domingo, 21 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 4 / 2º Trim 2024

                                     

A SUPERIORIDADE DE CRISTO SOBRE MOISÉS

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Texto de Referência: Hb 3:1-6

LEITURA SEMANAL

Seg Ex 33.11 Deus falava face a face com Moisés.

Ter Ex 6.6 Deus utilizou Moisés para resgatar Seu povo do Egito.

Qua Hb 3.2 Moisés foi fiel ao Senhor.

Qui Ap 1.5 Jesus é a fiel testemunha.

Sex Lc 22.20 Participamos da Nova Aliança no sangue de Jesus.

Sáb Jo 8.32 Jesus é a verdade que liberta.


VERSÍCULO DO DIA

"Porque ele é tido por digno tanto maior glória do que Moisés, quan- do maior honra do que a casa tem aquele que a edificou", Hb 3.3.

VERDADE APLICADA

Por ser maior que Moisés, Jesus mostra que a Nova Aliança é superior à Antiga.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

✔ Apresentar o ministério de Moisés:

✔Mostrar a fidelidade de Moisés em sua missão;

✔ Explicar a proeminência de Jesus em relação à Antiga Aliança.

INTRODUÇÃO

Pelo fato de muitos judeus cristãos es tarem voltando ao judaísmo, o autor da Carta aos Hebreus nos mostra a supre macia de Jesus em relação a Moisés e, consequentemente, ao judaísmo.

Ponto-Chave
"A Obra e o Ministério de Jesus são superiores à obra e o ministério de Moisés."

1- O CHAMADO DE MOISÉS
Considerado o personagem de maior expressividade do AT. Moisés foi escolhido por Deus para libertar o povo de Israel da escravidão do Egito e conduzi-los à Terra Prometida.

1.1. Chamado como libertador
Moisés foi um grande libertador, pois o povo de Israel, que permaneceu 430 anos no Egito, em seus dias sofria como escravos debaixo do jugo de Faraó (Ex 1.8-14). Depois de fugir do Egito e permanecer da terra de Midiã por 40 anos, Moisés teve um encontro com o Deus de Israel, do qual recebeu a missão de libertar sua nação das mãos do Faraó e da opressão (Ex 3.7-10). Depois das dez pragas, o Faraó permitiu que o povo saísse para a Terra Prometida, e, em memorial, o povo celebrou a Páscoa, que serviu para a posteridade como sinal da Aliança de Deus com Seu povo (Ex 12.21-28).

1.2. Chamado como redentor
Israel foi resgatado do Egito por meio de Moisés (Ex 6.6). A palavra 'redenção vem do hebraico (padah), que significa resgatar algo que estava perdido, livrar do perigo, restaurar a sua condição anterior. Israel vivia no Egito como um povo em sofrimento, na escravidão, em perigo de ser dizimado devido a política genocida do Faraó. Moisés carrega consigo tais qualidades de um verdadeiro redentor, na ação do resgate por parte de Deus. Depois da liderança de Moisés, Israel se encontrou com seu Deus, foi salvo do perigo da dizimação e, por fim, foi restaurado à condição de livres.

Refletindo
"A lei do Espírito entra em plena operação, à medida que os crentes se comprometem a obedecer ao Espírito Santo". Pr. Reginaldo S. Xavier

2- FIDELIDADE A MISSÃO
Mesmo cheio de limitações, Moisés aceitou o chamado de Deus e a liderança do povo em direção à Terra Prometida.

2.1. A fidelidade de Moisés
Ao ser chamado por Deus, Moisés inicialmente se sentiu incapacitado diante da tão grande missão (Ex 3.11). É comum que homens falhos se sintam impotentes diante da grande responsabilidade da missão conferida a eles (Jr 1.6), mas devemos confiar no Senhor, pois quem faz a Obra é Ele (Fp 2.13). Mesmo com dificuldades, Moisés foi fiel à sua missão e cumpriu a ordem dada por Deus: tirar o povo do cativeiro egípcio e levá-los em direção à Canaã. A cena em que Ele desobedece a Deus e fere a rocha (Nm 20.11-13) por duas vezes não ofusca a riqueza de seu ministério e a intimidade que ele tinha com Deus (Ex 33.11).

2.2. Fidelidade de Jesus

Jesus foi fiel à Sua missão até o fim e levou a cabo o plano da Salvação de modo que entregou Sua vida como oferta agradável a Deus (Is 53.5,10). Sua fidelidade ao chamado é demonstrada em toda a Sua vida, de tal forma que antes de Seu sacrifício, pediu ao Pai que, se fosse possível, ou se tivesse outro meio, que passasse dele o cálice da ira de Deus (Lc 22.42). Sua fidelidade, portanto, ultrapassou a de Moisés (Hb 3.3), enquanto Moisés foi fiel participando da Casa de Deus, Cristo juntamente com Deus é o arquiteto da Casa, ou seja, o arquiteto é maior que sua Obra (Hb 3.6), pois é o próprio de Filho de Deus.

3- JESUS, MAIOR QUE MOISÉS
Por meio de Sua fidelidade a Sua missão de resgate, Sua condição de responsável pela Casa de Deus e por ser o próprio Filho de Deus, Jesus é infinitamente superior a Moisés.

3.1. A Nova Aliança em seu sangue 
A palavra Aliança é uma tradução do termo "diatheke" que significa pacto, acordo e testamento. Deus, em Cristo realizou uma Nova Aliança, um novo Pacto com a humanidade através do sangue de Cristo (Lc 22.20). A Aliança com Deus em Cristo é superior à Velha Aliança, esta é plena, completa e final. O sacrifício do Cordeiro Pascal do AT apontava para o superior e sublime sacrifício de Jesus. Na cruz Ele recebeu o cálice da ira de Deus por causa dos nossos pecados, para que nós recebêssemos o cálice da comunhão com o Senhor (Sl 23.5).

3.2. Libertador e Redentor de nossa alma
Do mesmo modo que Moisés resgatou o povo de Israel da escravidão do Egito, do perigo da morte e o levou para a Terra Prometida, Deus, em Jesus, fez, superlativamente, o mesmo conosco. Ele nos resgatou da escravidão do pecado e das garras de Satanás, nos livrou da morte espiritual, nos levou para o Reino do Seu Filho, nos salvou da morte eterna (Cl 1.13), e nos guia como o nosso Sumo Pastor para a Terra Prometida, mas não para a Jerusalém Terrestre, e sim para a Jerusalém Celestial que um dia descerá do Céu para que venhamos a morar com Ele na eternidade (Ap 21.10).

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR
A Lei caducou em Jesus, não porque perdeu o seu valor. pelo contrário, ela é boa e espiritual (Rm 7.12), mas ela desperta o pecado nos seres humanos (Rm 7.8). É através da Lei que o pecado ganha força (1Co 15.56). O propósito da Lei, portanto, é revelar o pecado (Rm 7.7), logo, ela serve para nos mostrar o quanto somos pecadores e como somos dependentes da graça de Deus e da obra que Jesus realizou na cruz, somos salvos pela graça de Deus, por isso que o Senhor disse a Paulo:" [...] A minha graça te basta pois o meu poder se aperfeiçoa em sua fraqueza.[...]", 2Co 12.9.

CONCLUSÃO
Moisés teve um papel fundamental na implantação da adoração e do judaísmo, mas o judaísmo era apenas uma etapa a ser percorrida, pois Cristo é superior ao judaísmo e a Moisés.

Complementando 
Os Judeus cessaram os sacrifícios em Jerusalém desde a destruição do Templo em 70 d.C. Hoje, no lugar do Templo, encontra-se uma Mesquita, um santuário muçulmano. Eles esperam um dia reconstruir o seu Templo e voltar à prática dos sacrifícios estabelecidos pela Lei de Moisés, pois em sua maioria não reconhecem a Jesus como o Messias.

Eu ensinei que:
Moisés foi um personagem importante na história da salvação, mas ele serviu apenas de preparação para Aquele que traria a verdadeira salvação, Jesus Cristo, o Salvador da humanidade.

Fonte: Editora Betel

sábado, 20 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 4 / 2º Trim 2024

                                    

 A Realidade Bíblica da Salvação
28 de abril de 2024

TEXTO PRINCIPAL
“A saber: Se, com tua boca, confessares ao Senhor Jesus Cristo e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.” (Rm 10.9)
RESUMO DA LIÇÃO
A salvação é oferecida por Deus por intermédio do sacrifício de Jesus Cristo, seu Filho Unigênito.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Sl 68.20 Deus é o Deus da salvação
TERÇA – Rm 3.20 Pelas obras da Lei ninguém será justificado
QUARTA – Ef 2.8 A Graça de Deus na Salvação
QUINTA – Tt 2.11 A graça é para todos os homens
SEXTA – At 17.30 Deus quer que todos se arrependam
SÁBADO – Mt 1.21 Jesus salva dos pecados

OBJETIVOS
ENFATIZAR a necessidade da salvação;
CONSCIENTIZAR dos efeitos da salvação;
COMPREENDER que a salvação é para todos que desejam recebê-la.

INTERAÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo estudaremos a respeito da realidade da salvação oferecida por Deus a todos os seres humanos. A Bíblia nos mostra a má notícia sobre a nossa condição, a de que somos pecadores e estamos afastados de Deus, entretanto ela também nos mostra uma boa notícia: Deus proveu, em Jesus Cristo, a salvação de que necessitamos para ser reconciliados com Ele. O apóstolo Paulo na sua Carta aos Romanos, revela que todos nós, independente de raça, cor, gênero ou classe social estamos na mesma condição: a de pecadores. Logo, necessitamos da mesma solução para a nossa justificação diante de Deus. Essa solução foi oferecida na cruz do Calvário mediante o sacrifício perfeito de Jesus Cristo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), sugerimos que você converse com seus alunos explicando que “a obra salvífica de Cristo é a coluna central no templo da redenção divina. É o sustentáculo que carrega a maior parte do peso, sem o qual a estrutura jamais poderia ter sido completada. Podemos compará-la também ao eixo em torno do qual gira toda a atividade de Deus na revelação. É a obra que fornece uma cabeça ao corpo, um antítipo ao tipo, uma substância às sombras e purificações. Tais afirmações em nada diminuem a importância do que Deus fez em favor do seu povo, segundo a aliança do Antigo Testamento, e às nações em redor. Para os estudiosos das Escrituras, permanece sua incalculável relevância, refletindo o pensamento de Hebreus 1.1. Deus falou de modo infalível e relevante no passado, mas não pela última vez. Sua derradeira palavra só chegou com a vinda de seu Filho, e o registro dessa vinda aparece de forma infalível e definitiva nos 27 livros do cânon do Novo Testamento” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 19.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 335).

TEXTO BÍBLICO
Romanos 3.21-31
21 Mas, agora, se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da Lei e dos Profetas,
22 Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença.
23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus,
24 Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus,
25 Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;
26 Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.
27 Onde está, logo, a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não! Mas pela lei da fé.
28 Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei.
29 É, porventura, Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente.
30 Se Deus é um só, que justifica, pela fé, a circuncisão e, por meio da fé, a incircuncisão.
31 Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a lei.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a respeito da realidade da salvação oferecida por Deus e a sua operação contra o pecado. Se por um Lado, a Bíblia nos mostra uma má notícia sobre a nossa condição, a de que somos pecadores e estamos afastados de Deus, por outro lado, ela nos mostra uma boa notícia nos Evangelhos, que Deus proveu, em Jesus Cristo, a salvação de que necessitamos para sermos reconciliados com Ele.

I – A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO

1- O que é a salvação. 
Ao longo das Escrituras, Deus se manifestou trazendo livramentos para o seu povo quando esse se encontrava em situação de perigo, Deus os livrou da escravidão egípcia, deu-lhes uma terra e diversas vezes operou livramentos de forma milagrosa para os hebreus. O salmista, agradecido e respeitoso diante das diversas batalhas pelas quais havia passado e recebido livramentos, comenta: “O nosso Deus é o Deus da Salvação […]” (Sl 68,20). No Antigo Testamento, duas palavras se destacam para mostrar a ideia de salvação: natsal, que significa livrar ou libertar, e yasha, que traz a ideia de conceder vitória ou ajudar. A palavra “salvação” designa o ato de trazer livramento, de colocar numa posição protegida, de livrar da morte. No Antigo Testamento, Deus é visto como trazendo salvação ao seu povo, entretanto, o seu objetivo sempre foi demonstrar o seu poder para salvação dos pecados e conciliar com sigo a humanidade. É Ele que começa o plano dessa salvação, anunciando aos profetas o nascimento do Messias, e quando chega o momento, Ele inicia o plano da Salvação com o nascimento de Jesus Cristo (Mt 1.21).

2- A Origem da Salvação. 
A salvação tem sua origem no próprio Deus. Foi Ele que planejou todo o cenário pelo qual ela aconteceria, e uma das coisas que precisamos entender é que o homem não pode salvar a si mesmo. A “moeda de troca” proposta pela humanidade para tentar se chegar a Deus são as obras, mas estas são insuficiências (Rm 3.20). O pecado é uma realidade da qual a humanidade não pode se desvencilhar. e pelo fato de o pecado ofender a Deus, Ele estabeleceu os critérios pelos quais a humanidade pode ser reconciliada com Ele, ainda que pertença a uma sociedade altamente desenvolvida. Em sua sabedoria e justiça, o Senhor nos deu a sua graça, que iguala a todos os homens (Rm 11.32). É desconcertante para o ser humano orgulhoso deparar-se com o fato de que não pode salvar a si mesmo, mas isso não muda a realidade da mecânica da salvação.

3- O meio pelo qual provém a salvação. 
Como vimos, a salvação de que o homem necessita por causa de seus pecados não pode ser conseguida pelas obras. Essas estão contaminadas. E que meio Deus escolheu para trazer essa salvação? A graça divina (Ef 2.8,9). A graça é o caminho apresentado para todos, e isso contradiz a insuficiência das obras. Essas são tão falhas que o apóstolo nos aponta um perigo acerca do orgulho e das obras: ambos andam juntos. É natural que estejamos satisfeitos com nossas boas ações, e nisso não há nenhuma condenação. Quando somos aprovados em uma avaliação, quando tomamos decisões acertadas ou quando realizamos algo que traz orgulho e alegria para a família ou o ambiente que nos cerca, o sentimento natural é que sintamos orgulho pelo que fizemos. Ocorre que podemos nos tornar orgulhosos de nossas vitórias, a ponto de imaginar que nos bastamos para todas as coisas. As obras, portanto, não têm a capacidade de nos salvar. Somente a fé em Cristo pode fazer isso.

SUBSÍDIO 1
Professor(a), inicie o primeiro tópico da lição ressaltando a necessidade de salvação da humanidade. Explique que a salvação não pode ser alcançada pelas obras. Em seguida, faça a seguinte pergunta: “Qual o meio que Deus escolheu para trazer essa salvação?” Incentive a participação de todos os alunos e ouça as respostas com atenção. O objetivo é levar os alunos a reflexão, Em seguida, diga que o meio é a graça divina (Ef 2.8. 9). Ninguém pode obter a salvação mediante as obras. Enfatiza que a graça é para todos. As obras, não tem a capacidade de nos salvar. Somente a fé em Cristo pode fazer isso. O texto de Romanos é bem enfático quando afirma: “Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia” (Rm 11.32).

II- OS EFEITOS DA SALVAÇÃO

1- Regeneração. 
Ser regenerado é nascer novamente (Jo 3.3). Essa ação é realizada pelo Espírito Santo quando a pessoa se arrepende e confessa a Jesus com o seu Salvador e Senhor, crendo em seu sacrifício. É algo que está além da imaginação humana, pois o homem não pode mudar a si mesmo. Seu estado pecaminoso não o impede de ouvir o Evangelho e de entendê-lo, mas o intelecto sem o arrependimento é insuficiente para fazer do homem uma nova criatura. Ele precisa crerem Jesus (Jo 1.12,13).

2- Justificação e adoção. 
A Justificação é o ato vindo de Deus, em que há o reconhecimento de que fomos absolvidos de nossos pecados, e, portanto, não há pendências nossas junto a Deus. Tal fato se dá porque o sacrifício que a nós estava atribuído por causa dos nossos pecados, o Senhor Jesus Cristo já o fez. E, sendo esse sacrifício perfeito, estamos livres das acusações que nos eram contrárias (Rm 5.1). Ser considerado justo implica também ter paz com Deus. 3. Santificação. A santificação não é a adoção de uma vida isolada da coletividade, com o se o afastamento para com outras pessoas nos tornasse santos. Ser santo é afastar-se do pecado para uma dedicação exclusiva para Deus. É certo que a santificação exige de nós ações que estejam compatíveis com a nossa nova posição. Ao novo homem , nascido de novo, foi dada uma chance de ser diferente, e essa diferença começa com a santificação.

SUBSÍDIO 2
Professor(a) o segundo tópico da lição vai tratar dos efeitos da salvação: regeneração, justificação e santificação. Sugerimos que você inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “O que é a regeneração?” Explique que a regeneração é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior, O substantivo grego (palingenesia) traduzido por ‘regeneração’ aparece apenas duas vezes no Novo Testamento. Mateus 19,28 emprega-o com referência aos tempos do fim. Somente em Tito 3.5 se refere à renovação espiritual do indivíduo. Embora o Antigo Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia emprega várias figuras de linguagem para descrever o que aconteceu. O Novo Testamento apresenta a figura do ser criado de novo (2 Co 5.17) e a devoção (Tt 3.5), porém a mais comum é a de ‘nascer’ (Jo 3.3). Pedro declara que Deus, em sua grande misericórdia, ‘nos gerou de novo para uma viva esperança’ (1 Pe 1.3). É uma obra que somente Deus realiza. Nascer de novo diz respeito a uma transformação radical. A regeneração é o início do nosso crescimento no conhecimento de Deus, na nossa experiência de Cristo e do Espírito no nosso caráter moral,” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1996. p. 371).

PROFESSOR(A), “a decisão de abandonar o pecado e querer a salvação em Cristo importa em aceitar a Cristo não somente como Salvador da penalidade do pecado, mas também como Senhor da nossa vida. Por conseguinte, o arrependimento envolve uma troca de senhores: do senhorio de Satanás (Ef 2,2) para o senhorio de Cristo e da sua Palavra (At 26.18). A pregação do arrependimento sempre deve acompanhar a mensagem do Evangelho (Lc 24,47)’’ (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 959).

III- A SALVAÇÃO PARA TODOS

1- Uma tão grande salvação. 
A Palavra de Deus nos mostra que “a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11). Quando Deus planejou a salvação , Ele objetivou salvar a todos (At 17.30). A Palavra de Deus, portanto, deixa claro que a salvação é oferecida para todos, mesmo que nem todos aceitem o Evangelho. A expressão “todos” não é reducionista nem restritiva. Portanto, a morte de Cristo tem o poder de salvar a todos os homens, desde que se arrependam de seus pecados nesta vida e recebam a salvação pela fé em Jesus.

2- A presciência de Deus e a salvação. 
Um dos atributos de Deus é a presciência, ou seja, a capacidade divina de saber o que há de acontecer no futuro. Por meio de sua presciência, Deus sabe quem há de responder à mensagem do Evangelho, mas isso não significa que foi Deus que escolheu quem será salvo e quem não será. Deus não restringe a sua salvação a um grupo isolado de pessoas escolhidas por um critério misterioso, deixando de fora da salvação outras pessoas, mas simplesmente porque Ele assim o quis. Aliás, Ele deixou bem claro que os critérios da salvação são o arrependimento e a fé no sacrifício do seu Filho, Jesus (Mc 1.15). Presciência é uma característica do intelecto divino e não traz consigo uma ação que inclui ou exclui pessoas.

3- A resposta humana à salvação. 
Se, por um lado, a salvação é para todos, por outro lado, é preciso que o ser humano corresponda ao chamado de Deus. Os atos de confessar e crer são impulsionados pelo Espírito, mas são ações meramente humanas. Somos chamados a tratar a nossa salvação com zelo, pois ela custou o sangue do Senhor Jesus Cristo. Não podemos viver uma vida de pecados, resistindo ao Espírito Santo e nos afastando, como consequência, da fé que uma vez nos foi dada.

SUBSÍDIO 3
Professor(a). sugerimos que você inicie o tópico com uma pergunta: “O que é graça?” Trabalhe para que seus alunos possam interagir mais nas aulas. A interação se dá por meio de perguntas, tornando sua aula mais dinâmica. Explique que graça significa “favor imerecido concedido por Deus à raça humana”. Através da graça, o homem é capacitado a compreender, aceitar e a usufruir, imediatamente, dos benefícios do Plano de Salvação (Ef 2.8.9). O objetivo da graça é duplo: 1) Salvar o homem do pecado; e 2) Restringe a ação deste, levando o homem a viver nas regiões celestiais em Cristo Jesus. A graça, segundo ensina o apóstolo Paulo, é operada mediante a fé,” (Adaptado de Dicionário Teológico. 13 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004. p 203.)

CONCLUSÃO
A salvação é ofertada por Deus a todos os homens, de forma indistinta, ainda que nem todos a queiram. Ela nos foi dada por Deus por um ato da sua graça, pois as obras não têm o poder de nos salvar de nossos pecados. E a salvação faz de nós pessoas nascidas novamente, justificadas e santas para a glória de Deus.

HORA DA REVISÃO
1- Quais são as duas palavras do Antigo Testamento que mostram a ideia de salvação? 
No Antigo Testamento, duas palavras se destacam para mostrar a ideia de salvação: natsat, que significa livrar ou libertar, eyasha, que traz a ideia de conceder vitória ou ajudar.
2- Qual o significado da palavra “salvação”? 
A palavra “salvação” designa o ato de trazer livramento, de colocar numa posição protegida, de livrar da morte.
3- Qual a origem da salvação? 
A salvação tem sua origem no próprio Deus.
4- Cite, conforme a lição, os efeitos da salvação. 
Regeneração, justificação e santificação.
5- O que é a presciência divina? 
É a capacidade divina de saber o que há de acontecer no futuro. Por meio de sua presciência. Deus sabe quem há de responder à mensagem do Evangelho, mas isso não significa que foi Deus que escolheu quem será salvo e quem não será.

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 4 / 2º Trim 2024


Como se Conduzir na Caminhada
28 de Abril de 2024


TEXTO ÁUREO
“Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo.” (Cl 4.5)

VERDADE PRÁTICA
A jornada para Céu deve ser feita com prudência e sabedoria num contexto de oposição à nossa maneira de viver.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Jo 13.15 O Senhor Jesus como nosso modelo de vida
Terça – Jo 4.34; 6.38; 17.4 Fazendo a vontade do Pai na caminhada
Quarta – 1 Co 9.24-27 A jornada espiritual semelhante à de um atleta
Quinta – Pv 9.9,10 A necessidade da prudência na caminhada
Sexta – Ef 2.2,3 Não podemos trilhar o caminho dos néscios na jornada
Sábado – Cl 4.5 Remindo o tempo ao longo da caminhada

Hinos Sugeridos: 28,126, 378 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Efésios 5.15-17
15 – Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,
16 – remindo o tempo, porquanto os dias são maus.
17 – Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Nesta lição, trataremos sobre a conduta cristã neste mundo enquanto aguardamos o grande Dia da Redenção. Para essa jornada, nosso Senhor deixou orientações contundentes e necessárias a fim de que os seus discípulos não perdessem o ânimo, mas suportassem as aflições deste mundo (Jo 16.33). Na sequência, veremos também que o andar do crente deve ser prudente e com sabedoria, principalmente para com os que estão de fora. Por fim, a lição aponta que os dias são maus e, por isso, o crente deve ter um modo de vida vigilante.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apontar o padrão de conduta cristã descrito na Palavra de Deus;
II) Explicar que a caminhada cristã deve ser conduzida com prudência e sabedoria;
III) Advertir qual deve ser o comportamento do crente frente aos dias maus.
B) Motivação: O maior desafio da vida cristã consiste em viver neste mundo de modo santo, justo e agradável a Deus. Para tanto, a Bíblia exorta quanto ao preparo espiritual do crente para lidar com os dias maus que não são poucos. Comente sobre esse preparo espiritual e pergunte aos seus alunos o que o crente deve fazer para se preparar para lidar com as adversidades.
C) Sugestão de Método: O segundo tópico da lição destaca a orientação do apóstolo Paulo a não andarmos como néscios, mas sim como sábios durante o tempo da nossa peregrinação por este mundo. A partir dessa reflexão, desenhe duas colunas, na lousa, uma denominada de Néscios e a outra, de Sábios; e pergunte aos alunos quais são os comportamentos observados nos néscios e nos sábios. Escreva as informações em cada coluna respectivamente e reforce que viver de modo sábio é ser semelhante a Jesus.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: O apóstolo Paulo destaca na Carta aos Romanos que não se envergonha do Evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16). Logo, praticar o Evangelho significa ter uma vida transformada de modo que a conduta da pessoa convertida é parecida com a de Cristo. Isso significa que viver o Evangelho não se resume a conhecer as Escrituras Sagradas, e sim a adotar seus valores e princípios como estilo de vida.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou (1 Jo 2.6)” , localizado depois do primeiro tópico, denota o estilo de vida a partir do exemplo de vida de Cristo;
2) O texto “Compreender a vontade do Senhor” , ao final do segundo tópico, amplia a reflexão a respeito do discernimento da vontade de Deus e que isso resulta em uma vida sábia e prudente.

INTRODUÇÃO
Na jornada da vida cristã o Pai Celestial estabelece o padrão de conduta para a vida eterna. Ele sinaliza como devemos agir ao longo desse caminho para o Céu. Por isso, como evidência do seu amor e cuidado, preparando tudo para que trilhemos bem o caminho da verdade, o Pai nos corrige em nossa jornada cristã. Por isso, nesta lição, estudaremos a respeito de como devemos nos conduzir pelo caminho que nos leva ao Céu.

Palavra-Chave: CONDUTA

I- O PADRÃO DE CONDUTA NA CAMINHADA CRISTÃ

1- Jesus como nosso padrão de conduta. 
Antes de analisarmos o texto bíblico de Efésios 5, cabe-nos refletir a respeito de um padrão geral de conduta para fazer a vontade do Pai nesta caminhada cristã. Há um padrão que o Senhor Jesus espera de seus discípulos para fazer a vontade de Deus nesta vida? A palavra “padrão” expressa uma norma determinada por consenso, ou por uma autoridade oficial, que se torna base de comparação consagrada como modelo a ser seguido. O Senhor Jesus ensinou o seguinte: “Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.15). Ora, esse texto expressa que Ele é o nosso modelo de conduta, o nosso padrão de vida. Sim, há um padrão de conduta que tem como base o nosso Senhor e quem deseja fazer a vontade de Deus neste mundo deve olhar para Jesus, o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2).

2- Fazendo a vontade de Deus.
Como Filho de Deus, Jesus procurou agradar ao Pai na jornada desta vida, fazendo sempre a sua vontade (Jo 4.34; 6.38; 17.4). Não por acaso, nosso Senhor nos incentivou a buscar a vontade do Pai na oração que Ele ensinou aos discípulos, o “ Pai Nosso” (Mt 6.10; cf. Mt 26.39,42). Aos olhos humanos, parece muito difícil andar no padrão divino de Cristo. Entretanto, isso é possível quando buscamos o auxílio do alto, conforme oração ensinada por Ele (Mt 6.9-13). Logo, o cristão que deseja ir para o céu procura fazer a vontade de Deus, deixando de lado o caminho do egoísmo, do orgulho e da vaidade; procurando se aproximar e praticar a “Lei de Ouro” ensinada pelo nosso Senhor: “tudo o que vós quereis que os homens vos façam fazei-lo também vós” (Mt 7.12; cf. Rm 13.8,10).

3- Uma vida cristã bem-sucedida. 
A respeito da vida cristã, o apóstolo Paulo disse que estamos numa “competição espiritual” e, por isso, devemos procurar o caminho certo para nos acharmos qualificados (1 Co 9.24-27). Dessa forma, o cristão possui um padrão que o levará a uma vida espiritual bem-sucedida. Sabemos que pessoas bem-sucedidas procuram espelhar-se em outras pessoas ilustres, equilibradas e resilientes (cf. 1 Co 11.1). Ora, em Cristo Jesus temos esse padrão e modelo. Ele foi resiliente, equilibrado e ilustre até a morte, de modo que o apóstolo Paulo escreveu sobre o nosso Senhor, exortando que o imitássemos: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5; cf. Mt 11.29).

SINOPSE I
Jesus é nosso modelo de conduta, o nosso padrão de vida.

AUXÍLIO HISTÓRICO-CULTURAL
Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou (1 Jo 2.6). “Andar é periepatesen, uma palavra frequentemente usada como uma imagem do ‘modo de vida’ . Quem mantiver um íntimo relacionamento com Jesus Cristo irá demonstrar a realidade desse relacionamento vivendo uma vida cristã. Os tempos dos verbos deixam claro que João está falando a respeito de estilo de vida. O que se está afirmando não é que essa pessoa está salva, mas que ela está vivendo em comunhão com o Senhor — que ela ‘está nEle’. A prova desta reivindicação — não a prova da reivindicação de ser salva — é que essa pessoa mantém um modo de vida cristão. […] João deixa claro que os princípios que movem o mundo estão em conflito direto com Deus e com tudo o que Ele representa. Desta forma, ninguém que esteja envolvido pela perspectiva que o mundo tem na vida irá fazer a vontade de Deus, nem desfrutar das bênçãos eternas conhecidas por aqueles que vivem eternamente” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 535,36).

II – FAZENDO A CAMINHADA COM PRUDÊNCIA E SABEDORIA

1- O que é prudência? 
Podemos dividir o capítulo 5 de Efésios em três partes: 1) a caminhada do cristão em amor (Ef 5.1-14); 2) uma caminhada sábia (Ef 5.15-17); 3) uma trajetória cheia do Espírito Santo (Ef 5.18-33). Aqui, nos deteremos na segunda parte. Em Efésios 5, o apóstolo Paulo ensina a respeito da caminhada do cristão neste mundo. Neste capítulo, a palavra “prudência” se destaca. De acordo com o Antigo Testamento, a palavra “prudência” tem conotação de compreensão, discernimento (Pv 9.9). Em Provérbios 9.10, quando se diz que o justo “crescerá em prudência”, o termo traz a ideia de ensino, instrução e capacidade para ensinar. No Novo Testamento, a palavra remete a algo que Deus derramou sobre nós, ou seja, “toda a prudência”, entendimento, conhecimento e amor à vontade de Deus (Ef 1.8). Então, podemos conceituar prudência como virtude que nos permite agir com cuidado e moderação diante de situações desafiadoras; é uma razão prática que nos permite discernir entre as escolhas mais adequadas para fazer o bem (Pv 16.16; cf. Tg 5.17).

2- Não andeis como néscios! 
Apóstolo Paulo diz que não devemos andar como néscios (Ef 5.15), cujo adjetivo asophos, traz a ideia de alguém insensato, tolo, ignorante e embotado (Lc 24.25); mas como “sábios”, ou seja, diligente, cuidadoso e sábio, cheio do Espírito Santo para fazer a vontade do Senhor. Ser néscio reflete uma vida de ignorância espiritual, ausência de sabedoria e desprovida de luz divina; significa estar imerso numa jornada de pecado (Ef 2.2,3). Por isso, o apelo do apóstolo Paulo para o crente é: “vede prudentemente como andais”. Em outras palavras: seja prudente. O apóstolo deixa claro que os que vivem na carnalidade jamais agradarão a Deus (Rm 8.8).

3- Andeis como sábios! 
O adjetivo que Paulo usa para qualificar quem caminha para o céu é “sábio”, do grego sophós, uma pessoa hábil, perita. Esse adjetivo descreve em essência a vida do cristão dirigida pelo Espírito Santo. Ora, os que andam no Espírito, caminham na luz, na santidade e tem sabedoria (Ef 1.8; Cl 4.5). Por meio da luz divina, que habita o crente, seu andar é com discernimento, a sabedoria realmente o faz distinguir entre o que deve ou não fazer. Há um compromisso de jamais voltar à conduta antiga do mundo. Contudo, é relevante compreender que essa sabedoria não é humana, não surge de cursos acadêmicos; ela é espiritual, vem de cima. Por meio dessa sabedoria, andamos em santidade (Hb 12.14) e nos tornamos semelhantes a Jesus (1 Jo 3.2; Gl 3.26).

SINOPSE II
A sabedoria no crente o faz discernir entre o que deve ou não fazer.

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Compreender a vontade do Senhor “Enquanto fazer o melhor uso das oportunidades está relacionado à diligência ou à sabedoria, compreender a vontade do Senhor está relacionado ao discernimento. A sabedoria na vida diária reside na vontade de Deus; e ao procurar discernir esta vontade, devemos sempre distinguir entre o que está relacionado ao geral e ao particular. O primeiro é encontrado nas Escrituras, por exemplo, Deus não quer ‘que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se’ (2 Pe 3.9). Esse seu desejo particular pela vida de cada pessoa poder ser conhecido através dos princípios das Escrituras, dos conselhos comunitários ou da sabedoria, da oração e da orientação que nos foram revelados pelo Espírito Santo. ‘Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas’ (Pv 3.5, 6). Quando toda nossa vida está relacionada à vontade de Deus, em suas dimensões geral e particular, então estaremos vivendo de forma prudente e sábia” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. Romanos—Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 450, 451).

III – VENCENDO OS DIAS MAUS

1- Remindo o tempo. 
O versículo 16 de Efésios 5 apresenta o verbo remir como tradução do grego exagorázõ. Ele possui dois sentidos: 1) redimir, resgatar do poder de outro pelo pagamento de um preço; 2) comprar para uso próprio. Então, podemos dizer que remir é uma expressão usada para se referir à sabedoria dos compradores que esperavam o momento certo para comprar de acordo com o melhor preço oferecido pelo mercado. Com a expressão “remindo o “tempo”, o apóstolo Paulo se refere ao cristão que se conduz de maneira proveitosa e sábia no contexto deste mundo (Ef 5.16; cf. Cl 4.5).

2- Remindo o tempo e a Volta do Senhor. 
Quando se falava a respeito de remir o tempo entre os cristãos primitivos, estes tinham em mente a iminência da segunda vinda do Senhor Jesus, ou seja, esse esperado acontecimento poderia acontecer a qualquer momento (1 Co 15.51). Por isso, os cristãos eram incentivados a procurar sabiamente aproveitar todas as oportunidades, em especial, no sentido de se prepararem espiritualmente para aquele dia. Assim , a perspectiva da iminente volta do nosso Senhor faz com que não percamos tempo com coisas banais; antes, nos exorta a viver de maneira sábia, santa e piedosa, pois o Senhor Jesus pode voltar a qualquer momento (1 Ts 4.15).

3- Os dias são maus. 
Outra expressão que chama atenção é “os dias são maus” (Ef 5.16). Ela revela que estamos inseridos numa sociedade dominada pelo pecado, que pode tomar nosso tempo e nos levar à prática do mal. Não podemos nos conformar com essa possibilidade, não podemos ser insensatos a tal ponto, mas entender “qual seja a vontade de Deus” (Ef 5.17). Desse modo, a vontade de Deus tem a ver com, como cristãos, aproveitarmos o tempo para fortalecer nossa vida espiritual, praticar o bem para com os outros, ler a Bíblia, orar, se consagrar e congregar (Gl 6.10; Hb 10.25).

SINOPSE III
O crente deve fortalecer a sua vida espiritual para lidar com as adversidades dos dias maus.

CONCLUSÃO
Em nossa caminhada para as mansões celestiais precisamos seguir o padrão divino, isto é, as normas determinadas pelo Pai, que estão inseridas em sua Palavra (2 Tm 3.16). É preciso viver sábia e prudentemente, aproveitando bem as oportunidades de fazer o bem, e não deixarmo-nos dominar pelos dias maus, na certeza de que a Vinda do Senhor se aproxima e, isso, nos incentiva de maneira santa (Hb 12.14).

REVISANDO O CONTEÚDO
1- O que a palavra “ padrão” expressa?
A palavra “padrão” expressa uma norma determinada por consenso, ou por uma autoridade oficial, que se torna base de comparação consagrada como modelo a ser seguido.
2- Como o capítulo 5 da Carta aos Efésios pode ser dividido? 
Podemos dividir o capítulo 5 de Efésios em três partes: 1) a caminhada do cristão em amor (Ef 5-1- 14); 2) uma caminhada sábia (Ef 5-15- 17); 3) uma caminhada cheia do Espírito Santo (Ef 5.18-33).
3- De acordo com a lição, conceituar as palavras “prudência” e “néscio”. 
Podemos conceituar prudência como virtude que nos permite agir com cuidado e moderação diante de situações desafiadoras; é uma razão prática que nos permite discernir entre as escolhas mais adequadas para fazer o bem (Pv 16.16; cf. Tg 5.17).
4- Explique a expressão “remir”. 
Remir é uma expressão usada para se referir à sabedoria dos compradores que esperavam o momento certo para comprar de acordo com o melhor preço oferecido pelo mercado.
5- O que a expressão “os dias são maus” revela? 
Essa expressão revela que estamos inseridos numa sociedade dominada pelo pecado, que pode tomar o nosso tempo e nos levar à prática do mal.

Fonte: CPAD


Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

sexta-feira, 19 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 3 / 2º Trim 2024

                                     

 A HUMANIDADE DE CRISTO

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Texto de Referência: Hb 2.5-10

LEITURA SEMANAL

Seg Jo 1.14 O Verbo de Deus se fez carne.

Ter Fp 2.8 Jesus foi obediente até a morte.

Qua Ef 5.2 Jesus se ofereceu a Deus como oferta e sacrifício.

Qui Fp 2.9 Deus exaltou Jesus soberanamente.

Sex Hb 2.14 Na cruz, Jesus destruiu o poder do diabo.

Sab Lc 4.19 Jesus veio libertar os oprimidos.

VERSICULO DO DIA

"Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo", Hb 2.17.

VERDADE APLICADA

Jesus participou da condição humana em Sua carne, tais como fragilidade e limitações bem como passou por tentações, contudo, nunca pecou.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

✔ Apresentar a condição humana de Jesus:

✔ Mostrar o resultado de Sua Obra salvífica;

✔ Explicar as consequências da vitória na cruz.

INTRODUÇÃO

Apesar de ser Deus, Jesus se fez completamente humano para cumprir o plano de Deus e nos socorrer nas adversidades.
Ponto-Chave
"Por ter se feito homem a Si mesmo, Jesus pode nos socorrer e nos salvar."

1- JESUS, PLENAMENTE HUMANO
Em Seu ministério terrestre, Jesus viveu uma vida humana plena; participando do sofrimento, da fragilidade e das restrições de uma vida árdua de abnegação e entrega ao Plano de Deus.

1.1. Se fez humano
Antes de se fazer humano, Cristo já existia como o Verbo de Deus, mas escolheu se esvaziar de Sua glória para cumprir o propósito divino (Fp 2.7). Jesus viveu uma vida simples, em uma família humilde em um povoado na região da Galileia (Mt 2.23). Participou de festas (Jo 2.2), entristeceu-se (Jo 11.35), fez amizades (Jo 11.11), dormiu (Mc 4.38), participou da condição humana em toda Sua plenitude, exceto o pecado original (2Co 5.21). Como humano, Ele também foi tentado (Mt 4.1-11), e, ao ser vitorioso, Ele é capaz de ajudar todos aqueles que são tentados (Hb 2.18).

1.2. Sofreu a morte 
As Escrituras afirmam que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). Entretanto, se Jesus não pecou, por que Ele passou pela morte? O próprio Cristo afirma que a morte não tinha poder sobre Ele, somente Ele poderia oferecer a Sua vida e tornar a tomá-la de volta (Jo 10.17-18), Sua fidelidade ao Plano de Deus é de completa entrega. de modo que derramou Seu sangue e entregou Seu espírito ao Pai como oferta agradável a Deus, vindo a morrer. Cristo partilhou de nossa humanidade até a morte (Hb 2.17), nos amou além da própria vida.

Refletindo
"Ele (Jesus) tomou o nosso lugar, entrou em nosso sofrimento, morreu nossa morte por nós, ressuscitou da morte, deu-nos sua vida e nos formou como uma comunidade por meio do Espírito, realizando assim, algo tão decisivo que toda a vida é transformada por Ele." Paul Scott Wilson

2- AUTOR DA SALVAÇÃO
Em Gênesis 3.15 vemos a afirmação do texto em uma promessa feita por Deus, logo após a Queda do homem que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente.
Em Cristo, o Plano da Salvação chega ao seu ápice, de modo que Jesus se ofereceu a Deus como Cordeiro puro, santo e imaculado para a remissão dos nossos pecados. E a promessa feita no Jardim, se cumpre em Cristo.

2.1. Seu sacrifício vicário
O culpado deveria pagar o preço pelo pecado por causa da justiça de Deus. Sem o sacrifício de Cristo, a humanidade estaria entregue ao próprio destino, sendo condenada a separação eterna de Deus. Jesus, justo e inocente se colocou em nosso lugar na cruz para sofrer a punição dos nossos pecados e a separação de Deus (Mt 27.46). E depois, desceu às regiões mais baixas da terra (Ef 4.9). Esse era o nosso destino, mas Cristo tomou o nosso lugar, Ele recebeu o juízo de Deus que a nós estava destinado mas, por ter recebido o juízo em nosso lugar, agora vivemos a salvação conquistada em Sua ressurreição (1Pe 3.18).

2.2. Recebeu de Deus glória e honra
Por ter se oferecido graciosamente para cumprir o plano de Deus, o Pai estabeleceu Jesus como o mediador da salvação (1Tm 2.5) e herdeiro de todas as coisas (Rm 8.17). A exaltação de Cristo está inerentemente vinculada a Sua humilhação (Fp 2.8-9). O humilde carpinteiro da Galileia, experimentado nos trabalhos, recebeu a glória e a honra por representar tudo aquilo que Deus é, amor. Assim, para que Deus venha nos enaltecer, devemos antes viver uma vida de humildade e de entrega, assim como Cristo nos ensinou.

3- A VITÓRIA DE CRISTO
Ao cumprir o Plano de Deus, Jesus recebeu novamente Sua majestade e a autoridade sobre a Criação (Ef 1.20,21).

3.1. Derrotou o diabo
Em Seu ministério terreno, Jesus declarou que havia despojado Satanás de seu poder (Mt 12.28,29). Satanás foi desprovido de seu domínio e poder como afirma Hebreus 2.14: "E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo." A força do diabo estava na morte, e o poder da morte estava no pecado, mas Cristo venceu a morte se fazendo pecado por nós (1Co 15.55-57).

3.2. Libertou os cativos
Antes de Cristo, estávamos presos em nossos pecados e condenados à morte (Ef 2.1-6). No entanto, através de Sua ressurreição, nos ressuscitou com Ele para reinarmos no mundo espiritual e no porvir. Essa libertação não foi alcançada por nossos próprios méritos ou pelas nossas próprias forças, mas é recebido pela fé em Cristo, em Sua Obra expiatória e em Sua ressurreição (Ef 2.9). Agora, não podemos mais viver na prática do pecado e em rebelião a Deus, pois, se somos filhos de Deus, o Espírito Santo habita em nós e nos capacita a viver uma vida santa e agradável a Deus (Rm 8.16).

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR
Jesus possui duas naturezas, a divina e a humana. Ele é completamente Deus e completamente humano, e essas duas naturezas não se confundem e nem se misturam. O nome da união das duas naturezas em Cristo é chamada de "união hipostática". Os Pais da Igreja utilizaram da seguinte imagem para facilitar nosso entendimento. Veja: as duas naturezas de Cristo são semelhantes a uma tocha, o cabo representa a natureza humana, enquanto que o fogo, a natureza divina. Uma completa a outra, mas não se misturam e nem se confundem.

CONCLUSÃO
Como Deus, Jesus tem a capacidade e o poder para nos socorrer nas tribulações e tentações.

Complementando 
O semipelagianismo é uma concepção herética que acredita que, apesar da salvação partir de Deus, ela só é eficaz por ser realizada pela Iniciativa e boa vontade humana. O ministério terreno de Jesus nos ensina que é Cristo que faz a obra em nossa vida através da fé, que é uma resposta à Palavra de Deus (Rm 10.17).

Eu ensinei que:
Nós não podíamos fazer as mesmas Obras de Jesus mas, por Ele ter se feito homem, pode nos ajudar em nossas fraquezas.

Fonte: Editora Betel

quinta-feira, 18 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 3 / ANO 1- N° 1

                                     

O Arrebatamento

TEXTO BÍBLICO BÁSICO
1 Tessalonicenses 4.13-17
13- Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
14- Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.
15- Dizemos-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.
16- Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;
17- depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.

TEXTO AUREO
  Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. 1 Coríntios 15.52

SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - 1 João 3.10-13 Seremos semelhantes a Cristo

3ª feira - 1 Tessalonicenses 4.13-18 Os salvos reunidos com o Salvador

4ª feira - João 5.24-29 Os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus

5ª feira - 2 Coríntios 12.1-4 Arrebatado até o terceiro céu

6ª feira - Apocalipse 4 João é um dos tipos dos arrebatados

Sábado Efésios 5.14 Hora de despertarmos do sono

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• entender o significado do Arrebatamento; a relação entre Arrebatamento, Grande Tribulação, Milênio e os grandes temas do fim;
• discorrer sobre os milagres que ocorrerão durante o Arrebatamento;
• renovar a esperança de que o futuro será melhor para todos os que conhecem a Cristo como Salvador.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Caro professor, como apoio didático, no tópico 1.4, você tem a opção de apresentar aos alunos o quadro a seguir. 
  Arrebatamento e Revelação significam a mesma coisa? Observe cuidadosamente a comparação entre esses dois eventos:

ARREBATAMENTO
Jesus vem e permanece nos ares (1 Ts 4.16,17)
Jesus vem buscar os santos (1 Ts 4.16,17)
Cristo recebe a esposa
Não é precedido de sinais; é iminente
Haverá um tempo de bênçãos e consolo (1 Ts 4.18)
Vinculam-se os crentes (Jo 14.1-3; 1 Co 15.51-55; 1 Ts 4.13-18)
Num abrir e fechar de olhos, só os salvos verão a Cristo (1 Co 15.52)
Começa a Grande Tribulação
Cristo vem como a resplandecente estrela da manhã (Ap 22.16)

REVELAÇÃO
Jesus vem e pisa na terra (Zc 14.4)
Ele vem com os santos (1 Ts 3.13; Jd 14)
Ele vem com a esposa
Os sinais predizem o evento (Mt 24.4-29)
Haverá um tempo de destruição e Juízos (2 Ts 2.8-12)
Vincula-se a nação de Israel e as nações gentias (Mt 24.1-25,46)
O Senhor Jesus será visto por todo o mundo (Mt 24.27; Αp 1.7)
Tem início a dispensação do Milênio
Cristo vem como o sol da justiça (MI 4.2)

Boa aula!

COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  Dentre os grandes temas registrados nos 66 livros da Bíblia, a doutrina do Arrebatamento destaca-se por sua importância, finalidade e papel que exercerá no plano perfeito determinado por Deus. O cenário profético assinala o Arrebatamento como o primeiro grande evento escatológico que dará início à contagem regressiva em sua parte final do fim dos tempos. Nesta lição, compreenderemos a verdade bíblica acerca deste assunto essencial à fé cristã.
  Uma das questões polémicas diz respeito à ocasião do Arrebatamento. Alguns grupos defendem que este evento ocorrerá no meio da Grande Tribulação; outros advogam que acontecerá após a Grande Tribulação. Entretanto, a maioria dos escatólogos, intérpretes das Escrituras, defende o ponto de vista pré-tribulacionista. Segundo eles, o Arrebatamento acontecerá antes da Grande Tribulação (Ap 4.1,2).

1. QUATRO PERGUNTAS PRINCIPAIS
  Diversas perguntas são formuladas a respeito desta matéria. Uma das mais comuns declara que esta doutrina não é bíblica, porque a palavra arrebatamento não se encontra na Escritura. Em razão desta afirmativa - e de outras mais -, algumas pessoas tentam negar este importante evento exposto nas Escrituras de forma ampla e abrangente. 
  É bem verdade que a palavra arrebatamento não aparece na Bíblia com esse título; entretanto, a doutrina do arrebatamento está clara e transparente em diversas porções do texto sagrado (Jo 14.1-3; 1 Co 15.52; 1 Ts 4.17). Estas e outras passagens destacam o verbo grego harpadzo, que significa precisamente: "arrebatar subitamente, agarrar, levantar, tirar com força, raptar".

1.1. Qual o significado do Arrebatamento?
  De acordo com as sábias palavras de Paulo, o Arrebatamento é um mistério (1 Co 15.51). Ao abordar este assunto com a Igreja, o apóstolo faz-nos entender que suas declarações são fruto de uma revelação divina. A Teologia postula que o vocábulo mistério, na Bíblia, designa uma verdade parcialmente revelada. A Escritura, inclusive, afirma que as coisas encobertas (ocultas, indizíveis e de difícil compreensão) são para o Senhor (Dt 29.29).
  Arrebatamento será o rapto, o levantamento, a ascensão, a trasladação dos salvos, com corpos transformados e glorificados, quando a trombeta de Deus soar (1 Ts 4.16) - esse ressoar não se destina ao povo em geral, mas apenas aos mortos em Cristo e à Igreja militante. Será a grande convocação dos remidos do Senhor. Outro propósito maravilhoso do Arrebatamento será a transformação sobrenatural dos salvos vivos; estes não experimentarão a morte física.
______________________________
  O Arrebatamento representa, acima de tudo, a volta do Senhor Jesus pela segunda vez ao mundo, cumprindo literalmente as profecias que declaram que os salvos escaparão da Grande Tribulação - esta virá com força total sobre a terra e seus moradores (Lc 21.36; Ap 6-18).
______________________________
1.2. Qual o lugar do Arrebatamento relacionado à Grande Tribulação?
  Não existe uma única e comum resposta a esta questão. Diversas correntes teológicas apresentam diferentes pontos de vista. As três principais são: pré-tribulacionista, mesotribulacionista e pós-tribulacionista.
  O ponto de vista aceito pela maioria dos especialistas nas profecias escatológicas é defendido na escola pré-tribulacionista. Os salvos, mortos, que ressuscitarão, e os vivos, salvos, que serão transformados, serão arrebatados antes da Grande Tribulação, que abrangerá o mundo inteiro. As principais provas bíblicas que fundamentam este ensino podem ser acessadas nos seguintes textos: Zacarias 14.4; João 14.1-3; 1 Tessalonicenses 1.10; 4.16,17; 5.9; Apocalipse 4.1; 6-19.
  A escola mesotribulacionista coloca o Arrebatamento em meio à Tribulação. Segundo os defensores dessa corrente, a Igreja passará pelos primeiros três anos e meio da Tribulação e será arrebatada juntamente com os mártires (as Duas Testemunhas mencionadas em Apocalipse 11.3-12). Os mesotribulacionistas classificam a primeira metade da Tribulação, referida pelo Senhor Jesus, como princípio das dores (Mt 24.5-20). e os outros três anos e meio como grande aflição (Mt 24.21).
  Os pós-tribulacionistas afirmam que a Igreja passará os sete anos sofrendo os horrores da ira de Deus, manifestada nos terríveis juízos que castigarão a terra e seus moradores. A operação maligna dos demônios que invadirão o mundo nesta ocasião, causando catástrofes, destruições, terrores e abusos, terá como foco principal a Igreja, os salvos por Cristo Jesus (Mt 13.24-30: 24.29-31,40,41).
  Cremos na doutrina pré-tribulacionista, baseada em provas bíblicas robustas e incontestáveis, as quais indicam claramente que o Arrebatamento ocorrerá antes do período tribulacional (Is 57.1,2).

1.3. Quem participará do Arrebatamento?
  Todos os mortos, salvos por Cristo, serão trazidos pelo Senhor (ressuscitarão) e serão arrebatados. Todos os servos fiéis de Jesus que estiverem vivos serão transformados pelo poder de Deus e serão arrebatados juntamente com os que ressuscitaram. Os ímpios, de uma forma geral, não participarão deste evento glorioso (Ap 21.8; 22.15).
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  A Igreja verdadeira, com seus membros integrados e unidos como Noiva de Cristo, constituída de pessoas de todas as nacionalidades (inclusive judaica), será trasladada pelo Senhor desde a terra para as mansões celestiais (1 Ts 4.13-18).
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1.4. Arrebatamento e Revelação significam a mesma coisa?
  Arrebatamento e Revelação são dois acontecimentos distintos que ocorrerão com uma diferença de sete anos entre um e outro. O Arrebatamento equivale ao Dia de Jesus Cristo, como identifica Paulo (Fp 1.6). A Revelação equivale ao Dia do Senhor, considerado como o Dia da Ira, da vingança (Jr 46.10: Ez 30.2; Am 5.18; Sf 1.7,14,15).

2. MILAGRES NO ARREBATAMENTO
  A narrativa bíblica registra em detalhes grandes milagres que ocorrerão durante o Arrebatamento; o principal deles será a presença divina do Senhor Jesus, que descerá do céu (1 Ts 4.16).

2.1. Ressurreição
  A ressurreição dos mortos será um dos primeiros milagres: esta é uma doutrina genuinamente bíblica, citada tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (Sl 16.10; Jó 19.25-27; Is 26.19; Dn 12.2; Lc 14.14; Jo 5.21,28,29; At 2.24; Ap 20.4-6,13).
  Quando o Senhor descer do céu na segunda vinda, o primeiro fato que ocorrerá será a ressurreição de todos os salvos (1 Ts 4.16) - conforme mencionado na lição anterior. Os crentes fiéis ouvirão a voz de Jesus, levantar-se-ão dos lugares em que foram enterrados, e a morte não terá mais poder sobre eles (Jo 5.28,29; Ap 1.18).
  É riquíssima a descrição do apóstolo Paulo sobre a ressurreição dos crentes salvos, mortos em Cristo. Paulo analisa os detalhes, os procedimentos, o tempo adequado e todas as implicações acerca dessa ressurreição, eliminando as dúvidas e questionamentos relacionados a esta matéria, essencialmente relevante (1 Co 15.42-55).

2.2. Transformação
  Nos círculos teológicos, entende-se por milagre, a suspensão das leis naturais, ou seja, a cessação do poder natural-humano para a atuação do poder sobrenatural-divino.
  O segundo grande milagre durante o processo do Arrebatamento será a transformação extraordinária dos crentes salvos, ressuscitados, dos, e a dos crentes salvos que estiverem vivos. Este milagre obedecerá à seguinte ordem: (1) os salvos que dormem com Cristo, ou seja, cujos corpos estão mortos, receberão corpos vivos espirituais; (2) em seguida, os crentes salvos, vivos, com corpos carnais, receberão corpos espirituais. O processo milagroso atua na mudança da corruptibilidade para a incorruptibilidade. Da mortalidade para a imortalidade.

2.3. Glorificação
  Depois da ressurreição dos salvos em Cristo, da transformação - dos dois grupos dos que ressuscitarem e dos vivos salvos pelo Senhor, - acontecerá o milagre da glorificação.
  Merece destaque, neste tópico, o fato de que, para usufruir a eternidade com Deus, o corpo formado de carne e sangue será glorificado na condição de corpo espiritual, pois o corpo carnal - o homem terreno (1 Co 15.47) - relaciona-se com o mundo físico (limitado ao tempo e ao espaço), enquanto o corpo espiritual - o homem celestial (1 Co 15.49) - relaciona-se com a eternidade. 
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  Como se da dará o processo glorificação do corpo dos salvos em Cristo? Observe as etapas citadas na Bíblia: salvação (Rm 8.24); adoção (Rm 8.23); justificação (Rm 8.30); santificação (2 Co 7.1); redenção (Rm 8.23); libertação (Rm 8.21) e glorificação (Rm 8.17).
______________________________
3- FATOS ADICIONAIS
  Outros aspectos acerca do Arrebatamento aparecem no texto bíblico, fornecendo uma compreensão clara, sólida e satisfatória deste evento relacionado a todos os salvos.

3.1. Figuras, tipos e símbolos
  Os personagens bíblicos que remontam o cenário do Arrebatamento são: Enoque, trasladado, levado por Deus (Gn 5.21-24); Noé e sua família, antes do Dilúvio (Gn 7.7); Ló, retirado de Sodoma e Gomorra (Gn 19.12-23); Elias, às margens do rio Jordão (2 Rs 2.6-11); o Senhor Jesus, em Jerusalém (At 1.9-11); Filipe, ao sair da água (At 8.39,40); Paulo, ao terceiro céu (2 Co 12.1- 4); João, na ilha de Patmos (Ap 1.9,10); as Duas Testemunhas, na Tribulação (Ap 11.11,12); e o Filho varão (Ap 12.1-5).

3.2. Eis aqui vos digo um mistério
  Esta alocução paulina (1 Co 15.51a) alude a uma parte dos arrebatados que irá para o céu, sem passar pela morte física. Este ensinamento foi uma revelação que o Senhor entregou a Paulo para ser compartilhado nas igrejas como doutrina: haverá uma geração, composta de crentes fiéis, que será transformada, glorificada e preparada para o Arrebatamento, que acontecerá em uma fração de segundos. Esses salvos em Cristo não serão feridos pelo aguilhão da morte física (1 Co 15.55).

CONCLUSÃO
  Quando tudo o que Deus determinou para o dia do arrebatamento acontecer, o mundo inteiro testemunhará a veracidade da Palavra, e todos saberão que as promessas do Senhor são fiéis e verdadeiras (Js 21.45; 2 Co 1.20).
  Os que creem e aceitam Jesus como Salvador e Senhor de sua vida (At 16.31); os que guardam em obediência os mandamentos divinos (1 Tm 6.14); os que fazem parte da verdadeira Igreja (Ef 5.27); os que vivem em santidade (1 Ts 5.23); e os que esperam a salvação subirão ao encontro do Senhor nos ares e irão para o céu (1 Ts 4.16). 
  Sejamos o povo do Arrebatamento!

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Considerando o que foi exposto nesta lição, responda: 

Quem participará do Arrebatamento?

R. Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, os que estiverem vivos serão transformados e arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para encontrar o Senhor nos ares; assim, estarão com o Senhor para sempre (1 Ts 4.16,17).

Fonte: Central Gospel

quarta-feira, 17 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 3 / 2º Trim 2024


AULA EM 21 DE ABRIL DE 2024 - LIÇÃO 3
(Revista Editora Betel)

Tema: Ordenança para Congregar e prestar Culto Racional
TEXTO ÁUREO
“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Romanos 12.1

VERDADE APLICADA
Uma característica marcante do nascido de novo é o desejo de estar reunido com o povo de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar que não devemos deixar de congregar.
Falar sobre não perder o desejo de congregar.
Destacar que precisamos prestar culto racional a Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

SALMOS 84
3- Até o pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si e para a sua prole, junto dos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu.
4- Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente.
10- Porque vale mais um dia nos teus átrios do que, em outra parte, mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas da impiedade.

HEBREUS 10
25- Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | SI 27.4 Anelo pela presença de Deus todos os dias.
TERÇA | Mt 21.13 A minha casa será chamada casa de oração.
QUARTA | LC 2.27 O menino Jesus é apresentado no templo.
QUINTA | Lc 2.46-47 O menino Jesus no meio dos doutores.
SEXTA | Jo 7.14 Jesus ensina no templo.
SÁBADO | At 3.1 Pedro e João subiram ao templo para orar.

HINOS SUGERIDOS: 5, 144, 251

INTRODUÇÃO
Muitos deixam de congregar por qualquer motivo. As dificuldades e lutas da vida jamais deverão ser empecilhos ou desculpas para alguém deixar de participar das atividades da igreja. Professor(a), como pode-se ver nos objetivos da lição, o primeiro é mostrar que não devemos deixar de congregar, isto é, ninguém pode deixar de estar junto do povo de Deus, deixar de estar no rol de membros de uma igreja e nem ficar sem a liderança de um pastor ou dirigente. A lição visa combater o pensamento do "espírito do anticristo", que é a ideia de que Deus não se importa em o Seu povo estar desgarrado.

1- NÃO DEIXANDO DE CONGREGAR
As palavras hebraicas gahal (“assembleia”) e edaa (“congregação”) são termos mais frequentes usados para designar uma reunião de Israel com propósito religioso. A definição de português para congregar é ficar junto ou juntar-se, reunir-se, ligar-se, misturar-se, agrupar-se para “cobertura espiritual”. A Palavra de Deus nos esclarece que precisamos congregar [Ef 4.16; Hb 10.25]. Um membro fortalece o outro e Cristo fortalece todo o Corpo. As palavras gahal e edaa, mencionadas aqui foram utilizadas no Antigo Testamento para designar o ajuntamento dos filhos de Israel no deserto, e era assim que Deus se referia ao Seu povo no Antigo Testamento.

1.1. O que significa igreja e a sua missão.
A Igreja significa a união de todos aqueles que foram escolhidos e chamados por Deus [Jo 15.16], os quais, pela ação do Espírito Santo, creem que Jesus Cristo é o Filho Unigênito de Deus, que foi enviado a este mundo para redimi-los de seus pecados. É por isso que a Igreja é definida como sendo o Corpo de Cristo [Ef 5.30], e Ele a sua cabeça [Ef 1.22-23). A mensagem do Evangelho foi dada à Igreja para que ela a levasse ao mundo e ela só conseguirá fazer isso se estiver unida, foi assim que a Igreja Primitiva conseguiu vencer as perseguições de sua época e fazer a mensagem de Cristo atravessar os séculos. Se a mensagem fosse dada a um grupo de crentes sem que recebessem a ordem de permanecer juntos, então essa mensagem já teria se perdido.

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