sexta-feira, 19 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 3 / 2º Trim 2024

                                     

 A HUMANIDADE DE CRISTO

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Texto de Referência: Hb 2.5-10

LEITURA SEMANAL

Seg Jo 1.14 O Verbo de Deus se fez carne.

Ter Fp 2.8 Jesus foi obediente até a morte.

Qua Ef 5.2 Jesus se ofereceu a Deus como oferta e sacrifício.

Qui Fp 2.9 Deus exaltou Jesus soberanamente.

Sex Hb 2.14 Na cruz, Jesus destruiu o poder do diabo.

Sab Lc 4.19 Jesus veio libertar os oprimidos.

VERSICULO DO DIA

"Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo", Hb 2.17.

VERDADE APLICADA

Jesus participou da condição humana em Sua carne, tais como fragilidade e limitações bem como passou por tentações, contudo, nunca pecou.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

✔ Apresentar a condição humana de Jesus:

✔ Mostrar o resultado de Sua Obra salvífica;

✔ Explicar as consequências da vitória na cruz.

INTRODUÇÃO

Apesar de ser Deus, Jesus se fez completamente humano para cumprir o plano de Deus e nos socorrer nas adversidades.
Ponto-Chave
"Por ter se feito homem a Si mesmo, Jesus pode nos socorrer e nos salvar."

1- JESUS, PLENAMENTE HUMANO
Em Seu ministério terrestre, Jesus viveu uma vida humana plena; participando do sofrimento, da fragilidade e das restrições de uma vida árdua de abnegação e entrega ao Plano de Deus.

1.1. Se fez humano
Antes de se fazer humano, Cristo já existia como o Verbo de Deus, mas escolheu se esvaziar de Sua glória para cumprir o propósito divino (Fp 2.7). Jesus viveu uma vida simples, em uma família humilde em um povoado na região da Galileia (Mt 2.23). Participou de festas (Jo 2.2), entristeceu-se (Jo 11.35), fez amizades (Jo 11.11), dormiu (Mc 4.38), participou da condição humana em toda Sua plenitude, exceto o pecado original (2Co 5.21). Como humano, Ele também foi tentado (Mt 4.1-11), e, ao ser vitorioso, Ele é capaz de ajudar todos aqueles que são tentados (Hb 2.18).

1.2. Sofreu a morte 
As Escrituras afirmam que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). Entretanto, se Jesus não pecou, por que Ele passou pela morte? O próprio Cristo afirma que a morte não tinha poder sobre Ele, somente Ele poderia oferecer a Sua vida e tornar a tomá-la de volta (Jo 10.17-18), Sua fidelidade ao Plano de Deus é de completa entrega. de modo que derramou Seu sangue e entregou Seu espírito ao Pai como oferta agradável a Deus, vindo a morrer. Cristo partilhou de nossa humanidade até a morte (Hb 2.17), nos amou além da própria vida.

Refletindo
"Ele (Jesus) tomou o nosso lugar, entrou em nosso sofrimento, morreu nossa morte por nós, ressuscitou da morte, deu-nos sua vida e nos formou como uma comunidade por meio do Espírito, realizando assim, algo tão decisivo que toda a vida é transformada por Ele." Paul Scott Wilson

2- AUTOR DA SALVAÇÃO
Em Gênesis 3.15 vemos a afirmação do texto em uma promessa feita por Deus, logo após a Queda do homem que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente.
Em Cristo, o Plano da Salvação chega ao seu ápice, de modo que Jesus se ofereceu a Deus como Cordeiro puro, santo e imaculado para a remissão dos nossos pecados. E a promessa feita no Jardim, se cumpre em Cristo.

2.1. Seu sacrifício vicário
O culpado deveria pagar o preço pelo pecado por causa da justiça de Deus. Sem o sacrifício de Cristo, a humanidade estaria entregue ao próprio destino, sendo condenada a separação eterna de Deus. Jesus, justo e inocente se colocou em nosso lugar na cruz para sofrer a punição dos nossos pecados e a separação de Deus (Mt 27.46). E depois, desceu às regiões mais baixas da terra (Ef 4.9). Esse era o nosso destino, mas Cristo tomou o nosso lugar, Ele recebeu o juízo de Deus que a nós estava destinado mas, por ter recebido o juízo em nosso lugar, agora vivemos a salvação conquistada em Sua ressurreição (1Pe 3.18).

2.2. Recebeu de Deus glória e honra
Por ter se oferecido graciosamente para cumprir o plano de Deus, o Pai estabeleceu Jesus como o mediador da salvação (1Tm 2.5) e herdeiro de todas as coisas (Rm 8.17). A exaltação de Cristo está inerentemente vinculada a Sua humilhação (Fp 2.8-9). O humilde carpinteiro da Galileia, experimentado nos trabalhos, recebeu a glória e a honra por representar tudo aquilo que Deus é, amor. Assim, para que Deus venha nos enaltecer, devemos antes viver uma vida de humildade e de entrega, assim como Cristo nos ensinou.

3- A VITÓRIA DE CRISTO
Ao cumprir o Plano de Deus, Jesus recebeu novamente Sua majestade e a autoridade sobre a Criação (Ef 1.20,21).

3.1. Derrotou o diabo
Em Seu ministério terreno, Jesus declarou que havia despojado Satanás de seu poder (Mt 12.28,29). Satanás foi desprovido de seu domínio e poder como afirma Hebreus 2.14: "E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo." A força do diabo estava na morte, e o poder da morte estava no pecado, mas Cristo venceu a morte se fazendo pecado por nós (1Co 15.55-57).

3.2. Libertou os cativos
Antes de Cristo, estávamos presos em nossos pecados e condenados à morte (Ef 2.1-6). No entanto, através de Sua ressurreição, nos ressuscitou com Ele para reinarmos no mundo espiritual e no porvir. Essa libertação não foi alcançada por nossos próprios méritos ou pelas nossas próprias forças, mas é recebido pela fé em Cristo, em Sua Obra expiatória e em Sua ressurreição (Ef 2.9). Agora, não podemos mais viver na prática do pecado e em rebelião a Deus, pois, se somos filhos de Deus, o Espírito Santo habita em nós e nos capacita a viver uma vida santa e agradável a Deus (Rm 8.16).

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR
Jesus possui duas naturezas, a divina e a humana. Ele é completamente Deus e completamente humano, e essas duas naturezas não se confundem e nem se misturam. O nome da união das duas naturezas em Cristo é chamada de "união hipostática". Os Pais da Igreja utilizaram da seguinte imagem para facilitar nosso entendimento. Veja: as duas naturezas de Cristo são semelhantes a uma tocha, o cabo representa a natureza humana, enquanto que o fogo, a natureza divina. Uma completa a outra, mas não se misturam e nem se confundem.

CONCLUSÃO
Como Deus, Jesus tem a capacidade e o poder para nos socorrer nas tribulações e tentações.

Complementando 
O semipelagianismo é uma concepção herética que acredita que, apesar da salvação partir de Deus, ela só é eficaz por ser realizada pela Iniciativa e boa vontade humana. O ministério terreno de Jesus nos ensina que é Cristo que faz a obra em nossa vida através da fé, que é uma resposta à Palavra de Deus (Rm 10.17).

Eu ensinei que:
Nós não podíamos fazer as mesmas Obras de Jesus mas, por Ele ter se feito homem, pode nos ajudar em nossas fraquezas.

Fonte: Editora Betel

quinta-feira, 18 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 3 / ANO 1- N° 1

                                     

O Arrebatamento

TEXTO BÍBLICO BÁSICO
1 Tessalonicenses 4.13-17
13- Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
14- Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.
15- Dizemos-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.
16- Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;
17- depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.

TEXTO AUREO
  Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. 1 Coríntios 15.52

SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - 1 João 3.10-13 Seremos semelhantes a Cristo

3ª feira - 1 Tessalonicenses 4.13-18 Os salvos reunidos com o Salvador

4ª feira - João 5.24-29 Os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus

5ª feira - 2 Coríntios 12.1-4 Arrebatado até o terceiro céu

6ª feira - Apocalipse 4 João é um dos tipos dos arrebatados

Sábado Efésios 5.14 Hora de despertarmos do sono

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• entender o significado do Arrebatamento; a relação entre Arrebatamento, Grande Tribulação, Milênio e os grandes temas do fim;
• discorrer sobre os milagres que ocorrerão durante o Arrebatamento;
• renovar a esperança de que o futuro será melhor para todos os que conhecem a Cristo como Salvador.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Caro professor, como apoio didático, no tópico 1.4, você tem a opção de apresentar aos alunos o quadro a seguir. 
  Arrebatamento e Revelação significam a mesma coisa? Observe cuidadosamente a comparação entre esses dois eventos:

ARREBATAMENTO
Jesus vem e permanece nos ares (1 Ts 4.16,17)
Jesus vem buscar os santos (1 Ts 4.16,17)
Cristo recebe a esposa
Não é precedido de sinais; é iminente
Haverá um tempo de bênçãos e consolo (1 Ts 4.18)
Vinculam-se os crentes (Jo 14.1-3; 1 Co 15.51-55; 1 Ts 4.13-18)
Num abrir e fechar de olhos, só os salvos verão a Cristo (1 Co 15.52)
Começa a Grande Tribulação
Cristo vem como a resplandecente estrela da manhã (Ap 22.16)

REVELAÇÃO
Jesus vem e pisa na terra (Zc 14.4)
Ele vem com os santos (1 Ts 3.13; Jd 14)
Ele vem com a esposa
Os sinais predizem o evento (Mt 24.4-29)
Haverá um tempo de destruição e Juízos (2 Ts 2.8-12)
Vincula-se a nação de Israel e as nações gentias (Mt 24.1-25,46)
O Senhor Jesus será visto por todo o mundo (Mt 24.27; Αp 1.7)
Tem início a dispensação do Milênio
Cristo vem como o sol da justiça (MI 4.2)

Boa aula!

COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  Dentre os grandes temas registrados nos 66 livros da Bíblia, a doutrina do Arrebatamento destaca-se por sua importância, finalidade e papel que exercerá no plano perfeito determinado por Deus. O cenário profético assinala o Arrebatamento como o primeiro grande evento escatológico que dará início à contagem regressiva em sua parte final do fim dos tempos. Nesta lição, compreenderemos a verdade bíblica acerca deste assunto essencial à fé cristã.
  Uma das questões polémicas diz respeito à ocasião do Arrebatamento. Alguns grupos defendem que este evento ocorrerá no meio da Grande Tribulação; outros advogam que acontecerá após a Grande Tribulação. Entretanto, a maioria dos escatólogos, intérpretes das Escrituras, defende o ponto de vista pré-tribulacionista. Segundo eles, o Arrebatamento acontecerá antes da Grande Tribulação (Ap 4.1,2).

1. QUATRO PERGUNTAS PRINCIPAIS
  Diversas perguntas são formuladas a respeito desta matéria. Uma das mais comuns declara que esta doutrina não é bíblica, porque a palavra arrebatamento não se encontra na Escritura. Em razão desta afirmativa - e de outras mais -, algumas pessoas tentam negar este importante evento exposto nas Escrituras de forma ampla e abrangente. 
  É bem verdade que a palavra arrebatamento não aparece na Bíblia com esse título; entretanto, a doutrina do arrebatamento está clara e transparente em diversas porções do texto sagrado (Jo 14.1-3; 1 Co 15.52; 1 Ts 4.17). Estas e outras passagens destacam o verbo grego harpadzo, que significa precisamente: "arrebatar subitamente, agarrar, levantar, tirar com força, raptar".

1.1. Qual o significado do Arrebatamento?
  De acordo com as sábias palavras de Paulo, o Arrebatamento é um mistério (1 Co 15.51). Ao abordar este assunto com a Igreja, o apóstolo faz-nos entender que suas declarações são fruto de uma revelação divina. A Teologia postula que o vocábulo mistério, na Bíblia, designa uma verdade parcialmente revelada. A Escritura, inclusive, afirma que as coisas encobertas (ocultas, indizíveis e de difícil compreensão) são para o Senhor (Dt 29.29).
  Arrebatamento será o rapto, o levantamento, a ascensão, a trasladação dos salvos, com corpos transformados e glorificados, quando a trombeta de Deus soar (1 Ts 4.16) - esse ressoar não se destina ao povo em geral, mas apenas aos mortos em Cristo e à Igreja militante. Será a grande convocação dos remidos do Senhor. Outro propósito maravilhoso do Arrebatamento será a transformação sobrenatural dos salvos vivos; estes não experimentarão a morte física.
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  O Arrebatamento representa, acima de tudo, a volta do Senhor Jesus pela segunda vez ao mundo, cumprindo literalmente as profecias que declaram que os salvos escaparão da Grande Tribulação - esta virá com força total sobre a terra e seus moradores (Lc 21.36; Ap 6-18).
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1.2. Qual o lugar do Arrebatamento relacionado à Grande Tribulação?
  Não existe uma única e comum resposta a esta questão. Diversas correntes teológicas apresentam diferentes pontos de vista. As três principais são: pré-tribulacionista, mesotribulacionista e pós-tribulacionista.
  O ponto de vista aceito pela maioria dos especialistas nas profecias escatológicas é defendido na escola pré-tribulacionista. Os salvos, mortos, que ressuscitarão, e os vivos, salvos, que serão transformados, serão arrebatados antes da Grande Tribulação, que abrangerá o mundo inteiro. As principais provas bíblicas que fundamentam este ensino podem ser acessadas nos seguintes textos: Zacarias 14.4; João 14.1-3; 1 Tessalonicenses 1.10; 4.16,17; 5.9; Apocalipse 4.1; 6-19.
  A escola mesotribulacionista coloca o Arrebatamento em meio à Tribulação. Segundo os defensores dessa corrente, a Igreja passará pelos primeiros três anos e meio da Tribulação e será arrebatada juntamente com os mártires (as Duas Testemunhas mencionadas em Apocalipse 11.3-12). Os mesotribulacionistas classificam a primeira metade da Tribulação, referida pelo Senhor Jesus, como princípio das dores (Mt 24.5-20). e os outros três anos e meio como grande aflição (Mt 24.21).
  Os pós-tribulacionistas afirmam que a Igreja passará os sete anos sofrendo os horrores da ira de Deus, manifestada nos terríveis juízos que castigarão a terra e seus moradores. A operação maligna dos demônios que invadirão o mundo nesta ocasião, causando catástrofes, destruições, terrores e abusos, terá como foco principal a Igreja, os salvos por Cristo Jesus (Mt 13.24-30: 24.29-31,40,41).
  Cremos na doutrina pré-tribulacionista, baseada em provas bíblicas robustas e incontestáveis, as quais indicam claramente que o Arrebatamento ocorrerá antes do período tribulacional (Is 57.1,2).

1.3. Quem participará do Arrebatamento?
  Todos os mortos, salvos por Cristo, serão trazidos pelo Senhor (ressuscitarão) e serão arrebatados. Todos os servos fiéis de Jesus que estiverem vivos serão transformados pelo poder de Deus e serão arrebatados juntamente com os que ressuscitaram. Os ímpios, de uma forma geral, não participarão deste evento glorioso (Ap 21.8; 22.15).
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  A Igreja verdadeira, com seus membros integrados e unidos como Noiva de Cristo, constituída de pessoas de todas as nacionalidades (inclusive judaica), será trasladada pelo Senhor desde a terra para as mansões celestiais (1 Ts 4.13-18).
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1.4. Arrebatamento e Revelação significam a mesma coisa?
  Arrebatamento e Revelação são dois acontecimentos distintos que ocorrerão com uma diferença de sete anos entre um e outro. O Arrebatamento equivale ao Dia de Jesus Cristo, como identifica Paulo (Fp 1.6). A Revelação equivale ao Dia do Senhor, considerado como o Dia da Ira, da vingança (Jr 46.10: Ez 30.2; Am 5.18; Sf 1.7,14,15).

2. MILAGRES NO ARREBATAMENTO
  A narrativa bíblica registra em detalhes grandes milagres que ocorrerão durante o Arrebatamento; o principal deles será a presença divina do Senhor Jesus, que descerá do céu (1 Ts 4.16).

2.1. Ressurreição
  A ressurreição dos mortos será um dos primeiros milagres: esta é uma doutrina genuinamente bíblica, citada tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (Sl 16.10; Jó 19.25-27; Is 26.19; Dn 12.2; Lc 14.14; Jo 5.21,28,29; At 2.24; Ap 20.4-6,13).
  Quando o Senhor descer do céu na segunda vinda, o primeiro fato que ocorrerá será a ressurreição de todos os salvos (1 Ts 4.16) - conforme mencionado na lição anterior. Os crentes fiéis ouvirão a voz de Jesus, levantar-se-ão dos lugares em que foram enterrados, e a morte não terá mais poder sobre eles (Jo 5.28,29; Ap 1.18).
  É riquíssima a descrição do apóstolo Paulo sobre a ressurreição dos crentes salvos, mortos em Cristo. Paulo analisa os detalhes, os procedimentos, o tempo adequado e todas as implicações acerca dessa ressurreição, eliminando as dúvidas e questionamentos relacionados a esta matéria, essencialmente relevante (1 Co 15.42-55).

2.2. Transformação
  Nos círculos teológicos, entende-se por milagre, a suspensão das leis naturais, ou seja, a cessação do poder natural-humano para a atuação do poder sobrenatural-divino.
  O segundo grande milagre durante o processo do Arrebatamento será a transformação extraordinária dos crentes salvos, ressuscitados, dos, e a dos crentes salvos que estiverem vivos. Este milagre obedecerá à seguinte ordem: (1) os salvos que dormem com Cristo, ou seja, cujos corpos estão mortos, receberão corpos vivos espirituais; (2) em seguida, os crentes salvos, vivos, com corpos carnais, receberão corpos espirituais. O processo milagroso atua na mudança da corruptibilidade para a incorruptibilidade. Da mortalidade para a imortalidade.

2.3. Glorificação
  Depois da ressurreição dos salvos em Cristo, da transformação - dos dois grupos dos que ressuscitarem e dos vivos salvos pelo Senhor, - acontecerá o milagre da glorificação.
  Merece destaque, neste tópico, o fato de que, para usufruir a eternidade com Deus, o corpo formado de carne e sangue será glorificado na condição de corpo espiritual, pois o corpo carnal - o homem terreno (1 Co 15.47) - relaciona-se com o mundo físico (limitado ao tempo e ao espaço), enquanto o corpo espiritual - o homem celestial (1 Co 15.49) - relaciona-se com a eternidade. 
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  Como se da dará o processo glorificação do corpo dos salvos em Cristo? Observe as etapas citadas na Bíblia: salvação (Rm 8.24); adoção (Rm 8.23); justificação (Rm 8.30); santificação (2 Co 7.1); redenção (Rm 8.23); libertação (Rm 8.21) e glorificação (Rm 8.17).
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3- FATOS ADICIONAIS
  Outros aspectos acerca do Arrebatamento aparecem no texto bíblico, fornecendo uma compreensão clara, sólida e satisfatória deste evento relacionado a todos os salvos.

3.1. Figuras, tipos e símbolos
  Os personagens bíblicos que remontam o cenário do Arrebatamento são: Enoque, trasladado, levado por Deus (Gn 5.21-24); Noé e sua família, antes do Dilúvio (Gn 7.7); Ló, retirado de Sodoma e Gomorra (Gn 19.12-23); Elias, às margens do rio Jordão (2 Rs 2.6-11); o Senhor Jesus, em Jerusalém (At 1.9-11); Filipe, ao sair da água (At 8.39,40); Paulo, ao terceiro céu (2 Co 12.1- 4); João, na ilha de Patmos (Ap 1.9,10); as Duas Testemunhas, na Tribulação (Ap 11.11,12); e o Filho varão (Ap 12.1-5).

3.2. Eis aqui vos digo um mistério
  Esta alocução paulina (1 Co 15.51a) alude a uma parte dos arrebatados que irá para o céu, sem passar pela morte física. Este ensinamento foi uma revelação que o Senhor entregou a Paulo para ser compartilhado nas igrejas como doutrina: haverá uma geração, composta de crentes fiéis, que será transformada, glorificada e preparada para o Arrebatamento, que acontecerá em uma fração de segundos. Esses salvos em Cristo não serão feridos pelo aguilhão da morte física (1 Co 15.55).

CONCLUSÃO
  Quando tudo o que Deus determinou para o dia do arrebatamento acontecer, o mundo inteiro testemunhará a veracidade da Palavra, e todos saberão que as promessas do Senhor são fiéis e verdadeiras (Js 21.45; 2 Co 1.20).
  Os que creem e aceitam Jesus como Salvador e Senhor de sua vida (At 16.31); os que guardam em obediência os mandamentos divinos (1 Tm 6.14); os que fazem parte da verdadeira Igreja (Ef 5.27); os que vivem em santidade (1 Ts 5.23); e os que esperam a salvação subirão ao encontro do Senhor nos ares e irão para o céu (1 Ts 4.16). 
  Sejamos o povo do Arrebatamento!

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Considerando o que foi exposto nesta lição, responda: 

Quem participará do Arrebatamento?

R. Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, os que estiverem vivos serão transformados e arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para encontrar o Senhor nos ares; assim, estarão com o Senhor para sempre (1 Ts 4.16,17).

Fonte: Central Gospel

quarta-feira, 17 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 3 / 2º Trim 2024


AULA EM 21 DE ABRIL DE 2024 - LIÇÃO 3
(Revista Editora Betel)

Tema: Ordenança para Congregar e prestar Culto Racional
TEXTO ÁUREO
“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Romanos 12.1

VERDADE APLICADA
Uma característica marcante do nascido de novo é o desejo de estar reunido com o povo de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar que não devemos deixar de congregar.
Falar sobre não perder o desejo de congregar.
Destacar que precisamos prestar culto racional a Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

SALMOS 84
3- Até o pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si e para a sua prole, junto dos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu.
4- Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente.
10- Porque vale mais um dia nos teus átrios do que, em outra parte, mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas da impiedade.

HEBREUS 10
25- Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | SI 27.4 Anelo pela presença de Deus todos os dias.
TERÇA | Mt 21.13 A minha casa será chamada casa de oração.
QUARTA | LC 2.27 O menino Jesus é apresentado no templo.
QUINTA | Lc 2.46-47 O menino Jesus no meio dos doutores.
SEXTA | Jo 7.14 Jesus ensina no templo.
SÁBADO | At 3.1 Pedro e João subiram ao templo para orar.

HINOS SUGERIDOS: 5, 144, 251

INTRODUÇÃO
Muitos deixam de congregar por qualquer motivo. As dificuldades e lutas da vida jamais deverão ser empecilhos ou desculpas para alguém deixar de participar das atividades da igreja. Professor(a), como pode-se ver nos objetivos da lição, o primeiro é mostrar que não devemos deixar de congregar, isto é, ninguém pode deixar de estar junto do povo de Deus, deixar de estar no rol de membros de uma igreja e nem ficar sem a liderança de um pastor ou dirigente. A lição visa combater o pensamento do "espírito do anticristo", que é a ideia de que Deus não se importa em o Seu povo estar desgarrado.

1- NÃO DEIXANDO DE CONGREGAR
As palavras hebraicas gahal (“assembleia”) e edaa (“congregação”) são termos mais frequentes usados para designar uma reunião de Israel com propósito religioso. A definição de português para congregar é ficar junto ou juntar-se, reunir-se, ligar-se, misturar-se, agrupar-se para “cobertura espiritual”. A Palavra de Deus nos esclarece que precisamos congregar [Ef 4.16; Hb 10.25]. Um membro fortalece o outro e Cristo fortalece todo o Corpo. As palavras gahal e edaa, mencionadas aqui foram utilizadas no Antigo Testamento para designar o ajuntamento dos filhos de Israel no deserto, e era assim que Deus se referia ao Seu povo no Antigo Testamento.

1.1. O que significa igreja e a sua missão.
A Igreja significa a união de todos aqueles que foram escolhidos e chamados por Deus [Jo 15.16], os quais, pela ação do Espírito Santo, creem que Jesus Cristo é o Filho Unigênito de Deus, que foi enviado a este mundo para redimi-los de seus pecados. É por isso que a Igreja é definida como sendo o Corpo de Cristo [Ef 5.30], e Ele a sua cabeça [Ef 1.22-23). A mensagem do Evangelho foi dada à Igreja para que ela a levasse ao mundo e ela só conseguirá fazer isso se estiver unida, foi assim que a Igreja Primitiva conseguiu vencer as perseguições de sua época e fazer a mensagem de Cristo atravessar os séculos. Se a mensagem fosse dada a um grupo de crentes sem que recebessem a ordem de permanecer juntos, então essa mensagem já teria se perdido.

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ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 3 / 2º Trim 2024


AULA EM 21 DE ABRIL DE 2024 - LIÇÃO 3
(Revista Editora CPAD)

Tema: O Céu – O Destino do Cristão
 
TEXTO ÁUREO
“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” (Fp 3.20)

VERDADE PRÁTICA
O crente deve viver a vida cristā com a mente voltada para o céu como sua legítima esperança.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Gn 1.1; Mt 3.2; Ap 21.10 A maravilhosa realidade bíblica do Céu
Terça – 1 Ts 4.17; cf. Ef 1.3,20; 2.6 Estaremos para sempre com o Senhor no Céu
Quarta – 1 Co 9.24; 2 Tm 4.8 Há um prêmio a ser alcançado: o Céu
Quinta – Hb 12,23; Gl 4.26; Fp 3.20 Céu: morada de Deus e pátria dos santos
Sexta – Jo 14.3 A promessa de que estaremos.com Cristo no Céu
Sábado – 1 Co 15.26,54; Is 61.3; 65.19 Uma nova realidade experimentada no Céu

Hinos Sugeridos: 26, 94, 404 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 3.13,14,20,21; Apocalipse 21.1-4

Filipenses 3
13- Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado, mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim,
14- prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
20- Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
21- que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.

Apocalipse 21
1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2- E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
3-E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
4- E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.

INTRODUÇÃO
Ao homem natural é impossível discernir as coisas espirituais, visto que elas só podem ser discernidas espiritualmente (1 Co 2.14). Por isso, a sabedoria humana apresenta diversas concepções enganosas a respeito do céu, a ponto de negar a sua existência. Professor(a), está cada vez menor o número de crentes evangélicos que aguardam o arrebatamento da Igreja, e muitos ministérios concentram as pregações em mensagens que induzem o povo a se ajustar e se adaptar aqui na terra, buscando a satisfação e a felicidade nesse mundo condenado.

Contudo, ao cristão é garantido a gloriosa promessa de desfrutar do céu como sua morada na vida eterna com Deus (Jo 11.25,26; 14.2,3; At 1.11). Em vista disso, o nosso propósito é o de mostrar o céu como destino glorioso de todo cristão peregrino. Devido a termos pouco conhecimento sobre o céu, as nossas pregações não transmitem adequadamente as bênçãos que haverá ali. Por isso, as pregações tradicionais sobre o céu mostram ele como um lugar de poucos atrativos para quem vive em contato com o mundo. Veja o testemunho de quem foi ao céu:

"Mas, como está escrito:As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem,são as que Deus preparou para os que o amam.", 1 Coríntios 2.9

Ou seja, o céu é muito mais do que nos falaram até agora.

I – CÉU: O ALVO DE TODO CRISTÃO

1- Definindo céu.
A palavra hebraica shamayim, que significa céu, céus (Gn 1.1), aparece 419 vezes no Antigo Testamento. O termo grego ouranos, céu (Mt 3.2; Ap 21.10), aparece 280 vezes no Novo Testamento com dois sentidos:
1) como firmamento, universo, atmosfera;
2) céus siderais e estrelados, região acima dos céus siderais, sede da ordem das coisas eternas e perfeitas onde Deus e criaturas celestes habitam. Quer dizer que, ambas as palavras são utilizadas para se referir a céu material e visível, como também ao céu imaterial e invisível. Na cultura hebraica o Criador habita no céu, os hebreus sempre entenderam isso pelas experiências que tiveram com o Pai no passado.

"E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela;", Gênesis 28.12 (grifo meu)

"Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuseu.", Êxodo 3.8 (grifo meu)

Essas são as passagens que ajudaram a construir a cultura hebraica, por isso os filhos de Israel entendiam que Deus estava lá em cima e também entendiam que não era num céu físico, mas espiritual.


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terça-feira, 16 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 3 / 2º Trim 2024


O Semeador e a sua Semente
21 de Abril de 2024



LEITURA BÍBLICA
Mateus 13.1-9,18-23

A MENSAGEM
“Mas as sementes que caíram em terra boa produziram na base de cem, de sessenta e de trinta grãos por um.” Mateus 13.8

DEVOCIONAL
Segunda » Sl 126.5,6
Terça » Mt 28.19,20
Quarta » Lc 8.11-15
Quinta » Mc 4.8,9
Sexta » Gl 6.7-9
Sábado » Jo 15.1-4

OBJETIVOS
ENSINAR ao adolescente sobre o valor da Palavra de Deus e acerca do poder transformador das Escrituras na vida de quem nela crê;
DESCREVER a condição dos solos apresentados na parábola e sua relação com o coração humano;
GRATIFICAR a importância da frutificação no Reino de Deus.

EI PROFESSOR !
Como já dizia o saudoso Pastor e Teólogo Pentecostal Antônio Gilberto “A Escola Dominical não é uma parte da igreja; é a própria igreja ministrando ensino bíblico metódico”. Essa é a razão pela qual, você deve se dedicar ao estudo metódico e sistemático das Sagradas Escrituras, a fim de compartilhar com zelo, profundidade e amor a revelação de Deus aos seus alunos. A Escola Dominical é o departamento da igreja local que consegue evangelizar enquanto ensina, cumprindo de forma exemplar a Grande Comissão. Honre a Jesus e a liderança da igreja local que te escolheu e confiou uma classe para você compartilhar a sã doutrina”. Deus te abençoe!

PONTO DE PARTIDA
Durante seu ministério, Jesus se deparou com pelo menos quatro grupos de pessoas: (1) os adversários; (2) as multidões; (3) o discípulo traidor, Judas; e (4) os demais discípulos. Todos eles, de alguma maneira, receberam a semente do Evangelho. Entretanto, conforme observamos nos relatos dos evangelistas, apenas alguns creram e frutificaram para o Reino de Deus. Na aula de hoje analisaremos a parábola do semeador. Ela também é chamada de “parábola dos solos ou terrenos , devido à ênfase que se dá aos terrenos cujas sementes foram lançadas com o objetivo de produzirem frutos. Essa é uma ótima oportunidade para você semear a Palavra de Deus e cuidar dos corações dos seus alunos. Tenha uma ótima aula!

VAMOS DESCOBRIR
Você já plantou alguma semente? Você sabe como uma semente nasce, cresce e se torna uma planta? Na aula de hoje vamos falar sobre a história de um agricultor que semeou muitas sementes, porém, nem todas deram os frutos esperados, pois alguns dos solos em que foram semeadas estavam com problemas. Que tal descobrirmos juntos o que essa história contada por Jesus tem a ver com a nossa vida e, em especial, com o nosso coração?

HORA DE APRENDER
A parábola desta lição faz parte de um conjunto de outras seis parábolas, narradas por Mateus, no capítulo treze, que se propõe a falar sobre o Reino de Deus. Ela nos descreve como a Palavra é pregada ou lançada, como uma semente, ao coração das pessoas.

I – SEMEADOR E A SEMENTE
Como você pode observar na Leitura bíblica, essa história acontece em um cenário rural. Há um homem que carrega sementes. Conforme ele caminha, cada grão caí em um lugar diferente. E assim, o semeador vê desfechos distintos para cada semente. Vamos começar entendendo o significado de dois elementos centrais: o semeador e a semente.

1- O semeador é quem prega a Palavra.
Embora o semeador não seja identificado por Jesus em sua explicação da parábola (Mt 13.18-23), ele é indispensável, pois é aquele que lança a semente ao solo esperando a frutificação. Jesus queria que seus ouvintes entendessem que além dEle, todo discípulo, que prega a Palavra de Deus, é um verdadeiro semeador. Quem semeia a Palavra pode estar sobre um púlpito, numa roda de amigos na escola ou num ambiente virtual. Não importa sua idade, classe social ou origem. Afinal de contas, quem carrega consigo a semente da Palavra de Deus e a espalha entre as pessoas é como o semeador dessa parábola. Você tem sido um semeador no Reino de Deus? Caso não, ainda dá tempo. Use todas as oportunidades para semear a Palavra de Deus aos corações dos seus conhecidos. Crie grupos de evangelização com outros adolescentes e anuncie a Palavra com responsabilidade e criatividade. Seja um semeador!

2- A semente é a Palavra.
Não há no texto uma preocupação em se dizer o tipo ou a qualidade da semente, uma vez que ela é única, exclusiva; ela é, na explicação de Jesus, a Palavra de Deus. A boa notícia a ser semeada é que “[…] Deus não leva em conta os pecados dos seres humanos e, por meio de Cristo, ele está fazendo com que eles sejam seus amigos. E Deus nos mandou entregar a mensagem que fala da maneira como ele faz com que eles se tornem seus amigos” (2 Co 5.19). Essa semente, quando semeada e recebida em nosso coração, germina e cria raízes profundas que transformam toda nossa maneira de ser. Permita que o Evangelho crie raízes profundas no seu coração; se alimente diariamente desta Palavra e seja fortalecido por ela. Esta Palavra é lâmpada para os pés (Sl 119.105), fonte de alegria (Sl 119.162), alimento (Mt 4.4; 1 Pe 2.2), e vida (Hb 4.12; 1 Pe 1.23-25).

I – AUXÍLIO DIDÁTICO

O SEMEADOR
“O contexto da parábola indica o próprio Cristo como “o semeador”. No texto está escrito que: “o semeador saiu a semear” (v. 3). Por que? Ao analisar as circunstâncias anteriores no capítulo 12, vemos que Jesus havia se deparado com muita oposição e dureza de coração daqueles ouvintes. Sua mensagem não havia sido bem aceita, especialmente pelos escribas e fariseus que sempre buscavam algo para acusá-lo. Muitas pessoas foram até Ele, e já era o fim da tarde quando Cristo entrou num pequeno barco e dali passou a falar a multidão desejosa pelos seus ensinos. O ponto de partida da interpretação acerca de quem era o semeador tem um caráter particular, porque indica subjetivamente o próprio Cristo como “o semeador”. Todavia, essa característica particular da interpretação não impede que se de um sentido genérico aos cristãos como “semeadores”. Não acrescenta nem fere os princípios hermenêuticos que regem a interpretação dessa parábola” (CABRAL, Elienai. Parábolas de Jesus – Advertências para os dias de hoje. Rio de Janeiro: CPAD, Ia Ed. 2005, p 16). EBD Adolescentes | 2° Trimestre De 2024 | Tema: As Parábolas de Jesus são Vivas | Lição 03: O Semeador e a sua Semente | Escola Biblica Dominical | CPAD

II – QUEM VÊ SOLOS, VÊ CORAÇÕES
Na parábola, as sementes caíram em lugares diferentes: algumas à beira do caminho, outras entre as pedras, algumas entre espinhos e uma parte caiu em uma boa terra. Jesus destacou que, apesar de serem sementes do mesmo tipo, houve quatro desfechos diferentes, de acordo com o lugar em que foram semeadas. Como veremos a seguir, os quatro tipos de solos representam o coração humano e suas respectivas respostas à pregação do Evangelho.

1- Solo à beira do caminho. 
Esse terreno, em tempo de secas, era duro como concreto. A semente não adentrava a terra e acabava ficando exposta a ser pisoteada ou comida pelos pássaros. Na história, esse solo representa aquele cujo coração a Palavra não consegue adentrar. Esse ouvinte até ouve a Palavra, mas de acordo com Jesus, “não a entende” (Mt 13.19), e nem se interessa por entender. Então, o Diabo vem e lhe tira a semente e, consequentemente, não frutifica.

2- Solo cheio de pedras e pouca terra. 
Essas pedras, citadas na parábola, não estão expostas na superfície do terreno, como alguns pensam. Pelo contrário, Jesus está descrevendo um terreno com uma camada rochosa sob a superfície do campo, coberta por uma camada pequena de terra, fazendo com que o crescimento da planta seja rápido, porém superficial, pois não criou raízes profundas, em função das pedras escondidas (vv. 5,6). Representa aquele coração que responde positivamente à Palavra com entusiasmo emocional, porém, de modo superficial, pois suas raízes não alcançaram profundidade, devido às pedras escondidas. Como consequência, a sua caminhada é curta, sua decisão é oscilante e seu compromisso é frágil, sendo interrompido rapidamente. Logo, a angústia e a perseguição os fazem abandonar a fé, não chegando ao ponto de frutificar (vv. 20,21).

3- Solo cheio de espinhos.
Esse terreno repleto de espinhos é altamente prejudicial para as sementes, pois os espinhos sufocam a semente boa, tirando dela todo seu nutriente, espaço e luz. Assim também é o ouvinte cujo coração foi seduzido pelas coisas dessa vida, como disse Jesus “[…] as preocupações deste mundo e a ilusão das riquezas sufocam a mensagem, e essas pessoas não produzem frutos” (v.22). Como bem nos ensinou o Senhor: “onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês” (Mt 6.21). Neste terreno, o fruto do Reino também não aparece; as prioridades e pensamentos estão exclusivamente nas coisas terrenas.

4- Solo fértil.
Essa terra é o sonho de consumo de todo agricultor, pois é uma terra boa para o plantio. A semente consegue adentrar o solo, ficando longe dos pássaros; suas raízes se aprofundam na terra, alimentando-se dos seus nutrientes e, longe das ervas daninhas, seus frutos aparecem abundantemente, pois trata-se de uma terra preparada (vv. 8,23). Este terreno representa o ouvinte cujo coração tem fome e sede de Deus; que ouve, aceita, entende e pratica a Palavra em sua vida.

II – AUXÍLIO PEDAGÓGICA
Ao final deste tópico é importante que você, professor (a), produza a seguinte reflexão com seus alunos: “O nosso coração é como um terreno que pode receber uma semente e produzir frutos, como também poderá desenvolver dureza, superficialidade e rejeição a qualquer tipo de semente”. Pergunte a eles de forma retórica, apenas para refletirem: “Que tipo de coração é o seu?” Em seguida, leia o seguinte trecho para a turma: “Os quatro tipos de solos representam as diferentes respostas que podemos dar em relação à mensagem de Deus. Respondemos de formas diferentes por termos diferentes disposições quanto a Deus.
Algumas pessoas são duras, e outras são superficiais. Há também as que estão contaminadas por cuidados que as deixam distraídas quanto ao Reino de Deus e ainda as que são receptivas a mensagem. Estas são transformadas pelo Espírito Santo” (Bíblia do Estudante Aplicação Pessoal, CPAD, p.1091). Após alguns segundos de reflexão, termine orando para que o Espírito Santo trabalhe nos corações a fim de que os adolescentes sejam permanentemente regados e cuidados por Ele e o arrependimento seja uma resposta diária de nossa alma ao Senhor que nos perdoou e salvou. Conclua com eles dizendo: “Que o nosso coração seja terra fértil para glória de Deus”.

III – A NECESSIDADE DE FRUTIFICAÇÃO
A Palavra de Deus semeada em nossos corações deve ser cultivada a fim de produzir bons frutos. Não podemos aceitar uma vida cristã infrutífera, pois as palavras de Jesus aos seus discípulos são claras: “toda árvore que não dá frutas boas é cortada e jogada no fogo” (Mt 7.19). Cada pessoa tem a oportunidade de ser um instrumento de Deus para impactar a sociedade, mas para isso, Deus espera dela uma resposta comprometida com o seu Nome, seu Reino e sua Vontade (Mt 6.9,10). Não podemos nos esquecer de quem nos escolheu e para qual propósito: “não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e deem fruto e que esse fruto não se perca” (Jo 15.16a).

III – AUXÍLIO PEDAGÓGICO
Termine a aula de hoje fazendo a seguinte reflexão com seus alunos: “Todo agricultor sabe que de nada adianta uma semente produzir um talo que consegue chegar até a superfície, ou brotar algumas folhas ou mesmo crescer o suficiente, se o tão esperado fruto para o qual ela foi plantada nunca cresce. Mas cedo ou mais tarde o lavrador tomará alguma atitude em relação à árvore infrutífera. Assim também somos nós, o Senhor aguarda os nossos bons frutos, afinal de contas, a Palavra semeada em nossos corações é viva e poderosa para transformar pecadores em pessoas arrependidas, fiéis e frutíferas no Reino de Deus”.

CONCLUSÃO
De acordo com a parábola, dos quatro solos, apenas um, o fértil, produziu frutos para colheita (Mt 13.23). Como é possível observar, o importante não é a quantidade em si, mas a necessidade de frutificar. Não aceite uma vida improdutiva no Reino de Deus. Cresça e produza frutos dignos de arrependimento no lugar onde você foi plantado por Deus.

VAMOS PRATICAR
1- Além de Jesus, quem mais pode ser entendido como o semeador da parábola? 
Todo discípulo que prega a Palavra de Deus.

2- Complete a frase abaixo:
“A Palavra de Deus semeada em nossos corações deve ser cultivada a fim de produzir bons frutos

3- Marque com um “X” os lugares nos quais você pode semear o Evangelho:
(x) Redes sociais
(x) Escola
(x) Casa
(x) Praças

4- Relacione as colunas, de acordo com a lição:
(A) Solo à beira do caminho
(B) Solo cheio de pedras e pouca terra
(C) Solo cheio de espinhos
D) Solo fértil
(B) coração superficial
(D) coração com fome e sede de Deus
(A) coração impenetrável
(C) coração seduzido

PENSE NISSO
Hoje vimos a importância da Palavra de Deus e o seu poder transformador na vida de quem nela crê. Jesus espera que aqueles que se relacionam com Ele creiam em sua Palavra, que sejam obedientes e produzam abundantemente frutos para glória do seu nome. Seja você uma benção para o Reino de Deus e frutifique sempre.

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ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 3 / 2º Trim 2024

                                   

A Realidade Bíblica do Pecado
21 de abril de 2024

TEXTO PRINCIPAL
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” (Rm 3.23)
RESUMO DA LIÇÃO
O pecado é um mal real que atinge toda a humanidade e que traz consequências eternas.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Jo 16.8 É o Espírito que convence do pecado
TERÇA – Tg 4.17 Pecado por não fazer o que é certo
QUARTA – Sl 32.5 Não encobrir o pecado
QUINTA – Sl 51.4 O pecado sempre é contra Deus
SEXTA – 1Jo 1.8 Todos pecamos
SÁBADO – Rm 6.23 O salário do pecado é a morte

OBJETIVOS
COMPREENDER o que é pecado;
CONSCIENTIZAR das consequências do pecado;
MOSTRAR as consequências para quem comete o pecado de forma deliberada.

INTERAÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo estudaremos a respeito da realidade do pecado. No capítulo três de Gênesis encontramos um dos relatos mais tristes da história da humanidade, a Queda de Adão e Eva. Mas, Deus não foi pego de surpresa com o pecado do primeiro casal, pois as Escrituras Sagradas afirmam que desde a fundação do mundo a morte redentora de Jesus, pela salvação da humanidade, já havia sido determinada (Ap 13.8). O primeiro casal pecou de modo deliberado contra Deus ao desobedecer a uma única restrição. Contudo, o Criador não o deixou entregue a sua própria sorte, Ele providenciou a sua redenção. Por intermédio da história de Adão e Eva, podemos ver que as consequências que vieram sobre eles, ao cederem à tentação foram as piores possíveis. Uma delas foi o sentimento de culpa, algo novo e terrível para o primeiro casal que havia sido formado sem pecado, no estado de inocência.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), sugerimos que você converse com seus alunos explicando o ensino bíblico a respeito do pecado. Diga que “a sombra do pecado está sobre cada aspecto da existência humana. Fora de nós, o pecado é um inimigo que seduz por dentro, com pele-nos ao mal, com parte da nossa natureza caída. Nesta vida, o pecado é intimamente conhecido, ainda que permaneça estranho e misterioso. Promete liberdade, mas escraviza, produzindo desejos que não podem ser satisfeitos. Quanto mais nos debatemos para escapar ao seu domínio, tanto mais inexplicavelmente nos enlaça. Compreender o pecado nos ajuda no conhecimento de Deus, porém o pecado distorce até mesmo o nosso conhecimento do próprio-eu. Mas se a luz da iluminação divina consegue penetrar essas trevas, e não somente as trevas, mas também a própria luz, então poderão ser mais bem analisadas” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 19 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 263).

TEXTO BÍBLICO
Romanos 3.9-18
9 Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado.
10 Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.
11 Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus.
12 Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.
13 A sua garganta é um sepulcro aberto; com a língua tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios.
14 Cuja boca está cheia de maldição e amargura.
15 Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.
16 Em seus caminhos há destruição e miséria.
17 E não conheceram o caminho da paz.
18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.

INTRODUÇÃO
Uma das características do Cristianismo é o ensino de que o homem possui uma forte tendência a rejeitar o que é bom e praticar o que é mau. Tal prática desagrada e ofende a Deus, pois Ele nos criou para que fizéssemos o que é certo e justo. Essa prática do que é mau chamamos de pecado, algo que faz com que o homem se afaste de Deus e seja condenado a uma existência de conflitos com aqueles que o cercam e com aquele que os criou nesta vida, e que pode levá-lo ao Inferno, na eternidade.

I- O QUE É O PECADO

1- Conceitos extra bíblicos sobre o pecado. 
Uma das características do pecado é o obscurecimento do entendimento humano. Isso significa que qualquer coisa que lhe seja dita e que corresponda a uma reprovação por seus atos errados poderá ser intelectualmente rechaçada. Há uma corrente filosófica que defende ser o pecado um mecanismo de opressão de um grupo de pessoas por outro, de tal forma que, se os oprimidos estiverem livres dessa opressão, não cometerão o pecado. Outra corrente ensina que ações como a violência e o desajuste sexual não têm uma origem espiritual, e sim material, pois se o homem é fruto de uma evolução, esses elementos são traços característicos dos animais passados geneticamente. Para outros pensadores, o pecado é uma ilusão a ser combatida por meio intelectual, pois para eles, se Deus não existe, logo, a ideia do pecado, que é uma afronta contra esse Deus, também não deveria existir. Na prática, a sociedade dos nossos dias rejeita a ideia da existência do pecado como um mal que aflige a humanidade e que deve ser combatido; dessa forma, atribui a ele uma mera percepção religiosa, não sendo, portanto, algo que deve fazer parte das preocupações dos seres humanos. Tudo isso mostra que o pecado tem o poder de afetar o intelecto e as ações humanas, distorcendo a capacidade de entender e aceitar as coisas espirituais.

2- O conceito bíblico sobre o pecado.
A Bíblia descreve o pecado como um ato de rebeldia contra Deus. Segundo o Dicionário Wycliffe, “pecado não é somente alguma coisa contrária ao que Deus disse que o homem não deveria fazer, mas é também algo contrário ao que Deus não quer que o homem faça, com base nos princípios revelados.” A expressão mais utilizada para definir o pecado é “errar o alvo”, ou seja, ter na sua frente um objeto e não conseguir acertá-lo, como se uma pessoa que tivesse em mãos um arco e uma flecha, ou mesmo uma funda, e não conseguisse atingir o alvo à sua frente, ou porque este estava em movimento, ou porque quem atirou a flecha ou a pedra não mirou de forma correta. Na prática, tão danoso quanto errar o alvo é esquecer-se de Deus, e essa é uma definição mais forte sobre o pecado. Quando nos esquecemos do Senhor e transgredimos a sua Lei, nos colocamos contra Ele e seus mandamentos. Davi exemplifica bem que os escritores sagrados tinham consciência da existência do pecado: “Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim” (Sl 51.3).

3- A origem do pecado. 
É natural que queiramos saber como tudo surgiu, desde objetos a grandes ideias. Nosso mundo foi criado por Deus, e nós também. Ocorre que uma de suas criaturas, Satanás, mesmo dotado de proximidade da glória de Deus, decidiu que seria semelhante ao Altíssimo, e por isso, foi retirado de sua condição de perfeição, tornando-se a fonte de todo o mal. O profeta Ezequiel, falando acerca do rei de Tiro, profecia também atribuída a Satanás, diz que “perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que fostes criado, até que se achou iniquidade em ti” (Ez 28.15). Esse versículo nos mostra duas coisas: Satanás não é um deus, embora se ache um; e que o pecado pode corromper até a mais perfeita criatura. Satanás, uma vez privado de sua glória por causa de sua rebeldia, dirige-se para transmitir seu m al à outras duas criaturas que foram feitas por Deus, o homem e a mulher. Estes foram feitos à imagem de Deus, mas estavam sujeitos ao mal, pois não eram imunes ao pecado. Eles deveriam depender do Criador o tempo todo para que não pecassem, e justamente em um momento em que se esqueceram do Senhor, foram fisgados pelo discurso de Satanás, pecaram contra o Todo-Poderoso e foram julgados por essa desobediência. A partir daí, todas as desgraças que acometem a humanidade: mentira, assassinatos, acusações, guerras, desrespeito entre os casais e a morte. O pecado provém de Satanás, o pai da mentira, que peca e mente desde o princípio (Jo 8.44).

SUBSÍDIO 1
Professor(a), inicie o primeiro tópico da lição ressaltando a importância do estudo da natureza do pecado, Explique que “o pecado distorce todos os conhecimentos e lança dúvidas sobre eles. Ao defendermos a fé cristã, defrontamos com um dilema ético: como pode existir o mal no mundo governado por um Deus onipotente e inteiramente bom? O estudo da natureza divina deve considerar o controle providencial de Deus sobre um mundo amaldiçoado pelo pecado.” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996. p. 264.)

II- AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

1- O homem foi criado bom. 
Segundo as Escrituras, o ser humano foi criado perfeito, sem pecado. Chamamos isso de estado de inocência, em que o homem e a mulher não tinham consciência do mal. Eclesiastes 7.29 diz que “Deus fez ao homem reto”. Mas, mesmo tendo sido criado sem imperfeição alguma, o homem cedeu à tentação. A partir de sua desobediência a Deus, dando ouvidos à proposta de Satanás, o homem passou a ser mau. Observe que o ser humano usou da liberdade que tinha para desobedecer a Deus: Gênesis 3 nos conta que Satanás não obrigou o casal a comer do fruto que Deus lhes havia vedado, mas que eles mesmos, convencidos por Satanás, comeram da árvore.

2- Degradação da raça humana. 
A humanidade pode até negar a existência do pecado, mas não pode negar a consciência de que estão errados quando cometem uma iniquidade. Gênesis 3.7 diz: “então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus”. O pecado tira a inocência do ser humano. Se eles buscavam ser parecidos com Deus, conhecedores do bem e do mal, logo perceberam que a decisão que tomaram, incitados por Satanás, lhes mostrou que o mal que desconheciam agora lhes dominava. Os homens se tornaram violentos, gananciosos, assassinos, desrespeitosos de compromissos, doentes e insatisfeitos com o que possuíam. Criaram deuses para si e os adoraram, e nesses cultos degradaram a imagem e semelhança que tinham de Deus em si.

3- A degradação do mundo em que vivemos. 
É curioso perceber que o pecado afetou não somente a humanidade, mas igualmente o mundo em que ela vive. Questões como alterações climáticas, poluição e alterações na produtividade dos alimentos têm sua origem nos efeitos do pecado. O apóstolo Paulo nos diz que a criação aguarda ser redimida (Rm 8.22). Os problemas ambientais que vemos hoje são oriundos da pecaminosidade humana, seja por força de ações, seja por omissões. O descaso com o ambiente em que vivemos nos mostra o quanto nos afastamos de Deus e de sua criação. Mesmo a Terra Prometida pelo Senhor a Moisés e ao povo foi alvo desse descaso. A Lei de Moisés designava que a terra deveria descansar no sétimo ano, após ter sido lavrada e as colheitas realizadas. Esse descanso era “um sábado ao Senhor” (Lv 254), mas os hebreus, desprezaram esse mandamento, sendo isso grave violação à Lei de Deus.

SUBSÍDIO 2
Professor(a) inicie o tópico pedindo que os alunos citem uma consequência de ceder ao pecado. Depois, alerta aos alunos mostrando que “a punição de Adão e Eva reflete a seriedade da visão de Deus quanto a qualquer tipo de pecado.”

III- CONSEQUÊNCIAS PARA QUEM COMETE O PECADO

1- A morte física e a espiritual. 
Após criar Adão e colocá-lo no Éden, Deus advertiu que ele não comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, para que não morresse. Por ter dado mais ouvidos ao que Satanás lhes disse e tendo desobedecido a Deus, homem e a mulher se sujeitaram à morte, o fim da existência física. Não somente isso, mas todos os filhos de Adão e Eva herdaram a pecaminosidade de seus pais e a morte que os levou. Vemos aqui o que a Teologia Cristã chama de solidariedade. A partir de Adão, o pecado e a morte com o consequência foram transmitidos aos seus descendentes. “Pelo que, por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12). Portanto, o pecado é hereditário e a sua universalidade deve-se à corrupção da natureza humana que é a consequência que herdamos de nossos primeiros pais, Adão e Eva. Segundo a Carta aos Hebreus, “aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo ” (Hb 9.27). Na morte, o ser humano tem as suas conexões com este mundo cessadas. Com a quebra da comunhão com Deus, vem também a morte espiritual, a separação entre o homem e o Criador. Essa é a segunda consequência do pecado.

2- A perdição eterna. 
A perdição eterna se dá justamente após a morte física. Finda a existência do ser humano, resta-lhe apenas uma eternidade com ou sem Deus. A perdição eterna é justamente a consequência de quem se esqueceu do Senhor nesta vida, que não se arrependeu de seus pecados e não aceitou a mensagem do Evangelho trazida por Jesus Cristo. Segue-se , portanto, uma séria advertência: onde passaremos a eternidade depende de nossas decisões e ações nesta vida presente. É preciso que nos arrependamos de nossos pecados, aceitemos a Jesus como nosso Salvador e Senhor, e que possamos andar com Deus em nossa vida. Por mais que a vida seja ínfima diante do destino que nos aguarda, é nela que devemos tomar a decisão que pode nos Levar para o Céu, ou escolher ignorar as advertências de Deus e passar a eternidade sem Ele, no Inferno.

SUBSÍDIO 3
Prezado(a) professor(a), explique aos alunos que “percebe-se a importância do estudo do pecado na sua gravidade. O pecado é contra Deus. Afeta a totalidade da criação, inclusive a humanidade. Até mesmo o menor dos pecados pode provocar o juízo eterno. E o remédio para o pecado é nada menos que a morte de Cristo na cruz. Os resultados do pecado abrangem todo o terror do sofrimento e da morte. Finalmente, as trevas do pecado demonstram — num contraste nítido e terrível — a glória de Deus.” Ressalte que a Bíblia descreve o destino dos ímpios, aqueles que não se arrependeram de seus pecados, como algo terrível e que vai além de toda a imaginação. São as ‘trevas exteriores’, onde haverá choro e ranger de dentes por causa da frustração e do remorso ocasionados pela ira de Deus (Mt 22.13; 25.30). É um a ‘fornalha d e fogo’ (Mt 13.42,50), onde o fogo pela sua natureza é inextinguível.” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática.

CONCLUSÃO
A fé cristã nos ensina que o pecado existe, que toda a raça humana foi alcançada por ele, recebendo, como juízo, a morte e o afastamento de Deus. Diante do que estudamos, não podemos aceitar as ideias modernas que tentam tirar do ser humano a responsabilidade por seus pecados, maldades e consequências desses atos. O pecado é real e pode levar as pessoas para a perdição eterna.

HORA DA REVISÃO
1- Segundo a lição , cite uma das características do pecado. 
Uma das características do pecado é o obscurecimento do entendimento humano
2- Qual o conceito bíblico sobre pecado? 
A Bíblia descreve o pecado como um ato de rebeldia contra Deus.
3- Qual a expressão mais utilizada para definir pecado? 
A expressão mais utilizada para definir o pecado é “errar o alvo”, ou seja, ter na sua frente um objeto e não conseguir acertá-lo.
4- O que nos mostra o texto de Ezequiel 28.15? 
Esse versículo nos mostra duas coisas: Satanás não é um deus, embora se ache um: e que o pecado pode corromper até a mais perfeita criatura.
5- Segundo a lição, os problemas ambientais que vemos hoje são oriundos de quê? 
Os problemas ambientais que vemos hoje são oriundos da pecaminosidade humana, seja por força de ações, seja por omissões.