sábado, 20 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 4 / 2º Trim 2024


Como se Conduzir na Caminhada
28 de Abril de 2024


TEXTO ÁUREO
“Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo.” (Cl 4.5)

VERDADE PRÁTICA
A jornada para Céu deve ser feita com prudência e sabedoria num contexto de oposição à nossa maneira de viver.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Jo 13.15 O Senhor Jesus como nosso modelo de vida
Terça – Jo 4.34; 6.38; 17.4 Fazendo a vontade do Pai na caminhada
Quarta – 1 Co 9.24-27 A jornada espiritual semelhante à de um atleta
Quinta – Pv 9.9,10 A necessidade da prudência na caminhada
Sexta – Ef 2.2,3 Não podemos trilhar o caminho dos néscios na jornada
Sábado – Cl 4.5 Remindo o tempo ao longo da caminhada

Hinos Sugeridos: 28,126, 378 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Efésios 5.15-17
15 – Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,
16 – remindo o tempo, porquanto os dias são maus.
17 – Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Nesta lição, trataremos sobre a conduta cristã neste mundo enquanto aguardamos o grande Dia da Redenção. Para essa jornada, nosso Senhor deixou orientações contundentes e necessárias a fim de que os seus discípulos não perdessem o ânimo, mas suportassem as aflições deste mundo (Jo 16.33). Na sequência, veremos também que o andar do crente deve ser prudente e com sabedoria, principalmente para com os que estão de fora. Por fim, a lição aponta que os dias são maus e, por isso, o crente deve ter um modo de vida vigilante.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apontar o padrão de conduta cristã descrito na Palavra de Deus;
II) Explicar que a caminhada cristã deve ser conduzida com prudência e sabedoria;
III) Advertir qual deve ser o comportamento do crente frente aos dias maus.
B) Motivação: O maior desafio da vida cristã consiste em viver neste mundo de modo santo, justo e agradável a Deus. Para tanto, a Bíblia exorta quanto ao preparo espiritual do crente para lidar com os dias maus que não são poucos. Comente sobre esse preparo espiritual e pergunte aos seus alunos o que o crente deve fazer para se preparar para lidar com as adversidades.
C) Sugestão de Método: O segundo tópico da lição destaca a orientação do apóstolo Paulo a não andarmos como néscios, mas sim como sábios durante o tempo da nossa peregrinação por este mundo. A partir dessa reflexão, desenhe duas colunas, na lousa, uma denominada de Néscios e a outra, de Sábios; e pergunte aos alunos quais são os comportamentos observados nos néscios e nos sábios. Escreva as informações em cada coluna respectivamente e reforce que viver de modo sábio é ser semelhante a Jesus.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: O apóstolo Paulo destaca na Carta aos Romanos que não se envergonha do Evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16). Logo, praticar o Evangelho significa ter uma vida transformada de modo que a conduta da pessoa convertida é parecida com a de Cristo. Isso significa que viver o Evangelho não se resume a conhecer as Escrituras Sagradas, e sim a adotar seus valores e princípios como estilo de vida.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou (1 Jo 2.6)” , localizado depois do primeiro tópico, denota o estilo de vida a partir do exemplo de vida de Cristo;
2) O texto “Compreender a vontade do Senhor” , ao final do segundo tópico, amplia a reflexão a respeito do discernimento da vontade de Deus e que isso resulta em uma vida sábia e prudente.

INTRODUÇÃO
Na jornada da vida cristã o Pai Celestial estabelece o padrão de conduta para a vida eterna. Ele sinaliza como devemos agir ao longo desse caminho para o Céu. Por isso, como evidência do seu amor e cuidado, preparando tudo para que trilhemos bem o caminho da verdade, o Pai nos corrige em nossa jornada cristã. Por isso, nesta lição, estudaremos a respeito de como devemos nos conduzir pelo caminho que nos leva ao Céu.

Palavra-Chave: CONDUTA

I- O PADRÃO DE CONDUTA NA CAMINHADA CRISTÃ

1- Jesus como nosso padrão de conduta. 
Antes de analisarmos o texto bíblico de Efésios 5, cabe-nos refletir a respeito de um padrão geral de conduta para fazer a vontade do Pai nesta caminhada cristã. Há um padrão que o Senhor Jesus espera de seus discípulos para fazer a vontade de Deus nesta vida? A palavra “padrão” expressa uma norma determinada por consenso, ou por uma autoridade oficial, que se torna base de comparação consagrada como modelo a ser seguido. O Senhor Jesus ensinou o seguinte: “Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.15). Ora, esse texto expressa que Ele é o nosso modelo de conduta, o nosso padrão de vida. Sim, há um padrão de conduta que tem como base o nosso Senhor e quem deseja fazer a vontade de Deus neste mundo deve olhar para Jesus, o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2).

2- Fazendo a vontade de Deus.
Como Filho de Deus, Jesus procurou agradar ao Pai na jornada desta vida, fazendo sempre a sua vontade (Jo 4.34; 6.38; 17.4). Não por acaso, nosso Senhor nos incentivou a buscar a vontade do Pai na oração que Ele ensinou aos discípulos, o “ Pai Nosso” (Mt 6.10; cf. Mt 26.39,42). Aos olhos humanos, parece muito difícil andar no padrão divino de Cristo. Entretanto, isso é possível quando buscamos o auxílio do alto, conforme oração ensinada por Ele (Mt 6.9-13). Logo, o cristão que deseja ir para o céu procura fazer a vontade de Deus, deixando de lado o caminho do egoísmo, do orgulho e da vaidade; procurando se aproximar e praticar a “Lei de Ouro” ensinada pelo nosso Senhor: “tudo o que vós quereis que os homens vos façam fazei-lo também vós” (Mt 7.12; cf. Rm 13.8,10).

3- Uma vida cristã bem-sucedida. 
A respeito da vida cristã, o apóstolo Paulo disse que estamos numa “competição espiritual” e, por isso, devemos procurar o caminho certo para nos acharmos qualificados (1 Co 9.24-27). Dessa forma, o cristão possui um padrão que o levará a uma vida espiritual bem-sucedida. Sabemos que pessoas bem-sucedidas procuram espelhar-se em outras pessoas ilustres, equilibradas e resilientes (cf. 1 Co 11.1). Ora, em Cristo Jesus temos esse padrão e modelo. Ele foi resiliente, equilibrado e ilustre até a morte, de modo que o apóstolo Paulo escreveu sobre o nosso Senhor, exortando que o imitássemos: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5; cf. Mt 11.29).

SINOPSE I
Jesus é nosso modelo de conduta, o nosso padrão de vida.

AUXÍLIO HISTÓRICO-CULTURAL
Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou (1 Jo 2.6). “Andar é periepatesen, uma palavra frequentemente usada como uma imagem do ‘modo de vida’ . Quem mantiver um íntimo relacionamento com Jesus Cristo irá demonstrar a realidade desse relacionamento vivendo uma vida cristã. Os tempos dos verbos deixam claro que João está falando a respeito de estilo de vida. O que se está afirmando não é que essa pessoa está salva, mas que ela está vivendo em comunhão com o Senhor — que ela ‘está nEle’. A prova desta reivindicação — não a prova da reivindicação de ser salva — é que essa pessoa mantém um modo de vida cristão. […] João deixa claro que os princípios que movem o mundo estão em conflito direto com Deus e com tudo o que Ele representa. Desta forma, ninguém que esteja envolvido pela perspectiva que o mundo tem na vida irá fazer a vontade de Deus, nem desfrutar das bênçãos eternas conhecidas por aqueles que vivem eternamente” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 535,36).

II – FAZENDO A CAMINHADA COM PRUDÊNCIA E SABEDORIA

1- O que é prudência? 
Podemos dividir o capítulo 5 de Efésios em três partes: 1) a caminhada do cristão em amor (Ef 5.1-14); 2) uma caminhada sábia (Ef 5.15-17); 3) uma trajetória cheia do Espírito Santo (Ef 5.18-33). Aqui, nos deteremos na segunda parte. Em Efésios 5, o apóstolo Paulo ensina a respeito da caminhada do cristão neste mundo. Neste capítulo, a palavra “prudência” se destaca. De acordo com o Antigo Testamento, a palavra “prudência” tem conotação de compreensão, discernimento (Pv 9.9). Em Provérbios 9.10, quando se diz que o justo “crescerá em prudência”, o termo traz a ideia de ensino, instrução e capacidade para ensinar. No Novo Testamento, a palavra remete a algo que Deus derramou sobre nós, ou seja, “toda a prudência”, entendimento, conhecimento e amor à vontade de Deus (Ef 1.8). Então, podemos conceituar prudência como virtude que nos permite agir com cuidado e moderação diante de situações desafiadoras; é uma razão prática que nos permite discernir entre as escolhas mais adequadas para fazer o bem (Pv 16.16; cf. Tg 5.17).

2- Não andeis como néscios! 
Apóstolo Paulo diz que não devemos andar como néscios (Ef 5.15), cujo adjetivo asophos, traz a ideia de alguém insensato, tolo, ignorante e embotado (Lc 24.25); mas como “sábios”, ou seja, diligente, cuidadoso e sábio, cheio do Espírito Santo para fazer a vontade do Senhor. Ser néscio reflete uma vida de ignorância espiritual, ausência de sabedoria e desprovida de luz divina; significa estar imerso numa jornada de pecado (Ef 2.2,3). Por isso, o apelo do apóstolo Paulo para o crente é: “vede prudentemente como andais”. Em outras palavras: seja prudente. O apóstolo deixa claro que os que vivem na carnalidade jamais agradarão a Deus (Rm 8.8).

3- Andeis como sábios! 
O adjetivo que Paulo usa para qualificar quem caminha para o céu é “sábio”, do grego sophós, uma pessoa hábil, perita. Esse adjetivo descreve em essência a vida do cristão dirigida pelo Espírito Santo. Ora, os que andam no Espírito, caminham na luz, na santidade e tem sabedoria (Ef 1.8; Cl 4.5). Por meio da luz divina, que habita o crente, seu andar é com discernimento, a sabedoria realmente o faz distinguir entre o que deve ou não fazer. Há um compromisso de jamais voltar à conduta antiga do mundo. Contudo, é relevante compreender que essa sabedoria não é humana, não surge de cursos acadêmicos; ela é espiritual, vem de cima. Por meio dessa sabedoria, andamos em santidade (Hb 12.14) e nos tornamos semelhantes a Jesus (1 Jo 3.2; Gl 3.26).

SINOPSE II
A sabedoria no crente o faz discernir entre o que deve ou não fazer.

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Compreender a vontade do Senhor “Enquanto fazer o melhor uso das oportunidades está relacionado à diligência ou à sabedoria, compreender a vontade do Senhor está relacionado ao discernimento. A sabedoria na vida diária reside na vontade de Deus; e ao procurar discernir esta vontade, devemos sempre distinguir entre o que está relacionado ao geral e ao particular. O primeiro é encontrado nas Escrituras, por exemplo, Deus não quer ‘que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se’ (2 Pe 3.9). Esse seu desejo particular pela vida de cada pessoa poder ser conhecido através dos princípios das Escrituras, dos conselhos comunitários ou da sabedoria, da oração e da orientação que nos foram revelados pelo Espírito Santo. ‘Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas’ (Pv 3.5, 6). Quando toda nossa vida está relacionada à vontade de Deus, em suas dimensões geral e particular, então estaremos vivendo de forma prudente e sábia” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. Romanos—Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 450, 451).

III – VENCENDO OS DIAS MAUS

1- Remindo o tempo. 
O versículo 16 de Efésios 5 apresenta o verbo remir como tradução do grego exagorázõ. Ele possui dois sentidos: 1) redimir, resgatar do poder de outro pelo pagamento de um preço; 2) comprar para uso próprio. Então, podemos dizer que remir é uma expressão usada para se referir à sabedoria dos compradores que esperavam o momento certo para comprar de acordo com o melhor preço oferecido pelo mercado. Com a expressão “remindo o “tempo”, o apóstolo Paulo se refere ao cristão que se conduz de maneira proveitosa e sábia no contexto deste mundo (Ef 5.16; cf. Cl 4.5).

2- Remindo o tempo e a Volta do Senhor. 
Quando se falava a respeito de remir o tempo entre os cristãos primitivos, estes tinham em mente a iminência da segunda vinda do Senhor Jesus, ou seja, esse esperado acontecimento poderia acontecer a qualquer momento (1 Co 15.51). Por isso, os cristãos eram incentivados a procurar sabiamente aproveitar todas as oportunidades, em especial, no sentido de se prepararem espiritualmente para aquele dia. Assim , a perspectiva da iminente volta do nosso Senhor faz com que não percamos tempo com coisas banais; antes, nos exorta a viver de maneira sábia, santa e piedosa, pois o Senhor Jesus pode voltar a qualquer momento (1 Ts 4.15).

3- Os dias são maus. 
Outra expressão que chama atenção é “os dias são maus” (Ef 5.16). Ela revela que estamos inseridos numa sociedade dominada pelo pecado, que pode tomar nosso tempo e nos levar à prática do mal. Não podemos nos conformar com essa possibilidade, não podemos ser insensatos a tal ponto, mas entender “qual seja a vontade de Deus” (Ef 5.17). Desse modo, a vontade de Deus tem a ver com, como cristãos, aproveitarmos o tempo para fortalecer nossa vida espiritual, praticar o bem para com os outros, ler a Bíblia, orar, se consagrar e congregar (Gl 6.10; Hb 10.25).

SINOPSE III
O crente deve fortalecer a sua vida espiritual para lidar com as adversidades dos dias maus.

CONCLUSÃO
Em nossa caminhada para as mansões celestiais precisamos seguir o padrão divino, isto é, as normas determinadas pelo Pai, que estão inseridas em sua Palavra (2 Tm 3.16). É preciso viver sábia e prudentemente, aproveitando bem as oportunidades de fazer o bem, e não deixarmo-nos dominar pelos dias maus, na certeza de que a Vinda do Senhor se aproxima e, isso, nos incentiva de maneira santa (Hb 12.14).

REVISANDO O CONTEÚDO
1- O que a palavra “ padrão” expressa?
A palavra “padrão” expressa uma norma determinada por consenso, ou por uma autoridade oficial, que se torna base de comparação consagrada como modelo a ser seguido.
2- Como o capítulo 5 da Carta aos Efésios pode ser dividido? 
Podemos dividir o capítulo 5 de Efésios em três partes: 1) a caminhada do cristão em amor (Ef 5-1- 14); 2) uma caminhada sábia (Ef 5-15- 17); 3) uma caminhada cheia do Espírito Santo (Ef 5.18-33).
3- De acordo com a lição, conceituar as palavras “prudência” e “néscio”. 
Podemos conceituar prudência como virtude que nos permite agir com cuidado e moderação diante de situações desafiadoras; é uma razão prática que nos permite discernir entre as escolhas mais adequadas para fazer o bem (Pv 16.16; cf. Tg 5.17).
4- Explique a expressão “remir”. 
Remir é uma expressão usada para se referir à sabedoria dos compradores que esperavam o momento certo para comprar de acordo com o melhor preço oferecido pelo mercado.
5- O que a expressão “os dias são maus” revela? 
Essa expressão revela que estamos inseridos numa sociedade dominada pelo pecado, que pode tomar o nosso tempo e nos levar à prática do mal.

Fonte: CPAD


Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

sexta-feira, 19 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 3 / 2º Trim 2024

                                     

 A HUMANIDADE DE CRISTO

___/ ___/ ______

Texto de Referência: Hb 2.5-10

LEITURA SEMANAL

Seg Jo 1.14 O Verbo de Deus se fez carne.

Ter Fp 2.8 Jesus foi obediente até a morte.

Qua Ef 5.2 Jesus se ofereceu a Deus como oferta e sacrifício.

Qui Fp 2.9 Deus exaltou Jesus soberanamente.

Sex Hb 2.14 Na cruz, Jesus destruiu o poder do diabo.

Sab Lc 4.19 Jesus veio libertar os oprimidos.

VERSICULO DO DIA

"Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo", Hb 2.17.

VERDADE APLICADA

Jesus participou da condição humana em Sua carne, tais como fragilidade e limitações bem como passou por tentações, contudo, nunca pecou.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

✔ Apresentar a condição humana de Jesus:

✔ Mostrar o resultado de Sua Obra salvífica;

✔ Explicar as consequências da vitória na cruz.

INTRODUÇÃO

Apesar de ser Deus, Jesus se fez completamente humano para cumprir o plano de Deus e nos socorrer nas adversidades.
Ponto-Chave
"Por ter se feito homem a Si mesmo, Jesus pode nos socorrer e nos salvar."

1- JESUS, PLENAMENTE HUMANO
Em Seu ministério terrestre, Jesus viveu uma vida humana plena; participando do sofrimento, da fragilidade e das restrições de uma vida árdua de abnegação e entrega ao Plano de Deus.

1.1. Se fez humano
Antes de se fazer humano, Cristo já existia como o Verbo de Deus, mas escolheu se esvaziar de Sua glória para cumprir o propósito divino (Fp 2.7). Jesus viveu uma vida simples, em uma família humilde em um povoado na região da Galileia (Mt 2.23). Participou de festas (Jo 2.2), entristeceu-se (Jo 11.35), fez amizades (Jo 11.11), dormiu (Mc 4.38), participou da condição humana em toda Sua plenitude, exceto o pecado original (2Co 5.21). Como humano, Ele também foi tentado (Mt 4.1-11), e, ao ser vitorioso, Ele é capaz de ajudar todos aqueles que são tentados (Hb 2.18).

1.2. Sofreu a morte 
As Escrituras afirmam que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). Entretanto, se Jesus não pecou, por que Ele passou pela morte? O próprio Cristo afirma que a morte não tinha poder sobre Ele, somente Ele poderia oferecer a Sua vida e tornar a tomá-la de volta (Jo 10.17-18), Sua fidelidade ao Plano de Deus é de completa entrega. de modo que derramou Seu sangue e entregou Seu espírito ao Pai como oferta agradável a Deus, vindo a morrer. Cristo partilhou de nossa humanidade até a morte (Hb 2.17), nos amou além da própria vida.

Refletindo
"Ele (Jesus) tomou o nosso lugar, entrou em nosso sofrimento, morreu nossa morte por nós, ressuscitou da morte, deu-nos sua vida e nos formou como uma comunidade por meio do Espírito, realizando assim, algo tão decisivo que toda a vida é transformada por Ele." Paul Scott Wilson

2- AUTOR DA SALVAÇÃO
Em Gênesis 3.15 vemos a afirmação do texto em uma promessa feita por Deus, logo após a Queda do homem que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente.
Em Cristo, o Plano da Salvação chega ao seu ápice, de modo que Jesus se ofereceu a Deus como Cordeiro puro, santo e imaculado para a remissão dos nossos pecados. E a promessa feita no Jardim, se cumpre em Cristo.

2.1. Seu sacrifício vicário
O culpado deveria pagar o preço pelo pecado por causa da justiça de Deus. Sem o sacrifício de Cristo, a humanidade estaria entregue ao próprio destino, sendo condenada a separação eterna de Deus. Jesus, justo e inocente se colocou em nosso lugar na cruz para sofrer a punição dos nossos pecados e a separação de Deus (Mt 27.46). E depois, desceu às regiões mais baixas da terra (Ef 4.9). Esse era o nosso destino, mas Cristo tomou o nosso lugar, Ele recebeu o juízo de Deus que a nós estava destinado mas, por ter recebido o juízo em nosso lugar, agora vivemos a salvação conquistada em Sua ressurreição (1Pe 3.18).

2.2. Recebeu de Deus glória e honra
Por ter se oferecido graciosamente para cumprir o plano de Deus, o Pai estabeleceu Jesus como o mediador da salvação (1Tm 2.5) e herdeiro de todas as coisas (Rm 8.17). A exaltação de Cristo está inerentemente vinculada a Sua humilhação (Fp 2.8-9). O humilde carpinteiro da Galileia, experimentado nos trabalhos, recebeu a glória e a honra por representar tudo aquilo que Deus é, amor. Assim, para que Deus venha nos enaltecer, devemos antes viver uma vida de humildade e de entrega, assim como Cristo nos ensinou.

3- A VITÓRIA DE CRISTO
Ao cumprir o Plano de Deus, Jesus recebeu novamente Sua majestade e a autoridade sobre a Criação (Ef 1.20,21).

3.1. Derrotou o diabo
Em Seu ministério terreno, Jesus declarou que havia despojado Satanás de seu poder (Mt 12.28,29). Satanás foi desprovido de seu domínio e poder como afirma Hebreus 2.14: "E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo." A força do diabo estava na morte, e o poder da morte estava no pecado, mas Cristo venceu a morte se fazendo pecado por nós (1Co 15.55-57).

3.2. Libertou os cativos
Antes de Cristo, estávamos presos em nossos pecados e condenados à morte (Ef 2.1-6). No entanto, através de Sua ressurreição, nos ressuscitou com Ele para reinarmos no mundo espiritual e no porvir. Essa libertação não foi alcançada por nossos próprios méritos ou pelas nossas próprias forças, mas é recebido pela fé em Cristo, em Sua Obra expiatória e em Sua ressurreição (Ef 2.9). Agora, não podemos mais viver na prática do pecado e em rebelião a Deus, pois, se somos filhos de Deus, o Espírito Santo habita em nós e nos capacita a viver uma vida santa e agradável a Deus (Rm 8.16).

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR
Jesus possui duas naturezas, a divina e a humana. Ele é completamente Deus e completamente humano, e essas duas naturezas não se confundem e nem se misturam. O nome da união das duas naturezas em Cristo é chamada de "união hipostática". Os Pais da Igreja utilizaram da seguinte imagem para facilitar nosso entendimento. Veja: as duas naturezas de Cristo são semelhantes a uma tocha, o cabo representa a natureza humana, enquanto que o fogo, a natureza divina. Uma completa a outra, mas não se misturam e nem se confundem.

CONCLUSÃO
Como Deus, Jesus tem a capacidade e o poder para nos socorrer nas tribulações e tentações.

Complementando 
O semipelagianismo é uma concepção herética que acredita que, apesar da salvação partir de Deus, ela só é eficaz por ser realizada pela Iniciativa e boa vontade humana. O ministério terreno de Jesus nos ensina que é Cristo que faz a obra em nossa vida através da fé, que é uma resposta à Palavra de Deus (Rm 10.17).

Eu ensinei que:
Nós não podíamos fazer as mesmas Obras de Jesus mas, por Ele ter se feito homem, pode nos ajudar em nossas fraquezas.

Fonte: Editora Betel

quinta-feira, 18 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 3 / ANO 1- N° 1

                                     

O Arrebatamento

TEXTO BÍBLICO BÁSICO
1 Tessalonicenses 4.13-17
13- Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
14- Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.
15- Dizemos-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.
16- Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;
17- depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.

TEXTO AUREO
  Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. 1 Coríntios 15.52

SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - 1 João 3.10-13 Seremos semelhantes a Cristo

3ª feira - 1 Tessalonicenses 4.13-18 Os salvos reunidos com o Salvador

4ª feira - João 5.24-29 Os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus

5ª feira - 2 Coríntios 12.1-4 Arrebatado até o terceiro céu

6ª feira - Apocalipse 4 João é um dos tipos dos arrebatados

Sábado Efésios 5.14 Hora de despertarmos do sono

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• entender o significado do Arrebatamento; a relação entre Arrebatamento, Grande Tribulação, Milênio e os grandes temas do fim;
• discorrer sobre os milagres que ocorrerão durante o Arrebatamento;
• renovar a esperança de que o futuro será melhor para todos os que conhecem a Cristo como Salvador.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Caro professor, como apoio didático, no tópico 1.4, você tem a opção de apresentar aos alunos o quadro a seguir. 
  Arrebatamento e Revelação significam a mesma coisa? Observe cuidadosamente a comparação entre esses dois eventos:

ARREBATAMENTO
Jesus vem e permanece nos ares (1 Ts 4.16,17)
Jesus vem buscar os santos (1 Ts 4.16,17)
Cristo recebe a esposa
Não é precedido de sinais; é iminente
Haverá um tempo de bênçãos e consolo (1 Ts 4.18)
Vinculam-se os crentes (Jo 14.1-3; 1 Co 15.51-55; 1 Ts 4.13-18)
Num abrir e fechar de olhos, só os salvos verão a Cristo (1 Co 15.52)
Começa a Grande Tribulação
Cristo vem como a resplandecente estrela da manhã (Ap 22.16)

REVELAÇÃO
Jesus vem e pisa na terra (Zc 14.4)
Ele vem com os santos (1 Ts 3.13; Jd 14)
Ele vem com a esposa
Os sinais predizem o evento (Mt 24.4-29)
Haverá um tempo de destruição e Juízos (2 Ts 2.8-12)
Vincula-se a nação de Israel e as nações gentias (Mt 24.1-25,46)
O Senhor Jesus será visto por todo o mundo (Mt 24.27; Αp 1.7)
Tem início a dispensação do Milênio
Cristo vem como o sol da justiça (MI 4.2)

Boa aula!

COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  Dentre os grandes temas registrados nos 66 livros da Bíblia, a doutrina do Arrebatamento destaca-se por sua importância, finalidade e papel que exercerá no plano perfeito determinado por Deus. O cenário profético assinala o Arrebatamento como o primeiro grande evento escatológico que dará início à contagem regressiva em sua parte final do fim dos tempos. Nesta lição, compreenderemos a verdade bíblica acerca deste assunto essencial à fé cristã.
  Uma das questões polémicas diz respeito à ocasião do Arrebatamento. Alguns grupos defendem que este evento ocorrerá no meio da Grande Tribulação; outros advogam que acontecerá após a Grande Tribulação. Entretanto, a maioria dos escatólogos, intérpretes das Escrituras, defende o ponto de vista pré-tribulacionista. Segundo eles, o Arrebatamento acontecerá antes da Grande Tribulação (Ap 4.1,2).

1. QUATRO PERGUNTAS PRINCIPAIS
  Diversas perguntas são formuladas a respeito desta matéria. Uma das mais comuns declara que esta doutrina não é bíblica, porque a palavra arrebatamento não se encontra na Escritura. Em razão desta afirmativa - e de outras mais -, algumas pessoas tentam negar este importante evento exposto nas Escrituras de forma ampla e abrangente. 
  É bem verdade que a palavra arrebatamento não aparece na Bíblia com esse título; entretanto, a doutrina do arrebatamento está clara e transparente em diversas porções do texto sagrado (Jo 14.1-3; 1 Co 15.52; 1 Ts 4.17). Estas e outras passagens destacam o verbo grego harpadzo, que significa precisamente: "arrebatar subitamente, agarrar, levantar, tirar com força, raptar".

1.1. Qual o significado do Arrebatamento?
  De acordo com as sábias palavras de Paulo, o Arrebatamento é um mistério (1 Co 15.51). Ao abordar este assunto com a Igreja, o apóstolo faz-nos entender que suas declarações são fruto de uma revelação divina. A Teologia postula que o vocábulo mistério, na Bíblia, designa uma verdade parcialmente revelada. A Escritura, inclusive, afirma que as coisas encobertas (ocultas, indizíveis e de difícil compreensão) são para o Senhor (Dt 29.29).
  Arrebatamento será o rapto, o levantamento, a ascensão, a trasladação dos salvos, com corpos transformados e glorificados, quando a trombeta de Deus soar (1 Ts 4.16) - esse ressoar não se destina ao povo em geral, mas apenas aos mortos em Cristo e à Igreja militante. Será a grande convocação dos remidos do Senhor. Outro propósito maravilhoso do Arrebatamento será a transformação sobrenatural dos salvos vivos; estes não experimentarão a morte física.
______________________________
  O Arrebatamento representa, acima de tudo, a volta do Senhor Jesus pela segunda vez ao mundo, cumprindo literalmente as profecias que declaram que os salvos escaparão da Grande Tribulação - esta virá com força total sobre a terra e seus moradores (Lc 21.36; Ap 6-18).
______________________________
1.2. Qual o lugar do Arrebatamento relacionado à Grande Tribulação?
  Não existe uma única e comum resposta a esta questão. Diversas correntes teológicas apresentam diferentes pontos de vista. As três principais são: pré-tribulacionista, mesotribulacionista e pós-tribulacionista.
  O ponto de vista aceito pela maioria dos especialistas nas profecias escatológicas é defendido na escola pré-tribulacionista. Os salvos, mortos, que ressuscitarão, e os vivos, salvos, que serão transformados, serão arrebatados antes da Grande Tribulação, que abrangerá o mundo inteiro. As principais provas bíblicas que fundamentam este ensino podem ser acessadas nos seguintes textos: Zacarias 14.4; João 14.1-3; 1 Tessalonicenses 1.10; 4.16,17; 5.9; Apocalipse 4.1; 6-19.
  A escola mesotribulacionista coloca o Arrebatamento em meio à Tribulação. Segundo os defensores dessa corrente, a Igreja passará pelos primeiros três anos e meio da Tribulação e será arrebatada juntamente com os mártires (as Duas Testemunhas mencionadas em Apocalipse 11.3-12). Os mesotribulacionistas classificam a primeira metade da Tribulação, referida pelo Senhor Jesus, como princípio das dores (Mt 24.5-20). e os outros três anos e meio como grande aflição (Mt 24.21).
  Os pós-tribulacionistas afirmam que a Igreja passará os sete anos sofrendo os horrores da ira de Deus, manifestada nos terríveis juízos que castigarão a terra e seus moradores. A operação maligna dos demônios que invadirão o mundo nesta ocasião, causando catástrofes, destruições, terrores e abusos, terá como foco principal a Igreja, os salvos por Cristo Jesus (Mt 13.24-30: 24.29-31,40,41).
  Cremos na doutrina pré-tribulacionista, baseada em provas bíblicas robustas e incontestáveis, as quais indicam claramente que o Arrebatamento ocorrerá antes do período tribulacional (Is 57.1,2).

1.3. Quem participará do Arrebatamento?
  Todos os mortos, salvos por Cristo, serão trazidos pelo Senhor (ressuscitarão) e serão arrebatados. Todos os servos fiéis de Jesus que estiverem vivos serão transformados pelo poder de Deus e serão arrebatados juntamente com os que ressuscitaram. Os ímpios, de uma forma geral, não participarão deste evento glorioso (Ap 21.8; 22.15).
______________________________
  A Igreja verdadeira, com seus membros integrados e unidos como Noiva de Cristo, constituída de pessoas de todas as nacionalidades (inclusive judaica), será trasladada pelo Senhor desde a terra para as mansões celestiais (1 Ts 4.13-18).
______________________________
1.4. Arrebatamento e Revelação significam a mesma coisa?
  Arrebatamento e Revelação são dois acontecimentos distintos que ocorrerão com uma diferença de sete anos entre um e outro. O Arrebatamento equivale ao Dia de Jesus Cristo, como identifica Paulo (Fp 1.6). A Revelação equivale ao Dia do Senhor, considerado como o Dia da Ira, da vingança (Jr 46.10: Ez 30.2; Am 5.18; Sf 1.7,14,15).

2. MILAGRES NO ARREBATAMENTO
  A narrativa bíblica registra em detalhes grandes milagres que ocorrerão durante o Arrebatamento; o principal deles será a presença divina do Senhor Jesus, que descerá do céu (1 Ts 4.16).

2.1. Ressurreição
  A ressurreição dos mortos será um dos primeiros milagres: esta é uma doutrina genuinamente bíblica, citada tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (Sl 16.10; Jó 19.25-27; Is 26.19; Dn 12.2; Lc 14.14; Jo 5.21,28,29; At 2.24; Ap 20.4-6,13).
  Quando o Senhor descer do céu na segunda vinda, o primeiro fato que ocorrerá será a ressurreição de todos os salvos (1 Ts 4.16) - conforme mencionado na lição anterior. Os crentes fiéis ouvirão a voz de Jesus, levantar-se-ão dos lugares em que foram enterrados, e a morte não terá mais poder sobre eles (Jo 5.28,29; Ap 1.18).
  É riquíssima a descrição do apóstolo Paulo sobre a ressurreição dos crentes salvos, mortos em Cristo. Paulo analisa os detalhes, os procedimentos, o tempo adequado e todas as implicações acerca dessa ressurreição, eliminando as dúvidas e questionamentos relacionados a esta matéria, essencialmente relevante (1 Co 15.42-55).

2.2. Transformação
  Nos círculos teológicos, entende-se por milagre, a suspensão das leis naturais, ou seja, a cessação do poder natural-humano para a atuação do poder sobrenatural-divino.
  O segundo grande milagre durante o processo do Arrebatamento será a transformação extraordinária dos crentes salvos, ressuscitados, dos, e a dos crentes salvos que estiverem vivos. Este milagre obedecerá à seguinte ordem: (1) os salvos que dormem com Cristo, ou seja, cujos corpos estão mortos, receberão corpos vivos espirituais; (2) em seguida, os crentes salvos, vivos, com corpos carnais, receberão corpos espirituais. O processo milagroso atua na mudança da corruptibilidade para a incorruptibilidade. Da mortalidade para a imortalidade.

2.3. Glorificação
  Depois da ressurreição dos salvos em Cristo, da transformação - dos dois grupos dos que ressuscitarem e dos vivos salvos pelo Senhor, - acontecerá o milagre da glorificação.
  Merece destaque, neste tópico, o fato de que, para usufruir a eternidade com Deus, o corpo formado de carne e sangue será glorificado na condição de corpo espiritual, pois o corpo carnal - o homem terreno (1 Co 15.47) - relaciona-se com o mundo físico (limitado ao tempo e ao espaço), enquanto o corpo espiritual - o homem celestial (1 Co 15.49) - relaciona-se com a eternidade. 
______________________________
  Como se da dará o processo glorificação do corpo dos salvos em Cristo? Observe as etapas citadas na Bíblia: salvação (Rm 8.24); adoção (Rm 8.23); justificação (Rm 8.30); santificação (2 Co 7.1); redenção (Rm 8.23); libertação (Rm 8.21) e glorificação (Rm 8.17).
______________________________
3- FATOS ADICIONAIS
  Outros aspectos acerca do Arrebatamento aparecem no texto bíblico, fornecendo uma compreensão clara, sólida e satisfatória deste evento relacionado a todos os salvos.

3.1. Figuras, tipos e símbolos
  Os personagens bíblicos que remontam o cenário do Arrebatamento são: Enoque, trasladado, levado por Deus (Gn 5.21-24); Noé e sua família, antes do Dilúvio (Gn 7.7); Ló, retirado de Sodoma e Gomorra (Gn 19.12-23); Elias, às margens do rio Jordão (2 Rs 2.6-11); o Senhor Jesus, em Jerusalém (At 1.9-11); Filipe, ao sair da água (At 8.39,40); Paulo, ao terceiro céu (2 Co 12.1- 4); João, na ilha de Patmos (Ap 1.9,10); as Duas Testemunhas, na Tribulação (Ap 11.11,12); e o Filho varão (Ap 12.1-5).

3.2. Eis aqui vos digo um mistério
  Esta alocução paulina (1 Co 15.51a) alude a uma parte dos arrebatados que irá para o céu, sem passar pela morte física. Este ensinamento foi uma revelação que o Senhor entregou a Paulo para ser compartilhado nas igrejas como doutrina: haverá uma geração, composta de crentes fiéis, que será transformada, glorificada e preparada para o Arrebatamento, que acontecerá em uma fração de segundos. Esses salvos em Cristo não serão feridos pelo aguilhão da morte física (1 Co 15.55).

CONCLUSÃO
  Quando tudo o que Deus determinou para o dia do arrebatamento acontecer, o mundo inteiro testemunhará a veracidade da Palavra, e todos saberão que as promessas do Senhor são fiéis e verdadeiras (Js 21.45; 2 Co 1.20).
  Os que creem e aceitam Jesus como Salvador e Senhor de sua vida (At 16.31); os que guardam em obediência os mandamentos divinos (1 Tm 6.14); os que fazem parte da verdadeira Igreja (Ef 5.27); os que vivem em santidade (1 Ts 5.23); e os que esperam a salvação subirão ao encontro do Senhor nos ares e irão para o céu (1 Ts 4.16). 
  Sejamos o povo do Arrebatamento!

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Considerando o que foi exposto nesta lição, responda: 

Quem participará do Arrebatamento?

R. Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, os que estiverem vivos serão transformados e arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para encontrar o Senhor nos ares; assim, estarão com o Senhor para sempre (1 Ts 4.16,17).

Fonte: Central Gospel

quarta-feira, 17 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 3 / 2º Trim 2024


AULA EM 21 DE ABRIL DE 2024 - LIÇÃO 3
(Revista Editora Betel)

Tema: Ordenança para Congregar e prestar Culto Racional
TEXTO ÁUREO
“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Romanos 12.1

VERDADE APLICADA
Uma característica marcante do nascido de novo é o desejo de estar reunido com o povo de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar que não devemos deixar de congregar.
Falar sobre não perder o desejo de congregar.
Destacar que precisamos prestar culto racional a Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

SALMOS 84
3- Até o pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si e para a sua prole, junto dos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu.
4- Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente.
10- Porque vale mais um dia nos teus átrios do que, em outra parte, mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas da impiedade.

HEBREUS 10
25- Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | SI 27.4 Anelo pela presença de Deus todos os dias.
TERÇA | Mt 21.13 A minha casa será chamada casa de oração.
QUARTA | LC 2.27 O menino Jesus é apresentado no templo.
QUINTA | Lc 2.46-47 O menino Jesus no meio dos doutores.
SEXTA | Jo 7.14 Jesus ensina no templo.
SÁBADO | At 3.1 Pedro e João subiram ao templo para orar.

HINOS SUGERIDOS: 5, 144, 251

INTRODUÇÃO
Muitos deixam de congregar por qualquer motivo. As dificuldades e lutas da vida jamais deverão ser empecilhos ou desculpas para alguém deixar de participar das atividades da igreja. Professor(a), como pode-se ver nos objetivos da lição, o primeiro é mostrar que não devemos deixar de congregar, isto é, ninguém pode deixar de estar junto do povo de Deus, deixar de estar no rol de membros de uma igreja e nem ficar sem a liderança de um pastor ou dirigente. A lição visa combater o pensamento do "espírito do anticristo", que é a ideia de que Deus não se importa em o Seu povo estar desgarrado.

1- NÃO DEIXANDO DE CONGREGAR
As palavras hebraicas gahal (“assembleia”) e edaa (“congregação”) são termos mais frequentes usados para designar uma reunião de Israel com propósito religioso. A definição de português para congregar é ficar junto ou juntar-se, reunir-se, ligar-se, misturar-se, agrupar-se para “cobertura espiritual”. A Palavra de Deus nos esclarece que precisamos congregar [Ef 4.16; Hb 10.25]. Um membro fortalece o outro e Cristo fortalece todo o Corpo. As palavras gahal e edaa, mencionadas aqui foram utilizadas no Antigo Testamento para designar o ajuntamento dos filhos de Israel no deserto, e era assim que Deus se referia ao Seu povo no Antigo Testamento.

1.1. O que significa igreja e a sua missão.
A Igreja significa a união de todos aqueles que foram escolhidos e chamados por Deus [Jo 15.16], os quais, pela ação do Espírito Santo, creem que Jesus Cristo é o Filho Unigênito de Deus, que foi enviado a este mundo para redimi-los de seus pecados. É por isso que a Igreja é definida como sendo o Corpo de Cristo [Ef 5.30], e Ele a sua cabeça [Ef 1.22-23). A mensagem do Evangelho foi dada à Igreja para que ela a levasse ao mundo e ela só conseguirá fazer isso se estiver unida, foi assim que a Igreja Primitiva conseguiu vencer as perseguições de sua época e fazer a mensagem de Cristo atravessar os séculos. Se a mensagem fosse dada a um grupo de crentes sem que recebessem a ordem de permanecer juntos, então essa mensagem já teria se perdido.

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ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 3 / 2º Trim 2024


AULA EM 21 DE ABRIL DE 2024 - LIÇÃO 3
(Revista Editora CPAD)

Tema: O Céu – O Destino do Cristão
 
TEXTO ÁUREO
“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” (Fp 3.20)

VERDADE PRÁTICA
O crente deve viver a vida cristā com a mente voltada para o céu como sua legítima esperança.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Gn 1.1; Mt 3.2; Ap 21.10 A maravilhosa realidade bíblica do Céu
Terça – 1 Ts 4.17; cf. Ef 1.3,20; 2.6 Estaremos para sempre com o Senhor no Céu
Quarta – 1 Co 9.24; 2 Tm 4.8 Há um prêmio a ser alcançado: o Céu
Quinta – Hb 12,23; Gl 4.26; Fp 3.20 Céu: morada de Deus e pátria dos santos
Sexta – Jo 14.3 A promessa de que estaremos.com Cristo no Céu
Sábado – 1 Co 15.26,54; Is 61.3; 65.19 Uma nova realidade experimentada no Céu

Hinos Sugeridos: 26, 94, 404 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 3.13,14,20,21; Apocalipse 21.1-4

Filipenses 3
13- Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado, mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim,
14- prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
20- Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
21- que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.

Apocalipse 21
1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2- E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
3-E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
4- E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.

INTRODUÇÃO
Ao homem natural é impossível discernir as coisas espirituais, visto que elas só podem ser discernidas espiritualmente (1 Co 2.14). Por isso, a sabedoria humana apresenta diversas concepções enganosas a respeito do céu, a ponto de negar a sua existência. Professor(a), está cada vez menor o número de crentes evangélicos que aguardam o arrebatamento da Igreja, e muitos ministérios concentram as pregações em mensagens que induzem o povo a se ajustar e se adaptar aqui na terra, buscando a satisfação e a felicidade nesse mundo condenado.

Contudo, ao cristão é garantido a gloriosa promessa de desfrutar do céu como sua morada na vida eterna com Deus (Jo 11.25,26; 14.2,3; At 1.11). Em vista disso, o nosso propósito é o de mostrar o céu como destino glorioso de todo cristão peregrino. Devido a termos pouco conhecimento sobre o céu, as nossas pregações não transmitem adequadamente as bênçãos que haverá ali. Por isso, as pregações tradicionais sobre o céu mostram ele como um lugar de poucos atrativos para quem vive em contato com o mundo. Veja o testemunho de quem foi ao céu:

"Mas, como está escrito:As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem,são as que Deus preparou para os que o amam.", 1 Coríntios 2.9

Ou seja, o céu é muito mais do que nos falaram até agora.

I – CÉU: O ALVO DE TODO CRISTÃO

1- Definindo céu.
A palavra hebraica shamayim, que significa céu, céus (Gn 1.1), aparece 419 vezes no Antigo Testamento. O termo grego ouranos, céu (Mt 3.2; Ap 21.10), aparece 280 vezes no Novo Testamento com dois sentidos:
1) como firmamento, universo, atmosfera;
2) céus siderais e estrelados, região acima dos céus siderais, sede da ordem das coisas eternas e perfeitas onde Deus e criaturas celestes habitam. Quer dizer que, ambas as palavras são utilizadas para se referir a céu material e visível, como também ao céu imaterial e invisível. Na cultura hebraica o Criador habita no céu, os hebreus sempre entenderam isso pelas experiências que tiveram com o Pai no passado.

"E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela;", Gênesis 28.12 (grifo meu)

"Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuseu.", Êxodo 3.8 (grifo meu)

Essas são as passagens que ajudaram a construir a cultura hebraica, por isso os filhos de Israel entendiam que Deus estava lá em cima e também entendiam que não era num céu físico, mas espiritual.


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terça-feira, 16 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 3 / 2º Trim 2024


O Semeador e a sua Semente
21 de Abril de 2024



LEITURA BÍBLICA
Mateus 13.1-9,18-23

A MENSAGEM
“Mas as sementes que caíram em terra boa produziram na base de cem, de sessenta e de trinta grãos por um.” Mateus 13.8

DEVOCIONAL
Segunda » Sl 126.5,6
Terça » Mt 28.19,20
Quarta » Lc 8.11-15
Quinta » Mc 4.8,9
Sexta » Gl 6.7-9
Sábado » Jo 15.1-4

OBJETIVOS
ENSINAR ao adolescente sobre o valor da Palavra de Deus e acerca do poder transformador das Escrituras na vida de quem nela crê;
DESCREVER a condição dos solos apresentados na parábola e sua relação com o coração humano;
GRATIFICAR a importância da frutificação no Reino de Deus.

EI PROFESSOR !
Como já dizia o saudoso Pastor e Teólogo Pentecostal Antônio Gilberto “A Escola Dominical não é uma parte da igreja; é a própria igreja ministrando ensino bíblico metódico”. Essa é a razão pela qual, você deve se dedicar ao estudo metódico e sistemático das Sagradas Escrituras, a fim de compartilhar com zelo, profundidade e amor a revelação de Deus aos seus alunos. A Escola Dominical é o departamento da igreja local que consegue evangelizar enquanto ensina, cumprindo de forma exemplar a Grande Comissão. Honre a Jesus e a liderança da igreja local que te escolheu e confiou uma classe para você compartilhar a sã doutrina”. Deus te abençoe!

PONTO DE PARTIDA
Durante seu ministério, Jesus se deparou com pelo menos quatro grupos de pessoas: (1) os adversários; (2) as multidões; (3) o discípulo traidor, Judas; e (4) os demais discípulos. Todos eles, de alguma maneira, receberam a semente do Evangelho. Entretanto, conforme observamos nos relatos dos evangelistas, apenas alguns creram e frutificaram para o Reino de Deus. Na aula de hoje analisaremos a parábola do semeador. Ela também é chamada de “parábola dos solos ou terrenos , devido à ênfase que se dá aos terrenos cujas sementes foram lançadas com o objetivo de produzirem frutos. Essa é uma ótima oportunidade para você semear a Palavra de Deus e cuidar dos corações dos seus alunos. Tenha uma ótima aula!

VAMOS DESCOBRIR
Você já plantou alguma semente? Você sabe como uma semente nasce, cresce e se torna uma planta? Na aula de hoje vamos falar sobre a história de um agricultor que semeou muitas sementes, porém, nem todas deram os frutos esperados, pois alguns dos solos em que foram semeadas estavam com problemas. Que tal descobrirmos juntos o que essa história contada por Jesus tem a ver com a nossa vida e, em especial, com o nosso coração?

HORA DE APRENDER
A parábola desta lição faz parte de um conjunto de outras seis parábolas, narradas por Mateus, no capítulo treze, que se propõe a falar sobre o Reino de Deus. Ela nos descreve como a Palavra é pregada ou lançada, como uma semente, ao coração das pessoas.

I – SEMEADOR E A SEMENTE
Como você pode observar na Leitura bíblica, essa história acontece em um cenário rural. Há um homem que carrega sementes. Conforme ele caminha, cada grão caí em um lugar diferente. E assim, o semeador vê desfechos distintos para cada semente. Vamos começar entendendo o significado de dois elementos centrais: o semeador e a semente.

1- O semeador é quem prega a Palavra.
Embora o semeador não seja identificado por Jesus em sua explicação da parábola (Mt 13.18-23), ele é indispensável, pois é aquele que lança a semente ao solo esperando a frutificação. Jesus queria que seus ouvintes entendessem que além dEle, todo discípulo, que prega a Palavra de Deus, é um verdadeiro semeador. Quem semeia a Palavra pode estar sobre um púlpito, numa roda de amigos na escola ou num ambiente virtual. Não importa sua idade, classe social ou origem. Afinal de contas, quem carrega consigo a semente da Palavra de Deus e a espalha entre as pessoas é como o semeador dessa parábola. Você tem sido um semeador no Reino de Deus? Caso não, ainda dá tempo. Use todas as oportunidades para semear a Palavra de Deus aos corações dos seus conhecidos. Crie grupos de evangelização com outros adolescentes e anuncie a Palavra com responsabilidade e criatividade. Seja um semeador!

2- A semente é a Palavra.
Não há no texto uma preocupação em se dizer o tipo ou a qualidade da semente, uma vez que ela é única, exclusiva; ela é, na explicação de Jesus, a Palavra de Deus. A boa notícia a ser semeada é que “[…] Deus não leva em conta os pecados dos seres humanos e, por meio de Cristo, ele está fazendo com que eles sejam seus amigos. E Deus nos mandou entregar a mensagem que fala da maneira como ele faz com que eles se tornem seus amigos” (2 Co 5.19). Essa semente, quando semeada e recebida em nosso coração, germina e cria raízes profundas que transformam toda nossa maneira de ser. Permita que o Evangelho crie raízes profundas no seu coração; se alimente diariamente desta Palavra e seja fortalecido por ela. Esta Palavra é lâmpada para os pés (Sl 119.105), fonte de alegria (Sl 119.162), alimento (Mt 4.4; 1 Pe 2.2), e vida (Hb 4.12; 1 Pe 1.23-25).

I – AUXÍLIO DIDÁTICO

O SEMEADOR
“O contexto da parábola indica o próprio Cristo como “o semeador”. No texto está escrito que: “o semeador saiu a semear” (v. 3). Por que? Ao analisar as circunstâncias anteriores no capítulo 12, vemos que Jesus havia se deparado com muita oposição e dureza de coração daqueles ouvintes. Sua mensagem não havia sido bem aceita, especialmente pelos escribas e fariseus que sempre buscavam algo para acusá-lo. Muitas pessoas foram até Ele, e já era o fim da tarde quando Cristo entrou num pequeno barco e dali passou a falar a multidão desejosa pelos seus ensinos. O ponto de partida da interpretação acerca de quem era o semeador tem um caráter particular, porque indica subjetivamente o próprio Cristo como “o semeador”. Todavia, essa característica particular da interpretação não impede que se de um sentido genérico aos cristãos como “semeadores”. Não acrescenta nem fere os princípios hermenêuticos que regem a interpretação dessa parábola” (CABRAL, Elienai. Parábolas de Jesus – Advertências para os dias de hoje. Rio de Janeiro: CPAD, Ia Ed. 2005, p 16). EBD Adolescentes | 2° Trimestre De 2024 | Tema: As Parábolas de Jesus são Vivas | Lição 03: O Semeador e a sua Semente | Escola Biblica Dominical | CPAD

II – QUEM VÊ SOLOS, VÊ CORAÇÕES
Na parábola, as sementes caíram em lugares diferentes: algumas à beira do caminho, outras entre as pedras, algumas entre espinhos e uma parte caiu em uma boa terra. Jesus destacou que, apesar de serem sementes do mesmo tipo, houve quatro desfechos diferentes, de acordo com o lugar em que foram semeadas. Como veremos a seguir, os quatro tipos de solos representam o coração humano e suas respectivas respostas à pregação do Evangelho.

1- Solo à beira do caminho. 
Esse terreno, em tempo de secas, era duro como concreto. A semente não adentrava a terra e acabava ficando exposta a ser pisoteada ou comida pelos pássaros. Na história, esse solo representa aquele cujo coração a Palavra não consegue adentrar. Esse ouvinte até ouve a Palavra, mas de acordo com Jesus, “não a entende” (Mt 13.19), e nem se interessa por entender. Então, o Diabo vem e lhe tira a semente e, consequentemente, não frutifica.

2- Solo cheio de pedras e pouca terra. 
Essas pedras, citadas na parábola, não estão expostas na superfície do terreno, como alguns pensam. Pelo contrário, Jesus está descrevendo um terreno com uma camada rochosa sob a superfície do campo, coberta por uma camada pequena de terra, fazendo com que o crescimento da planta seja rápido, porém superficial, pois não criou raízes profundas, em função das pedras escondidas (vv. 5,6). Representa aquele coração que responde positivamente à Palavra com entusiasmo emocional, porém, de modo superficial, pois suas raízes não alcançaram profundidade, devido às pedras escondidas. Como consequência, a sua caminhada é curta, sua decisão é oscilante e seu compromisso é frágil, sendo interrompido rapidamente. Logo, a angústia e a perseguição os fazem abandonar a fé, não chegando ao ponto de frutificar (vv. 20,21).

3- Solo cheio de espinhos.
Esse terreno repleto de espinhos é altamente prejudicial para as sementes, pois os espinhos sufocam a semente boa, tirando dela todo seu nutriente, espaço e luz. Assim também é o ouvinte cujo coração foi seduzido pelas coisas dessa vida, como disse Jesus “[…] as preocupações deste mundo e a ilusão das riquezas sufocam a mensagem, e essas pessoas não produzem frutos” (v.22). Como bem nos ensinou o Senhor: “onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês” (Mt 6.21). Neste terreno, o fruto do Reino também não aparece; as prioridades e pensamentos estão exclusivamente nas coisas terrenas.

4- Solo fértil.
Essa terra é o sonho de consumo de todo agricultor, pois é uma terra boa para o plantio. A semente consegue adentrar o solo, ficando longe dos pássaros; suas raízes se aprofundam na terra, alimentando-se dos seus nutrientes e, longe das ervas daninhas, seus frutos aparecem abundantemente, pois trata-se de uma terra preparada (vv. 8,23). Este terreno representa o ouvinte cujo coração tem fome e sede de Deus; que ouve, aceita, entende e pratica a Palavra em sua vida.

II – AUXÍLIO PEDAGÓGICA
Ao final deste tópico é importante que você, professor (a), produza a seguinte reflexão com seus alunos: “O nosso coração é como um terreno que pode receber uma semente e produzir frutos, como também poderá desenvolver dureza, superficialidade e rejeição a qualquer tipo de semente”. Pergunte a eles de forma retórica, apenas para refletirem: “Que tipo de coração é o seu?” Em seguida, leia o seguinte trecho para a turma: “Os quatro tipos de solos representam as diferentes respostas que podemos dar em relação à mensagem de Deus. Respondemos de formas diferentes por termos diferentes disposições quanto a Deus.
Algumas pessoas são duras, e outras são superficiais. Há também as que estão contaminadas por cuidados que as deixam distraídas quanto ao Reino de Deus e ainda as que são receptivas a mensagem. Estas são transformadas pelo Espírito Santo” (Bíblia do Estudante Aplicação Pessoal, CPAD, p.1091). Após alguns segundos de reflexão, termine orando para que o Espírito Santo trabalhe nos corações a fim de que os adolescentes sejam permanentemente regados e cuidados por Ele e o arrependimento seja uma resposta diária de nossa alma ao Senhor que nos perdoou e salvou. Conclua com eles dizendo: “Que o nosso coração seja terra fértil para glória de Deus”.

III – A NECESSIDADE DE FRUTIFICAÇÃO
A Palavra de Deus semeada em nossos corações deve ser cultivada a fim de produzir bons frutos. Não podemos aceitar uma vida cristã infrutífera, pois as palavras de Jesus aos seus discípulos são claras: “toda árvore que não dá frutas boas é cortada e jogada no fogo” (Mt 7.19). Cada pessoa tem a oportunidade de ser um instrumento de Deus para impactar a sociedade, mas para isso, Deus espera dela uma resposta comprometida com o seu Nome, seu Reino e sua Vontade (Mt 6.9,10). Não podemos nos esquecer de quem nos escolheu e para qual propósito: “não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e deem fruto e que esse fruto não se perca” (Jo 15.16a).

III – AUXÍLIO PEDAGÓGICO
Termine a aula de hoje fazendo a seguinte reflexão com seus alunos: “Todo agricultor sabe que de nada adianta uma semente produzir um talo que consegue chegar até a superfície, ou brotar algumas folhas ou mesmo crescer o suficiente, se o tão esperado fruto para o qual ela foi plantada nunca cresce. Mas cedo ou mais tarde o lavrador tomará alguma atitude em relação à árvore infrutífera. Assim também somos nós, o Senhor aguarda os nossos bons frutos, afinal de contas, a Palavra semeada em nossos corações é viva e poderosa para transformar pecadores em pessoas arrependidas, fiéis e frutíferas no Reino de Deus”.

CONCLUSÃO
De acordo com a parábola, dos quatro solos, apenas um, o fértil, produziu frutos para colheita (Mt 13.23). Como é possível observar, o importante não é a quantidade em si, mas a necessidade de frutificar. Não aceite uma vida improdutiva no Reino de Deus. Cresça e produza frutos dignos de arrependimento no lugar onde você foi plantado por Deus.

VAMOS PRATICAR
1- Além de Jesus, quem mais pode ser entendido como o semeador da parábola? 
Todo discípulo que prega a Palavra de Deus.

2- Complete a frase abaixo:
“A Palavra de Deus semeada em nossos corações deve ser cultivada a fim de produzir bons frutos

3- Marque com um “X” os lugares nos quais você pode semear o Evangelho:
(x) Redes sociais
(x) Escola
(x) Casa
(x) Praças

4- Relacione as colunas, de acordo com a lição:
(A) Solo à beira do caminho
(B) Solo cheio de pedras e pouca terra
(C) Solo cheio de espinhos
D) Solo fértil
(B) coração superficial
(D) coração com fome e sede de Deus
(A) coração impenetrável
(C) coração seduzido

PENSE NISSO
Hoje vimos a importância da Palavra de Deus e o seu poder transformador na vida de quem nela crê. Jesus espera que aqueles que se relacionam com Ele creiam em sua Palavra, que sejam obedientes e produzam abundantemente frutos para glória do seu nome. Seja você uma benção para o Reino de Deus e frutifique sempre.

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)