INICIE CLICANDO NO NOSSO MENU PRINCIPAL

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 8 / 3º Trim 2023


O Respeito às Pessoas e o Cuidado Com as Viúvas
 20 de Agosto de 2023



TEXTO PRINCIPAL
“[…] Segues a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.” (1 Tm 6 .11)

RESUMO DA LIÇÃO
O líder tem o dever de ensinar a todos na igreja, inclusive aos mais velhos.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – 1Tm 5.1 Admoesta os anciãos como a pais
TERÇA – 1Tm 5.2 O cuidado com as irmãs mais velhas
QUARTA – Tg 1.27 O cuidado com os órfãos
QUINTA – Dt 10.17 O cuidado de Deus com as viúvas
SEXTA – Tg 2.8; 14-17 O amor e o cuidado com o próximo
SÁBADO – 1T m 6.1 Os deveres dos servos

OBJETIVOS
COMPREENDER o padrão familiar bíblico;
MOSTRAR o padrão de comportamento no relacionamento do líder com as moças;
EXPLICAR a respeito do padrão de relacionamento do líder com as viúvas.

INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo veremos que o texto nos fala do tratamento adequado que o jovem pastor deveria dispensar a todas as pessoas da igreja (de idades distintas e de ambos os sexos), especialmente as viúvas, e nos desafia a refletir sobre nossos deveres familiares, sinal essencial de nossa fé. No decorrer da lição, enfatize que em todos os nossos relacionamentos, a humildade é a atitude de espírito que deve prevalecer. Nossa boa convivência em família e na família de Deus (igreja) nos prepara para os demais relacionamentos interpessoais.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), nesta lição, depois da introdução, distribua um pedaço de papel para cada aluno e solicite que eles escrevam apenas uma palavra que descreva o tratamento adequado que o pastor deve dispensar às pessoas da igreja (de idades distintas e de ambos os sexos). Não pode ser dois ou três vocábulos, mas apenas e exclusivamente um. Fique atento aos termos e escreva-os no quadro ou lugar apropriado, De acordo com o desenvolvimento da aula, inclua essas palavras em sua ministração, ora conceituando-as, ora afirmando ou corrigindo-as. Seja perspicaz e procure compreender o que levou o aluno a destacar tal palavra” (Adaptado de Lições Bíblicas Jovens. Rio de Janeiro: CPAD).

TEXTO BÍBLICO
1 Timóteo 5.1-16

1 Não repreendas asperamente os anciãos, mas admoesta-os como a pais; aos jovens, como a irmãos.
2 Às mulheres idosas, como a mães, às moças, como a irmãs, em toda a pureza.
3 Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas.
4 Mas, se alguma viúva tiver filhos ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais; porque isto é bom e agradável diante de Deus.
5 Ora, a que é verdadeiramente viúva e desamparada espera em Deus e persevera de noite e de dia em rogos e orações.
6 Mas a que vive em deleites, vivendo, está morta.
7 Manda, pois, estas coisas, para que elas sejam irrepreensíveis.
8 Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel.
9 Nunca seja inscrita viúva com menos de sessenta anos, e só a que tenha sido mulher de um só marido.
10 Tendo testemunho de boas obras, se criou os filhos, se exercitou hospitalidade, se lavou os pés aos santos, se socorreu os aflitos, se praticou toda boa obra.
11 Mas não admitas as viúvas mais novas, porque, quando se tornam levianas contra Cristo, querem casar-se.
12 Tendo já a sua condenação por haverem aniquilado a primeira fé,
13 E, além disto, aprendem também a andar ociosas de casa em casa; e não só ociosas, mas também paroleiras e curiosas, falando o que não convém,
14 Quero, pois, que as que são moças se casem, gerem filhos, governem a casa e não deem ocasião ao adversário de maldizer,
15 Porque já algumas se desviaram, indo após Satanás.
16 Se algum crente ou alguma crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarregue a igreja, para que se possam sustentar as que deveras são viúvas.

INTRODUÇÃO
O texto bíblico desta lição fala do tratamento adequado que o jovem pastor deveria dispensar a todas as pessoas da igreja (de idades distintas e de ambos os sexos), especialmente as viúvas, e nos desafia a refletir sobre nossos deveres familiares, sinal essencial de nossa fé.

I- O PADRÃO FAMILIAR

1- Os anciãos.
Diferentemente de outros textos, como Atos 20.17, em 1 Timóteo 5.1 o termo “ancião” não é o equivalente ao ofício de presbítero, que era o dirigente ou pastores das igrejas locais (Tt 1.5), Significa “homem idoso”. Isso se confirma, inclusive, porque no versículo seguinte (1 Tm 5.2) o mesmo vocábulo aparece em sua forma feminina, referindo-se a “mulheres idosas”.
Timóteo tinha o dever de ensinar a todos na igreja, inclusive aos mais velhos. Contudo, tinha uma maneira adequada para cada faixa etária. Os homens idosos não poderiam ser repreendidos asperamente ou com dureza no falar. Paulo está se referindo à abordagem e, principalmente, ao tom de voz a ser empregado no momento da repreensão.
Timóteo deveria se dirigir aos anciãos como um filho se dirige ao pai, com o devido respeito, usando palavras adequadas para a transmissão da repreensão. Não deveria ser rude e impor sua autoridade através de expressões ásperas. Não havia impedimento algum para a repreensão dos homens idosos, conquanto se observasse a maneira correta de fazê-lo.

2- Os jovens.
Vivemos em uma geração marcada por uma extrema rejeição a todo o tipo de repreensão. Em parte, isso tem sido observado também em algumas igrejas. Aceitar a correção nos torna sábios, mas rejeitá-la impõe graves prejuízos à nossa alma (Pv 8.33; 1531-33)’ Se Timóteo poderia e deveria repreender aos idosos, sempre que necessário, quanto mais aos jovens.
Mais uma vez, contudo, precisaria observar um padrão adequado, e o parâmetro, em função de sua idade, era o relacionamento entre irmãos. A afetividade deveria estar presente na transmissão da repreensão, assim Timóteo evitaria qualquer distanciamento ou indiferença em sua conduta. Afinal, ali estava um pastor que também era jovem.

3- As mulheres idosas.
O trato com as mulheres idosas deveria ser pautado no mesmo respeito e afeto que se deve devotar às mães. Nenhum filho deve dirigir-se à sua mãe com arrogância ou dureza, mesmo que ela tenha cometido algum erro. Deve devotar-lhe profundo respeito, dirigindo-lhe palavras brandas. O exemplo de Timóteo, como Líder espiritual deveria ser observado pelos crentes de Éfeso (1 Tm 4.12) e nós se vê de inspiração para todas as áreas da vida. Honrar os idosos é mandamento divino para todos nós: “Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do velho, e terás temor do teu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv 19.32).

SUBSÍDIO 1
Prezado(a) professor(a), explique que Paulo exorta a Timóteo a respeito de como tratar os mais velhos e os jovens (5.1,2). Como uma transição do conselho do apóstolo a respeito do relacionamento de Timóteo com categorias específicas d e pessoas na congregação, Paulo Lida primeiramente com as questões relacionadas à juventude de Timóteo. Em 4.12 o apóstolo exortou: ‘Ninguém despreze a tua mocidade’. Agora diz (v. 1), ‘não repreendas asperamente os anciãos, mas admoesta-os como a pais’. Podemos parafrasear, ‘nunca seja severo com os mais velhos’.
Paulo não só transmite confiança ao jovem pastor, como também exige cortesia para o rebanho. ’Na administração da casa de Deus existe um modo apropriado para o líder tratar as pessoas — exatamente como faria com a sua própria família (supondo uma ideia cultural de grande deferência e respeito no lar. Semelhantemente. Paulo aconselha: ‘trate os jovens como irmãos; as mulheres idosas como mães, às moças como irmãs. Parece que o relacionamento com as mais jovens era uma área de especial preocupação na congregação em Éfeso (cf. 511; 2 Tm 3.6,7), porque o apóstolo específica que é exigida ‘toda [absoluta] pureza ‘em relação a estas mulheres.” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. p. 1472.)

II – O RELACIONAMENTO COM AS MOÇAS

1- “Em toda a pureza”.
Quando trata da admoestação às moças Paulo acrescenta: “em toda a pureza” (v. 2). O apóstolo está mostrando a Timóteo que é preciso evitar atitudes inapropriadas com relação às pessoas sob seus cuidados. O pastor precisa tratar a todos como membros da família de Deus, seja solteiro ou casado, jovem ou idoso. Todos precisam ser respeitados e o líder deve estar sempre vigilante (Mt 26.41).

2- Pureza em tudo. 
O jovem pastor precisava dirigir a igreja e lidar com pessoas de ambos os sexos e de todas as idades, incluindo moças. Nesses contatos pessoais, precisava ser vigilante para não ser atacado por pensamentos ou sentimentos lascivos, e, muito menos, descambar para atitudes impuras, que poderiam afetar sua vida espiritual e seu ministério. A expressão “em toda a pureza” nos indica a necessidade de ser puros nos pensamentos, no olhar, no falar e no agir. No contato com pessoas do sexo oposto, precisamos rejeitar desde os pensamentos pecaminosos, confessando-os a Deus em nosso íntimo e abandonando-os. Para isso, é fundamental que enchemos nossa mente de coisas boas, de coisas puras (Tg 4.8).

3- Ninhos na cabeça.
Atribui-se a Lutero a frase que diz: “Não podemos impedir que os pássaros voem sobre as nossas cabeças, mas podemos impedir que eles façam ninhos sobre elas”. Nenhum de nós está livre de ter pensamentos impuros, mas todos nós podemos refutar tais pensamentos e não cultivá-los em nossa mente, para que não germinam e produzem seus frutos, que nunca serão bons (Mt 15.19). Cultivamos maus pensamentos quando os alimentamos com objetos de nossos desejos, seja em atitude apenas mental, seja abrindo os canais da audição ou da visão para receber impulsos externos.

SUBSÍDIO 2
Professor(a), explique que “aqueles que participam do ministério podem evitar atitudes inapropriadas com relação às pessoas sob seus cuidados, tratando-as como membros da família. Se eles considerarem todas as pessoas como membros da família de Deus, eles a protegerão e as ajudarão a crescer, espiritualmente.” (Bíblia de Estudo Cronológico Aplicação Pessoal Rio de Janeiro: CPAD, 2015. p, 1755.)

III – MANDAMENTOS ÀS VIÚVAS

1- Verdadeiramente viúvas.
Na opinião de alguns estudiosos, havia, na igreja dos primeiros séculos, uma espécie de “ordem de viúvas”, como um ministério específico, que consistia na inscrição de viúvas idosas que faziam um voto de se dedicarem exclusivamente a Deus, servindo na igreja. Em contrapartida, eram inscritas para serem sustentadas. Mas o texto de 1 Timóteo 5.1-16 não nos permite concluir que havia essa organização formal em torno de um “ministério das viúvas”, embora fique claro que havia, sim, um rol específico daquelas que seriam alvo da ajuda material ou financeira da igreja. Elas são chamadas de “verdadeiramente viúvas”. Tinham que ter, no mínimo, sessenta anos de idade, não terem família e terem um largo “testemunho de boas obras” (1 Tm 5.4-10).

2- O cuidado das viúvas.
Havia um controle das viúvas que eram realmente dignas do auxílio da igreja. O texto paulino fala em “inscrição”, seguindo alguns critérios:
a) Responsabilidade da família: as viúvas que tivessem filhos ou netos deveriam ser assistidas por eles. Paulo enfatiza a necessidade de a piedade ser exercida primeiro dentro de casa, para com a própria família: “porque isto é bom e agradável diante de Deus” (1 Tm 5.4). Está aí, portanto, a vontade de Deus para esse assunto de tanto apelo público: a família deve ser encorajada a cumprir o seu papel. A Bíblia não abona nenhum sistema político ou ideológico, mas é fato que reprova mais alguns do que outros. Do texto em estudo podemos extrair uma clara refutação do socialismo, que nega as responsabilidades pessoais do indivíduo e de suas famílias, procurando criar um sistema de dependência do Estado. Um paternalismo doentio.
b) Idade: Paulo faz um recorte de idade, indicando que não deveria ser inscrita viúva com menos de sessenta anos. A idade era um dos requisitos a ser conjugado com os demais. Certamente considerava os fatores próprios da época, como a natureza do trabalho da mulher e as dificuldades que poderia ter para atender ao seu sustento na condição de viúva sem filhos. Além disso, poderia indicar a improbabilidade de um novo casamento.
c) Testemunho pessoal: A viúva deveria ser piedosa e temente a Deus, “[perseverando] de noite e de dia em rogos e orações” (1 Tm 5.5). Não deveria, portanto, ter atitude de reclamação ou exigência. Em relação às viúvas que viviam em “deleites” ou prazeres, o apóstolo reputa como espiritualmente mortas. A viúva tinha que ter sido “mulher de um só marido”. Isso ressalta a dignidade da viuvez, especialmente como oportunidade de maior dedicação a Deus. Contudo, não é interpretado como uma proibição inflexível para um novo casamento (1Tm 5.14).
Diz respeito, sobretudo, à conduta de inteira fidelidade conjugal. Além disso, a viúva deveria ter se dedicado à prática de boas obras, criado os filhos, recebido e atendido bem às pessoas em sua casa, se dedicado a práticas serviçais humildes, como lavar os pés aos santos e socorrido aos aflitos (1Tm 5-9.10).

3- Viúvas mais novas.
As viúvas mais novas não deveriam ser admitidas no serviço de atendimento social da igreja, porque “quando se [tornavam] levianas contra Cristo, [queriam] casar-se” (1Tm 5.11). O texto nos indica que alguma delas, que provavelmente haviam decidido permanecer viúvas e se dedicar a Deus (1 Tm 5-5). rompiam o compromisso e adotavam um comportamento incompatível para qualquer mulher cristã: viviam ociosas, de casa em casa, como fofoqueiras, se importando com a vida dos outros. Verdadeiras transmissoras de maledicências (1Tm 5,13).
Para evitar isso, Paulo recomenda às “viúvas mais novas” (NAA) [O equivalente à expressão “moças” em 5.14] que se casassem , gerassem filhos e cuidassem de suas próprias casas, fugindo de todo o mau testemunho. Mais uma vez, portanto, Paulo estimula e honra a constituição da família.

PENSE! A verdadeira piedade começa em casa, no seio de nossa família.
PONTO IMPORTANTE! No contexto da época, não havia previdência social, razão que toda a viúva, sem filhos ou netos, dependia diretamente da igreja.

SUBSIDIO 3
Professor(a) explique que “a primeira preocupação expressa pelo apóstolo é que as Verdadeiramente viúvas’ recebam o auxílio que merecem. A frase ‘honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas’ (v. 3) significa literalmente, ‘dê o reconhecimento apropriado àquelas viúvas que realmente precisam’.” Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. p. 1473-1

CONCLUSÃO
A Palavra de Deus é completa, ela tem lições para todas as áreas de nossa vida. Vimos hoje como é importante ter relacionamentos saudáveis em família, para que nos sirvam de padrão inspirativo na igreja e em outras áreas de nossa vida, Vimos, também, que um sinal vital da verdadeira espiritualidade é a maneira como cuidamos de nossos familiares, especialmente nossos pais e avós, em suas necessidades.

HORA DA REVISÃO
1- Qual o significado do termo “ancião” em 1 Timóteo 5.1?
Significa ‘homem idoso’
2- O que significa a frase “atribuída a Lutero”, citada nesta lição?
Significa que nenhum de nós está livre d e ter pensamentos impuros, mas todos nós podemos refutar tais pensamentos e não os cultivar em nossa mente, para que não germinam e produzam seus frutos, que nunca serão bons.
3- Quais os requisitos principais para ser considerada uma “verdadeira viúva”?
Tinham que ter, no mínimo, 60 anos de idade, não terem família e terem um largo ‘testemunho de boas obras.”
4- Qual a recomendação de Paulo para as viúvas novas? 
Paulo recomenda às “viúvas mais novas” que se casem, gerem filhos e cuidem de suas próprias casas, fugindo de todo o mau.
5- O que ressalta o fato de que a viúva tinha que ter sido “mulher de um só marido”?
Isso ressalta a dignidade da viuvez, especialmente como oportunidade de maior dedicação a Deus.

Acesse o último vídeo de Interpretação Bíblica no nosso canal do YouTube: O Espinho na Carne

Fonte: Revista CPAD Jovens


domingo, 13 de agosto de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 8 / 3º Trim 2023



Transgênero – Que Transrealidade é Essa
20 de Agosto de 2023



TEXTO ÁUREO
“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á a sua mulher, e serão ambos uma carne.” (Gn 2.24)

VERDADE PRÁTICA
A sexualidade biblica é heterossexual, biologicamente definida conforme o sexo divinamente criado.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mc 10.6 A formação biológica e binária do ser humano
Terça – Gn 1.26 O homem foi criado à imagem e semelhança moral de Deus
Quarta – 1 Co 7.3,4 Monogamia e heterossexualidade como modelos bíblicos da sexualidade
Quinta – 1 Ts 5.23 O homem é formado de partes material (corpo) e imaterial (espírito e alma)
Sexta – Gn 1.27; 2.24 O gênero do corpo é definido pelo sexo de criação: homem ou mulher
Sábado – Mt 19.4-6 A anatomia dos sexos serve ao propósito divino da sexualidade e da reprodução

Hinos Sugeridos: 124 ,125, 525 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 2.7,18-25
7 – E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
18 – E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
19 – Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra, todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
20 – E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 – Então, O Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 – E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 – E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
24 – Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
25 – E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Vivemos em um período em que o corpo humano e a sexualidade tornaram-se questões relevantes. Reina uma nova “ortodoxia progressista” que tem como projeto impor uma agenda desconstrucionista de cima para baixo, negando a base da biologia e da fé, e revelando uma verdadeira agressão identitária. Isso ocorre porque há movimentos com embasamento filosófico e crítico que recebem certa benevolência das mídias quanto à divulgação de suas agendas. Por isso, temos o objetivo de tratar esse assunto diante da Palavra de Deus, nossa regra de fé e prática na vida cristã.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Explicar que o fenômeno da transgeneridade abarca as questões de identidade de gênero, as distinções entre cisgênero e transgênero e a questão da sexualidade;
II) Reafirmar a visão bíblica a respeito do gênero;
III) elencar os efeitos da ideologia transgênica.
B) Motivação: Há pessoas que estão perdendo empregos por discordarem da agenda trans. Há estudantes que acabam por ficar isolados na universidade caso se descubra que ele está desalinhado com a “ortodoxia progressista”. Por esses e outros motivos é que devemos tratar a questão.
C) Sugestão de Método: A sugestão de método pedagógico desta semana tem a ver com a sua preparação de aula. Como se trata de um assunto que possui uma linguagem técnica, queremos sugerir que você faça a leitura da obra “Ama Teu Corpo”, editada pela CPAD, principalmente, o capítulo 6 cujo título é “Transgênero, Transrealidade”. Faça uma pequena síntese do assunto como consequência de sua leitura. Finalmente, introduza esta lição apresentando alguns pontos que chamaram a sua atenção. Dê um tempo mínimo para os alunos participarem e, em seguida, faça a exposição da aula, levando em conta a sua síntese e as questões levantadas pelos alunos.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A presente lição auxilia o s alunos a discernirem os nossos dias. Por isso, incentivam-nos a não terem vergonha de assumir uma visão bíblica do Corpo
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios estes auxílios:
1) O texto “Como Ser Humano” amplia o primeiro tópico com uma reflexão a respeito do propósito do corpo humano;
2) O texto “Acolhendo o Estrangeiro” aprofunda o segundo tópico, trazendo um exemplo concreto de pessoas que experimentaram a disforia de gênero, mas teve um encontro com Deus.

INTRODUÇÃO
Biblicamente, os seres humanos possuem um sexo biologicamente determinado, de conformação heterossexual (Gn 2.24). No entanto, a desconstrução dos valores e a revolução sexual apresentam novas formas de sexualidade, dentre elas, a transgeneridade. Nesta lição, veremos as características desse fenômeno, a visão bíblica de sexo, gênero e os efeitos da ideologia Transgênero. Nosso objetivo é reafirmar a vontade de Deus quanto ao ser humano viver de maneira coerente com o propósito divino por meio de seu sexo biológico.

PALAVRA-CHAVE: TRANSGÊNERO

I – COMPREENDENDO O PENSAMENTO DA TRANSGENERIDADE

1- Identidade de gênero.
O gênero identifica os seres inequívocos do sexo masculino e feminino. Não obstante, na década de 1970, as feministas usavam o termo “gênero” para o diferenciar do “sexo anatômico. As ciências sociais passaram a enfatizar que o comportamento social dos gêneros é estabelecido pela cultura e não pelas características biológicas do sexo. Assim, argumentam que uma pessoa não precisa se comportar de acordo com o seu sexo de nascimento. Alegam que o gênero e a orientação sexual não são determinados pelo sexo biológico. Nesse caso, avaliam que a relação sexual entre um macho e fêmea corresponde a papéis sociais impostos pelo contexto cultural e social, não pela constituição anatômica e biológica do corpo humano. Desse modo, validam qualquer comportamento sexual.

2- Cisgênero e Transgênero.
Nos estudos de gêneros, dois termos são usados: “Cisgênero” e “Transgênero”. Cisgênero se refere a pessoa cujo gênero está em concordância com o sexo de nascimento, ou seja, a fêmea nascida com genitália feminina que se reconhece mulher e o macho nascido com genitália masculina que se reconhece homem. Transgênero (ou Disforia de Gênero) classifica a pessoa cujo gênero está em oposição ao sexo de nascimento, ou seja, indivíduo que nasce com genitália masculina, mas que se assume mulher ou o que nasce com genitália feminina, mas que se assum e homem . São pessoas que alegam ter nascido no corpo errado e se identificam com o gênero diferente do sexo biológico. O movimento social de representatividade desse grupo é chamado de LGBTQIAPN+. Essa cosmovisão ratifica a ideia de que a identidade de gênero independe do sexo biológico.

3- Transgênero e sexualidade.
Para os especialistas, a orientação sexual de uma pessoa é definida de acordo com o gênero que ela se identifica e por qual gênero sente atração sexual, a saber:
(a) heterossexual, quando a atração é pelo gênero oposto;
(b) homossexual, quando a atração é pelo mesmo gênero;
(c) bissexual, quando a atração é por ambos os gêneros;
(d) assexual, quando inexiste atração por gênero algum;
(e) pansexual, quando a atração não depende de gênero. Além dessas categorias, existem pessoas que se denominam não-binárias, que não se encaixam em nenhum gênero, nem masculino nem feminino. Desse modo, como nessa ideologia não há conexão entre sexo biológico e gênero, uma pessoa que se identifica como Transgênero transita livremente em todo o tipo de relação sexual.

SINOPSE I
O fenômeno da transgeneridade tem a ver com o questionamento da identidade de gênero.

AUXÍLIO APOLOGÉTICO
“COMO SER HUMANO
Se a natureza é teleológica, e o corpo humano é parte da natureza, então ele também é teleológico. O corpo tem um propósito intrínseco, e parte desse propósito é expresso como lei moral. Somos moralmente obrigados a tratar as pessoas de maneira que as ajude a cumprir o seu propósito. Isso explica por que a moralidade bíblica não é arbitrária. A moralidade é o guia para cumprir o propósito original de Deus para a humanidade, o manual de instruções para tornar-se o tipo de pessoa que Deus idealizou, o mapa para alcançar os telos humanos. […] A ética cristã sempre leva em conta os fatos da biologia, seja falando do aborto (os fatos científicos sobre quando a vida começa), seja falando da sexu­alidade (os fatos sobre diferenciacão sexual e reprodução). A ética cristã respeita a teleologia da natureza e do corpo” (PEARCEY, Nancy. Ama Teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 20 21, p p .24-25).

II – REAFIRMANDO A VISÃO BÍBLICA DE GÊNERO

1- A constituição biológica.
Do hebraico adham, o homem foi formado do pó úmido da terra (Gn 2.7). Nosso Senhor ratificou que “desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea” (Mc 10.6). Nossa Declaração de Fé professa que o ser humano é constituído de três substâncias, uma física: corpo; e duas imateriais: espírito e alma (1 Ts 5.23; Hb 4.12). Desse modo, o corpo físico é o invólucro das partes imateriais (Gn 35.18; Dn 7.15). O gênero desse corpo é definido pelo sexo de criação geneticamente determinado: homem ou mulher (Gn 1.27; 2.24). Nesse caso, o sexo e o gênero estão relacionados com as características orgânicas do corpo e dos órgãos genitais. Significa que na criação divina, os cromossomos sexuais XY determinam o sexo masculino (macho) e os XX determinam o sexo feminino (fêmea).

2- A constituição moral.
O homem foi criado, dentre outros aspectos, à imagem e semelhança moral de Deus (Gn 1.26,27). Entretanto, o pecado corrompeu a moralidade do gênero humano (Gn 6.5). Por isso, no plano divino, os crentes precisam ser renovados segundo a semelhança moral original (Ef 4.22-24; Cl 3.10). Essa renovação é obra do Espírito Santo que opera interiormente e promove a santificação do espírito, da alma e do corpo (Rm 8.2-5,13,14; 1 Ts 5.23). Assim, aos salvos a Escritura diz: “não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal” (Rm 6.12). Desse modo, as práticas sexuais ilícitas são proibidas (Êx 20.14; Rm 1.26,27). A Bíblia ensina que a imoralidade sexual afronta o corpo, que é templo e morada do Espírito Santo (1 Co 6.18-20).

3- A constituição da sexualidade.
Ao criar o ser humano “ macho e fêmea”, Deus também instituiu a sexualidade (Gn 1.27,28). Sempre fez parte da criação original de Deus o homem unir-se sexualmente em uma só carne com sua mulher (Gn 2.24). Ao abordar o tema, o Senhor Jesus associou a anatomia dos sexos com o propósito divino da sexualidade e da reprodução (Mt 19.4-6). O relacionamento sexual conforme idealizado pelo Criador prevê uma satisfação completa entre homem e mulher na busca da realização conjugal e na procriação da espécie (Ec 9.9 ; Sl 127.3-5). A união monogâmica e heterossexual configura o modelo bíblico de sexualidade (1 Co 7.3,4). Desse modo, no plano divino, o sexo, o gênero e a sexualidade não são meros estereótipos de construção social, mas estão biologicamente constituídos e intimamente relacionados.

SINOPSE II
A visão bíblica do corpo leva em conta a constituição biológica, moral e da sexualidade

AUXÍLIO APOLOGÉTICO
“ACOLHENDO O ESTRANGEIRO
Walt Heyer é um ex-transexual que começou como travesti e depois passou pela cirurgia de redesigna­ção sexual para viver como mulher. Depois de oito anos, ele tornou-se cristão e acabou fazendo a transição reversa para viver como homem. Ele descobriu que mudar as suas roupas, corte de cabelo, carteira de identidade, carteira de motorista e até mesmo os seus genitais não mudou quem ele era. Em suas palavras, ele percebeu que ‘a restauração da minha sanidade só viria revertendo a mudança de gênero e voltando a viver como o homem que Deus me criou para ser” . Em suma, aceitando a sua identidade biológica como dom de Deus. […] A nossa única escolha é se aceitamos o nosso sexo biológico como dom de Deus ou se o rejeitam os” (PEARCEY, Nancy. Ama Teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp.227-28).

III- EFEITOS DA IDEOLOGIA TRANSGÊNERO

1- Depreciação da heterossexualidade.
Vimos que o modelo de sexualidade nas Escrituras é heterossexual (Gn 2.24; Mt 19.5; Mc 10.7; Ef 5.31). No entanto, ativistas atuam na desconstrução da orientação sexual ou bíblica. Em 1991, o termo heteronormatividade passou a ser utilizado em depreciação da prática heterossexual. É uma proposta de doutrinação para apresentar a crítica de que o reconhecimento da distinção biológica entre homem e mulher como dado óbvio do desenvolvimento humano e da realidade, ou seja, a heteronormatividade (que já é um termo doutrinador), é um sistema opressor e normatizador em que se obriga as pessoas a se relacionar apenas entre homem e mulher. Nesse sentido, acusam os héteros de preconceituosos, discriminadores e transfóbicos.

2- Construção de narrativas. 
Militantes trans alegam que a subjetividade de alguém se sentir homem ou mulher deve se sobrepor aos aspectos biológicos. Nesse sentido, eles se rebelam contra a própria constituição biológica. Então, para adequar a insatisfação do próprio corpo com a mente, exigem terapia hormonal e cirurgia de redirecionamento sexual como pretensas soluções. Isso é tão sério que o ativismo na educação e saúde pública acaba se impondo no doutrinamento de crianças e adolescentes. Na busca de aceitação social, divulgam a ideia do nascimento no corpo errado. De outro lado, em 2017, a associação de pediatras americanos (American College of Pediatricians) publicou que:
(a) conflitos entre mente e corpo devem ser corrigidos pelo alinhamento do gênero (mente) com o sexo anatômico (corpo), e não fazendo intervenções invasivas no corpo;
(b) meninos não nascem com cérebro feminizado e meninas não nascem com cérebro masculinizado; e
(c) a ideia de pessoas presas no corpo errado é uma crença ideológica que não tem base na ciência rigorosa (Rm 9.20).

3- Linguagem neutra. 
O movimento LGBTQIAPN+ requer a inserção de uma terminologia neutra ou não-binária na linguagem. O objetivo é identificar quem não se reconhece como masculino ou feminino. Os ativistas consideraram a gramática normativa como machista e elitista. Contudo, na Língua Portuguesa o gênero neutro é absorvido pelo masculino. Assim, o masculino é usado de modo genérico para identificar a espécie humana (homens e mulheres). Não obstante, a militância pretende substituir as vogais ‘a’ e ‘o’ na pretensão de neutralizar o gênero. Desse modo, a norma gramatical é desconstruída para atender à ideologia de gênero (Is 5.21)

SINOPSE III
Os efeitos da ideologia transgênica promovem uma agenda completamente anticristã.

CONCLUSÃO
O sexo, o gênero e a sexualidade fazem parte da constituição anatômica e fisiológica divinamente instituída. Nas Escrituras existem apenas duas possibilidades de gênero e anatomia sexual humana, ou seja, o masculino/ macho e o feminino/fêmea (Gn 1.27). Ao término da criação, “viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1.31). Ele não errou ao criar a sexualidade heterossexual para a humanidade. Portanto, ninguém nasce predeterminado a identificar-se como Transgênero. Muda-se a cultura, mas a Palavra de Deus permanece imutável (Mt 24.35).

REVISANDO O CONTEÚDO
1- O que o gênero identifica?
R. O gênero identifica os seres inequívocos do sexo masculino e feminino.
2- O que significa Cisgênero?
R. Refere-se a pessoa cujo gênero esta em concordância com o sexo de nasci­mento, ou seja, a femea nascida com genitália feminina que se reconhece mulher e o macho nascido com genitália masculina que se reconhece homem.
3- O que o corpo físico é em relação às partes imateriais do ser humano? 
R. O corpo físico é o invólucro das partes imateriais (Gn 35.18; Dn 7.15).
4- O que sempre fez parte da criação original de Deus? 
R. Sempre fez parte da criação original de Deus o homem unir-se sexualmente em uma só carne com sua mulher (Gn 2.24).
5- Cite pelo menos um dado do estudo de pediatras americanos que contraria a ideia de redirecionamento sexual.
R. Conflitos entre mente e corpo devem ser corrigidos pelo alinhamento do gênero (mente) com o sexo anatômico (corpo), e nao fazendo intervenções invasivas no corpo.

VOCABULÁRIO
Invólucro: Aquilo que serve ou é usado para envolver, cobrir; envoltório, envólucro, cobertura, revestimento, involutivo.
Teleologia: Termo filosófico que considera a finalidade ou propósito como princípio explicativo fundamental na organização e nas transformações de todos os seres da realidade; especificamente, aqui na lição, finalidade ou propósito do corpo humano.
Telos: Palavra grega que significa finalidade, fim; tem o sentido de propósito.

Acesse o último vídeo de Interpretação Bíblica no nosso canal do YouTube: O Espinho na Carne

Fonte: CPAD

Subsídio Lição 8 / Vídeo da pré-aula


ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 8 / 3º Trim 2023


Naum – O Deus de Misericórdia e Justiça
20 de Agosto de 2023



TEXTO ÁUREO
“O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nele.” Naum 1.7

VERDADE APLICADA
Quando estamos no centro da vontade de Deus, Sua proteção e a Sua justiça estão sobre nós.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário da mensagem de Naum
Falar acerca da Bondade da Ira de Deus
Extrair lições do livro de Naum para os nossos dias

TEXTOS DE REFERÊNCIA

NAUM 1
1 Peso de Nínive. Livro da visão de Naum, o elcosita.
2 Senhor é um Deus zeloso e que toma vingança; o Senhor toma vingança e é cheio de furor; o Senhor toma vingança contra os seus adversários e guarda a ira contra os seus inimigos.
3 O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em força, e ao culpado não tem por inocente; o Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés.
7 O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nele.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Na 1.1-7 A justiça e misericórdia de Deus.
TERÇA Na 1.8-15 O livramento do povo de Deus.
QUARTA Na 2.1-5 O cerco de Nínive.
QUINTA Na 2.13 “Estou contra ti, diz o Senhor dos Exércitos”.
SEXTA Na 3.1-7 Os delitos de Nínive.
SÁBADO Na 3.8-19 A ruína de Nínive é inevitável.

HINOS SUGERIDOS: 12,48, 70

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore a Deus pedindo mais confiança em Sua justiça e poder.

INTRODUÇÃO
A mensagem do profeta Naum é que Deus detém o controle da história. Por isso, Ele trará justiça e esperança em todo mundo, mesmo nos tempos mais sombrios da história.

PONTO DE PARTIDA: Deus não permitirá que o mal prevaleça.

1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA NAUM
A profecia de Naum é um fôlego de esperança para Judá que havia sofrido por muito tempo sob o domínio da Assíria. A destruição da opressora Assíria foi descrita pelo profeta de forma tão detalhada que traz ao leitor a impressão de algo já acontecido na época em que o livro foi escrito [Na 1.15].

1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta.
A única informação concreta sobre o profeta Naum é o seu nome. Não mais se sabe ao seu respeito. É possível que Naum tenha sido contemporâneo do profeta Sofonias, do profeta Jeremias e, também, do profeta Habacuque. Seu nome significa “conforto, confortados”, que deriva do verbo “arrepender-se”. Este homem de Deus é descrito como “o elcosita” [Na 1.1], ou seja, um nativo da vila de Elcos. Existem muitas teorias sobre a localização desse local, mas não foi possível descobrir sua identificação geográfica. Presume-se que ficava nas proximidades de Judá [Na 1.12-13, 15].

Professor(a): David W. Baker (Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque e Sofonias – Introdução e comentário, Vida Nova, 2001, p. 295): “O nome “Naum” significa muito provavelmente “consolo” ou “conforto”. Aparece somente no primeiro versículo desse livro e em Lucas 3.25 (com referência a um ancestral de Jesus, embora não se trate da mesma pessoa). Ocorre com maior frequência em fontes extrabíblicas e, na Bíblia, é comum a palavra afim “Neemias” Nada se sabe do Naum dessa profecia senão que era um elcosita, oriundo da cidade ou região de Elcós. São várias as suposições quanto à localização de Elcós. Uma identificação mais provável é Beit-Jebrin, em Judá, porque o Reino do Norte já estava no exílio, tomando realmente impossível uma localização em Israel.”

1.2. A mensagem do profeta.
A mensagem do profeta Naum, anunciada no auge do poder da Assíria, é uma clara advertência à cidade de Nínive, sobre a destruição que eles experimentariam por causa de suas crueldades com outras nações e a rebeldia de seus habitantes. Se para os ninivitas a mensagem era de juízo e de destruição, para Judá era uma mensagem de consolo e esperança sobre a intervenção de Deus em favor do Seu povo: “Mas agora quebrarei o seu jugo de cima de ti e romperei os teus laços. Eis sobre os montes os pés do que traz as boas novas, do que anuncia a paz! Celebra as tuas festas, ó Judá, cumpre os teus votos, porque o ímpio não tornará mais a passar por ti; ele é inteiramente exterminado.” [Na 1.13,15].

Professor(a): Esdras Bentho & Reginaldo Leandro (Introdução ao Estudo do Antigo Testamento, CPAD, 2019, p. 547-548): “Dos Profetas Menores, dois ocuparam-se só de Nínive: Jonas, aproximadamente 760 a.C, e Naum, mais ou menos em 630 a.C., um distante do outro, aproximadamente 130 anos. A mensagem de Jonas foi de misericórdia, a de Naum, de condenação. Jonas predisse a destruição de Nínive, a menos que seus habitantes se convertessem. Naum previu que a punição divina chegaria anos mais tarde, muitas gerações depois do tempo de Jonas (…) Falando humanamente, a predição de Naum era quase impossível de ocorrer, pois Nínive era capital invencível de um império mundial. Todavia, como foi predito, a vasta nação assíria chegou à destruição completa, aproximadamente cem anos depois que Naum profetizou.”

1.3. O julgamento de Nínive.
Havia um costume entre os ninivitas de levarem os ídolos das nações vencidas para sua terra, em sinal de superioridade de seus deuses. Eram um povo arrogante, pois se diziam mais poderosos do que o Deus de Israel [Is 36.18-20; 37.10-13]. Contudo, Deus traria sobre eles o Seu juízo e toda aquela potência que dominava o Oriente Médio iria cair. Mesmo aqueles que se julgam indestrutíveis estão sob o domínio de Deus e nada foge ao Seu controle. O servo de Deus pode descansar porque Deus é o Senhor da História e, no momento certo, Ele agirá em favor dos Seus filhos.

Professor(a): Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre de 2008, p. 29): “No ano 612 a.C. os medos e os babilônios conquistaram Nínive. Esta grande cidade que durante séculos, com expedições de conquista e ocupação, com torturas, terror e deportações em massa, só causará sangue e lágrimas através do mundo antigo, foi finalmente destruída. Nabonassar, governador da Babilônia, fez-se proclamar rei e firmou aliança com os medos. Ciaxares atacou Nínive com a ajuda dos citas e dos babilônios. Derribaram os muros da poderosa e soberba cidade, saquearam-na, e depois atearam fogo no que restou.”

EU ENSINEI QUE:
A soberania de Deus é, para o cristão, um poderoso consolo em um mundo onde falta senso de justiça e humanidade.

2- A BONDADE E A IRA DE DEUS
O profeta anuncia o arrependimento como elemento necessário para escapar da ira de Deus e experimentar a sua bondade: “O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em força, e ao culpado não tem por inocente” [Na 1.3]. Sua misericórdia alcançaria a todo pecador como demonstração de Seu poder. A Sua bondade e longanimidade se estenderia àqueles que permanecessem fiéis: “O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nele.” [Na 1.7].

2.1. Consolo e esperança.
Embora o livro de Naum contenha duras palavras para a cidade de Nínive [Na 1.1; 3.7], para Judá, assim como para outras nações que viviam aterrorizadas pela dominação assíria, saber que todo aquele império chegaria um dia ao fim, era, de fato, um sopro de esperança em meio àquele cenário de opressão e desalento. Deus usa o profeta Naum em meio ao caos que a cidade de Judá se encontrava por ter sido saqueada e destruída pelos ninivitas [Na 2.2]. Importa saber que, seja qual for a força e o poder do oponente, nada se compara ao poder de Deus.

Professor(a): A. R. Crabtree (Profetas Menores, Casa Publicadora Batista, Volume 1, 1971, p. 203-204): “O Senhor é vingador e cheio de ira. As passagens do Velho Testamento que apresentam o Senhor como guerreiro ou como o vingador cheio de ira devem ser interpretadas à luz do amor de Deus revelado na Pessoa de Jesus Cristo e nos ensinos do Novo Testamento. A ira, o furor, a indignação e a vingança são expressões que descrevem a justiça de Deus, no seu modo de tratar os seus inimigos ou os rebeldes contra a vontade divina. Temos que reconhecer que a vingança do Senhor é bem diferente do espírito vingativo do homem, porque sempre se harmoniza perfeitamente com o supremo amor de Deus (…) O Deus da justiça é o Deus de amor que governa o universo.”

2.2. Restauração de Judá.
A promessa de restauração de Judá representa a justiça de Deus sobre a iniquidade de um povo opressor, cruel e arrogante. Em tempos passados a Assíria foi usada como instrumento de disciplina para o reino do Norte, ainda assim a remanescente Judá pouco aprendera com o que os seus compatriotas passaram. A promessa de restauração nada tinha a ver com os merecimentos do povo de Judá, mas estava baseada no caráter gracioso de Deus, em Sua infinita misericórdia e Sua inabalável fidelidade à Aliança feita com Seus servos no passado.

Professor(a): R. N. Champlin: “Toda essa conversa sobre um feroz julgamento não nos deve fazer esquecer de que Yaweh é bom e até os Seus mais severos juízos têm por intuito restaurar, e não meramente tirar vingança. Seja como for, quando Yaweh julgou os assírios, Ele estava fazendo um favor para o mundo inteiro da época. Ele é uma fortaleza para o bem, um lugar onde os homens podem refugiar-se e receber proteção.”

2.3. A vitória de Deus. 
O livro do profeta Naum apresenta o julgamento de Deus sobre os ninivitas e, sob a ótica humana, pode parecer um julgamento passional para um Deus de misericórdia e bondade. No entanto, há de se ressaltar que a conduta dos ninivitas com seus adversários era de uma barbaridade sem precedentes. Além de matar, saquear, eles também usavam a tática da tortura com requintes de crueldades, para infligir medo e implantar o terror em todos os povos.
Eles usavam o medo dos povos para extorquir e assegurar que lhes pagassem altos impostos, sustentando assim o estilo de vida e a manutenção de seu numeroso exército. Mas tudo isso teria um fim, Deus já havia decretado isso por meio do profeta: “Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos Exércitos, e queimarei na fumaça os teus carros, e a espada devorará os teus leõezinhos, e arrancarei da terra a tua presa, e não se ouvirá mais a voz dos teus mensageiros.” [Na 2.13].

Professor(a): Bíblia de Estudo Arqueológico NVI, 2013, p. 1495: “O livro de Naum inclui o tema – Julgamento: “De acordo com o profeta, o instrumento da destruição de Nínive seria o próprio Deus [Na 1.2-3, 8, 14-15]. Os ninivitas deixaram de viver à luz de seu arrependimento anterior e, sem dúvida, transitório. Naum utiliza amplamente o tema do guerreiro divino, a imagem de Deus como figura militar que guerreia contra os que resistem a ele. Naum ensina que Deus castiga a violência [Na 2.12; 3.1, 4], a idolatria [Na 1.14], as práticas comerciais desumanas [Na 3.16], o materialismo [Na 2.9; 3.4] e a crueldade [Na 3.19].”

EU ENSINEI QUE:
As grandes potências mundiais estão nas mãos de Deus e nada do que possuem será capaz de livrar-lhes do juízo do Senhor, se o estiverem afrontando com o seu modo de viver.

3- NAUM PARA HOJE
A tônica do livro de Naum é a justiça de Deus e deve ser uma mensagem para todos os tempos. Muito embora a justiça de Deus seja incompreensível aos parâmetros humanos, é certo que Ele trará juízo sobre toda iniquidade. O Senhor não perdeu e não perderá o controle sobre os acontecimentos e, no tempo determinado por Ele, fará Sua intervenção, como tem acontecido na história em todas as épocas.

3.1. A justiça de Deus.
A Palavra do Senhor sempre irá se cumprir: “Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.” [Mt 5.18]. Sejam palavras de bênçãos ou de juízo [Na 2.13]. Isso significa que não há ninguém tão orgulhoso e cheio de si que não seja alcançado pelo juízo de Deus, mas também ninguém tão pecador e arrependido que não seja alcançado pela misericórdia do Senhor.

Professor(a): Pr. Valdir Alves de Oliveira (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre de 2021, p. 57) comentou sobre a aplicação da justiça de Deus: “Deus aplica a sua justiça de forma imparcial. Deus não tem prazer na condenação da humanidade [Jo 3.16-17], mas a iniquidade afasta o homem de Deus e a Sua justiça não pode falhar. Por isso a Sua justiça não anda dissociada nem se opõe ao Seu amor. Pelo contrário, foi para satisfazer a Sua justiça que demonstrou o Seu amor enviando o Seu Filho. O amor de Deus se manifestou para salvar ímpios pecadores [Rm 5.8] e o Seu juízo será aplicado a todos que não creem e rejeitam o Seu Filho ou desobedecem aos Seus estatutos [Jo 3.18]. Deus é amor [1Jo 4.8], mas também é fogo consumidor [Hb 10.29-31; 12.29].”

3.2. Deus se compadece dos que nEle confiam.
A palavra do profeta Naum trouxe contentamento ao povo de Judá, pois assegurava-lhes de que Deus não os havia desamparado, ainda que tivessem, muitas vezes e de muitas maneiras, se afastado dos caminhos do Senhor. A verdadeira confiança não deve estar fundamentada em qualquer outra pessoa a não ser Deus, ainda que seja alguém detentor de muitos poderes e influência na sociedade. Os que confiam no Senhor permanecem firmes e atravessam com confiança as aflições, tentações, dificuldades e quaisquer que sejam as circunstâncias adversas.

Professor(a): Derik Kidner: “Os que confiam no Senhor” revela uma das muitas facetas do nosso relacionamento com Deus. Os que confiam no Senhor são também aqueles que o temem, o amam e o conhecem. São aqueles que compreendem sua total dependência dEle.”

3.3 A soberania de Deus.
Naum foi um profeta ousado em sua época, pois sua sentença assegura a soberania de Deus e a dominação da poderosa e temida Nínive. A profecia foi cumprida por meio da união do povo babilônio e do povo medo, que contavam com numerosos exércitos, derrotando assim a poderosa Assíria. Ainda que nem todas as nações invoquem ou sirvam ao Senhor, a soberania de Deus se estende sobre elas também.

Professor(a): Artigo na Bíblia de Estudo Defesa da Fé (CPAD) sobre a soberania divina e liberdade humana – mencionado na Revista Betel Dominical, 2° Trimestre de 2021, p. 76 – Revista do Professor: “Deus é o governante soberano do universo e de todos os assuntos humanos, e os seres humanos são responsáveis, perante Deus, pelas escolhas morais que fazem e pelas ações que realizam. Sim, a Bíblia ensina as duas coisas, a soberania divina e a liberdade humana, e as duas são verdadeiras (…) Consideremos um exemplo escritural em que são vistas as duas coisas – especificamente, uma lição da história de José [Gn 37-45]. Assim, está claro: Ambos, Deus e os irmãos de José, foram responsáveis por mandá-lo para o Egito. Ambos, o governo soberano de Deus e os atos morais dos irmãos dele, estavam ativos.”

EU ENSINEI QUE:
Em toda e qualquer situação Deus é soberano e agirá em favor dos Seus servos fiéis trazendo juízo, mas também manifestando Sua misericórdia em tempo oportuno.

CONCLUSÃO
Devemos sempre lembrar que o amor e a misericórdia de Deus estão disponíveis e sempre alcançam aqueles que se arrependem sinceramente dos seus pecados. É Deus que justifica os humilhados e sustenta aqueles que O amam e O servem com inteireza de coração.

Acesse o último vídeo de Interpretação Bíblica no nosso canal do YouTube: O Espinho na Carne


sexta-feira, 11 de agosto de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 7 / 3º Trim 2023


Vamos conhecer a 1º Carta de Pedro
13 de Agosto de 2023



LEITURA BÍBLICA
1 Pedro 1.6-9,13-16

A MENSAGEM
[…] Quero animá-los e dar o meu testemunho de que as bênçãos que vocês têm recebido são uma prova verdadeira da graça de Deus. Continuem firmes, pois, nessa graça. 1 Pedro 5.12

DEVOCIONAL
Segunda » Lc 5.10
Terça » 1 Pe 1.1,2
Quarta » 2 Co 4.16-18
Quinta » 1 Ts 4.1-4
Sexta » Mt 22.37-39
Sábado » 1 Pe 4.6-11

OBJETIVOS
MOSTRAR uma visão panorâmica da Primeira Carta de Pedro;
REFLETIR sobre as provações da vida cristã;
INCENTIVAR uma vida de santidade ao Senhor

EI PROFESSOR!
Segundo o Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal (vol. 2) “vivemos em uma sociedade não-cristã, repleta de pressões e tentações que ameaçam nos colocar em conformidade com os valores e | o modo de vida do mundo. Em lugar de desistir, nós devemos ser santos, destacando-nos em meio à multidão por causa do nosso amor, humildade e disciplina – às evidências do nosso forte comprometimento com Cristo. E nós devemos estar sempre preparados para explicar a nossa fé (3.15), levando a família, os amigos, os colegas de trabalho e os vizinhos a Cristo (p.701). Medite nessas palavras e conduza sua vida e ministério de acordo com esses preciosos conselhos.

PONTO DE PARTIDA
Querido(a) professor(a), a educação cristã não é apenas memorização de fatos e textos bíblicos. Pelo contrário, tem a ver com discipulado, com a arte de seguir a Jesus e ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo. Desta maneira, o nosso papel como educadores cristãos é altamente significativo e envolve tanto conhecimento, quanto prática. É preciso ter uma experiência de conversão a Jesus e caminhada com Ele, para ajudar os outros nas suas próprias experiências. Sendo assim, jamais permita que Jesus seja apenas um conteúdo teórico para você, caso contrário, jamais poderá ajudar seus alunos a seguirem o Mestre da maneira correta. Deus lhe abençoe!

VAMOS DESCOBRIR
Hoje aprofundaremos dois importantes assuntos relacionados à fé cristã: a realidade das provações e a necessidade da santidade. Você já sofreu alguma provação difícil de ser superada? E quanto à santidade, já se viu em situações nas quais você precisou se posicionar como um cristão? Compartilhe sua experiência com a turma. Vamos ver o que o apóstolo Pedro tem a nos ensinar sobre esses temas tão necessários a todos os cristãos.

Hora De Aprender

I- ABRINDO A PRIMEIRA CARTA DE PEDRO

1- Você sabe quem escreveu essa Carta?
O autor da Carta é “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo” (1 Pe 1.1). Ele é o mesmo Simão Pedro, irmão de André, o qual em uma ocasião foi chamado por Jesus de “Cefas” (Jo 1.40-44). Ele era pescador, por profissão, e Jesus o transformou num “pescador de gente” (Lc 5.10), por vocação. Era casado (Lc 4.38,39) e foi um dos primeiros discípulos a ser chamado por Jesus (Mt 4.18-20). Em sua caminhada como discípulo do Mestre, Pedro negou a Jesus três vezes (Mc 14.66-72). Porém, foi perdoado e reintegrado pelo Senhor (Jo 21.15-19), dedicando o resto de sua vida como apóstolo e missionário, conforme é possível observar em Atos dos Apóstolos (At 1.13; 2.14; 3.1,6-9; 4.8,23; 8.14,15,17). A tradição da igreja diz que ele foi crucificado de cabeça para baixo pelo imperador romano Nero, no fim da década de 60.

2- Para quem a Carta foi escrita? 
Essa Carta foi escrita “ao povo de Deus que vive espalhado nas províncias do Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1 Pe 1.1). Essas igrejas eram formadas por judeus e gentios (não judeus) convertidos a Cristo. Entretanto, em função das citações que o apóstolo faz da vida antiga de seus destinatários, acredita-se que eram de maioria gentílica (1 Pe 1.14,18; 2.10; 4.2-4). Essa Carta também pode ter sido uma Carta circular, ou seja, que foi Lida para diversas igrejas, em locais diferentes. Podemos afirmar e reivindicar sua atualidade e relevância aos cristãos verdadeiros de todas as épocas.

3- Afinal de contas, por que essa Carta foi escrita?
O apóstolo Pedro, provavelmente, escreveu essa Carta em Roma, entre 60 e 63 d.C. Seu propósito era oferecer incentivo, esperança e fortalecimento aos irmãos que estavam enfrentando e/ou enfrentariam algum tipo de sofrimento (1 Pe 1.6, 4.12, 5.12). Tais sofrimentos eram causados por acusações caluniosas e perseguições promovidas por grupos civis ou pelo próprio império romano. Em resposta ao chamado de Jesus, registrado em João 21.15-17, o pastor Pedro demonstra todo seu cuidado orientando esses irmãos a permanecerem firmes na fé e tomarem o Senhor Jesus como o modelo de fidelidade ao Pai, mesmo em meio aos sofrimentos injustos da vida (1 Pe 2.18-25), sabendo que todos os cristãos são “estrangeiros de passagem por este mundo” (1 Pe 2.11).

I- AUXÍLIO DIDÁTICO
“Pedro dirige suas cartas aos ‘eleitos de Deus… estrangeiros dispersos’ no mundo. A palavra traduzida como “estrangeiros” significa simplesmente “aqueles que permanecem algum tempo em um lugar estranho” (BAGD, 625). Esta palavra é empregada tanto para descrever Abraão (Gn 23.4; Hb 11.13) como os cristão s (1 Pe 1.1; 2 .1 1 ). A audiência de Pedro está ‘dispersa’ nas províncias romanas de ‘Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia’ – uma região atualmente compreendida pela Turquia central e ocidental. Pouco se sabe a respeito da evangelização dessas províncias.

Os peregrinos convertidos no dia de Pentecostes podem ter sido os primeiros a levar o evangelho à Capadócia, ao Ponto e à Ásia (At 2 .9 -1 1 ). De alguma maneira, mais tarde, Paulo e seus companheiros evangelizaram a Galácia e a Ásia (At 13-14; 19; Cl 1.7). Finalmente, Paulo comunicou aos romanos: ‘Desde Jerusalém e arredores até ao lírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo’ (Rm 15.19).

A partir dessas informações fica evidente que muitos anos antes de Pedro escrever sua carta às igrejas espalhadas pelas províncias romanas, o evangelho já havia sido estrategicamente disseminado pelas províncias do setor oriental do Império Romano.” (ARRINGTON, French L. & STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. 4a ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.1696-1697).

II- AS PROVAÇÕES DA CAMINHADA CRISTÃ
Os destinatários dessa Carta certamente estavam sofrendo algum tipo de perseguição. Considerando as aflições da vida enfrentadas pelo povo de Deus, Pedro ensina acerca de alguns aspectos das provações:
Elas são múltiplas – “muitos tipos de provações” (1 Pe 1.6). As provações podem vir em forma de acusações, deboches, agressões verbais ou físicas, calúnias, seduções etc. Devemos estar atentos e preparados para não cairmos nas ciladas do nosso Adversário, que usa pessoas e coisas para nos tentar e seduzir. Independente da variedade de provações que possam vir sobre nós, Deus tem graça suficiente para suprir nossas necessidades e nos fazer vencê-las (1 Jo 4.9,10).
Elas causam tristeza – “é possível que vocês fiquem tristes” (1 Pe 1.6). Não há nenhum problema em ficar triste e chorar em função de uma dolorosa provação, o que não devemos é desanimar e abandonar a fé em Cristo por causa dela (Rm 12.12), pois há uma esperança viva nos aguardando (1 Pe 1.3-5), uma glória eterna preparada para nós (Rm 8.18).
Elas não duram para sempre – “por algum tempo” (1 Pe 1.6). Salomão já dizia que “tudo neste mundo tem o seu tempo” (Ec 3.1). As provações são passageiras, Deus não as permitirá para sempre, por isso devemos ser pacientes (2 Co 4.16-18).
Elas cumprem um propósito – “são para mostrar que a fé que vocês têm é verdadeira”(1 Pe 1.7). Devemos encarar as provações como um processo de purificação que nos Limpa e nos prepara para a vinda de Jesus Cristo; Elas nos ensinam a paciência e nos aperfeiçoam (2 Co 12.7-9).
A causa do sofrimento desses cristãos não era um crime cometido ou algum comportamento duvidoso. Eles estavam sendo criticados publicamente e perseguidos por causa da fé que abraçaram, pela nova vida que escolheram viver, ou seja, por causa da fidelidade a Jesus Cristo. Eles perseveraram e nós também devemos nos mantermos fiéis ao Senhor, independente do que isso possa custar. Pode acontecer de passarmos por situações difíceis ou de pressão social, mas devemos nos manter firmes na nossa fé.

II- AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“A evidência indica que a situação social que esses cristãos enfrentavam não era de perseguição romana oficial, mas, antes, blasfêmia e abuso verbal cuja intenção era humilhá-los e desacreditá-los (com a possibilidade de abuso físico nos relacionamentos sociais da família). Aparentemente, dois fatores levaram a esse abuso. Primeiro, parece que o comportamento ético desses cristãos tinha mudado. Eles estavam sofrendo ‘por amor da justiça’ (1 Pe 3.14) e por ‘fazer o bem’ (3.17). Seus perseguidores falam mal de seu ‘bom procedimento em Cristo’ (3.16; cf. 2.12,19-20; 3.6; 4.4,15- 16).
Na passagem em 1 Pe 4.3-4, há informação que ajuda a esclarecer essa mudança: esses cristãos, antes de sua conversão, tinham um comportamento que era aceito e praticado por muitas das pessoas ao redor deles; mas eles, depois da conversão, não praticavam mais essas coisas e, por isso, seus perseguidores ‘acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós’ (4.4).
O segundo fator é sugerido pelo mesmo texto: as relações sociais deles mudaram. O comportamento descrito no versículo precedente era o fundamento comum compartilhado entre eles antes. Esse comportamento era não só o fundamento social comum, mas também o fundamento religioso comum, pois algumas dessas práticas eram expressas nas atividades religiosas locais. A mudança no comportamento ético e a consequente mudança nas relações sociais seriam vistas como rebelião contra a harmonia social.” (MCKNIGHT, Scot & OSBORNE, Grant R.. Faces do Novo Testamento: um exame das pesquisas recentes. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.406).

III- UMA VIDA QUE AGRADA A DEUS
Como filhos de Deus desejamos agradá-lo em tudo. Temos plena consciência de nossas fragilidades e limitações pessoais, mas não devemos nos apoiar nelas como desculpa para vivermos uma vida incompatível com a salvação recebida. Pelo contrário, o apóstolo Pedro diz que aqueles que amam e andam com Deus são obedientes e não se deixam dominar pelos desejos que tinham antes da conversão (1 Pe 1.14; 4.2).
Como salvos, somos novas criaturas (2 Co 5.17) temos um novo coração (Ez 36.26), uma nova maneira de pensar (Rm 12.2) e consequentemente, uma nova vida (Ef 4.25-32). Pedro nos convoca a ser santos em tudo o que fizermos, pois a santidade é uma característica requerida dos filhos de Deus (1 Pe 1.15,16). Ser santo é mais do que fazer ou deixar de fazer algo. Santidade tem a ver com a consagração de toda nossa vida a Deus (1 Ts 4.1-3) e com o compromisso de amá-lo acima de todas as coisas (Mt 22.37), vivendo para sua glória e seu louvor.
Afinal de contas, um alto preço foi pago para nossa salvação (1 Pe 1.18,19). O Deus que nos salvou e nos santificou espera que amemos uns aos outros (1 Pe 3.8; 4.8), pratiquemos o bem (1 Pe 3.11) e vivamos uma vida que o agrade em tudo (1 Pe 4.10,11; 1 Co 10.31). Sejamos santos, porque Ele é santo! Seja nas redes sociais ou dentro de casa, na reunião dos jovens da igreja local ou sala de aula, todos somos chamados para ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13,14) e devemos estar alertas e vigilantes porque o nosso inimigo “anda por aí como um leão que ruge, procurando alguém para devorar” (1 Pe 5.8).

III- AUXILIO TEOLÓGICO
“Dentre os muitos leitores de Pedro, alguns haviam abandonado ou estavam prestes a abandonar a vida santificada, pelo fato de ser uma minoria em relação às estruturas sociais e de poder vigentes, que vivia em uma cultura muitas vezes insensível e cruel, sendo ofendida porque se identificava com Cristo e pressionada para viver conforme o estilo pecaminoso de seus pares.
Por um lado, precisavam livrar-se da malícia, engano, hipocrisia, inveja e calúnia (1 Pe 2.1); isto é, tinham que se abster dos desejos pecaminosos (2.11). Por outro lado, deveriam abandonar os pecados de seu passado pagão: ‘dissoluções, concupiscências, borracheiras, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias’ (4.15).
A fim de cumprir os requisitos de uma vida de santidade, os leitores de Pedro deveriam estar preparados para praticar o domínio próprio (1.13), contrariar desejos pecaminosos (1.14), obedecer à ordem divina ‘sede santos’ (1.16) e agir como santos sacerdotes de uma nação santa (2.5,9).
Uma vida de santidade estava ao alcance desses sitiados cristãos, porque haviam sido escolhidos em ‘santificação do Espírito’ (1.2) e porque a santidade de Deus era a base da santidade de seu próprio povo (1.16)’’ (ARRINGTON, French L. & STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. 4a ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.1695).

CONCLUSÃO
Todo cristão, em algum momento da vida, será desafiado a manifestar sua fé publicamente diante das adversidades da vida. Isso pode ocorrer em uma situação individual ou coletiva. Independentemente, mantenha-se fiel a Jesus Cristo e viva de maneira que o Senhor seja glorificado em cada palavra, pensamento e atitude que você tenha. Continue olhando para Jesus e não desanime da caminhada.

VAMOS PRATICAR
1- Por quais outros nomes Pedro era chamado quando era um discípulo de Jesus?
Ele também era chamado de Simão e de Cefas.

2- Qual era a profissão original do apóstolo Pedro?
Ele era um pescador.

3- Relacione o versículo e a referência bíblica corretamente:
(A) “Afaste-se do mal e faça o bem; procure a paz e faça tudo para alcançá-la.”
(B) “Porque as Escrituras Sagradas dizem: ‘Sejam santos porque eu sou santo’.”
(C) “Portanto, abandonem tudo o que é mau, toda mentira, fingimento, inveja e críticas injustas.”
(D) “Acima de tudo, amem sinceramente uns aos outros, pois o amor perdoa muitos pecados.”

(D) 1 Pe 4.8
(A) 1 Pe 3.11
(B) 1 Pe 1.16
(C) 1 Pe 2.1

PENSE NISSO
A santidade é um processo importante e necessário a todo cristão. Esse processo começa no dia em que aceitamos a Cristo e deve progredir até o dia em que iremos morar no Céu. Devemos continuar vivendo de maneira santa e dedicada a Deus, permitindo que o Espírito Santo produza frutos de santidade em e através de nós.

Fonte: CPAD

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

LIVROS DO PASTOR MARCOS ANDRÉ - Sugiro essas obras para você e sua família.



 

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 7 / 3º Trim 2023


AULA EM 13 DE AGOSTO DE 2023 - LIÇÃO 7
(Revista Editora Betel)

Tema: Miquéias – Um viver de acordo com os caminhos do Senhor

TEXTO ÁUREO
"Eu, porém, esperarei no Senhor; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá." Miquéias 7.7

VERDADE APLICADA
Somos chamados a cumprir a missão de anunciar a Palavra de Deus no poder do Espírito Santo, com amor e fidelidade ao Senhor.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Mostrar o cenário da mensagem de Miquéias;
- Destacar a ganância e a insensibilidade do povo;
- Apresentar lições do livro de Miquéias para os dias atuais.

TEXTOS DE REFERÊNCIA – JONAS 1
1. Palavra do Senhor, que veio a Miquéias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, a qual ele viu sobre Samaria e Jerusalém. 
2. Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó terra, em tua plenitude; e seja o Senhor Jeová testemunha contra vós, o Senhor, desde o templo da sua santidade. 
3. Porque eis que o Senhor sai do seu lugar, e descerá, e andará sobre as alturas da terra.
5. Tudo isto por causa da prevaricação de Jacó e dos pecados da casa de Israel. Qual é a transgressão de Jacó? Não é Samaria? E quais os altos de Judá? Não é Jerusalém?

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Sl 51.17 Deus não despreza um coração quebrantado. 
TERÇA Pv 17.5 Escarnecer do pobre é insultar o Criador. 
QUARTA Jo1.8 A importância de testificar da luz, que é Cristo. 
QUINTA 2Co 5.20 O ministério da reconciliação. 
SEXTA Ef 2.7-8 A salvação é pela graça. 
SÁBADO 1Pe 2.9 Geração eleita, sacerdócio real, nação santa.

HINOS SUGERIDOS: 141, 432,440

INTRODUÇÃO
- "A profecia de Miquéias é uma denúncia contra o pecado, os falsos profetas, as injustiças sociais e a corrupção, mas, também, contém palavras que revelam a misericórdia de Deus.", a profecia de Miquéias segue a mesma fórmula dos profetas literários. Geralmente se dava uma palavra denunciando e proferindo juízo sobre a nação e em seguida, palavras de ânimo com promessas para acender a esperança no coração do povo.
O próprio texto áureo é um exemplo de palavra de ânimo, pois quando o profeta afirma: "o meu Deus me ouvirá." Miquéias 7.7b, está ressaltando que há esperança.

1 - O cenário da mensagem do profeta Miquéias
- "A opressão do povo assírio foi usada como instrumento de Deus para disciplinar o povo de Israel; desta forma, as palavras proféticas de Miquéias ecoaram antes, durante e um pouco após o ataque da Assíria.", convém relembrar aos alunos que no tempo de Miquéias, Israel estava dividido em dois reinos, reino do Norte e reino do Sul. E Miquéias profetizou a esses dois reinos na ocasião em que o reino do Norte sofreu o seu cativeiro (722 a.C.).

1.1 Conhecendo um pouco mais o profeta.
- "Sabe-se pouco a respeito da vida pessoal do profeta. Seu nome era Miquéias [Mq 1.1.]; lugar onde morava - morastita - Moresete-Gate [Mq 1.1,14];", esta cidade ficava no reino do Sul, com isso vemos que Miquéias era natural do reino do Sul. A região onde ficava a cidade de Miquéias seria hoje Tel Goded à 35 km a sudoeste de Jerusalém.

... adquira esse subsídio completo, siga as instruções abaixo:
 
- PARA RECEBER ESSE SUBSÍDIO COMPLETO É SÓ ENVIAR UMA PEQUENA CONTRIBUIÇÃO DE R$ 3,00 para a chave PIX 48 998079439 (Marcos André)

Obs: Após fazer o PIX mande o comprovante ou avise pelo whatsapp (48 998079439) e lhe enviaremos os arquivos PDF e editável do subsídio, para o whats ou email.

Se desejar, pode fazer um único pix e deixar agendado as próximas lições!
 
Acesse também: Conteúdo Lição 7 / Vídeo pré-aula