terça-feira, 26 de março de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 13 / 1º Trim 2024


As Promessas Bíblicas para os Salvos
31 de Março de 2024



LEITURA BÍBLICA
João 14.1-3

A MENSAGEM
“E o que o próprio Cristo prometeu dar a todos nós foi isto: a vida eterna.” 1 João 2.25

DEVOCIONAL
Segunda » Dt 28.8
Terça » Ef l.3
Quarta » Hb 4.9
Quinta » 2 Pe 1.4
Sexta » 1 Ts 4.16,17
Sábado » 2 Pe 3.9

OBJETIVOS
COMPREENDER o que é a prosperidade bíblica;
ENTENDER quais são as principais bênçãos espirituais à disposição dos crentes;
CONHECER as bênçãos celestiais.

EI PROFESSOR!
A Bíblia apresenta muitas bênçãos que vêm da parte de Deus para os seus filhos e filhas. Deus é um Pai bom. generoso e misericordioso. Além da maravilhosa salvação, que recebemos por Sua Graça, Ele ainda nos dá bênçãos espirituais, materiais e celestiais. Certamente você já recebeu alguns presentes da parte de Deus. Então, que tal fazer um exercício de gratidão. Faça uma lista das bênçãos que você recebeu de Deus nos últimos meses. Pense com carinho e reflita com atenção. Anote, mesmo as bênçãos mais simples. É após, ore ao Senhor e agradeça uma por uma. Glorifique a Deus por sua bondade.

PONTO DE PARTIDA
Chegamos à última aula do trimestre. Glória a Deus! Você e seus alunos tiveram uma grande jornada de aprendizagem e crescimento. Antes de iniciar a lição, recorde eles os melhores momentos e as boas experiências que vocês tiveram nos últimos meses. Separe um tempo para celebrar, agradecer a Deus e assim, promover uma confirmação positiva da presença de cada aluno (a) na Escola Dominical. Parabenize os alunos (as) que não tiveram nenhuma falta. Se possível, organize um lanche especial para encerrar e incentive a participação de todos no próximo trimestre.

VAMOS DESCOBRIR
Hoje vamos aprender o que Deus prometeu nos dar se formos fiéis a Ele até o fim. Trataremos, a princípio, sobre bênçãos materiais. Quem não precisa de uma coisa ou outra? E como é bom quando as recebemos. Depois subiremos mais um degrau: estudaremos algumas bênçãos espirituais: salvação, batismo com o Espírito Santo e dons espirituais. No tópico final, subiremos outro nível e falaremos das bênçãos celestiais — as eternas — que jamais perderemos.

Hora de Aprender

I – BÊNÇÃOS MATERIAIS
Você sabe que é a prosperidade bíblica? Prosperidade não é a ausência de problemas. Jesus disse aos discípulos que eles — por renunciarem ao mundo para servi-lo — receberiam nesta vida cem vezes mais (Mc 10.30). Ou seja, o seguidor de Jesus que é fiel é uma pessoa abençoada e próspera; entretanto, poderá enfrentar dificuldades na vida. Ser próspero, assim, significa ser bem-sucedido ou viver bem, mesmo enfrentando alguns problemas (Sl 1.3). Portanto, a pessoa próspera não é, necessariamente, aquela que possui riqueza e saúde, mas sim a que tem todas as suas necessidades de ordem espiritual e material supridas em Cristo. Jesus, os apóstolos e a igreja primitiva enfrentaram muitos momentos de dor e de dificuldades. Vemos na Bíblia ensinamentos claros sobre as desaventuranças da vida cristã. Por exemplo, em Mateus 5.11, Jesus alerta sobre os caluniadores; Paulo também instrui a Timóteo a cerca de uma possível perseguição (2 Tm 3.12) e compartilha que foi abandonado por seus amigos no pior momento da sua vida (2 Tm 4.16).

Mesmo assim, os seguidores de Jesus nunca ficaram desassistidos a ponto de serem destruídos. Jamais! Mas sempre contaram com a presença de Deus, ainda que passando por dificuldades na vida. Isso aconteceu com eles e acontece conosco também. Que nós, como eles, em tudo sejamos gratos, independentemente dos problemas. Que possamos aprender com as palavras do apóstolo Paulo: “Sei o que é estar necessitado e sei também o que é ter mais do que é preciso. Aprendi o segredo de me sentir contente em todo lugar e em qualquer situação, quer esteja alimentado ou com fome, quer tenha muito ou tenha pouco. Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação’’ (Fp 4.12,13).

I – AUXÍLIO DIDÁTICO
“Muitos cristãos têm perguntado a si mesmos por que não são alcançados pelas bênçãos de Deus (refiro-me aqui às bênçãos materiais); quando passamos a analisar esse assunto dentro do contexto da Palavra de Deus, descobrimos, através dela, o caminho e a maneira correta através dos quais podemos alcançar e sermos alcançados pelas bênçãos que fluem de Deus São inúmeros os exemplos disso, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Eles mostram Deus chamando o homem com dois objetivos: no primeiro, o propósito do Senhor é salvar a sua alma mediante o perdão. A partir daí, todas as bênçãos espirituais que estão em Cristo são liberadas (Ef 1.3). No segundo, o propósito de Deus é nos abençoar materialmente, com tudo aquilo que é necessário para suprir todas as nossas necessidades (2 Cr 14.10; Mt 19.29; Fp 4.19). Em Deus está o poder tanto do querer como do efetuar: ‘Como pensei, assim sucederá; e, como determinei, assim se efetuará’ (Is 14.24b; Fp 2.13), e em nós está o desejo:’… o desejo dos justos Deus o cumprirá’ (Pv 10.24b). É somente crer” (SILVA, Severino Pedro. O crente e a prosperidade. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p. 13,14).

II – BÊNÇÃOS ESPIRITUAIS

1- A salvação.
Desfrutar da salvação em Cristo constitui-se em um grande privilégio. Você já pensou quantas pessoas vivem, neste mundo, perdidas, caminhando para o Inferno? Elas, muitas vezes, acham que estão certas nas coisas que fazem, mas quando estiverem diante de Deus, no Último Dia, para serem julgadas, receberão severa condenação. Elas sofrerão os danos da segunda morte. A primeira morte é a natural; àquela que todos enfrentaremos, caso Jesus não volte antes. A segunda morte se refere à eternidade sem Deus; ela é a condenação final, após o julgamento de Deus (Ap 20.14). Que coisa triste, não é? Entretanto, os filhos de Deus não passarão por isso. Ao contrário, viverão para sempre na presença do Pai.

2- O Batismo no Espírito Santo.
Jesus prometeu que o Espírito Santo (Consolador) seria enviado para ficar conosco e isso aconteceu no dia de Pentecostes, quando todos foram cheios do poder de Deus (At 2.1-4). O Batismo no Espírito Santo é uma promessa que foi feita para todos os crentes, em todos os tempos e devemos buscá-lo constantemente, até receber (Lc 24.49; At 1.4,5; 2.39).

3- Os dons espirituais.
Os cristãos têm à disposição os dons espirituais. Eles são distribuídos conforme a vontade do Senhor. Algumas pessoas acreditam que esses dons não mais existem, pois teriam cessado após a morte dos apóstolos. Entretanto, não é assim que a Bíblia nos ensina. Jesus prometeu dons aos seus discípulos (Mc 16.16-18); Paulo ordenou que orássemos pedindo os dons (1 Co 12.31). E não há versículo algum na Bíblia que mostre que eles deixaram de ser distribuídos aos crentes. A Bíblia fala que há diversidade nos dons. Deus é quem dá os dons, de acordo com os seus propósitos, para edificação da Igreja. Você sabe quais são eles? Na carta de Paulo à igreja de Corinto, ele menciona alguns deles.
Em 1 Coríntios 12.7-11 conhecemos nove dons, que podemos dividir em três categorias:
a) Dons de revelação
• Palavra da sabedoria
• Palavra da ciência
• Discernimento de espírito
b) Dons de poder
• Fé
• Dons de curar
• Operação de maravilhas
c) Dons de elocução
• Profecia
• Variedade de línguas
• Interpretação de línguas.
Já na Carta aos Romanos, podemos observar uma outra lista de dons, que também são distribuídos pelo Espírito (Rm 12.6-8). São eles:
• Anunciar a mensagem de Deus
• Serviço
• Ensino
• Trazer ânimo
• Repartir
• Liderança
• Ajudar aos outros
Quais desses dons você já pediu a Deus?

II – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Cremos, professamos e ensinamos que os dons do Espírito Santo são atuais e presentes na vida da igreja. O Batismo no Espírito Santo é um dom: “e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2.38) e é para todos os crentes: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.39); mas os dons do Espírito Santo, ou ‘espirituais’ na Linguagem paulina: ‘Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes’ (1 Co 12.1) são restritos. Esses dons são capacitações especiais e sobrenaturais concedidas pelo Espírito de Deus ao crente para serviço especial na execução dos propósitos divinos por meio da Igreja: ‘Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil’ (1 Co 12.7). São recursos sobrenaturais do Espírito Santo operados por meio dos seres humanos, os crentes em Jesus, enquanto a Igreja estiver na Terra, pois, no céu, não precisaremos mais deles. É por meio da Igreja que o Espírito Santo manifesta ao mundo o poder de Deus, usando os dons espirituais. Eles são dados à Igreja para sua edificação espiritual, seu conforto e seu crescimento espiritual” (SOARES, Esequias (Organizador). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 171,172).

III – BÊNÇÃOS CELESTIAIS
Jesus prometeu à sua Igreja um destino certo e seguro, o Céu — também chamado por Ele de “casa do meu Pai” (Jo 14.1). Um Lugar preparado para todos os seus filhos fiéis. Quão maravilhoso será compartilhar de um mesmo Lar com todos os santos e o nosso Senhor Jesus! No Céu, viveremos em plena comunhão com a grande família de Deus. Lá, desfrutaremos do maná escondido e receberemos, cravado em uma pedra branca, um novo nome (Ap 2.17b); nos vestiremos com vestes brancas (Ap 3.5-6); teremos acesso a Árvore da vida (Ap 2.7b); também receberemos um galardão que já está preparado. Essas são algumas bênçãos celestiais que estão nos aguardando na vida futura.

III – AUXÍLIO TEOLÓGICO
O apóstolo João teve uma visão. Vejamos um pequeno trecho de Apocalipse: “Então vi um novo céu e uma nova terra. O primeiro céu e a primeira terra desapareceram, e o mar sumiu. E vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia do céu. Ela vinha de Deus, enfeitada e preparada, vestida como uma noiva que vai se encontrar com o noivo” (Ap 21.1,2). “João viu como esta cidade gigantesca descia à nova terra criada por Deus. A cidade era um quadrado, com seus lados medindo 2.240 quilômetros e com paredes de 60 metros de altura. Feita de ouro puro, ela era decorada com todos os tipos de pedras preciosas […]. No centro desta cidade, estava Deus, o Cordeiro entronizado. A luz que vinha do seu trono iluminava toda a cidade. Do seu trono, fluía um rio da vida cristalina […]. O povo de Deus, formado por todos os crentes, viverá nesta cidade magnífica, descrita como uma esposa ataviada para o seu marido – pura e radiante, pronta para se unir àquele a quem ama (veja também 21.9). Em 19.7-9, o povo de Deus, a Igreja, é descrito como uma esposa que se prepara para um banquete de casamento; aqui, a nova Jerusalém também é descrita como uma noiva […]. Temos certeza de que haverá relacionamento na nova Jerusalém – primeiramente, entre Deus e o seu povo, e em segundo lugar, entre o povo de Deus” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.913).

CONCLUSÃO
As coisas que o Senhor tem preparado para nós vão além do que podemos imaginar.” O que ninguém nunca viu nem ouviu, e o que jamais alguém pensou que podia acontecer, foi isso o que Deus preparou para aqueles que o amam” (1 Co 2.9). Por isso, como diz o hino 107 da Harpa Cristã, mantenhamo-nos firmes nas promessas de Jesus, Louvando e permanecendo na dispensação do amor dELe. Que possamos depositar a nossa confiança nas promessas do Senhor. E que a cada dia, Ele nos fortaleça para continuarmos fiéis até o fim.

VAMOS PRATICAR
1- Marque “V” para verdadeiro e “F” para Falso e corrija as frases incorretas.

(F) A prosperidade bíblica se refere àquela pessoa que possui riquezas e saúde. A prosperidade bíblica se refere àquela que a pessoa tem as suas necessidades de ordem espiritual e material supridas em Cristo.
(F) O crente fiel é uma pessoa abençoada, próspera, e nunca terá problemas. O crente fiel é uma pessoa abençoada e próspera, porém, ainda assim, ele poderá ter problemas.
(V) Se permanecermos fiéis até o fim, não sofreremos os danos da segunda morte.
(V) Jesus prometeu à sua Igreja um destino certo e seguro, o Céu.

PENSE NISSO
Quais as vantagens de ser filho de um homem bom, muito rico e poderoso? O que esse filho ganhará? Por ser herdeiro, terá o direito de desfrutar o padrão de vida da sua família e, no final de tudo, herdará todas as coisas do pai. Da mesma maneira, os salvos em Cristo, ainda nesta vida, receberão cem vezes mais e, por fim, a vida eterna (Mc 10.30).

Fonte: CPAD

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

segunda-feira, 25 de março de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 13 / 1º Trim 2024

                                               

A igreja não sobrevive sem doutrina
31 de março de 2024

TEXTO PRINCIPAL
Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados. Em tudo, te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade.” (Tt 2.6,7)

RESUMO DA LIÇÃO
A Igreja depende dos fundamentos inabaláveis do Senhor, pois por eles a mentira é vencida e o crente vive de modo a agradar a Deus

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Sl 334 A Palavra do Senhor é reta
TERÇA – Pv 19.21 O conselho do Senhor permanecerá
QUARTA – Sl 119,24 Prazer nos testemunhos do Senhor
QUINTA – Sl 119.9 Caminhos puros
SEXTA – Pv 19.21 O conselho do Senhor é permanente
SÁBADO – Sl 106.12-14,26 Consequências de não crer nas Palavras do Senhor

OBJETIVOS
COMPREENDER que o firme fundamento de Deus permanece;
SABER como o crente pode desmascarar os mentirosos;
CONSCIENTIZAR da importância de se viver uma vida moderada.

INTERAÇÃO
Professor (a), nesta lição estudaremos a respeito da essencialidade da doutrina para uma vida cristã vitoriosa. O objetivo é reafirmar a importância da doutrina. No decorrer da lição, enfatize que que os fundamentos doutrinários de Deus são firmes, eternos e estão revelados nas Escrituras Sagradas. Eles contribuem para firmar a nossa fé em Deus. As obras de Deus refletem o seu caráter, isto é, o que Ele faz não está separado de quem Ele é. Então, podemos afirmar que os preceitos do Senhor permanecem inabaláveis e imutáveis, afinal, Deus é imutável permanece para sempre (Tg 1.17).

TEXTO BÍBLICO
2 Timóteo 2.14-21
14 Traze estas coisas à memória, ordenando- lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes.
15 Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.
16 Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade.
17 E a palavra desses roerá como gangrena: entre os quais são Himeneu e Fileto.
18 Os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns.
19 Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparta-se da iniquidade.
20 Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro: uns para honra, outros, porém, para desonra.
21 De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra.

INTRODUÇÃO
Nesta Lição, que encerra o trimestre, estudaremos a respeito do caráter essencial da doutrina para a manutenção da vida e da saúde da igreja. O objetivo é reafirmara importância da doutrina para a igreja. Veremos que os fundamentos doutrinários de Deus são firmes e eternos.

I – O FIRME FUNDAMENTO DE DEUS PERMANECE

1- A natureza do fundamento de Deus. 
Os fundamentos divinos revelados nas Escrituras Sagradas contribuem para firmar a nossa fé em Deus. Paulo afirma que se “o fundamento” é “de Deus” ele “fica firme” haja o que houver (2 Tm 2.19), pois pertencem a Deus. O salmista reconheceu o caráter de Deus em suas obras (Sl 19.1), assim como Paulo ensina que Deus é conhecido também por meio da criação (Rm 1.18-20). As obras de Deus refletem o seu caráter, isto é, o que Ele faz não está separado de quem Ele é, afinal de contas, “Ele não pode negar-se a si mesmo” (2 Tm 2.13). Então, podemos afirmar que os preceitos do Senhor permanecem inabaláveis e imutáveis, pois, Deus é imutável e permanece para sempre (Tg 1,17).

2- Fundamento eterno. 
O teólogo Norman Geisler define eternidade como “não temporalidade ou atemporalidade“. Ele ainda afirma que “do princípio ao fim, a Bíblia declara que Deus não é dominado pelo tempo”. Deus é eterno, pois Ele é antes do princípio de todas as coisas (Gn 1.1; Sl 90.2). Um dos nomes de Jesus é “pai da eternidade” (Is 9.6). A doutrina de Deus é um fundamento eterno. Sendo assim, podemos afirmar que a doutrina divina, contida e exposta nas Escrituras, é eterna.

3- Fundamento firme. 
Além de eterno, o fundamento de Deus é firme (2 Tm 2.19). A expressão “firme” indica algo consistente, sólido, fixo, resistente, seguro, ou ainda, para algo que não cede à pressão de nenhuma natureza. O fundamento de Deus é firme, inabalável, não sofre alteração e nem cede a nenhum tipo de pressão, pois o contexto no qual Paulo fala da firmeza do fundamento de Deus era de infidelidade e desvio de alguns; no entanto, isso não abala e nem altera a qualidade segura e inviolável da verdade de Deus. No mesmo texto no qual Paulo indica a firmeza do fundamento de Deus, ele fala de uma verdade relacionada ao Senhor e da atitude do crente que vive de acordo com este fundamento doutrinário, No que se refere à verdade sobre Deus, ele afirma que “o Senhor conhece os que são seus”, e os crentes que se fundamentam na verdade da Palavra devem apartar-se “da iniquidade” (v. 19). Diante disso, destacam-se duas verdades: o fundamento de Deus é inabalável, pois reflete o caráter firme do Senhor e o fundamento de Deus dá firmeza ao crente para viver em pureza e agradar a Ele.

SUBSÍDIO 1
Professor (a), neste primeiro tópico da lição, veremos que os fundamentos divinos revelados nas Escrituras Sagradas contribuem para firmar a nossa fé em Deus. Na atualidade temos visto um tempo de apostasia e infidelidade quanto a obedecer às doutrinas bíblicas. O termo apostasia vem do grego apostásis e significa o abandono premeditado e consciente da fé cristã. Ao estudar a Palavra de Deus, vemos que no Antigo Testamento, Israel por várias, vezes apostatou da fé. Contudo, em tempos de apostasia, os profetas eram levantados para denunciar o pecado e conduzi-los novamente ao Senhor. O profeta tinha o dever de confrontar o povo, alertando contra o pecado. Mesmo sendo perseguidos, muitos deles foram fieis ao Senhor e ao seu ministério, não permitindo a apostasia do povo. Não podemos nos calar diante da apostasia do nosso tempo. É preciso confrontar as pessoas mediante o ensino das Escrituras Sagradas. Paulo foi incisivo ao orientar Timóteo para que ele doutrinasse a igreja a fim de que os membros não fossem seduzidos pelos falsos ensinos, apostatando da fé. Atualmente, por falta de ensino, muitos estão abandonando a fé genuína em Jesus Cristo, caindo nas garras do Inimigo. Para combater a apostasia, precisamos investir no ensino bíblico. Jesus certa vez, declarou: “Errais não conhecendo as Escrituras” (Mt 22.29).

II – DESMASCARANDO OS MENTIROSOS

1- A realidade dos mentirosos.
A Bíblia aponta para a triste e trágica realidade da mentira (Jo 8.44). Desde o pecado cometido por Adão e Eva (Gn 3.1-13), a mentira é uma triste realidade no mundo dos homens, cujo veneno e consequências afetam a todas as famílias indistintamente (At 5.1-11). Biblicamente, à medida que o tempo passar e se aproximar a vinda de Cristo, o mundo se renderá ainda mais à mentira (2 Ts 2.11,12; Ap 13.1-18). O mentiroso não tolera e rejeita a verdade a respeito de Deus (1 Jo 2.4,22). O engano é a principal arma do mentiroso, especialmente aqueles que mentem em relação às questões doutrinárias, cujo propósito é desviar as pessoas da verdade. Nos tempos mais antigos já havia os enganadores, pois o Antigo Testamento fala dos falsos profetas que trabalhavam para perverter a verdade de Deus (Is 9.15,16; Jr 23.14,25,26,32). A mentira é abominável a Deus e Ele julgará os mentirosos (Ap 22.15).

2- Desmascarando os mentirosos. 
Ao tratar sobre a mentira doutrinária, Paulo adverte Timóteo de que os enganadores diziam que “a ressurreição era já feita” (2 Tm 2.18). Diante dessa colocação do apóstolo é possível afirmar que os mentirosos não negaram a doutrina e a realidade da ressurreição, mas a modificaram. Eles desviaram, propositalmente, a verdade a fim de macular e desvirtuar a fé dos cristãos. Ao tratar sobre os que mentem doutrinariamente, Paulo menciona os nomes de Himeneu e Fileto como desviados da verdade e responsáveis pela disseminação das mentiras doutrinárias que corroem a igreja (2 Tm 2.17). Provavelmente, esses dois homens foram mestres entre os irmãos, e que nas palavras do apóstolo, serviram como “vasos para desonra”, o que permite concluir que os que trabalham para enganar a igreja do ponto de vista doutrinário, geralmente, vêm do meio da igreja e, em certa medida, exercem influência sobre o povo (2 Co 11.13-15). Portanto, temos de ter cuidado e nos mantermos vigilantes doutrinariamente, pois muitos buscam enganar e corroer as bases doutrinárias da igreja. Os enganadores sempre apresentam meias verdades a fim de disseminarem o veneno doutrinário no Corpo de Cristo.

3- Há escape para os mentirosos.
Inevitavelmente, surge a seguinte questão: “Há esperança para os que mentem doutrinariamente?” Sim, se houver arrependimento e o abandono da prática do erro. A Palavra de Deus afirma que “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9). Em 2 Timóteo 2.21, Paulo afirma que “se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra”, indicando que existe sim a possibilidade de mudança e transformação de vida para aqueles que se enveredaram pelo caminho do engano doutrinário. Paulo ensina também que o arrependimento é o caminho para que essa mudança passe a ser uma realidade. O caminho para que mentirosos no âmbito doutrinário encontrem a porta de saída e de transformação é o arrependimento, que só pode ocorrer por meio de uma instrução feita “com mansidão” por obreiros preparados (2 Tm 2.24-26).

SUBSÍDIO 2
Professor (a), converse com os alunos mostrando, biblicamente, que nos últimos tempos, haverá muitos que amam a mentira e não medirão esforços para disseminá-la. Explique que “muitos crentes se desviarão da fé porque deixarão de amar a verdade (2 Ts 2.10) e de resistir às tendências pecaminosas dos últimos dias. Por isso, o evangelho liberal dos ministros e educadores modernistas encontrará pouca resistência em muitas igrejas. A popularidade dos ensinos antibíblicos vem, sobretudo pela ação de Satanás, conduzindo suas hostes numa posição cerrada à obra de Deus. A segunda vinda de Cristo será precedida de uma maior atividade de satanismo, espiritismos, ocultismos, possessão e engano demoníacos, no mundo e na igreja. A proteção do crente contra esses enganos e ilusões consiste na lealdade total a Deus e à sua Palavra inspirada, e a conscientização de que os homens de grandes dons e unção espirituais podem enganar-se, e enganar os outros com suas misturas de verdade e falsidade. Essa conscientização deve estar aliada a um desejo sincero do crente em praticar a vontade de Deus (Jo 7.17) e de andar na justiça e no temor dELe.”

III – VIVENDO UMA VIDA MODERADA

1- Uma vida moderada. 
O crente é chamado a viver moderadamente, e as condições necessárias para isso estão à sua disposição nas Escrituras Sagradas. Mas, o que efetivamente vem a ser esta vida moderada? O Dicionário Vine diz que o termo moderação está associado ao termo mansidão, associação com o bom. O crente não deve se envolver em contendas de palavras (2 Tm 2.14). Aqueles que querem agradar a Deus e herdar a vida eterna devem procurar viver uma vida santa, justa, fiel em amor. A vida moderada diz respeito ao equilíbrio como fruto da comunhão com Deus.

2- A moderação como obra do Espírito Santo. 
O crente moderado é comedido em suas ações, palavras e suas emoções, como no exercício da paciência. As manifestações do “fruto do Espírito” refletem com elevada precisão as características de um crente moderado, em contraste com uma vida não moderada que é levada sob o domínio da carne (Gl 5.19-22). Dentre as virtudes do Fruto do Espírito Santo, a “temperança” é a que mais se aproxima do sentido de “moderação”, já que o seu significado prático é a capacidade que o crente recebe de agir com autocontrole nas mais diversas e difíceis circunstâncias da vida. Essa capacidade é parte da obra que somente o Espírito Santo pode realizar no homem, pois, conforme Lawrence O. Richards – Ele “fornece energia para a nova natureza que impulsiona o convertido para a direção oposta à natureza pecaminosa.” A moderação é uma obra exclusivamente do Espírito Santo, motivo pelo qual o crente que deseja viver moderadamente deve “andar e ser guiado pelo Espírito” (Gl 5.18, 25). Andar e ser guiado pelo Espírito Santo é o mesmo que ser dominado por Ele e fazer aquilo que é ordenado na Palavra de Deus (Ef 5.18), Somente pelo Espírito Santo é que o crente pode viver uma vida verdadeiramente moderada.

3- Alcançando uma vida moderada. 
Paulo ensinou e estimulou Tito a ensinar aos jovens a serem moderados (Tt 2.6), reafirmando assim que este é o caminho que o verdadeiro cristão deve seguir. Se o crente é chamado a ter uma vida moderada, qual é o caminho a ser tomado para que este objetivo seja alcançado? É preciso confiar em Deus, orar e dedicar-se à leitura bíblica (Sl 1.1,2). A moderação não é uma virtude a ser sentida, mas a ser vivida em nosso dia a dia. O crente deve viver com a consciência da presença permanente de Deus, desenvolvendo práticas de piedade e quebrantamento. Portanto, tenha uma vida moderada e honre a Deus com isso.

SUBSÍDIO 3
Professor (a), explique aos alunos que Paulo lembra Timóteo de que ele pode esperar falsos ensinos infectando as igrejas, mas o seu dever é ‘propor’ a verdade aos irmãos (4.1-10). Esse é também o nosso dever. 

CONCLUSÃO
Estudamos a respeito dos fundamentos de Deus que permanecem inabaláveis e intocáveis. Esses fundamentos nos ajudam a resistir ao engano doutrinário, disseminar a verdade de Deus e a viver uma vida moderada. Vimos que moderação é equilíbrio e controle diante de diferentes circunstâncias. Se quisermos uma vida moderada precisamos buscar a ser cheios do Espírito Santo.

HORA DA REVISÃO
1- Segundo a lição, qual o propósito dos fundamentos divinos? 
Os fundamentos divinos revelados nas Escrituras Sagradas, contribuem para firmar a nossa fé em Deus.
2- Como o teólogo Norman Geisler define “eternidade? 
O teólogo Norman Geisler define eternidade como “não temporalidade ou atemporalidade”.
3- Há esperança para os que mentem doutrinariamente? 
Sim, se houver arrependimento e o abandono da prática do erro.
4- Segundo a lição, quais são as características do crente moderado? 
O crente moderado é comedido em suas ações e palavras, em suas emoções, como no exercício da paciência.
5- Dentre as virtudes do Fruto do Espírito, qual a que mais se aproxima do sentido de moderação?
Dentre as virtudes do Fruto do Espírito Santo, a “temperança” é a que mais se aproxima do sentido de “moderação”, já que o seu significado prático é a capacidade que o crente recebe de agir com autocontrole nas mais diversas e difíceis circunstâncias da vida.

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 13 / Revista nº 72

                                             

O Fim dos Tempos

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Daniel 7.9-14,26,27
9- Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça, como a limpa-la; o seu trono, chamas de fogo, e as rodas dele, fogo ardente.
10- Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros. 
11- Então, estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que provinham da ponta; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo, desfeito e entregue para ser queimado pelo fogo.
12- E, quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio, todavia, foi-lhes dada prolongação de vida até certo espaço de tempo. 
13- Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nu- vens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. 
14- E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino, o único que não será destruído. 26- Mas o juízo estabelecer-se-á, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim.
27- E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão.

TEXTO AUREO
  E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará. Daniel 12.4

SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Apocalipse 22.10 
Próximo está o fim
3ª feira - Daniel 12.1
A Grande Tribulação, um período singular
4ª feira - Daniel 12.2
As ressurreições para a vida ou o desprezo eterno
5ª feira - Daniel 12.4
A Ciência se multiplicará
6ª feira - Daniel 9.27
O Assolador trará abominações
Sábado - Daniel 7.13,14
O Filho do Homem vem

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de: 
  Entender as revelações de Deus no livro de Daniel;
  Interpretar corretamente as mensagens proféticas reveladas a Daniel;
  Conscientizar-se da proximidade do fim do mundo e da necessidade de vigilância e oração.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Com alegria em Cristo, concluímos mais um trimestre, no qual aprendemos sobre os Profetas Maiores, com seus vaticínios e ensinamentos morais, sociais, familiares e espirituais Certamente, nossa vida e ministério foram abençoados com essas verdades.
  Nesta última lição, abordaremos um conjunto de profecias que o Senhor revelou ao Seu servo, Daniel. O conteúdo de tais vaticínios transcende à época do profeta, pois trata do fim da
  História, confirmando a inspiração divina das Escrituras. Mostre aos seus alunos que algumas dessas profecias já se cumpriram, e as demais terão o seu cumprimento dentro do tempo determinado pelo Senhor.
  Tenha uma aula abençoada.

COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  Por sua mensagem escatológica (caps. 7-12), o livro de Daniel é conhecido como Apocalipse do Antigo Testamento. Em Daniel, o Senhor é apresentado como aquele que conhece o futuro e o descortina aos Seus servos, revelando o que está por vir. Tais ensinos constam nas Escrituras como um alerta a todos, um chamado à vigilância e oração, visando à solidificação da fé (Dn 12.13).

1. AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL
  No segundo capítulo do livro de Daniel, Deus revela o futuro dos impérios e das nações gentílicas por meio do sonho de Nabucodonosor. No nono capítulo, é de grande importância o estudo escatológico, que trata da revelação do futuro da nação de Israel.
  Na terceira e última fase das se- tenta semanas, Deus revela a Daniel o que ocorrerá com a nação de Israel no período da Grande Tribulação (Dn 9.27). Essa visão foi revelada mais tarde, em detalhes, ao apóstolo João na ilha de Patmos, e está registrada no livro de Apocalipse (caps. 6-19).
______________________________
  As setenta semanas foram determinadas por Deus com as seguintes finalidades: (...) extinguir a transgressão e dar fim aos pecados; expiar a iniquidade; trazer a justiça eterna; selar a visão e a profecia; ungir o Santo dos santos (Dn 9.24).
______________________________
1.1. Entendendo as setenta semanas
  Há uma clara distinção entre os 70 anos que Judá passaria no cativeiro babilónico e a mensagem das setenta semanas.
  De acordo com o profeta Jeremias, Judá, em razão de sua desobediência à Palavra do Senhor e à dureza de coração, ficaria cativo na Babilônia por 70 anos. Pelo estudo da Palavra, Daniel entendera que esse tempo estava terminando (Jr 25.11-13; 29.10; Dn 9.2) - era o juízo divino aplicado à nação santa por sua constante desobediência (2 Cr 36.15-21: Lv 26.31-35,43).
  As setenta semanas, no entanto, são as revelações de Deus para a plano exclusivo para a nação de Israel, por intermédio do anjo Gabriel (Dn 9.21,22), as quais incluem um período único dividido em três fases. Por meio dessas setenta semanas fica evidente a ação divina, tanto na revelação dos acontecimentos futuros quanto na determinação do seu cumprimento os quais se sucedem (acontecimentos e cumprimento) dentro dos períodos específicos escolhidos por Sua soberana vontade. Assim, com Seu poder e graça, o Altíssimo colocará um ponto final na prática do pecado; e, com Sua bondade e justiça, providenciará a restauração de Israel.
______________________________
  A expressão setenta semanas refere-se não à semana de dias, mas à de anos. No original hebraico, quando o escritor sagrado faz referência a dias, usa o termo yamim (Dn 10.2.3). Semana de anos é uma expressão que ocorre em outras passagens bíblicas, tais como em Gênesis 29.20,27; Levítico 25.8; Números 14.34; Ezequiel 4.6.
______________________________
1.2. As duas fases iniciais
  As setenta semanas estão divididas em três fases distintas, claramente reveladas na passagem bíblica. As duas semanas iniciais - de sete semanas e 62 semanas (Dn 9.25.26) - fazem parte da História, isto é, já se cumpriram; a última - uma semana (Dn 9.27) - ainda está por se cumprir.

1.2.1. A primeira fase
  A primeira fase de sete anos começa na ordenança de restauração da cidade - Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém (Dn 9.25),- fato ocorrido no ordenamento do imperador Artaxerxes Longímano, em 445 a.C., aproximadamente, período em que o copeiro Neemias recebeu a autorização para realizar essa grande obra (Ne 2.1-8). Foi um tempo marcado por angústias, perseguições, mentiras, provocações e ameaças (Dn 9.25; Ne 4-6).

1.2.2. A segunda fase
  A segunda fase de 62 semanas é marcada pelo aparecimento do Príncipe, o Messias, (o Ungido) e Sua morte (Dn 9.26). A profecia ensina-nos que Deus cumpriria Sua promessa de enviar um descendente de Davi para reinar e praticar justiça sobre a terra (Jr 23.5.6).
  Mateus, o escritor do primeiro Evangelho, apresentou enfaticamente a realeza de Jesus (Mt 1.1). Ele ainda destacou o tríplice ministério de Cristo: Profeta, Sumo Sacerdote e Rei, pois Ele fora ungido para essas funções. E, como ápice, escreveu sobre Sua morte redentora. A morte e ressurreição de Cristo aconteceriam antes da destruição da cidade de Jerusalém e do segundo Templo, ambos profetizados pelo Messias em Sua célebre mensagem escatológica (Mt 24; Mc 13, Lc 21). 
  O segundo personagem na passagem é apresentado como o príncipe que há de vir. O seu povo destruiria a cidade e o Templo fatos que ocorreram no ano 70 a.D., quando o general Tito e suas legiões romanas invadiram Jerusalém, levando destruição e morte aos judeus.

1.3. A terceira e última fase
  A terceira fase será de uma semana, que começará com uma aliança entre Israel e o anticristo.
  Essa última semana refere-se ao período da Grande Tribulação, que abrangerá um tempo de sete anos, divididos em duas partes iguais de anos:
  As duas primeira metade (os três anos e meio iniciais) será marcado pela falsa paz (Ap 3.10; 6-9; 7.14);
  A segunda metade (os três anos e meio finais) será marcada pelo rompimento entre Israel e o anticristo. Em função disso, o anticristo e seus aliados com ódio profundo - Intensificarão as ameaças e perseguições contra a nação de Israel (Ap 10-18).
  Deste modo, cumprir-se-á esta parte da profecia de Daniel.

2. PROFECIAS SOBRE O ANTICRISTO EM DANIEL
  Nas Escrituras Sagradas, o título anticristo aparece ape- nas na primeira epístola de João (1 Jo 2.22). O livro de Daniel destaca a personalidade, origem e fim de carreira dessa figura que se levantará no período da Grande Tribulação.

2.1. Quem é o anticristo?
  Por meio dos seus nomes, revelados em Daniel, pode-se conhecer um pouco deste personagem que aparecerá no fim dos tempos.
  Chifre pequeno (Dn 7.8,20) nas Escrituras Sagradas, a expressão chifre (ou ponta) corresponde a poder; assim, ele será um homem poderoso que, com habilidade, usará a oratória para convencer a muitos.
  Rei feroz de cara (Dn 8.23) - corresponde ao seu olhar arrogante, insolente e orgulhoso.
  Príncipe que há de vir (Dn 9.25,26) esta passagem deixa claro que o anticristo jamais será comparado ao Messias, que é o único Príncipe. O anticristo aparecerá na primeira etapa da segunda vinda de Cristo ao mundo.
  O Assolador (Dn 9.27) - este é um termo de difícil interpretação, mas estudiosos entendem que corresponderia à profanação da profanação ou abominação que causa horror. O Assolador, ou abominável da desolação, ocorrerá quando o anticristo assentar-se no trono do Templo em Jerusalém (2 Ts 2.4).
  Homem vil (Dn 11.21) o anticristo será um homem infame, praticante de atos vis e desprezíveis; uma pessoa sem princípios morais, que usará do engano para conquistar seus objetivos. 
  Rei obstinado (Dn 11.36) - com arrogância se levantará contra todo tipo de culto e, principalmente, contra toda adoração ao único Deus, além disso blasfemará do Altíssimo, do Seu Tabernáculo e dos que habitam no céu (Ap 13.4-6).

2.2. O reinado e o fim do anticristo
  O reinado do anticristo, na Grande Tribulação, será o último antes do governo de Jesus, o Cristo, que, com poder e grande glória, colocará um ponto final em todos os sistemas de domínio conhecidos pela humanidade. Tal reinado será uma continuidade do Império Romano (Dn 7.7,8; 19,20) - com características dos Impérios Babilónico, Medo-persa e Greco-macedônico - e surgirá dentre as nações (Ap 13.1,2; 17.15).

2.2.1. Significado de dez dedos
  Em Daniel, o reino do anticristo é chamado de dez dedos, que será uma mistura de barro governos democráticos e ferro governos ditatoriais (Dn 2.33,40, 41). Ele terá dez pontas (Dn 7.20), uma representação de autoridades que entregarão o poder ao anticristo (Ap 17.12,13). Este reino maligno das trevas será definitivamente derrotado quando o Senhor Jesus manifestar-se na parte final da Grande Tribulação.

2.2.2. O Reino Milenial
  Daniel compara o Reino de Cristo Reino Milenial - a uma pedra que não foi cortada por mãos humanas, ou seja, que não terá ajuda de qualquer criatura. O Filho de Deus destruirá os dez dedos - figura do reino do anticristo,- consumirá todos os governos e o Seu Reino será estabelecido paгa sempre (Dn 2.43-45).

2.2.3. A Batalha do Armagedom
  O anticristo será derrotado e preso por Jesus na Batalha do Armagedom e lançado com o falso profeta no lago de fogo e enxofre (Ap 19.11-21). Assim, após um período de três anos e meio, que corresponde à segunda e última fase da Grande Tribulação, o juízo será estabelecido sobre o anticristo e o seu reino (Dn 7.25-27).
  De maneira magistral, o apóstolo Paulo declara que este representante de Satanás terá uma derrota humilhante (ler 2 Ts 2.8). O homem mais poderoso de todas as épocas será aniquilado, como um nada, apenas pelo sopro da boca de nosso Senhor Jesus Cristo.

3. O FIM DOS TEMPOS
  Com sabedoria e poder, Deus encaminha os fatos históricos para o grande desfecho, no qual todo pecado e toda maldade, em suas variadas formas, terão um fim. Então, a verdade e paz imperarão para sempre.

3.1. A Grande Tribulação
  A Grande Tribulação será o período que se instalará no mundo logo após o arrebatamento da Igreja. Este ensino - além de estar em outras passagens bíblicas - figura na profecia de Daniel, a quem Deus revelou esse singular tempo de sete anos.
  Nesse período ocorrerá extremo sofrimento - manifesto em fomes, perseguições, guerras, cataclísmas, terremotos e aflições,- como nunca reportado na História (Dn 12.1; Mt 24.21; Mc 13.19). O profeta Jeremias vinculou a Grande Tribulação a Israel, chamando-a de tempo de angústia para Jacó (Jr 30.7).

3.2. As ressurreições para a vida e para a morte eterna
  A palavra ressurreição, do grego anhistemi e egeiro, significa "levantar-se, voltar à vida, ficar de pé e erguer-se". No latim, o vocábulo é ressurectio, com o sentido de "ato de ressurgir, voltar à vida e reanimar". Em Daniel, temos dois tipos de ressurreições:
  A primeira - chamada de ressurreição para a vida eterna (Dn 12.2; Jo 5.29); dos justos (Lc 14.14; At 24.15); superior (Hb 11.35); e primeira (Ap 20.5,6) (a ressurreição para a vida eterna) - acontecerá imediatamente antes do arrebatamento dos salvos (1 Co 15.51,52);
  A segunda - conhecida como vergonha e desprezo eterno (Dn 12.2); da condenação (Jo 5.28,29); e dos injustos (At 24.15) ocorrerá após o Milênio e será seguida do tribunal do trono branco, no qual serão julgados aqueles que viveram nos deleites do pecado, sendo lançados no lago de fogo e enxofre (Ap 20.11-15).

3.3. O desenvolvimento da tecnologia e da Ciência 
  A multiplicação do saber e o avançado desenvolvimento científico é um dos sinais - já cumpridos na atualidade - a respeito da volta do Senhor para arrebatar Sua amada noiva, a Igreja (Dn 12.4).

CONCLUSÃO
  A mensagem final do livro de Daniel enche-nos de alegria e esperança. Será um tempo glorioso, no qual nosso Senhor Jesus Cristo reinará sobre toda a terra.
  O Seu Reino será introduzido pelo poder de Deus, não pela mão do homem (Dn 2.44; 7.27). Maranata, ora vem Senhor Jesus (Ap 22.20)!

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO 
1. Cite os dois príncipes mencionados na profecia das setenta semanas. 
R.: Jesus, o Messias; e o príncipe que há de vir, o anticristo.

Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 72 - Central Gospel

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48998079439 (Whatsapp) 

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 13 / 1º Trim 2024


O Poder de Deus na Missão da Igreja
31 de Março de 2024


TEXTO ÁUREO
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” (At 1.8)

VERDADE PRÁTICA
O Espírito Santo é a força-motriz que movimenta a Igreja. Sem o poder do Espírito, a Igreja é incapaz de cumprir a sua missão.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – At 1.4 A necessidade da experiência pentecostal
Terça – At 5.32 A especificidade da experiência pentecostal
Quarta – At 2.17 O derramamento do Espírito
Quinta – At 2.47 Uma igreja capacitada pelo Espírito
Sexta – At 13.1-3 O chamado missionário sob a direção do Espírito
Sábado – At 16.6-10 O Espírito Santo na estratégia missionária

Hinos Sugeridos: 05, 553, 654 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 13.1-4
1 – Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Niger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
2 – E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
3 – Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.
4 – E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Por meio desta lição, refletiremos nas palavras de Jesus Cristo aos discípulos, de que receberiam a virtude do Espírito Santo como um pré-requisito para serem suas testemunhas até os confins da terra. A doutrina bíblica do Espírito Santo nos mostra que o revestimento do poder do Alto é imprescindível à missão da Igreja, tanto no passado quanto no presente.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Refletir acerca da doutrina bíblica do Espírito Santo;
II) Analisar as diferentes perspectivas da capacitação do Espírito Santo a sua Igreja;
III) Pensar no Espírito Santo como o principal impulsionador da obra missionária.
B) Motivação: Compreendemos que o Espírito de Cristo está presente e atuante em sua Igreja hoje, assim como em todo crente genuíno (Rm 8.9). Contudo, dada a urgência, magnitude da missão, brevidade do tempo e caos no mundo, necessitamos de mais, necessitamos ser cheios do Espírito Santo.
C) Sugestão de Método: Propomos que, ao longo da lição, você enfatize a obra regeneradora e capacitadora do Espírito Santo na vida do crente e da Igreja. Explique que cada crente precisa passar pela experiência salvífica. Além disso, há outra experiência indispensável ao crente que deseja levar outras pessoas a Cristo: O Batismo no Espírito Santo. Essas duas experiências serão atestadas em nossa sociedade, família, comunidade na qual a Igreja e cada um de nós está inserido. Ora, tal como os discípulos, precisamos ser cheios do Espírito para cumprir a Grande Comissão, transbordando da sua graça e salvação.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Como pentecostais, nossa doutrina bíblica é evidenciada em nossas vidas e igrejas ao longo dos séculos, provando a contemporaneidade dos dons espirituais e a forma como o seu revestimento resulta em salvação e avivamento espiritual.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “O que a expressão ‘Ser Cheio do Espírito Significa?”, localizado depois do segundo tópico, expõe por meio da teologia pentecostal, o aprofundamento do significado do Batismo no Espírito Santo;
2) O texto “Espírito Santo: impulso e força missional da Igreja”, ao final do terceiro tópico, aprofunda o ensino acerca da obra regeneradora e capacitadora do Espírito Santo para a vida e missão da Igreja no mundo.

INTRODUÇÃO
Nesta lição focaremos nossa atenção no poder do Espírito Santo na missão da Igreja de Cristo. Aqui, mostraremos que o povo de Deus não pode prescindir do revestimento do poder pentecostal para obter êxito na sua missão na Terra. Assim, que a ação do Espírito Santo, e a contemporaneidade de seus dons na Igreja, não se trata de uma mera opção, mas de algo imprescindível, a sua maior necessidade. Sem o Espírito Santo, a igreja local não anda nem cumpre sua vocação.

PALAVRA CHAVE: REVESTIMENTO

I- A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO SEGUNDO O EVANGELISTA LUCAS

1- Um ensino revelado nos escritos de Lucas.
Tanto o Evangelho quanto o Livro de Atos, ambos escritos pelo evangelista Lucas, revelam o ministério do Espírito Santo na vida de Jesus e da primeira igreja como uma necessidade imperiosa. Nesse sentido, o evangelista mostra que sem a ação do Espírito no ministério de Jesus e na vida da igreja, os cristãos não estariam qualificados para ser testemunhas do Senhor. Essa promessa estava associada ao revestimento do poder do Espírito, conforme descrito nas palavras de Jesus como o “poder do alto” (Lc 24.49).

2- O enchimento do Espírito como experiência necessária. 
O Senhor Jesus só começou o seu ministério depois de ser cheio do Espírito Santo (Lc 3.21,22). Nosso Senhor fez a obra de Deus e a fez no poder do Espírito Santo. Ele foi capacitado pelo Espírito Santo (Lc 4.18,19) e dependeu dEle para exercer o ministério (Lc 5.17; Mt 12.28). Da mesma forma, a igreja só deveria iniciar o trabalho missionário quando fosse revestida desse mesmo poder. Por isso, podemos afirmar que, no contexto literário do evangelista Lucas, especialmente no Livro dos Atos dos Apóstolos, o Espírito Santo aparece como uma necessidade, não como opção.

3- O enchimento do Espírito como uma experiência concreta. 
Se por um lado Lucas apresenta o Espírito Santo como uma necessidade na vida da Igreja, por outro, ele mostra que o enchimento do Espírito ocorre como uma experiência concreta na vida do crente. Nesse sentido, o Livro de Atos retrata a experiência pentecostal como um acontecimento objetivo, não subjetivo. Ela podia ser “vista” e “ouvida” (At 5.32). Havia manifestações físicas que se tornavam reais para quem as tinha e visíveis para quem as presenciava. Em outras palavras, quem recebeu sabia que havia recebido (At 11.15-17). Dentre os muitos sinais, um se sobressaía sobre os demais – o falar em línguas desconhecidas (At 2.4; 10.44-46; 19.1-6).

AMPLIANDO O CONHECIMENTO
O PROPÓSITO DO PENTECOSTES
“Lucas argumenta que Deus derramou o Espírito para empoderar seu povo para evangelizar transculturalmente; mas qual foi o resultado esperado desse evangelismo transcultural? Deus pretendia criar uma nova comunidade na qual os crentes amariam uns aos outros e demonstrariam para esse tempo a própria imagem da vida de seu Reino. Podemos ver esse propósito de evangelização na estrutura do parágrafo de fechamento dessa seção introdutória de Atos […].” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a obra Entre a História e o Espírito, editada pela CPAD, p.252.

SINOPSE I
A Doutrina bíblica do Espírito Santo assegura que o seu poder é imprescindível ao cristão e à Igreja.

II- O ESPÍRITO SANTO CAPACITANDO AS TESTEMUNHAS

1- Capacitando as testemunhas. 
No Livro de Atos, é possível perceber o ensino da capacitação do Espírito Santo sob diferentes perspectivas. Primeiramente, o Espírito capacitando líderes para o desempenho da obra de Deus (At 433). Nesse sentido, vemos o apóstolo Pedro sendo “cheio do Espírito Santo” quando foi confrontado pelos sacerdotes (At 4.8); o apóstolo Paulo quando é cheio do Espírito Santo para resistir a Elimas, o mágico (At 13.9). Depois, vemos também que não eram só os que faziam parte do colégio apostólico que eram cheios do Espírito. Pessoas “comuns” também eram revestidas do poder do alto. Na verdade, o que se observa em Lucas é que o revestimento do Espírito veio sobre “toda carne” (At 2.17).

2- Pessoas simples capacitadas pelo Espírito. 
Vemos isso claramente quando Ananias, até então, um ilustre desconhecido, é convocado por Deus para impor as mãos naquele que seria o maior apóstolo de todos os tempos, Paulo (At 19.10,11). Assim também Estevão e Filipe, que haviam sido escolhidos para “servirem às mesas”, fazendo sinais e prodígios (At 6.8; 8.6). Fica patente que Deus não tinha uma classe privilegiada para fazer a sua obra. Ele possuía testemunhas capacitadas pelo Espírito Santo.

3- Capacitando a igreja.
No contexto literário e doutrinário de Lucas, a igreja do Novo Testamento é vista como portadora de uma missão profética. Nela, há um ministério profético de todos os crentes (At 2.17). Nesse sentido, conforme o contexto de Atos, o testemunho não é apenas individual, como mostrado nesta lição, mas também de toda a igreja descrita em Atos. Assim, essa comunidade de crentes, capacitada pelo Espírito Santo, ganhava a confiança e a admiração das pessoas ao seu redor (At 2.47). Portanto, o crescimento das igrejas em Atos estava associado ao testemunho dado pelos grupos de crentes capacitados pelo Espírito Santo (At 9.31).

SINOPSE II
A capacitação do Espírito Santo é evidenciada na vida de suas testemunhas, repercutindo ao seu redor.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
O QUE A EXPRESSÃO “SER CHEIO DO ESPÍRITO” SIGNIFICA?
A terminologia ‘cheio do Espírito Santo’ tem o mesmo significado nos escritos de Lucas e de Paulo? Os teólogos pentecostais respondem que não, pois ser ‘cheio do Espírito Santo’ em Lucas está relacionado ao serviço e à mordomia cristã, enquanto que ser ‘cheio do Espírito Santo’ em Paulo está implicitamente ligado a questões de caráter e santidade. Longe de ser uma contradição, há um verdadeiro complemento, pois como servir sem o caráter cristão? Como manifestar os traços de Cristo e ainda permanecer inerte diante do serviço para o Reino de Deus?” (SIQUEIRA, Gutierres Fernandes. Revestidos de Poder: Uma Introdução à Teologia Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.83).

III- O ESPÍRITO SANTO COMO FONTE GERADORA DE MISSÕES

1- O envio missionário. 
O capítulo 13 do livro de Atos dos apóstolos narra o envio dos primeiros missionários da igreja em Antioquia. O que chama a atenção nessa narrativa é a participação ativa do Espírito Santo no envio missionário. Nesse texto, Lucas menciona que havia alguns profetas na igreja que estava em Antioquia (13.1). É bem possível que essa observação do autor sagrado fosse para explicar como se deu a participação do Espírito Santo no comissionamento de Paulo e Barnabé para a primeira viagem missionária. Lucas mostra que, por intermédio dos dons do Espírito, os dois obreiros foram separados para uma grande obra de maneira clara e audível. O foco do evangelista é que o Espírito Santo é a fonte geradora de missões, pois Ele é quem vocaciona e envia (At 13.2).

2- A estratégia missionária. 
Em um mundo multicultural, a questão da estratégia missionária deve ser levada em conta. Não somente enviar, mas quem enviar, quando enviar e como enviar. Por exemplo, Paulo e Barnabé poderiam ter adotado a estratégia errada na obra missionária quando intentaram pregar na Ásia e Bitínia, mas foram impedidos pelo Espírito Santo (At 16.6,7). Foi o Espírito Santo que decidiu quem deveria ouvir o Evangelho naquela circunstância (At 16.9). Ponderamos aqui que, muitas vezes, é possível que agências missionárias e igrejas adotem uma estratégia errada no envio de missionários. Não basta só o desejo de fazer missões, mas é preciso buscar a orientação do Espírito Santo a respeito de como isso deve ser feito.

SINOPSE III
O poder do Espírito Santo impulsiona-nos no cumprimento da Grande Comissão.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
ESPÍRITO SANTO: IMPULSO E FORÇA MISSIONAL DA IGREJA
“[…] Os pentecostais ensinaram que o Espírito Santo não é uma peça calada e meramente simbólica de Cristo. Ele é o Vicário, ou seja, Ele veio para substituir a pessoa de Cristo na terra e na Igreja de maneira factual. O Espírito Santo é aquele que aviva a Igreja e capacita-a para o serviço na comunidade e pela comunidade, bem como no mundo e pelo mundo. Ele é o impulso e a força missional da Igreja […]
O pentecostalismo lembrou em voz alta (literalmente) que Ele está aqui e que não há substituto à altura de Cristo se não a pessoa divina do Espírito Santo, que é também o Espírito de Cristo. E uma igreja com uma pneumatologia forte é uma igreja com uma missão forte. Como escreveu o alemão Reinhard Bonnke, um típico evangelista pentecostal:
O que recentemente se tem conhecido do Espírito Santo — principalmente por experiência — ultrapassou todas as barreiras, ligou crentes de todos os nomes e diversidades por todo o globo, e produziu uma nova paixão evangelística’” (SIQUEIRA, Gutierres Fernandes.

CONCLUSÃO
Encerramos esta lição e, consequentemente, este trimestre, mostrando que o Pentecostes faz toda a diferença no cumprimento da vocação missionária da Igreja. Sem a ação do Espírito Santo, a igreja local está desabilitada para cumprir sua missão. O Espírito Santo é a força-motriz do Corpo de Cristo em sua dimensão local. Sem o Espírito Santo, a igreja não vai a lugar algum.

REVISANDO O CONTEÚDO
1- O que o Evangelho de Lucas e o Livro de Atos revelam?
Revelam o ministério do Espírito Santo na vida de Jesus e da primeira igreja como uma necessidade imperiosa.
2- O que podemos afirmar de acordo com o contexto literário de Lucas?
Podemos afirmar que, no contexto literário do evangelista Lucas, especialmente no Livro dos Atos dos Apóstolos, o Espírito Santo aparece como uma necessidade, não como opção.
3- De acordo com a lição, o que a doutrina pentecostal clássica afirma em relação às línguas?
Afirma que “o falar em línguas desconhecidas” é a evidência física inicial do batismo no Espírito Santo.
4- De acordo com a lição, por que não havia separação entre líderes e membros na questão da capacitação do Espírito Santo?
Porque pessoas “comuns” também eram revestidas do poder do alto. Na verdade, o que se observa em Lucas é que o revestimento do Espírito veio sobre “toda carne” (At 2.17). Fica patente que Deus não tinha uma classe privilegiada para fazer a sua obra. Ele possuía testemunhas capacitadas pelo Espírito Santo.
5- O que chama atenção na narrativa de Atos 13?
O que chama a atenção nessa narrativa é a participação ativa do Espírito Santo no envio missionário.

Fonte: CPAD

Subsídio Lição 13 / Vídeo da pré-aula

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

domingo, 24 de março de 2024

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 13 / 1º Trim 2024


AULA EM 31 DE MARÇO DE 2024 - LIÇÃO 13
(Revista Editora Betel)

Tema: Personagens bíblicos que salvaram suas Famílias
TEXTO ÁUREO
Depois disse o Senhor a Noé: Entra tu e Toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de mim nesta geração.” Gênesis 7.1

VERDADE APLICADA
Cada discípulo de Cristo terá a responsabilidade de procurar conduzir os de sua família à salvação em Cristo, no poder do Espírito Santo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar a decisão que Josué tomou pela sua família
Ressaltar a obediência de Noé a Deus
Enfatizar a boa atitude de Raabe de crer em Deus

TEXTOS DE REFERÊNCIA

JOSUÉ 24
15 Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porem eu e a minha casa serviremos ao Senhor.

HEBREUS 11
7 Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda se não viam, temeu, e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que era Segundo a fé.
31 Pela fé, Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Gn 6.8 Noé achou graça aos olhos do Senhor
TERÇA – Gn 6.9 Quem anda com Deus protege sua família
QUARTA – Js 2.14 Ajudar o Reino de Deus a ajudar a família.
QUINTA – Js 2.18 A família precisa estar junta.
SEXTA – Js 24.14 Temer ao Senhor traz paz para a família.
SÁBADO – Js 24.24 A postura do líder abençoe a sua família

HINOS SUGERIDOS: 467, 577, 581

INTRODUÇÃO
Josué indaga ao povo e toma a decisão pela sua família. Noé não salvou o mundo, mas construiu a arca e salvou a sua família. Raabe não salvou toda a população de Jericó, mas salvou a sua família ao crer em Deus. Professor(a), como podemos ver nesta introdução, a lição vai falar de três personagens que não conseguiram salvar muitas pessoas, mas pelo menos salvaram as suas famílias. A família é o primeiro campo missionário de um cristão e para muitos será o único. Cada cristão deve ter no mínimo um pouco de postura missionária para, pelo menos anunciar aos da sua casa. E vamos ver que para anunciar o Evangelho para os da família, envolve outros fatores além do simples falar.

1- JOSUÉ TOMA DECISÃO PELA SUA FAMÍLIA 

Após Josué exercer com brilhantismo o que Deus entregou em suas mãos, como comandante militar do exército de Israel, levando o povo a entrar em Canaã; agora, como líder espiritual, ele aconselha o povo a guardar os mandamentos escritos no livro da lei de Moisés [Js 23.1-6], a se esforçar e responder positivamente a quem gostariam de servir. Ele sabia que não podia tomar a decisão unilateral por todo Israel, mas ele toma decisão pela sua família e aconselha que eles façam o mesmo, esperando, e claro, uma resposta como a sua: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” [Js 24.15]. Josué foi um excelente líder militar, seu único erro foi não ter recrutado um sucessor, como Moisés fez com ele, mas a decisão que ele tomou pela sua casa ecoou pelos século e até hoje é mencionado nos cultos de família pelo mundo afora.

1.1. Tomada de decisão pessoal.
“Eu (1° pessoa do singular)": Eu assumo em primeiro lugar o compromisso. Eu servirei de exemplo para os demais. Exemplo de vida não é garantia de que será seguido, mas é consciência do dever cumprido. Nenhum sucesso alcançado suplanta a minha família nem o meu relacionamento com Deus.
Esse compromisso mencionado aqui, de servir de exemplo aos demais
e deve ser assumido por todo crente, pois faz parte da nossa missão de evangelizar o mundo, porque ninguém seguirá nossas palavras se não ver em nós o exemplo, e esse exemplo vai ser mostrado pelas nossas decisões pessoais. O nosso exemplo de vida, pode não tocar a todos, mas com certeza tocará o coração dos membros de nossa casa.


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