domingo, 24 de março de 2024

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 13 / 1º Trim 2024


Personagens bíblicos que salvaram suas Famílias
31 de Março de 2024



TEXTO ÁUREO
Depois disse o Senhor a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de mim nesta geração.” Gênesis 7.1

VERDADE APLICADA
Cada discípulo de Cristo terá a responsabilidade de procurar conduzir os de sua família à salvação em Cristo, no poder do Espírito Santo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar a decisão que Josué tomou pela sua família
Ressaltar a obediência de Noé a Deus
Enfatizar a boa atitude de Raabe de crer em Deus

TEXTOS DE REFERÊNCIA

JOSUÉ 24
15 Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porem eu e a minha casa serviremos ao Senhor.

HEBREUS 11
7 Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda se não viam, temeu, e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que era Segundo a fé.
31 Pela fé, Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Gn 6.8 Noé achou graça aos olhos do Senhor
TERÇA – Gn 6.9 Quem anda com Deus protege sua família
QUARTA – Js 2.14 Ajudar o Reino de Deus a ajudar a família.
QUINTA – Js 2.18 A família precisa estar junta.
SEXTA – Js 24.14 Temer ao Senhor traz paz para a família.
SÁBADO – Js 24.24 A postura do líder abençoe a sua família

HINOS SUGERIDOS: 467, 577, 581

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que as famílias assumam o compromisso de servir ao Senhor

INTRODUÇÃO
Josué indaga ao povo e toma a decisão pela sua família. Noé não salvou o mundo, mas construiu a arca e salvou a sua família. Raabe não salvou toda a população de Jericó, mas salvou a sua família ao crer em Deus.

1- JOSUÉ TOMA DECISÃO PELA SUA FAMÍLIA
Após Josué exercer com brilhantismo o que Deus entregou em suas mãos, como comandante militar do exército de Israel, levando o povo a entrar em Canaã; agora, como líder espiritual, ele aconselha o povo a guardar os mandamentos escritos no livro da lei de Moisés [Js 23.1-6], a se esforçar e responder positivamente a quem gostariam de servir. Ele sabia que não podia tomar a decisão unilateral por todo Israel, mas ele toma decisão pela sua família e aconselha que eles façam o mesmo, esperando, é claro, uma resposta como a sua: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” [Js 24.15].

1.1. Tomada de decisão pessoal.
“Eu (1° pessoa do singular)": Eu assumo em primeiro lugar o compromisso. Eu servirei de exemplo para os demais. Exemplo de vida não é garantia de que será seguido, mas é consciência do dever cumprido. Nenhum sucesso alcançado suplanta a minha família nem o meu relacionamento com Deus. Josué chama atenção afirmando que quem vence as batalhas por nós é Deus [Js 24.12]. Devemos ter em mente que as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus [2Co 10.4]. O povo precisava voltar-se para Deus, pois eles já tinham presenciado grandes bênçãos e vitórias nas batalhas; nós somos propensos a esquecer benefícios. Somos ingratos por natureza. Josué se coloca como exemplo para as gerações futuras. Nós somos responsáveis por ensinar a nossa descendência.

Professor(a): Josué, na qualidade de líder, sabia que poderia influenciar o povo a voltar-se para Deus. Então, depois de entrar na Terra Prometida, tomar posse e morar em casas permanentes a não mais em tendas que montaram e desmontaram no deserto [Nm 9.15-23], Josué consulta o povo acerca de quem eles querem servir [Js 24.15]. Antes da resposta, ele procura esclarecer ao povo que os deuses dos seus pais os escravizaram no Egito por quatrocentos anos e que o Deus verdadeiro trouxe o povo à terra que manda leite e me!. Ele livrou o povo de Israel do mar Vermelho, onde passaram a pés enxutos; abençoou no deserto e abriu o rio Jordão para o povo passar. Deus derrubou uma grande muralha para o povo herdar a terra que Ele mesmo havia jurado aos seus pais que lhes daria [Js 1.6].

1.2. Tomada de decisão coletiva.
“Nós (minha família) – 1° pessoa do plural – serviremos..” Uma das coisas mais lindas e importantes que temos na vida é na nossa família. O ministério começa dentro de casa. Cuidar dos seus é uma obrigação [1 Tm 5.8]. Governar a sua própria casa é um pré-requisito [1Tm 3.4-5]. Não adianta ser bom para as pessoas de fora se você não é bom para a sua família. Não adianta ser educado e respeitoso com as pessoas de fora se você não faz isso com a sua família. O que adianta ganhar o mundo inteiro a perder a sua própria casa?

Professor(a): A decisão exige urgência: “Escolhi hoje a quem sirvais”. Não é daqui a um mês, um ano, cinco anos. Ninguém sabe o que cada dia nos reserva, o dia de amanhã não nos pertence [Pv 27.1; Mt 6.34] . Por isso, o tempo urge e, enquanto vivermos, teremos responsabilidades para com os nossos filhos. Nunca deixamos de ser pais, nem eles deixam de ser filhos. Se forem casados, não podemos interferir ou intrometer no seu casamento, mas podemos aconselhá-los; pois, se caírem em armadilhas ou em situações embaraçosas, não teremos consciência pesada pelo resto da vida, por não ter avisado.

1.3 . Tomada de decisão acertada.
“Serviremos ao Senhor – futuro do presente’: Quando um líder espiritual toma uma decisão acertada, o povo se alegra em Deus vence as batalhas por nós. A declaração exerceu grande efeito, influenciou, deu consistência e impactou as pessoas ao redor. Ele mostrou que existiam duas opções: servir aos deuses de seus antepassados ou ao Deus verdadeiro. Ao ser confrontado, o povo fez a escolha certa: “serviremos ao Senhor, nosso Deus” [Js 24.24-25]. Então, Josué ordena que o povo jogue fora os deuses estranhos a se incline de todo o coração ao Senhor, Deus de Israel, porque Ele santo não aceita misturas [Js 24.19, 23].

Professor(a): A escolha deve ser feita de forma consciente, com lucidez, espontânea, sem coação. Todos têm o livre-arbítrio, o direito de escolha, o poder de decisão. Só que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus no juízo final [Rm 14.12]. Pois, todos serão chamados a prestação de contas [Mt 12.36-37; Hb 4.13; 1Pe 4.5]. Deus não deseja que ninguém seja forçado ou obrigado a aceitá-Lo, adora-Lo ou prestar-Lhe culto. Mas é o líder que deve tomar a posição diante da família e da sociedade, independente da aceitação ou não. A obrigação do líder é maior do que a de todos, pois para isso ele foi escolhido. Ser líder não é um prêmio, mas uma enorme responsabilidade. Se a decisão dele for fraca hoje, dificilmente terá um futuro forte.

EU ENSINEI QUE:
Josué tomou a decisão acertada de servir ao Senhor juntamente com sua família.

2- NOÉ SALVA A SUA FAMÍLIA AO CONSTRUIR A ARCA
Deus manda Noé construir a arca e dá as especificações. Deus foi o Engenheiro e Projetor e Noé o executor do projeto [Gn 6.14- 16], porque Noé achou graça aos olhos do Senhor [Gn 6.8]. Noé era homem justo e íntegro em suas gerações e andava com Deus [Gn 6.9]. Noé fez tudo conforme Deus lhe ordenou [Gn 6.22]. O Senhor continua querendo colocar o Seu povo na Arca e fechar a porta por fora [Gn 7.16]. A Arca só tinha uma porta. Tipifica: Jesus, a única porta de salvação.

2.1. O simbolismo da família na Arca. 
A Arca de Noé simboliza: renovação, restauração, proteção divina, abrigo seguro, refúgio de salvação, símbolo da aliança e presença de Deus junto do povo escolhido e símbolo da Igreja. Representa também: um lugar onde se guarda preciosidades, tesouros, riquezas, joias. O Senhor arrependeu-se de haver feito o homem sobre a terra, pois o mundo estava cheio de maldade, as pessoas só faziam coisas más e havia violência em toda parte e isso lhe pesou o coração, ao ponto de mandar o dilúvio e exterminar todos os seres que fizera [Gn 6.5-7]. Mas Deus estabeleceu uma aliança com Noé e disse para ele entrar na Arca com os seus filhos, sua mulher e as mulheres dos seus filhos [Gn 6.18; 7.7].

Professor(a): Muitas foram as dificuldades enfrentadas por Noé e sua família. Não foi fácil ter paciência diante dos contrários, murmuradores e zombadores. Não foi fácil salvar a família diante de uma sociedade que oferece todos os tipos de pratos, de manjares, de iguarias. Não foi fácil construir a arca. A construção durou cerca de 100 anos. A Arca era tipo um cruzeiro, tinha 3 andares, divididos em vários compartimentos [Gn 6.16]. Noé já estava com 600 anos de idade quando começou o dilúvio [Gn 7.6].

2.2. Os desafios de colocar toda a família na Arca. 
As dificuldades enfrentadas por nós: os filhos crescem, casam e tomam os seus caminhos. Agora é joelhos dobrados, jejum e exemplo de vida. Exemplo de vida que nem sempre será seguido, mas é o nosso dever. Um filho pode sair da Arca por um tempo – exemplo do filho pródigo [Lc 15.11-32], mas, se foi ensinado [Pv 22.6], vai cair em si e voltar. A Arca tem hora que balança para lá e pra cá pela força das águas, pelos ventos que sopram ao contrário, pelas ondas fortes. Mesmo Jesus no barco surgem as tempestades e o mar fica revolto. Mas quem tem Jesus no barco o final vai ser feliz, porque Ele repreendeu o vento e diz ao mar: “Cala-te, aquieta-te” e será uma grande bonança [Mc 4.35-41]. Tem porta que Deus fecha para salvar a nossa família, nós não entendemos isso. Às vezes, Deus fecha a porta, mas o milagre é para quem está do lado de dentro.

Professor(a): Não sabia que toda a sua família corria risco de perder a vida. Hoje sabemos também que toda a nossa família está correndo risco de perder vida física e espiritual. Estamos vivendo os dias de Noé [Mt 24.37-38], diante de uma sociedade corrupta, imoral e cheia de maldade e violência [Gn 6.11]. A Arca simboliza hoje: a busca pela espiritualidade; o conserto do altar de Deus; a comunhão e a intimidade com Deus; a sinceridade da fé em Deus; a obediência pelo terror a Deus; a separação do mundo para a santificação a Deus; a proteção pelo cumprimento dos mandamentos da Palavra de Deus. Qualquer defeito que acontece na nossa Arca pode ter certeza de que não é falha do Projetista. Somos nós que estamos errando. Mas temos uma boa notícia: Ele é especialista em consertar Arca. Aleluia!

2.3. As famílias enfrentam o dilúvio em pleno século 21.
Existem vários dilúvios arrastando as famílias e levando-as à destruição. Dia após dia, ficamos sabendo de famílias sucumbidas pelas águas do dilúvio. Não águas literais, mas as mazelas impostas pelo afastamento de Deus, pela falta de temor; infidelidades conjugais, divórcios de maneira equivocada, violências domésticas, entre outros. Infelizmente, todas as famílias passam por intempéries, mau tempo, tempestades e ventos contrários. Antecipar-se às crises é fazer a nossa parte. A sabedoria manda planejar o futuro.

Professor(a): Noé não salvou o mundo, mas, pela fé, salvou a sua família [Hb 11.7]. Deus tem compromisso com quem tem compromisso com Ele. Noé tinha uma obediência singular à Palavra de Deus. Deus faz aliança com quem tem intimidade a andar na Sua presença. A arca de Noé mostra que é possível salvar a nossa família desde que sigamos os princípios bíblicos. Deus manda Noé passar betume por fora e por dentro para impermeabilizar e tapar as brechas e não correr riscos de entrar água [Gn 6.14]. Aquela embarcação suportou porque estava revestida. Precisamos revestir a nossa família com a proteção do Espírito Santo, pois fora da arca há destruição e morte.

EU ENSINEI QUE:
Deus salvou Noé e toda a sua família da destruição.

3- Raabe preserva a sua família pela fé
Ao assumir o lugar de Moisés, Josué enviou mais dois homens secretamente para cumprirem a tarefa de espiar a Terra Prometida com o propósito de conquistá-la [Js 2.1]. Eles foram parar na casa de uma meretriz chamada Raabe, que os ocultou e ajudou os espias a observarem a Jericó, mas numa troca, onde a sua vida seria poupada e, também, teria a promessa estendida em favor dos seus familiares.

3.1. O juramento dos espias precisava de um sinal.
Raabe pede um sinal certo aos espias [Js 2.12]. Precisamos deixar claro que as condições sugeridas por ela eram “vida por vida” A vida deles respondia pela vida dela e de seus familiares [Js 2.14]. Então os espias disseram para Raabe que ela deveria colocar um cordão de fio de escarlata à janela por onde os fizeste descer e colocar todos os seus familiares dentro de casa; não deixe nenhum de fora da porta, se assim não fizeres, nos desobrigados desse juramento [Js 2.17-19].

Professor(a): Raabe recebe os espiões em Jericó, em sua casa sobre os muros, e os esconde no terraço entre as canas de linho colhido e colocadas para secar empilhadas [Js 2.6]. Um ato de bravura em meio a uma situação nebulosa. Raabe arriscou a sua própria pele para salvar a sua família. Pela escolha de Raabe, não só salvou a sua vida como recebeu de Deus o perdão dos seus pecados, e salvou toda a sua família ao crer no Deus Todo-Poderoso.

3.2. Raabe reconhece que Deus está com o Seu povo. 
Ao reconhecer que o Deus dos espias estava com eles, que havia dado aquela terra e fez secar as águas do Mar Vermelho, os seus corações desmaiaram e não tinham mais ânimo. Então, Raabe declara e aceita que: “O Senhor, vosso Deus, é Deus em cima nos céus a embaixo na terra” [Js 2.9-11]. Raabe entendeu as explicações dos espias e fez a opção pelo lado certo, da preservação dos homens de Deus. Olhando com os olhos carnais, jamais poderíamos esperar que uma prostituta poderia ajudar nos planos de Deus e Deus em contrapartida salvar a sua alma. A história de Raabe nos ensina que a família precisa estar junta, com união de propósito [Sl 133] e no vínculo da paz [Ef 4.3].

Professor(a): Raabe foi salvo; entendeu o plano de Deus para o Seu povo. Figuradamente, como uma pessoa hoje, cheia de mazelas e pecados, aceitar a Jesus como seu Senhor e Salvador. A Bíblia diz que quer confessa as suas transgressões e deixa, alcançará a misericórdia do Senhor [Pv 28.13; 1 Jo 1.9]; o seu passado será apagado e lançado no mar do esquecimento [Is 43.25; Mq 7.18-19]

3.3. As nossas escolhas determinarão o nosso futuro. 
Raabe faz a escolha segura, sábia e com fé, na qual contempla toda a sua família. Tem muita gente brincando com as escolhas da vida e esquecendo que haverá consequências. A escolha foi feita com liberdade, mas todos deverão arcar com os resultados. Nós temos condições de mudar a história da nossa casa e da nossa família. O nosso exemplo de vida fala mais alto do que as nossas palavras no seio da nossa família. Toda decisão certa será confirmada pelas atitudes. Não adianta dizer que é fiel a Deus, se as ações não confirmam o que você fala. Raabe foi justificada por sua fé e obras [Tg 2.24-26]. Se você não faz, não adianta ensinar. É um perigo a omissão dos pais em relação aos filhos e dos filhos em relação aos pais. Não podemos ser relapsos em não tomar decisão favorável a nossa família.

Professor(a): A benção foi tão grande que Raabe passou a constar na genealogia de Jesus [Mt 1.5]. Foi citada na galeria dos heróis da fé [Hb 11.31]. Onde pela fé, Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias.

EU ENSINEI QUE:
A decisão de Raabe preservou a sua vida e a de sua família.

CONCLUSÃO
Aprendemos com Josué, Noé e Raabe que nunca devemos negligenciar uma decisão tão importante. Que Deus nos dê graça para conservar a nossa decisão ao lado dEle e levarmos a nossa família aos pés do Senhor.


Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

segunda-feira, 18 de março de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 12 / 1º Trim 2024


Salvos para mudar o Mundo
24 de Março de 2024



LEITURA BÍBLICA
Marcos 16.15-18; Mateus 28.18-20

A MENSAGEM
“Os discípulos foram anunciar o evangelho por toda parte. E o Senhor os ajudava e, por meio de milagres, provava que a mensagem deles era verdadeira.” Marcos 16.20

DEVOCIONAL
Segunda » At 1.8
Terça » Is 6.8
Quarta » Rm 1.16
Quinta » 1 Co 9.22
Sexta » Lc 19.10
Sábado » Mt 24.14

OBJETIVOS
EXPLICAR como a Igreja Primitiva, em Jerusalém, cumpriu sua missão,
DEMONSTRAR como o Evangelho transformou o mundo;
SABER como ganhar o mundo para Cristo.

EI PROFESSOR!
Você já sabe qual a missão que Deus estabeleceu para sua vida neste mundo? Se não sabe, Deus quer lhe revelar.
A missão de todos nós é mudar o mundo, ou seja: influenciá-la positivamente, a fim de que pessoas conheçam a Deus. Mas como fazer isso?
Há algumas perguntas relevantes para identificar sua missão:
1) Qual a atividade que ele empolga ou que faz seu coração arder?
2) O que você faz melhor? Ou seja, qual sua habilidade primordial?
3) O que lhe motiva para realizar essa ideia? Servir aos outros pontos de interrogação se a última resposta for positiva e as demais forem ações edificantes, provavelmente, você está diante do seu chamado.

PONTO DE PARTIDA
Professor (a), estamos chegando ao final do trimestre. Hoje é a penúltima aula. Que tal fazer algo diferente e marcante para a classe? Convide uma pessoa para contar um testemunho homem experiência que lustre o quanto um pequeno gesto cristão pode mudar a vida de alguém. Pode ser o pastor, uma dirigente de círculo de oração ou mesmo membro da igreja. O relato deve ser breve, no máximo 10 minutos. Não precisa ser algo grande, milagroso: só precisa ser real; um relato que toque as vidas das pessoas. Assim, seus alunos perceberam, na prática, que como cristão podemos influenciar o mundo com nossa fé e atitude.

VAMOS DESCOBRIR
Você sabe qual é a sua missão no mundo? Jesus estabeleceu um grande propósito para a sua Igreja. Nesta aula você vai aprender como os cristãos do primeiro século cumpriram esse chamado e o que aconteceu com o mundo quando o Evangelho foi pregado, sob o poder do Espírito Santo. Mesmo após 2 milênios de cristianismo ainda encontramos muitos desafios na evangelização. Nossa geração ainda pode fazer muito pelo Reino de Deus. E já está na hora de descobrir a sua missão! Você está pronto (a)?

Hora de Aprender
I – A IGREJA E SUA MISSÃO TRANSFORMADORA

1- A Igreja Primitiva em Jerusalém.
Após o Batismo no Espírito Santo, os cristãos primitivos, em Jerusalém, experimentaram um grande avivamento. Eles estavam dispostos a falar de Jesus incansavelmente, compartilhavam seus bens uns com os outros, de maneira que não havia entre eles quem tivesse necessidade de roupa e comida. Eles participavam da Santa Ceia e levavam uma vida de oração. Com isso, milagres extraordinários aconteciam cotidianamente e muitos se convertiam ao Evangelho (At 2.42-47). Com as pessoas sendo transformadas, o mundo ao redor delas também começou a ser mudado. Algum tempo depois, o Cristianismo tomou proporções universais e a história foi dividida em duas fases: antes e depois de Cristo.

2- Uma poderosa comunidade perseguida.
Milagres aconteciam frequentemente no meio da igreja cristã do primeiro século. O sobrenatural estava presente na vida cotidiana dos primeiros cristãos. O poder de Deus se manifestava de maneira tão intensa, que os doentes ficavam nas ruas esperando o apóstolo Pedro passar, porque quando a sombra dele os cobria, eram curados (At 5.15,16). Noutras ocasiões, mortos ressuscitaram e o nome do Senhor sempre era glorificado (At 9.39-41; 20.9-12).

I – AUXÍLIO TEOLÓGICO
A perseguição dispersa os crentes: “Depois do martírio de Estevão, os judeus prosseguiram com sua perseguição aos seguidores de Cristo. O homem apresentado como Saulo (At 8.1) provou ser um grande líder na sua ampla campanha de intolerância e terror. A partir de uma perspectiva humana, isto representava uma triste mudança nos acontecimentos; a partir de uma perspectiva divina, isto produzia um bem muito maior. Os cristãos que tinham estado em Jerusalém, agora, eram forçados a migrar para as regiões vizinhas da Judeia e de Samaria, cumprindo assim a segunda parte do mandamento de Jesus (Atos 1.8). Evidentemente, eles estiveram relativamente confortáveis nas proximidades de Jerusalém. Tudo isso foi instantaneamente transformado com a morte de Estevão, e a perseguição resultante’’ (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.657, 658).

II – VIVENDO EM UM MUNDO MELHOR

1- Transformando o mundo em redor.
O Cristianismo não mudou apenas o calendário, mas também impactou os valores morais da humanidade. Com a mensagem de Jesus, pregada pelos discípulos, por exemplo, as mulheres foram valorizadas e os judeus e não judeus (gentios) puderam se tornar irmãos. O Evangelho de Jesus chamava todas as pessoas para Deus, independente da sua cor de pele, nacionalidade ou situação financeira, pois Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34,35). Além de muitas contribuições sociais e culturais, a mais expressiva bênção que o cristianismo trouxe para o mundo foi espiritual: pela pregação da mensagem de Jesus, a humanidade conheceu o Caminho de volta para Deus: Jesus Cristo.

2- Caindo na simpatia do povo.
A Igreja em Jerusalém tinha um grande diferencial. E não era apenas os milagres, testemunhos e pregações cheias de poder. O maior diferencial dessa igreja foi a sua capacidade de amar. Foi principalmente por isso que os cristãos caíram na simpatia do povo (At 2.47). A Bíblia diz que todos os dias pessoas se convertiam. Isso acontecia porque, onde há amor verdadeiro, o Espírito Santo tem liberdade para atuar. Assim, quando os apóstolos testemunharam do Senhor, multidões vinham a Cristo. E hoje? Isso ainda acontece? Será que vivemos o padrão de amor ensinado por Jesus? Leia 1 Coríntios 13.1-7 e veja o padrão do amor de Deus.

II – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Uma palavra grega singular, que aparece 11 vezes no Novo Testamento, sendo 10 no livro de Atos, nos ajuda a entender o caráter único da comunidade Cristã. Homothumadon é composta por duas palavras que significam ‘correr juntos’ e ‘em união’ […]. Às vezes estudamos os primeiros capítulos do livro de Atos, como se eles retratassem uma igreja que está perdida —como se a unidade, o amor e a experiência da presença de Jesus fossem coisas que na verdade não pudessem ser nossas hoje. Não vamos cometer esse erro. O Espírito de Deus ainda é uma realidade presente. Homothumadon ainda é possível no mundo fragmentado e impessoal de hoje. [E] se procurarmos uma razão para o vazio em nossa própria experiência, devemos olhar primeiramente para nossa hesitação em compartilhar com os nossos irmãos e irmãs […]. A Igreja, a nova comunidade que Cristo formou, está aqui hoje. Nós somos a Igreja. E Deus […] orquestrou nossa vida de acordo com sua maravilhosa unidade” (RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 257, 258).

III – GANHANDO O MUNDO PARA CRISTO

1- Saindo da zona de conforto.
Jesus disse aos discípulos que pregassem o Evangelho em todos os lugares (Mc 16.15), mas, como disse o pastor Alexandre Coelho, “infelizmente, os cristãos de Jerusalém demoraram a obedecer à ordem de ir (…) e Deus Levantou uma perseguição para dispensá-los” (O vento sopra onde quer, p. 143). Deus os incomodou, tirando-os da “zona de conforto” que era Jerusalém, e eles saíram pregando o Evangelho por todos os lugares por onde iam passando. O Senhor tinha o projeto de alcançar o mundo inteiro com a mensagem da salvação. E foi o que aconteceu.

2- Evangelizando o mundo.
Os cristãos começaram a evangelizar o mundo e nunca mais pararam. Missionários como Paulo, Lucas e Barnabé no Século I, e tantos outros ao longo desses dois milênios de Cristianismo, trouxeram à luz da mensagem da salvação a muitos povos e nações. Em nosso país, a mensagem do Evangelho, junto com o anúncio do Pentecostes — como pregada na igreja primitiva —, chegou no início do Século XX, com o envio de dois missionários suecos, Gunnar Vingren e Daniel Berg. Hoje, mais de cem anos após, continuamos pregando que “Jesus salva, cura, batiza no Espírito Santo e em breve voltará”. O tempo passa, as ideologias são alteradas, os homens se corrompem, mas o Evangelho continua o mesmo, pois no Senhor “não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1.17b – ARC).

III – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Os discípulos de Jesus foram missionários. Alguns deles tiveram uma experiência missionária quando enviados por Jesus aos lugares onde Ele deveria ir. (…) Aqueles homens não tinham dúvida de que Jesus é o Filho de Deus, que ressuscitou, que lhes enviou o Santo Espírito e que estaria com eles todos os dias. Foi esse ardor que os moveu para tornar o nome de Jesus conhecido em sua época […]. A ordem de Jesus era clara: que seus discípulos fossem suas testemunhas em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da Terra. Da mesma forma que Ele ordenou que os discípulos estivessem esperando o cumprimento da promessa de revestimento de poder em Jerusalém – o que eles fizeram em oração e foram cheios do Espírito Santo – o Senhor ordenou que os discípulos se dirigissem a esses lugares para falarem ao seu respeito […]. Os discípulos deveriam falar do Senhor simultaneamente. Mesmo com as diferenças culturais existentes nesses lugares, os seguidores de Jesus deveriam alcançar a todos.” (COELHO, Alexandre. O vento sopra onde quer. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.142,143).

CONCLUSÃO
A igreja primitiva, em Jerusalém, mudou as estruturas do mundo pela força transformadora da mensagem do Evangelho. E nós também, que compomos a Igreja no século XXI, somos chamados por Deus para cumprir nossa missão de ganhar o mundo para Cristo. As multidões estão com sede de salvação e você pode fazer a diferença! Fale de Jesus para seus amigos e para sua família! Seja uma testemunha de Cristo onde você estiver!

VAMOS PRATICAR
1- Os cristãos primitivos, em Jerusalém, experimentaram um grande avivamento; quem causou esse movimento?
O Espírito Santo.
2- Desde o início da igreja, três características ficaram acentuadas. Quais foram?
A Igreja Primitiva vivia em comunhão, experimentava milagres e sofria perseguição.
3- De que forma você pode cooperar cumprindo a ordem de Cristo em espalhar o Evangelho?
Resposta pessoal.

PENSE NISSO
Nós somos um sinal vivo da presença de Deus, um testemunho completo do seu amor e da sua graça. Nossas ações, palavras, atitudes e relacionamentos precisam comprovar o nosso relacionamento com Jesus. É assim, com pequenas atitudes, que vamos ganhar pessoas para Cristo!

Fonte: CPAD

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 12 / 1º Trim 2024


AULA EM 24 DE MARÇO DE 2024 - LIÇÃO 12
(Revista Editora CPAD)

Tema: O Papel da Pregação no Culto
 
TEXTO ÁUREO
“Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.” (2 Tm 4.2)

VERDADE PRÁTICA
Pregar a Palavra de Deus é a sublime missão da Igreja. É por intermédio do ministério da Palavra que vidas são salvas, transformadas e edificadas.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 4.23 A proclamação da Palavra de Deus
Terça – Mt 5.1,2 A disposição em ensinar a Palavra de Deus
Quarta – 1 Tm 4.13 Perseverando em exortar com a Palavra de Deus
Quinta – At 8.5 Pregando a Cristo em todo tempo e lugar
Sexta – At 2.40 A pregação como resposta a uma geração sem Deus
Sábado – At 8.35 As Escrituras como a base da pregação

Hinos Sugeridos: 499, 505, 559 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Timóteo 4.1-5
1 CONJURO-TE, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino,
2 Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
3 Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
4 E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
5 Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faz a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos a importância da pregação bíblica, denominada também como “Ministério da Palavra”. Nesse aspecto, para refletir a glória de Deus, a pregação precisa manter o propósito para a qual foi estabelecida: revelar Deus e educar a igreja. Professor(a), na verdade, o propósito da pregação desde a primeira mensagem no dia em que a Igreja foi fundada até os dias atuais é revelar a Cristo, o que também é revelar Deus, trazer a mensagem de salvação e educar o Corpo de Cristo. Isso pode ser percebido na mensagem de Pedro ao povo no dia de Pentecostes. A lição tem como propósito resgatar os verdadeiros objetivos da pregação no culto.
Por isso, podemos afirmar que o Ministério é importante, pois assim a igreja é edificada e moldada pelos valores do Reino. Uma igreja em que a Palavra de Deus não tem primazia, tanto na ação evangelística quanto na discipuladora, é uma igreja fraca. Portanto, a natureza da pregação precisa ser bíblica e cristocêntrica. Em outras palavras, deve possuir sólidos fundamentos. O interessante disso é que uma igreja fraca em um país onde não há perseguição, como o nosso, consegue se sustentar, porque em países com perseguição, só as igrejas com crentes de verdade permanecem de pé. Por isso, hoje temos muitas igrejas em que só se prega mensagens de auto ajuda, antropocêntricas e que em muitas vezes, nem sequer mencionam o nome de Jesus. Essa lição também visa orientar os alunos desses problemas atuais.

I- MINISTÉRIO DA PALAVRA E SEU PROPÓSITO

1- A pregação como Proclamação.
O propósito mais sublime do Ministério da Palavra está no fato de ele revelar Deus às pessoas. Frequentemente as Escrituras se referem a esse aspecto da pregação como sendo uma “proclamação”. O verbo grego keryssô, traduzido como “proclamar”, é usado nesse sentido em vários textos do Novo Testamento (Mt 3.1; 4.23; Lc 4.18; At 8.5; Rm 10.8).
A utilização desse verbo, nos dá a ideia de falar a mensagem de Cristo fora do ambiente interno, pois, embora a pregação ensine o povo, a sua principal característica é de proclamar Deus para os que não o conhecem. Notamos que as passagens mencionadas se referem à proclamação da mensagem para aqueles que possuem pouco conhecimento de Deus, por isso a pregação deve ter o foco de falar do Senhor e de Suas obras, especificamente a obra de salvação.


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ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 12 / 1º Trim 2024


O Papel da Pregação no Culto
24 de Março de 2024


TEXTO ÁUREO
“Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.” (2 Tm 4.2)

VERDADE PRÁTICA
Pregar a Palavra de Deus é a sublime missão da Igreja. É por intermédio do ministério da Palavra que vidas são salvas, transformadas e edificadas.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 4.23 A proclamação da Palavra de Deus
Terça – Mt 5.1,2 A disposição em ensinar a Palavra de Deus
Quarta – 1 Tm 4.13 Perseverando em exortar com a Palavra de Deus
Quinta – At 8.5 Pregando a Cristo em todo tempo e lugar
Sexta – At 2.40 A pregação como resposta a uma geração sem Deus
Sábado – At 8.35 As Escrituras como a base da pregação

Hinos Sugeridos: 499, 505, 559 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Timóteo 4.1-5
1 CONJURO-TE, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino,
2 Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
3 Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
4 E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
5 Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faz a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a importância da pregação da Palavra de Deus no culto cristão. Vamos refletir a respeito do Ministério da Palavra e de seu propósito no culto. Perceberemos que a pregação da Palavra de Deus traz edificação ao Corpo de Cristo, bem como atua na formação de valores do povo de Deus. Nesse sentido, veremos que o Ministério da Palavra deve ser exercido de maneira cristocêntrica e, sobretudo, fundamentado na Bíblia.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar o Ministério da Palavra e seu propósito;
II) Enfatizar a importância do Ministério da Palavra;
III) Explicitar a fundamentação do Ministério da Palavra.
B) Motivação: A pregação da Palavra de Deus é o antídoto divino para formar os cristãos, edificar a Igreja de Cristo e influenciar os crentes a terem vidas mais piedosas. Por isso, desde os primórdios da Igreja, o Ministério da Palavra teve primazia no culto cristão.
C) Sugestão de Método: Ao iniciar o terceiro tópico, peça aos alunos exemplos de pregações que não seja cristocêntricas nem bíblicas. Pergunte a eles que consequências essas pregações podem trazer para a vida da igreja. Após ouvi-los atenciosamente, exponha o tópico enfatizando a importância de a pregação cristã está fundamentada em Cristo e, ao mesmo tempo, ser devidamente bíblica.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A pregação da Palavra de Deus tem o propósito de edificar a Igreja de Cristo, formar os valores do crente em Jesus e, ao mesmo tempo, estabelecer uma defesa diante de uma cultura sem Deus.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Uma Mensagem Pentecostal”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito do propósito do Ministério da Palavra;
2) O texto “O Espírito Santo é a Fonte”, ao final do segundo tópico, amplia a reflexão da importância da pregação.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos a importância da pregação bíblica, denominada também como “Ministério da Palavra”. Nesse aspecto, para refletir a glória de Deus, a pregação precisa manter o propósito para a qual foi estabelecida: revelar Deus e educar a igreja. Por isso, podemos afirmar que o Ministério é importante, pois assim a igreja é edificada e moldada pelos valores do Reino. Uma igreja em que a Palavra de Deus não tem primazia, tanto na ação evangelística quanto na discipuladora, é uma igreja fraca. Portanto, a natureza da pregação precisa ser bíblica e cristocêntrica. Em outras palavras, deve possuir sólidos fundamentos.

PALAVRA-CHAVE: Pregação

I- MINISTÉRIO DA PALAVRA E SEU PROPÓSITO

1- A pregação como Proclamação.
O propósito mais sublime do Ministério da Palavra está no fato de ele revelar Deus às pessoas. Frequentemente as Escrituras se referem a esse aspecto da pregação como sendo uma “proclamação”. O verbo grego keryssô, traduzido como “proclamar”, é usado nesse sentido em vários textos do Novo Testamento (Mt 3.1; 4.23; Lc 4.18; At 8.5; Rm 10.8). Nesse aspecto, a pregação tem o propósito de revelar Deus às pessoas (1 Co 1.21). Esse fato por si só mostra a grandiosidade da pregação: trazer o conhecimento de Deus.

2- O caso emblemático de Lídia (At 16.14).
Enquanto Lídia ouvia a pregação feita por Paulo, o Senhor abriu-lhe o coração. A pregação foi o instrumento que Deus usou para se revelar àquela mulher e o resultado disso foi a sua conversão. Deus é glorificado na revelação de sua Palavra. Esse fato é destacado por Paulo na sua carta aos Romanos: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17). Assim, devemos nos conscientizar de que a pregação da Palavra de Deus é mais do que uma simples exposição de ideias, mais do que um discurso inflamado; ela é o canal pelo qual Deus se revela ao coração endurecido.

3- A pregação como instrução. 
As pessoas que foram alcançadas pela proclamação da Palavra precisam crescer e amadurecer no Evangelho, ou seja, necessitam ser discipuladas, instruídas. É significativo o fato de que o ministério de Jesus tenha o ensino como um dos fundamentos: “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas” (Mt 4.23). No sermão do Monte, Jesus também “ensinava” seus discípulos (Mt 5.2). Assim também o apóstolo Paulo gastou grande parte de seu tempo ensinando os crentes (At 18.11). Paulo chegou mesmo a exigir de alguém que tivesse pretensão ministerial que fosse “apto para ensinar” (1 Tm 3.2). Tudo isso mostra a importância do ministério do ensino e a responsabilidade de quem o exerce.

SINOPSE I
O Ministério da Palavra exerce um papel de proclamação e, ao mesmo tempo, de instrução.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
UMA MENSAGEM PENTECOSTAL
A igreja pentecostal conhecida como Assembleia de Deus é um movimento que começou sobrenaturalmente, em resultado do poderoso derramamento do Espírito Santo. Desde o seu início, Deus tem abençoado esse movimento, porque é dependente dEle; é guiado pelo Espírito Santo, orientado pela Palavra de Deus e usado para alcançar este mundo necessitado de Jesus Cristo. Desde o nosso começo temos sido abençoados com poderosos sinais e maravilhas. Humildemente agradecemos a Deus por isso.
[…] Os primeiros cristãos foram perseguidos por causa da mensagem que anunciavam e por aquilo que eram. Também seremos perseguidos. Eles foram mal compreendidos pela sociedade em que viviam. Também seremos mal compreendidos. Os outros grupos religiosos os rejeitaram, por causa da posição dogmática de que Jesus Cristo é o Senhor ressurreto e está ativamente envolvido nos assuntos da igreja. Nós também seremos rejeitados” (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et al. O Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.99).

II- O MINISTÉRIO DA PALAVRA E SUA IMPORTÂNCIA

1- A edificação da igreja.
A Palavra tem a importante função de edificar a igreja. Essa edificação vem pelo confronto que o Espírito Santo traz pelo ministério da Palavra, que exorta e consola. Às vezes isso pode vir em um tom de elogio (1 Co 11.2) ou em uma forte repreensão (1 Co 11.17). O termo grego paraklésis, traduzido como “exortar” e “consolar”, significa um “chamado para “ajudar” e “encorajar”. Ele ocorre com muita frequência no Novo Testamento, sendo a maioria das vezes no contexto da igreja. Assim, vemos Paulo solicitando a Timóteo que persistisse em ler, ensinar a Palavra e “exortar” (1 Tm 4.13) e Lucas destacando que a igreja andava na “consolação do Espírito Santo” (At 9.31). Em ambos os textos se pressupõe o ministério da Palavra como instrumento de exortação e edificação.

2- Formação de valores.
A pregação é importante instrumento para formação de uma consciência cristã. A guerra cultural travada nos últimos anos contra a fé cristã mostrou a necessidade de a igreja firmar cada vez mais os seus valores. Isso, contudo, só pode acontecer de forma eficaz por meio da formação de uma consciência cristã fundamentalmente bíblica. Isso significa que a igreja precisa mostrar, de forma bem didática, sua forma de pensar, crer e agir, ou seja, é preciso definir sua cosmovisão, isto é, sua visão de mundo. Uma visão que seja diferente à da cultura secular. Esta, por sua vez, sempre se mostrou hostil ao povo de Deus. Do contrário, não seremos capazes de resistir a inversão de valores por ela disseminada.

3- Resistindo diante de uma cultura sem Deus. 
Jesus censurou seus discípulos, chamando-os de “geração perversa” porque os viu agindo com incredulidade (Mt 17.17)- A influência de uma cultura sem Deus havia atingido negativamente os que andavam com Jesus. Por sua vez, no Pentecostes, Pedro também exortou seus ouvintes a salvarem-se daquela “geração perversa” (At 2.40). Assim também Paulo escreveu que Demas, um amigo de Ministério, havia amado aquela presente era e o abandonou (2 Tm 4.10). Esse mesmo apóstolo exortou os crentes de Roma a não se conformarem com aquela presente era (Rm 12.2). Nas duas últimas referências, a palavra grega aion, traduzida como “era” ou “século”, é uma referência clara a uma cultura sem Deus.

SINOPSE II
O Ministério da Palavra traz edificação à Igreja, forma os valores do crente e levanta uma resistência diante de uma cultura sem Deus.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
O ESPÍRITO SANTO É A FONTE
Jesus disse: ‘O Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida’ (Jo 6.63). Essa é a verdade poderosa a ser compreendida. Não é minha responsabilidade dar vida. Como pastor, não preciso fazer com que algo aconteça em um culto. Como crente, não preciso estar sob a pressão de ter de realizar algo para obter resultados espirituais. A mágica não está envolvida nos sinais e maravilhas de Deus. O Espírito Santo se move quando a Palavra de Deus é pregada, e dEle dependemos para os resultados. A igreja não precisa de demonstrações da carne; precisa de uma demonstração do Espírito Santo. Os crentes se desviam quando a carne se manifesta em nossas igrejas. Há algo poderoso, dinâmico, maravilhoso e glorioso, quando as pessoas chegam à presença de Jesus Cristo.

O Espírito torna o ambiente vivo e o enche de poder e expectativa do que Deus está fazendo. Quando temos o privilégio de estar em tal ambiente, o Espírito Santo é o agente acelerador. O mesmo Espírito Santo que dirigiu os escritores da Bíblia também deseja dirigir-nos hoje, de modo que venhamos a entender. Sem o Espírito Santo, a Bíblia é como um oceano que não pode ser sondado, como o céu que não pode ser inspecionado, como uma mina que não pode ser explorada e como um mistério além da compreensão. Devemos — temos de — render – -nos à liderança do Espírito Santo’” (CARLSON, Raymond; TRASK, Tho- mas E. et al. O Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.103).

III- O MINISTÉRIO DA PALAVRA E SUA FUNDAMENTAÇÃO

1- Deve ser cristocêntrico.
A Bíblia diz que “descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo” (At 8.5). A pregação precisa ser cristocêntrica. Cristo é o centro da Bíblia (Lc 24.27), o centro da mensagem dos profetas: “indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir” (1 Pe 1.11). Assim, o alvo da pregação é revelar Cristo. Apolo, por exemplo, era conhecido por sua eloquência e capacidade de mostrar que o Cristo prometido nas Escrituras hebraicas era Jesus de Nazaré: “Porque com grande veemência convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo” (At 18.28). Dizendo isso, precisamos destacar que a forma e os métodos usados para a exposição das Escrituras são importantes. Contudo, o mais importante é a revelação do seu conteúdo, Cristo Jesus.

2- Deve ser bíblico. 
Vivemos em um tempo em que a pregação em muitos espaços virou um modismo. Parece que temos “pregadores” em demasia, mas o que se passa por pregação na maioria das vezes não o é. Na verdade são mensagens de autoajuda com um verniz de pregação. Esse tipo de mensagem é atraente porque amacia o ego e geralmente consegue muitos seguidores nas redes sociais para quem se vale dessa técnica. Contudo, não são pregações de verdade porque não há nelas uma exposição de um conteúdo bíblico. A ênfase está na performance, forma ou modo de se exibir a temática a ser abordada. O objetivo quase sempre é financeiro (Fp 3.19; 1 Tm 6.9). A doutrina do pecado, o apelo por uma vida separada do mundo e dedicada a Deus são esquecidos (2 Co 6.17). Essa modalidade de pregação opõe-se ao verdadeiro Evangelho de Cristo. É uma mensagem sem cruz (Gl 6.14-16). Na verdade, esse tipo de pregação glorifica os homens que são amantes de si mesmos (2 Tm 3.1-5).

SINOPSE III
O Ministério da Palavra deve ser fundamentalmente cristocêntrico e, ao mesmo tempo, bíblico.

CONCLUSÃO
Após a exposição desta lição, constatamos que a igreja precisa manter-se fiel ao ministério da Palavra. Isso só pode ser feito por meio de uma pregação genuinamente bíblica que reflita os valores do Reino de Deus. Para isso, não há atalhos. Numa cultura cada vez mais hostil à fé cristã, a igreja necessita proclamar as verdades do Reino por meio da poderosa pregação da Palavra de Deus.

REVISANDO O CONTEÚDO
1- Em que fato o propósito mais sublime da Igreja está amparado?
O propósito mais sublime do Ministério da Palavra está no fato de ele revelar Deus às pessoas.
2- O que as pessoas, que foram alcançadas pelo Evangelho, precisam fazer?
As pessoas que foram alcançadas pela proclamação da Palavra precisam crescer e amadurecer no Evangelho, ou seja, necessitam ser discipuladas, instruídas.
3- Qual é a função da Palavra na igreja?
A Palavra tem a importante função de edificar a igreja. Essa edificação vem pelo confronto que o Espírito Santo traz pelo ministério da Palavra, que exorta e consola.
4- O que a igreja precisa mostrar de forma bem didática?
O que significa que a igreja precisa mostrar, de forma bem didática, sua forma de pensar, crer e agir, ou seja, é preciso definir sua cosmovisão, isto é, sua visão de mundo.
5- De acordo com a lição, qual é o alvo da pregação?
O alvo da pregação é revelar Cristo.

Fonte: CPAD


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domingo, 17 de março de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 12 / 1º Trim 2024

                                              

Perseverando na doutrina de Cristo
24 de março de 2024


TEXTO PRINCIPAL
Não defraudando; antes, mostrando toda a boa lealdade, para que, em tudo, sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador.” (Tt 2.10)

RESUMO DA LIÇÃO
Para herdar a salvação, o crente precisa perseverar na doutrina de Cristo até o fim.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Sl 119.16 A Palavra de Deus traz alegria à vida
TERÇA – Pv 4.7 A Palavra de Deus nos dá sabedoria
QUARTA – Sl 119.125 Deus concede aos seus servos inteligência para entender seus testemunhos
QUINTA – Sl 119.68 Deus é bom e nos ensina seus estatutos
SEXTA – Sl 119.15 Meditando nos preceitos do Senhor
SÁBADO – Lc 21.34-36 Advertência quanto à vigilância

OBJETIVOS:
MOSTRAR a importância da doutrina diante de um mundo imoral; 
COMPREENDER que o crente deve andar segundo os mandamentos de Jesus; 
CONSCIENTIZAR a importância de olharmos para nós mesmos.

INTERAÇÃO
Professor (a), na lição deste domingo estudaremos a respeito da doutrina de Jesus Cristo, a base que sustenta a Igreja e o ensino cristão. Veremos alguns dos principais ensinos de Jesus e a necessidade do crente olhar para si mesmo, vivendo assim em constante vigilância e oração. Mostre aos alunos que a ética e a moralidade cristã são determinadas pela moral do próprio Deus, que é imutável. A moralidade cristã diz respeito ao nosso comportamento de acordo com as Escrituras. Um mundo pautado na moralidade cristã seria um mundo marcado pelas características divinas, conforme ensinadas na Bíblia Sagrada.

TEXTO BÍBLICO
2 João 1-9
1 O ancião à senhora eleita e a seus filhos, aos quais amo na verdade e não somente eu, mas também todos que têm conhecido a verdade.
2 Por amor da verdade que está em nós e para sempre estará conosco.
3 A graça, a misericórdia, a paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, seja convosco na verdade e amor.
4 Muito me alegro por achar que alguns de teus filhos andam na verdade, assim como temos o mandamento do Pai.
5 E agora, senhora, rogo-te, não como escrevendo-te um novo mandamento, mas aquele mesmo que desde o princípio tivemos: que nos amemos uns aos outros.
6 E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o princípio ouvistes: que andeis nele.
7 Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo.
8 Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganhado: antes, recebemos o inteiro galardão.
9 Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo não tem a Deus; quem persevera na doutrina de Cristo, este tem tanto o Pai como o Filho.

INTRODUÇÃO
Na lição deste domingo, estudaremos a respeito da doutrina de Jesus Cristo. Ela é a base que sustenta a Igreja e toda a doutrina cristã. Veremos alguns dos principais ensinos de Jesus e a necessidade do crente olhar para si mesmo, vivendo assim em constante vigilância e oração.

I – DIANTE DE UM MUNDO IMORAL

1- A moralidade cristã. 
Precisamos compreender o significado de “ética” e “moral”. O termo “moral” vem do vocábulo latino mos, do adjetivo moralis, e significa “costume” ou “uso”. A palavra “ética” vem do grego ethica, de etheos, cujo sentido é “aquilo que se relaciona com o caráter”. A ética trata mais do aspecto teórico e estuda a respeito do que é certo, enquanto a moral lida com a prática do que é certo e bom. A ética e a moralidade cristãs são determinadas pela moral do próprio Deus que, à semelhança dEle, são imutáveis. A moralidade cristã diz respeito ao comportamento de acordo com as Escrituras. Ela pode ser considerada também como “absoluto moral” e se relaciona diretamente com o caráter moral de Deus, exigindo santidade, justiça, amor, honestidade e misericórdia. Um exemplo disso é o princípio de que matar é errado, pois o homem foi criado à imagem de Deus (Gn 1.27; Êx 20.13). Sendo assim, um mundo pautado na moralidade cristã seria um mundo marcado pelas características divinas, conforme ensinadas na Bíblia Sagrada.

2- Um mundo imoral. 
Jesus afirmou que “os homens amaram mais as trevas do que a Luz” (Jo 3.19). João afirma o seguinte: “Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno” (1 Jo 5.19). O apóstolo parece generalizar, mas isso se dá porque ele quer indicar a gravidade e a seriedade do tema. A esse respeito o Comentário Bíblico Matthew Henry afirma que “a humanidade está dividida em dois grandes partidos ou domínios, um que pertence a Deus e um que pertence à maldade ou ao maligno” e sobre os que estão sob o domínio do Maligno, ele afirma que “eles estão unidos pela natureza, diretriz e princípio maligno e estão unidos em uma cabeça.” Há uma cabeça da malignidade e do mundo maligno: e ele tem um controle tão grande aqui que é chamado de “[…] o deus deste século” (2 Co 4-4)- Esse sistema maligno é contrário a Deus, à sua Palavra e ao seu povo. Ele não segue os princípios morais divinos, portanto, é um mundo imoral.

3- O cristão diante de um mundo imoral.
João afirma que “muitos enganadores entraram no mundo”, com a principal característica de que “não confessam que Jesus Cristo veio em carne” (2 Jo 7). É neste mesmo mundo que “os nascidos de Deus” estão e são desafiados a vencerem (1 Jo 5.18-20). Diante de tão grande desafio, qual deve ser a postura do cristão em um mundo imoral? O próprio João, em sua Segunda Carta, oferece a resposta à essa questão. Ele afirma que o crente não pode retroceder para que não perca o galardão (v. 8); e não prevaricar, que é o mesmo que não ultrapassar os limites estabelecidos pela doutrina (v. 9). O crente, portanto, ao invés de voltar atrás ou ir além do que as Escrituras estabeleceram, deve perseverar na verdadeira doutrina, com vistas à manutenção da comunhão com Deus, e assim poder enfrentar e vencer o mundo imoral, resistindo pela Palavra.

SUBSÍDIO 1
Professor (a), explique que “a palavra ‘ética’ possui origem no vocábulo grego ethos, que literalmente significa ‘costumes’ ou ‘hábitos’. No latim, é usado o termo correspondente mos (moral) com o sentido de ‘normas’ ou ‘regras’. Assim, ‘ética e moral referem-se ao conjunto de costumes tradicionais de uma sociedade e que, como tais, são considerados valores e obrigações para a conduta de seus membros’. Como esses termos ‘ética’ e ‘moral’, são muito próximos, eles são muitas vezes confundidos e usados como sinônimos. No entanto, para fins didáticos e acadêmicos é possível defini-los separadamente. A ética enquanto ciência pode ser entendida como a parte da filosofia que investiga os fundamentos da moral adotados por uma cultura. Foram os filósofos gregos que começaram a estudar esses fundamentos para então ‘identificar’ uma pessoa sendo boa ou má e um ato como sendo bom ou mau. A partir desses fundamentos, alguém pode ser classificado como ‘ético’ ou ‘antiético’.

II – ANDANDO SEGUNDO OS MANDAMENTOS DE JESUS

1- Os mandamentos de Jesus. 
O Sermão do Monte (Mt 5-7) é a mais importante mensagem pregada e ensinada por Jesus. Extenso, profundo e cativante, esse sermão tem sido considerado uma expressão ampliada e aplicada da lei de Deus entregue a Moisés. A conclusão desse sermão (Mt 7) oferece um resumo e uma recapitulação dos princípios do Reino de Deus expostos por Jesus, podendo assim representar a expressão fiel dos mandamentos de Jesus. Eles estão assim dispostos: relacionamentos interpessoais saudáveis: relacionamento saudável com Deus; o caminho da salvação e o da perdição; alerta sobre os falsos profetas e a seriedade do Reino demonstrada na forma com que se dará o dia de acerto de contas. Portanto, aí estão os pontos pelos quais os mandamentos de Jesus são identificados e podem ser bem compreendidos,

2- Mandamentos santificadores. 
Jesus foi Mestre por excelência, ao ponto de até os servidores dos fariseus reconhecerem a sua sabedoria (Jo 7.46), Jesus ensinou por palavras (Mt 7.29), por meio dos sinais que operou na presença dos discípulos, ensinando princípios eternos, e até ao orar, o Mestre compartilhou ensinamentos, como se vê na chamada “Oração Sacerdotal” (Jo 17). Jesus pediu ao Pai para que os discípulos fossem santificados “na palavra”, pois ela “é verdade”. A referência à Palavra de Deus tem relação direta com a verdade eterna da doutrina que Jesus ensinou, e em toda esta oração é possível identificar os aspectos fundamentais destes seus mandamentos: o verdadeiro conhecimento de Deus e a glorificação do Filho; a preservação do crente pela palavra da verdade e o compromisso dele diante de uma sociedade imoral Portanto, os mandamentos de Jesus preservam o crente em um mundo male capacita-o a viver os propósitos divinos.

3- Os benefícios dos mandamentos de Jesus. 
Jesus afirmou que aqueles que fazem o que Ele ordena são seus amigos (Jo 15.14). Diante do desafio colocado ao colegiado apostólico, Pedro perguntou a Jesus qual seria o ganho deles por deixarem tudo para segui-lo, ao que Jesus respondeu “cem vezes tanto, já neste tempo” e, ainda acrescentou que “no século vindouro a vida eterna” (Mc 10.30). Sendo assim, o crente que ouve e cumpre os mandamentos de Jesus tem a garantia de bênçãos nesta vida e na eternidade (Jo 5.24). O crente que cumpre os mandamentos de Deus recebe bênçãos incontáveis, como por exemplo: não é enganado pelas falsas doutrinas e nem pelo espírito do Anticristo; está pronto a perseverar até o fim, não perde o galardão que recebeu do Senhor e mantém a comunhão com o Pai e com o Filho.

SUBSÍDIO 2
Jesus é o cumprimento da lei (5.17- 48). Os oponentes de Jesus o criticavam por não guardar as minúcias das observâncias tradicionais da lei judaica. Aqui Jesus deixa claro que Ele não está ausente para destruir a lei, mas para cumpri-la e até intensificá-la. Ele fixa padrões mais altos. Seu principal interesse é a razão de a lei existir; Ele insiste que guardar a Lei começa com a atitude do coração. Por este princípio Jesus afirma simultaneamente o valor das pessoas e da lei. Neste aspecto Ele cumpre a lei antecipada por Jeremias: ‘Porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo’ (Jr 31.33b). Como sucessor de Moisés, Jesus dá a palavra final na lei. Mas o que Ele quer dizer quando fala que cumpre a lei? Não significa que Ele simplesmente a observa. Nem quer dizer que Ele anulou o Antigo Testamento e as leis (como sugerido por Márcion e os hereges gnósticos). A obra de Jesus e sua Igreja está firmemente arraigada na história de salvação. Em certo sentido, Jesus deu à lei uma expressão mais plena, e em outro, transcendeu a lei, visto que Ele se tornou a corporificação do seu cumprimento. Mateus vê o cumprimento da lei em Jesus semelhantemente ao cumprimento da profecia do Antigo Testamento: O novo é como o velho, mas o novo é maior que o velho. Não só o novo cumpre o velho, mas o transcende. Jesus e a lei do novo Reino são o intento, destino e meta final da lei.

III – OLHANDO POR NÓS MESMOS

1- Olhai por vós mesmos. 
A expressão usada por João, “olhai por vós mesmos” em 2 João 8, é praticamente uma repetição das palavras de Jesus aos seus discípulos em Marcos 13, no qual há advertências em pontos específicos, como o cuidado com o engano doutrinário e a atenção e vigilância. Em Mateus 26.41 estão registradas as palavras de Jesus para que Pedro, Tiago e João vigiassem e orassem, como uma clara advertência sobre as terríveis consequências que o pecado poderia lhes causar. Vigilância e oração são duas práticas vitais ao crente que deseja vencer a si mesmo, o pecado, o mundo e o Diabo, e isso implica olhar para si mesmo, na intenção de identificar possíveis inclinações do coração para o mal, e assim poder buscar auxílio em Deus. A falta de vigilância levou Pedro a negar Jesus por três vezes (Mt 26.31- 35,69-75). O crente deve vigiar e orar como práticas de cuidar de si mesmo.

2- Cuidados pessoais. 
Paulo advertiu ao jovem pastor Timóteo para que ele redobrasse a atenção no cuidado próprio, evitando assim a própria perdição enquanto trabalhava em salvar os outros (1 Tm 4.16). Paulo aconselhou Timóteo ao exercício pessoal na piedade, ou seja, boas práticas espirituais e ao cuidado da doutrina (1 Tm 4.7). Em um mundo imoral e perigoso, o crente deve ter os cuidados acima expostos, além de outros, especialmente no que se refere à escolha das companhias e da natureza das conversas pessoais, pois como afirma o apóstolo Paulo: “Não vos enganeis; as más conversações corrompem os bons costumes” (1 Co 15.33). Portanto, intencionalmente, dedique-se a boas práticas e a boas companhias, e sob o poder do Espírito Santo, vença o mundo.

3- Vencendo o mundo. 
Depois de discorrer sobre a urgente e permanente necessidade de vigilância e oração, além dos cuidados pessoais que o crente deve ter, aqui se apresenta a forma pela qual ele pode enfrentar e vencer o mundo, efetivamente. Destaca-se a necessidade de conhecer os desafios impostos por este tempo, além de uma vida dedicada ao preparo espiritual, bíblico e intelectual, com vistas a responder adequadamente às indagações mais comuns na atualidade (1 Pe 3.15). Considere as palavras de Charles Colson e Nancy Pearcey, na obra “O Cristão na Cultura de Hoje”‘, eles afirmam que, depois de considerar a realidade do mundo em nossos dias, o cristão deve abraçar “a verdade de Deus, entendendo a ordem física e moral que Ele criou, defendendo amorosamente essa verdade diante de seus vizinhos, e tendo a coragem de demonstrá-la em os caminhos da vida.” Portanto, vigiem, orem e cuidem de sua vida espiritual, pois assim poderás enfrentar e vencer este mundo imoral, mantendo-se firme na verdadeira e pura doutrina da Palavra de Deus.

CONCLUSÃO
Aprendemos que o mundo se encontra perdido na imoralidade, contrariando os padrões divinos, expostos e ensinados nas Escrituras. É neste mundo, nessas condições, que o crente é desafiado a se manter fiel a Deus, enfrentando e vencendo as propostas e os enganos deste sistema contrário aos princípios divinos. Esta lição reafirma a necessidade de o crente “olhar para si mesmo”, isto é, estar vigilante e em oração, conforme advertido pelo próprio Jesus, pois somente assim é que o mundo poderá ser vencido.

HORA DA REVISÃO
1- Qual o significado do termo “ética”? 
A palavra ética vem do grego ethica, de etheos, cujo sentido é “aquilo que se relaciona com o caráter”.
2- Segundo a lição, qual deve ser a postura do crente diante do mundo? 
Ele não pode retroceder para que não se perca o galardão (v. 8); não prevaricar, que é o mesmo que não ultrapassar os limites estabelecidos pela doutrina (v. g).
3- Qual a mais importante mensagem ensinada e pregada por Jesus? 
O Sermão do Monte (Mt 5-7) é a mais importante mensagem pregada e ensinada por Jesus.
4- Cite uma das bênçãos advindas do crente cumprir os mandamentos de Jesus. 
Ser amigo de Jesus.
5- Quais são, segundo a lição, as práticas vitais para o crente que deseja vencer o mundo? 
Destaca-se a necessidade de conhecer os desafios impostos por este tempo, além de uma vida dedicada ao preparo espiritual, bíblico e intelectual, com vistas a responder adequadamente às indagações mais comuns na atualidade (1 Pe 3.15).

Fonte: Revista CPAD Jovens

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)