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quarta-feira, 3 de setembro de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR SUBSÍDIO - Lição 10 / 2º Trim 2025


AULA EM ____ DE _________ DE _____ - LIÇÃO 10


(Revista Editora Betel)

Tema: MISSÕES NAS INSTITUIÇÕES



Texto de Referência: Mt 25.31-46

VERSÍCULO DO DIA
"Pelo que disseram os filhos de Israel a Samuel: Não cesses de clamar ao SENHOR, nosso Deus, por nós, para que nos livre da mão dos filisteus", 1Sm 7.8

VERDADE APLICADA 
Através do amparo social e religioso é impossível levar a mensagem do Evangelho nas Instituições.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explicar o que é capelania e seu testemunho no AT e no NT: 
 Apresentar a capelania nas instituições civis; 
✔ Mostrar a capelania nas instituições militares.

MOMENTO DE ORAÇÃO  
Oremos para que as oportunidades de anunciar o Evangelho de Cristo sejam bem aproveitadas.

LEITURA SEMANAL
Seg 1Sm 7.8 Samuel clamava pelo povo de Israel.
Ter Lc 10.29-37 Devemos cuidar dos necessitados como o bom samaritano.  
Qua Rm 12.8 Aquele que pratica a misericórdia faça com alegria.
Qui Mt 14.14 Aquele que age com compaixão é semelhante a Jesus. 
Sex Is 7.3 Isaías aconselhou o rei Acaz.
Sáb At 27.22 Paulo incentivou os marinheiros a confiar em Deus.

INTRODUÇÃO 
Professor(a), essa lição fala de um tipo de missão muito utilizada na atualidade, que é a capelania, e neste subsídio vamos aprofundar mais o assunto para dar mais qualidade à sua aula. Como, por exemplo, a forma como o termo capelão se consolidou no Exército Frances.
Desde os primórdios, homens compromissados com Deus acompanhavam o povo de Israel nas guerras, assim como Samuel, ou aconselhavam os reis como Isaías. Hoje, os capelães exercem o seu ministério em inúmeras Instituições, civis ou as militares. Esse ministério nas instituições, é conhecido como assistência religiosa, seja com cultos ou aconselhamentos, como veremos na presente lição. Essas instituições governamentais ou privadas, tem regimentos próprios, que são os seus estatutos, por isso, existem maneiras adequadas de se prestar esse tipo serviço, isso é o que se ensina nos cursos para capelão.  

Ponto-Chave
"Deus tem nos dado a oportunidade de pregar o Evangelho nos hospitais, nos presídios, nos funerais, nas escolas, nos quartéis e nos navios." 

1. O QUE É CAPELANIA? 
Capelania é o termo utilizado para designar a assistência religiosa nas Instituições civis e militares. Instituições são empresas ou organizações que possuem diversos propósitos, sejam eles: social, político, econômico, educacional, jurídico, militar e hospitalar.

1.1. O capelão
Se a capelania é a assistência religiosa apresentada nas Instituições, o capelão é aquele que presta o serviço de apoio religioso. O capelão é um líder religioso e o capelão evangélico, costumeiramente é um pastor que exercerá tal função. Cabe o capelão celebrar cultos, visitar enfermos em seus domicílios ou internados nos hospitais, encarcerados, assistência em escolas, em empresas e em campanhas militares ou em viagens em navios na Marinha. O capelão também é responsável em aconselhar pastoralmente, exercer apoio espiritual ou até mesmo, dirigir uma igreja, que no caso do contexto militar, é chamado de capela. Nas instituições militares, como Exército, Marinha, Aeronáutica e as polícias, o capelão evangélico atua realizando cultos e atendendo a situações emergenciais, por exemplo, se um militar de um quartel do Exército ou da Polícia tem ideação suicida, e o quartel possui capelão militar, então ele é chamado pelo comandante do quartel para dar uma palavra, um conselho ou uma oração para a vítima. Outra situação pode acontecer quando o familiar de um integrante da instituição está doente, nesse caso, o capelão é chamado para fazer uma visita na casa da pessoa. Essas instituições trabalham com seus homens e mulheres sobre pressão, por isso, elas prestam vários tipos de assistência, inclusive a espiritual. Algumas instituições no Brasil possuem dois capelães, um católico e um evangélico.  

1.2. O testemunho do exercício da capelania
O termo capelania é moderno, ou seja, não era utilizado em tempos antigos, no entanto, isso não quer dizer que não existia a função de um líder religioso responsável pelo apoio espiritual. Podemos dizer que tanto os sacerdotes, quanto os profetas em Israel exerceram a função de capelães no AT. O sacerdote Samuel é um exemplo de capelão que exercia seu ministério junto às tropas de Israel (1Sm 7.8-10), do mesmo modo, Jesus ao relatar a Parábola do Bom Samaritano exerce, de certa forma, a missão do capelão (Lc 10.29-37). Atualmente, a capelania é uma profissão reconhecida pelo ministério do Trabalho e Emprego. Para a maioria dos cristãos, no enantato, se tornar um capelão transcende a carreira, o objetivo maior é a pregação do Evangelho. O termo capelão surgiu com a história da Capa de São Martinho, que está no "Subsídio do Educador" desta lição, e como acréscimo deixo aqui a informação de como esse termo se consolidou no meio militar europeu:
Na frança, no século XVIII, começou-se o costume de o Exército levar uma relíquia sagrada para as batalhas, conhecida como "A capa de São Martinho", com o objetivo de trazer a bênção e a proteção sobre os militares, o sacerdote que cuidava dessa capa, era chamado de "capelão". A tenda onde era conduzida a relíquia se chamava "capela". No início, os capelães eram apenas católicos, mas em países onde os evangélicos são em grande número, há capelães também evangélicos. Um jovem cristão, ao escolher sua carreira, pode optar por esse tipo de atividade, associando a profissão à missão dada por Cristo. 

Refletindo 
"A capelania é uma espécie de espaço do sagrado, de apoio espiritual e de consolo dentro das instituições que a adotam"
Walmir Vieira 

2. CAPELANIA NAS INSTITUIÇÕES CIVIS 
A legislação brasileira, em especial a Constituição Federal de 1988, estabelece como direito do indivíduo a assistência religiosa nas Instituições que, por algum motivo, a pessoa permaneça em isolamento, por exemplo, por motivos de saúde, centros educacionais de caráter integral, por determinações judiciais, dentre outras. 

2.1. Exemplos de capelania civil 
Todas as Instituições civis que mantenham o indivíduo em caráter de internato, a Constituição Federal dá o direito deste ter um apoio religioso. As Instituições que comumente necessitam de apoio de um capelão são os hospitais, escolas de caráter integral e centros de detenção. Essas Instituições exigem dos capelães algum tipo de curso ou de formação em capelania. Tais locais são oportunidades ímpares, onde muitos estão sedentos em ouvir a Palavra de Deus, seja os internados por motivos de saúde nos hospitais, os detentos ou até mesmo estudantes que permanecem muito tempo longe das famílias exercendo atividades escolares. No caso em que as instituições precisam manter a pessoa por algum tempo em internamento, o isolamento da família, deixa a pessoa fragilizada, se tornando o ambiente propício para levar o alimento espiritual, que é a Palavra de Deus. Sendo assim, essas instituições propõem cultos para os seus internados ou autorizam visitas para os mais fragilizados, e neste caso, os capelães precisarão saber se expressar, controlar tom de voz, e evitar o fundamentalismo, por isso a necessidade do curso de capelania.

2.2. Exercitando a misericórdia
O dom da misericórdia é um dos dons citados junto aos ministeriais (Rm 12.6-8). Misericórdia é a capacidade de se compadecer do sofrimento alheio e agir em prol daquele que sofre. Em Seu ministério terreno, os evangelistas relatam que Jesus foi movido por íntima compaixão (Mt 14.14;18.27;20.34). Da mesma forma, o ministério da capelania é um chamado missionário que tem o objetivo de alcançar pessoas que se encontram em condições de vulnerabilidade e, às vezes, isoladas, de modo que precisam ser acolhidas, cuidadas e recebam a oportunidade de terem um encontro com o Salvador. Esses dons ministeriais são essenciais para a direção de trabalhos, sejam em congregações locais ou em obras missionárias, veja como Paulo faz as recomendações sobre os dons ministeriais:
"Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.", Romanos 12.8
O apóstolo Paulo deixa a ordenança bíblica, que se alguém exerce o dom de misericórdia, que o exerça com alegria. Por isso, o jovem que quiser entrar para essa profissão, ou deseja fazer um curso de capelania para a obra de missões em hospitais e presídios, deverá ter consciência que a alegria deverá estar estampada em seu rosto e atitudes.

3. CAPELANIA NAS INSTITUIÇÕES MILITARES 
Outro lugar em que existe a possibilidade de exercer o ministério da capelania é nas Instituições militares, ou nas Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea) ou nas Forças Auxiliares (Polícias Militares ou Corpo de Bombeiros Militar). 

3.1. O contexto militar 
O contexto militar apresenta uma oportunidade única de pregar a Palavra às pessoas que sofrem por causa do isolamento, distância do lar (devido às diversas missões), pressão mental e psicológica, por causa do risco de morte, atividades físicas extenuantes, campanhas militares de treinamento, ou em conflitos reais. Não obstante, a força policial vive em extremo estresse por causa do conflito com bandidos e os bombeiros, que se colocam em risco para salvar outras vidas. Diante de tanta pressão, a capelania militar é um bálsamo na vida daquele que passa por tais dificuldades e desafios. Há relatos de conversões em locais onde há capelania militar, isso por conta da já mencionada fragilidade em que os militares vivem nas diversas situações em que a profissão os coloca. Essas conversões ocorrem com mais frequência, nas patentes mais baixas, exatamente as que passam por situações mais extremadas. Uma curiosidade, os quarteis do Exército, possuem apenas um capelão para atender a diversas unidades, por isso, muitas vezes, é necessário que os próprios militares de um quartel façam esse serviço de maneira informal, pois entre os militares, sempre há algum cristão que é obreiro em sua igreja, então, algumas vezes ele pode ser chamado para organizar um culto dentro do seu quartel, ou fazer uma oração. Mas essa atividade não pode ser feita de forma ilegal, deve ter sempre a autorização dos comandantes.

3.2. A capelania militar 
A função da capelania militar é semelhante a civil. Podemos elencar também a capelania funeral, pois muitos militares que falecem em ação ou na ativa, recebem honras fúnebres em seus funerais. No contexto militar também há a capelania hospitalar, prisional e escolar (nos Centros de Instrução). Para exercer a capelania militar, o capelão deve adentrar na Força (Armada ou Auxiliar) através de concurso público ou convocação temporária, de modo que o capelão possuirá a patente de oficial. O capelão militar acompanha a tropa nas campanhas militares, nas bases aéreas e até mesmo nos navios da Marinha para os lugares mais remotos do mundo. Os concursos para capelães militares são anuais e geralmente possuem poucas vagas, embora os salários sejam bons. Deixo a seguir, alguns links para passar aos jovens, onde encontrar essas oportunidades:
Para o exército há processos seletivos interessantes como esse:
Esse link é de apenas uma Região Militar, existem outras Regiões que disponibilizam esses processos seletivos regularmente.
Par a Força Aérea temos esse: https://www.fab.mil.br/ingresso/
Convém lembrar que, esses concursos e processos seletivos podem estar encerrados para esse ano, mas abrirão no ano que vem. Vale a pena orientar os jovens que desejarem ingressar numa carreira de capelão militar.

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
O nome capelão vem da história de Martinho de Tours que foi um bispo cristão nascido na atual Hungria em 316 d.C. A história nos conta que no ano de 338 d.C., um ano após a morte do Imperador Constantino, Martinho, que era militar e cristão, saiu para uma ronda noturna. Foi quando encontrou um mendigo, que não tinha condições de se aquecer sob o frio intenso da madrugada europeia. Ele pedia a todos que ali passavam que tivessem compaixão dele. Não tendo nada para oferecer, Martinho cortou a própria capa ao meio e lhe deu a outra parte. Na noite seguinte, ele teve um sonho no qual o mendigo que lhe fora ajudado era o próprio Cristo. Tal sonho mudou a vida do jovem que se dedicou inteiramente a vida cristã. Fonte: (FARIA, Gisleno Gomes de. (org.) São Paulo: Hagnos, 2017. p. 65). 

CONCLUSÃO
Para proclamar o Evangelho nas Instituições civis ou militares, podemos utilizar a estratégia de capelania, a qual oferece apoio, suporte emocional, espiritual e social. A capelania, além de possibilitar a entrada do Evangelho, oportuniza ao cristão a graça de ser um instrumento usado por Deus para o bem-estar do próximo. 

Complementando 
Na História, o Imperador Constantino teve uma visão divina antes da batalha da ponte Milvian (313 d.C.). Os historiadores afirmam que alguns de seus servos eram cristãos e lhes pregavam o Evangelho. Após a visão, pela primeira vez na História, um imperador romano foi para o combate ostentando um símbolo cristão. Ao vencer a batalha, de forma quase divina, Constantino estabeleceu o edito de Milão que fez com que o cristianismo deixasse de ser uma religião perseguida e proibida. 

Eu ensinei que: 
Uma grande oportunidade de se pregar o Evangelho dentro das Instituições é por meio da capelania, a qual é respaldada por lei. 

Fonte: Revista Betel Conectar
 
ATENÇÃO: ESTE SUBSÍDIO É GRATUITO PARA OS USUÁRIOS DO CLUBE DA TEOLOGIA
 
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Pr Marcos André
 



terça-feira, 2 de setembro de 2025

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 10 / ANO 2- N° 6

A Identidade dos Filhos de DEUS
__/___/____


TEXTO BÍBLICO BÁSICO 

1 João 3.1-3, 8, 10, 14-18
1- Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele.
2- Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.
3- E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.
8- Quem pratica o pecado é do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.
10- Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: qualquer que não pratica ajustiça e não ama a seu irmão não é de Deus.
14- Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; quem não ama a seu irmão permanece na morte.
15- Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna.
16- Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.
17- Quem, pois, tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar o seu coração, como estará nele o amor de Deus?
18- Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.

TEXTO ÁUREO 
"Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros."  
1 João 3.11 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO 
2ª feira: 1 João 3.4; Êxodo 34.7 
Deus é justo e misericordioso.
3ª feira: 1 João 3.9; 5.18  
Quem é nascido de Deus não vive em pecado. 
4ª feira: 1 João 3.9; Gênesis 3.5; Gálatas 4.4  
Cristo veio vencer o pecado e cumprir o Tempo. 
5ª feira: Colossenses 2.15  
Cristo triunfou sobre os poderes na cruz. 
6ª feira: 1 Timóteo 5.3,9,10  
Cuide das viúvas; valorize sua fé e boas obras.
Sábado: 1 João 3.19-21  
Com coração limpo, temos confiança diante de Deus. 

OBJETIVOS 
    Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
  • Reconhecer que os filhos de Deus se destacam pela prática da justiça e do amor;
  • Compreender que aqueles que não pertencem a Deus são identificados pela ausência de justiça e caridade;
  • Perceber que o verdadeiro amor se manifesta por meio de ações concretas. 
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS 
    Prezado professor, esta lição ressalta a diferença entre os filhos de Deus e os filhos do diabo, destacando a justiça e o amor como marcas da identidade cristã.  Incentive a reflexão pessoal à luz das Escrituras. Para engajar a turma, divida-a em grupos e proponha a análise de dilemas morais com base em 1 João 3. Reforce a importância da coerência entre fé e prática.  
    Boa aula! 

COMENTÁRIO
Palavra introdutória 
    Esta lição apresenta um contraste fundamental entre os filhos de Deus e os filhos do diabo, demonstrando que a identidade espiritual de cada indivíduo se revela por suas atitudes. João não deixa margem para neutralidade: aqueles que praticam a justiça e o amor evidenciam sua filiação divina, enquanto os que persistem no pecado manifestam a influência do maligno. 

1- OS FILHOS DE DEUS: DESTINO E DEVER 
    João trata da filiação divina em seus escritos.  Em seu Evangelho, desde o início, ele corrige a ideia equivocada de que todos são filhos de Deus, destacando que somente aqueles que creem no nome de Jesus recebem o poder de se tornarem Seus filhos (Jo 1.12). No Apocalipse, ele enfatiza a identidade dos redimidos, apresentando-os como vencedores, coerdeiros com Cristo e participantes da glória futura (Ap 21.7; cf. Rm 8.17). 
    Em suas epístolas, o escritor sagrado reforça a distinção entre os filhos de Deus e os filhos do diabo, trabalhando conceitos como luz e trevas (1 Jo 1.5,6; 2.9) e verdade e mentira (1 Jo 1.8; 2.4,21), evidenciando os sinais dessa ascendência espiritual. Além disso, ele destaca dois elementos essenciais associados ao novo nascimento: justiça e amor. Aquele que nasce de Deus deve necessariamente demonstrar essas qualidades como reflexo da paternidade divina (1 Jo 2.29-3.10). 

1.1. O destino superior reservado aos filhos de Deus 
    João emprega repetidamente o verbo conhecer neste capítulo (1 Jo 3.1,6,16,19,20,24), possivelmente em resposta aos gnósticos, que enfatizavam o conhecimento como elemento central da fé. O apóstolo, que em seu Evangelho destaca a fundação da vida cristã e, no Apocalipse, aponta para sua consumação, apresenta a salvação como uma jornada iniciada no novo nascimento e concretizada no céu, a meta final dos redimidos.  Ele distingue entre o que já foi revelado e aquilo que ainda permanece oculto. A glorificação dos filhos de Deus é um mistério tão grandioso que ultrapassa a compreensão humana. No entanto, uma certeza permanece: seremos semelhantes a Ele, pois o veremos assim como Ele é (1 Jo 3.2). 
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    Deus se revela a Moisés como aquele que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressão, e o pecado; que ao culpado não tem por inocente (Êx 34.7). Iniquidade é "maldade"; transgressão é "quebra de regra"; e pecado é "errar o alvo". Embora cada termo tenha sua especificidade, todos convergem para o mesmo significado: afronta a Deus.
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1.2. O dever dos filhos de Deus
    Conscientes de nossa filiação divina e do extraordinário futuro que nos aguarda, cabe-nos cultivar uma vida santa (1 Jo 3.3). Nesse contexto, João confronta os antinomistas ao afirmar que quem pratica o pecado também pratica iniquidade, porque o pecado é iniquidade (1 Jo 3.4), destacando que a retidão é uma característica essencial dos filhos de DEUS, e não o contrário. João reforça ainda que Jesus se  manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado (1 Jo 3.5), apresentando Cristo como o modelo de santidade que devemos seguir. 

2- OS FILHOS DO DIABO: A INFLUÊNCIA SATÂNICA E A VITÓRIA DE CRISTO  
    A partir deste ponto (1 Jo 3.6), João passa a explorar a simultaneidade entre os filhos de Deus e os filhos do diabo, destacando a relação intrínseca entre a prática do mal e a influência satânica. 

2.1. A paternidade satânica e sua mentoria sobre os ímpios  
    O diabo é o autor do pecado, como afirma João: (...) O diabo vive pecando desde o princípio (1 Jo 3.8a). Para manter as pessoas no erro, ele age incessantemente, incutindo nas mentes a atração pelo mal.  Sua influência não se limita à tentação, mas inclui uma mentoria contínua, na qual estimula o pecado, ameniza a culpa e justifica cada atitude ímpia (Tg 1.14,15). Paulo, ao empregar o termo grego noȇmata, afirmou: (...) não ignoramos os seus ardis (2 Co 2.11; grifo do autor), referindo-se a estratégias meticulosamente planejadas para conduzir a humanidade ao pecado. 
    Diante dessa realidade, João emprega uma linguagem enfática ao declarar que qualquer que vive pecando não viu nem conheceu o Senhor (1 Jo 3.6). A forma verbal usada, hamartanõn, no presente ativo, sugere uma ação contínua, implicando que quem permanece em Cristo não vive no erro, como também se observa em 1 João 3.9 e 5.18. 

2.2. A distinção entre as duas sementes  
    João afirma que aquele que nasce de Deus não persiste no pecado, pois a essência divina permanece nele, impedindo-o de viver em transgressão contínua (1 Jo 3.9). Essa passagem traz, de maneira implícita, a concepção das duas linhagens espirituais - a descendência da mulher e a do adversário -, um conceito que remonta à promessa registrada em Gênesis, quando Deus declarou inimizade entre ambas (Gn 3.15; cf. Gl.  4.4). 

2.3. A derrota definitiva das obras do diabo  
    A mensagem de esperança diante do pecado revela-se de forma evidente: o Filho de Deus veio ao mundo com o propósito de anular as investidas do maligno (1 Jo 3.8b). Por meio de Sua entrega na cruz, Ele não apenas quitou a dívida da humanidade, mas também declarou a ruína de Satanás, despojando as forças espirituais da maldade, expondo-as abertamente e triunfando sobre elas em Seu próprio sacrifício (Cl 2.15). 

2.4. A justiça como expressão do amor divino  
    Aquele que é nascido de Deus age com justiça motivado pelo amor, e não por mera obediência a preceitos legais ou pelo temor das consequências de sua transgressão. Ele não deixa de prejudicar o próximo apenas por reconhecer a proibição da Lei, mas porque, movido pelo amor, escolhe não o fazer.  Nesse sentido, o amor, como expressão máxima da justiça, antecede as próprias normas jurídicas. 
    Para ilustrar esse princípio, João recorre ao relato de Caim e Abel.  Embora irmãos, um era justo e o outro, perverso.  Caim, dominado pela injustiça e pela ausência de amor, assassinou Abel (1 Jo 3.12). A partir desse fato, João estabelece um silogismo: Caim matou Abel porque não o amava; portanto, quem não ama seu irmão é homicida. Assim, conclui: Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si (1 Jo 3.15 ARA). 
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    No Antigo Testamento, especialmente no Decálogo do Sinai, as leis possuem caráter preventivo, sendo introduzidas pela negação: Não terás outros deuses (...); Não farás para ti imagem (...); Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão (...); Não matarás (...) (Êx 20.1-17). Para João, no entanto, a justiça dos filhos de Deus não se define pela negação do mal, mas pela afirmação do amor: Amarás (1 Jo 4.7,8)! 
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3- AS MARCAS DISTINTIVAS DOS FILHOS DE DEUS 
    João adverte os crentes a não se surpreenderem com a hostilidade do mundo, pois essa oposição já era prevista (1 Jo 3.13). Afinal, Jesus os prevenira sobre as aflições da vida, encorajando-os com Sua vitória sobre o mundo (Jo 16.33) e destacando que essa rejeição ocorre porque os filhos de Deus não pertencem ao sistema mundano (Jo 15.18,19). 
    Consciente dessa realidade, o apóstolo enfatiza a inevitabilidade do conflito, visto que todo o mundo está no maligno (1 Jo 5.19), tornando os crentes estrangeiros em um ambiente dominado pelas forças do mal. 

3.1. O amor como evidência da nova vida  
    A transição da morte para a vida, mencionada por João, refere-se à conversão, marcando a passagem da condição de perdido para salvo. Essa transformação manifesta-se no amor ao próximo, pois aquele que não ama permanece em estado de condenação espiritual (1 Jo 3.14). 
   O amor verdadeiro se expressa na capacidade de entrega, alcançando sua plenitude no sacrifício. Cristo demonstrou essa essência ao dar Sua vida pela humanidade, estabelecendo um modelo inigualável de altruísmo (Jo 15.13). Da mesma forma, os crentes são chamados a agir com disposição semelhante, colocando o bem do outro acima de interesses pessoais (1 Jo 3.16). 

3.2. A solidariedade como reflexo da justiça divina 
    A verdadeira fé se expressa na prática do amor ao próximo. João adverte que aquele que possui recursos e ignora a necessidade alheia não pode afirmar que o amor de Deus habita nele (1 Jo 3.17). Esse compromisso com o bem do outro não se limita a palavras, mas se concretiza em ações (1 Jo 3.18), 
    A Igreja de Cristo, movida pela maior de todas as virtudes, pratica a solidariedade sem ostentação ou interesses ocultos. Desde seus primórdios, o Corpo de Cristo demonstrou cuidado com os verdadeiramente carentes, fazendo da assistência aos necessitados uma marca distintiva do povo de Deus (cf. 1 Tm 5.3). 

3.3. A consciência como testemunho da transformação pelo Espírito 
    A certeza de pertencer à verdade manifesta-se na paz interior diante de Deus. João ensina que, mesmo quando a consciência acusa, é necessário lembrar-se que Deus, em Sua soberania, conhece todas as coisas. Quando o coração não condena, surge a plena confiança no relacionamento com o Altíssimo (1 Jo 3.19-21). 
    Na antiga aliança, a vida do povo era guiada pela Lei, mas, com a vinda do Espírito Santo, conforme prometido por Cristo (Jo 16.7), o crente passa a ser conduzido internamente por Ele. A paz de Jesus torna-se o árbitro de sua consciência, permitindo-lhe viver em unidade e gratidão (cf. Cl 3.15). 

3.4. A oração eficaz como resultado da comunhão com Cristo 
    A oração eficaz está diretamente ligada à obediência. João afirma que Deus atende àqueles que guardam Seus mandamentos e vivem de modo agradável à sua vista (1 Jo 3.22). Essa relação de causa e efeito também é destacada por Jesus, ao ensinar que aqueles que permanecem nele e têm Sua palavra como guia e princípio de vida receberão aquilo que pedirem, pois suas petições estarão alinhadas à vontade do Pai (Jo 15.7). 

3.5. A fé como fundamento da vida espiritual 
    A fé em Cristo é o alicerce da vida espiritual. João declara que o mandamento divino consiste em crer no nome do Filho de Deus e viver a reciprocidade do amor (1 Jo 3.23). 
    Crer no nome de Jesus significa reconhecer nele a garantia absoluta da salvação, confessá-lo como Senhor para a vida eterna (Jo 20.31; At 4.12) e receber, por meio dele, a adoção como filhos de Deus (Jo 1.12). 
    Viver a reciprocidade do amor, por sua vez, significa expressar, em ações, o caráter do Altíssimo, que se revela na comunhão, no cuidado e no perdão (1 Jo 4.7,8). 

3.6. A obediência como selo da verdadeira filiação 
    João ressalta a relevância do mandamento divino ao afirmar que aquele que obedece à vontade de Deus permanece em comunhão com Ele, e Deus, por Sua vez, habita nesse indivíduo. Essa certeza se confirma pela presença do Espírito Santo, que foi concedido como evidência da verdadeira filiação celestial (1 Jo 3.24). 
    O uso recorrente do termo "mandamento" não decorre apenas de sua familiaridade com a tradição judaica, mas reforça que a prática do amor não é facultativa, e sim uma exigência divina. A obediência a esse mandamento evidencia a presença de Deus na vida do salvo, pois é pelo Espírito Santo que essa comunhão se confirma. Assim, não se obedece para que Deus habite no crente, mas porque Ele já habita nele, capacitando-o a viver em conformidade com Sua vontade. 

CONCLUSÃO 
    Este capítulo (1 Jo 3) revela, de forma clara e inegociável, a distinção entre os filhos de Deus e os filhos do diabo, evidenciada não apenas por palavras, mas pelas atitudes de cada um. João não suaviza sua mensagem: quem não ama carrega em si o espírito de morte; quem se entrega ao pecado pertence ao maligno; mas aquele que ama manifesta a nova vida em Deus. 
    Diante dessa verdade, cada coração é chamado a refletir: De quem sou filho? 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO 
1. Como João define aquele que odeia seu irmão? 
R.: Como homicida.

Fonte: Revista Central Gospel



ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 10 / 3º Trim 2025


AULA EM 7 DE SETEMBRO DE 2025 - LIÇÃO 10

(Revista Editora Betel)

Tema: O Exemplo de Humildade: Jesus Lava os Pés dos seus Discípulos  



TEXTO ÁUREO
"Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também", João 13.15.   

VERDADE APLICADA
Jesus Cristo, sendo Senhor e Mestre, é nosso maior exemplo de humildade e serviço cristão.  

OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Saber que o Filho de Deus amou os Seus discípulos até o fim.
- Saber que o Filho de Deus foi um Servo Fiel e Humilde.
- Ressaltar as lições da liderança pelo serviço.
  
TEXTOS DE REFERÊNCIA

JOÃO 13 
1. Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim. 
3. Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus, 
4. Levantou-se da ceia, tirou os vestidos e tomando uma toalha, cingiu-se.
5. Depois deitou água em uma bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. 
6. Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim? 
7. Respondeu Jesus, e disse-lhe: o que eu faço, não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.  

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Pv 15.33 A humildade antecede a honra.
TERÇA | Mt 5.5 Bem-aventurados os humildes.
QUARTA | Fp 2.3 Considerem os outros superiores a si mesmos.
QUINTA | Gl 5.13 Servindo uns aos outros.
SEXTA | Cl 3.12 Revistam-se de humildade.
SÁBADO | Lc 14.11 Quem se humilhar será exaltado.

HINOS SUGERIDOS: 45, 154, 462

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que os crentes tenham o Senhor como exemplo de humildade e compromisso.

INTRODUÇÃO 
Professor(a), esta lição relata um dos momentos mais icônicos do ministério de Jesus, só registrado por João, e neste material de apoio vou deixar alguns acréscimos, como, por exemplo, a importância do ensino sobre “exemplo” para nós hoje (subtópico 2.3). 
João registra, dos capítulos 13 ao 17 de seu evangelho, os últimos momentos de Jesus antes da crucificação. Reunido no cenáculo com Seus discípulos, ciente de que se aproximava a hora de passar para o Pai, Nosso Senhor inicia Suas últimas instruções com um ato que causou grande espanto entre os discípulos: Ele lhes lavou os pés e os enxugou com Sua própria toalha. Como veremos nesta lição, existem aí preciosíssimas lições a serem extraídas para um autêntico viver cristão. Exite nas últimas instruções do Senhor aos Seus discípulos, uma série de ensinamentos e ordenanças que servem para a Igreja, mas a cerimônia do "Lava pés", traz alguns ensinos que devem ser replicados, como hospitalidade, cuidado mútuo, amor, liderança etc, mas nessa lição o foco estará na humildade e no amor de Cristo.  

1- Jesus amou Seus discípulos até o fim
Até o capítulo 12 do Evangelho de João, vemos Jesus pregando, ensinando, operando milagres em diversas regiões, atendendo e ministrando a multidões e indivíduos. Do capítulo 13 ao 17, Jesus se concentra no grupo mais próximo de discípulos, que F.F. Bruce chama de "ministério do cenáculo"  (1987, p. 238). O relato inicia enfatizando o amor do Senhor pelos Seus (Jo 13.1). Ele revelou que os amava perfeitamente e lhes mostrou a totalidade da extensão de Seu amor. Bruce os chama dessa forma devido ao local onde eles se reuniam, que era referenciado em Atos como o "cenáculo", que era um local na casa de Maria, mãe de João Marcos, mas é provável que havia outros lugares, ou outros cenáculos.

1.1. Amor na prática.
João relata o momento que Jesus se levantou, após a Ceia com os discípulos, e tomou uma atitude que, certamente, ficou marcada na mente deles para sempre: Jesus lavou os pés de cada um de Seus discípulos. Convém ressaltar que naquela ocasião, Jesus lavou os pés de todos, incluindo Judas, que naquele momento ainda estava à mesa, o que significa que, as lições aprendidas aqui, servem para serem praticadas com todos os membros de nossas congregações, inclusive aqueles que possamos julgar indignos. Note que Judas sai ao final da lavação dos pés:

"Tendo ele, pois, saído, disse Jesus: Agora é glorificado o Filho do homem, e Deus é glorificado nele.", João 13.31

Esse foi o momento que Judas saiu e a partir dai, Jesus inicia Suas últimas instruções, dando a ideia de que, o ensinamento mais profundo é só para os verdadeiros discípulos.
O ato de lavar os pés dos convidados era um dos afazeres dos empregados da casa, particularmente dos servos gentios. Entretanto, para surpresa de todos, o Filho de Deus exemplifica amor e humildade em lavar os pés de seus discípulos (Jo 13.4-5). Não podemos afirmar que o ato de lavar os pés, que era um costume judaico, fosse encargo somente de servos gentios, no entanto, sabemos que era para empregados de baixo nível na hierarquia familiar. E Jesus praticou esse ato como exemplo de gestos que eles deveriam fazer uns para com os outros, não de lavar literalmente os pés uns dos outros, mas para repetirem o ensinamento entre eles.


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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 10 / 3º Trim 2025


AULA EM 7 DE SETEMBRO DE 2025 - LIÇÃO 10
(Revista Editora CPAD)
Tema: A expansão da Igreja


TEXTO ÁUREO
“Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo.” (At 8.4,5).

VERDADE PRÁTICA
A igreja só crescerá quando ultrapassar seus próprios limites e levar a mensagem de Cristo para além de suas paredes.

LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 28.19 Respondendo ao “Ide” de Jesus
Terça — Lc 4.18 A sublime missão de pregar o Evangelho
Quarta — 1Co 9.16 A necessidade de pregar o Evangelho
Quinta — At 8.12 Proclamando as Boas-Novas do Reino de Deus
Sexta — 1Co 2.4 Pregando o Evangelho de poder
Sábado — At 8.4 Pregando em todo lugar e para todas as pessoas

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 8.1-8,12-15.
1 — E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.
2 — E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto.
3 — E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.
4 — Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.
5 — E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo.
6 — E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia,
7 — pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.
8 — E havia grande alegria naquela cidade.
12 — Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres.
13 — E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou, de contínuo, com Filipe e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito.
14 — Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João,
15 — os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo.

HINOS SUGERIDOS 127, 394 e 409 da Harpa Cristã.

COMENTÁRIO 
INTRODUÇÃO 
Professor(a), essa lição fala de um importante marco na Igreja Primitiva, o início do cumprimento de sua grande comissão. E neste subsídio deixarei esclarecimentos e acréscimos que darão mais qualidade a sua ministração. 
Nesta semana, vamos estudar como a Igreja foi dispersa por causa de uma grande perseguição. Até então, os cristãos estavam concentrados em Jerusalém [...] Foi isso que aconteceu com a igreja em Jerusalém: mesmo sofrendo uma grande perda e tendo de sair da cidade, os cristãos não fugiram derrotados. Pelo contrário, eles continuaram firmes, levando as Boas-Novas para outras pessoas. Por melhor que fosse a igreja de Jerusalém, ela ainda precisava cumprir missão estabelecida pelo Senhor, mas isso não estava acontecendo, no entanto, um homem de Deus teve a coragem de enfrentar os religiosos da época, e então tudo mudou, nos referimos a Estêvão.

"E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.", Atos 8.1

É provável que, após a morte de Estêvão, os perseguidores tenham percebido que as autoridades romanas nada fizeram para impedir o levante, e então eles aumentaram a perseguição.

I. A IGREJA DIANTE DA PERSEGUIÇÃO

1. Embora perseguida, não fragmentada.
Por conta da perseguição que foi movida contra Estêvão, [...] Eles ficaram em Jerusalém porque a igreja, sob pressão e perseguição, precisava deles. Os apóstolos tinham mais prestígio popular do que os demais discípulos, o povo os tinha em grande admiração, talvez por isso, eles não precisaram fugir. Essa verdade pode ser observada no caso da cura na porta Formosa:

"Mas eles ainda os ameaçaram mais e, não achando motivo para os castigar, deixaram-nos ir, por causa do povo; porque todos glorificavam a Deus pelo que acontecera;", Atos 4.21 (grifo meu)

Mais tarde, a perseguição se agravou e todos tiveram que sair para outras regiões, ficando o apóstolo Tiago dirigindo a igreja de Jerusalém.
O que está em foco aqui é a intensidade que a perseguição atingiu, que daquele momento em diante alcançaria todos os crentes. Deve ser também destacado que, mesmo perseguida e dispersada, essa igreja não se desorganizou nem se fragmentou, mas continuou uma igreja forte e unida. Veja o destaque que Lucas dá ao fato de eles estarem espalhados:

"Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.", Atos 8.4

Note que Lucas, dá mais destaque ao fato de eles estarem anunciando a Cristo por todas as regiões para onde haviam sido dispersos. Ou seja, mesmo diante da perseguição, o evangelista comunica o benefício daquilo para o Reino, bem como o cumprimento da ordem de Cristo:

"E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo.", Atos 8.5

Lucas fez questão de registrar em detalhes, como o Evangelho chega a Samaria.

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ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR JOVENS - Lição 10 / 3º Trim 2025


MISSÕES NAS INSTITUIÇÕES
 ___/ ___/ _____


Texto de Referência: Mt 25.31-46 

VERSÍCULO DO DIA
"Pelo que disseram os filhos de Israel a Samuel: Não cesses de clamar ao SENHOR, nosso Deus, por nós, para que nos livre da mão dos filisteus", 1Sm 7.8

VERDADE APLICADA 
Através do amparo social e religioso é impossível levar a mensagem do Evangelho nas Instituições.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explicar o que é capelania e seu testemunho no AT e no NT: 
Apresentar a capelania nas instituições civis; 
✔ Mostrar a capelania nas instituições militares.

MOMENTO DE ORAÇÃO  
Oremos para que as oportunidades de anunciar o Evangelho de Cristo sejam bem aproveitadas.

LEITURA SEMANAL
Seg 1Sm 7.8 Samuel clamava pelo povo de Israel.
Ter Lc 10.29-37 Devemos cuidar dos necessitados como o bom samaritano.  
Qua Rm 12.8 Aquele que pratica a misericórdia faça com alegria.
Qui Mt 14.14 Aquele que age com compaixão é semelhante a Jesus. 
Sex Is 7.3 Isaías aconselhou o rei Acaz.
Sáb At 27.22 Paulo incentivou os marinheiros a confiar em Deus.

INTRODUÇÃO
Desde os primórdios, homens compromissados com Deus acompanhavam o povo de Israel nas guerras, assim como Samuel, ou aconselhavam os reis como Isaías. Hoje, os capelães exercem o seu ministério em inúmeras Instituições, civis ou as militares. 

Ponto-Chave
"Deus tem nos dado a oportunidade de pregar o Evangelho nos hospitais, nos presídios, nos funerais, nas escolas, nos quartéis e nos navios." 

1. O QUE É CAPELANIA? 
Capelania é o termo utilizado para designar a assistência religiosa nas Instituições civis e militares. Instituições são empresas ou organizações que possuem diversos propósitos, sejam eles: social, político, econômico, educacional, jurídico, militar e hospitalar.

1.1. O capelão
Se a capelania é a assistência religiosa apresentada nas Instituições, o capelão é aquele que presta o serviço de apoio religioso. O capelão é um líder religioso e o capelão evangélico, costumeiramente é um pastor que exercerá tal função. Cabe o capelão celebrar cultos, visitar enfermos em seus domicílios ou internados nos hospitais, encarcerados, assistência em escolas, em empresas e em campanhas militares ou em viagens em navios na Marinha. O capelão também é responsável em aconselhar pastoralmente, exercer apoio espiritual ou até mesmo, dirigir uma igreja, que no caso do contexto militar, é chamado de capela. 

1.2. O testemunho do exercício da capelania
O termo capelania é moderno, ou seja, não era utilizado em tempos antigos, no entanto, isso não quer dizer que não existia a função de um líder religioso responsável pelo apoio espiritual. Podemos dizer que tanto os sacerdotes, quanto os profetas em Israel exerceram a função de capelães no AT. O sacerdote Samuel é um exemplo de capelão que exercia seu ministério junto às tropas de Israel (1Sm 7.8-10), do mesmo modo, Jesus ao relatar a Parábola do Bom Samaritano exerce, de certa forma, a missão do capelão (Lc 10.29-37). Atualmente, a capelania é uma profissão reconhecida pelo ministério do Trabalho e Emprego. Para a maioria dos cristãos, no enantato, se tornar um capelão transcende a carreira, o objetivo maior é a pregação do Evangelho. 

Refletindo 
"A capelania é uma espécie de espaço do sagrado, de apoio espiritual e de consolo dentro das instituições que a adotam"
Walmir Vieira 

2. CAPELANIA NAS INSTITUIÇÕES CIVIS 
A legislação brasileira, em especial a Constituição Federal de 1988, estabelece como direito do indivíduo a assistência religiosa nas Instituições que, por algum motivo, a pessoa permaneça em isolamento, por exemplo, por motivos de saúde, centros educacionais de caráter integral, por determinações judiciais, dentre outras. 

2.1. Exemplos de capelania civil 
Todas as Instituições civis que mantenham o indivíduo em caráter de internato, a Constituição Federal dá o direito deste ter um apoio religioso. As Instituições que comumente necessitam de apoio de um capelão são os hospitais, escolas de caráter integral e centros de detenção. Essas Instituições exigem dos capelães algum tipo de curso ou de formação em capelania. Tais locais são oportunidades ímpares, onde muitos estão sedentos em ouvir a Palavra de Deus, seja os internados por motivos de saúde nos hospitais, os detentos ou até mesmo estudantes que permanecem muito tempo longe das famílias exercendo atividades escolares. 

2.2. Exercitando a misericórdia
O dom da misericórdia é um dos dons citados junto aos ministeriais (Rm 12.6-8). Misericórdia é a capacidade de se compadecer do sofrimento alheio e agir em prol daquele que sofre. Em Seu ministério terreno, os evangelistas relatam que Jesus foi movido por íntima compaixão (Mt 14.14;18.27;20.34). Da mesma forma, o ministério da capelania é um chamado missionário que tem o objetivo de alcançar pessoas que se encontram em condições de vulnerabilidade e, às vezes, isoladas, de modo que precisam ser acolhidas, cuidadas e recebam a oportunidade de terem um encontro com o Salvador. 

3. CAPELANIA NAS INSTITUIÇÕES MILITARES 
Outro lugar em que existe a possibilidade de exercer o ministério da capelania é nas Instituições militares, ou nas Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea) ou nas Forças Auxiliares (Polícias Militares ou Corpo de Bombeiros Militar). 

3.1. O contexto militar 
O contexto militar apresenta uma oportunidade única de pregar a Palavra às pessoas que sofrem por causa do isolamento, distância do lar (devido às diversas missões), pressão mental e psicológica, por causa do risco de morte, atividades físicas extenuantes, campanhas militares de treinamento, ou em conflitos reais. Não obstante, a força policial vive em extremo estresse por causa do conflito com bandidos e os bombeiros, que se colocam em risco para salvar outras vidas. Diante de tanta pressão, a capelania militar é um bálsamo na vida daquele que passa por tais dificuldades e desafios. 

3.2. A capelania militar 
A função da capelania militar é semelhante a civil. Podemos elencar também a capelania funeral, pois muitos militares que falecem em ação ou na ativa, recebem honras fúnebres em seus funerais. No contexto militar também há a capelania hospitalar, prisional e escolar (nos Centros de Instrução). Para exercer a capelania militar, o capelão deve adentrar na Força (Armada ou Auxiliar) através de concurso público ou convocação temporária, de modo que o capelão possuirá a patente de oficial. O capelão militar acompanha a tropa nas campanhas militares, nas bases aéreas e até mesmo nos navios da Marinha para os lugares mais remotos do mundo. 

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
O nome capelão vem da história de Martinho de Tours que foi um bispo cristão nascido na atual Hungria em 316 d.C. A história nos conta que no ano de 338 d.C., um ano após a morte do Imperador Constantino, Martinho, que era militar e cristão, saiu para uma ronda noturna. Foi quando encontrou um mendigo, que não tinha condições de se aquecer sob o frio intenso da madrugada europeia. Ele pedia a todos que ali passavam que tivessem compaixão dele. Não tendo nada para oferecer, Martinho cortou a própria capa ao meio e lhe deu a outra parte. Na noite seguinte, ele teve um sonho no qual o mendigo que lhe fora ajudado era o próprio Cristo. Tal sonho mudou a vida do jovem que se dedicou inteiramente a vida cristã. Fonte: (FARIA, Gisleno Gomes de. (org.) São Paulo: Hagnos, 2017. p. 65). 

CONCLUSÃO
Para proclamar o Evangelho nas Instituições civis ou militares, podemos utilizar a estratégia de capelania, a qual oferece apoio, suporte emocional, espiritual e social. A capelania, além de possibilitar a entrada do Evangelho, oportuniza ao cristão a graça de ser um instrumento usado por Deus para o bem-estar do próximo. 

Complementando 
Na História, o Imperador Constantino teve uma visão divina antes da batalha da ponte Milvian (313 d.C.). Os historiadores afirmam que alguns de seus servos eram cristãos e lhes pregavam o Evangelho. Após a visão, pela primeira vez na História, um imperador romano foi para o combate ostentando um símbolo cristão. Ao vencer a batalha, de forma quase divina, Constantino estabeleceu o edito de Milão que fez com que o cristianismo deixasse de ser uma religião perseguida e proibida. 

Eu ensinei que: 
Uma grande oportunidade de se pregar o Evangelho dentro das Instituições é por meio da capelania, a qual é respaldada por lei. 

Fonte: Revista Betel Conectar

sábado, 30 de agosto de 2025

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 10 / 3º Trim 2025

O Exemplo de Humildade: Jesus Lava os Pés dos seus Discípulos  
7 de Setembro de 2025

TEXTO ÁUREO
"Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também", João 13.15.   

VERDADE APLICADA
Jesus Cristo, sendo Senhor e Mestre, é nosso maior exemplo de humildade e serviço cristão.  

OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Saber que o Filho de Deus amou os Seus discípulos até o fim.
- Saber que o Filho de Deus foi um Servo Fiel e Humilde.
- Ressaltar as lições da liderança pelo serviço.
  
TEXTOS DE REFERÊNCIA

JOÃO 13 
1. Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim. 
3. Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus, 
4. Levantou-se da ceia, tirou os vestidos e tomando uma toalha, cingiu-se.
5. Depois deitou água em uma bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. 
6. Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim? 
7. Respondeu Jesus, e disse-lhe: o que eu faço, não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.  

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Pv 15.33 A humildade antecede a honra.
TERÇA | Mt 5.5 Bem-aventurados os humildes.
QUARTA | Fp 2.3 Considerem os outros superiores a si mesmos.
QUINTA | Gl 5.13 Servindo uns aos outros.
SEXTA | Cl 3.12 Revistam-se de humildade.
SÁBADO | Lc 14.11 Quem se humilhar será exaltado.

HINOS SUGERIDOS: 45, 154, 462

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que os crentes tenham o Senhor como exemplo de humildade e compromisso.

INTRODUÇÃO
João registra, dos capítulos 13 ao 17 de seu evangelho, os últimos momentos de Jesus antes da crucificação. Reunido no cenáculo com Seus discípulos, ciente de que se aproximava a hora de passar para o Pai, Nosso Senhor inicia Suas últimas instruções com um ato que causou grande espanto entre os discípulos: Ele lhes lavou os pés e os enxugou com Sua própria toalha. Como veremos nesta lição, existem aí preciosíssimas lições a serem extraídas para um autêntico viver cristão.

PONTO DE PARTIDA – Jesus, um exemplo de amor e humildade.

1- Jesus amou Seus discípulos até o fim
Até o capítulo 12 do Evangelho de João, vemos Jesus pregando, ensinando, operando milagres em diversas regiões, atendendo e ministrando a multidões e indivíduos. Do capítulo 13 ao 17, Jesus se concentra no grupo mais próximo de discípulos, que F.F. Bruce chama de "ministério do cenáculo" (1987, p. 238). O relato inicia enfatizando o amor do Senhor pelos Seus (Jo 13.1). Ele revelou que os amava perfeitamente e lhes mostrou a totalidade da extensão de Seu amor. 

1.1. Amor na prática.
João relata o momento que Jesus se levantou, após a Ceia com os discípulos, e tomou uma atitude que, certamente, ficou marcada na mente deles para sempre: Jesus lavou os pés de cada um de Seus discípulos. O ato de lavar os pés dos convidados era um dos afazeres dos empregados da casa, particularmente dos servos gentios. Entretanto, para surpresa de todos, o Filho de Deus exemplifica amor e humildade em lavar os pés de seus discípulos (Jo 13.4-5). 

Bíblia da Liderança Cristã (2007, p.924): "O Salvador do mundo provou que Ele é, de fato, o maior de todos os servos de todos os tempos. Essa é uma história familiar para muitos. Quando os discípulos prepararam a sala para a sua ceia, eles esqueceram de providenciar um servo que lavasse os pés dos convidados à porta de entrada, como era de costume. E, ainda que eles tivessem percebido que haviam esquecido do servo para lavar os pés, nenhum deles se dispôs para voluntariamente fazer esse trabalho. E ainda por cima se perguntavam qual dentre eles seria o maior. Quando Jesus percebeu isso, ele decidiu usar essa oportunidade para lhes dar um ensinamento concreto. Depois da ceia, Jesus revestiu-se de uma peça de roupa ao redor da cintura, mesmo que isso fosse atribuição de um escravo. Então tomou uma travessa com água, uma toalha e passou a lavar os pés dos seus discípulos, enquanto interagia com eles". 

1.2. Um Amor sem limites.
A Última Ceia ocorreu numa quinta-feira à noite, e é quando Jesus nos dá o maior exemplo de humildade e amor: "como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim", Jo 13.1. O Filho de Deus teve a preocupação de mostrar Seu amor na prática para os que estavam a Sua volta. E foi esse amor imenso e humilde que levou Jesus a sacrificar a Si mesmo por cada um de nós (Jo 15.13). Bispo Primaz Manoel Ferreira (2016, L. 11) observa que "os discípulos viam nos olhos de Jesus o Amor puro que tinha por eles e pelo Seu povo". O amor de Cristo é admirável, infinito e capaz de romper barreiras (Rm 8.35-37). Por Amor, Jesus veio nos salvar da condenação e da culpa (Jo 3.16). Que possamos ser gratos, louvando o Filho de Deus pelo Seu sublime Amor (1 Jo 4.19). 

Comentário do Novo TestamentoAplicação Pessoal (2021, p.565): "Por Jesus estar totalmente ciente que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele dedicou as suas últimas horas a instruir e encorajar os seus discípulos. Jesus prosseguiu com a sua devoção aos seus discípulos até o final de sua vida, mostrando-lhes nesta última noite toda a extensão de seu amor. Por eles, um por um, e o Senhor faria de uma forma que iria surpreendê-los". 

1.3. A extensão do Amor de Cristo.
Jesus não só amou, mas também cuidou de Seus discípulos durante Seu Ministério terreno. Além disso, por onde passava, o Filho de Deus deixava claro que veio para todos (Jo 1.11-12). Independentemente de ser judeu ou não, quem ia até Jesus, necessitado e com fé, desfrutava de bênçãos e salvação (Jo 4.53). Quando entendemos e aceitamos o amor de Jesus, Ele transforma nossa vida (Jo 4.26-30). O Senhor conhece o tamanho exato do vazio que existe em cada coração, e somente Ele pode preencher esse vazio em nosso ser (Pv 23.26). O Filho de Deus nos valoriza e nos oferece um amor que nunca acaba (Jo 15.9,10,12,13). Jesus nunca nos abandona (Rm 8.38,39); Ele deseja preencher nossa vida com Seu amor (1 Jo 3.16). 

Matthew Henry (2003, p.875): "Como o Pai amou a Cristo, que foi fiel ao extremo, assim amou aos seus discípulos que eram indignos. Todos aqueles que amam o Salvador devem perseverar em seu amor por Ele, e aproveitar todas as ocasiões para demonstrá-lo. A alegria do hipócrita dura somente um momento, mas a alegria daqueles que permanecem em Cristo é uma festa contínua. Devem demonstrar o seu amor para com Ele, obedecendo os seus mandamentos. O amor de Cristo por nós deve levar-nos a amarmo-nos uns aos outros". 

EU ENSINEI QUE: 
Jesus não só amou, mas também cuidou de Seus discípulos durante Seu Ministério terreno. 

2. Jesus, o Servo Humilde
Lavar os pés dos discípulos foi um exemplo de humildade, servidão e amor a ser seguido pelos cristãos (Jo 13.5). É importante aprender isso com Jesus, porque essas atitudes se refletem em nosso comprometimento com a Obra de Deus (Jo 15.20). 

2.1. A verdadeira humildade.
O Filho de Deus tinha prazer em servir ao próximo e reconhecia Seu papel de Servo: "Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve", Lc 22.27. Sua atitude humilde ao lavar os pés dos discípulos é uma boa demonstração da serventia e do amor do Mestre por todos. O Todo-poderoso se fez Servo para servir com humildade e amor (Mt 20.28). 

Bíblia Além do Sofrimento (2020, p.924): "O servo supremo Jesus, aquele que é mais digno de ser servido, fornece o melhor exemplo de serviço. Os pés estão sujos. Depois de horas andando em estradas quentes, secas e empoeiradas, os pés estão ainda piores. Jesus lavou os pés dos discípulos para nós seguirmos seu exemplo. Jesus quer que todos nos o sigamos e sirvamos uns aos outros. Quando cuidamos e servimos aos outros, seguimos os passos de Jesus". 

2.2. O Amor que se expressa no servir ao próximo.
Seguramente, uma das ações mais impactantes do Filho de Deus foi lavar os pés de Seus discípulos (Jo 13.5). Com essa atitude, Jesus se coloca como Servidor de todos e quebra padrões e protocolos da época. Portanto, assim como Jesus não viu nada que Lhe desmerecesse naquela atitude servil, nós também não devemos achar que é tarefa menor servir aos irmãos (Jo 13.15-17). Quando todos servem uns aos outros, a Igreja cresce e se fortalece (Sl 133.1). 

Myer Pearlman (1978, p.133): "A atitude dos apóstolos nesta ocasião ajudará a explicar a ação de Cristo em lavar os pés dos seus seguidores, assim como um veludo preto dá realce à beleza de um brilhante. Por que ninguém tinha se oferecido para fazer o trabalho? Lucas nos informa que, justamente na época da última Ceia, `Suscitaram também entre si uma discussão sobre qual deles parecia ser o maior' (Lc 22.24). Se qualquer um deles tivesse se oferecido para lavar os pés dos demais, teria se colocado na posição se servidor dos demais, exatamente o oposto do que cada um deles queria! Estavam procurando um servo e acharam Um (Jo 13.4,5; Mc 10.45)". 

2.3. O Senhor Jesus: exemplo de humildade.
Jesus não buscava honra para Si mesmo, mas honrar o Pai: "Se Eu Me Glorifico a Mim Mesmo, a Minha Glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai (...)", Jo 8.54. O maior e mais excelente exemplo de humildade nos é dado por Jesus, que deu a vida pelo resgate de muitos. Então, como crentes, devemos seguir o exemplo do Mestre, que disse: "(...) e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração", Mt 11.29. Isso implica servir ao outro com amor e humildade, como fez o Filho de Deus.

Abinair Vargas Vieira (2022, L.02): "Somos chamados a servir como Ele serviu. Daí não ser exagero afirmar que em nenhum momento a Bíblia deixa transparecer em Suas páginas que Jesus foi incompreensivo ou desrespeitoso com alguém. Pelo contrário, Ele servia a todos com o mesmo carinho e atenção. Sendo, até os dias de hoje, o nosso maior exemplo de serviço ao próximo".

EU ENSINEI QUE: 
Jesus não buscava honra para Si mesmo, mas Honrar o Pai.

3. Jesus praticava humildade
Estamos inseridos numa sociedade que vive uma competição desenfreada em busca de status social. A corrida para ocupar os primeiros lugares é constante, humilhar os outros é algo comum, além do vale tudo para alcançar os próprios objetivos. Contrapondo-se a essa visão, Jesus disse: "(...) vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros". Jo 13.14.

3.1. Jesus serviu com humildade.
A humildade é uma virtude ilustre do espírito humano. Desde o nascimento, o Filho de Deus ensina humildade para aqueles que O amam. A humildade na vida de Jesus sempre foi e sempre será o nosso maior exemplo. Ele desceu do Seu trono real e se esvaziou completamente, tornando-se semelhante aos seres humanos (Fp 2.7). O serviço cristão se baseia na humildade, como Jesus nos ensina ao se ajoelhar e lavar os pés dos discípulos (Jo 13.16). 

R.N. Champlin (O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Vol. 2. p.661), comentando sobre João 13.16, menciona os escritos de Adam Clarke e Lange: "Cristo enobreceu os atos de humildade praticando-os pessoalmente. A verdadeira glória do crente consiste em ser dentro de sua medida, tão humilde quanto o seu Senhor [...] essas palavras tiveram por intuito suprimir toda a ambição humana [...] por parte dos apóstolos e de seus sucessores no ministério. O Senhor pôde prever com grande maestria a imensa tentação e os erros vinculados ao engrandecimento clerical que haveria de surgir em sua Igreja". 

3.2. Jesus liderava mesmo sob pressão.
Jesus liderava pelo serviço (Jo 5.17), e isso fez dEle um grande líder. Ele fazia tudo para servir (Jo 13.14,15). Jesus estava seguro de Sua identidade, de quem Ele era, por isso não tinha problemas em servir, inclusive lavando pés empoeirados e sujos. Mesmo sabendo que já era chegada a Sua hora de passar deste mundo para o Pai (Jo 13.1), Ele não se importou com o que pensariam a Seu respeito (Jo 13.1,3). Jesus liderava pelo exemplo, mesmo sob pressão.

Bíblia da Liderança cristã (2007, p.906): "Um líder é engrandecido durante o tempo de suas maiores dificuldades. Quase todo mundo pode liderar quando as coisas estão a seu favor, mas um verdadeiro líder se faz quando ele tem de liderar com a morte estampada em sua face. Visto que apresenta João o clímax crítico da vida de Jesus, nele podemos ver o que um líder é capaz de fazer quando está sob pressão". 

3.3. O Senhor Jesus: obediente até a morte.
Para consumar o Plano Redentor, Nosso Senhor veio ao mundo em carne (1 Jo 4.2), foi colocado em posição inferior à dos anjos (Hb 2.9), e se manteve humilde e obediente até a morte (Fp 2.8). Na Cruz, Jesus expressou Seu amor absoluto e eterno (Jo 3.16), num ato máximo de humildade: deixar a glória e o trono, esvaziar-se, fazer-se homem e passar a Servo dos irmãos. Por isso, Ele foi caçado, encarcerado, chicoteado, cuspido e pregado na Cruz (Jo 19.17-30). Mas a humildade transformou o mais cruel instrumento de execução em símbolo do amor de Jesus pela humanidade (1 Pe 2.24). 

Bispo Samuel Ferreira (2019, L. 12): "A crucificação de Jesus transpira Amor (Lc 23.33-46). Jesus foi colocado entre dois criminosos e Suas dores eram terríveis. Os chefes do povo e os ladrões zombavam, os soldados escarneciam, mas Ele orava: `Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem: A crucificação de Jesus nos revela ao máximo o amor divino para salvar e transformar os corações cansados, angustiados e traumatizados".

EU ENSINEI QUE: 
A humildade não é uma condição, mas um valor que reflete a Obra do Espírito Santo.
 
CONCLUSÃO 
Em tempos de estrelismo e busca desenfreada por aplausos e reconhecimento, a humildade de Cristo deve produzir despertamento nos crentes. Assim, com a imprescindível ajuda do Espírito Santo e para a Glória de Deus, não nos esqueceremos das Palavras de Nosso Senhor em Seu discurso de despedida: "...como eu vos fiz, façais vós também", Jo 13.15.
  

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)