo auxiliou Paulo e Silas no estabeleci- mento da igreja, enquanto em Tessalônica consolidou a obra antes de reencontrá-los em Bereia, fortalecendo os novos convertidos em meio às perseguições (At 16.12; 17.10-14).
    Enviado a Corinto como intermediário, Paulo o chamou de meu filho amado e fiel (1 Co 4.17; 16.10). Em Éfeso, foi comissionado a preparar as igrejas da Macedônia (At 19.22), sendo mencionado pela última vez, no Livro de Atos, em Trôade, onde aguardava o apóstolo (At 20.2-5).
    Mais tarde, durante a primeira prisão de Paulo em Roma (60-62 d.C.), Timóteo esteve ao seu lado, contribuindo na redação das epístolas aos filipenses, colossenses e a Filemom (Fp 1.1; Cl 1.1; Fm 1). Ele também levou encorajamento à igreja em Filipos em nome de Paulo (Fp 2.19-22), destacando-se como um colaborador fiel e incansável na obra missionária.
    Após a libertação de Paulo em Roma, Timóteo assumiu um papel crucial em Éfeso, confrontando falsos mestres e fortalecendo a igreja local (1 Tm 1.1-3).
_____________________________________
    Alguns estudiosos sugerem que Timóteo pode ter atuado como amanuense de Paulo nas cartas dirigidas aos colossenses (Cl 1.1), aos filipenses (Fp 1.1) e a Filemom (Fm 1), desempenhando o papel de secretário responsável por registrar a comunicação do apóstolo. Outros, contudo, consideram que sua menção nessas epístolas indica uma participação mais ativa, possivelmente como coautor, embora não haja consenso acadêmico sobre o tema. 
_____________________________________

2.2. A visão de Paulo sobre Timóteo
    A relação entre Paulo e Timóteo ultrapassa os papéis de mestre e discípulo. Apesar do temperamento exigente do apóstolo, o jovem conquistou sua confiança e admiração. Nas epístolas, Paulo destaca seu colaborador como servo de Jesus Cristo (Fp 1.1), meu filho amado e fiel (1 Co 4.17), irmão (Cl 1.1), cooperador (Rm 16.21) e ministro de Deus (1 Ts 3.2).

 3. A PRIMEIRA MISSÃO SOLO DE TIMÓTEO 
    Após anos ao lado de Paulo (At 16.1-3; 17.14,15; 20.4), Timóteo assumiu o desafio de liderar a igreja em Éfeso (1 Tm 1.1-4), uma das mais importantes da Ásia Menor. Essa nova etapa marcou sua transição de discípulo para líder, afirmando-o como figura-chave na comunidade cristã. Sob a orientação de Paulo e possivelmente com o apoio de João, ele enfrentou desafios com fé e dedicação, edificando a comunidade local.

3.1. Primeira carta de Paulo a Timóteo
    Paulo confiou a Timóteo a liderança da igreja em Éfeso, reconhecendo nele um futuro pastor capaz de enfrentar desafios complexos. A cidade, um centro de adoração à deusa Diana (ou Artemis; At 19.27,28) e importante polo comercial, era também um local estratégico para a expansão do evangelho (At 19.10). Por meio da primeira carta, Paulo ofereceu orientações práticas e espirituais, ajudando o jovem líder a solidificar sua autoridade e administrar a igreja com sabedoria (1 Tm 4.1-16).

3.2. Segunda carta de Paulo a Timóteo
    Mais experiente, mas ainda enfrentando desafios pessoais e ministeriais, Timóteo recebeu de Paulo uma segunda carta marcada por um tom afetuoso e íntimo. Escrita durante a segunda prisão do apóstolo em Roma, sob o governo de Nero (54-68 d.C.), a epístola revela o profundo amor e a preocupação de Paulo por seu fiel discípulo (2 Tm 2.1,3,5,6,15,20,24).
    Nesse contexto, Paulo encorajou seu filho na fé a perseverar com coragem e determinação, superando eventuais inseguranças e inexperiência (2 Tm 1.7). Esta carta, considerada a última do apóstolo, destaca a importância da fidelidade à Palavra e do preparo espiritual para enfrentar tempos de ad- versidade.

3.3. João e Timóteo: possível parceria ministerial
    Fontes históricas do segundo século situam o apóstolo João em Éfeso após seu exílio em Patmos, ministrando pela província da Ásia entre 70-100 d.C. (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2010b, p. 756). Embora não haja evidências bíblicas de que João e Timóteo tenham atuado simultaneamente na cidade, alguns estudiosos sugerem que João se tornou um forte aliado na liderança daquela igreja após seu retorno. Esta possível colaboração reflete a relevância estratégica dessa região como centro do cristianismo na Ásia Menor.

 4. LIÇÕES DA VIDA DE TIMÓTEO PARA A JORNADA DE FÉ 
4.1. A herança da fé: transmitindo valores eternos
    A fé de Timóteo foi moldada por sua mãe, Eunice, e sua avó, Loide, mulheres piedosas que lhe ensinaram as Escrituras desde a infância (2 Tm 1.5; 3.15). Essa herança espiritual nos lembra da importância de transmitir valores eternos às futuras gerações, cultivando um legado de amor e obediência a DEUS. Assim como Timóteo foi capacitado por essas influências, também somos chamados a impactar vidas por meio do exemplo e do ensino.

4.2. Fidelidade em meio aos desafios: perseverando na missão
    Timóteo enfrentou desafios culturais, espirituais e até físicos em seu ministério (1 Tm 4.12; 5.23; 2 Tm 1.7). Contudo, sua perseverança reflete a força que vem de uma vida entregue ao propósito divino. Como ele, somos chamados a permanecer fiéis, mesmo quando as circunstâncias nos testam, confiando na graça de DEUS para cumprir nossa missão.

4.3. Servindo com humildade e coragem: o exemplo de um cooperador fiel
    Timóteo nunca buscou glória pessoal, mas serviu como cooperador leal de Paulo, aceitando responsabilidades com humildade e disposição (Rm 16.21; 1 Co 4.17). Ele nos inspira sermos servos fiéis, agindo com coragem, mesmo em tarefas difíceis. Nossa maior honra é servir ao Senhor e ao próximo com dedicação e amor.

4.4. Lealdade e parceria: fortalecendo relacionamentos no Reino de Deus
    O pedido de Paulo para que Timóteo levasse sua capa, livros e pergaminhos até a prisão (2 Tm 4.13) reflete a confiança construída ao longo de anos de fidelidade e serviço. Não sabemos se Timóteo conseguiu estar com Paulo antes de sua execução, mas inspira-nos pensar que isso pode ter ocorrido.
Timóteo não era apenas um colaborador, mas um amigo próximo, escolhido para uma tarefa pessoal em um momento de necessidade. Essa ligação destaca o valor da lealdade, que gera relacionamentos sólidos e suporte mútuo. Assim como Timóteo, somos chamados a agir com integridade, responsabilidade e comprometimento em nosso serviço a Deus e ao próximo.

4.5. Liderança sob a perspectiva de Deus: confiando no chamado
    Mesmo jovem e com pouca experiência, Timóteo foi encarregado de liderar a igreja em Éfeso (1 Tm 1.3). O reconhecimento de Paulo por sua capacidade nos ensina que a liderança cristã não depende de critérios humanos, mas da disposição de obedecer ao chamado divino. Devemos abraçar com fé as oportunidades que o Senhor nos concede, confiando que Ele nos dá as habilidades necessárias para cumprir nossa missão.

CONCLUSÃO
    De uma prisão fria em Roma, já idoso e ciente de sua execução iminente, Paulo escreve com ternura e urgência: Procura vir ter comigo depressa (2 Tm 4.9), talvez sua última oportunidade de contato com o jovem discípulo. Essa mensagem ecoa uma verdade sobre as grandes obras do Reino: permanecem úteis até o último suspiro, queridos até a última hora e dignos de receber a última palavra. Louvemos a DEUS pela vida de Timóteo, um ícone da nova aliança que inspira gerações.

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quem foi responsável pela educação religiosa de Timóteo? 
R.: Sua mãe, Eunice, e sua avó, Loide

Fonte: Revista Central Gospel

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR JOVENS - Lição 11 / 2º Trim 2025

A JUSTIÇA DE DEUS
 ___/ ___/ _____

Texto de Referência: Sl 9.8 

VERSÍCULO DO DIA
“Defendei o pobre e o órfão; fazei justiça ao aflito e necessitado.”, Sl 82.3

VERDADE APLICADA 
Deus é justo: recompensa os retos e corrige e disciplina os que se desviam dos seus propósitos. 

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Destacar que a justiça de Deus está voltada para os retos;
✔ Enfatizar que Deus é o justo juiz;
✔ Mostrar que a justiça de Deus é repleta de misericórdia.

MOMENTO DE ORAÇÃO  
Oremos para que a nossa justiça não seja como a dos fariseus mas, como a divina.

LEITURA SEMANAL
Seg Dt 32.4 Todos os caminhos de Deus são justos.
Ter Sl 51.11,12 Há abrigo em Deus para o justo.
Qua Jó 37.23 O Todo-Poderoso em Sua justiça não oprime ninguém.
Qui Sl 35.28 A nossa língua deve proclamar a justiça de Deus. 
Sex 2Tm 4.8 O homem será julgado pelo Justo Juiz
Sáb Sl 36.6 A justiça é firme como as altas montanhas.

INTRODUÇÃO  
Os cristãos, conhecedores das Sagradas Escrituras, testemunham acerca da bondade e da misericórdia de Deus. Os salmistas apregoam que Deus não é apático ao sofrimento do Seu povo. O Salmo 146, verso 7, nos apresenta um Deus que intervém na história para fazer justiça aos retos e enquanto corrige e disciplina outros (Pv 3.12).

Ponto-Chave 
“Deus é bom e justo com todos.”. 

1. A JUSTIÇA DIVINA
No Salmo 103, verso 6, a narrativa do salmista afirma que Deus, é justo e se preocupa em fazer justiça por nós. “O Senhor faz justiça e juízo a todos os oprimidos”. Por isso, precisamos ter fé nEle, pois a Sua justiça adéqua o que é de direito a cada um.

1.1. A justiça de Deus está voltada para os retos
Caminhando com Davi, através dos Salmos, observamos que ele trilha um caminho, a fim de nos mostrar que, se queremos de fato, ver o semblante de Deus, precisamos viver em retidão de vida, pois o Senhor está com o Seu rosto voltado para os retos (Sl 11.7). Neste ponto, cabe uma interrogação: por que o Senhor está com Seu rosto voltado para os retos? A busca de uma captação mais abrangente sobre o tema, apresenta-nos que coração reto não é o coração com que a pessoa nasce, mas um novo coração recebido pelo Espírito Santo (Ez 36.26). Diante disso, andemos, pois, retamente e em novidade de vida, para que não nos tornemos réus do juízo divino.

1.2. O juízo divino visto nos Salmos
No Salmo 50, Asafe começa apresentando o Senhor, o Deus Poderoso, e faz um chamado para reconhecê-Lo como Juiz de todos (Sl 50.1). Deixar de trilhar o caminho que conduz à vida eterna, faz com que o juízo de Deus recaia sobre o Seu povo. Ele convoca a terra e o céu como testemunhas para assistirem ao julgamento do Seu povo (Sl 50.4-6). Os seis primeiros versos deste Salmo destacam
a soberania universal de Deus, Sua majestosa santidade e sua ira no julgamento dos homens. Este Salmo exibe o embate entre o justo e o ímpio aos olhos de Deus.

Refletindo 
"Fala-se muito do amor de Deus, mas pouco da Sua justiça. Por isso, muitos têm uma visão muito baixa de Deus e estão cegos para o seu pecado.”
Paul Washer

2. DEUS É O JUSTO JUIZ
Baseando-nos na Palavra de Deus, podemos dizer que o Senhor é um Juiz que pune quando é necessário (Rm 12.19). No livro dos Salmos, Davi pede a Deus que não o repreenda quando estiver irado e nem o castigue no Seu furor (Sl 6.1). Como se vê, o Senhor é o Juiz de todas as pessoas; dando aos arrogantes o que eles merecem (Sl 94.1,2).

21. Não duvide da justiça do Justo Juiz
No Salmo 73, a prosperidade dos ímpios leva Asafe a duvidar da justiça do Justo Juiz; essa aparente injustiça o faz ficar confuso (Sl 73.2,3). Posteriormente, Asafe, estando no Templo, entendeu o que acontecerá com os maus (Sl 73.17). Nesta ordem de ideias, Asafe compreende que os ímpios serão destruídos num momento e terão um fim apavorante (Sl 73.18.19). Como podemos ver, O salmista desaprova seu próprio equívoco em duvidar do Justo Juiz (Sl 73.21-24). Por fim, ele destaca sua lealdade a Deus, dizendo como é bom estar perto dEle e poder anunciar todas as Suas obras (Sl 73.28).

2.2. O Justo Juiz recompensa os que fazem uso da justiça
No livro dos Salmos, Davi dirigiu o seu olhar investigador de como Deus irá recompensar os justos. No Salmo 58, verso 11, vemos o poeta dizendo que as pessoas dirão que, de fato, existe um Deus que recompensa os bons (Sl 58.11). Davi mostra que, mesmo quando ninguém reconhece atos nobres, praticados pelo homem o Senhor os testemunha e o recompensará. Assim, é de vital importância entender que os julgamentos de Deus são justos e sempre se baseiam na verdade (Sl 19.9). A Palavra de Deus prevê uma recompensa para os justos, para aqueles que temem Deus. O profeta Malaquias escreveu que o povo de Deus assistirá a diferença entre o que acontece com as pessoas boas e as pessoas, más (Ml 3.18).

3. O DEUS FAZ JUSTIÇA POR NÓS
Os maus não ficarão sem punição, pois Deus faz justiça por nós. Quando assim afirmamos, demonstramos crer na justiça de divina. Deus não é indiferente à pratica de injustiças!

3.1. A justiça de Deus transborda misericórdia
O salmista afirma que a justiça de Deus é repleta de misericórdia, pois Ele tem compaixão de nós (Sl 116.5). Entretanto, a misericórdia e a justiça caminham juntas. Ambas devem atuar em concordância. A justiça de Deus é misericordiosa e a misericórdia de Deus é justa. O salmista descreve que Deus é bondoso com todos e cuida com carinho de todas as Suas criaturas (Sl 145.9). Não podemos deixar de lembrar que Deus, através da Sua justiça e misericórdia, ama tudo o que é certo e justo, Seu amor cabe à todos, engloba a todos e quer chegar a todos (Sl 33.5),

3.2. O verdadeiro conceito de justiça
O conceito de justiça sempre ocupou um lugar destacado entre os salmistas. Se prestarmos atenção, veremos que, particularmente no livro dos Salmos, o conceito de justiça se sobressai aos demais livros da Bíblia pela assiduidade com que mencionam a justiça divina. Citamos como exemplo o Salmo 82, verso 8, onde o salmista estabelece uma relação da justiça divina em julgar as nações através de um sucinto pedido, para que Deus governasse o mundo, pois todas as nações são dEle. Já no Salmo 97, verso 8, há um convite à todos os povos para se alegrarem diante do reinado justo do Senhor.

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR 
Uma das qualidades da Lei do Senhor é a justiça (SI 119.75). A justiça está ligada a ideia de legitimidade. O salmista afirma que os juízos de Deus não estão amparados apenas na legalidade, mas também na legitimidade. A legalidade está relacionada a seguir determinados procedimentos, já a legitimidade é o princípio que direciona a se observar determinados valores. Podemos ter leis que seguem o procedimento, mas não observam os valores da sociedade em que foram inseridas. Não obstante, a Lei do Senhor é justa. Ela expressa a bondade e a benignidade de Deus para com Sua criatura. Ela visa o bem; visa construir o caráter do ser humano e não destruí-lo. Há, na Bíblia, diversos exemplos de leis injustas, como o decreto estabelecido pelo rei Dario, cujo pano de fundo consistiu em uma trama para destruir Daniel (Dn 6.5-9).
Fonte: (Pastor Adriel Gonçalves do Nascimento. Revista Betel Dominical 2º Trimestre de 2020 - Lição 8).

CONCLUSÃO
As considerações feitas sobre justiça nos fazem perceber que, sem Deus, não há justiça. O Apóstolo Paulo escreveu sobre o assunto dizendo: “E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem”, Rm 2.2.

Complementando
Herman Bavink em sua obra “Dogmática Reformada”(2012) diz que a justiça de Deus é simultaneamente a manifestação da Sua Graça (Sl 116.5). Convêm ressaltar que, o perdão dos pecados é dividido à justiça divina, onde por intermédio do sacrifício de Cristo fomos justificados pela justiça de Deus, que nos religou novamente ao Pai Celestial.

Eu ensinei que:
O julgamento de Deus é segundo a Sua verdade e justiça. O resultado disso é que a justiça de Deus é completa que você não precisa se movimentar, deve somente entregar suas preocupações nas mãos dEle.

Fonte: Revista Betel Conectar

Subsídio da Lição 11

terça-feira, 10 de junho de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 11 / 2º Trim 2025


AULA EM 15 DE JUNHO DE 2025 - LIÇÃO 11

(Revista Editora Betel)

Tema: A participação das mulheres no ministério de Jesus



TEXTO ÁUREO
"Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Susana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas", Lucas 8.3.

VERDADE APLICADA
O Senhor chama mulheres e homens, a quem capacita com o poder do Espírito Santo e usa na grande obra de evangelização e edificação da Igreja.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Reconhecer o amor das mulheres pelo Evangelho de Jesus
Ressaltar a importância das mulheres para o Ministério terreno de Jesus
Saber que Jesus valorizou as mulheres tanto quanto os homens.
  
TEXTOS DE REFERÊNCIA

MATEUS 26
6. E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, 
7. Aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com unguento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa. 

LUCAS 8 
1. E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele, 
2. E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios, 
3. Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Susana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | At 16.15 Um exemplo de caridade.
TERÇA | At 5.3-5 Mentira, uma atitude reprovável.
QUARTA | Lc 7.44-47 Jesus valorizou as mulheres.
QUINTA | Lc 13.16 Jesus libertou mulheres.
SEXTA | Mc 12.44 Pobre em dinheiro, rica em amor.
SÁBADO | Lc 8.2,3 As mulheres serviam a Jesus com bens e serviço.

HINOS SUGERIDOS: 409, 225, 372

INTRODUÇÃO 
Professor(a), temos aqui uma lição que sai do usual, pois fala de algo que não é comum de se explorar na Escola Dominical, que é o trabalho feminino no Reino de Deus, mais especificamente no ministério de Jesus. Neste subsídio eu vou abordar como acréscimo para a aula, alguns assuntos como o “suposto” machismo do apóstolo Paulo, o exemplo de algumas irmãs e como isso pode ser aplicado hoje. 
Nesta lição, veremos que a participação das mulheres foi relevante tanto para o Ministério de Jesus na terra quanto para o início da formação e das atividades da igreja nos tempos apostólicos. Tal realidade contrastava com a tendência de desprezo pelas mulheres daqueles tempos. Mas a graça de Deus e o poder do Espírito Santo se manifestam em mulheres e homens; pois, em Cristo, somos um (Gl 3.28). Já nesta introdução podemos ver como Jesus trabalhou de forma diferente do que a realidade de Sua época, pois a mulher era tratada pela sociedade masculina como objeto, algo impensável para os dias atuais. Hoje, se analisarmos as questões do tempo da Igreja Primitiva, com a visão moderna, consideraremos a Bíblia como retrógrada e machista, mas Jesus quebra os paradigmas, como veremos na lição.

1- As mulheres no Ministério de Jesus
As primeiras discípulas não só seguiam a Cristo como também contribuíam com seus próprios recursos com o Ministério dEle. Joana, Susana e outras mulheres, por exemplo, serviam ao Mestre com suas fazendas (Lc 8.1-3). Certamente, a disponibilidade em servir e contribuir com seus bens foi uma expressão de gratidão e amor por terem sido abençoadas por Jesus Cristo com acolhimento, perdão, libertação e cura. Essas mulheres se tornaram auxiliadoras do Senhor, trabalhando sempre nos bastidores, sendo mencionadas poucas vezes como podemos destacar nos evangelhos.

1.1 O papel das mulheres no Ministério.
As mulheres tiveram um papel tão importante no Ministério terreno de Jesus que são citadas nos quatro evangelhos (Mt 27.55,56). Entretanto, Lucas é o evangelista que dá a abordagem mais detalhada sobre essa contribuição, inclusive citando Maria, mãe de Jesus; Isabel, mãe de João, o Batista; As mulheres que eram cooperadoras de Jesus e que Lucas cita diretamente são estas:

"2 E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios;
3 E Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens.", Lucas 8.2,3

Note que Lucas ainda afirma que muitas outras mulheres seguiam Jesus e auxiliavam seu ministério, as quais não são mencionadas.
Ana, a profetisa; a sogra de Pedro; a viúva de Naim; a mulher que ungiu os pés de Jesus; Joana, a mulher de Cuza; Susana; a mulher do fluxo de sangue; a filha de Jairo; Marta e Maria de Betânia; a mulher paralítica e Maria Madalena (Lc 1.5-25,57-80; 2.36-38; 4.37-39; 7.11-15,36-50; 8.1- 3, 43-56; 10.38-42; 13.10-16; 24.10). As menções que Lucas faz sobre a sogra de Pedro e algumas outras são esporádicas, não ficando claro se elas sempre auxiliavam ou se aconteceu somente uma ou duas vezes:

"E, inclinando-se para ela, repreendeu a febre, e esta a deixou. E ela, levantando-se logo, servia-os.", Lucas 4.39

No entanto, podemos inferir que como Jesus sempre passava por ali e estava sempre na casa de Pedro, é possível que sua sogra sempre lhe auxiliasse.


Para adquirir este subsídio completo, siga as instruções abaixo:
 
ATENÇÃO: PARA RECEBER ESSE SUBSÍDIO COMPLETO SIGA ESSES DOIS PASSOS SIMPLES:

1. ENVIE UMA PEQUENA CONTRIBUIÇÃO DE R$ 3,00 PARA A CHAVE PIX 48998079439 (Marcos André)
2. ENVIE O COMPROVANTE OU INFORME O PAGAMENTO PARA O CONTATO WHATSAPP 48 998079439

Obs: lhe enviaremos O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL, os arquivos PDF e editável do subsídio, para o whats ou email.

Se desejar, pode fazer um único pix e deixar agendado as próximas lições!
___________________________________________________________

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 11 / 2º Trim 2025


AULA EM 15 DE JUNHO DE 2025 - LIÇÃO 11
(Revista Editora CPAD)
Tema: A INTERCESSÃO DE JESUS PELOS DISCÍPULOS


TEXTO ÁUREO
“E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (Jo 173)

VERDADE PRÁTICA
A oração que Jesus fez ao Pai em favor de si próprio, dos seus discípulos e da sua Igreja ressoa ainda nos dias atuais.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Jo 17.1-5 Uma oração que revelou o coração do Pai
Terça – Hb 4.14-16 O sumo-sacerdócio de Jesus diante do Pai
Quarta – 1 Pe 2.5,9 O ministério sacerdotal dos salvos em Cristo
Quinta – Ef 5.1,2 Imitando a Deus à luz do ministério do Senhor Jesus
Sexta – Sl 133.1-3 A vida em unidade na Igreja de Deus
Sábado – Jo 17.13-19 Jesus intercede pela santidade dos discípulos

Hinos Sugeridos: 125, 305, 516 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 17.1-3; 11-17

João 17
1 -Jesus falou essas coisas e, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti, 
2 - assim como lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste. 3~E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste. 
11 - E eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. 
12 - Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse. 
13 - Mas, agora, vou para ti e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos. 
14 - Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. 
15 - Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. 
16 - Não são do mundo, como eu do mundo não sou. 
17 - Santifica-os na verdade; a tua Palavra é a verdade.

INTRODUÇÃO 
Professor(a), esta lição fala de uma oração por Jesus em favor dos discípulos, e neste subsídio eu busco ressaltar a divindade de Jesus expressa em Suas palavras nesta oração. E neste trabalho também aponto o cuidado de Cristo por Sua Igreja. 
Na presente lição, iremos explorar João 17. Este capítulo descreve a oração mais significativa que o nosso Senhor fez em benefício de si mesmo, ou seja, a sua glorificação, bem como a dos seus discípulos e dos cristãos que viriam a crer num futuro próximo. A oração sacerdotal de Jesus é uma importante lição sobre a unidade do povo de Deus no seu Reino e o propósito de promover o Evangelho de Jesus no mundo. Na verdade, com tudo o que Jesus falou até aquele momento e os pedidos que Ele faz nessa oração, demonstram que o Mestre desejava cumprir a Sua missão e fortalecer os discípulos, tanto aqueles como os que viriam depois, a fim de cumprirem também a missão da Igreja. Por isso vemos Jesus clamando assim:

"Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim;", João 17.20

Assim, podemos dizer que Jesus estava intercedendo não somente por aqueles discípulos, mas por toda a Igreja que seria enviada ao mundo.

I - A ORAÇÃO DE JESUS E SUA GLORIFICAÇÃO

1- A oração de Jesus
Entre todas as orações do Senhor documentadas nos Evangelhos, é indiscutível que foi João quem relatou, possivelmente, a mais elevada oração de Jesus (17.1-26). No início de João 17.1 está escrito: “Jesus falou essas coisas”. Essa frase remete ao discurso do Senhor sobre a vinda do Espírito como Consolador, conforme estudado anteriormente (Jo 16.13). Certamente o local onde o Senhor se encontrava era o mesmo em que partilhou a Última Ceia com seus discípulos. Com certeza, o contexto da oração é o mesmo do discurso que Jesus já vinha falando com os Seus discípulos, ou seja, a oração de Jesus é o encerramento de Seu discurso. E aquelas últimas instruções de Jesus a Seus apóstolos aconteceu logo ao terminar a Última Ceia, veja o momento em que inicia:

"30 E, tendo Judas tomado o bocado, saiu logo. E era já noite.
31 Tendo ele, pois, saído, disse Jesus: Agora, é glorificado o Filho do Homem, e Deus é glorificado nele", João 13.30,31

Por essa passagem podemos entender que Jesus e os discípulos não saíram para lugar nenhum, e ao final de Seu discurso Jesus faz essa oração por eles ali mesmo.
Em relação à oração de Jesus no capítulo 17, os estudiosos costumam se referir a ela como “A Oração Intercessória”, “A Oração Sacerdotal de Jesus” ou “A Oração da Consagração”. Nosso Senhor apresentou essa oração em, pelo menos, três partes: Ele orou por si mesmo (Jo 17.1-8), intercedeu pelos seus discípulos (Jo 17.9-19) e, também, fez uma oração pela Igreja futura (Jo 17.20-26). Todo o capítulo 17 de João mostra a oração sacerdotal, onde Ele pede que o Senhor o restaure à posição de glória que havia deixado; para os discípulos Ele pede que o Pai os ajudem a serem unidos e livres da maldade do mundo; para a Igreja futura Ele pede que seja unida em Deus para testemunhar ao mundo.

=> Para adquirir este subsídio completo, siga as instruções abaixo:


ATENÇÃO: PARA RECEBER ESTE SUBSÍDIO COMPLETO SIGA ESTES DOIS PASSOS SIMPLES:

1. ENVIE UMA PEQUENA CONTRIBUIÇÃO DE R$ 3,00 PARA A CHAVE PIX 48998079439 (Marcos André)

2. ENVIE O COMPROVANTE OU INFORME O PAGAMENTO PARA O CONTATO WHATSAPP 48 998079439

Obs: lhe enviaremos O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL, os arquivos PDF e editável do subsídio, para o whats ou email.

Se desejar, pode fazer um único pix para todas as lições do trimestre e deixar agendado conosco!
___________________________________________________________

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

sábado, 7 de junho de 2025

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 11 / 2º Trim 2025


A participação das mulheres no ministério de Jesus
15 de Junho de 2025



TEXTO ÁUREO
"Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Susana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas", Lucas 8.3.

VERDADE APLICADA
O Senhor chama mulheres e homens, a quem capacita com o poder do Espírito Santo e usa na grande obra de evangelização e edificação da Igreja.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Reconhecer o amor das mulheres pelo Evangelho de Jesus
Ressaltar a importância das mulheres para o Ministério terreno de Jesus
Saber que Jesus valorizou as mulheres tanto quanto os homens.
  
TEXTOS DE REFERÊNCIA

MATEUS 26
6. E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, 
7. Aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com unguento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa. 

LUCAS 8 
1. E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele, 
2. E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios, 
3. Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Susana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | At 16.15 Um exemplo de caridade.
TERÇA | At 5.3-5 Mentira, uma atitude reprovável.
QUARTA | Lc 7.44-47 Jesus valorizou as mulheres.
QUINTA | Lc 13.16 Jesus libertou mulheres.
SEXTA | Mc 12.44 Pobre em dinheiro, rica em amor.
SÁBADO | Lc 8.2,3 As mulheres serviam a Jesus com bens e serviço.

HINOS SUGERIDOS: 409, 225, 372

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que Deus continue a levantar mulheres que contribuam para o Reino.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos que a participação das mulheres foi relevante tanto para o Ministério de Jesus na terra quanto para o início da formação e das atividades da igreja nos tempos apostólicos. Tal realidade contrastava com a tendência de desprezo pelas mulheres daqueles tempos. Mas a graça de Deus e o poder do Espírito Santo se manifestam em mulheres e homens; pois, em Cristo, somos um (Gl 3.28).
 
PONTO DE PARTIDA – A contribuição das mulheres para o Ministério de Jesus.

1- As mulheres no Ministério de Jesus
As primeiras discípulas não só seguiam a Cristo como também contribuíam com seus próprios recursos com o Ministério dEle. Joana, Susana e outras mulheres, por exemplo, serviam ao Mestre com suas fazendas (Lc 8.1-3). Certamente, a disponibilidade em servir e contribuir com seus bens foi uma expressão de gratidão e amor por terem sido abençoadas por Jesus Cristo com acolhimento, perdão, libertação e cura.

1.1 O papel das mulheres no Ministério.
As mulheres tiveram um papel tão importante no Ministério terreno de Jesus que são citadas nos quatro evangelhos (Mt 27.55,56). Entretanto, Lucas é o evangelista que dá a abordagem mais detalhada sobre essa contribuição, inclusive citando Maria, mãe de Jesus; Isabel, mãe de João, o Batista; Ana, a profetisa; a sogra de Pedro; a viúva de Naim; a mulher que ungiu os pés de Jesus; Joana, a mulher de Cuza; Susana; a mulher do fluxo de sangue; a filha de Jairo; Marta e Maria de Betânia; a mulher paralítica e Maria Madalena (Lc 1.5-25,57-80; 2.36-38; 4.37-39; 7.11-15,36-50; 8.1- 3, 43-56; 10.38-42; 13.10-16; 24.10).

Bispo Abner Ferreira: "Deus não criou a mulher apenas para que seja auxiliadora do homem, mas para participar ativamente na edificação e propagação da Sua obra. Prova disso é a quantidade de mulheres que se dedicaram, em todos os tempos, ao trabalho da Casa de Deus: orando, liderando e "servindo com suas fazendas" Portanto, assim como as mulheres mostraram amar mais ao Senhor que aos seus bens, devemos ter um coração cheio de gratidão pelo que o Senhor tem feito por nós. Um coração grato atrai o favor de Deus!"

1.2. Servir é um ato de gratidão. 
Algumas mulheres que serviam ao Ministério de Jesus tinham sido libertas de espíritos malignos e curadas de enfermidades; talvez por gratidão, elas passaram a servir a Jesus também com seus bens (Lc 8.3). Essa atitude mostra que elas reconheceram a importância de investir nas coisas de Deus, no que é eterno, porque experimentaram o benefício de viver livre da dor e do sofrimento que carregavam. Além disso, Jesus deu visibilidade às mulheres em uma sociedade que as maltratava e ignorava.

Bispo Abner Ferreira: "Por muito tempo, as mulheres foram postas de lado na sociedade e tratadas como pessoas de uma classe inferior. Na época em que a Bíblia foi escrita, os costumes de muitos povos refletiam seu modo de pensar. Entretanto, Jesus Cristo as tratou de modo simples e gentil. As mulheres, que antes eram discriminadas pela sociedade, encontram em Jesus a revelação do amor de Deus".

1.3. A relevância das mulheres no Ministério de Jesus. 
Maria Madalena, Joana, Susana e outras mulheres seguiam a Jesus, participando ativamente do Seu Ministério terreno. Enquanto o Mestre e Seus discípulos se dedicavam à pregação do Evangelho, aquelas valorosas mulheres lhes forneciam apoio, inclusive material e financeiro (Lc 8.1-3). Elas foram importantes para a divulgação da mensagem de Jesus, como ressalta Bispo Abner Ferreira (2019, p. 58): "Percebemos, hoje em dia, que por trás de muitos pastores sempre há valorosas mulheres os ajudando; seja com intercessão, seja com bens. Não podemos negar a vital importância das mulheres e suas contribuições para a Obra do Senhor".

Comentário Bíblico Beacon: "O Evangelho de Lucas é o `Evangelho das mulheres: Aqui vemos um exemplo deste fato. Lucas nos informa que algumas mulheres tinham papel vital no ministério evangelizador de Jesus. Cada uma delas tinha uma razão especial para ser muito grata a Cristo, e para se sentir devedora dele. Elas haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades".

EU ENSINEI QUE:
Jesus trouxe dignidade e visibilidade às mulheres em uma sociedade que frequentemente as desvalorizava e ignorava.

2- Jesus e as mulheres 
Lucas evidenciou a importância de algumas mulheres para o Ministério de Jesus, a exemplo de Joana, Marta e Maria.

2.1. Nos passos de Jesus.
Joana serviu a Jesus com seus bens (Lc 8.3). Ela fazia parte da elite do primeiro século, pois era esposa de Cuza, um dos oficiais de Herodes Antipas, governador da Galileia. Provavelmente, Susana estava junto com as mulheres que foram ao túmulo de Jesus, tendo testemunhado aos outros discípulos, juntamente com Maria Madalena, sobre a Ressurreição (Lc 23.55; 24.10). Os relatos em Atos também mostram a presença de mulheres entre os que se convertiam ao ouvir o anúncio da Palavra de Deus (At 17.4,12).

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal: "Joana era esposa de Cuza, que era procurador de Herodes (ou administrador). Este homem pode ter ficado encarregado de uma das propriedades de Herodes Antipas. Joana também é mencionada em Lc 24.10 como uma das mulheres que, juntamente com Maria Madalena, avisou os discípulos da ressurreição de Jesus. Além disto, nada se sabe dela; o marido de Joana é mencionado somente aqui. Talvez os leitores gentios de Lucas conhecessem este homem e a natureza do seu cargo".

2.2. Marta, a hospitaleira.
A hospitalidade é uma característica da vida cristã, pois expressa fraternidade, amor e cuidado com o outro (1 Pe 4.9). Marta, irmã de Lázaro e de Maria, é um exemplo de crente que oferece o que tem de mais valioso a Jesus. No caso dela, o próprio lar (Lc 10.38). Talvez Marta tenha se preocupado demais em sua hospitalidade, mas a verdade é que ela se empenhou para dar a melhor acolhida possível a Jesus e Seus discípulos (Jo 12.2).

Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal: "A hospitalidade é uma arte. Certificar-se de que um hóspede seja bem recebido, aquecido e bem alimentado, requer criatividade, organização e trabalho de equipe. Sua capacidade de alcançar esses objetivos faz de Maria e de sua irmã, Marta, uma das melhores equipes de hospitalidade da Bíblia. Seu hóspede era Jesus Cristo".

2.3. Maria, a agradecida.
Maria de Betânia, irmã de Lázaro, usou um frasco cheio de um perfume muito caro, feito de nardo puro, para ungir os pés de Jesus. Depois, ela enxugou os pés do Mestre com os próprios cabelos, deixando toda a casa perfumada (Jo 12.3). Isso aconteceu após Jesus ter ressuscitado Lázaro, irmão de Maria, então ela mostrou sua gratidão ao ungir os pés de Jesus com um perfume bastante caro. Além disso, com essa atitude, Maria reconheceu a Jesus como Messias e Rei.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal: "Este perfume era feito de uma erva aromática (nardo) das montanhas da Índia, importado em garrafas de alabastros. Este caro artigo importado tinha tanto valor que as pessoas usavam para fins de investimento, como o ouro é frequentemente usado em nossos dias. Maria pode ter ungido Jesus como o seu Messias Real. Ela derramou o melhor que pôde encontrar. O preço não é a questão central, mas uma expressão sincera de fé é amor".

EU ENSINEI QUE: 
A hospitalidade é uma característica da vida cristã.

3- O papel das mulheres na Igreja Primitiva
O NT traz vários registros sobre a presença de mulheres entre os muitos convertidos e a participação delas entre os comprometidos com o exercício do ministério cristão; contribuindo, assim, para a disseminação da Palavra de Deus e a edificação da Igreja. Num tempo marcado pela tendência a desprezar as mulheres, escreveu Paulo: "todos vós [mulheres e homens] sois um em Cristo Jesus"; Gl 3.28.

3.1. Maria, um grande coração.
Maria, mãe de João Marcos, é mencionada uma única vez na Bíblia (At 12.12). Mesmo em meio à perseguição empreendida por Herodes Agripa aos cristãos, ela abriu as portas de sua casa e acolheu os crentes. É possível que Maria fosse rica ou tivesse uma condição financeira privilegiada, pois sua casa era grande o suficiente para abrigar a congregação de Jerusalém, além de contar com a ajuda de Rode, sua empregada. Foi para a casa da mãe de João Marcos que Pedro se dirigiu quando ficou livre da prisão de maneira milagrosa (At 12.13-17).

Comentário Bíblico Beacon: "Na casa da mãe de João Marcos, muitos estavam reunidos e oravam. A implicação é que o pai de Marcos já tivesse morrido, mas que a sua mãe possuía uma casa suficientemente grande para servir como lugar de reunião para uma congregação cristã em Jerusalém. Também é perfeitamente possível que o grande cenáculo desta casa (um amplo piso superior para convidados) tenha sido o local onde a última Ceia foi celebrada, e onde aconteceu o Pentecostes".

3.2. Dorcas, uma mulher admirável.
Tabita, cujo nome em grego é Dorcas, que significa gazela, vivia em Jope. Ela foi uma mulher fiel a Deus, que deixou um bom exemplo de como viver a vida cristã: "usava todo o seu tempo fazendo o bem e ajudando os pobres", At 9.36. Dorcas era uma excelente costureira, e usava esse talento recebido de Deus em benefício dos outros (At 9.39). Ela era muito querida pelas pessoas da cidade por sua generosidade e seu coração abençoador.

Bispo Abner Ferreira: "Dorcas era uma serva que ajudava os mais pobres. Ela expressava piedade e amor ao Senhor cuidando dos necessitados. Muitas pessoas usavam as roupas feitas gratuitamente por Dorcas, por isso todos gostavam muito dela. Dorcas amava o Senhor Jesus e fazia tudo com amor e boa vontade".

3.3. Lídia, um exemplo de hospitalidade.
Logo após ter sido batizada, juntamente com sua família, Lídia hospedou Paulo e Silas em sua casa, demonstrando disposição para servir a Jesus (At 16.15). O exemplo que podemos tirar da vida de Lídia é que devemos fazer tudo como se fosse para Deus (Cl 3.23). Ela investiu bens, tempo e amor no serviço à Igreja de Cristo (Ef 6.6,7), tornando-se importante para os irmãos da Igreja Primitiva.

Pr. David Cabral: "Lídia colocou em primeiro lugar o seu Senhor e, em segundo plano, o seu trabalho de subsistência. Tornou o seu lar um centro de hospitalidade e glorificação a Deus. (...) A hospitalidade é uma virtude recomendada na Bíblia. Ela é importante porque é uma forma prática de doar a si mesmo (Gl 6.9,10). Quem serve ao seu semelhante está servindo a Deus".

EU ENSINEI QUE:
Jesus integrou as mulheres em Seu ministério, reconhecendo seu valor e participação ativa na obra de Deus.

CONCLUSÃO
As mulheres da Igreja Primitiva tiveram um papel importante na expansão do Reino de Deus. Jesus permitiu que elas convivessem com Ele e Seus discípulos em um ambiente de respeito e amor fraternal, o que certamente despertou nelas um senso de utilidade nunca experimentado. Por amor e gratidão, aquelas mulheres abençoaram o Ministério terreno de Jesus até o fim, enquanto O seguiam.
  

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)


sexta-feira, 6 de junho de 2025

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 10 / ANO 2- N° 5

João Marcos, um Legado de Restauração e Perseverança
__/___/____


TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Atos 12.12,25
12 - E, considerando ele nisso, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam.
25 - E Barnabé e Saulo, havendo terminado aquele serviço, voltaram de Jerusalém, levando também consigo a João, que tinha por sobrenome Marcos.

Atos 15.37-39
37 - E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado Marcos.
38 - Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela obra.
39 - E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre.

Colossenses 4.10
10 - Aristarco, que está preso comigo, vos saúda, e Marcos, o sobrinho de Barnabé, acerca do qual já recebestes mandamentos; se ele for ter convosco, recebei-o.

TEXTO ÁUREO
(...) Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.
2 Timóteo 4.11b

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Atos 12.12-25
Marcos sai de Jerusalém
3ª feira - Atos 13.1-13
Marcos volta para Jerusalém
4ª feira - Atos 15.10-40
Marcos encontra apoio em Barnabé
5ª feira - Colossenses 4.1-10
Mostras da reconciliação
6ª feira - 2 Timóteo 4.1-11
Marcos, útil para o ministério
Sábado - 1 Pedro 5.1-13
Marcos, o pupilo de Pedro

OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
reconhecer que João Marcos, mesmo sem ter convivido diretamente com Jesus, destacou-se como um dos grandes confessores da fé cristã;
identificar os eventos marcantes do ministério de João Marcos que o tornaram um personagem singular na história do cristianismo;
compreender a estrutura e a relevância canônica do Evangelho de Marcos.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
    Caro professor, nesta lição, exploraremos a vida de João Marcos, personagem inicialmente envolvido em um conflito entre Paulo e Barnabé (At 15.36-40). Sua inclusão após o estudo deste último se justifica pela relação familiar entre ambos (Cl 4.10) e pela influência decisiva que o Filho da Consolação exerceu em sua vida.
    Sugerimos que, neste estudo, seja dada ênfase ao fato de que Deus usa situações e pessoas para promover nosso crescimento espiritual. Apesar do desentendimento inicial, Paulo e Marcos reconciliaram-se mais tarde (2 Tm 4.11). Além disso, Marcos conviveu com Pedro (1 Pe 5.13), aprendendo com ele e registrando os eventos narrados pelo apóstolo, o que resultou na composição do primeiro evangelho canônico — muitos estudiosos reconhecem que Mateus e Lucas usaram Marcos como uma das fontes principais na elaboração de seus livros.
Boa aula!

COMENTÁRIO
Palavra introdutória
   Nesta lição, aprofundaremos nosso entendimento sobre João Marcos, personagem notável do Novo Testamento. Ele é mencionado como filho de Maria (At 12.12), sobrinho de Barnabé (Cl 4.10 — na versão ARA: primo), filho espiritual de Pedro (1 Pe 5.13) e cooperador de Paulo (Cl 4.10; 2 Tm 4.11; Fm 24).
    Embora não saibamos detalhes de sua vida — como cidade natal, profissão, idade ou estado civil —, o texto bíblico apresenta informações significativas sobre seus comportamentos e traços de personalidade. Esses aspectos ajudam a compreender as razões pelas quais João Marcos é reconhecido como um dos grandes ícones da nova aliança. Seu papel e contribuições refletem uma vida de serviço dedicada à propagação do evangelho.

 1. O EVANGELISTA E SUA TRAJETÓRIA
    O episódio do jovem que fugiu nu durante a prisão de Jesus (Mc 14.43-52) sugere que Marcos poderia ser o personagem ali descrito, já que o evento não aparece em outros evangelhos. A riqueza de detalhes reforça a hipótese de que o autor relatou uma experiência pessoal. Essa ideia, embora intrigante, permanece conjectural.
    O evangelista não foi seguidor direto de Jesus, como aponta Pápias de Hierápolis, um dos primeiros bispos da Igreja. No entanto, ele recebeu profunda influência de Pedro, que desempenhou um papel fundamental em sua formação espiritual (1 Pe 5.13).

1.1. Origens
    O nome João, de origem hebraica, significa “mostrou graça”, enquanto Marcos, de origem latina, significa “consagrado a Marte”. Essa combinação de nomes (hebraico e latino) reflete a influência cultural greco-romana entre os judeus do primeiro século.
    Embora sua cidade natal não seja mencionada, Marcos aparece inicialmente em Jerusalém (At 12.12,25), sugerindo que tenha vivido ali com sua família por um período significativo. Sua mãe, Maria, é citada em Atos 12.12 — com base nessa referência, parece ser uma mulher de recursos, pois sua casa era suficientemente espaçosa para receber os cristãos primitivos. Após ser libertado da prisão, Pedro dirigiu-se a esse lar (At 12.5-12). Alguns estudiosos sugerem que essa poderia ser a localização do cenáculo, onde ocorreu a Última Ceia. A ausência de menções ao pai de Marcos pode indicar que Maria era viúva.

1.2. Últimos dias
    João Marcos é mencionado pela última vez em 1 Pedro 5.13, onde aparece ao lado de Pedro em Babilônia.
    A maioria dos estudiosos entende que Babilônia refere-se simbolicamente à cidade de Roma (Ap 14.8; 16.19; 17.5; 18.2,10,21), onde Marcos possivelmente fixou residência e escreveu seu evangelho, baseado nos relatos de Pedro — como mencionado no Tópico 3.
Tradições posteriores atribuem a Marcos o papel de fundador da igreja em Alexandria, onde teria atuado como pastor e sido martirizado. Essa informação, ainda que não confirmada pelas Escrituras, reflete o impacto de sua obra na expansão do cristianismo.

 2. TRAJETÓRIA E REDENÇÃO MINISTERIAL
    João Marcos participou da primeira viagem missionária com Paulo e Barnabé, cooperando na pregação em Salamina (At 13.5). No entanto, ao chegarem a Perge, ele retornou para Jerusalém (At 13.13). Paulo interpretou esse ato como abandono, recusando a presença de Marcos na segunda viagem, o que causou um sério desentendimento com Barnabé (At 15.36-40). Apesar disso, com o passar do tempo, Marcos se mostrou um colaborador confiável tanto para Paulo quanto para Pedro (2 Tm 4.11; Fm 24; 1 Pe 5.13).

2.1. Por que João Marcos voltou para Jerusalém?
    As razões para a partida de João Marcos não são explicitadas no texto bíblico (At 13.13), mas estudiosos das Escrituras oferecem algumas hipóteses baseadas no contexto histórico e cultural:
● Marcos poderia ser jovem demais e sentido saudades de casa;
● a pressão de evangelizar gentios pode ter lhe causado desconforto, especialmente em um momento de tensões éticas e culturais entre judeus e não judeus na Igreja (At 15.1-29);
● ele pode ter enfrentado dificuldades em lidar com a personalidade firme e determinada de Paulo, optando por trabalhar em outra localidade;
● ele pode não ter se adaptado às condições marítimas rudimentares da época;
● por fim, o receio diante de desafios, como o confronto com Elimas em Chipre (At 13.6-12), pode ter sido um fator decisivo em sua escolha.
    Independentemente da razão, essa desistência inicial não determinou o fim de seu ministério, mas foi um ponto de partida para seu amadurecimento espiritual.
_____________________________________
A Bíblia não diz por que João Marcos resolveu voltar para casa. Mas nos conforta saber que a desistência não o fez perder a espiritualidade. Com o tempo, motivado por Barnabé, ele tornou-se um dos principais líderes da Igreja primitiva e impactou a vida de muitos com sua fé.
_____________________________________

2.2. A reconciliação de Marcos e Paulo
    O nome de Marcos reaparece nas cartas paulinas durante o aprisionamento de Paulo, possivelmente em Roma (Cl 4.10). A Bíblia não detalha o momento exato da reconciliação, mas indica que Marcos se tornou um importante colaborador do apóstolo dos gentios. Em Filemom, Paulo menciona Marcos como cooperador (Fm 24), e, em sua última carta a Timóteo, destaca sua utilidade no ministério (2 Tm 4.11).

 3. O ESCRITOR DO PRIMEIRO EVANGELHO
    Após atuar em Chipre e outras localidades (At 15.39; Cl 4.10; 2 Tm 4.11), João Marcos tornou-se auxiliar de Pedro, possivelmente em Roma — identificada como Babilônia em 1 Pedro 5.13, como mencionado no Tópico 1.2.
    Fontes do primeiro século, como Pápias de Hierápolis, afirmam que Marcos, atuando como intérprete de Pedro, escreveu um evangelho baseado nos relatos do apóstolo. Outros escritores, como Irineu, Tertuliano e Clemente de Alexandria, reforçam essa autoria, atestando que Marcos redigiu um relato fiel da pregação de Pedro.

3.1. Propósito do Evangelho de Marcos
    Diferente de Mateus e Lucas, o Evangelho de Marcos não apresenta Jesus de forma biográfica. Seu objetivo principal é destacar a obra de Cristo por meio de milagres e ações poderosas. Ele retrata o Messias como o Rei Salvador, que venceu os demônios, a enfermidade e a morte, enfatizando Sua missão redentora. Essa abordagem torna o evangelho dinâmico, repleto de movimento, como observado por Justino Mártir, que afirmou que Marcos compilou eventos diretamente relatados por Pedro, complementados por suas próprias recordações e documentos adicionais.

3.2. Estrutura e composição canônica
    A narrativa de Marcos reflete a pregação oral da época, organizada retoricamente para facilitar o ensino. Sua estrutura segue o padrão do sermão de Pedro na casa de Cornélio, destacando os principais eventos da vida e missão de Jesus (At 10.34-43; compare com At 13.23-33).
    É amplamente aceito que este evangelho foi escrito em Roma, entre 60-65 d.C., possivelmente durante o período em que Marcos acompanhava Paulo (Cl 4.10). Irineu e outros historiadores reforçam que sua redação ocorreu em Roma, com o propósito de registrar a mensagem apostólica para gerações futuras.

3.3. Destino e mensagem
    Escrito para os cristãos de Roma, o Evangelho de Marcos foi concebido para fortalecer a fé dos seguidores de Jesus durante o período de perseguição promovido por Nero. Marcos destaca que, embora tenha sofrido, Ele venceu o sofrimento e a morte. O evangelista apresenta Cristo como o Filho de Deus (1.1,11; 14.61), o Filho do Homem (2.10; 8.31), o Messias (8.29) e o Senhor (1.3; 7.28).
    Após a morte de Pedro e outras testemunhas oculares, a mensagem precisava ser preservada, e o Evangelho de Marcos cumpriu esse papel, transmitindo verdades fundamentais à nova geração de cristãos.
_______________________________
O recuo de Marcos provavelmente tornou-se bastante conhecido entre os cristãos de Colosso, pois Paulo, ao redigir sua carta àquela igreja, encorajou os irmãos a receberem-no de forma amigável (Cl 4.10). Independente de qual tenha sido a motivação para tal desentendimento, este havia ficado, definitivamente no passado.
_______________________________

3.4. A prioridade de Marcos
    A cronologia dos evangelhos sugere que Marcos foi o primeiro a ser escrito, servindo como base para Mateus e Lucas. Esse consenso entre teólogos modernos reforça a importância de sua obra como ponto de partida para a tradição evangélica.
   João Marcos, por meio de seu evangelho, deixou um legado que não apenas registrou a vida de Cristo, mas também inspirou e guiou a Igreja em tempos de desafios.

 4. LIÇÕES DA VIDA DE MARCOS PARA A JORNADA DE FÉ

4.1. O chamado que supera a opinião humana
    A trajetória de João Marcos revela que as opiniões negativas de outras pessoas a nosso respeito não devem nos desviar do chamado divino. Apesar de ser visto por Paulo — e outros — como alguém que prejudicou a missão inicial (At 15.39), ele persistiu no serviço a Deus. Sua experiência nos ensina que o julgamento humano não tem a palavra final quando confiamos na direção do Senhor. Assim como Marcos continuou em seu propósito, devemos lembrar que Ele é capaz de transformar até mesmo as críticas em oportunidades de crescimento espiritual.

4.2. A redenção por meio de uma conduta constante
   João Marcos nos ensina que uma vida marcada pela perseverança e constância pode mudar percepções e restaurar relacionamentos. Sua conduta reta e seu compromisso renovado com o evangelismo levaram Paulo a reconsiderar sua visão sobre ele, como evidenciado em suas cartas (Cl 4.10; 2 Tm 4.11). Essa transformação mostra que, quando permanecemos fiéis, Deus opera em nossa vida e na percepção que outros têm de nós, promovendo reconciliação e novas oportunidades de servir.

4.3. A cooperação que transcende a conflitos
    A reconciliação entre João Marcos e Paulo é um testemunho poderoso de que a obra de Deus suplanta quaisquer desentendimentos. Marcos permitiu-se ser perdoado porque reconheceu a importância de sua missão, colocando o Reino de Deus acima de disputas humanas (Fm 24). Seu exemplo desafia-nos a priorizar a unidade e a cooperação no serviço cristão, lembrando que o Senhor da seara é maior do que nossas diferenças.

4.4. O fracasso como alicerce para a transformação
    A história de João Marcos ensina que nossos erros não definem nosso futuro. Sua dificuldade inicial serviu como base para sua transformação. Com o apoio de Barnabé e a graça de Deus, ele cresceu como líder e escritor de um dos evangelhos, impactando a Igreja primitiva de maneira duradoura. Sua jornada nos inspira a entregar nossos momentos de fraqueza ao Senhor, confiando que Ele os usará para moldar nosso caráter e cumprir Seu propósito em nossa vida.

CONCLUSÃO
    João Marcos deixou um legado de perseverança, reconciliação e dedicação à obra de Deus. Sua vida demonstra que, com humildade, podemos superar obstáculos e contribuir significativamente para o Reino. Ele nos lembra que o Senhor não apenas restaura, mas também utiliza nossas falhas para nos tornar exemplos vivos de Sua graça e poder transformador. Em cada etapa de nossa jornada, podemos olhar para Marcos como um modelo de superação e fé inabalável.

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Qual era o propósito de Marcos ao escrever seu evangelho?
R.: Fortalecer e guiar os cristãos de Roma em meio à terrível perseguição de Nero.

Fonte: Revista Central Gospel