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segunda-feira, 21 de agosto de 2023

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 9 / 3º Trim 2023


Habacuque – O justo pela sua fé viverá
27 de Agosto de 2023



TEXTO ÁUREO
“Eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá.” Habacuque 2.4

VERDADE APLICADA
O discípulo de Cristo vence perseverando em oração, confiando e esperando no agir do Senhor, enquanto cultiva o viver para a glória de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário do profeta Habacuque
Explicar que o silêncio de Deus é pedagógico
Extraiu lições do livro de Habacuque para hoje

TEXTOS DE REFERÊNCIA
HABACUQUE 1

1 O peso que viu o profeta Habacuque.
2 Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não me salvarás?
3 Por que razão me fazes ver a iniquidade e ver a vexação? Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio.
4 Por esta causa, a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o justo, e sai o juízo pervertido.
5 Vede entre as nações, e olhai, e maravilha-vos, e admirai-vos; porque realizo em vossos dias uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Sl 37.1-3 A prosperidade dos ímpios acaba.
TERÇA Sl 125.3 O cetro da impiedade não permanecerá.
QUARTA Pv 3.5-6 Devemos confiar no Senhor.
QUINTA Jr 33.3 A importância de clamar ao Senhor.
SEXTA Hb 10.38 O justo viverá da fé.
SÁBADO 1Jo 5.4 A vitória que vence o mundo: a nossa fé.

HINOS SUGERIDOS: 186, 372,427

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore a Deus pedindo para olhar para Ele e não para as circunstâncias.

INTRODUÇÃO
O profeta Habacuque, além de trazer encorajamento para tempos difíceis, ensina o cristão a alegrar-se no Senhor também nos tempos de dificuldades.

PONTO DE PARTIDA
Devemos confiar na justiça de Deus.

1- CONHECENDO O CENÁRIO DO PROFETA HABACUQUE
O profeta Habacuque viveu no reino de Judá, aproximadamente 600 a.C. Nessa época havia uma desordem interna entre o povo, foi um período de grandes incertezas morais e espirituais. Ao mesmo tempo, as nações ao redor de Judá estavam em guerra. A Babilônia estava se fortalecendo cada vez mais sobre as grandes potências que eram a Assíria e o Egito.

1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta.
Pouco se sabe sobre a vida pessoal de Habacuque. Segundo os estudiosos, o profeta foi contemporâneo de Jeremias, possivelmente presenciou a morte do rei Josias, passou pelo impiedoso reinado de Jeoaquim, pelo exílio de Daniel na Babilônia, pela deportação do rei Joaquim, e, também, pode ter testemunhado a destruição de Jerusalém, evento sobre o qual profetizou com 20 anos de antecedência.

Professor(a): Comentário Beacon: “Embora Habacuque seja chamado profeta (nabi), não é um mensageiro no sentido tradicional. A função do profeta era falar com o povo em nome de Deus para proclamar a vontade divina que foi recebida em revelação especial. No caso dele, vemos justamente o inverso: Fala com o Senhor em nome do povo. Mantém um discurso com Deus e o faz de maneira tal que quase chegamos a classificá-lo de cético em vez de profeta.”

1.2. A mensagem do profeta.
Habacuque difere de outros profetas no que diz respeito ao seu comissionamento. Ele é que se dirigiu a Deus com seus muitos questionamentos, por causa disso ele teve uma visão da parte do Senhor e recebe uma profecia que ele deveria anunciar aos seus compatriotas: “Então o Senhor me respondeu, e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa.” [Hc 2.2]. Em suma, a mensagem de Habacuque foi uma mensagem de conserto para o povo da Aliança, mas também de esperança, quando Deus finalmente restaurasse o remanescente de Judá.

Professor(a): R. N. Champlin: “O aspecto subjetivo da mensagem de Habacuque é que os justos viverão por sua fé. À parte de Isaías [Is 7.9; 28.16], nenhum outro profeta salientara o significado da fé e da oração confiante, da maneira que o fez Habacuque. (…) O tema central da profecia de Habacuque é que o justo viverá por sua fé [Hc 2.4], o que reaparece no Novo Testamento, sendo aplicado em significativos contextos [Rm 1.17; G1 3.11; Hb 10.38-39].”

1.3. O ousado questionamento do profeta.
O profeta Habacuque não conseguia entender a “demora” de Deus em punir os perversos que oprimiam ao Seu povo e, também, a infidelidade do povo de Deus. Algumas palavras de Habacuque dão a exata ideia do que acontecia naquela sociedade: “violência, iniquidade, opressão, destruição, contenda, litígio, a lei se afrouxa, a justiça nunca se manifesta, o ímpio cerca o justo, a justiça se manifesta distorcida” [Hc 1.2-4]. Ao observar tudo isso acontecendo o profeta se enche de coragem e se dirige a Deus, não com desrespeito ou arrogância, mas com sinceridade de coração, expondo-lhe as dúvidas que lhe angustiavam. Conhecedor do caráter de Deus, sabia que não havia qualquer concordância entre Deus e tudo que ele contemplava: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a vexação não podes contemplar; por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente, e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?” [Hc 1.13].

Professor(a): Comentário Warren W. Wiersbe Antigo Testamento: “Por que Deus está em silêncio e inativo? [Hc 1.1-4], Esse é o primeiro problema que confunde o profeta. Ele olhou para o mundo e viu violência [Hc 1.2-3, 9; 2.8, 17], iniquidade, opressão, contenda e litígio. A lei não era imposta, não havia proteção legal para o inocente que era sentenciado como culpado. As cortes eram manipuladas por advogados egoístas e juízes cruéis. Toda a nação sofria por causa da perversidade do governo. No entanto, parecia que Deus não fazia nada a respeito disso. Ao lado desses problemas internos, havia a ameaça do Império Babilônio que assolava o cenário político.”

EU ENSINEI QUE:
A exortação de Habacuque é que ainda que o fim da dor e a promessa demorem a se cumprir, certamente o melhor a ser feito é esperar – porque isso acontecerá e não haverá atraso algum em seu cumprimento.

2- O SILÊNCIO DE DEUS
Por que Deus fica em silêncio quando mais precisamos ouvir a Sua voz? Por vezes, por mais contraditório que pareça, são em situações assim como a vivida pelo profeta Habacuque é que há um verdadeiro encontro entre o homem e Deus. O silêncio de Deus também é pedagógico e pode trazer respostas que não se consegue perceber se a aflição superar a fé.

2.1. Até quando?
A pergunta feita por Habacuque com a expressão “até quando” continua sendo feita por diferentes pessoas e em diferentes ocasiões. “Até quando?” é o desabafo daquele que busca uma resposta que o ajude a continuar firme independente das circunstâncias. Somente Deus tem e é a resposta que todos precisam, seja qual for a pergunta. Por isso é imprescindível que num ato de fé e confiança na soberania, no amor e na misericórdia de Deus, entreguemos a Ele, sem reservas, todo e qualquer questionamento que insista em perturbar o coração e fragilizar a fé.

Professor(a): Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre de 2008, p. 41-42) escreveu sobre Habacuque 1.2: “Estas são expressões de desespero e angústia, de um cidadão que assiste, impotente, seu povo caindo no abismo profundo da impiedade. Seu único refúgio é o Senhor, o Justo e Santo Juiz. Mas onde está Ele? Onde está meu Santo [Hc 1.12]? São palavras proferidas em meio à agonia de um crente inconformado, íntegro, e intercessor, ansioso pela resposta de Deus (…) ao invés de abandonar o posto de intercessor, seus rogos se intensificaram dia a dia (…).”

2.2. Por que Deus não intervém?
Ao ler o livro de Habacuque, é possível perceber pouco a pouco o quanto esse profeta, corajosamente, expôs sua humanidade. Muitas perguntas e pouco entendimento da ação de Deus sobre questões em que as pessoas O afrontam com seu estilo de vida: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a vexação não podes contem­plar.” [Hc 1.13]. Diante dos acontecimentos que fogem ao entendimento humano e parecem claramente injustos e sem sentido, a impotência aflora e surge naturalmente a pergunta sobre como Deus pode permitir que o mal se alastre. Por que Deus não intervém? A limitação humana é um obstáculo à clara compreensão dos planos de Deus em toda a sua extensão.

Professor(a): Adilson Faria Soares (Lições Bíblicas, 2° Trimestre de 1993, CPAD, p. 29): “O profeta não compreende por que o Senhor não executa logo o juízo contra a ímpia nação judaica. (…) Quantas vezes temos dito: quem faz o mal não é punido, e prospera, mas quem é reto e faz o bem nunca prospera. Porém, Deus não dorme [Sl 121.4] e o castigo dos ímpios há de vir [Pv 10.7,16,24-25,28-30; G16.7], O Senhor, no dia aprazado, mostrará a diferença entre o ímpio e o justo [Ml 3.13-18].”

2.3. Oração como via de intimidade com Deus.
Diante do quadro da iminente invasão babilônica, um povo injusto e cruel, Habacuque questiona porque Deus nada fizera [Hc 1.13,17]. Sem obter qualquer resposta, o profeta decide subir a uma fortaleza (torre de vigia) para aguardar uma resposta de Deus, agora, em oração: “Pôr-me-ei na minha torre de vigia…para ver o que me dirá o Senhor.” [Hc 2.1]. Essa atitude foi um verdadeiro exercício de fé. Finalmente o profeta supera seu estado de perplexidade e angústias e toma uma decisão que, de fato, pode mudar todo aquele quadro de expectativas não correspondidas. Ele encontrou na oração uma via de intimidade com Deus. Só então Deus o responde e o convida a aguardar a promessa com esperança, ainda que demore. A resposta de Deus é um convite a viver pela fé [Hc 2.4], até que o livramento de Sua parte chegasse.

Professor(a): Bíblia de Estudo Plenitude, SBB, p. 989 – Verdade em ação no Livro de Habacuque: “Deus quer que façamos do nosso relacionamento com Ele a nossa maior prioridade, que nós coloquemos nossas mais profundas questões e perturbações diante dEle, esperando por respostas e suas orientações. Reserve um tempo e lugar habituais que sejam santos ao Senhor. Use tempo ouvindo Sua Palavra, à medida que você vai lendo, estudando e meditando sobre as Escrituras. Seja fiel na oração diária.”

EU ENSINEI QUE:
Ser íntimo do Senhor é apresentar-se ou estar diante dEle despojado de si mesmo; é desvelar-se, tirar as máscaras; esvaziar-se totalmente; apresentar-se como dependente unicamente dEle, do Seu amor, graça e misericórdia.

3- HABACUQUE PARA HOJE
Embora, inicialmente, Habacuque não conseguisse encontrar qualquer explicação que o ajudasse na compreensão da continuidade da opressão e da prosperidade dos seus inimigos sobre o seu povo, apesar de suas queixas e inconformismo, ele foi capaz de aprender lições que o fizeram ressignificar seu relacionamento com Deus.

3.1. Contentamento apesar do sofrimento.
Conviver com infortúnios, sofrimentos e provações, apesar de fazer parte da caminhada de todo ser humano, pode levar qualquer pessoa à armadilha da murmuração e da amargura. Habacuque ensina que duas importantes atitudes ajudam a escapar desse caminho de desânimo e desesperança: “…ainda que… Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.” [Hc 3.17-18]. Eis aí a receita: alegria no Senhor e louvor a Deus (exultar). Olhar para Deus e não para as circunstâncias é o segredo de encontrar contentamento apesar do sofrimento.

Professor(a): Adilson Faria Soares (Lições Bíblicas, 2° Trimestre de 1993, CPAD, p. 31) escreve: “Habacuque confia e se regozija em Deus [Hc 3.16-19]. Apesar da ameaça da iminente invasão babilônica (…) o profeta confia no Senhor, e nessa fé descansa e exulta no Deus da sua salvação. Infunde-nos respeito a confiança do profeta, e incita-nos à fé inabalável nas promessas e misericórdias do Senhor.”

3.2. O cântico de Habacuque.
Finalmente, Habacuque caminha em direção ao reconhecimento da soberania de Deus. O profeta não recebeu uma resposta direta sobre os problemas mencionados por ele, assim como aconteceu também com Jó. O cântico de Habacuque foi escrito mesmo que as mudanças almejadas por ele não tivessem acontecido. As questões sociais que lhe trouxeram tanto incômodo não desapareceram, o nível espiritual do povo não se elevou, as crises socioeconômicas não deixaram de existir, nem a opressão do povo babilônico enfraqueceu ou acabou. Nada naquele cenário foi mudado, a não ser o próprio profeta. Habacuque clama por misericórdia, pelo avivamento da obra do Senhor e sua manutenção ao longo dos anos [Hc 3.2], Foi ele quem experimentou a maior e melhor de todas as mudanças: deixou de ser um homem movido pela angústia e tornou-se um homem confiante na soberania de Deus.

Professor(a): Ev. Valdilon Ferreira Brandão (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre/1994, p. 39): “O terceiro capítulo de Habacuque é perfeitamente uma das mais belas expressões de fé e confiança no Deus da Bíblia. Este capítulo é um louvor, no qual o profeta canta os grandes feitos do Senhor para com o seu povo, e expressa a profunda esperança daqueles que confiam em Deus [Sl 125.1], mesmo que tudo aparentemente pareça ao contrário, e as chances de vitórias sejam as mais remotas. Este cântico começa com o clamor do profeta – 3.2, ou seja, reaviva-nos. Em outras palavras: Volte a manter conosco as mesmas relações de outrora.”

3.3. O justo viverá da sua fé.
“Eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá.” [Hc 2.4]. Duas características importantes se encontram nesta declaração. A primeira é que o soberbo confia em si, e a segunda é que o justo vive pela sua fé, ou seja ele afirma a necessidade de o cristão permanecer fiel e viver diferentemente dos padrões impostos pelo mundo. Os servos de Deus não devem promover ou compactuar com a maldade, com a violência, com a ganância, com a libertinagem ou com a idolatria. Ao final de tudo o ímpio será condenado e o justo será preservado por causa da sua confiança no Senhor

Professor(a): Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, 1995, p. 1337: “É o “justo” que, no fim, emergirá vitorioso.
(1) Os retos são contrastados com os orgulhosos e ímpios. Os corações dos justos voltam-se a Deus, pois o têm como Pai. Possuem estreita comunhão com Ele, e lhe obedecem à vontade.
(2) Os justos devem viver neste mundo mediante a sua fé em Deus. “Fé”, aqui, significa firme confiança em Deus e na retidão dos seus caminhos. É uma lealdade pessoal a ele como Salvador e Senhor. É também a perseverança moral para seguir os seus caminhos. Paulo desenvolve este tema em Romanos 1.17 e Gálatas 3.11”. O escritor da epístola aos Hebreus também menciona este princípio fundamental em 10.38.

EU ENSINEI QUE:
Apesar de os tempos de sofrimento parecerem não ter fim, o importante é saber que o Senhor sempre está atento a tudo que acontece e, por isso, podemos descansar seguros de Sua providência.

CONCLUSÃO
Diante das mazelas que nos cercam, muitos tendem a perder a esperança e a fé em Deus, que tem o controle de todos os acontecimentos. A mensagem do profeta Habacuque nos serve de advertência a sempre mantermos nossa fé na Palavra de Deus, jamais nas circunstâncias.


domingo, 20 de agosto de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 9 / 3º Trim 2023


Conselhos de Paulo a Timóteo
 27 de Agosto de 2023



TEXTO PRINCIPAL
“Conjuro- te, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos eleitos, que, sem prevenção, guardes estas coisas, nada fazendo por parcialidade.’1 (1 Tm 5.21)

RESUMO DA LIÇÃO
O líder deve ser imparcial, sem se deixar influenciar por quaisquer fatores que o leve a favoritismos.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – 1Tm 5.22 Conselho em relação às atitudes
TERÇA – 1 Tm 5 23 Conselho em relação à saúde
QUARTA – 1 Tm 1.2 O amor de um pai na fé
QUINTA – 1 Tm 4 16 Conselho em relação ao cuidado de si mesmo
SEXTA – 1 Tm 6.20 Conselho para guardar a fé
SÁBADO – 2 Tm 2.1 Conselho para se fortificar na graça

OBJETIVOS
COMPREENDER qual deveria ser o julgamento dos presbíteros;
MOSTRAR como deve ser a designação de líderes;
EXPLICAR por que Paulo aconselha Timóteo a usar um pouco de vinho na água.

INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo vamos concluir o estudo da Primeira Carta a Timóteo. Veremos a responsabilidade que os pastores têm na escolha dos presbíteros e a disciplina aplicada a eles. No decorrer da lição, enfatize que aqueles que exercem juízo não podem se esquecer de que todos estamos sujeitos ao julgamento do Juiz de toda a Terra, que a tudo vê. O caráter público da repreensão do presbítero fica bastante evidente no texto em estudo. Precisamos ter consciência de que o encobrimento de pecados enfraquece a igreja.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), peça que um aluno ou aluna, leia em voz alta 1 Timóteo 5.21. Em seguida, pergunte: “Como o líder deve agir em caso de disciplina?” Ouça os alunos com atenção. Em seguida explique que “a liderança da igreja é uma grande responsabilidade. Por mais difícil que pudesse ser, Timóteo não deveria vacilar em nenhuma das instruções de Paulo (e, particularmente, nas instruções a respeito da repreensão aos presbíteros). Qualquer disciplina ou repreensão necessária deveria ser administrada sem considerar as inclinações pessoais de Timóteo ou seu eventual favoritismo. Hoje, da mesma maneira, a liderança na igreja deve ser abordada com maturidade, fidelidade, piedade e ausência de favoritismo. A saúde de um corpo de crentes é muito mais importante que ter preferência por alguém que não satisfaz os padrões aqui estabelecidos” (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1756).

TEXTO BÍBLICO
1 Timóteo 5.21-25

21 Conjuro- te, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos eleitos, que, sem prevenção, guardes estas coisas, nada fazendo por parcialidade.
22 A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro.
23 Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades.
24 Os pecados de alguns homens são manifestos, precedendo o juízo; e em alguns manifestam-se depois.
25 Assim mesmo também as boas obras são manifestas, e as que são doutra maneira não podem ocultar-se.

INTRODUÇÃO
A lição de hoje conclui o estudo da Primeira Carta de Paulo a Timóteo. Estudaremos a respeito da responsabilidade pastoral de escolha dos presbíteros e da disciplina a eles aplicada. O apóstolo volta a advertir ao jovem pastor acerca da indispensável cautela para a ordenação desses líderes, apontando para a necessidade de um tempo de observação para conhecer eventuais pecados do candidato, assim como para ciência inequívoca de suas boas qualificações. Em um tempo em que impera a cultura da pressa, fruto da profunda ansiedade que insiste em afetar a todos nós, é salutar considerar o que a Palavra de Deus nos ensina. Precisamos ser moderados e esperar, sempre, o tempo de Deus para tudo (Ec 3.1).

I – O JULGAMENTO DOS PRESBÍTEROS

1- Sem prejulgamento ou parcialidade.
Timóteo tinha a missão de observar a conduta dos presbíteros e fazer o devido juízo, para honra ou para repreensão. Para isso Paulo o responsabilizou solenemente (“conjuro-te”), “diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos eleitos” (1 Tm 5.21). O juízo deveria ser exercido “sem prevenção”, isto é, sem prejulgamentos ou motivações subjetivas que o inclinassem previamente a favor ou contra alguém, Timóteo deveria ser imparcial, sem se deixar influenciar por quaisquer fatores que o levassem a favoritismos. Paulo o lembra de que estava diante de Deus, o Juiz de toda a terra, do Senhor Jesus, perante quem todos deveremos comparecer, e dos anjos de Deus, que participarão do Juízo Final (Gn 18.25; Hb 12.23; Ap 14.14-20).

2- A honra devida.
No versículo 17 do capítulo 5, o apóstolo prevê a retribuição especial que os pastores locais deveriam ter, em conformidade com o trabalho prestado. Os presbíteros, que governassem bem, deveriam ser “estimados por dignos de duplicada honra”. Isso incluía a remuneração pelo trabalho, como está explícito no versículo 18, no qual Paulo usa a figura “do boi que debulha”, citando o Antigo Testamento (Dt 25.4), como já havia feito na carta à igreja de Corinto (1 Co 9.9).
Também se refere ao ensino de Jesus registrado por Lucas; “I…1 digno é o obreiro de seu salário” (Lc 10.7). O reconhecimento deveria ser maior ainda para os presbíteros que trabalhassem “na palavra e na doutrina”, ou seja, pregando e ensinando as Escrituras. Conforme 1 Timóteo 3.2, todos os presbíteros deveriam ser aptos para ensinar, mas certamente nem todos o faziam.
Por isso, aqueles que se dedicassem ao ministério da Palavra deveriam ser ainda mais honrados. O texto não abona, contudo, que haja um pastor-dirigente que cuide somente de questões administrativas e não ensine a igreja, pois é a exposição da Palavra o que realmente identifica a essência da missão pastoral (Hb 13.7).

3- A repreensão devida.
O tratamento justo aos presbíteros impunha, ao mesmo tempo, a repreensão para os que pecassem. A igreja precisa ser um ambiente onde impere a justiça. Não pode ser um lugar onde as acusações levianas tenham espaço. Por isso, Paulo diz a Timóteo e para conhecimento de todos, que não deveria ser aceita acusação contra presbítero senão com duas ou três testemunhas.
O apóstolo apresenta a necessidade de um verdadeiro juízo de admissibilidade, para evitar que qualquer tipo de acusação sem lastro em provas pudesse pôr em dúvida a conduta do obreiro e macular a sua reputação, Na verdade, essa exigência de apresentação mínima de testemunhas é aplicável a todos, desde o Antigo Testamento (Dt 19.15; Mt 18.15-17). Deveria ser observada também em relação ao presbítero, certamente porque o próprio exercício do ministério pode suscitar oposições e calúnias.

4- O caráter público.
A repreensão ao presbítero deveria ser feita de forma pública. Não se poderia “abafar” o caso, ou tratá-lo reservadamente, evitando que se tornasse público. Pelo contrário! A expressão “na presença de todos” não deixa dúvida de que não havia espaço para acobertamento de pecados.
Acobertar pecados, sob a alegação de proteger a “imagem” do faltoso, além de não contribuir para sua verdadeira recuperação espiritual serve para enfraquecer o temor no corpo eclesiástico, criando um círculo vicioso de pecados e escândalos. Repreender, na presença de todos, o presbítero que pecasse, levaria “os outros” a terem temor (1Tm 5.20). Pela natureza pública do procedimento, podemos afirmar que a expressão “os outros” abrangeria a todos da igreja, já que de todos seria dado a conhecer os fatos e a disciplina aplicada.

SUBSÍDIO 1
Prezado(a) professor(a), explique que ‘uma vez que ninguém é exposto a tantas reclamações e calúnias como o ministro que serve fielmente, os presbíteros merecem mais do que somente a proteção financeira. Merecem a confiança da congregação a menos que as reclamações sejam substanciais por várias testemunhas. Em outras palavras, os ministros devem ser considerados inocentes até que seja provado o contrário, como ocorre com todas as pessoas (2 Co 13,1; cf. Dt 19.15; Jo 8.17; Hb 10.28).
Calvino disse que tal prática é um remédio necessário contra a malícia dos homens; ninguém está mais sujeito a calúnia e difamação do que os mestres piedosos’. No entanto, se as reclamações podem ser substanciadas, os pecados do presbítero não devem ser ocultados e sim expostos publicamente (v. 20.) Este exemplo público não será apenas uma forte advertência aos demais presbitério, mas também a toda a congregação.’ (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD. 2003. p. 1478.)

II- A DESIGNAÇÃO DE LÍDERES

1- Sem precipitação.
Vivemos em uma sociedade na qual tem imperado a cultura da pressa. É a chamada “sociedade fastfood”, cheia de ansiedade, estresse e depressão. Você já deve ter ouvido falar da Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA), que alguns especialistas afirmam estar atingindo mais de 80 % da população. Precisamos tomar muito cuidado para não sermos envolvidos nesse turbilhão de inquietação mundial.
Em um aspecto prático da administração eclesiástica, Paulo trata disso com Timóteo ao falar sobre a designação de líderes para a igreja de Éfeso. O jovem pastor deveria ser cauteloso e não impor precipitadamente as mãos sobre ninguém (1 Tm 5.22). A ordenação de obreiros precisa ser fruto de um processo rigoroso de observação de condutas, visando identificar as qualificações previstas no capítulo 3 em Primeira a Timóteo.

2- Pecados evidentes.
No versículo 24, Paulo trata dos pecados evidentes, que podem ser observados com mais facilidade na vida de um candidato a líder espiritual. Todavia, o apóstolo adverte a Timóteo de que alguns pecados somente se manifestam ao longo do tempo, daí a necessidade de espera e análise da conduta. De fato, existem pecados que podemos chamar de flagrantes.
Outros, contudo, costumam ficar escondidos, e até disfarçados em comportamentos aparentemente sadios. Pecados menos patentes, como o orgulho, a soberba e a rebeldia, que geralmente só se manifestam com o tempo, diante de situações específicas às quais a pessoa é submetida, também serão julgados pelo Senhor.

3- Boas obras.
Da mesma forma que os pecados, também existem boas obras que facilmente são percebidas. Outras, contudo, que não são feitas em público, somente com o tempo aparecem. Essas, na verdade, costumam ser as mais autênticas. Assim , ao se impressionar com boas ações logo no começo, Timóteo poderia ser enganado. Como diz o conhecido adágio: “Nem tudo que reluz é ouro”.
Alguns exegetas entendem que a expressão “as que são doutra maneira não podem ocultar-se” (1 Tm 5.25) diz respeito a más obras e não a boas obras. Assim, o sentido seria: boas obras aparecem facilmente, mas as más obras costumam ser ocultadas. Por isso, é preciso esperar com paciência, para que os verdadeiros frutos apareçam, sejam bons, sejam maus (Mt 7.15-23).

SUBSÍDIO 2
Professor(a), explique que “existem pessoas, Paulo assinala, cujos pecados são imediatamente óbvios, estando diante deles para julgamento – um outro modo de dizer que até o pastor mais inexperiente e sem discernimento não tem desculpas por não tê-los notado. Existem outros, porém, cujos pecados vêm como rastro de cada um deles; isto é, só serão trazidos à luz quando comparecerem na presença do Juiz que tudo vê. A existência de tais pessoas sublinha a necessidade de se ter um extremo cuidado ao selecionar os ministros.” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. p. 1478.)

III- UM POUCO DE VINHO

1- A questão da abstinência.
Paulo recomenda a Timóteo que não bebesse somente água, mas que usasse “um pouco de vinho” (1Tm 5.23). Alguns eruditos vêem neste versículo certo embaraço para o entendimento vigente em nossas igrejas, de abstinência total de vinho ou de quaisquer bebidas alcoólicas. Por outro lado, alguns intérpretes consideram que a referência do apóstolo seria ao vinho não fermentando ou não embriagante.
A dificuldade apontada pelos eruditos é apenas aparente, porque o texto é absolutamente claro quanto ao propósito do uso do vinho, que era medicinal e não embriagante. Assim, se fermentado ou não, não há, na recomendação de Paulo, a mínima margem para se interpretar o sancionamento do uso do vinho para fins embriagantes. O exame da motivação resolve a equação.

2- Os males do vinho.
São diversos os textos bíblicos que apontam para os perigos do vinho, razão que bem fazemos em nos manter longe dele, assim como de qualquer bebida embriagante (Pv 23.29-32; Is 28.7; Ef 5.18). Provérbios 20.1 diz: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio”. Como já afirmamos em lição anterior, não são poucos os exemplos de terríveis tragédias na vida de pessoas que escolheram relativizar essa recomendação.
Em Jeremias 35.6-19 temos o belíssimo exemplo dos recabitas. Eles se mostraram zelosos pelo ensino de seu pai Jonadabe, filho de Recabe, abstendo-se totalmente de vinho e foram honrados por Deus.

3- As enfermidades de Timóteo.
O texto bíblico não explicita que enfermidade Timóteo enfrentava. Pela expressão paulina, acredita-se que ele tinha problemas estomacais, o que se atribui à baixa qualidade da água. Conforme Donald Stamps, “Timóteo começara a ter distúrbios gástricos, provavelmente devido ao teor de álcali [metais alcalinos como o lítio, o sódio e o potássio na água em Éfeso. Paulo, portanto, declara que ele devia usar um pouco de vinho com aquela água para neutralizar os efeitos daninhos da alcalinidade.”
Mas Paulo menciona também “frequentes enfermidades”, de forma indeterminada. Talvez fosse efeitos colaterais, decorrentes do problema estomacal, o que indica que Timóteo tinha uma certa debilidade em sua saúde. Isso provavelmente representava um desafio a mais na vida daquele jovem obreiro. Uma razão a mais para seu mentor espiritual demonstrar preocupação e encorajamento. É reconfortante quando vemos líderes que se preocupam, de verdade, com a vida de seus liderados, demonstrando como, no Reino de Deus, se valoriza não apenas o trabalho do obreiro, mas a pessoa em todos os aspectos. Isso é fruto de verdadeiro amor e sincera afeição.

PENSE! O caminho da obediência é o que realmente agrada a Deus (1 Sm 15.22).
PONTO IM PORTANTE! Deus valoriza não apenas o trabalho do obreiro, mas a pessoa em todos os aspectos.

CONCLUSÃO
Concluímos essa lição com essa nota da afetuosidade que havia entre Paulo e Timóteo, um jovem cooperador que servia ao lado do apóstolo “como filho ao pai” (Fp 2.22). Timóteo havia se entregado à mentoria de Paulo desde os primeiros anos de sua fé (At 16,1-5). Foi obediente e fiel em todas as missões que recebeu. Que o Senhor continue levantando “Paulos” e “Timóteos” para o bem de sua Igreja.

HORA DA REVISÃO
1- Que fatores seriam motivos de duplicada honra aos presbíteros?
Os presbíteros, que governassem bem e os que trabalhavam assim “na palavra e na doutrina”.
2- Por que os presbíteros deveriam ser repreendidos na presença de todos?
Para que os outros que não haviam pecado tivessem temor. Também para que não houvesse espaço para acobertamento de pecados.
3- Por que é preciso ter cautela na ordenação de obreiros?
Porque a ordenação de obreiros precisa ser fruto de um processo rigoroso de observação de conduta, visando identificar as qualificações previstas no capítulo 3 em Timóteo.
4- Por que Timóteo deveria tomar um pouco d e vinho? 
Devido suas frequentes enfermidades e do estômago.
5- Que lição tiramos da atitude de preocupação de Paulo com Timóteo?
Que é reconfortante quando vemos líderes que se preocupam, de verdade, com a vida de seus liderados, demonstrando como, no Reino de Deus, se valoriza não apenas o trabalho do obreiro, mas a pessoa em todos os aspectos.

Fonte: Revista CPAD Jovens

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 9 / 3º Trim 2023



Uma Visão Bíblica do Corpo
27 de Agosto de 2023



TEXTO ÁUREO
“Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.” (1 Co 6.13b)

VERDADE PRÁTICA
O corpo e o templo do Espírito Santo e, por isso, deve ser conservado em santificação até a volta de Cristo

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Gn 2.7 O homem recebeu o fôlego da vida diretamente de Deus
Terça – 1 Ts 5.23 O ser humano é constituído de espírito, alma e corpo
Quarta – 1 Co 6 .20 Devemos glorificar a Deus em nosso corpo
Quinta – 1 Co 6.19; Ef 1.13 O corpo do crente salvo é templo e morada do Espírito Santo
Sexta – Rm 8.23; Fp 3.21 A transformação do corpo mortal conforme o corpo glorioso de Cristo
Sábado – Ec 12.14 Todos os nossos atos estarão sob o juízo divino

Hinos Sugeridos: 5,159, 581 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 6.12-20

12 – Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.
13 – Os manjares são para o ventre, e o ventre, para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.
14 – Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder.
15 – Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo.
16 – Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz -se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne.
17 – Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito.
18 – Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo.
19 – Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?
20 – Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Uma visão materialista do corpo despreza a perspectiva bíblica que eleve o corpo ao propósito da vontade de Deus. Na Bíblia, a doutrina bíblica da glorificação final do corpo do crente tem muito a nos dizer a respeito do corpo terreno. Há um propósito divino no corpo para vivermos de acordo com a Palavra de Deus diante de uma cultura que tende a descartá-lo e desvalorizá-lo. Que o Senhor nos ensine a como servi-lo por meio do nosso corpo.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos d a Lição:
I) Ensinar a criação do ser humano;
II) Expor a visão bíblica do corpo;
III) Contrapor a visão secular do corpo.
B) Motivação: A Bíblia usa a imagem do templo para se referir ao corpo como um a habitação do Espírito Santo. Essa imagem revela o propósito de Deus para o corpo do cristão e o quanto se deve levar em conta o cuidado com ele. Esta lição nos estimula a cultivar uma visão bíblica e elevada a respeito do nosso corpo.
C) Sugestão de Método: Introduza o segundo tópico com a seguinte pergunta: O que é glorificação final do corpo? Deixe que os alunos respondam. Ouça-os com atenção. Em seguida exponha o segundo tópico, enfatizando o subtópico que trata o assunto da ressurreição, trabalhando a imagem do corpo que o nosso Senhor apareceu aos discípulos por ocasião da sua ressurreição. É uma imagem muito poderosa para consolidar o entendimento da glorificação final do corpo.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Há uma doutrina bíblica a respeito do corpo. Essa doutrina tem a ver com a esperança que cultivam os para o dia de nossa completa redenção. O corpo que temos hoje será transformado. Por isso, o apóstolo Paulo nos exorta: “ todo vosso espírito, alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5-23).
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “A Cura da Alienação” ampliá o primeiro tópico com uma reflexão a respeito de uma perspectiva não alienante das coisas;
2) O texto “Glorificando a Deus no Corpo ”amplia o segundo tópico com uma reflexão a respeito de como a Bíblia se refere ao corpo.

INTRODUÇÃO
Deus criou o ser humano para o louvor da sua glória (1 Co 6.20). Em vista disso, Ele espera do homem regenerado uma vida de santidade (1 Pe 1.15). Contudo, os conceitos secularistas propagam uma forma de vida independente dos preceitos divinos. Nesta lição, vamos estudar a criação do homem e as características do corpo humano nas Escrituras e correlacionar esse tema com a visão secular do corpo hoje. Nossa finalidade é apresentar a visão bíblica do corpo, seu propósito e sua glorificação final.

PALAVRA-CHAVE: CORPO

I- A CRIAÇÃO DO SER HUMANO

1- A origem da raça humana.
O homem é o único ser vivo criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26,27). Por isso, nossa Declaração de Fé ensina que fomos criados por um ato sobrenatural, imediato, e não por um processo evolutivo. Assim, o homem (adham) foi formado do pó úmido da terra (Gn 2.7). Interessante notar que o uso do hebraico adham denota nome próprio, mas também genérico, significando “homens” e “humanidade” (Sl 73.5; Is 31.3). Logo, Adão foi o primeiro homem a ser criado (Gn 2.15,19,20); e Eva, a primeira mulher, formada do corpo de Adão (Gn 2.22; 3.20). Além disso, homem e mulher são descritos como criaturas da terra, porém , Deus “soprou em seus narizes o fôlego da vida” (Gn 2.7b). Ele não fez isso com os animais. O sopro de Deus foi a outorga do nosso espírito e isso nos distingue dos demais seres criados.

2- A constituição do ser humano.
Nossa Declaração de Fé professa que a natureza humana consiste num a parte externa, o corpo ou a carne (Gn 6.3; Sl 78.39), chamada de “homem exterior”; e uma parte interna, denominada de “homem interior”, composta de espírito e alma (2 Co 4.16; 1 Ts 5 23). Essa constituição humana é denominada de tricotomia, isto é, três substâncias: espírito, alma e corpo (Hb 4.12). Exemplo dessa estrutura pode ser observada na pessoa de Cristo (Lc 23.46; 24.39). A Bíblia de Estudo Pentecostal leciona que o nosso espírito é o componente pelo qual se tem comunhão com o Espirito de Deus. E a alma é definida pelos aspectos da mente, emoções e vontade. O corpo é a parte que volta ao pó e que, no caso dos salvos, será transformado no dia da ressurreição (1 Co 15.42).

3- Queda e restauração humana.
A Bíblia revela que todas as áreas de nosso ser foram afetadas pelo pecado (Rm 7.20-23). Conforme a Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal, embora constituída de três substâncias, se o ser humano for afetado em um elemento de sua constituição humana, ele será afetado inteiramente. Nessa perspectiva, a vida espiritual não pode estar desassociada de seu corpo: “glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Co 6.20). Desse modo, a conduta irrepreensível do cristão é requerida no espírito quanto na alma e no corpo (1 Ts 5.23). Isso quer dizer que a santificação deve atingir a parte material e imaterial do homem. Contudo, essa restauração somente é possível por meio do sangue de Cristo, pela ação do Espírito e pela Palavra de Deus (1 Pe 1.15-25).

SINOPSE I
Deus criou o ser humano e o constituiu de corpo, alma e espírito.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“A POSITIVIDADE DO CORPO
[…] Paulo não fala também do ‘corpo do pecado’ (Rm 6.6)? E isso não significa que o corpo é a fonte do mal? Não. O contexto deixa claro que Paulo está falando que o corpo pode tornar-se um instrumento do pecado – mas pode também se tornar um instrumento de justiça: ‘Não sabeis vos que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?’ (v.16). O problema não é o corpo, mas o pecado. O corpo é apenas o lugar onde a batalha entre o bem e o mal é encarnada.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a obra Ama Teu Corpo, Editora CPAD, p.45.

AUXÍLIO APOLOGÉTICO
“A CURA DA ALIENAÇÃO
Devemos, portanto, responder com uma defesa bíblica do corpo. Devemos encontrar maneiras de curar a alienação entre corpo e pessoa. O ponto de partida é uma filosofia bíblica da natureza. A Bíblia proclama o profundo valor e dignidade do mundo material — incluindo o corpo humano — como obra das mãos de um Deus amoroso. É por isso que a oralidade bíblica coloca grande ênfase no fato da encarnação humana. O respeito pela pessoa é inseparável do respeito pelo corpo. Afinal de contas, Deus poderia ter escolhido fazer-nos como os anjos — espíritos sem corpo. Ele poderia ter criado um mundo espiritual onde flutuássemos por aí. Pelo contrário, Ele criou cada um de nós com corpos materiais e em um universo material. Por quê? Claramente, Deus valoriza a dimensão material e quer que a valorizemos também. A Bíblia trata corpo e alma como dois lados de uma mesma moeda. A vida interior da alma é expressa por intermédio da vida exterior do corpo. Isso é destacado pelo paralelismo característico da poesia hebraica: (A minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito’ (Sl 63.1); ‘Pois a nossa alma está abatida até ao pó; o nosso corpo, curvado até ao chão” (Sl 4 4.25); ‘Guarda [as minhas palavras] no meio do teu coração. Porque são vida para os que as acham e saúde, para o seu corpo’ (Pv 4.21,22); ‘Enquanto eu m e calei [me recusei a me arrepender], envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia” (Sl 32.3). Em certo sentido, o nosso corpo tem primazia diante de nosso espírito. Afinal de contas, o corpo é a única maneira que temos para expressar a nossa vida interior ou para conhecer a vida interior de outra pessoa. O corpo é o meio pelo qual o invisível é feito visível” (PEARCEY, Nancy. Ama Teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 20 21, p.36).

II – A VISÃO BÍBLICA DO CORPO

1- Parte exterior do homem.
O termo corpo (do grego, soma) normalmente identifica a parte exterior do ser humano (Mt 10.28; 1Co 15.38). O termo carne (do grego, sarx), quando se refere ao homem físico, inclui a sua dimensão exterior (Lc 24.39 ; At 2.31). Ambos os termos indicam a parte visível e material da natureza humana. o corpo é o invólucro da parte imaterial do ser humano; ele envelhece e morre, ocasião em que alma e espírito o deixam (Gn 35.18; Tg 2.26). A carne (corpo) geralmente é descrita em sentido negativo: “na minha carne, não habita bem algum” (Rm 7.18). Entretanto, esse tom depreciativo diz respeito à natureza pecaminosa do homem e não especificamente ao corpo físico. Assim sendo, nossa Declaração de Fé rejeita a ideia de ser o corpo uma prisão da alma e do espírito ou de ser inerentemente mau e insignificante.

2- Templo do Espírito Santo.
A Escritura declara que “o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor” (1 Co 6.13b). Isso significa que o corpo pertence ao Criador e a Ele deve estar unido (1 Co 6.17). Nesse sentido, essa parte material do salvo deve ser santa e usada para glorificar a Deus (1 Co 6.20b). Em 1 Coríntios 6, lemos que os corpos dos salvos são metaforicamente membros do Corpo de Cristo (1 Co 6.15; cf. Rm 12.4,5). Por isso, eles não devem praticar atos imorais (Rm 6.13,19; 1 Co 6.15,16). Aqui, o cristão é exortado a não pecar contra o próprio corpo (1 Co 6.18), pois um resgate de alto preço foi pago por Cristo (1 Co 6.20a) tornando o crente templo e morada do Espírito Santo (1 Co 6.19; Ef 1.13). Portanto, como santuário, o corpo nunca deve ser profanado por impureza alguma.

3- Glorificado na ressurreição.
A ressurreição de Cristo aniquilou o império da morte (Hb 2.14,15) e garantiu a nossa ressurreição (1 Co 6.14; 2Co 4.14). Entre a morte e a ressurreição há um estado intermediário, onde a parte imaterial do ser humano subsiste de modo consciente (Lc 9.28-31; 16.22-31). Contudo, nosso corpo carnal não pode herdar o Reino de Deus (1 Co 15.50). Por isso, a última etapa de nossa salvação é a glorificação (Rm 8.30). Inclui a redenção e a transformação de nosso corpo mortal conforme o corpo glorioso de Cristo (Rm 8.23; Fp 3.21). Esse evento ocorrerá quando Jesus voltar (1Ts 4.13-17). Na ressurreição, a parte imaterial será reunida em um corpo incorruptível, glorificado, espiritual e imortal (1 Co 15.42-44,52-54). Assim, a morte é o último inimigo a ser vencido (1 Co 15.26).

SINOPSE II
A visão bíblica do corpo tem a ver com o exterior do homem, como imagem de templo do Espírito, com a ressurreição e a glorifica ao final.

AUXÍLIO APOLOGÉTICO
GLORIFICANDO A DEUS NO CORPO
“É possível quebrar o poder da escravidão do pecado: ‘Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências’ (Rm 6.12). A única resposta apropriada a tal graça libertadora é: ‘glorificai, pois, a Deus no vosso corpo’ (1 Co 6.20), ou, de maneira mais completa: ‘apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional’ (Rm 12.1). É emocionante pensar que Deus quer mesmo se relacionar conosco em nosso corpo, amando nosso formato e tamanho específico, as nossas peculiaridades corporais, a nossa aparência física. Deus quer amar-nos e interagir conosco não apenas espiritualmente, mas também em nosso ser integral” (PEARCEY, Nancy. Ama Teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp.45-46)

III – A VISÃO SECULAR DO CORPO

1- Hedonismo e narcisismo.
Zelar e manter o corpo saudável é uma forma de glorificar a Deus (1Co 6.20). Contudo, em tempos pós-modernos de busca da felicidade, o hedonismo e o narcisismo são incutidos na sociedade. Com hedonismo, nos referimos ao estilo de vida em que a obtenção do prazer e a fuga do sofrimento são prioridades. Nesse aspecto, tudo é permitido. Com narcisismo, aludimos ao amor excessivo que uma pessoa tem por si própria. De acordo com essa abordagem, refere-se ao indivíduo que, de modo insensato, persegue o corpo ideal por meio da boa estética a qualquer custo e se porta com ostentação em busca da autorrealização e de ser admirado. Em oposição a essa cultura, Paulo ensina: “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém” (1 Co 6.12a).

2- Erotização e libertinagem.
Ao for­mar o ser humano, Deus também criou a sexualidade (Gn 1.27128). Portanto, não se trata de algo impuro. O pecado não está no sexo, mas na perversão de seu propósito. Nossa Declaração de Fé leciona que a relação sexual não só para procriar, mas também para o prazer dentro dos limites do matrimônio e do uso natural do corpo (Rm 1.26,27; Hb 13.4). Todavia, em nossos dias, a erotização do corpo é explorada nas mídias, artes, músicas e literaturas. O objetivo é seduzir e estimular as práticas sexuais ilícitas. Como resultado, a licenciosidade, isto é, a conduta sexual desregrada e imoral, prolifera assustadoramente (1 Co 6.10). Diante disso, o apóstolo Paulo adverte: “todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” (1Co 6.12b).

3- Liberdade e autonomia.
A Bíblia atesta que o homem é dotado de livre-arbítrio (Gn 2.16,17). Isso indica autonomia para tomar as próprias decisões e se autogovernar. Somos livres, porém, todos os nossos atos serão alvo do juízo divino (Ef 12.14). Não obstante, no atual cenário, ideias secularistas promovem a banalização do corpo. O existencialismo ateu, por exemplo, afirma que para descobrir o sentido da vida, o homem deve usufruir de liberdade incondicional. Nesse aspecto, livre de qualquer moral divina, o indivíduo passa a exercer total controle sobre o corpo. Desse modo, seus adeptos atuam contra o corpo na legalização do aborto, da prostituição, das drogas, do suicídio assistido, dentre outros. Contrário a esse ativismo, o apóstolo Paulo assevera: “não sabeis […] que não sois de vós mesmos?” (1 Co 6.19).

SINOPSE III
O hedonismo, o narcisismo, a erotização e a libertinagem fazem parte de uma visão secular do corpo.

CONCLUSÃO
Criado da terra, a imagem e semelhança divinas, o homem é constituído de três substâncias: espírito, alma e corpo (1Ts 5.23). Nessa concepção, não podemos pecar com o corpo sem afetar o espírito e a alma (1Co 6.15-17). O corpo é morada do Espírito, que não habita em santuário impuro (1Co 6.18,19). Na vinda de Cristo, o corpo dos santos será glorificado (1 Co 15.52). Assim, o corpo não deve ser tratado como algo pejorativo. O princípio de cuidado e santidade do corpo deve ser observado pelos que pertencem a Deus (1 Co 6.20).

REVISANDO O CONTEÚDO
1- Como a nossa Declaração de Fé expressa nossa constituição humana?
Nossa Declaração de Fé professa que a natureza humana consiste num a parte externa, o corpo ou a carne (Gn 6.3; Sl 78.39 ), chamada de “ homem exterior”; e uma parte interna, denominada de “ homem interior”, composta de espírito e alma (2 Co 4.16 ; 1 Ts 5.23). Essa constituição humana é denominada de tricotomia, isto é, três substâncias: espírito, alma e corpo (Hb 4 12 ).
2- Como é requerida a irrepreensível conduta do cristão?
Conduta irrepreensível do cristão é requerida no espírito, na alma e no corpo (1 T s 5.23).
3- Como o corpo é identificado na Bíblia? 
O termo corpo (do grego, soma) normalmente identifica a parte exterior do ser humano (Mt 10.28; 1Co 15.38). O termo carne (do grego, sarx), quando se refere ao homem físico, inclui a sua dimensão exterior (Lc 24-39; At 2.31). Ambos os termos indicam a parte visível e material da natureza humana.
4- Por que os corpos dos salvos não devem praticar atos imorais?
Porque a parte material do salvo deve ser santa e usada para glorificar a Deus (1 Co 6.20b). Em 1 Coríntios 6, lemos que o s corpos dos salvos são metaforicamente membros do Corpo de Cristo (1 Co 6.15; cf. Rm 12.4,5).
5- No atual cenário, o que as ideias secularistas promovem?
Hedonismo, narcisismo, erotização, libertinagem etc.

VOCABULÁRIO
Outorga: De outorgar: dar como favor; dar poderes a; facultar, conceder, conferir.

Fonte: CPAD

CONHEÇA ESSA ANÁLISE APROFUNDADA: O Espinho na Carne



 Veja mais uma passagem bíblica que vai nos ajudar a entender que espinho é esse que Paulo menciona.

"E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar." 2 Coríntios 12:7

Assista essa interpretação clicando aqui.

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

PREGAÇÃO: A Visão da Graça

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terça-feira, 15 de agosto de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 8 / 3º Trim 2023


AULA EM 20 DE AGOSTO DE 2023 - LIÇÃO 8
(Revista Editora CPAD)

Tema: Transgênero – Que Transrealidade é Essa

TEXTO ÁUREO
“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á a sua mulher, e serão ambos uma carne.” (Gn 2.24)

VERDADE PRÁTICA
A sexualidade biblica é heterossexual, biologicamente definida conforme o sexo divinamente criado.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mc 10.6 A formação biológica e binária do ser humano
Terça – Gn 1.26 O homem foi criado à imagem e semelhança moral de Deus
Quarta – 1 Co 7.3,4 Monogamia e heterossexualidade como modelos bíblicos da sexualidade
Quinta – 1 Ts 5.23 O homem é formado de partes material (corpo) e imaterial (espírito e alma)
Sexta – Gn 1.27; 2.24 O gênero do corpo é definido pelo sexo de criação: homem ou mulher
Sábado – Mt 19.4-6 A anatomia dos sexos serve ao propósito divino da sexualidade e da reprodução

Hinos Sugeridos: 124 ,125, 525 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 2.7,18-25
7 – E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
18 – E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
19 – Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra, todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
20 – E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 – Então, O Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 – E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 – E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
24 – Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
25 – E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.

INTRODUÇÃO
- "Biblicamente, os seres humanos possuem um sexo biologicamente determinado, de conformação heterossexual (Gn 2.24). No entanto, a desconstrução dos valores e a revolução sexual apresentam novas formas de sexualidade, dentre elas, a transgeneridade."
, essas novas formas de sexualidade são divulgadas por muitos órgãos de mídia sob a chancela dos governos. As ideologias de gênero são amplamente defendidas em universidades e escolas. Atualmente os ativistas das ideologias de gêneros rechaçam e perseguem, por meio das redes sociais, todos os que se opõem à essas novas formas de sexualidade contrárias à Palavra de Deus.
- "Nesta lição, veremos as características desse fenômeno, a visão bíblica de sexo, gênero e os efeitos da ideologia Transgênero. Nosso objetivo é reafirmar a vontade de Deus quanto ao ser humano viver de maneira coerente com o propósito divino por meio de seu sexo biológico.", em termos práticos podemos elencar dois motivos básicos para esse estudo: poder defender a nossa fé e nosso posicionamento segundo à Palavra de Deus; e também poder aconselhar os nossos jovens e adolescentes que são constantemente aliciados por essas ideologias.

I – COMPREENDENDO O PENSAMENTO DA TRANSGENERIDADE

1- Identidade de gênero.
- "O gênero identifica os seres inequívocos do sexo masculino e feminino. Não obstante, na década de 1970, as feministas usavam o termo “gênero” para o diferenciar do “sexo anatômico. As ciências sociais passaram a enfatizar que o comportamento social dos gêneros é estabelecido pela cultura e não pelas características biológicas do sexo."
, ou seja, para as feministas desde a década de 70 o sexo anatômico (aquele que é definido pela anatomia da genitália) diferencia apenas o que é macho e fêmea, e o gênero seria um imposição da sociedade. Dessa forma, as feministas acreditavam e acreditam que a pessoa nasce com uma genitália, seja masculina ou feminina, mas o gênero ela deve escolher livremente.

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ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 8 / 3º Trim 2023


AULA EM 20 DE AGOSTO DE 2023 - LIÇÃO 8
(Revista Editora Betel)

Tema: Naum – O Deus de Misericórdia e Justiça

TEXTO ÁUREO
“O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nele.” Naum 1.7

VERDADE APLICADA
Quando estamos no centro da vontade de Deus, Sua proteção e a Sua justiça estão sobre nós.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário da mensagem de Naum
Falar acerca da Bondade da Ira de Deus
Extrair lições do livro de Naum para os nossos dias

TEXTOS DE REFERÊNCIA

NAUM 1
1 Peso de Nínive. Livro da visão de Naum, o elcosita.
2 Senhor é um Deus zeloso e que toma vingança; o Senhor toma vingança e é cheio de furor; o Senhor toma vingança contra os seus adversários e guarda a ira contra os seus inimigos.
3 O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em força, e ao culpado não tem por inocente; o Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés.
7 O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nele.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Na 1.1-7 A justiça e misericórdia de Deus.
TERÇA Na 1.8-15 O livramento do povo de Deus.
QUARTA Na 2.1-5 O cerco de Nínive.
QUINTA Na 2.13 “Estou contra ti, diz o Senhor dos Exércitos”.
SEXTA Na 3.1-7 Os delitos de Nínive.
SÁBADO Na 3.8-19 A ruína de Nínive é inevitável.

HINOS SUGERIDOS: 12,48, 70

INTRODUÇÃO
- "A mensagem do profeta Naum é que Deus detém o controle da história. Por isso, Ele trará justiça e esperança em todo mundo, mesmo nos tempos mais sombrios da história.", o livro do profeta Naum apresenta o poder e a grandeza de Deus. É um livro que nos conduz à reflexão de quem é o nosso Deus e das coisas que Ele pode fazer. E também anuncia a vingança do Senhor contra os inimigos do Seu povo.

1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA NAUM

1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta.
- "A única informação concreta sobre o profeta Naum é o seu nome. Não mais se sabe ao seu respeito. É possível que Naum tenha sido contemporâneo do profeta Sofonias, do profeta Jeremias e, também, do profeta Habacuque.", essa conclusão se dá devido à uma certa semelhança das narrativas proféticas. Isso indica que os profetas passaram pelos mesmos problemas com Judá e com a Assíria e suas profecias pouco ou nada mencionam sobre o reino do Norte, indicando que esse reino já havia ido para o cativeiro.
- "Seu nome significa “conforto, confortados”, que deriva do verbo “arrepender-se”. Este homem de Deus é descrito como “o elcosita” [Na 1.1], ou seja, um nativo da vila de Elcos. Existem muitas teorias sobre a localização desse local, mas não foi possível descobrir sua identificação geográfica. Presume-se que ficava nas proximidades de Judá [Na 1.12-13, 15].", a vila de Elcós hoje fica próxima a Ma'alot-Tarshiha perto da fronteira com o Líbano, essa vila foi fundada em 1949, ela recebeu esse nome por estar no mesmo lugar em que ficava a vila de Elcós do Antigo Testamento, de onde veio Naum.

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MENSAGEM DA PALAVRA DE DEUS - O LENÇO DOBRADO

DE ACORDO COM A BÍBLIA, PEDRO E JOÃO CORRERAM AO SEPULCRO DE JESUS, MAS JOÃO CORREU MAIS QUE PEDRO, PORÉM, AO CHEGAR NA ENTRADA DO SEPULCRO ELE PAROU.

POR QUE SERÁ QUE ELE PAROU????
E O QUE SIGNIFICA O LENÇO ESTAR ENROLADO NUM LUGAR A PARTE?
POR QUE JOÃO TEVE O CUIDADO DE RELATAR ESSES DETALHES?

APRENDA COM ESSA INSTRUTIVA PREGAÇÃO:




 Assista essa pregação no youtube clicando aqui!

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 8 / 3º Trim 2023


Vamos aprender com a 2º Carta de Pedro
20 de Agosto de 2023



LEITURA BÍBLICA
2 Pedro 1.3-11; 3.11-15

A MENSAGEM
Que a graça e a paz estejam com vocês e aumentem cada vez mais, por meio do conhecimento que vocês têm de Deus e de Jesus, o nosso Senhor! 2 Pedro 1.2

DEVOCIONAL
Segunda » Mt 24.4,5
Terça » Jd 1-3
Quarta » 1 Ts 5.1,2
Quinta » 1 Tm 6.3-5
Sexta » Ef 4.11-16
Sábado » 2 Pe 3.18

OBJETIVOS
MOSTRAR uma visão panorâmica da Segunda Carta de Pedro;
REFLETIR sobre a promessa da volta de Jesus Cristo;
DESTACAR a importância do crescimento espiritual

EI PROFESSOR!
Querido (a) professor (a), de acordo com o escritor Jader Fagundes, em seu livro “Manual Prático de Liderança com Jovens”, da CPAD, “os jovens de hoje, que estão entre 16 e 24 anos, estão na Web; pelo menos 90% da população dessa idade acessa cerca de 3h40 por dia, isso efetivamente, porque a partir dos smartphones podemos estar on-line 24 horas ou até quando durar a bateria . Assim, os adolescentes estão cada vez mais expostos aos falsos professores e seus ensinos, razão pela qual você precisa ser presente e atuante na vida dos seus alunos, Fique atento ao que eles falam na sala de aula. Direcione-os a boas leituras e a bons conteúdos, inclusive nas redes sociais. Boa aula!

PONTO DE PARTIDA
A “Declaração de Fé das Assembleias de Deus, no capítulo XXII, a respeito da vinda de Cristo, diz “cremos, professamos e ensinamos que a Segunda Vinda de Cristo é um evento a ser realizado em duas fases. A primeira é o arrebatamento da Igreja antes da Grande Tribulação, momento este em que nós os que estivermos vivos. seremos arrebatados’ (1 Ts 4.17); a segunda fase é a sua vinda em glória depois da Grande Tribulação e visível aos olhos humanos: Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram e todos as tribos da terra se lamentarão sobre ele Sim! Amém! (Ap 1.7)”. Considere essas informações ao apresentar o segundo tópico da lição.

VAMOS DESCOBRIR
A vinda de Cristo e a necessidade de crescimento espiritual são temas importantes a todos os discípulos de Jesus. Por essa razão, na aula de hoje, teremos a oportunidade de, a partir da Segunda Carta de Pedro, aprofundarmos nosso conhecimento sobre esses assuntos. Afinal, a qualquer momento, Jesus Cristo irá voltar para buscar sua Igreja e temos de estar preparados.

Hora De Aprender

I – UMA VISÃO PANORÂMICA DA SEGUNDA CARTA DE PEDRO

1- O autor da Carta:
Na saudação da Carta, o autor se apresenta como “Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo” (2 Pe 1.1). Dessa forma, ele demonstra tanto sua humildade ao se identificar como “servo”, quanto sua autoridade ao se qualificar como “apóstolo” de Jesus.

2- Para quem a Carta foi escrita?
A Carta é direcionada a pessoas que “por causa da bondade do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, receberam uma fé tão preciosa” (2 Pe 1.1). Tal declaração é abrangente e genérica, entretanto, com a ajuda do capítulo terceiro desta Carta, onde o autor diz que “esta é a segunda carta que estou escrevendo a vocês” (2 Pe 3.1), somos levados a conclusão de que os destinatários são os mesmos da Primeira Carta.

3- Afinal de contas, por que a carta foi escrita?
Pedro escreveu essa Segunda Carta, provavelmente de Roma, por volta de 66 a 68 d.C., pouco antes de sua morte (2 Pe 1.14,15). Ela foi escrita devido a um problema interno na igreja local: os falsos professores e seus ensinos. O apóstolo escreveu com a finalidade de alertar os irmãos e encorajá-los a crescerem na fé e no conhecimento de Jesus Cristo (2 Pe 3.18).

I- AUXÍLIO DEVOCIONAL
“Cuidado! Atenção! Perigos! Sinais de advertência aparecem de todas as formas e tamanhos. Você os vê na estrada, na TV, nos frascos de remédios e de outros produtos. Os sinais e os boletins noticiários existem para nos livrar de sermos feridos ou prejudicados. Segunda Pedro é uma carta de advertência – de um corajoso, experiente e fiel seguidor de Cristo. Três anos antes, Pedro escrevera para encorajar os crentes que estavam sendo atacados por causa de sua fé em Cristo.
Uma vez que a perseguição aumentava em Roma, o apóstolo Pedro sabia que o seu tempo na terra logo terminaria – e de fato, esta é a última carta que temos dele. Então Pedro escreveu para prevenir os cristãos dos problemas que eles poderiam enfrentar, incluindo tornar-se preguiçosos na fé e dar ouvidos a falsos mestres.
Hoje, ainda precisamos ouvir as advertências de Pedro. Então, enquanto lê esta carta tão curta, pense em sua vida e no que Deus está dizendo para você fazer.” (Bíblia da Adolescente – Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 1547).

II- OS FALSOS MESTRES E A VINDA DE CRISTO
Na época em que Pedro escreveu essa Carta, alguns falsos mestres infiltrados na igreja local, que rejeitavam os ensinamentos de Jesus (2 Pe 2.1), estavam ensinando que a volta de Cristo não ocorreria (2 Pe 3.4). Eles fingiam ser crentes, participando da adoração pública, porém, ensinavam mentiras e viviam de forma imoral (2 Pe 2.3,10,14,18,19). O apóstolo se opõe a eles dizendo que a negação da vinda de Cristo e a imoralidade defendida por eles teriam consequências severas.
Pedro alerta que Deus os julgará, assim como julgou os anjos que pecaram (2 Pe 2.4), a sociedade da época de Noé (v.5) e as cidades de Sodoma e Gomorra (v.6). De igual forma, esses falsos professores sofreram consequências por sua má conduta (vv.20-22). Além de informar que haverá certamente um juízo para aqueles que são infiéis a Jesus, Pedro faz questão de destacar o cuidado de Deus com aqueles que lhe são fiéis, como foi o caso de Ló (2 Pe 2.7-9).
Mas, não apenas isso; o apóstolo ensina que a suposta “demora” no cumprimento da promessa da vinda de Jesus Cristo não deve ser entendida como um atraso, como também não é motivo para descrédito na promessa. Os seguidores de Cristo precisam compreender que esse tempo de espera é uma demonstração da paciência divina, a fim de que ninguém se perca (2 Pe 3.9).
Afinal de contas, a vontade de Deus é que todos sejam salvos (1 Tm 2.3,4). Por essa razão, nós devemos interpretar o tempo pela perspectiva de Deus (2 Pe 3.8), pois seu dia virá como um ladrão (2 Pe 3.10). Não podemos relaxar espiritualmente ou duvidar de sua volta, mas precisamos estar preparados (v. 11) e cheios de expectativas acerca do cumprimento da promessa (vv.12,13).
Nosso papel é continuar sem mancha e sem culpa (v.14) e rejeitando todo engano e imoralidade (v.17). Ao invés de ficarmos especulando o dia da volta de Jesus, devemos continuar vivendo de maneira santa, aguardando o bem-aventurado dia de sermos arrebatados (1 Tm 6.13-16) e levando o Evangelho até aos confins da terra (Mt 24.14).

II – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Uma das características dos falsos mestres que é mencionada repetidas vezes é seu modo de vida imoral. Eles justificam o seu comportamento com base na graça. O argumento é que uma vez que o cristão foi liberto da Lei, ele está livre para fazer o que desejar. Judas diz que isto é ‘converter’ (metatithentes, transformar, tornar em outra coisa; aqui com a clara conotação de ‘corromper’) a graça de Deus em alguma coisa que ela não é – permissão para o pecado.
E para convencer da atitude de Deus em relação à imoralidade, cada autor examina a história para descrever o julgamento de Deus sobre Sodoma e Gomorra para o mesmo tipo de pecado. É importante observar que uma boa parte da atração destes falsos mestres está no fato de que os seus ensinamentos parecem validar o comportamento imoral. É falando ‘coisas arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne e com dissoluções aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro’ (2Pe 2.18).
O falso doutor/mestre apresenta isto como liberdade, enquanto é, na verdade, o pior tipo de escravidão: a escravidão de alguém aos seus instintos m ais básicos, e o cativeiro aos pecados que rapidamente nos dominam (2Pe 2.22-23,4.2-3).” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro; CPAD, 2007, p. 531).

III- CRESCER É NOSSA VOCAÇÃO
Crescer na fé deve ser um compromisso de todos os cristãos. Ninguém pode ser criança a vida inteira. De igual modo, aqueles que nasceram na fé devem crescer gradativamente. Afinal de contas, se há vida, há necessidade XXX de crescimento; essa é uma realidade tanto biológica quanto espiritual. Pedro afirma que tudo o que precisamos para o desenvolvimento de nossa vida cristã está em Deus.
De maneira que, todas as nossas carências e ausências, podem e devem ser supridas no Senhor, que coloca à nossa disposição um reservatório inesgotável de recursos espirituais para nossa subsistência, missão e crescimento na fé (2 Pe 1.3,4). O propósito de Deus é nos transformar à imagem do seu Filho, Jesus Cristo (Rm 8.29; 2Co 3.18). E, por isso, precisamos entender que todo crescimento, inclusive o espiritual, exige também esforço e disciplina de nossa parte. O crescimento exigirá que façamos todo o possível para desenvolvermos virtudes como a fé, a bondade, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a devoção a Deus, a amizade cristã e o amor (2 Pe 1.5-7).
Pois tal crescimento resultará em uma vida frutífera (v.8), com discernimento (v.9) e firmeza (vv.10,11). Ao invés de darmos ouvidos à falsos mestres e pregações e ensinos mentirosos, somos desafiados pelo apóstolo Pedro a crescermos na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pe 3.18).

III- AUXÍLIO DEVOCIONAL
“Crescendo no conhecimento de Deus. A salvação não depende de qualidades positivas de caráter ou de boas obras; na verdade, ela produz estas qualidades e obras. Uma pessoa que afirme ser salva, enquanto não for transformada não compreenderá a fé ou o que Deus fez por ela. A fé no Senhor Jesus Cristo e o conhecimento dele, que levam ao crescimento nestas qualidades, fazem com que os crentes façam a diferença no seu mundo e perseverem até o fim […].
O poder de Cristo manifesta-se na vida dos cristãos, pois este pode dar aos crentes tudo o que diz respeito à vida e piedade. O poder para crescer não vem de dentro de nós, mas de Deus. Por não termos os recursos para viver como Ele exige, Deus nos dá tudo de que necessitamos para uma vida piedosa (para nos conservar afastados do pecado e nos ajudar a viver para Ele).” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Volume 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 743).

CONCLUSÃO
A Segunda Carta do apóstolo Pedro tem uma mensagem poderosa para nós: precisamos continuar crendo na volta de Jesus Cristo. Precisamos nos manter fiéis ao Evangelho do Mestre e continuar nos dedicando a crescer na fé e no conhecimento de Deus.

VAMOS PRATICAR
1- Por que Pedro escreveu essa Segunda Carta?
Ela foi escrita para tratar de problemas internos: os falsos professores e seus ensinos.
2- O que Deus fará com os falsos mestres?
Deus os julgará, assim como julgou os anjos que pecaram, a sociedade da época de Noé e as cidades de Sodoma e Gomorra.
3- Qual motivo Pedro aponta para a aparente demora do cumprimento da promessa da volta de Jesus?
Ele explica que esse tempo é uma demonstração da paciência divina, a fim de que ninguém se perca, pois é dá vontade de Deus que todos sejam salvos.
4- Segundo a lição, quais virtudes precisamos desenvolver para crescer espiritualmente?
A fé, a bondade, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a devoção a Deus, a amizade cristã e o amor.

PENSE NISSO
Cuidado para você não se tornar um refém das mentiras dos falsos professores da internet. Eles arrancam os versículos da Bíblia do seu contexto e pregam o que a Palavra nunca disse. Precisamos de conhecimento da verdade, discernimento e coragem para rejeitar os falsos ensinamentos.

Acesse o último vídeo de Interpretação Bíblica no nosso canal do YouTube: O Espinho na Carne

Fonte: CPAD