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domingo, 13 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 3 / 2º Trim 2025


Participando com consciência e alegria da manutenção do serviço
20 de Abril de 2025


TEXTO ÁUREO
“E veio todo homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o estimulou, e trouxeram a oferta alçada ao Senhor para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para os vestidos santos”, Êxodo 35.21

VERDADE APLICADA
Como povo de Deus, somos convocados a participar da manutenção dos locais de culto com nossas contribuições financeiras e nosso trabalho.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Reconhecer que devemos cuidar da Casa de Deus.
Saber que as ofertas geram bênçãos para o ofertante
Ressaltar que Deus honra os que O honram.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1 Crônicas 29
3 E ainda, de minha própria vontade para a casa de meu Deus, o ouro e prata particular que tenho de mais eu dou para a casa do meu Deus, afora tudo quanto tenho preparado para a casa do santuário:
4 Três mil talentos de ouro, do ouro de Ofir, e sete mil talentos de prata purificada, para cobrir as paredes das casas;
5 Ouro para os vasos de ouro, e prata para os de prata, e para toda obra de mão dos artífices. Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje voluntariamente ao Senhor?
6 Então os chefes dos pais, e os príncipes das tribos de Israel, e os capitães dos milhares e das centenas, e até os capitães da obra do rei, voluntariamente contribuíram.

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | 1 Sm 2.30b Os que honram a Deus serão honrados.
TERÇA | 1Sm 15.22 Obedecer é melhor do que sacrificar
QUARTA | 1Cr 29.17 As ofertas para a construção do Templo
QUINTA | Sl 23.1 O Senhor é meu pastor, nada me faltará.
SEXTA | Mc 12.30 Devemos amar a Deus de todo o coração.
SÁBADO |Ef 1.3 Deus nos abençoou com bênçãos espirituais

HINOS SUGERIDOS: 290, 291, 432

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que possamos confiar mais em Deus do que nas riquezas desta terra.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, baseados nos registros bíblicos, veremos que o povo de Deus é chamado a servir-lO com alegria e fidelidade também na manutenção dos locais de culto, com contribuição financeira e trabalho, visando a continuidade das atividades de oração, adoração e anúncio da Palavra de Deus.

PONTO DE PARTIDA: Devemos cuidar da Casa do Senhor.

1- A construção do Tabernáculo
Sempre foi propósito de Deus se relacionar com o Seu povo (Tg 4.8). No livro do Êxodo, vemos que o Senhor Deus ordenou que fosse feito o Tabernáculo, dizendo: “e habitarei no meio deles” (Êx 25.8). E a nuvem cobria o Tabernáculo durante o dia, e o fogo estava sobre ele de noite, e a glória do Senhor enchia a tenda da congregação (Êx 40.34-38).

1.1. Onde a glória de Deus se manifestava.
Antes de o Tabernáculo ser erguido, Moisés se encontrava com o Senhor na “tenda da congregação” que era armada fora do arraial (Êx 33.7-11). O Tabernáculo foi erguido em pleno deserto, para ser um local onde o povo desfrutaria de comunhão com Deus, que desejava viver entre eles (Êx 25.8). Acrescente-se a essa observação que o Tabernáculo atraía a atenção de todo o povo, porque a glória de Deus se manifestava de modo sublime naquele lugar. Deus nos criou para a Sua glória (Is 43.7), e o Tabernáculo passou a ser o símbolo da Sua Presença entre o povo (Êx 29.43-46). Diante daquele esplendor, os israelitas ofertavam com alegria; ofertando até mais do que o necessário para a construção do Tabernáculo (Êx 36.5-7).

Bispo Abner Ferreira: “Que linda lição extraímos da história da construção do Tabernáculo. A obra começa com todo o povo, de coração, trazendo suas ofertas. Alguns se colocaram à disposição para trabalharem nesse sublime projeto. O maior segredo da construção do Tabernáculo ter sido tão abençoada foi a liberalidade do povo. Tudo fluiu tão bem que
Moisés pediu ao povo que parasse de trazer ofertas, pois já possuía o suficiente para terminar a construção (Êx 36.5-7)”.

1.2. As ofertas voluntárias.
A fé cristã implica obediência a Deus em todas as áreas da vida (1Sm 15.22). A dependência de Deus deve estar diretamente relacionada ao amor por Ele, uma vez que quem ama a Deus obedece aos Seus mandamentos (Mc 12.30). Os israelitas obedeceram à ordenança que Deus deu a Moisés para a construção do Tabernáculo, participando daquele grande e belo projeto com ofertas voluntárias (Êx 25.1,2). As ofertas foram tantas que os artífices interromperam o trabalho para comunicar a Moisés o que estava ocorrendo (Êx 36.2-7).

Pastor Cézar Roza de Melo: Quando Deus fala com Moisés acerca da construção do Tabernáculo, Deus estabelece que os filhos de Israel deveriam trazer as doações e enumera os materiais que seriam usados na feitura do Tabernáculo. Os textos bíblicos evidenciam que as ofertas deveriam ser alçadas e com o coração voluntário. O povo se empenhou em ofertar para a construção (Êx 36.6). O sentimento de gratidão pela libertação, o desejo pela presença de Deus e a possibilidade de terem seu lugar de culto a Deus fez o povo dar suas riquezas para a construção”.

1.3. A alegria em contribuir.
Moisés recebeu a ordem de construir o Tabernáculo, um lugar de culto a Deus. O povo hebreu compreendeu que ali seria a habitação de Deus entre eles, e toda manhã levavam muitas ofertas voluntárias para a construção do santuário (Êx 36.3). Quando os artesãos perceberam que as ofertas excediam o necessário para a obra que o Senhor lhes ordenou que fizessem, eles comunicaram o fato a Moisés, que proibiu o povo de fazer ofertas (Êx 36.5,6).

Comentário Bíblico 1 e 2 Coríntios: “Ao ofertarmos com boa vontade e alegria, a graça da contribuição traz muitos resultados bons para nossa própria vida. Em primeiro lugar, encontraremos grande felicidade na nossa vida de serviço ao Senhor e aos nossos semelhantes. As ofertas aumentaram e muitas necessidades serão supridas. Deus é louvado e os laços de fraternidade cristã se estreitam ainda mais”.

EU ENSINEI QUE:
As ofertas dos israelitas foram tantas que os artífices interromperam o trabalho para comunicar a Moisés o que estavam acontecendo.

2- A restauração do Templo
O Tabernáculo esteve entre o povo de Deus durante toda a caminhada pelo deserto; anos mais tarde, foi substituído pelo majestoso Templo idealizado pelo rei Davi e edificado por seu filho Salomão (2Cr 7.11). Com o passar do tempo, a construção foi se deteriorando; e alguns reis de Judá, para preservar a verdadeira adoração, exortaram o povo a ofertar para a restauração do Templo (2Cr 34.8-12).

2.1. A restauração do Templo nos dias do rei Joás.
Joás, rei de Judá, viveu dias de prosperidade enquanto teve o sacerdote Joiada ao seu lado, pois o monarca não tinha habilidade para reinar por sua imaturidade (2Rs 12.2). Antes, a adoração a Baal havia se intensificado entre os hebreus, de tal forma que não houve preocupação em manter a conservação do Templo do Senhor, que estava em destroços (2Rs 12.5). O rei Joás, então, estimulou o povo e os sacerdotes a coletar ofertas para custear a reforma do Templo e renovar a aliança com Deus (2Rs 12.4,5).

Pastor Marcos Flávio Oliveira: “O sacerdote Joiada, valendo-se de sua posição no reino como regente e tendo a responsabilidade de chefiar junto com Joás, e sendo homem temente a Deus, destruiu os sacerdotes de Baal e conclamou o povo para remover seu templo, despedaçar imagens e altares e refazer a aliança com Deus (2Cr 23.16,17)”.

2.2. A restauração do Templo nos dias do rei Ezequias.
Ezequias foi um dos melhores reis de Judá. No primeiro mês do seu reinado, Ezequias abriu os portões do pátio do Templo e mandou consertá-los (2Cr 29.3). Diferentemente de seu perverso pai, o rei Acaz, Ezequias procurou seguir os caminhos de Davi (2Cr 29.2). Ele se esforçou para eliminar a idolatria do meio do povo, procurando fazer o que era reto e justo aos olhos do Senhor. Ezequias reestabeleceu o verdadeiro culto em Israel, tendo o cuidado de reunir os sacerdotes e os levitas para propor uma nova aliança com Deus (2Cr 29.4-11). Ezequias fez importantes reformas no culto e na adoração a Deus, isso provocou um grande avivamento entre os israelitas (2Cr 29.20-36).

Pastor Marcos Flávio Oliveira: “Ezequias começou muito bem a sua gestão, porque buscou a santificação; reconhecendo a soberania do Senhor e tendo o cuidado de reparar a casa do Senhor (2Cr 29.3-11). Preocupado com a adoração ao Senhor, o rei Ezequias, num ritmo excessivamente intenso de mudanças na adoração, restabeleceu o culto ao Senhor seu Deus (2Cr 29.20-36)”.

2.3. A restauração do Templo nos dias de Josias.
O rei Josias procurou fazer um novo concerto espiritual em Judá, abolindo qualquer vestígio de idolatria (2Cr 34.1-7). O rei determinou que os israelitas buscassem ao Senhor de todo o coração, para que fossem purificados dos pecados nos quais Judá havia mergulhado e, assim, restaurar o genuíno culto ao Senhor (2Rs 22.4-7). Para isso, Josias ordenou que todo dinheiro arrecadado fosse usado para reparar a Casa do Senhor (2Cr 34.8-14). A Bíblia relata que nunca houve um rei como Josias, que se voltou para o Senhor de todo o coração (2Rs 23.25).

Os momentos de avivamento e despertamento do povo de Deus, no período da monarquia e após o re• torno do exílio, resultaram em várias mudanças de comportamento, inclusive em relação aos serviços religiosos no Templo. Tais registros bíblicos atestam a relevância da presença de um Santuário na história de Israel Em tais registros, vemos que o avivamento espiritual alcança, também, a restauração do comprometimento do povo com a manutenção dos serviços litúrgicos, por intermédio das contribuições estabelecidas pela Lei Mosaica e aquelas oferecidas espontaneamente (2Rs 12.4; Ne 10.39).

EU ENSINEI QUE:
Josias ordenou que todo dinheiro arrecadado fosse usado para reparar a casa do senhor

3- O cuidado com a Casa de Deus
Deus nos abençoa com bens para desfrutarmos do melhor desta terra (Is 1.9). Assim, devemos dispor de nossos bens para socorrer as necessidades da Igreja, a fim de que ela tenha o necessário para o culto ao nosso Deus.

3.1. O chamado de Deus.
Muitos irmãos compreendem que o Templo é um espaço de oração e celebração; portanto, precisa de cuidados para favorecer a reunião daqueles que buscam o exercício da fé cristã (At 2.46). As reformas nas congregações são importantes para oferecer aos frequentadores conforto e segurança. Os prédios devem ser mantidos em excelente estado de conservação, e isso envolve desde a parte estrutural até a manutenção do telhado. Esse cuidado evita problemas na integridade do espaço físico da igreja e assegura segurança aos fiéis e visitantes. Por isso, o Senhor nos convoca a abrir o coração e nos libertar da avareza e do egoísmo (Mc 12.41-44).

Bispo Abner Ferreira: “Contribuir com os nossos bens é simplesmente ter um coração aberto e sincero diante de Deus. Portanto, apresenta-te ao Senhor com coração transbordante de graças pelas misericórdias recebidas, pelo dom da vida e pela dádiva da salvação em Cristo Jesus. Não importam a ocasião, ou as circunstâncias, o importante é contribuir com alegria para a casa de Deus, pois semear no Reino é semear com a certeza de uma colheita abundante para o porvir”.

3.2. Devemos honrar a Deus com os nossos bens.
Honrar a Deus com nossos bens é um privilégio (Pv 3.9,10). O Reino de Deus trabalha por princípios instituídos pelo Senhor, e um deles é: "aos que me honram, honrarei" (1Sm 2.30b). Quando honramos a Deus, expressamos gratidão, consciência de que tudo pertence a Ele, e confiança em Sua provisão diária. Essa honra está em coisas simples, como ofertar para a manutenção ou reforma da igreja. Na certeza de que o Senhor Deus zela por nós, devemos ser zelosos pelo Templo onde nos reunimos para adorá-Lo e anunciar a Sua Palavra.

Bispo Abner Ferreira: "Precisamos aprender a honrar ao Senhor com os nossos bens e as atitudes relacionadas a eles, pois assim agradamos a Deus e usufruímos de Suas bênçãos. A honra que Deus espera de nós se manifesta em nosso desejo de expressar o amor que temos por Ele, como fez a viúva do templo (Mc 12.41-44) e a mulher que ungiu os pés de Jesus (Lc 7.36-50)".

3.3. O cuidado com a Casa de Deus reflete quem somos.
Para evitar problemas estruturais, é recomendável que os Templos passem por uma manutenção periódica, feita por profissionais qualificados. Nossa disposição em ofertar para essa causa específica demonstra gratidão ao Paí Celestial por todas as bênçãos que temos recebido (Ef 1.3). Contribuir financeiramente para a manutenção do Templo é participar de uma semeadura em boa terra, na certeza de que o Senhor Deus é fiel e poderoso para continuar suprindo todas as nossas necessidades. Desde que começou a levar suas ofertas ao Templo, o povo passou a ter abundância de alimentos (2Cr 31.10).

Bispo Abner Ferreira: “Servir a Deus com os nossos bens é um privilégio, mas não é algo que devemos fazer por constrangimento. Na Bíblia encontramos muitas passagens que narram a disposição dos israelitas em ofertar para a Obra do Senhor com o que tinham de melhor, seja em bens materiais, seja em disposição para trabalhar para Deus”.

EU ENSINEI QUE:
Quando zelamos pela Casa de Deus, Deus zela por nós.

CONCLUSÃO
O cristão evidencia sua lealdade quando serve a Deus de todo o coração, inclusive com seus bens, abençoando a Casa do Senhor com alegria.
  

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)


sexta-feira, 11 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR SUBSÍDIO - Lição 2 / 2º Trim 2025

AULA EM ____ DE ______________ DE ______ - LIÇÃO 2

(Revista Editora Betel)

Tema: UM CONVITE AO ARREPENDIMENTO EM SALMOS





Texto de Referência: Sl 6.6 

VERSÍCULO DO DIA
Senhor, diante de ti está todo O meu desejo, e o meu gemido não te é oculto”, Sl 38.9.

VERDADE APLICADA
 Na Bíblia, encontramos o caminho da reconciliação com Deus através do livro de Salmos que nos impõem transformações positivas através do arrependimento.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explorar a amplitude dos temas e autores dos Salmos;
 ✔ Apresentar os erros de Davi;
 Alertar que o pecado afeta a comunhão com Deus; 
✔ Mostrar a necessidade do arrependimento. 

MOMENTO DE ORAÇÃO 
Ore para que tenhamos sempre um coração quebrantado diante de Deus.

LEITURA SEMANAL
Seg  Sl 34.18 A oração com quebrantamento nos aproxima de Deus.
Ter  Sl 51.12 O arrependimento traz alegria.     
Qua Jó 22.23 Deus restaura o que se arrepende.
Qui  Mq 7.18,19 Deus perdoa e “esquece”.
Sex  At 3.19 Quem se arrepende será salvo.  
Sáb  1Jo 1.9 Deus perdoa quem se arrepende.

 INTRODUÇÃO
Professor(a), esta lição mostra como os Salmos são uma excelente ferramenta para a correção de conduta do povo de Deus, pois eles apontam o pecado e mostram a necessidade de correção. Quando o aluno entende o drama que estava vivendo o autor em alguns Salmos, ele é fortemente estimulado à mudança de direção.
O livro dos Salmos desperta os nossos olhos para que possamos contemplar as maravilhas da Lei do Senhor (Sl 119.18). Eles propagam de modo intenso os pensamentos e os sentimentos da alma, desde os conhecimentos mais içados de alegria e louvor até as lástimas mais profundas de lamentação. Os Salmos despertam os adoradores do Senhor a buscarem conhecer mais a Deus, e a forma mais eficaz para se fazer isso é pela Palavra, veja o pedido do Salmista:
"Abre tu os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei.", Salmos 119.18
Veja outro pedido neste mesmo Salmo:
"Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.", Salmos 119.11

Ponto-Chave
“Alguns dos Salmos refletem a amargura trazida pelo pecado, ocasionando dor e o arrependimento do pecador”.

1. AS CONFISSÕES DO PENITENTE 
O Salmo 51 narra o arrependimento de Davi por seu envolvimento com Bate-Seba (2Sm 11.3), e a trama da morte do marido dela, Urias (2Sm 11.14-17). É oportuno lembrar que, após ser repreendido pelo profeta Natã, Davi reconhece o seu erro e diz ao profeta: “Pequei contra o Senhor”, 2Sm 12.13. 

1.1. Aprendendo com os erros de Davi
O episódio da queda de Davi e o seu arrependimento é significativo sob diversos pontos de vista. Vejamos: Davi confessa o seu pecado e suplica o perdão (Sl 51.1). Verificamos, ainda, que ele ora pedindo que fosse purificado de sua maldade (Sl 51.2), além de pedir que o Senhor lhe desse um coração puro (Sl 51.10). Podemos acrescentar que Davi reconheceu a importância de Deus não desprezar um quebrantado e contrito coração (Sl 51.17). O Salmo se preocupa em ensinar o valor do arrependimento para que os transgressores não cometam o mesmo erro empreendido por Davi (Sl 51.13). Neste Salmo vemos a importância de se conhecer o contexto em que o salmista escreveu, e assim a leitura do Salmo se torna mais pessoal, pois passamos a imaginar alguém que foi desmascarado por Deus, e agora havia perdido a sua comunhão e pede a Deus desesperadamente por purificação do seu pecado:
"Lava-me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado.", Salmos 51.2
Davi chega a relatar que a sua consciência o acusa:
"Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.", Salmos 51.3
Esse comportamento é de alguém que viu a glória de Deus, mas se acomodou e foi pego pelo pecado, e ao ser pego descobriu que não poderia viver sem a presença do Senhor. Que possamos alcançar esse nível de maturidade, de não conseguir viver mais sem o Senhor em nossa vida.
O próprio Salmo ensina sobre como Deus age em relação aos seus filhos arrependidos:
"Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.", Salmos 51:17
Sabemos que Deus não recebe adoração de ímpios, no entanto, Ele ouve a oração do arrependido de coração.

Mais referências utilizadas neste subtópico:
"Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.", Salmos 51.1

"Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto." Salmos 51.10

"Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão.", Salmos 51.13

1.2. O que está de pé vigie 
O ensinamento contido no Salmo 51 serve para todos os seres humanos de qualquer raça, tribo ou nação. A recomendação de Paulo, o Apóstolo é: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia; 1Co 10.12. C.H. Spurgeon (Esboços Bíblicos de Salmos, Shedd, 2005, p.129), descreve que Davi teve uma queda tão exacerbada que, quando nos lembrarmos de seu pecado, lembremo-nos de sua compunção, e da longa série de penalidades que fizeram da sequência de sua vida uma história lastimável. Jovens fiquem alertas, muitos têm caído nestes tempos complexos em que estamos vivendo e dificilmente conseguirão se erguer. Não terão mais forças para segurar as mãos estendidas do nosso amável Pai (Sl 34.8). Cuidado! É tempo de vigiar. O Salmo 51 é uma canção que fala de arrependimento e busca pela comunhão com o Senhor. Mas um grande ensinamento nesse Salmo está de forma implícita, é a necessidade de vigilância. Pois o Salmo 51 foi escrito por um homem segundo o coração de Deus, mas que não vigiou. Veja:
"E aconteceu que numa tarde Davi se levantou do seu leito, e andava passeando no terraço da casa real, e viu do terraço a uma mulher que se estava lavando; e era esta mulher mui formosa à vista.", 2 Samuel 11.2
Foi a partir dessa falta de vigilância que o Salmo 51 foi escrito.
O mesmo problema que Davi passou, muitos jovens cristãos passam hoje na internet, na escola, nas faculdades, etc. A falta de vigilância tira muitos jovens da presença do Senhor, cabe aqui esse alerta:
"Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.", Apocalipse 3.11

Mais referências utilizadas neste subtópico:
"Provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele confia.", Salmos 34.8

Refletindo
“O pecado de Davi lhe conduziu a um estado de completo esvaziamento espiritual e profunda angustia". 
Pastor Adriel G. Nascimento

2. O PECADO AFETA A INTIMIDADE COM DEUS 
Por pecar, Davi rompeu seu relacionamento com Deus. Da mesma forma, o pecado que herdamos nos afasta dEle: "... as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” Is 59.2. 

2.1. Um Salmo para abrir o nosso coração 
Após ser advertido pelo profeta Natã, Davi se arrepende e escreve este belo Salmo; pousando seu olhar unicamente em Deus (Sl 51.3). O Salmo processa inteligentemente um gesto de sentimento, expectativa e confiança em Deus de maneira única. Tendo isso em vista, este Salmo deve ser lido por cada jovem, analisado como um plano de vida para não cometer tal erro. Para situar rapidamente a cada jovem, suma atenção deve ser tomada ao ler este Salmo, pois ele o ajudará a abrir o coração a uma conversão verdadeira, conscientizando-o do pecado por meio de um Deus misericordioso, cujo acesso é direto e pessoal (Sl 51.10). O jovem deve ter em mente que este Salmo foi escrito por alguém que experimentou uma intimidade com Deus, por isso, o sentimento de perda foi tão profundo. 
"Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.", Salmos 51.12
Se o jovem viver a intimidade que Davi viveu, então ao menor sinal de perigo em sua vida espiritual, ele buscará o concerto.
O problema é que muitos jovens se contentam em viver uma vida superficial na presença de Deus, daí quando se desviam não sentem tanto falta do Senhor. Isso deve ser evitado a todo custo, pois a luta da juventude é ferrenha contra o pecado, porque Satanás tenta de muitas maneiras tirar os jovens da presença do Senhor. A sabedoria nesse Salmo é o ensino de que o jovem deve buscar o que o salmista busca, antes de a calamidade acontecer:
"Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.", Salmos 51.10  

Mais referências utilizadas neste subtópico:
"Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.", Salmos 51.3

2.2. Jovem, não abra mão do Espírito Santo
Certamente, uma das petições mais marcantes da vida de Davi está no Salmo 51. Ele não queria ser rejeitado por Deus devido às suas iniquidades. Após reconhecer o seu erro, em seu adultério com Bate-Seba, Davi ficou com medo de que o Espirito Santo se retirasse dele (S1 51.11). Ele entendia que é possível que o nosso pecado “entristeça o Espírito Santo” (Ef 4.30). Não é difícil enxergar que Davi estava apavorado com a ideia de perder Aquele que o fez ser tão íntimo de Deus: O Espirito Santo. Lemos que, no dia em que Samuel ungiu a cabeça de Davi diante de todos da sua casa, o Espírito Santo havia se apoderado dele (1Sm 16.13). Davi aponta nesse Salmo, a possibilidade de a pessoa perder a presença do Espírito Santo, esse pedido de Davi é um tiro contra a ideia calvinista de que o Espírito não se retira da pessoa e ela possa assim perder a sua salvação. Davi está mostrando que havia a possibilidade da perda do Espírito:
"Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.", Salmos 51.11
Davi, na sua mocidade, havia experimentado o que é ser cheio do Espírito Santo:
"Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá.", 1 Samuel 16.13
Sendo cheio do Espírito, Davi passou a escrever os Salmos, a lutar contra ursos e leões, e inclusive a tanger a sua harpa para expulsar o espírito que atormentava a vida de Saul.
"E sucedia que, quando o espírito mau da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocava com a sua mão; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele.", 1 Samuel 16.23
A expressão "da parte de Deus", significa que o espírito vinha por permissão de Deus. 

Mais referências utilizadas neste subtópico:
"E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.", Efésios 4.30

3. A NECESSIDADE DO ARREPENDIMENTO 
O Salmo 32, de autoria de Davi, inicia declarando que é feliz aquele que tem a seu pecado perdoado (Sl 32.1). Por seu pecado, Davi colheu o fruto dos seus erros (2Sm 12.9-12). Sua consciência estava desassossegada (Sl 32.3). Até que ele reconheceu o seu pecado e alcançou a misericórdia divina (2Sm 12.13). 

3.1. O arrependimento é necessário
O arrependimento é uma mudança de coração e mente que nos aproxima de Deus, ele nos conduz a uma tristeza profunda ocasionada pela violação das Leis divinas. No livro dos Salmos, vemos que o ato do arrependimento é uma oração que expressa o desejo de nos redimirmos diante de Deus (Sl 31.10). Os salmistas nos ensinam que estamos perante “um mar da misericórdia divina” e somos livres para mergulhar nesse mar (Sl 136.1-14). Aos jovens é significativo ressaltar que o arrependimento não pode ser algo a ser procrastinado. Sem arrependimento não acontece mudança de vida. Há uma realidade na vida de muitos jovens que deixaram a presença de Deus e se foram atrás dos prazeres do mundo, que é achar que seus pecados não podem ser perdoados, ou achar que jamais conseguirão se firmar na presença de Deus. Mas os Salmos falam o contrário:
"Mas a misericórdia do Senhor é desde a eternidade e até a eternidade sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos;", Salmos 103.17
Com os Salmos se aprende que o Senhor recebe e usa de misericórdia para com o arrependido:
"9 Tem misericórdia de mim, ó Senhor, porque estou angustiado. Consumidos estão de tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu ventre.
10 Porque a minha vida está gasta de tristeza, e os meus anos de suspiros; a minha força descai por causa da minha iniquidade, e os meus ossos se consomem.", Salmos 31.9,10
Procrastinar, significa deixar para depois o que se pode fazer agora, e esse tem sido um mal presente na vida de muitos jovens hoje.

3.2. O arrependimento leva a sorrir novamente 
A experiência da ausência de confissão do pecado, levou Davi a sentir amargura pela vida (Sl 32.4). Seu pecado fez com que envelhecessem os seus ossos todos os dias. Davi nos diz que, enquanto não confessou o seu pecado, ele se cansava, chorando o dia inteiro (Sl 32.3). Diante de tais circunstâncias, Davi decidiu confessar toda a sua maldade e o Senhor perdoou todos os seus pecados (Sl 32.5). É inconteste notarmos que muitos vivem infelizes por não admitirem seus pecados, o que os impossibilita de voltarem a sorrir (Tg 5.16). Não podemos deixar de lembrar aos jovens que a falta de alegria pela vida tem levado muitos ao suicídio (Mt 27.4,5). O arrependimento e a confissão não são fáceis de se alcançar, e alguns só se arrependem após serem descobertos, como foi o caso de Davi. No entanto, o conselho é que o pecador se liberte do peso da culpa confessando o seu pecado, veja a referência no Salmo:
"3 Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia.
4 Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. (Selá.)
5 Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. (Selá.)", Salmos 32.3-5
Quando um jovem está muito calado, triste e evitando a interação com o grupo na igreja, provavelmente está com algum peso de culpa sobre os ombros.
"Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração do justo pode muito em seus efeitos.", Tiago 5.16
Há um número grande de jovens que tentam o suicídio por causa do peso da culpa, pois perdem a esperança de consertarem a situação e acreditam que tudo está perdido, veja o que aconteceu com Judas:
"3 Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, 
Dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo.
5 E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se.", Mateus 27.3,5
Judas tentou consertar as coisas, mas ao ver que era tarde demais, deixou a culpa o consumir e se enforcou. Por isso, se algum irmão perceber algum jovem da igreja local, meio triste, deve tentar se aproximar para ver o que está acontecendo e se pode ajudar de alguma forma. 

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR 
Se para um pecador penitente o arrependimento traz alívio (Sl 51.12), para Deus há uma verdadeira festa (Lc 15.7). [...] O processo do arrependimento trouxe ao salmista a alegria tão desejada para a sua alma: “Torna a dar-me a alegria da tua salvação [...]” (Sl 51.12a). Essa alegria vem de Deus para o homem: manifestando-se através de Sua graça redentora (Sl 30.5,11). [...] O arrependimento faz parte do processo divino para alcançar o homem caído. Deus ajuda o homem nesse processo, mas a decisão final é nossa. É necessário, pois, que estejamos sempre abertos à voz do Espírito Santo, que nos ajuda na compreensão desses propósitos para nossa vida, e que aceitemos suas repreensões quando nos convence de nossos pecados. Ao nos arrepender, desfrutamos e alcançamos a comunhão com o nosso Criador. Fonte: (Bispo Samuel Ferreira. Revista Betel Dominical 3º Trimestre de 2002).

CONCLUSÃO
A vida de Davi nos faz ver que a misericórdia divina sempre acompanhará os que verdadeiramente se arrependem. O sábio deixou escrito que: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”, Pv 28.13. 

Complementando
O arrependimento está atrelado à uma mudança de mente e atitudes. Encontramos dois tipos de arrependimentos: A) Atrição - ocorre lamentação diante do castigo pelo pecado, mas é vazia e não há mudança. B) Contrição - sentimento de arrependimento, reconhecimento e afastamento do pecado. 

Eu ensinei que:
Assim como Davi, da mesma forma não podemos pecar contra Deus, pois o pecado resulta em conse- quências catastróficas. No entanto, se pecarmos contra o Senhor, devemos suplicar por Sua misericórdia, que é abundante.
 
ATENÇÃO: ESTE SUBSÍDIO É GRATUITO PARA OS USUÁRIOS DO CLUBE DA TEOLOGIA
 
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Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

quinta-feira, 10 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 2 / ANO 2- N° 5

  

Mateus, de Publicano a Apóstolo

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Mateus 9.9-13 

9- E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem chamado Mateus e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. 
10 - E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos. 
11- Eos fariseus, vendo isso, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? 
12 - Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas sim, os doentes. 
13- Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício. Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.

TEXTO ÁUREO
E, depois disso, saiu, e viu um publicano, chamado Levi, assentado na recebedoria, e disse-lhe: Segue-me. 
Lucas 5.27

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Mateus 12.46-50 
Os verdadeiros discípulos
3ª feira - Mateus 10.1-7 
A autoridade dos discípulos
4ª feira - João 15.1-8 
A importância de ser discípulo 
5ª feira - Mateus 13.9-14 
O privilégio dos discípulos
6ª feira Mateus 13.32-37 
A responsabilidade dos discípulos
Sábado - Mateus 26.40-45
O desafio dos discípulos

OBJETIVOS
    Ao término do estudo bíblico, O aluno deverá:
  • compreender o contexto e as circunstâncias do chamado de Mateus, filho de Alfeu;
  • reconhecer o papel de Mateus como instrumento de Deus na autoria de um dos evangelhos;
  • conhecer a biografia do evangelista que apresentou a ge| nealogia de Cristo desde Abraão.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
    Caro professor, nesta lição exploraremos a vida e a contribui ção do evangelista Mateus. Embora o texto sagrado não detalhe seus feitos, como faz com outros personagens, como Timóteo e Paulo, Mateus nos ensina que as origens e os atos praticados pelo indivíduo não limitam os propósitos divinos. 
    Além das Escrituras, analisaremos também a visão dos pais da Igreja e da Tradição sobre esse apóstolo, cujas contribuições foram valiosas para a cristandade. 
    Este estudo enriquecerá sua compreensão da Palavra de Deus e aprimorará sua habilidade de ensiná-la de forma eficaz. 
    Boa aula! 

COMENTÁRIO 

Palavra introdutória 
  Mateus, também chamado de Levi (Mt 9.9,10; 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1,13; Mc 2.14,15; Lc 5.27,28), era um cobrador de impostos (gr. τελώνες = telónés = “publicano”) quando foi chamado por Jesus. O chamado do Mestre, dirigido ao apóstolo (Mt 9.9c), transportou-o da condição de funcionário do Império Romano a apóstolo e servo de Cristo.

 1. O DISCÍPULO TRANSFORMADO 
    Nos tempos bíblicos, era comum que os judeus tivessem dois nomes — um hebraico e outro grego, ou romano — essa prática refletia a interação cultural entre judeus e romanos no contexto do primeiro século. Curiosamente, tanto Mateus quanto Levi são de origem semítica. Dentre as possibilidades para esse fato, estão: 
  • identidade redefinida — é possível que Jesus tenha chamado Levi de Mateus, assim como fez com Simão, atribuindo-lhe o nome de Pedro (Jo 1.42). Mateus é uma forma abreviada de Matatias, que em hebraico significa “dom de Deus”.
  • ascendência familiar — seu pai poderia ter por sobrenome Levi. Neste caso, ele seria chamado de Mateus ben (filho de) Levi. 
    Apesar das diferentes designações, as Escrituras deixam claro que Mateus e Levi são a mesma pessoa 
(Mt 9.9,10; Mc 2.14,15; Lc 5.27-29).
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Inicialmente, ao descreverem o chamado do publicano, Marcos e Lucas referem-se a ele como Levi, seu provável nome israelita (Mc 2.14,15; Lc 5.217,28). Posteriormente, Marcos e Lucas utilizam o nome Mateus ao listar os doze apóstolos (Mc 3.18; Lc 6.15), o que reforça a identificação de Levi como Mateus. No Livro de Atos, Lucas menciona Mateus novamente entre os discípulos reunidos no cenáculo (At 1.13).
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1.1. Testemunhos nas Escrituras 
    O Novo Testamento oferece poucas informações sobre a identidade de Mateus, mencionando-o apenas em algumas passagens. Observe: 
  • Nos evangelhos — Jesus o chama enquanto ele está na coletoria de impostos (Mt 9.9,10; Mc 2.14,15; Lc 5.27-29). Após aceitar o convite, ele oferece uma refeição em sua casa, onde Jesus se reúne com publicanos e pecadores. Mateus também é listado como um dos doze apóstolos en. viados para pregar e realizar milagres (Mt 10.3; Mc 3.13. 18; Lc 6.12-16).
  • No Livro de Atos — Lucas menciona Mateus na lista dos apóstolos reunidos em oração no cenáculo, aguardando o Espírito Santo (At 1.13,14; 2.1). Essa inclusão reforça seu papel na liderança da Igreja primitiva e sua proximidade com Jesus durante Seu ministério terreno. 
1.2. Origens e laços familiares
    Marcos menciona apenas que Mateus era filho de Alfeu (Mc 2.14). Embora o mesmo evangelista (Marcos) também refira Tiago como filho de Alfeu (Mc 3.18), não há indicação de que Mateus e Tiago fossem irmãos, sugerindo que podem ser filhos de Alfeus diferentes: Alfeu, pai de Tiago (Lc 6.15), e Alfeu, pai de Mateus (Mc 2.14). 
    É provável que Mateus tenha nascido em Cafarnaum, na costa do mar da Galileia, onde trabalhava como cobrador de impostos (Mc 2.1,14). 

1.3. A profissão de coletor de impostos
    Mateus era um coletor de impostos a serviço do govemo romano (Mt 9.9). Para desempenhar essa função, historiadores sugerem que ele provavelmente dominava O aramaico, o grego e o hebraico, algo evidenciado por suas referências ao aramaico em seu evangelho.
    Na época, o sistema de tributação era suscetível a fraudes, o que tornava os publicanos malquistos, especialmente entre os judeus, que os consideravam corruptos e desonestos e os acusavam de explorar O sistema econômico em benefício próprio. A História sugere que somente os gananciosos se alinhavam à Casa de Herodes ou exerciam esta função para os representantes da Roma imperial. 
    Jesus provavelmente escolheu Mateus, um publicano, para evidenciar a graça divina. Enquanto os fariseus os consideravam homens indignos de perdão, o Mestre mostrou que todos têm a chance de se arrepender e encontrar a redenção.
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    Exemplos de referências ao aramaico no Evangelho de Mateus: raca (“tolo”; Mt 3.22), mamom (“riqueza”); Mt 6.24); e Eli, Eli, lamá sabactâni? (“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”; Mt 27.46). Esses termos refletem a influência linguística presente na Galileia, indicando não o domínio linguístico de Mateus, mas sim o contexto cultural em que ele estava inserido.
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 2. O SERVO DEDICADO 
    Como mencionado anteriormente, Mateus foi um dos doze discípulos escolhidos por Jesus para o apostolado (Mt 10.3), e seu chamado é relatado de forma simples e profunda (Mt 9.9). O fato de o Mestre convocar um cobrador de impostos para segui-lo e torná-lo um de Seus apóstolos transmite outras lições significativas. Observe a seguir:
  • Cristo via nele algo que as pessoas comuns ignoravam;
  • Jesus seria capaz de conduzi-lo a uma posição de grande honra; 
  • Jesus sabia que poderia usar seus talentos naturais para compor o texto canônico; 
  • Jesus queria mostrar que a vocação para servir em Seu Reino independe de fatores socioeconômicos ou culturais. 
    Ao sentar-se com pecadores e publicanos, Jesus enfatizava que o evangelho ultrapassa limites sociais e preconceitos, uma postura que incomodava fariseus e escribas, apegados ao exclusivismo judaico e à hipocrisia. 

2.1. Impacto missionário: desbravando terras 
    Pode-se afirmar, com certa propriedade, que Mateus participou da propagação do evangelho em várias regiões, contribuindo para a expansão missionária além de Cafarnaum (Mt 28.19,20; Mc 16.15). Nos últimos anos de seu ministério, a convivência entre judeus e cristãos tornou-se difícil, pois os que seguiam a Cristo eram excluídos das sinagogas (Jo 9.22; 16.2). Mesmo assim, ele perseverou na pregação aos judeus, dedicando-se ao evangelismo (Mt 10.5,6). Durante esse período de desafios e conflitos, Mateus escreveu, inspirado, o evangelho que leva seu nome. 

2.2. Testemunho final: os últimos dias do apóstolo 
    Após Atos 1.13, Mateus desaparece da narrativa bíblica. Fontes extrabíblicas indicam que ele permaneceu em Jerusalém até a perseguição de Herodes Agripa I, em 42 d.C., quando partiu para Chipre e depois para o norte da África. 
    Embora as Escrituras não detalhem suas atividades após essa época, a tradição da Igreja primitiva fornece algumas informações adicionais. Irineu menciona que Mateus pregou aos hebreus, sem especificar o local, enquanto Clemente de Alexandria afirma que ele dedicou cerca de 15 anos evangelizando entre os etíopes, gregos macedônios, sírios e persas. 
    A respeito de sua morte, alguns historiadores sugerem que ele faleceu de causas naturais na Macedônia ou na Etiópia.
    Contudo, a tradição cristã, apoiada por Eusébio de Cesareia o considera um mártir, acreditando que ele foi executado em Naddabar, na Etiópia. Segundo o “Livro dos Mártires” de John Knox, Mateus teria sido martirizado em torno do ano 60 na região etíope de Pártia.

 3. O EVANGELHO DA PROMESSA 
    O Evangelho de Mateus foi escrito para os judeus e apresenta Jesus como o legítimo herdeiro do trono de Davi, destacando-o como o Rei de Israel. É o mais eclesiástico dos evangelhos, pois aborda questões da Igreja enquanto narra a vida e os ensinamentos de Cristo, o Rei divino. 
    Mateus organiza os ensinamentos de Jesus em blocos principais: o Sermão da Montanha (Mt 5-7); a comissão dos Doze (Mt 10); as parábolas do Reino (Mt 13); o discurso sobre a grandeza do perdão (Mt 18); e os discursos proféticos (Mt 24-25).
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“Mateus é o único dos evangelhos que fala especificamente da Igreja (Mt 16.18; 18.17), mostrando aos gentios como a Ekklesia (gr. εκκλησία) é formada e descrevendo vários episódios em que gentios demonstraram fé em Jesus: os magos, o centurião e a mulher cananeia.” (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010b, p. 10).
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3.1. Um evangelho para os filhos de Abraão: a missão de Mateus entre os judeus 
    Cada evangelho foi direcionado a um público específico: João escreveu a Igreja e aos gentios; Lucas, aos gregos; Marcos, aos romanos; e Mateus, aos judeus. 
    Analisar as expectativas do povo judeu na época de Jesus revela o propósito claro do publicano ao escrever seu evangelho. Ao longo do texto, ele faz mais de 53 citações diretas do Antigo Testamento e mais de 70 referências às Escrituras Hebraicas, enfatizando 33 vezes que as obras de Jesus cumpriram profecias antigas. Esse enfoque destaca o Nazareno como o Messias prometido e reafirma, para seus compatriotas, o cumprimento das promessas de restauração e redenção (Mt 1.22; 2.15). 
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“O Evangelho de Mateus tem muitas características judaicas. Por exemplo, O termo “Reino dos céus' aparece 32 vezes, e o termo “Reino de Deus”, cinco vezes. Nenhum outro evangelho dá tanta ênfase ao Reino. À esperança da restauração do trono de Davi era algo que ardia no coração dos judeus naqueles dias.” (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010b, p. 9).
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3.1.1. O evangelho do Cristo-Rei: a realeza messiânica e a redenção esperada pelos judeus 
    O povo judeu aguardava o Prometido das nações, com profecias que destacavam Sua glória e as bênçãos de Seu Reino (Is 9.6,7; Jr 23.5,6). Em meio à exploração política e econômica e à decadência espiritual (Mt 22.17-21), o Messias era percebido como um libertador da opressão. Mateus confronta esse entendimento ao destacar a realeza messiânica de Cristo, que transcende às expectativas de um governante terreno. 
    Embora muitos não reconhecessem o homem de dores profetizado por Isaías (53.3), Mateus desafiou seus compatriotas a verem em Jesus o Messias e Rei esperado, o Filho de Davi (Mt 1.1-16; Mt 22.41-44), cujas promessas não se limitam à libertação política, mas abrangem a redenção eterna.

 4. LIÇÕES DA VIDA DE MATEUS PARA A JORNADA DE FÉ 
    Mateus nos ensina que ninguém escapa ao poder da graça salvadora. Ao ser chamado, ele abandona uma profissão impopular e estigmatizada para seguir a Cristo, revelando que Deus não vê o nosso passado, mas sim o potencial para transformação. 
    Em nossa vida, somos frequentemente desafiados a responder ao chamado do Senhor, que nos convida a deixar hábitos, situações ou relacionamentos que nos afastam dele. Assim como Mateus, que renunciou à sua antiga vida, somos convidados a responder ao chamado do Altíssimo com fé, sabendo que Ele nos guia para uma missão maior. 

4.1. Um encontro transformador: o chamado de Cristo a Mateus 
    O chamado de Jesus a Mateus supera a simplicidade de um convite, configurando-se como um ato de renovação profunda. Ao ouvir “segue-me”, Mateus respondeu prontamente, ciente das possíveis rejeições e do peso das consequências sociais. 
    Seu exemplo nos impele a uma reflexão mais profunda sobre o significado de acolher a convocação do Senhor: até onde estamos dispostos a ir ao ouvir Sua voz? Quais circunstâncias nos desafiam a romper com nossos confortos aparentes em prol de um seguimento fiel a Cristo? 
    Responder a esse chamado demanda coragem, pois implica não apenas renúncia, mas também uma disposição contiqua para reconfigurar a própria vida sob a luz do propósito divino. 

4.2. Prontidão na obediência: a coragem de seguir a Cristo sem hesitação 
   Mateus não apenas acolheu o chamado de Jesus, mas q fez com uma prontidão exemplar. Sem hesitar ou questionar, ele obedeceu de maneira imediata e resoluta. Seu exemplo nos exorta à necessidade de respondermos prontamente aos desígnios divinos, com plena confiança e destemor. 
   Em nossa jornada cotidiana, somos convidados a refletir essa mesma disposição em nossas ações, buscando agir sem demora em direção ao que sabemos ser justo e alinhado com a vontade de Deus, seja nas decisões familiares, nos compromissos profissionais ou nas esferas espirituais de nossa vida.

CONCLUSÃO
   Assim como Mateus, que passou de um publicano desprezado a um dos apóstolos e evangelistas mais influentes, Deus nos convida a vivermos sob Sua graça remidora. Apesar das duvidas e cnticas sobre a identidade e o passado deste filho de A feu, vemos na sua história o poder redentor de Cristo, que não apenas o chamou, mas o capacitou para impactar gerações com o evangelho. Que possamos enxergar nele a prova de que o Senhor utiliza pessoas comuns e imperfeitas para propósitos eternos. 
    A vida e obra de Mateus nos lembram que Deus olha além das limitações e falhas, guiando cada um de nós a uma missão que glorifica Seu nome e transforma vidas. Que essa lição nos inspire a confiar plenamente no Altíssimo, certos de que Ele pode nos usar de maneira singular em Seu Reino, apesar de nossas fraquezas. 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. A quem, em primeiro lugar, destinavam-se os escritos de Mateus? Qual era seu objetivo? 
R.: Aos judeus. Ele pretendia desafiar o povo a perceber que Cristo era o Messias longamente esperado (Mt 1.116), que Ele era o filho de Davi (Mt 22.41-44). 
2. O que significa o nome Mateus? 
R.: Dom de Deus. 
3. Como podemos denominar o gesto de Mateus em oferecer um banquete para Jesus? 
R.: Um ato de gratidão e de hospitalidade. 
4. Qual era o nome do pai de Mateus? 
R.: Alfeu. 

Fonte: Revista Central Gospel

quarta-feira, 9 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR JOVENS - Lição 2 / 2º Trim 2025

UM CONVITE AO ARREPENDIMENTO EM SALMOS
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Texto de Referência: Sl 6.6 

VERSÍCULO DO DIA
Senhor, diante de ti está todo O meu desejo, e o meu gemido não te é oculto”, Sl 38.9.

VERDADE APLICADA
 Na Bíblia, encontramos o caminho da reconciliação com Deus através do livro de Salmos que nos impõem transformações positivas através do arrependimento.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explorar a amplitude dos temas e autores dos Salmos;
 ✔ Apresentar os erros de Davi;
 Alertar que o pecado afeta a comunhão com Deus; 
✔ Mostrar a necessidade do arrependimento. 

MOMENTO DE ORAÇÃO 
Ore para que tenhamos sempre um coração quebrantado diante de Deus.

LEITURA SEMANAL
Seg  Sl 34.18 A oração com quebrantamento nos aproxima de Deus.
Ter  Sl 51.12 O arrependimento traz alegria.     
Qua Jó 22.23 Deus restaura o que se arrepende.
Qui  Mq 7.18,19 Deus perdoa e “esquece”.
Sex  At 3.19 Quem se arrepende será salvo.  
Sáb  1Jo 1.9 Deus perdoa quem se arrepende.

INTRODUÇÃO 
O livro dos Salmos desperta os nossos olhos para que possamos contemplar as maravilhas da Lei do Senhor (Sl 119.18). Eles propagam de modo intenso os pensamentos e os sentimentos da alma, desde os conhecimentos mais içados de alegria e louvor até as lástimas mais profundas de lamentação.
 
Ponto-Chave
“Alguns dos Salmos refletem a amargura trazida pelo pecado, ocasionando dor e o arrependimento do pecador”.

1. AS CONFISSÕES DO PENITENTE 
O Salmo 51 narra o arrependimento de Davi por seu envolvimento com Bate-Seba (2Sm 11.3), e a trama da morte do marido dela, Urias (2Sm 11.14-17). É oportuno lembrar que, após ser repreendido pelo profeta Natã, Davi reconhece o seu erro e diz ao profeta: “Pequei contra o Senhor”, 2Sm 12.13. 

1.1. Aprendendo com os erros de Davi
O episódio da queda de Davi e o seu arrependimento é significativo sob diversos pontos de vista. Vejamos: Davi confessa o seu pecado e suplica o perdão (Sl 51.1). Verificamos, ainda, que ele ora pedindo que fosse purificado de sua maldade (Sl 51.2), além de pedir que o Senhor lhe desse um coração puro (Sl 51.10). Podemos acrescentar que Davi reconheceu a importância de Deus não desprezar um quebrantado e contrito coração (Sl 51.17). O Salmo se preocupa em ensinar o valor do arrependimento para que os transgressores não cometam o mesmo erro empreendido por Davi (Sl 51.13). 

1.2. O que está de pé vigie 
O ensinamento contido no Salmo 51 serve para todos os seres humanos de qualquer raça, tribo ou nação. A recomendação de Paulo, o Apóstolo é: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia; 1Co 10.12. C.H. Spurgeon (Esboços Bíblicos de Salmos, Shedd, 2005, p.129), descreve que Davi teve uma queda tão exacerbada que, quando nos lembrarmos de seu pecado, lembremo-nos de sua compunção, e da longa série de penalidades que fizeram da sequência de sua vida uma história lastimável. Jovens fiquem alertas, muitos têm caído nestes tempos complexos em que estamos vivendo e dificilmente conseguirão se erguer. Não terão mais forças para segurar as mãos estendidas do nosso amável Pai (Sl 34.8). Cuidado! É tempo de vigiar.

Refletindo
“O pecado de Davi lhe conduziu a um estado de completo esvaziamento espiritual e profunda angustia". 
Pastor Adriel G. Nascimento

2. O PECADO AFETA A INTIMIDADE COM DEUS 
Por pecar, Davi rompeu seu relacionamento com Deus. Da mesma forma, o pecado que herdamos nos afasta dEle: "... as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” Is 59.2. 

2.1. Um Salmo para abrir o nosso coração 
Após ser advertido pelo profeta Natã, Davi se arrepende e escreve este belo Salmo; pousando seu olhar unicamente em Deus (Sl 51.3). O Salmo processa inteligentemente um gesto de sentimento, expectativa e confiança em Deus de maneira única. Tendo isso em vista, este Salmo deve ser lido por cada jovem, analisado como um plano de vida para não cometer tal erro. Para situar rapidamente a cada jovem, suma atenção deve ser tomada ao ler este Salmo, pois ele o ajudará a abrir o coração a uma conversão verdadeira, conscientizando-o do pecado por meio de um Deus misericordioso, cujo acesso é direto e pessoal (Sl 51.10). 

2.2. Jovem, não abra mão do Espírito Santo
Certamente, uma das petições mais marcantes da vida de Davi está no Salmo 51. Ele não queria ser rejeitado por Deus devido às suas iniquidades. Após reconhecer o seu erro, em seu adultério com Bate-Seba, Davi ficou com medo de que o Espirito Santo se retirasse dele (S1 51.11). Ele entendia que é possível que o nosso pecado “entristeça o Espírito Santo” (Ef 4.30). Não é difícil enxergar que Davi estava apavorado com a ideia de perder Aquele que o fez ser tão íntimo de Deus: O Espirito Santo. Lemos que, no dia em que Samuel ungiu a cabeça de Davi diante de todos da sua casa, o Espírito Santo havia se apoderado dele (1Sm 16.13). 

3. A NECESSIDADE DO ARREPENDIMENTO 
O Salmo 32, de autoria de Davi, inicia declarando que é feliz aquele que tem a seu pecado perdoado (Sl 32.1). Por seu pecado, Davi colheu o fruto dos seus erros (2Sm 12.9-12). Sua consciência estava desassossegada (Sl 32.3). Até que ele reconheceu o seu pecado e alcançou a misericórdia divina (2Sm 12.13). 

3.1. O arrependimento é necessário
O arrependimento é uma mudança de coração e mente que nos aproxima de Deus, ele nos conduz a uma tristeza profunda ocasionada pela violação das Leis divinas. No livro dos Salmos, vemos que o ato do arrependimento é uma oração que expressa o desejo de nos redimirmos diante de Deus (Sl 31.10). Os salmistas nos ensinam que estamos perante “um mar da misericórdia divina” e somos livres para mergulhar nesse mar (Sl 136.1-14). Aos jovens é significativo ressaltar que o arrependimento não pode ser algo a ser procrastinado. Sem arrependimento não acontece mudança de vida. 

3.2. O arrependimento leva a sorrir novamente 
A experiência da ausência de confissão do pecado, levou Davi a sentir amargura pela vida (Sl 32.4). Seu pecado fez com que envelhecessem os seus ossos todos os dias. Davi nos diz que, enquanto não confessou o seu pecado, ele se cansava, chorando o dia inteiro (Sl 32.3). Diante de tais circunstâncias, Davi decidiu confessar toda a sua maldade e o Senhor perdoou todos os seus pecados (Sl 32.5). É inconteste notarmos que muitos vivem infelizes por não admitirem seus pecados, o que os impossibilita de voltarem a sorrir (Tg 5.16). Não podemos deixar de lembrar aos jovens que a falta de alegria pela vida tem levado muitos ao suicídio (Mt 27.4,5).

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR 
Se para um pecador penitente o arrependimento traz alívio (Sl 51.12), para Deus há uma verdadeira festa (Lc 15.7). [...] O processo do arrependimento trouxe ao salmista a alegria tão desejada para a sua alma: “Torna a dar-me a alegria da tua salvação [...]” (Sl 51.12a). Essa alegria vem de Deus para o homem: manifestando-se através de Sua graça redentora (Sl 30.5,11). [...] O arrependimento faz parte do processo divino para alcançar o homem caído. Deus ajuda o homem nesse processo, mas a decisão final é nossa. É necessário, pois, que estejamos sempre abertos à voz do Espírito Santo, que nos ajuda na compreensão desses propósitos para nossa vida, e que aceitemos suas repreensões quando nos convence de nossos pecados. Ao nos arrepender, desfrutamos e alcançamos a comunhão com o nosso Criador. Fonte: (Bispo Samuel Ferreira. Revista Betel Dominical 3º Trimestre de 2002).

CONCLUSÃO
A vida de Davi nos faz ver que a misericórdia divina sempre acompanhará os que verdadeiramente se arrependem. O sábio deixou escrito que: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”, Pv 28.13. 

Complementando
O arrependimento está atrelado à uma mudança de mente e atitudes. Encontramos dois tipos de arrependimentos: A) Atrição - ocorre lamentação diante do castigo pelo pecado, mas é vazia e não há mudança. B) Contrição - sentimento de arrependimento, reconhecimento e afastamento do pecado. 

Eu ensinei que:
Assim como Davi, da mesma forma não podemos pecar contra Deus, pois o pecado resulta em conse- quências catastróficas. No entanto, se pecarmos contra o Senhor, devemos suplicar por Sua misericórdia, que é abundante.  
 
Fonte: Revista Betel Conectar

terça-feira, 8 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 2 / 2º Trim 2025


AULA EM 13 DE ABRIL DE 2025 - LIÇÃO 2

(Revista Editora Betel)

Tema: A proposta de Faraó: um convite ao compromisso ou uma armadilha para a fé?

Texto Áureo
“Moisés, porém, disse: Tu também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao Senhor, nosso Deus.” Êxodo 10.25

Verdade Aplicada
Devemos adorar ao Senhor com cânticos, com nossos bens e com um viver coerente com a vontade de Deus.

Objetivos da Lição
Saber que Deus deve ser adorado.
Identificar o que afeta nossa adoração a Deus.
Ressaltar que devemos servir a Deus com o nosso melhor.

Textos de Referência

Êxodo 10
24 Então, Faraó chamou a Moisés e disse: Ide, servi ao Senhor; somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças.
25 Moisés, porém, disse: Tu também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao Senhor, nosso Deus.
26 E também o nosso gado há de ir conosco, nem uma unha ficará; porque daquele havemos de tomar para servir ao Senhor, nosso Deus; porque não sabemos com que havemos de servir ao Senhor, até que cheguemos lá.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Pv 12.27 Ser diligente é um bem preciosa.
TERÇA | Ec 5.19 Deus concede os bens.
QUARTA | Mt 6.24 Ninguém pode servir a dois senhores.
QUINTA | Lc 12.15 Devemos nos guardar da avareza.
SEXTA | At 2.44 A Igreja Primitiva tinha tudo em comum.
SÁBADO | 1Jo 2.16 O que é do mundo não provém do Pai.

HINOS SUGERIDOS: 225, 227, 253

INTRODUÇÃO 
Professor(a), nesta lição seguimos dentro do tema "Mordomia Cristã", e vamos falar sobre Moisés e sua missão diante de faraó. Mas, antes de prosseguir, vale a pena comentar sobre o tema do trimestre, para o caso de alguém lhe perguntarO que é mordomia cristã? 
A resposta é: mordomia cristã é a responsabilidade de cuidar das coisas de Deus, como um administrador, ou seja, um mordomo do Senhor. Tanto os bens espirituais quanto os materiais que Deus confiou aos cristãos.  
Moisés se negou a deixar os animais no Egito, e essa atitude remete ao posicionamento do crente diante de uma orientação de Deus. A atitude de Moisés mostra que ele não renunciou ao que viria a ser motivo de adoração e louvor a Deus. 
Moisés ao solicitar a faraó a saída do povo de Deus do Egito, recebeu propostas de deixar algumas coisas por lá, e essa lição fala de uma dessas propostas, a de deixar os rebanhos no Egito, e também sobre a impressionante resposta de Moisés, Êxodo 10.26

PONTO DE PARTIDA – Devemos a Deus nossos servir com bens.

1- Adorando a Deus
Adorar é obedecer ao primeiro e principal Mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas (Dt 6.5); assim, todos somos chamados a adorar. Deus escolheu Moisés para conduzir os israelitas para adorá-lo no deserto, mas Faraó considerou as palavras de Moisés mentirosas (Êx 5.1-9). Convém lembrar que Deus tinha um projeto muito maior, que iria impactar o mundo, e levar o povo do Egito fazia parte desse projeto. No entanto, para faraó bastava informar que o povo iria adorar a Deus no deserto, pois a adoração estava inclusa no projeto.

"E eles disseram: O Deus dos hebreus nos encontrou; portanto deixa-nos agora ir caminho de três dias ao deserto, para que ofereçamos sacrifícios ao Senhor nosso Deus, e ele não venha sobre nós com pestilência ou com espada.", Êxodo 5.3

1.1. Moisés, o mediador da adoração a Deus no deserto.
Deus chama as pessoas certas para Sua obra. Ele se agrada de quem vive com retidão, abandona o pecado e adora com um coração sincero. Moisés foi enviado por Deus a Faraó, o soberano mandatário do Egito, que deveria deixar que os israelitas fossem ao deserto adorá-lo (Êx 5.1). Essa passagem nos ensina que o deserto também é lugar de adoração a Deus. Na verdade, o deserto era o local de passagem do povo em direção à terra prometida, também foi o local de aprendizado, onde o povo passou a conhecer a Deus. E aquele deserto também foi um lugar de adoração.

"E depois foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto.", Êxodo 5.1

O deserto que consideramos hoje é o mundo físico onde temos nossa vida social, o nosso local de passagem até a Terra Prometida. Assim como um deserto é um local onde não tem nada, o mundo é deserto de coisas espirituais. Pode até haver muitas coisas materiais interessantes no mundo, mas não há nada de Deus nele.

"Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.", João 17.14

Jesus não é do mundo e nós também não somos, somos de Deus. 

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