quinta-feira, 30 de maio de 2019

ESTUDO BÍBLICO - O que são as Dispensações Bíblicas?



A palavra “dispensação” encontra-se quatro vezes no Novo Testamento, em I Co 9.17; Ef 1.10; 3.2; e Cl 1.25. A palavra grega é “oikonomia”, da qual deriva-se a palavra “economia”, que, segundo o Dicionário Prático Ilustrado, significa a “boa ordem na administração, na despesa de uma casa”. Originalmente significava a mordomia ou gerência duma casa. (Em grego, casa é “oikos”). No uso bíblico a “dispensação” (oikono­mia) representa a administração que Deus faz em Sua grande casa” universal, na qual estão afetos a Ele todas as inteligências, tanto homens como seres angelicais.

O estudo das dispensações revela os vários métodos usados por Deus em Suas relações com as diferentes classes de povo através dos vários períodos determinados por Ele a fim de lograr o Seu propósito. Por conseguinte, é necessário distinguir ou separar esses diversos períodos, a fim de “manejar bem a Palavra da verdade”, como Paulo exortou a Timóteo. II Tm 2.15.

Estas dispensações são as seguintes:
Inocência,
Consciência,
Governo Humano,
Patriarcal ou da família,
A Lei,
A Graça,
E o Milênio, que será o governo divino.

Isto não significa que as Escrituras compõem-se de seções independentes umas das outras. O fato é que as dispensações até certo ponto se sobrepõem, e algumas que vigoravam em passado distante continuam de pé, quanto ao trato de Deus com os homens. É o caso especialmente do governo humano. Cremos que as bênçãos de Deus são para o Seu povo seja qual for a dispensação em cada momento histórico Cf. Rm 15.4; II Tm 3.16.

OITO ALIANÇAS ENTRE DEUS E OS HOMENS:
1) A aliança edênica, que condicionou a vida do homem no estado da inocência. Gn 1.28.

2) A aliança com Adão, que condicionou a vida do homem decaído, oferecendo a promessa dum Redentor, Gn 3.14-21.

3) A aliança com Noé, que estabeleceu o princípio do governo humano e assegurou a continuação da vida sobre o planeta, Gn 9.1-17.

4) A aliança com Abraão, que daria início à nação is­raelita e concedeu-lhe a terra da Palestina. Gn 12.1-3.

5) A aliança com Moisés, que condena todos os homens “porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Rm 3.23; Êx 19.1-25.

6) A aliança palestínica, que assegura a restauração e a conversão final de Israel. Lc 26; Dt 28.1 a 30.3.

7) A aliança com Davi, que promete o trono de Israel à posteridade de Davi, promessa que se cumprirá em Cristo, o “Filho de Davi”. II Sm 7.16; I Cr 17.7; SI 89.27; Lc 1.32,33.

8) A Nova Aliança, que assegura a transformação espiritual de Israel e de todos que creem em Cristo, tornando-os aceitáveis a Deus.

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Extraído do livro “O Plano divino através dos Séculos”, Olson, CPAD
 
Fonte: CACP

segunda-feira, 27 de maio de 2019

ARTIGO - Aumento do número de suicídios na sociedade e entre os cristãos



Suicídio entre os servos de Deus, como entender e combater

Um dado alarmante que põe em alerta toda a sociedade é o crescente índice de suicídio no mundo, números atualizados dão conta de que a taxa de suicídio mundial aumentou em torno de 60 % no espaço de 40 a 50 anos sendo que o Brasil teve um crescimento de 2,3% de 2017 para 2018 e os números só aumentam, sendo a juventude brasileira a mais atingida. Nesses índices crescentes está também o suicídio entre os cristãos.

Como os líderes cristão devem lidar com essa nova frente de combate, que surge nesse período que chamamos de pós-modernidade?

Conhecendo o inimigo
É muito difícil combater um inimigo que não se conhece, e no caso do suicídio é possível traçar determinados perfis.

O suicídio geralmente é praticado por alguém que perdeu às esperanças de solução para problemas considerados sérios para a pessoa que tem a ideação suicida, ela vê no suicídio uma rota de fuga, um escape para uma determinada dor psicológica. Entre os jovens tem sido comum a ideação suicida após a exposição de situações vexaminosas em mídias sociais e outros eventos ligados às redes sociais. 

Outras situações que afligem principalmente os jovens são o aliciamento por jogos como foi o caso do notório jogo conhecido como "desafio da baleia azul", que se tornou popular após levar diversos jovens ao suicídio.
Um outro fator que também deve ser levado em conta são os transtornos mentais, muitos dos que sofrem problemas psicológicos correm o risco de desenvolverem a ideação suicida.
E um tipo de suicídio que tem ocorrido com uma certa frequência é o que acontece entre os pastores, nesse caso se mistura diversos fatores com o estresse psicológico que vem do ativismo religioso e o peso da grande responsabilidade relacionada ao cargo.  

Um fator de crescimento da taxa
Uma pergunta que muitos se fazem é: porque à décadas atrás essas taxas eram baixas e agora crescem a cada ano?
A resposta mais óbvia está no preparo dos cidadãos para enfrentar as adversidades e perdas que a vida impõe. 

Em décadas anteriores a juventude cresceu correndo atrás de pipas "aprendeu a lutar por algo"; cresceu quebrando seus piões "aprendeu a perder", cresceu jogando bola nos campinhos "aprendeu a trabalhar em equipe", e a lista de aprendizados que as gerações passadas obtiveram é enorme, apenas interagindo nas brincadeiras de rua.
Aprendizado esses que faltam na geração anterior que cresceu com os vídeo games e na geração atual que cresce online nas redes sociais.
São jovens que entregamos à sociedade, sem nenhum preparo para enfrentar a crueldade do jogo da vida.

Um fator de esperança
Entre os jovens e adultos cristãos existe um fator preponderante, o ensino religioso e a fé em Cristo. A grande mensagem do evangelho é a esperança de solução para o problema, esperança essa que está em Jesus. Mas nesse caso surge uma nova questão: por que a taxa de suicídio entre jovens cristãos também tem aumentado?
Além dos fatores de despreparo expostos aqui, no caso dos cristãos, esse aumento também se deve pela alteração no ensino religioso. Numa enorme quantidade de igrejas no nosso país, se ensina um evangelho sem mensagem, ou com outro tipo de mensagem que não é aquela que conduz ao encontro com Cristo, o encontro que pode dar a esperança que alguém precisa para não tomar a decisão final.
São líderes que precisam de quantidades de pessoas ofertando e dizimando para manterem os caixas, por isso estão preocupados com a quantidade de presença nos cultos e no quanto isso pode dar de retorno em ofertas. 

Quando um ministério sério ensina a genuína Palavra de Deus, as vidas se sentem confortadas e muitos decidem repensar suas ideações suicidas e outras ideações que afetam suas vidas e famílias. 

Como o líder cristão e a igreja devem agir
Eis aqui algumas sugestões a se colocarem em prática:

1. divulgar amplamente o assunto e colocar a igreja a par dos acontecimentos e das orientações, envolver toda a congregação;
2. incentivar o estudo bíblico,principalmente a participação na Escola Dominical, pois o conhecimento da sã doutrina fortalece o foco e aumenta a fé e a esperança;
3. orientar os pais a observarem o comportamento de seus filhos em casa e a serem amigos de seus filhos, não deixar que se isolem em seus mundos; 
4. orientar os membros da igreja a cuidarem uns dos outros e caso observem algo de errado nas atitudes dos irmãos que possa ser um indício de ideação suicida, trazer a conhecimento da liderança;
5. observar as postagens dos membros, principalmente dos jovens, nas redes sociais; 
6. envolver a membresia em atividades devocionais, de oração e estudo, incentivando-os a orarem uns pelos outros;
7. promover atividades sociais para aumentar o clima familiar entre os crentes e assim aumentar a possibilidade de se observar comportamentos suspeitos; 
8. para os obreiros é aconselhável que seja previsto um período de férias eclesiásticas, principalmente para os pastores presidentes e dirigentes de congregações. 

Essas orientações não resolverão todos os problemas referentes ao assunto, mas com certeza irão ajudar muito nossos irmãos e dar um norte para se implementar trabalhos mais sérios de combate ao suicídio dentro das nossas igrejas.

Pr Marcos André
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sábado, 25 de maio de 2019

PREGAÇÃO VÍDEO - Carta a Filemom




Pregação tema: Carta a Filemom


Pastor Marcos André
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quarta-feira, 22 de maio de 2019

ARTIGO - A Importância da Didática para o Ensino Bíblico nos Espaços da Escola Dominical


A didática é a ciência específica da área do ensino. É a parte da pedagogia que trata dos preceitos científicos que orientam a atividade educativa de modo a torná-la mais eficiente. De acordo com o Dicionário Houaiss¹, o termo “didática” deriva da palavra grega didaktikê, que significa a arte de transmitir conhecimentos — a técnica de ensinar. A Didática é uma importante ferramenta para o trabalho realizado na Escola Dominical, tendo em vista que o ensino da Palavra de Deus não deixa de ser um ato pedagógico.

A forma como o aluno aprende é uma relação interdependente da maneira como o professor ensina. Logo, o professor que domina as técnicas de ensinar, adequadamente, consegue realizar o seu trabalho de maneira muito mais eficaz. O resultado disso são alunos satisfeitos com os conteúdos que são ministrados. Ao passo que as informações são abordadas com clareza é possível perceber que os alunos aprendem de forma prazerosa a Palavra de Deus. As metodologias de ensino utilizadas de maneira eficiente encontram aplicabilidade no cotidiano dos alunos. O professor que domina o conhecimento da didática alcança resultados satisfatórios no ato de ensinar.

1. O trabalho do professor e a qualidade do ensino
O professor que preza por um ensino de qualidade e pela efetivação da aprendizagem de seus alunos, sabe que a ministração da aula não pode ser feita de qualquer maneira. Uma aula de alto nível de qualidade requer, primeiramente, o comprometimento do professor. Antes de se apresentar para ensinar seus alunos o professor precisa dominar o conteúdo que se propõe a ensinar. Muitos pensam que apenas conhecer a Bíblia é suficiente para ensiná-la. Todavia, o ensino da Palavra de Deus requer dedicação como afirma o apóstolo Paulo (cf. Rm 12.7). E, para tanto, é importante a leitura de bons comentários e dicionários bíblicos, livros de psicologia da aprendizagem, história, didática, dinâmicas aplicadas em sala de aula e outros materiais da área da educação.

Além dos recursos materiais e metodológicos o que não pode faltar é a cobertura da oração e uma vida no altar de Deus. Na educação cristã, quaisquer conhecimentos ou recursos humanos que possam ser utilizados tornam-se irrelevantes se não estiverem lado a lado com o auxílio advindo do Espírito Santo. Portanto, o professor que deseja fazer o seu trabalho com qualidade precisa dedicar tempo para aprofundar seus conhecimentos e aprimorar a sua habilidade de ensinar.

2. Planejamento e plano de aula para a Escola Dominical
O planejamento é indispensável para a realização do trabalho do professor. Todas as ações pedagógicas com vista no funcionamento da Escola Dominical devem passar pelo crivo do planejamento. Planejar envolve delimitar tempo, espaço e recursos para executar ações do ensino. Na educação encontramos os principais tipos de planejamento e que também estão presentes nos espaços da Escola Dominical: o planejamento anual, o plano de curso, o plano de ação e o plano de aula².

O planejamento anual. Visa a organização das ações educacionais durante o período de um ano. Tais ações estão segmentadas de acordo com a faixa etária ou grupo de estudo: educação infantil, jovens e adultos, formação de professores, formação de obreiros.

Plano de curso. Envolve o planejamento de cada curso conforme o período de formação e a definição da grade curricular que lhe é necessária.

Plano de ação. Tem como finalidade a definição de ações específicas e necessárias a curto, médio e longo prazo. Estas ações podem envolver todo o curso ou apenas alguns setores e o prazo de execução depende da necessidade e do objetivo da ação.

Plano de aula. Considera o preparo das ações educativas e o curso de uma aula. Para tanto, o plano de aula está organizado das seguintes partes: objetivo, conteúdo, metodologia, recursos didáticos, avaliação e referências bibliográficas.

3. Métodos e recursos didáticos
A elaboração de uma aula de qualidade depende muito dos recursos que nela são aplicados. Para que o aluno, de fato, possa aprender é preciso que os conteúdos da lição sejam expostos da forma mais clara, objetiva e dinâmica possível. Nesta ocasião, tanto os recursos quanto os métodos são indispensáveis. Entende-se por método ou metodologia a maneira como os conhecimentos são abordados ou o caminho percorrido pelo professor para ensinar seus alunos.

O conhecimento pode ser apresentado ao aluno por diversas maneiras: oralidade, audiovisualidade, manuseio, exercícios de interatividade: trabalho em grupo, mapa conceitual, brainstorming (tempestade de ideias), simpósio, painel e outros. Já os recursos didáticos sãos os materiais ou ferramentas utilizadas como canais para exposição dos conteúdos: Datashow, quadro branco (lousa), caneta piloto, apagador, lápis de cor, caneta hidrocor, e outros³.

Considerações Finais
A partir dos conhecimentos apresentados pela Didática o professor tem à sua disposição as ferramentas técnicas apropriadas para preparar sua aula. Possuir as habilidades e competências necessárias para ensinar o conteúdo bíblico é fundamental para o professor que preza por uma aula de qualidade. A arte da didática acontece justamente quando o professor domina esses conhecimentos e proporciona ao aluno a facilidade para aprender. Para tanto, a arte de ensinar requer do professor a flexibilidade para adequar a metodologia certa na ocasião certa.

E, por fim, vale destacar que o ensino bíblico é essencialmente um ato pedagógico. Não apenas teológico, mas também pedagógico. O professor que domina a arte de ensinar e dela faz uso de maneira apropriada tem em mãos a possibilidade de oferecer um ensino em alto nível de qualidade e, consequentemente, fazer com que seus alunos desenvolvam as capacidades intelectuais necessárias para o aprendizado.

Referências:
1. HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2001.
2. RIBEIRO, Verônica N. C. Planejamento Educacional: Organização de Estratégias e Superação de Rotinas ou Protocolo Institucional. Divisão de Formação Docente. Universidade Federal de Uberlândia, 2014. Disponível em: http://www.difdo.diren.prograd.ufu.br.
3. LEFEVER, Marlene. Métodos Criativos de Ensino: como ser um professor eficaz. 4ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
 
Thiago Santos.
Graduado em Pedagogia pelo Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro.
Pós-graduando em Gestão Escolar Integradora pela Universidade Castelo Branco.
Editor das revistas Juniores e Pré-adolescentes do setor de Educação Cristã. CPAD.
Professor de Escola Dominical das classes Adolescentes e Jovens.

domingo, 19 de maio de 2019

ESTUDO BÍBLICO - 10 Dicas para ter alunos participativos na Escola Dominical


Um dos grandes desafios de todo ensinador é integrar seus alunos na aula, levando-os a interagirem entre si e com o professor, participando e construindo esse momento especial.

Diferentemente de uma pregação ou palestra, onde é normal que o ministrante fale sozinho por horas a fio, a aula precisa ser participativa.

A boa aula é aquela em que os alunos perguntam, respondem, comentam, discutem e acrescentam conhecimentos que, moderados pelo professor, trazem sempre crescimento intelectual, bíblico e teológico, além da própria socialização.

Mas a pergunta é: como fazer meus alunos interagirem? Todo professor já lidou ou lida com classes inibidas.

Abaixo oferecemos dez dicas muito práticas de como melhorar esse quadro e maximizar o potencial dos alunos.

1. Perguntas direcionadas

Olhe nos olhos dos alunos, faça perguntas inteligentes e adequadas e estimule-os a responderem conforme o conhecimento de cada um. Lembre-se sempre de aproveitar as respostas dos alunos, mesmo quando não são precisas.

2. Leitura em classe

Peça aos alunos para lerem textos bíblicos ou trechos da própria Lição, e peça ainda para fazerem comentários sobre o que foi lido. “Como você entende esse texto?”. Evite deixar que apenas um ou outro aluno monopolize as leituras. Se preciso, especifique uma nova pessoa para cada leitura, e assim garantir a participação de todos. Às vezes, estabelecer uma rivalidade sadia e pedagógica faz crescer a participação: “quem vai ler mais, os homens ou as mulheres?”

3. Valorizando a opinião

Agradeça e elogie sempre o comentário de um aluno, e mesmo quando parecer impertinente, faça-o habilidosamente se encaixar no tema da Lição, procedendo os devidos ajustes. Professores experientes e com bom “jogo de cintura” nunca desperdiçarão a boa vontade de um aluno!

4. Recompensas

Use o “reforço positivo” ou sistema de recompensas, premiando os alunos que forem respondendo e interagindo na aula. Inclusive, pode-se adotar um sistema de pontuação para premiação trimestral dos alunos mais participativos.

5. Métodos e técnicas variados

Varie os seus métodos e técnicas de ensino, não ficando apenas na exposição oral do conteúdo, o que pode fazer as aulas caírem na mesmice. Use recursos visuais (gravuras, imagens, recortes de jornais ou revistas, etc.) e audiovisuais (música, vídeo, dramatização, etc.) não só para prender a atenção dos alunos, mas para incentivá-los a interação em classe (com comentários, debates, perguntas, etc.).

Se pode sugerir aos alunos algum filme, programa de TV, vídeo do Youtube, artigo na internet ou livro com temática cristã e que se adeque ao assunto da Lição, faça isso e peça para eles comentarem na aula seguinte sobre o que assistiram ou leram.

6. Cante

Quando você canta um hino conhecido e adequado ao tema da Lição, a classe canta com você. Se pode levar um violão ou se pode pedir para acompanharem com palmas, não perca a oportunidade. A música é uma poderosa ferramenta para interação e ensino!

7. Trabalhos em equipe

Esporadicamente, realize trabalhos em equipe (por exemplo, seminários curtos), para que os alunos possam pesquisar durante a semana, interagir uns com os outros, apresentarem diante da sala, e aos poucos perderem a inibição. Mas não só sugira atividades, acompanhe durante a semana a preparação dos alunos e ofereça a eles subsídios para efetivarem o que foi pedido.

Para isso, será útil a comunicação através das redes sociais, como grupos no aplicativo WhatsApp, além do contato corpo a corpo no final dos cultos e encontros eventuais. Além do mais, trabalhos em equipe fortalecem os vínculos de amizade entre os alunos e nos ajudam a perceber no meio deles quem são aqueles com potencial para liderança e para a docência cristã.

8. Linguagem bem-humorada

As coisas de Deus devem ser levadas com seriedade, mas isso de modo algum significa mau-humor! Professores que nunca sorriem e nunca tem uma experiência inusitada para contar e “quebrar o gelo”, antes estão sempre com a “cara fechada”, amedrontadora, e dando bronca em seus alunos porque não leram a Lição, porque não estudam a Bíblia, porque chegam atrasado, etc., acabam que também criando uma barreira diante da classe, e o único feedback que terão é o silêncio medroso de seus alunos.

Alegria é fruto do Espírito! (Gl 5.22) Alunos costumam se sentir mais à vontade com professores alegres e extrovertidos, que abrem as portas para o diálogo através do sorriso envolvente.

9. Vínculos de amizade

Estabeleça um vínculo sincero de amizade com seus alunos, conversando com eles antes e após a EBD, conhecendo as limitações de cada um e falando de como são importantes e do quanto deseja ajuda-los a melhorarem seu desempenho na obra do Senhor. Todos nos sentimos mais à vontade com professores-amigos do que com professores-estranhos que só nos dirigem a palavra aos domingos pela manhã.

10. O recurso espiritual

Visto que estamos lidando com educação cristã, que é antes de tudo espiritual, precisamos do auxílio divino para direcionar nossos alunos ao alvo. Então, nunca se esqueça da poderosa ferramenta chamada ORAÇÃO! Tiago, irmão de Jesus, dizia: “Se alguém não tem sabedoria, peça a Deus que a todos dá” (Tg 1.5). Você pode não ter uma graduação ou licenciatura para o magistério, mas se tem a vocação divina e zela por ela em oração (Ef 4.11; Rm 12.7), Deus lhe dará sabedoria, métodos e estratégias para desenvolver as melhores aulas possíveis com seus alunos.

Professores que querem levar as coisas “aos trancos e barrancos”, sem o hábito da oração, fracassarão em seus deveres, mesmo que sejam especialistas em educação! Há um inimigo lutando contra o progresso espiritual dos nossos alunos (sugerindo-lhes medo, timidez, insegurança, complexo de inferioridade, preguiça, desânimo…), e só poderemos vencê-lo através do auxílio divino. “A oração de um justo pode muito em seus efeitos” – você crê nisso, professor? Então, ore a Deus em favor de seus alunos.

Conclusão

As coisas não vão mudar do dia pra noite. Seus alunos não sairão de uma semana inibidos para voltarem na outra super participativos. Então, tenha paciência, adote os procedimentos acima e persista naquilo que você deseja. O sucesso está na perseverança! Além do mais, avalie sempre sua postura diante da classe, seu tom de voz e a qualidade de seu conteúdo. Mude sempre que precisar. Para melhor, é claro!

Tiago Rosas

Fonte: Gospel Prime

sexta-feira, 10 de maio de 2019

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Nem o Filho sabe a hora em que virá na Segunda Vinda?



Consideremos o texto a seguir:

"Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai." Mc 13.32 

Uma pergunta sempre abala os estudantes de teologia é: 
"Se Jesus é o Filho de Deus e se Ele é Deus, então por que Ele afirma que nem o Filho sabe a hora em que virá o Senhor à terra?"

Qualquer tentativa de se afirmar que Jesus não sabe a hora em que ocorrerá os eventos acerca do fim implica em contestar a Sua divindade, pois sendo Ele Deus, então é onisciente (Conhece todas as coisas), então como não saberia de fatos tão importantes que estão para acontecer.

Na verdade a pergunta é até simples de responder, mas para isso precisamos conhecer essa informação:

"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz." Fp 2.5-8

Aqui se afirma que Jesus deixou a Sua glória como Deus e se fez como nós a fim de passar pela humilhação da cruz. Mas para ser como nós Ele precisou abrir mão da glória e majestade divina pela qual é caracterizado como Deus, seus atributos que o definem como tal.
Os principais são: onipotência, onipresença e onisciência, esses atributos foram deixados pelo Filho do Homem para que se parecesse conosco, veja:

a. Ele deixou a onipotência, pois sendo protegido por anjos e conduzido pelo Espírito Santo, viveu entre nós e sofria cansaço, fome, sede e até angústia.

b. Ele deixou a onipresença, porque ao nascer como homem Ele precisou estar em um único lugar e não em todos os lugares como é o Pai.

c. E deixou também a Sua onisciência, onde se afirma que o Todo-Poderoso conhece todas as coisas, mas Jesus enquanto esteve aqui, o Espírito Santo era quem o revelava e como Ele tinha intimidade com o Espírito pela Sua vida de oração, isso nunca foi um problema.

Dessa forma, quando Jesus afirma que nem o Filho sabe, Ele falou do presente, naquele exato momento Ele, o Filho do Homem não sabia, mas ao ter Seu corpo glorificado, então Ele passou a saber.

Na verdade Jesus só falou dessa forma com os discípulos com o intuito de ordenar o que fez em seguida:

"Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo.", Mc 13.33

Pr Marcos André



domingo, 5 de maio de 2019

ARTIGO - Impostos sobre igrejas


Em entrevista à Folha de São Paulo no dia 29 de abril, o secretário da Receita Federal Marcos Cintra chegou a anunciar que até mesmo igrejas teriam os dízimos taxados, ou seja, pagariam imposto sobre arrecadação, obviamente a fala do secretário desagradou a comunidade cristã de forma geral e ainda mais a bancada evangélica na Câmara, logo em seguida o presidente foi a público pelas redes sociais esclarecer a situação e aformou que nenhuma instituição religiosa seria taxada, especialmente as igrejas, obviamente por ter sido dos evangélicos o maior apoio que ajudou a colocar o presidente no cargo e é claro todas as instituições religiosas entram de carona nessa decisão benéfica do Governo Federal.

Não é de hoje que se pensa em taxar igrejas com impostos, porém nunca se chegou a discutir de fato em algum projeto de emenda parlamentar ou estudo mais profundo. As taxas das quais se questionam que as igrejas deveriam contribuir é o Imposto de Renda, aquele que incidiria sobre os recursos de entrada nas instituições religiosas, o IPTU que incide sobre a área construída da igreja e também o IPVA sobre os veículos da igreja, isso valendo para qualquer religião. O não arrecadamento dessas taxas está garantido pelo artigo 150 da Constituição federal, no entanto para que sejam consideradas isentas as instituições religiosas devem cumprir algumas regras estabelecidas no artigo 12 da Lei 9.532/97.

É bom que se saiba que em nenhum dos países da Europa e nos Estados Unidos também não se cobra impostos das igrejas. A argumentação nesse ponto e que alguns consideram fraca, é de que as igrejas e as instituições religiosas prestam um apoio social numa área que o estado não alcança e não domina, a espiritual. A área espiritual abrange o psico-social, onde o cidadão que exerce uma atividade espiritual tem facilidade de respeitar as pessoas e as autoridades civis além disso alguns trabalhos mais efetivos em comunidades carentes são das igrejas e instituições beneficentes cristãs e espíritas. Obviamente o argumento que alguns críticos de economia acreditam ser fraco, é na verdade bem fundamentado, sabemos que em alguns lugares considerados perigosos, onde o crime organizado enfrenta a presença da polícia, é frequentado pelos evangélicos e agentes de instituições religiosas beneficentes espíritas e católicas, além do fato de alguns de nossos pastores já terem por diversas vezes intercedidos, com sucesso, pela vida de alguns jovens já condenados pelo tráfico de drogas.

Esses fatores devem ser colocados na balança toda vez que se falar em cobrar impostos das igrejas. O Governo Federal não deve somente deixar a discussão no campo político, os números devem se apresentados e a ajuda prática mencionada aqui deve ser levada em conta.

O problema da corrupção no nosso país e em qualquer lugar do mundo não se resolve somente no campo jurídico, político ou social, deve ser considerado também o campo espiritual.

Pr Marcos André