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segunda-feira, 10 de abril de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 3 / 2º Trim 2023


O Messias já veio
 16 de Abril de 2023



TEXTO PRINCIPAL
“Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão.” (Sl 2.7,8)
 
RESUMO DA LIÇÃO
Quem se submete ao reinado e ao senhorio de Cristo Jesus tem sua vida completamente ordenada por Ele.
 
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – At 4.25,26 A perseguição contra o ungido de Deus
TERÇA – Mt 10.40; Jo 13.20 Quem recebe o Filho recebe o Pai
QUARTA – Rm 1.5 A expectativa para que as nações obedeçam à fé
QUINTA – Rm 2.14-16 A reta justiça divina
SEXTA – Dn 2.21 Deus é quem institui e destitui reis
SÁBADO – Hb 12.2 O Rei Jesus é a nossa referência

OBJETIVOS
MOSTRAR a rebelião contra o Ungido de Deus;
CONSCIENTIZAR de que um dia o Ungido pedirá contas aos insurgentes,
EXPLICAR o chamado à rendição e à submissão ao Ungido de Deus.
 
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), nesta terceira lição do trimestre estudaremos o Salmo Este é um Salmo messiânico, cujo propósito é mostrar que o reinado de Cristo nunca terá fim. As nações, até os dias atuais, insistem em rebelar-se contra o Ungido do Senhor revelado pelo salmista. Os insurgentes não ficaram impunes, chegará o dia em que o Messias pedirá contas dos atos de rebeldia dos homens. Veremos que o Salmo 2 é uma revelação profética do reinado messiânico de Jesus O Inimigo fez de tudo para que o Salvador não viesse ao mundo e não cumprisse a sua missão, entretanto haverá um tempo, que o reino do Senhor será plenamente estabelecido neste mundo.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza o quadro abaixo e utilize-o na introdução da lição. Mostre aos alunos as quatro cenas principais do Salmo 2 mostrando que é uma alusão ao reino de Cristo.
(1) O salmista começa com uma alusão aos povos e reis da terra em oposição ao Ungido de Deus (w. 1-3);
(2) Deus responde zombando dos ridículos intentos do mundo para removê-lo do cenário (vv. 4-6).
(3) Deus, o Pai, promete que enviará seu Filho amado (vv. 7-9). para aniquilar todos que se opõem ao seu governo.
(4) Através do salmista, o Espírito Santo exorta a raça humana a ser sábia diante de Deus. (Adaptado de Bíblia de Estudo Pentecostal: CPAD, p. 817).
 
TEXTO BÍBLICO
 
Salmos 2.1-9
1 Por que se amotinam as nações, e os povos imaginam coisas vãs?
2 Os reis da terra se levantam , e os príncipes juntos se mancomunam contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo:
3 Rompamos as suas ataduras e sacudamos de nós as suas cordas,
4 Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.
5 Então, lhes falará na sua ira e no seu furor os confundirá.
6 Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.
7 Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei.
8 Pede-me, e eu te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão.
9 Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.

INTRODUÇÃO
A história é marcada por impérios que tentaram dominar o mundo. Até hoje há líderes que possuem a utopia de dominá-lo. O Salmo 2 mostra que há um rei em que seu reinado nunca terá fim. Veremos como as nações insistem em rebelar-se contra esse rei, como este pedirá contas dos homens e, finalmente, como que o rei messiânico apela para que os reis se rendam ao seu senhorio.
 
I – A REBELIÃO CONTRA O UNGIDO DE DEUS

1-A importância do Salmo 2.
O Salmo 2 está na categoria dos salmos régios ou messiânicos. Segundo estudiosos, é possível que os salmos régios se refiram a Davi ou algum rei em Israel. O ponto importante é que esses salmos são uma descrição do rei messiânico. Não por acaso, o Novo Testamento aplica o Salmo 2 à pessoa de Jesus tanto na perspectiva do ministério terreno quanto na perspectiva futura daquele que implantará o seu glorioso reino na terra. Em Mateus 3.17, a expressão “este é o meu filho amado” tem a ver com Salmo 2.7; Atos 4.25-28, o evangelista cita os versículos de Salmo 2.1,2 e aplica a perseguição registrada no Salmo a Jesus. Em Hebreus 1.5 e 5.5. você verá paralelos bem claros das passagens do salmo. Por isso, o Salmo 2 é muito importante para nós os cristãos.

2- A rebelião das nações.
O Salmo está estruturado em quatro blocos de três versículos cada: vv.1-3; vv.4-6; vv.7-9; vv.10-12. O primeiro bloco diz respeito à rebelião dos gentios contra a autoridade de Deus. O versículo primeiro inicia com uma pergunta retórica: “Porque se amotinam as nações […] ” (v.1). Essa pergunta, na verdade, revela a presunção dos reis das nações ao se voltar contra o Senhor, Eles se preparam, planejam estratégias acreditando que terão êxito em seu propósito. O problema é que eles se levantam contra o Ungido do Senhor, na verdade, levantam-se contra o próprio Senhor (v.2). Eles acham mesmo que terão autonomia para romper o domínio divino, bem como seus planos (v.3). Os primeiros cristãos aplicaram essa passagem na perseguição que eles sofreram (At 4.25,26). No contexto do Novo Testamento, o Senhor Jesus é o Ungido, o Cristo de Deus, acima de todo principado, poder, potestade e domínio (Ef 2,20,21).

3- Rebelião contra Deus é tolice.
Há uma lição muito preciosa nesses primeiros versículos. Se uma pessoa não servir ao Senhor Jesus e praticar o seu ensino, servirá a outro segundo a sua filosofia (Mt 6.24). Não tem como escapar. Liberdade longe de Deus é uma completa ilusão. Infelizmente, quando alguém se rebela contra o Altíssimo, deixando de seguir seus valores, tal pessoa passa a seguir uma série de falsidades e ilusões. Ora, os valores de Deus são eternos, bons e verdadeiros. O que leva um(a) jovem a deixar de desfrutar do bem espiritual que tem impacto positivo e construtivo na vida terrena para abraçar um estilo tolo e desordenado, que só trará prejuízos? Perder a juventude na rebelião contra Deus nunca foi uma boa ideia.
 
SUBSÍDIO 1
“Por que se amotinam as nações? (1) Refere-se ao goyim, ‘gentios’, ‘pagãos’, não israelitas, como distintos do povo de Israel. As nações estavam se amotinando com o propósito de organizar uma insurreição. As nações antagônicas ao verdadeiro Deus podem ser chamadas de forma apropriada de ‘gentios’. Os povos imaginam significa ‘os povos meditam’; a mesma palavra é usada em 1.2, mas aqui tem a conotação de tramar uma ação maléfica. Entende-se por coisas vãs uma rebelião irracional e sem esperança.
A rebelião não tem uma conotação meramente política. Ela é contra o Senhor e contra o seu ungido (v. 2). Em hebraico; Meshiach, que é Messias. Quando traduzido para o grego, Meshiact? se torna Christos. Essa é a justificativa para uma interpretação messiânica do Salmo, junto com a aplicação feita no Novo Testamento para Jesus. Os rebeldes estão determinados a romper as suas ataduras, possivelmente os ferrolhos que prendiam o jugo ao animal, e suas cordas, que podem representar as rédeas usadas para controlar o boi que puxava o arado, ‘Lance fora o seu jugo’.
Quaisquer que tenham sido as circunstâncias imediatas, esses versículos representam a descrição de pecado mais comum do Antigo Testamento. O pecado não é meramente uma imperfeição humana ou finita. O pecado é uma rebelião moral, uma revolta contra as leis de Deus. Pecar é colocar a vontade do homem no centro da vida, em vez da vontade de Deus. A revolta das nações é um retrato do pecado da alma humana de cada indivíduo,” (Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, P 116.)
 
II – O UNGIDO PEDIRÁ CONTAS

1- Como Deus contempla a resposta doa homens?
No versículo 4, temos uma resposta de Deus num tom de desprezo e escárnio, típicas expressões da natureza humana. É muito comum essa linguagem na Bíblia, denominada em Teologia de antropopatismo, ou seja, atribuição das paixões humanas a Deus (cf. Gn 6.6; Zc 8.2). Essa figura de linguagem nos ajuda a compreender as verdades eternas da Bíblia de acordo com a nossa capacidade. Então, Deus está olhando para a rebelião humana, zombando dela porque Ele mesmo falará aos homens no derramamento de sua ira (v. 5). Os homens não podem fazer nada contra a soberania divina. Deus ungiu o seu rei sobre o monte Sião, isto é, o monte de sua santidade, onde está o Santo Templo (v.6). Não por acaso, o Novo Testamento apresenta a passagem que revela essa mesma relação entre Jesus e o Pai: “Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou” (Mt 10.40; cf. Jo 13.20).

2- O Ungido do Senhor regerá o mundo todo. 
O versículo 7 remonta um oráculo divino, ou profecia, em que é dito ao ungido do Senhor: Tu és o meu filho; eu hoje te gerei” (v.7). Essa expressão tem a ver com um herdeiro da casa de Davi para sempre (2 Sm 7,13,14). No Novo Testamento, o autor aos Hebreus desenvolve a messianidade de Jesus a partir dessa mesma expressão (1.5). Nesse caso, Deus dará por herança as nações ao rei (v.8) e o ungido destruirá com “vara de ferro” os rebeldes e seu reinado será de justiça (v.9).

3- Todos prestarão contas.
Deus “ri” das artimanhas dos homens aqui da Terra porque todo poder vem dEle. Os homens que arrogam para si orgulho e soberba e, ao mesmo tempo, buscam a rebelião contra o Altíssimo, estão fadados ao fracasso. Da mesma forma que eles foram dotados de poder, podem perdê-lo a qualquer momento (Dn 2.21). Por isso, precisamos andar em humildade e mansidão como Jesus ensinou (Mt 11.29). A soberba e a arrogância humanas só levam ao caminho de perdição. A Palavra de Deus mostra com clareza que, seja quem for, um dia todos estaremos diante do Juiz para prestar contas de todas as nossas ações (Rm 2.6,7). E tudo será feito de acordo com a reta justiça divina (Rm 2.14-16).
 
SUBSÍDIO 2
Professor(a), explique que a resposta de Deus contra os insurgentes é retratada pelo salmista em termos de escárnio e desprezo humanos, A Bíblia frequentemente atribui a Deus aspectos, atitudes e ações derivadas da experiência humana. Isto é feito sem a intenção de rebaixar o Infinito ao nível humano, mas para apresentar verdades em termos que somos capazes de entender.

O Senhor é visto como aquele que habita nos céus (v, 4), ‘entronizado nos céus’, Ele nem precisa se elevar para opor-se à insurreição. O Senhor não é o nome mais comum atribuído a Deus, Yaweh (traduzido por SENHOR na ARC e ARA) mas Adonai (Senhor, indicado pelas letras em caixa baixa e depois da letra maiúscula. ‘Deus é visto como o governante soberano do mundo, em vez de o Deus da aliança de Israel” (Comentário Bíblico Beacon, Vol 3, Rio de Janeiro: CPAD. 2005, p. 116,)

III – UM CHAMADO À RENDIÇÃO E À SUBMISSÃO

1- Um chamado aos reis da Terra. 
O último bloco do Salmo, ou estrofe, traz um chamado à rendição completa: “Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra” (Sl 2.10). É uma oportunidade dada às nações para reverter seus caminhos tortuosos. Esse chamado lembra muito o convite de sabedoria que lemos no livro de Provérbios (9.10). Ademais, o chamado também é para servir a Deus com temor e tremor (v.11). Por isso, a Bíblia diz que o temor do Senhor é o princípio do saber (Pv 1.7 – NAA).

2- Se curvando ao Filho. 
Aquele que se arrepende da rebelião contra Deus e o seu ungido, deve se submeter ao Altíssimo e ao seu Filho: “Beijai o Filho” (v.12). É uma homenagem de submissão ao senhorio do Filho. Quem assim proceder será poupado da ira vindoura. Por isso, é feliz e realizado quem se refugia e confia no Filho (v.12). Assim, o Salmo encerra exatamente com o convite de cultivar a confiança no ungido do Senhor. O Novo Testamento nos orienta a olhar “para Jesus, autor e consumador da fé” (Hb 12.2).

3- Jesus é Rei e Senhor?
De maneira geral, o Salmo nos ajuda a refletir a respeito da completa rendição e submissão a Jesus. No mundo de hoje, submeter-se e render-se a Jesus não é um desafio fácil. Isso significa fazer dEle o Rei do nosso coração. Aqui, é que acontece a verdadeira batalha: quando Jesus deve ser o Rei do nosso pensamento, do nosso sentimento e da nossa vontade (2 Co 10.5). Quando nosso Senhor se torna Rei do nosso mundo interior, o mundo exterior é completamente ordenado. Entretanto, quando Ele não é Rei da nossa vida interior, a exterior fica completamente desordenada. Por isso, o Salmo nos ajuda a refletir a respeito de não lutarmos mais contra o reinado de Jesus em nós. Deixemo-Lo reinar! Então seremos verdadeiramente Livres.
 
SUBSÍDIO 3
“Na última estrofe, o salmista fala diretamente aos rebeldes. O texto hebraico começa com: Agora, pois’ (v. 10), como que indicando a conclusão extraída dos versículos precedentes. Deixai-vos instruir ou ‘admoestar’. Juízes é um termo usado para os governantes em geral, incluindo os subordinados do rei. Em vez de continuar com sua rebelião, o povo é impelido a servir ao Senhor com temor (v. 11).
Aqui se tem em mente mais do que uma mera submissão política, visto que servir e temor são termos usados constantemente no Antigo Testamento com significado religioso. ‘O temor do Senhor’ é o respeito reverente com o qual o homem deve venerar o Deus soberano. Esse conceito do Antigo Testamento é o que mais se aproxima da palavra ‘rebelião’. Esse serviço capacitará o homem a alegrar-se com o tremor. Não existe contradição nesta cláusula. Ela representa a harmonização da ‘alegria do Senhor’ com ‘o temor do Senhor’. As duas emoções são apropriadas ao homem diante do seu Criador.
Da mesma forma que a rebelião se expressou contra o Senhor e contra o seu ungido, assim o arrependimento deve influir tanto o Deus soberano como o seu Filho real.” (Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 117)
 
CONCLUSÃO
O Salmo 2 tem uma ligação muito profunda com o reinado messiânico do Senhor Jesus. Ao longo dos séculos, os cristãos sempre leram esse Salmo com vista ao reino messiânico do Senhor Jesus. Haverá um tempo, em que o reino do Senhor será plenamente estabelecido neste mundo. Todavia, ele pode ser experimentado agora por meio do reinado de Cristo em nossos corações. É tempo de deixar Jesus reinar dentro de nós.
 
HORA DA REVISÃO
1- Em qual categoria podemos classificar o Salmo 2? 
O Salmo 2 está na categoria dos Salmos régios ou messiânicos.
2- O que a expressão “Por que se amotinam as nações” (v.1) revela? 
Revela a presunção dos reis das nações ao se voltar contra o Senhor.
3- O que é antropopatismo?
É uma atribuição das paixões humanas a Deus.
4- O que a Palavra de Deus mostra?
A Palavra de Deus mostra com clareza que, seja quem for, um dia todos estaremos diante do Juiz para prestar contas de todas as nossas ações (Rm 2.6,7). E tudo será feito de acordo com a reta justiça divina (Rm 2.14-16).
5- O que o Salmo nos ajuda a refletir? 
De maneira geral, o Salmo nos ajuda a refletir a respeito da completa rendição e submissão a Jesus.

Fonte: Revista CPAD Jovens



ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 3 / 2º Trim 2023


O Criador se relacionando com o Ser Humano
16 de Abril de 2023



TEXTO ÁUREO
“Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado” Salmo 139.14a
 
VERDADE APLICADA
Nós necessitamos de Deus. Mas é sempre Deus quem toma a iniciativa e busca o homem para se relacionar com Ele.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o homem como a coroa da criação de Deus.
Mostrar que Deus é um Deus relacional.
Enfatizar que devemos ter relacionamento com Deus.
 
TEXTOS DE REFERÊNCIA
 
GÊNESIS 2
20 E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 Então o Senhor fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Sl 8.1-9 Deus é glorificado nas Suas obras.
TERÇA / Sl 139.13-17 A onipotência de Deus.
QUARTA / Ec 4.9-12 Melhor é serem dois do que um.
QUINTA / Lc 3.23-38 Genealogia de Jesus.
SEXTA / At 17.24-28 O Deus que fez o mundo e tudo que nele há.
SÁBADO / 1Co 11.7-12 O homem é a imagem e glória de Deus.
 
HINOS SUGERIDOS: 35, 227, 456
 
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que tenhamos desejo de nos relacionarmos mais intimamente com Deus.
 
INTRODUÇÃO
O ser humano ter sido criado à imagem e semelhança de Deus atesta que fomos criados para relacionamento com Deus e com o próximo. Veremos na presente lição a atenção e o cuidado do Criador em suprir as necessidades do homem em todas as dimensões, inclusive no que concerne ao relacionamento. Ainda hoje, necessitamos da providência divina em todas as áreas da vida.

PONTO DE PARTIDA: Devemos honrar o Senhor em tudo.
 
1- A coroa da criação de Deus
Deus não fez o homem para que este vivesse para si mesmo. Deus o criou para que este vivesse com Ele e na alegria da glória dEle. Neste tipo de vida tudo na existência humana era plenamente abençoado.

1.1. Uma perfeita criação para sua mais preciosa criatura.
A criação foi feita e abençoada por Deus para o bem do homem. O próprio Deus aprova o que fez para o homem. Vemos isso quando lemos, ao término de cada etapa, a frase: “E viu Deus que era bom” [Gn 1.10, 12, 18, 21, 25]. Ou seja, na forma sábia, bela e proposital como tudo foi feito, Deus queria o melhor para o homem e fez tudo para o nosso bem e para Sua glória. Mesmo após a queda, não podemos desprezar a beleza e sabedoria de Deus percebida em toda a Sua criação.
 
Professor(a): Comentário Bíblico Moody – Gênesis: “Quando o Criador olhou para o produto de Sua vontade, encontrou-o perfeitamente completo e admirável; ficou satisfeito. Esta declaração foi feita sete vezes. Cada um dos atos criativos de Deus era perfeito, completo, agradável, satisfatório.”

1.2. Honra e dignidade na imagem e semelhança divina.
Ser portador da imagem de Deus é o maior prestígio que o homem pode ter [Gn 1.27]. Em Mateus 18.10, Jesus diz: “(…) os seus anjos nos céus sempre veem a face de meu Pai, que está nos céus”. Mas em nenhum lugar da Bíblia é ensinado que Deus tenha feito algum anjo à Sua imagem e semelhança. Ainda que tenhamos sempre a ideia de que os anjos sejam os seres mais especiais criados por Deus, é com o homem que Deus escolheu ter um relacionamento mais íntimo. Ter sido criado à semelhança de Deus dotou o homem de potencial que não se encontra paralelo em qualquer outra criatura terrena [Gn 1.26]. Nossa dignidade essencial honra a glória de Deus.

Professor(a): Comentário Bíblico Broadman – Gênesis: “Esta imagem de Deus em nós também torna disponível uma comunhão entre o homem e Deus, que não é possível para as outras criaturas. Pertencemos à família de Deus. Embora em Gênesis Deus não ordene adoração, é claro que o homem não pode executar as suas tarefas sem tal comunhão [Jó 35.10-11]. O próprio Deus deseja tanto a confiança do homem quanto a sua companhia [Gn 2-3].”

1.3. Abençoados para reproduzir a imagem de Deus.
Gênesis 1.28 diz: “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: “Frutificai, e multiplicai-vos”. A fertilidade e capacidade de se multiplicar foi um ato abençoador e glorioso de Deus. Deus é o único criador. O verbo hebraico bara’, que significa criar algo do nada, só pode ser atribuído a Deus. Ninguém, exceto Deus, pode criar algo do nada. Mas conquanto Deus seja o Criador, abençoou o homem para que ele fosse um procriador dos da mesma espécie de criatura à imagem de Deus. Os animais não podem procriar criaturas à imagem de Deus. Os anjos também não. Mas os homens sim.

Professor(a): Comentário Bíblico Champlin – Gênesis: “… o homem é visto como quem foi feito à imagem de Deus, algo jamais dito no tocante aos animais irracionais. Paulo toma esse mesmo tema em um sentido mais elevado, informando-nos que faz parte do destino dos salvos serem conformados à imagem do Filho, transformação espiritual essa que é a própria essência da salvação.”
 
EU ENSINEI QUE:
Deus nos deu uma posição elevadíssima em relação a toda a Sua criação. Saber disso deve não apenas nos fazer sentir-se valorizados, mas responsáveis em viver à altura da nossa posição
 
2- Deus: um Ser relacional
Todo este privilégio dado ao homem não se comparava ao propósito maior deles: nos relacionarmos de forma íntima com Deus.

2.1. Criados de uma forma especial e admirável. 
“Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.” [Sl 139.14]. Deus nos fez de forma especial e admirável de duas formas: primeiro na forma como o primeiro homem foi criado. Deus fez todas as coisas pelo ordenar da Sua voz [Sl 33.6; Hb 11.3]. Mas Adão foi feito pelas próprias mãos de Deus [Gn 2.7; Is 64.8]. No nosso caso, descendentes de Adão, somos gerados no ventre da nossa mãe. Mas as mãos de Deus não estão fora disso. O salmista diz: “Pois possuístes os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe. (…) Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe” [Sl 139.13, 15-16].

Professor(a): Ainda que a narrativa poética de Gênesis seja uma figura de linguagem, visto que Deus não tem mãos, o sentido da revelação está claro: Quando Deus nos fez, o fez de uma forma diferenciada e elevada a todo o resto da criação. Mesmo que não saibamos a forma exata como isso aconteceu, Deus quer que vejamos como somos uma obra-prima Sua. Obras das Suas mãos.

2.2. Relacionamento, intimidade e parceria. 
Deus falava diretamente com o homem [Gn 2.16]. Não haviam profetas, sacerdotes, anjos ou qualquer intermediário. Do lado de fora do Jardim não era possível falar com Deus ou ouvir a Deus sem mediações. Mas antes da queda, Deus falava face a face! Relacionamento e intimidade. Como vimos na lição anterior, Deus trouxe cada animal até Adão para que Adão decidisse qual nome teriam. O que Adão decidisse, Deus aprovaria. Gênesis 2.19 diz: “E tudo que Adão chamou a toda alma vivente, isso foi o seu nome”. Veja que parceria maravilhosa Deus nos fez para termos com Ele!

Professor(a): Comentário Bíblico Broadman – Gênesis: “Anteriormente, Adão e Eva estavam vivendo em uma comunhão sadia um com o outro e com Deus. Eles não se consideravam em contraposição a Deus e um com o outro, mas aceitavam cada relacionamento sem questionar. Agora repentinamente tornavam-se cônscios das diferenças existentes entre eles. “Adão está olhando para mim”, cisma Eva, e ela precisava esconder-se dele, e vice-versa. “Não posso deixar Deus me ver desta forma”, sentiam ambos. “Eu e tu” substituem o “nós” de seu relacionamento anterior.”

2.3. Alguém do lado.
Como se não bastasse estar em um paraíso, tendo com Deus um relacionamento que nem conseguimos imaginar, Adão ainda recebe de Deus alguém que lhe corresponda de uma forma exclusiva. Ao dar nomes aos pares de animais, o homem se vê sem seu par [Gn 2.20]. Mas Deus não é alheio a isso. O próprio Deus, pela primeira vez em Gênesis, diz que algo não era bom [Gn 2.18]. Não porque o homem tinha sido malfeito, mas porque Sua obra ainda não estava completa. E para ter alguém ao lado do homem, Deus tira do lado do homem aquela que lhe corresponderia naquela honrosa missão.

Professor(a): Comentário Bíblico Moody – Gênesis: “Uma vez que a mulher foi formada do lado do homem, ela tem a obrigação de permanecer ao seu lado e de ajudá-lo. Ele tem a obrigação de lhe dar a proteção e defendê-la com o seu braço. Os dois seres formam um todo completo, a coroa da criação. O autor do Gênesis declara que Deus transformou (beinâ) a costela que tirou do homem em uma mulher. A mão que moldou o barro para fazer o corpo do homem, pegou uma parte do corpo vivo do homem e transformou-o em uma mulher.”
 
EU ENSINEI QUE:
Deus não fez o mundo, colocou o homem nele e saiu de cena. Ele nos quer por perto trabalhando com Ele. Isso nos dá segurança e certeza de que, se buscarmos, iremos ter a presença dEle para tudo na vida.
 
3- Ligados pelo Criador
Quando temos um verdadeiro e íntimo relacionamento com Deus, os demais relacionamentos recebem a mesma saúde.

3.1. Divinamente ligados.
Adão foi gerado por Deus a partir do barro. Eva foi gerada de Adão a partir da sua costela [Gn 2.21-23]. Há uma relação mais profunda entre o homem e a mulher que conseguimos compreender. Suas diferenças não têm a ver com valor. Elas são funcionais na missão dada por Deus. O homem depende da mulher como a mulher do homem em necessidades distintas. Foram criados por Deus para serem parceiros na vida. A abordagem feminista radical tem gerado um antagonismo destrutivo no propósito original de Deus para o homem e a mulher.

Professor(a): João Calvino – Comentário de Gênesis: “Certamente, não se pode negar que a mulher também, ainda que tenha sido criada de modo diferente, foi criada à imagem de Deus; consequentemente, o que se disse na criação do homem é pertinente também ao sexo feminino. Ora, visto que Deus designa a mulher como auxiliadora do homem, ele não só prescreve às esposas a norma de sua vocação, para instruí-las em seu dever, mas também declara que o matrimônio realmente provará ser aos homens o melhor auxílio da vida.”

3.2. Emocionalmente ligados.
Quando lemos Gênesis 2.23, quase podemos ver o sorriso de Adão. “Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne” expressa ele quando Deus lhe traz sua nova e mais bela companhia. Na lição anterior aprendemos que Deus não tem necessidades emocionais (argumento utilizado – Deus teria criado os homens para com eles finalmente se relacionar). Mas isso não significa que Deus não tenha emoções. Aliás, as mais santas emoções, que sempre foram compartilhadas em Trindade. Quando cria o homem, confere a ele este atributo. A capacidade de sentir emoções e compartilhar sentimentos. Além de Eva ser um socorro (o substantivo hebraico “Ìezer” na JFA-RA em Gênesis 2.18 é traduzido por socorro) para Adão, ela seria também aquela que corresponderia às necessidades emocionais.

Professor(a): A versão NVI, assim como a KJA, traduz Gênesis 2.23 “Esta, sim”, que tem correspondência com a versão JF-RA que traduz: “Esta, afinal”. O sentido é que Adão percebia que faltava alguma coisa no Jardim e para ele. Nenhuma fêmea no Éden lhe correspondia. A mulher foi dada por Deus como um socorro para tudo o que o homem tinha que fazer, como também aquela que integraliza o que o homem deveria ser.

3.3. Intimamente ligados.
O autor sagrado faz uma aplicação para as futuras gerações a partir da fala de Adão [Gn 2.23]. A profunda ligação entre o homem e a mulher só é possível por meio de um tipo de ruptura social que o trouxe até ali [Gn 2.24]. Seus pais até então eram a base principal de suas relações afetivas. Este lugar agora se encontra na relação do casal. Esta ligação íntima culmina no ato conjugal. Não há razões bíblicas para pensar que Adão e Eva não tivessem relações sexuais antes da queda. Não havia necessidade de pudor antes da queda [Gn 2.25]. A intimidade com Deus santifica a nossa intimidade.

Professor(a): Comentário Bíblico Champlin – Gênesis: “Paulo (citando indiretamente) usou o sentimento do versículo a fim de proibir a prostituição, visto que o princípio de uma só carne que deve prevalecer no matrimônio é violado pela intrusão de uma terceira pessoa. Em Efésios 5.31, esse apóstolo citou diretamente o versículo. Primeiro usou-o para indicar o casamento literal, e, em seguida, o casamento espiritual de Cristo com a Sua Igreja. Em ambos os casos, ele partiu do pressuposto de alguma espécie de comunhão mística, no âmbito da alma, que une os casais, bem com o Cristo à Sua Igreja, o que o versículo 32 dá a entender por meio do termo mistério.”
 
EU ENSINEI QUE:
A união de Adão e Eva, realizada por Deus, se tornou um padrão pelo qual a glória de Deus é refletida no casamento. E o casamento que reflete a glória de Deus é aquele que aponta para a união entre Cristo e a Igreja.
 
CONCLUSÃO
O nosso relacionamento com o próximo é determinado pelo nosso relacionamento com Deus. Quando, por causa do pecado, somos alienados de Deus, as demais relações sofrerão danos, conforme veremos na próxima lição.

Fonte: Editora Betel

Subsídio Lição 3 / Vídeo pré-aula


domingo, 9 de abril de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 3 / 2º Trim 2023



Ciúme, o Mal que Prejudica a Família
16 de Abril de 2023



TEXTO ÁUREO
“Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa”. (Tg 3.16)

VERDADE PRÁTICA
O ciúme é uma obra da carne e só o fruto do Espírito é capaz de superar as consequências ruins dessa emoção.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Pv 6.34 O ciúme desperta a fúria das pessoas
Terça – 1 Co 3.3 Onde há ciúme há carnalidade
Quarta – Mc 15.10 Pessoas perseguiram Jesus por causa do ciúme
Quinta – Gl 5.25 Rejeitando o ciúme de maneira convicta
Sexta – Fp 4.8; Pv 4.23 Protegendo a mente e o coração do ciúme
Sábado – 1 Co 13.4 O antídoto do perfeito entendimento do amor

Hinos Sugeridos: 20, 425, 432 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Gênesis 37.1-4,11,18,23,24,28
1 – E Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã.
2 – Estas são as gerações de Jacó: Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; e estava este com os filhos de Bila e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia uma má fama deles a seu pai,
3 – E Israel amava a José mais do que todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores.
4 – Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente.
11 – Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.
18 – E viram-no de longe e, antes que chegasse a eles, conspiraram contra ele, para o matarem.
23 – E aconteceu que, chegando José a seus irmãos, tiram a José a sua túnica, a túnica de várias cores que trazia.
24 – E tomaram-no e lançaram-no na cova; porém a cova estava vazia, não havia água nela.
28 – Passando, pois, os mercadores midianitas; tiraram, e alçaram a José da cova, e venderam José por vinte moedas de prata aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito.

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
O ciúme é uma emoção humana que pode levar a grandes proporções. Todas as pessoas sentem ciúmes em algum momento da vida; às vezes é por alguém da família, outras vezes é por amigos ou por algum bem que é considerado precioso. Há pessoas que sentem ciúmes por cargos e funções e isso pode acontecer tanto no ambiente profissional como no ambiente eclesiástico. Nesta lição, temos o propósito de refletir a respeito das consequências do ciúme na família.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Refletir sobre as consequências do favoritismo e do ciúme na família de Jacó;
II) Identificar os males que o ciúme provoca nos relacionamentos;
III) Compreender que o homem precisa orientar seu coração pela Palavra de Deus e não por suas emoções carnais.
B) Motivação: Nesta lição veremos que o ciúme é uma emoção carnal e, se for cultivado, pode chegar ao descontrole, causando consequências gravíssimas para as famílias e para os relacionamentos em geral. O cristão não pode ter ações dirigidas por seus impulsos ou emoções carnais. Assim, veremos como ele pode lidar com essa emoção.
C) Sugestão de Método: O tema desta lição é uma emoção comum a todos os alunos. Comece a aula propondo um diálogo sobre o ciúme. Pergunte à sua classe: “Alguém aqui é ciumento? Você costuma sentir ciúme por alguém ou por alguma coisa? Você já foi alvo de ciúmes? Se sim, como você se sentiu”? Após alguns minutos de compartilhamento, inicie a exposição da lição.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Esta lição nos convida a refletir sobre as emoções que permeiam nosso coração e que costumam influenciar nosso comportamento. O ciúme não deve ser naturalizado ou fantasiado como uma “prova de amor e cuidado”, porque ele traz consigo sérias consequências. Devemos lembrar que a Bíblia diz que “o amor não arde em ciúmes” (l Co 13.4 – NAA). Portanto, como cristãos, nosso coração precisa ser regido pelo amor e não por emoções carnais.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 93, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Quem era José”, que ajuda a aprofundar o primeiro tópico, mostra o perfil de José, apresentando o contexto histórico do seu nascimento e sua dinâmica familiar.
2) O texto “As consequências do favoritismo e do ciúme”, que expande o segundo tópico, traz um alerta quanto às consequências da emoção do ciúme.

INTRODUÇÃO
A história dos filhos de Jacó não só é comovente, mas dramática. José, filho amado do patriarca, foi alvo do ciúme dos seus irmãos. É verdade que Jacó tinha certa preferência por ele. Por isso, tornou-se uma pessoa de confiança do velho pai. José delatava todas as más ações de seus irmãos para o patriarca da família. Por esse motivo, eles o viam como um delator e merecedor das hostilidades deles. A lição de hoje não tem o objetivo de tratar dos aspectos gerais da história de José, mas enfatizar essa relação de conflito dentro da família de Jacó. Vejamos as consequências para uma família em que a inveja e o ciúme estão presentes.

Palavra-Chave: CIÚME

I – A FALHA NO TRATAMENTO DOS FILHOS

1- A preferência de Jacó. 
Em Gênesis 37, lemos que “Jacó amava a José mais do que a todos os seus filhos” (Gn 37.3). É possível que o patriarca, tenha percebido que havia algo especial em relação a José. Entretanto, independentemente de ser o filho da sua velhice, José era um dos muitos filhos que ele havia gerado. Naturalmente, quando são conscientes do seu papel paterno e materno dentro do lar, os pais percebem as diferenças de personalidade e de temperamento de cada um dos filhos. Por isso, é preciso muita atenção no relacionamento com eles. Na lição 2, estudamos a respeito do problema que foi gerado pela predileção de Isaque e Rebeca entre Esaú e Jacó. Aqui, na história de José, veremos que a predileção de Jacó produziu o ciúme e a inveja entre os irmãos, as consequências graves dessa prática dentro da família.

2- O ciúme em meio à preferência. 
Jacó não mediu as consequências ao presentear seu filho José com “uma capa de várias cores” numa clara atitude de preferência. Isso provocou ciúmes nos demais filhos, os quais entenderam que o pai não lhes dava o devido valor. Ora, José era o décimo primeiro filho de Jacó, e quando os mais velhos se sentiram alijados do amor do pai, encheram-se de fúria. Eles viam que esse traje especial significava o favoritismo da parte do pai e, por isso, “ aborreceram-no” (v.4).

3- A inveja não permite compreender os desígnios de Deus. 
Além desse presente do pai a José, também havia os sonhos de José que o colocavam sempre em superioridade em relação aos seus irmãos. O sonho dos molhos de trigo e o sonho dos corpos celestes que se inclinavam diante de José (vv.5-9), quando contado para seus irmãos, fizeram com que eles entendessem que José agia com arrogância e despeito em relação a eles e, por isso, o rejeitavam. Os sonhos tinham um caráter profético, mas seus irmãos entenderam como uma atitude presunçosa da parte de José. Não podiam enxergar o que aconteceria alguns anos depois, quando José tornou-se governador do Egito (Gn 41.41-43).

SINOPSE I
Jacó tinha um favoritismo por seu filho José. Tal prática prejudicou sua família e provocou dissensão entre os irmãos.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
QUEM ERA JOSÉ
“Décimo primeiro filho de Jacó, e primeiro filho com sua esposa favorita, Raquel, depois que sua irmã Leia já lhe havia dado seis filhos e uma filha. Estéril há muito tempo, e desejada de ter filhos, Raquel chamou seu primeiro filho de José, em hebraico yosep ou yehosep, que significa ‘Que Ele acrescente’; e como ela explica, ‘O Senhor me acrescente outro filho’ (Gn 30.24). José era o único filho de Raquel na época do retorno da região de Harã à Palestina e tornou-se o filho favorito de Jacó.
Quando Jacó foi ao encontro de Esaú, colocou Raquel e José no lugar mais seguro da caravana. Esse favoritismo é comentado em Gênesis 37.3 como consequência da idade avançada de seu pai. José era um pastor, assim como os seus irmãos, e provocou sua hostilidade ao relatar ao pai informações sobre a má conduta destes. Jacó demonstrou sua parcialidade dando ao filho um longo manto ornado com mangas (literalmente um manto especial).
É possível que aquele manto tivesse sido confeccionado sobre encomenda, com um tecido colorido […]. Esse presente indicava que Jacó pretendia fazer de José o seu principal herdeiro, e com isso, acirrou a ira de seus irmãos contra ele (Gn 37-4). Na fogueira do ódio de seus irmãos foi colocado mais lenha quando José relatou os dois sonhos que tivera, nos quais o Senhor havia lhe mostrado que ele seria o chefe de todos eles.
O ciúme dos irmãos os levou a tomar uma atitude contra ele. Quando José foi enviado para investigar as atividades de seus irmãos, encontrou-os em Dotã junto aos rebanhos. O plano deles era matar José (37.18,19), mas foram impedidos pelo irmão mais velho, Rúben, que desejava protegê-lo de qualquer mal (vv. 22-24.). Quando apareceu uma caravana de ism a elita s-m id ia n ita s em sua rota de Gileade até o Egito, os irmãos conceberam a ideia de se livrar dele e ainda com algum lucro. Venderam José aos mercadores e, insensivelmente, fizeram Jacó acreditar que ele havia sido morto por animais ferozes; para isso trouxerem de volta o manto de José, embebido de sangue de um cabrito” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.628).

II – O CIÚME COMO CAUSA DE CONFLITOS

1- A túnica: o símbolo do desprezo.
A vestimenta tradicional do povo antigo tinha, no máximo, duas cores, feita de fios de linho grosso. A “túnica colorida” de José o colocava em posição de destaque em relação aos outros filhos (Gn 37.3). Isso corroborava o sentimento de predileção de Jacó por José. O ciúme derivado dessa má atitude do patriarca promoveu tristes consequências na família de Jacó.

2- Ciúme: o agente do conflito familiar. 
Os irmãos de José sentiam-se ignorados pelo pai. Por outro lado, em razão de desfrutar do favoritismo do pai, José agiu com inexperiência, imaturidade e arrogância. Seus irmãos, com o orgulho ferido por causa da preferência paterna por José, não aceitavam sequer ouvir o filho preferido de Jacó. Por isso, encheram-se de rancor e ódio, desejando até mesmo acabar com a vida do irmão.
O ciúme é uma emoção que tem origem no egoísmo. É como uma infecção que se espalha no corpo doente. A inveja, o rancor e o ódio, geralmente, têm no ciúme o nascedouro, como o sábio Salomão declarou: “ […] o ciúme desperta o furor […]” (Pv 6.34). No Novo Testamento, o apóstolo Paulo mostra que tudo o que provoca contenda e dissenções tem como origem a carne (1 Co 3.3). O ciúme é uma obra da carne.

3- A extensão do ciúme. 
Na presente lição, analisamos o ciúme na relação entre os irmãos, mas ele está presente em muitas outras relações. O ciúme pode trazer problemas para a vida conjugal, amizades sinceras e relacionamento profissional, etc. Geralmente, onde o ciúme está presente existe mais desprazer e desgosto do que felicidade. No ambiente onde o ciúme domina, sobram desconfiança, insegurança, controle e posse. Embora todas as pessoas tenham ciúme, pois trata-se de uma emoção humana, a linha entre o ciúme controlado e o descontrolado é muito tênue.

SINOPSE II
Na família de Jacó podemos constatar que o ciúme é um a obra da carne e, quando cultivado, prejudica muito os relacionamentos humanos.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
AS CONSEQUÊNCIAS DO FAVORITISMO E DO CIÚME
“Nos dias de José, todos possuíam uma túnica ou manto. As túnicas eram usadas para aquecer as pessoas, carregar pertences em uma viagem, enrolar bebês, servir de assento ou até mesmo para servir como seguro de um empréstimo. A maioria das túnicas ia até os joelhos, possuía mangas curtas e era apenas de uma cor. Em contraste, a túnica de José era provavelmente do tipo utilizado pela realeza — mangas longas, medindo até a altura dos tornozelos e colorida.
A túnica tornara-se símbolo do favoritismo de Jacó por José, o que agravou as relações já estremecidas entre José e seus irmãos […]. Poderia o ciúme fazer você sentir vontade de matar alguém? Antes de responder: ‘Claro que não’, veja o que aconteceu nessa história. Dez homens estavam dispostos a matar o irmão mais jovem por causa de uma túnica e alguns sonhos divulgados. Seu profundo ciúme havia se tornado em ira, cegando-os completamente para o que era certo.
Pode ser difícil reconhecer o ciúme quando as nossas razões parecem ter sentido, mas quando não o fazemos, o ciúme cresce rapidamente e leva a sérios pecados. Quanto mais o sentimento de inveja é cultivado, mais difícil se torna livrar-se dele. O momento certo para lidar com o ciúme é quando você se apanha comparando-se com os outros” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.62).

III – OS MALES DO CIÚME

1- O ciúme pode causar tragédias familiares.
Não são poucas as notícias de tragédias conjugais em que o ciúme é a causa. Não são poucos os casos em que pessoas prejudicam as outras por causa do ciúme. Não foi diferente no tempo de Jesus, em que a casta sacerdotal ficou enciumada e invejosa por causa da extensão do ministério terreno do nosso Salvador (Mc 15.10).

2- O ciúme entre os santos de Deus.
Se, de maneira geral, o ciúme obsessivo surge da parte de um dos cônjuges, terminando quase sempre em violência, separação e ofensas mútuas, infelizmente, entre os santos de Deus, o ciúme também pode minar as relações de pessoas que outrora eram próximas. Assim, por ciúmes, se calunia, difama e ofende o irmão em Cristo ou um colega de ministério . Que o Espírito Santo guarde os nossos corações, de modo que produzam o fruto do amor, e “não sejamos cobiçosos de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros” (G15.25).

3- Vencendo o ciúme. 
Em primeiro lugar é preciso alimentar a mente com as coisas de Deus (Fp 4.8). O que pensamos e o que está em nosso coração determinam as nossas ações (Pv 4.23). Em segundo lugar, é muito importante saber se a emoção do ciúme está impactando e comprometendo a qualidade de vida. Se a constatação for afirmativa, é importante procurar a ajuda pastoral que, com base na Palavra, aconselhar com sabedoria. E, finalmente, considere com muita atenção o que o apóstolo Paulo ensinou a respeito do amor: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece” (1 Co 13.4). A Palavra de Deus ainda é o melhor antídoto para tratar as emoções negativas.

SINOPSE III
O ciúme obsessivo quase sempre resulta em violência, separação e ofensas mútuas no casamento. Ele mina também as relações de amigos e irmãos.

CONCLUSÃO
O ardor emocional denominado “ciúme” deve ser impedido de prosseguir seu caminho de destruição moral, física e espiritual. O apóstolo Paulo aconselha-nos a que andemos dignamente e evitemos contendas e ciúmes (Rm 13.13). O único modo de deter o poder destrutivo do ciúme é desenvolver o “fruto do Espírito” (G1 5.22). Este desenvolve a nossa alma para a prática das virtudes cristãs e, ao mesmo tempo, enfraquece as emoções humanas provenientes dos vícios da alma.

REVISANDO O CONTEÚDO
1- O que lemos em Gênesis 37.3?
“E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores” (Gn 37.3).
2- Como os irmãos de José entenderam os seus sonhos de caráter profético? 
Os irmãos de José entenderam os sonhos como uma atitude presunçosa da parte de José.
3- Em que posição a túnica colorida colocava José? 
A túnica colorida colocava José em posição de destaque em relação aos seus irmãos.
4- O que sobra num ambiente dominado pelo ciúme? 
No ambiente onde o ciúme domina sobra desconfiança, insegurança, controle e posse.
5- Qual é o melhor antídoto para tratar as emoções negativas?
A Palavra de Deus é o melhor antídoto para tratar as emoções negativas.

Fonte: CPAD

Contatos Pr Marcos André: palestras, aulas e pregações: 48 998079439 (Claro e Whatisapp)


sábado, 8 de abril de 2023

sexta-feira, 7 de abril de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 2 / 2º Trim 2023

A CRIAÇÃO DO UNIVERSO
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TEXTO DE REFERÊNCIA:  Gn 2.1-8

VERSÍCULO DO DIA
"Pela fé, entendemos que os mundos, pela Palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente". Hb 11.3

OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Evidenciar Deus como Criador do mundo;
- Perceber o poder de Deus na Criação do homem;
- Entender que o Universo funciona em harmonia.

VERDADE APLICADA
A Criação mostra o poder sobre o Universo, ao criar tudo o que existe, apenas com o poder de Sua Palavra, ou seja, não havia matéria-prima.

MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos, para que todos possam compreender a grande Verdade do poder de Deus manifesto em toda a Sua criação.

LEITURA SEMANAL
Seg Gn 1.3-5
O primeiro dia da Criação.
Ter Gn 1.6-8
O segundo dia da Criação.
Qua Gn 1.9.13
O terceiro dia da Criação.
Qui Gn 1.14-19
O quarto dia da Criação.
Sex Gn 1.20-23
O quinto dia da Criação.
Sab Gn 1.24-30
O sexto e sétimo dias da Criação.

INTRODUÇÃO
Ao contrário do que diz a teoria evolucionista, a Bíblia relata a criação do mundo e tudo o que nele existe, pelo poder sobrenatural de Deus. Tudo foi criado pelo poder de Sua Palavra, conforme escrito em Hebreus 11.3.

Ponto-chave
"Deus criou o mundo, estabelecendo Leis, para que o homem e o Universo funcionassem em perfeita harmonia, porém o pecado alterou o ciclo das coisas".

1 - A CRIAÇÃO DA TERRA
Deus é o criador de todas as coisas. A ciência diz que a Terra passou por um processo de evolução no decorrer das eras geológicas, porém a Bíblia diz que tudo o que existe foi feito por Deus, em um período de seis dias.

1.1. Criado a partir do nada
O Livro de Gênesis, narra a criação da Terra e dos seres que nela existem. Na narrativa da criação, a palavra "haja" e usada cerca de quatro vezes e a expressão "produza" cerca de três vezes, mostrando que, através de uma Ordem Divina, as coisas foram criadas. O verbo "barah" usado apenas quando Deus é o sujeito da ação; a princípio, trazendo a ideia de criar, sem uso de matéria-prima. Não existia nada mas, pela Palavra de Deus, luz, céu, mar, terra, animais marítimos e terrestres passaram a existir e a terra passou a produzir seus frutos e árvores. João ressalta que, sem a Presença do Verbo, nada que existe, existiria (Jo 1.3).

1.2. Deus, o Criador de tudo
O Universo e tudo o que existe nele é obra exclusiva das Mãos de Deus. Cada vez que os cientistas descobrem mistérios relacionados à Via Láctea, à perfeição do Universo, bem como as leis que regem os planetas e a complexidade do corpo humano, percebemos a grandeza de Deus, entendendo que, somente um Ser Eterno e Poderoso, poderia criar algo com tanta perfeição e harmonia. Sabe-se que a superfície do sol, chega a 5.500° C, e Deus o colocou a uma distância segura da Terra. O Salmista exprimiu tamanha grandeza, ao dizer: "Os céus manifestam a glória de Deus, e o firmamento, as
obras de suas mãos", Sl 19.1.

Refletindo
"A Criação do Universo demonstra, não somente o Poder de Deus, mas também Sua capacidade em colocar ordem e equilíbrio nas coisas, para funcionar em perfeita harmonia". Bispo Primaz Dr. Manoel Ferreira

2 - A CRIAÇÃO DO HOMEM
Na Teologia, o homem é considerado coroa da Criação, pois justamente Deus, decide criar o ser humano, depois de ter feito a Terra. Deus primeiro fez a casa, para depois fazer o seu habitante.

2.1. Conforme a Sua imagem e semelhança
O Texto Sagrado é enfático em dizer que: "Deus criou o homem conforme a sua imagem, segundo a sua semelhança" (Gn 1.26). Os termos hebraicos usados na passagem são: "tselem" e demuch informando que o homem fora feito à semelhança de Deus, sendo uma criatura racional, pessoal, criativa e moral com quem, o próprio Deus compartilha alguns de Seus atributos. Deus é um Ser Trino, então o homem em sua constituição é formado de corpo, alma e espírito. Vale salientar, que as palavras imagem e semelhança; são sinônimas, não trazendo confusão na interpretação. O Amor de Deus com o homem é tão grande, que resolveu dar a ele Suas próprias características.

2.2. Feito alma vivente
Podemos dizer que a Criação do homem passou por três fases. A primeira, está no planejamento e no próprio ato da Trindade Santa em criar o homem (Gn 1.26). O segundo momento, se caracteriza na formação de um boneco, onde Deus coloca as Suas mãos no barro para formar o homem (Gn 2.7). A terceira e última fase, consiste em Deus soprar no homem, o fôlego de vida e torná-lo um ser vivo (Jó 33.4). Todas as coisas foram criadas com o poder da Palavra de Deus, porém o homem foi feito pelas Mãos de Deus e se tornou humano através do Sopro Divino. Carregamos as digitais de Deus em nossas vidas!

3 - A HARMONIA DA CRIAÇÃO
Deus quando criou o Universo, estabeleceu leis, para que regessem as estações e tudo funcionasse em perfeita harmonia. Em Jó 38, vemos o próprio Deus perguntando para Jó, sobre os limites estabelecidos na Terra e até mesmo Suas Leis.

3.1. Enquanto a Terra durar
O Livro de Gênesis mostra que Deus estabeleceu estações e épocas sobre a Terra. Disse que, enquanto a Terra durar, sempre haverá sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite (Gn 8.22). Sabemos pela Ciência que as estações do ano ocorrem devido a inclinação da Terra em relação ao sol. O movimento do planeta Terra em volta do sol é chamado de translação e dura um ano. A Ciência fez grandes descobertas em relação ao Universo e sua harmonia, mostrando a grandeza de Deus, em estabelecer a ordem diante do caos que existia no Princípio, quando a Terra era sem forma e vazia (Gn 1.2).

3.2. A fauna ea flora
Os relatos bíblicos mostram que Deus determinou que a Terra produzisse ervas e árvores frutíferas, assim como determinou a criação de répteis e toda a vida marinha. A Terra, fora criada para ser o habitat dos animais, plantas e, em especial do homem. Infelizmente, com a entrada do pecado no mundo e posteriormente com a corrupção do gênero humano, muitas espécies da fauna e da flora estão em extinção. Devido ao pecado, o equilíbrio natural estabelecido por Deus foi alterado e hoje até a terra geme com dores (Rm 8.19-22).

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
De acordo com Horton, existem quatro modelos que buscam harmonizar a Revelação especial de Deus: 1) Teoria da lacuna ou conceito da ruina e reconstrução, que defende que houve uma catástrofe universal entre Gênesis 1.1 e 1.2, quando Satanás foi expulso dos céus a ponto de a Terra ficar sem forma e vazia; 2) Criacionismo "fiat", conhecido também por Teoria da terra Jovem; 3) Criacionismo progressivo, denominado Teoria do dia época, que defende que os dias, no relato de Gênesis representam lapsos de tempo, chamado de Eras, o qual, Deus realizou Sua Obra Criadora; e 4) Evolução teísta (menos aceito pelos evangélicos) (1996, p. 231). No entanto e necessário tomar muito cuidado com a tentação de explicar a Bíblia pela Ciência e corrermos riscos de criar heresias. Por um lado, existe a Ciência com suas muitas teorias, tentando comprovar o Evolucionismo, que tem como principal defensor Charles Darwin, embora não consiga achar o "elo perdido" da evolução. Para nós cristãos, o relato do Gênesis é suficiente para entendermos, que Deus criou todas as coisas, pelo poder de Sua Palavra e sustenta tudo pela força do Seu Poder. (HORTON, S. M. Teologia Sistemática. Rio de
Janeiro: CPAD, 1996.)

CONCLUSÃO
Os céus e a terra, e tudo que neles há, manifestam a Glória, a Soberania e o Poder extraordinário de um Deus Criador.

Complementando
O Criacionismo fundamenta-se na Bíblia e tem como objetivo evidenciar o Poder de Deus em Sua criação; mostrar Deus como o Dono de tudo e levar-nos à adorá-lo como Senhor Criador.

Eu ensinei que:
Em toda a Criação, percebe-se um Deus Poderoso, Ordeiro, que tudo fez com propósitos definidos.

Fonte: Revista Betel Conectar


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quinta-feira, 6 de abril de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 2 / 2º Trim 2023


A grande jornada no deserto
9 de Abril de 2023



LEITURA BÍBLICA
Salmos 105.37-45

A MENSAGEM
O SENHOR disse a Moisés: — Por que você está me pedindo ajuda? Diga ao povo que marche. Levante o bastão e o estenda sobre o mar […]. Êxodo 14.15,16

DEVOCIONAL
Segunda » Êx 13.17-22
Terça » Êx 16.1-6
Quarta » Êx 33.1-5
Quinta » Êx 33.7-11
Sexta » Êx 33.18-23
Sábado » Dt 26.7-9

OBJETIVOS
ENSINAR sobre a trajetória do povo de Israel pelo deserto;
ENSINAR sobre o cuidado e a providência de Deus com o seu povo,
REFLETIR que não precisamos temer em situações de adversidade, e sim ter fé em Deus.

EI PROFESSOR!
Diante de situações adversas, o temor do que acontecerá pode ser grande, sobretudo quando essas situações fogem totalmente ao nosso controle; ter medo é algo natural para o ser humano. O povo de Israel temeu quando estava sitiado entre o mar Vermelho e o exército egípcio. Todavia, o povo pediu ajuda a Moisés, que, por sua vez, clamou ao Senhor. A resposta de Deus foi; “[…] Diga ao povo que marchem” (Êx 14.15). E eles obedeceram. Clame a Deus em momentos desafiadores, tenha fé e siga em frente, mesmo diante de grandes dificuldades. Não permita que o medo te paralise e te sabote; confie em Deus. Não pare em sua caminhada.

PONTO DE PARTIDA
O deserto é um lugar onde há muita escassez de recursos naturais. No deserto pode faltar água, mantimento, segurança e conforto. O povo escolhido, algumas vezes, reclamou com Moisés por não ter o conforto e o alimento que desejavam; em alguns momentos cogitaram até mesmo voltar para o Egito. Mas foi no deserto que o povo vivenciou muitos milagres e experiências com Deus. Reflita com os seus alunos que situações de escassez em nossas vidas são oportunidades para termos novas experiências com Deus, para experimentarmos crescimento espiritual e amadurecimento da nossa fé. Pontue também que nos momentos de provação não devemos murmurar. Antes, precisamos continuar confiando em Deus, pois Ele jamais nos abandonará.

VAMOS DESCOBRIR
A jornada pelo deserto foi uma trajetória de milagres. Desde as 10 pragas do Egito, que serviram de libertação para os israelitas e humilhação do Egito, passando pelo mar Vermelho e a forma como todo o povo de Deus viveu e foi sustentado no deserto, foi uma história de milagres. Na lição de hoje, veremos que Deus cuidou do povo em situações de fuga, peregrinação, culto, alimentação, vestimenta e guerras. Deus sempre esteve presente junto ao seu povo e jamais o abandonou.

Hora de Aprender

1 – A PASSAGEM PELO MAR VERMELHO

1 – O primeiro desafio no deserto. 
Após a libertação, Deus guiou Israel pelo caminho do deserto, próximo ao mar Vermelho. Todavia, quando o povo já havia saído, Faraó mudou de ideia e decidiu persegui-los (Êx 14.5). Faraó organizou o seu exército, com carros e cavaleiros, incluindo os 600 melhores carros, comandados por seus oficiais, para tentar capturar os hebreus no deserto (Êx 14.6,7). Isso fez com que o povo tem esse muito, achando até que fossem morrer ali mesmo.

2 – A ordem de Deus. 
Diante de situações adversas, precisamos confiar em Deus e ter fé que Ele cumprirá suas promessas em nossas vidas. Deus prometera ao povo que o tiraria do Egito. Diante do mar Vermelho e com o exército de Faraó enfurecido em sua direção, o povo temeu e clamou por socorro. E, nesse contexto, a ordem de Deus para Moisés foi para que povo marchasse (Êx 14.15).

3 – O milagre. 
Após instruir o povo, Moisés ergueu a mão sobre o mar e Deus enviou um vento muito forte. Durante toda a noite o vento soprou veementemente. Assim, as águas do mar Vermelho se dividiram e formou-se um caminho no meio do mar. Todo o povo de Israel atravessou, levando idosos, crianças, bagagens e rebanhos. Deus abriu o mar Vermelho de tal maneira que o povo passou caminhando em terra seca (Êx 14.22,29).
Os egípcios, com seus soldados e carros de guerra, seguiram o povo de Israel pelo caminho que era exclusivo para o povo de Deus. Então, o Senhor agiu fazendo com que as rodas de seus carros ficassem atoladas, de modo que quisessem fugir dos israelitas, por entenderem que Deus Lutava pelos israelitas (Êx 14.23-25). Quando todo o povo de Israel havia atravessado o mar, seguindo as orientações de Deus, Moisés ergueu a mão novamente e as águas do mar Vermelho se fecharam, exterminando, assim, o exército de Faraó. O povo de Israel ficou livre para sempre daqueles que os escravizaram. Esse milagre foi tão grandioso e poderoso que se transformou em poesia para o povo (Sl 66.6).

I – AUXÍLIO DEVOCIONAL
“Moisés estendeu a sua mão sobre o mar (Ex 14.16,21). Essa ação assinalava de forma visível a iminente intervenção sobrenatural. O povo tinha de agir pela fé sem esperar que Deus agisse primeiro. O plano de batalha impecável exibiu a grande mão (heb. yad, lit. “mão”, uma expressão usando uma figura de linguagem para expressar uma demonstração de ‘força’, v. 31) que o Senhor mostrara aos egípcios.
A perseguição implacável dos egípcios que estavam no encalço dos israelitas serve como uma imagem vivida da forma como o pecado, de modo persistente, reúne todas suas forças em esforços para escravizar de novo aqueles que já foram resgatados da escravidão (Gl 4.8-9). A compreensão humana e a força de vontade de uma pessoa ou a resolução de algumas situações por si só são defesas insuficientes, mas quando aquele que tem e ao Senhor dá um passo adiante em obediência e em fé, Deus abre caminho onde parece não haver nenhum (Sl 77.19-20)” (Bíblia de Estudo da Mulher Cristã. Rio de Janeiro: CPAD.2018, p. 124).

II- A PEREGRINAÇÃO PELO DESERTO

1 – Colunas de nuvem e fogo.
O milagre da travessia possui algumas peculiaridades e uma delas é a presença das colunas de fogo e de nuvem (Êx 14.24). A presença destas colunas era totalmente sobrenatural e foi uma providência divina para guiar o povo. Durante o dia, Deus lhes mostrava o caminho numa coluna de nuvem. À noite, Ele os guiava por uma coluna de fogo. A coluna de nuvem estava com eles durante o dia, e a coluna de fogo à noite, sinalizando o cuidado de Deus (Êx 13.21,22). Portanto, já antes da travessia do mar Vermelho, a coluna de fogo e a de nuvem se faziam presentes entre o povo e permaneceram assim durante toda a peregrinação pelo deserto rumo à Canaã (Nm 9.16).

2 – Água e maná. 
O povo de Israel começou uma jornada no deserto, que durou 40 anos. A peregrinação não foi fácil, pois se deu em um lugar com poucos recursos naturais. Houve momentos nos quais o povo precisou de água e Deus providenciou (Êx 15.25). Outro exemplo do cuidado de Deus foi o envio do maná. Durante os 40 anos de peregrinação pelo deserto os israelitas tiveram maná para comer (Êx 16.35). Ele era enviado todos os dias, exceto aos sábados. Portanto, o povo foi sustentado durante toda sua jornada até a terra prometida.

II- AUXÍLIO DIDÁTICO
“Os israelitas estavam familiarizados com os bons alimentos do Egito – o peixe, a carne, os melões e uma variedade de vegetais. Mas logo eles se encontraram em um deserto desolado, acalorados e sedentos, sem comida e sem água. Mas Deus não se esqueceu dos queixosos hebreus. Ele forneceu outro milagre ao seu povo. Era um alimento chamado maná. O maná era parecido com uma borracha ou resina, e semelhante a uma semente de coentro, que era uma semente em forma de pérola que crescia por toda a Palestina.
O maná deve ter sido similar ao pão (Êx 16.12) e o seu sabor devia ser como o de biscoitos misturados com mel (Êx 16.31). Todas as manhãs, exceto no sábado, depois de evaporado o orvalho, finos flocos de maná cobriam o chão (Êx 16.14). Durante a sua peregrinação de 40 anos pelo deserto, os israelitas receberam o maná seis vezes por semana. Eles o preparavam de maneiras variadas, cozinhando-o, moendo-o e fazendo bolos com ele” (BEERS, Gilbert V. Viaje através da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, p. 66).

III- CONHECENDO A TERRA
Por ordem divina, Moisés enviou 12 espias para conhecerem a terra de Canaã, local para onde os hebreus estavam se dirigindo. Eles tinham a missão de observar a terra que deveriam conquistar (Nm 13.1,2). Ao todo foram 12 espias. Eles eram chefes das tribos de Israel (Nm 13.3). Após 40 dias investigando a terra, os espias obtiveram excelentes informações, a saber: que a terra era boa, rica e frutífera (Nm 13.27).
Todavia foi a segunda parte do relatório que tomou conta dos ânimos do povo. Os espias destacaram que os moradores da terra eram grandes e fortes, alguns descendentes de gigantes e que, além disso, as cidades eram fortificadas com muralhas (Nm 13.28). Este parecer foi o suficiente para fazer o povo desanimar (Nm 13.20). Mas Josué e Calebe não aceitaram o desânimo dos 10 espias e nem o do povo e disseram para o povo não temer, pois Deus era com eles (Nm 14.6-9). Entretanto, o povo de Israel não seguiu as palavras de Josué e Calebe. A incredulidade do povo despertou o juízo de Deus.
Como consequência do desprezo que demonstraram a Deus, toda aquela geração (pessoas a partir de 20 anos) foi impedida de entrar na terra prometida (Nm 14.22,23). A única exceção foram Josué e Calebe, os espias que se mantiveram crendo em Deus (Nm 14.30). Assim , o povo precisou fazer uma jornada de 40 anos no deserto (Nm 14.34). Apenas a nova geração viveria a promessa de Deus (Nm 14.31).

III- AUXÍLIO DEVOCIONAL
“Enquanto os outros se concentravam nos ‘gigantes’ da terra, Calebe manteve-se firme na promessa de que Deus daria a seu povo a ‘terra que mana Leite e mel’ (Nm 14.8). O caráter de Calebe mostrou ter ‘outro espírito’ (14.24). É fácil ser guiado pelo que as pessoas pensam ou pelo que os outros dizem sobre nós. É muito mais difícil permanecer firme nas promessas de Deus, quando estamos em minoria e as circunstâncias não fazem sentido […]. No final, os fiéis sofreram pela falta de fé dos outros.
Calebe e Josué peregrinaram pelo deserto durante quase quarenta anos. Contudo, o firme compromisso de Calebe com Deus durante esse período contribuiu para o seu testemunho duradouro. Que alegria Calebe deve ter sentido quando as promessas de Deus se cumpriram e Moisés instruiu os israelitas a tomar a terra” (Bíblia Além do Sofrimento. CPAD: Rio de Janeiro: 2020, p. 207).

CONCLUSÃO
Deus resgatou o povo de Israel do Egito. Durante 40 anos os hebreus peregrinaram no deserto e viram grandes milagres de Deus. A jornada no deserto formou uma geração forte, que conheceu a Deus verdadeiramente.

VAMOS PRATICAR
1- Qual foi a ordem de Deus para Moisés quando estavam diante do mar Vermelho? 
Deus ordenou o povo marchar.
2- Como a coluna de nuvem e fogo agia no meio do povo?
Deus guiava o povo através de uma coluna de nuvem durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite.
3- Quem foram os espias que se mantiveram fiéis a Deus? 
Josué e Calebe

PENSE NISSO
Um ponto que devemos observar é que sempre haverá pessoas, inclusive próximas a nós, que tentarão nos desanimar de alguma forma. Mas, assim como Josué e Calebe, que não duvidaram da promessa de Deus, devemos estar firmes e confiantes em Deus e não absorver palavras que venham a tentar destruir a nossa fé.

Fonte: CPAD


ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 2 / 2º Trim 2023


AULA EM 9 DE ABRIL DE 2023 - LIÇÃO 2
(Revista Editora Betel)

Tema: A Criação revelando a Glória do Criador

TEXTO ÁUREO
“E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.” Gênesis 1.27

VERDADE APLICADA
O ser humano, por ser a coroa da criação de Deus, deve glorificá-Lo em todas as áreas da vida.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar a origem e o propósito da criação.
Destacar as amostras da glória de Deus no homem.
Falar sobre a restituição do propósito original.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

GÊNESIS 1
26- E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.
28- E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo animal que se move sobre a terra.
31- E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA / Sl 19.1-6 A natureza manifesta a glória de Deus.
TERÇA / Sl 33.1-9 O júbilo na contemplação das obras de Deus.
QUARTA / Sl 136.1-9 Deus é louvado por Suas obras.
QUINTA / Jo 1.1-3 No princípio era o Verbo.
SEXTA / At 17.26-30 Deus de um só fez toda a geração dos homens.
SÁBADO / Rm 1.18-25 A ira de Deus sobre a impiedade e injustiça.

INTRODUÇÃO
- "Na lição anterior vimos como a queda colocou a humanidade em oposição a Deus e sujeita ao Seu justo juízo."
, a "queda" mencionada aqui, se refere à queda de Adão. Em algumas literaturas aparece grafado em maiúscula "Queda", para mostrar que se refere ao pecado de Adão. Aqui está dizendo que essa queda de Adão fez com que a humanidade tivesse em dívida com o Criador.
- "Nesta lição veremos o propósito de Deus ao criar todas as coisas e a relevância do ser humano viver segundo este propósito.", desde já podemos mencionar que o maior projeto de Deus era criar o ser humano, por isso vemos Deus preparando tudo antes de criar Sua arte final, o ser humano.

1- ORIGEM E PROPÓSITO

1.1. Criados por um Deus glorioso.
- "A Bíblia não começa falando do homem. Ela começa falando de Deus e da glória dos Seus atributos: “No princípio criou Deus” [Gn 1.1]."
, a Bíblia foi elaborada para apresentar Deus ao ser humano e ensinar-lhe o que agrada ao Seu Criador e o que fazer para se aproximar do Senhor. É na Bíblia que conseguimos aprender o que Deus quer do ser humano, o próprio Senhor Jesus menciona o propósito de Deus em relação ao ser humano, veja: "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.", João 4.23
 
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