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domingo, 14 de dezembro de 2025

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 12 / 4º Trim 2025

Dorcas: As boas obras que falam por si  
21 de Dezembro de 2025

TEXTO ÁUREO
"E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que, traduzido, se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia", Atos 9.36.

VERDADE APLICADA
Devemos exercer nossa fé juntamente com boas obras, como expressão de nossa Salvação em Cristo Jesus.
  
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Identificar a origem da discípula Dorcas.
- Destacar o ministério de Dorcas.
- Reconhecer o caráter inspirador de Dorcas para os dias de hoje.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

ATOS 9 
36. E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que, traduzido, se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. 
37. E aconteceu, naqueles dias, que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto. 
38. E, como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali, lhe mandaram dois varões, rogando-lhe que não se demorasse em vir ter com eles. 
39. E, levantando-se Pedro, foi com eles. Quando chegou, o levaram ao quarto alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e vestidos que Dorcas fizera quando estava com elas. 
40. Mas Pedro, fazendo-as sair a todas, pôs-se de joelhos e orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, assentou-se.
 
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | 1Co 15.58 O nosso trabalho não é vão no Senhor.
TERÇA | 2Co 5.10 O tribunal de Cristo julgará a obra de cada um.
QUARTA | Hb 6.10-12 Deus não esquece as nossas obras.
QUINTA | Tg 2.14-17 A fé sem obras é morta.
SEXTA | Ap 2.19 O Senhor conhece as nossas obras, o nosso amor e a nossa fé.
SÁBADO | Ap 22.12 Deus dará a recompensa a cada um segundo a sua obra.

HINOS SUGERIDOS: 93, 115,600

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que possamos praticar boas obras.    

INTRODUÇÃO
Nesta lição, conheceremos o ministério da discípula Dorcas, uma mulher aguerrida, cujas obras coadunavam sistematicamente com sua fé. Ela ficou na história bíblica como discreta, singular e abençoadora.    

PONTO DE PARTIDA – O legado de Dorcas.

1. A origem da discípula Dorcas 
Não sabemos muito sobre Dorcas, apenas que era uma discípula cristã que vivia em Jope, cidade portuária na costa da Judeia. Entretanto, ela é uma personagem bíblica marcante por seu amor pelos mais necessitados. Admirada por seus gestos de generosidade e caridade, ela oferecia às pessoas ao seu redor aconchego e esperança. 

1.1. A história de Dorcas. 
Dorcas (grego), também conhecida como Tabita (aramaico), é mencionada em Atos dos Apóstolos 9.36-42. Seu nome significa "gazela'; um símbolo de beleza e graciosidade, relatado por Salomão (Ct 2.9,17). Era conhecida por seu serviço aos necessitados, especialmente por costurar roupas para as viúvas e pessoas pobres. 

Champlin (2002, p. 207): "Essa devota discípula [...] serve de modelo para as mulheres cristãs; embora não pareça possuir bens apreciáveis, mostrava-se muito caridosa, até onde chegavam as suas possibilidades, atingindo a classe mais pobre e negligenciada de todas, as viúvas". 

1.1. A morte de Dorcas. 
Dorcas adquiriu uma enfermidade (At 9.37). A Bíblia não esclarece de qual mal ela foi acometida, mas a verdade é que aquela doença a levou à morte. Esse fato gerou muita tristeza na comunidade de Jope, principalmente entre as pessoas que eram atendidas e amparadas por sua generosidade. 

Pr. Odair Alves comenta: "A vida, contudo, passa. A morte se aproxima, sem aviso, sem anúncios. O final da vida terrena havia chegado para ela [Dorcas]. Sua morte foi consequência de uma enfermidade que não foi revelada. Encerrara sua caminhada. Estava agora no descanso de seu Senhor [...] Sua biografia, porém, não termina aqui". 

1.3. A ressurreição de Dorcas. 
O corpo de Dorcas foi preparado para o sepultamento, mas os discípulos, sabendo que Pedro estava próximo, em Lida, enviaram mensageiros para chamá-lo. Quando Pedro chegou, encontrou viúvas chorando e mostrando as túnicas que Dorcas havia feito (At 9.39). O apóstolo orou e ordenou que Dorcas se levantasse, e ela foi ressuscitada milagrosamente (At 9.40). Esse milagre levou muitos em Jope a crerem no Senhor (At 9.42). 

Para Isabela Fonseca: "A notícia da ressurreição de Dorcas foi o tema do dia em Jope. Dorcas estava viva, Pedro a ressuscitou. Espalhando-se a notícia e vendo o povo esse milagre, creram e glorificaram a Deus, interessando-se pela fé cristã. Na ressurreição de Dorcas, vemos que os discípulos aqui, como seu Mestre Jesus, acharam, em cada momento difícil, uma oportunidade para servir, curar e abençoar as pessoas". 

EU ENSINEI QUE: 
Dorcas era conhecida especialmente por costurar roupas para as viúvas e pessoas pobres

2. O ministério de Dorcas
Dorcas expressava e testemunhava sua fé no Evangelho de Jesus com suas agulhas de costura, executando um trabalho digno de atenção e apreciado por todos. Sua trajetória ministerial foi bem- -sucedida e bastante admirada. O relato bíblico traz a história de Dorcas em apenas seis versículos, mas sua relevância para a comunidade cristã ecoa ainda hoje. 

2.1. Uma mulher generosa. 
Dorcas era generosa, capaz de deixar seus próprios interesses para ajudar o próximo, "cheia de boas obras e esmolas que fazia" (At 9.36). Embora fosse uma mulher bondosa e que fazia caridade, Dorcas sempre se manteve discreta, sem alardear seus feitos, como ensinou Jesus (Mt 6.1-4). 

Pr. Odair Alves, no livro O legado de Dorcas, comenta: "A luz que uma alma generosa espalha jamais poderá ser contabilizada. Feliz daquele que não toma nota do bem que faz. Não permite que seu cérebro fique meditando sobre isso". 

2.2. Dorcas, a discípula amada. 
Quando Pedro chegou a Jope, as viúvas o cercam, chorando e mostrando as túnicas e os vestidos confeccionados por Dorcas. Logo que o apóstolo chamou os santos e as viúvas e a apresentou viva (At 9.41), certamente ele pôde constatar o amor das pessoas daquela comunidade por Dorcas. A dor deles foi aliviada, e o choro transformado em alegria (S1 30.5). 

Pr. Maurício Ferreira relata o amor da igreja por Dorcas: "Mesmo num clima de tristeza, o amor por Dorcas foi demonstrado pelas viúvas que conviveram com ela: "...e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto" (At 9.37). Tiveram o cuidado de preparar seu corpo para o sepultamento (Ec 6.3). Além disso, enviaram emissários para trazer o Apóstolo Pedro, porque criam que Deus podia operar uma grande maravilha". 

2.3. Vivendo em paz com todos. 
O relato bíblico nos mostra que Dorcas era querida e, portanto, não tinha inimizades na cidade. Ela é um bom exemplo de como bons relacionamentos são construídos por meio de generosidade, empatia, humildade e serviço. Sua vida em Jope, marcada por atos de amor às viúvas e outros necessitados, mostra que pequenas ações podem criar laços profundos de amizade e impactar uma comunidade inteira. 

A viúva que recebeu o profeta Eliseu, se tivesse inimizade com os vizinhos, possivelmente não conseguiria as vasilhas emprestadas para cumprir a palavra do profeta e multiplicar o azeite (2Rs 4.1-7). Precisamos ser pacíficos para com todos e fazer o nosso trabalho com um bom relacionamento, pois a interação e a amizade abrem as portas para exercermos o nosso dom, o nosso talento e as nossas habilidades com fé, para o bem de todos, junto à comunidade cristã (Gl 6.10).

EU ENSINEI QUE: 
Dorcas sempre se manteve discreta, sem alardear seus feitos, como ensinou Jesus.

3. O caráter inspirador de Dorcas
Fazer discípulos é um trabalho árduo, que exige dedicação, bom exemplo, mansidão e paciência. Porém, o discipulado é capaz de produzir frutos que ultrapassam a barreira do tempo. Aprender com Dorcas nos dá ânimo e nos estimula a expressar nossa fé com boas obras. Com isso, o Poder de Deus aparente em nossa vida levará muitos a crerem no Senhor (At 9.42). 

3.1. Uma lição de amor. 
O verdadeiro amor vem acompanhado de atitudes práticas (Jo 3.16). Jesus exemplificou isso na Parábola do Bom Samaritano, que prestou socorro àquele homem ferido. O samaritano mostrou seu amor ao próximo com sua atitude (Lc 10.30-37). Dorcas, portanto, nos deixa um belo exemplo de amor demonstrado pelo serviço a quem não tinha condições de retribuí-la.

Pr. Odair Alves comenta as lições deixadas por Dorcas: "As lições que podemos extrair da vida de Dorcas são preciosas. Nos levam a crer que não estamos em uma família ou comunidade sem um propósito do Senhor Deus. O que pode nos parecer insignificante pode ser a solução que muitas pessoas estão necessitando e esperando. Não há talento a ser desperdiçado. Os pequenos gestos não passam despercebidos aos olhos do Senhor Deus, especialmente quando carregados de amor".

3.2. O legado de Dorcas. 
Nem todos temos os mesmos talentos, dons e habilidades, mas cada um de nós tem algo a oferecer. Dorcas escolheu trabalhar com aquilo que tinha habilidade: costurar. Suas boas obras incluíam a doação de roupas, mas também esmolas às pessoas que precisavam, principalmente às viúvas. Ela cumpriu o ministério que recebeu de Deus e ficou na história bíblica (At 9.36-41), juntamente com outras mulheres notáveis. 

Isabela Fonseca, em Mulheres da Bíblia, destaca: "Dorcas não era uma mulher atraente; não impressionava ninguém. Ela tinha simplesmente um dom, sabia costurar roupas para as viúvas. Talvez pensasse assim: não sou profetiza, nem líder como Miriã, nem tenho a capacidade de Débora para julgar a Israel. Enfim, não faço parte da classe das mulheres talentosas da Bíblia. Parece que Dorcas era solteira, não tinha marido nem filhos que pudessem torná-la influente entre os cristãos. Todavia, não era frustrada por isso". 

3.3. Um exemplo a ser seguido. 
Dorcas foi a única mulher a ser chamada de discípula nas Escrituras, possivelmente por seguir os ensinamentos dos apóstolos de Jesus. Uma mulher atuante em sua comunidade local, ao fazer o bem a todos (Gl 6.10), certamente inspirou outras, dentro e fora da igreja, como seu testemunho vivo da fé cristã. 

Pr. David Cabral comenta o exemplo de fé de Dorcas: "Vida cristã é, essencialmente, viver os ideais nobres da Palavra de Deus, bem como revelar ao mundo que Cristo se manifesta através de nossos atos e atitudes (2Co 5.17). Vida cristã também significa viver com Deus e para Deus (1 Co 10.31), tendo como objetivo maior glorificá-lo em tudo (Rm 11.36). Não se pode viver apenas um cristianismo de fachada; antes, devemos todos ter uma vida de oração, boas obras e fé. É necessário que tudo isto faça parte da vida do cristão. A fé deve ser demonstrada com obras, pois são elas que revelam a genuína fé (Tg 2.21-22). Por isto, é importante a lição que nos deixou Dorcas: uma vida de fé e cheia de boas obras (Tt 2.14)". 

EU ENSINEI QUE: Dorcas foi a única mulher a ser chamada de discípula nas Escrituras. 

CONCLUSÃO 
Dorcas é um exemplo de discipulado prático, demonstrado no amor e no cuidado pelos necessitados. Sua história nos inspira a sermos perseverantes em atos de bondade e no serviço cristão, movidos por amor a Deus, gratidão pela Salvação em Cristo e compromisso com o testemunho cristão. Tudo isso visando a Glória de Deus, como revelado nas Escrituras.
  
Subsídio para esta lição. 

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)


Índice Escola Dominical - 4º Trim 2025


Conteúdos para a aula da EBD do dia 21 de Dezembro 25 - Lição 12:

Revistas
Revista Betel Adultos - Corrigindo
Revista Central Gospel - A iniciar

Subsídios
Subsídio CPAD Adultos - Corrigindo
Subsídio CPAD Jovens - A iniciar
Subsídio Betel Adultos - Editando
Subsídio Betel Conectar - A iniciar
_____________________________________

Conteúdos para a aula da EBD do dia 14 de Dezembro 25 - Lição 11:

Revistas
Revista Betel Adultos - Publicado

Subsídios
Subsídio CPAD Jovens - Publicado
_____________________________________

Conteúdos para a aula da EBD do dia 7 de Dezembro 25 - Lição 10:

Revistas
Revista Betel Adultos - Publicado

Subsídios
Subsídio CPAD Jovens - Indisponível
Subsídio Betel Conectar - Indisponível
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sábado, 13 de dezembro de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR JOVENS - Lição 12 / 4º Trim 2025

 

MAIS DO QUE VENCEDORES


Texto de Referência: Rm 8.31

VERSÍCULO DO DIA
"Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou". Rm 8.37

VERDADE APLICADA
Em Cristo, somos mais do que vencedores, e esse triunfo vai além das dificuldades, pois se estende à vida eterna.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Ressaltar que a morte de Jesus nos garante a vitória;
✔ Saber que a fé nos garante a vitória sobre o mundo;
✔ Reconhecer que, em Cristo, vencemos todas as batalhas.

MOMENTO DE ORAÇÃO  
Ore para que os cristãos busquem a vitória em Cristo e não em suas próprias forças.

LEITURA SEMANAL
Seg Gn 3.15 A promessa é a garantia de vitória.
Ter Mt 16.18 A vitória é de Cristo e seu povo.
Qua Ap 12.11 O crente vence pelo sangue do Cordeiro.
Qui 2Tm 4.7 Paulo venceu a batalha e guardou a fé.
Sex 1Jo 5.4 A confiança em Deus assegura a vitória.
Sab Gl 5.16 O Espirito Santo nos garante a vitória.

INTRODUÇÃO

Deus conhece o início e o fim de todas as coisas, por isso fez Seus filhos vitoriosos por mediação da morte e da ressurreição de Seu Filho (Rm 1.4). Em Romanos 8.2, o Apóstolo Paulo ressalta que o segredo da vitória do crente é a libertação, pelo Espírito Santo, da lei do pecado e da morte. Não importa quão grandes sejam os desafios, o crente já tem a vitória assegurada por Jesus. Essa certeza não depende das nossas forças, mas do amor e do poder de Cristo.

Ponto-Chave
''A expressão mais do que vencedores (do grego hypernikao) indica uma vitória esmagadora e definitiva. Essa vitória não vem do nosso próprio esforço, mas é concedida por aquele que nos amou, Cristo, cujo sacrifício na cruz derrotou o pecado, a morte e as forças espirituais do mal (Cl 2.15).

1. A MORTE DE JESUS NOS GARANTE A VITÓRIA
A morte de Jesus na cruz é o fundamento da vitória para os cristãos. Ele pagou o preço pelo pecado da humanidade, derrotando a morte e o poder do mal: havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não tem mais domínio sobre Ele (Rm 6.9). A vitória de Jesus sobre a morte é definitiva, e Sua obra redentora, nos garante a vitória sobre o pecado e sobre as lutas da vida (1Co 15.57).

1.1. O poder do mal foi vencido
Após vencer o diabo e a morte mediante Sua obra redentora no Calvário, Cristo nos estendeu o direito de usufruir da Sua vitória. Assim, podemos confiar que, em Jesus, somos mais do que vencedores por aquele que nos amou (Rm 8.37). Essa verdade significa não apenas vencer os desafios, mas triunfar de maneira extraordinária com a força recebida do Alto.

1.2. Vencedores com Cristo
"Se Deus é por nós, quem será contra nós?" Rm 8.31. O Apóstolo Paulo nos assegura que a presença do Emanuel, o Deus conosco, nos dá vitória sobre o mundo (o sistema de Satanás), fortalecendo-nos na luta contra as paixões e concupiscências da carne (Rm 5.20–21). O Senhor Jesus participou da nossa humanidade para, mediante Sua morte, destruir o diabo e livrar todos que estavam sujeitos à escravidão (Hb 2.14,15).

Refletindo
A vitória do crente sobre as adversidades da vida ocorre tão somente por meio da graça do Senhor Jesus. Bispo Abner Ferreira

2. A FÉ NOS GARANTE A VITÓRIA
A fé é o único caminho para alcançarmos a vitória em Jesus (1Jo 5.4). Independentemente das circunstâncias, a fé nos conecta ao poder de Deus, transcende os desafios terrenos e nos assegura que somos mais do que vencedores em Cristo (Rm 8.37). Confiar nessa palavra é mais que uma simples esperança; é a certeza da fé na promessa divina de que, em Jesus, somos fortalecidos para enfrentar quaisquer adversidades.

2.1. Vencendo as lutas da vida
Deus luta as nossas lutas e nos defende do mal. O Apóstolo Paulo ressaltou que nada pode nos separar do amor de Cristo (Rm 8.35). As batalhas diárias, sejam elas físicas, emocionais ou espirituais, não têm o poder de nos derrotar quando estamos firmados em Cristo, que nos dá forças para vencer as adversidades. As lutas da vida podem parecer intransponíveis, mas a fé em Jesus nos fornece uma perspectiva maior: Ele já venceu o mundo (Jo 16.33).

2.2. O louvor que vence o inimigo
Entoar um canto de vitória significa comemorar o sucesso no combate contra um adversário, como fez o Apóstolo Paulo (Rm 8.31-39). Ao ensinar aos efésios sobre render graças ao Senhor pela adoração, ele disse: Falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração (Ef 5.19). E também ensinou isto aos colossenses: [...] ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração (Cl 3.16).

3. A VITÓRIA SOBRE A NATUREZA PECAMINOSA
Quando falamos em natureza pecaminosa, estamos nos referindo à aptidão natural ao pecado e ao conflito entre carne e Espírito mencionado por Paulo, que é a representação da luta contra o pecado (Rm 7.15). Somente pelo conhecimento de Deus podemos vencer a escravidão do pecado (Jo 8.31,32). Tal conhecimento nos encoraja e habilita a enfrentar os desafios que a natureza pecaminosa nos impõe, sabendo que não estamos sozinhos nessa batalha (Rm 8.31).

3.1. Sem Cristo não há vitória
Paulo foi bastante sincero ao reconhecer sua fraqueza humana: "[...] eu sou carnal, vendido sob o pecado" (Rm 7.14). Nesse versículo, fica claro que ninguém está completamente isento de pecado (1Jo 1.8). Paulo sabia que somente Deus pode nos dar vitória sobre nós mesmos, por isso devemos buscar forças nEle para enfrentar nossas demandas (Rm 8.2). Sem Cristo não há vitória para o cristão, pois Ele é a fonte da força e da redenção que nos tornam mais do que vencedores.

3.2. Do Céu vem a vitória
O Livro de Romanos é de uma beleza que não se esgota. Inspirado pelo Espírito Santo, o Apóstolo Paulo nos leva a ver que a vitória vem da confiança em Deus e da obediência aos Seus mandamentos (Rm 8.37). Entretanto, sermos vitoriosos não significa ausência de problemas, mas a capacidade de atravessá-los com paz e confiança, porque o homem não pode receber coisa alguma, se lhe não for dada do céu (Jo 3.27).

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
Em diversos textos do Livro do Apocalipse, encontramos a palavra vencer (Ap 2.7,11,17,26; 3.5,12,21; 21.7). Vencer possui diversos sentidos, são eles: superar, prevalecer, obter a vitória. Portanto, podemos afirmar, fundamentados na Palavra de Deus, que é possível o discípulo de Cristo ser um vencedor. Em Cristo somos mais do que vencedores (Rm 8.37). Craig S. Keener, em seu Comentário Bíblico, escreveu: Os estoicos valorizavam a capacidade de não se deixar abater pelo sofrimento. Os judeus louvavam esse tipo de coragem em suas narrativas sobre os mártires. Os israelitas acreditavam que triunfariam no dia do Juízo porque Deus era por eles. Paulo garante aos cristãos que eles vencem as provações atuais por aquilo que Deus realizou em favor deles (Rm 8.31-34). A Igreja já sabe como terminará a jornada na terra: a vitória final será dos que permanecem em Cristo. (Pr. Marco Sant’Anna da Silva, Revista Betel Dominical, 1º Trimestre de 2018, Lição 11).

CONCLUSÃO
Em Romanos 8.28, Paulo revela que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus; isso significa que até as dificuldades têm um propósito na vida dos santos. Vencer a luta da vida não é apenas resistir, mas perseverar com fé, sendo mais do que vencedores pelo amor e pelo poder de Cristo, que nos sustenta e nos guia rumo à vitória eterna.

Complementando
O segredo para transformar crises em vitórias é convidar o Senhor para fazer parte da nossa vida, e isso em todos os aspectos. Embora as lutas sejam muitas, é possível vencer todas elas em Cristo, sem nos esquecer da promessa feita aos vencedores: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus (Ap 2.7).

Eu ensinei que:
Inspirado pelo Espírito Santo, o Apóstolo Paulo nos ensinou a compreender que a vitória vem da confiança em Deus e da obediência aos Seus mandamentos.

Fonte: Revista Betel Conectar






sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS SUBSÍDIO - Lição 11 / 4º Trim 2025


AULA EM 14 DE DEZEMBRO DE 2025 - LIÇÃO 11
(Revista Editora CPAD)

Tema: A queda de Jerusalém

 

TEXTO PRINCIPAL 
“Então, dirá o homem: Deveras há uma recompensa para o justo; deveras há um Deus que julga na terra.” (Sl 58.11).

RESUMO DA LIÇÃO
Deus retribui a cada um conforme as suas obras. Ele aplica o seu juízo sempre com o objetivo de levar ao arrependimento.

LEITURA DA SEMANA
SEGUNDA — 2Rs 25.1-5 Nabucodonosor invade Jerusalém
TERÇA — Sl 137.1-9 Saudades da pátria
QUARTA — 2Cr 36.11-13 A maldade do rei Zedequias
QUINTA — Sl 94.1-4 Os servos de Deus clamam pela justiça divina
SEXTA — Hb 3.7-9 É possível ouvir a voz de Deus e endurecer o coração
SÁBADO — Rm 2.5,6 Deus retribui a cada um conforme as suas obras

OBJETIVOS
MOSTRAR como se deu a queda de Jerusalém;
REFLETIR a respeito do juízo de Deus sobre Jerusalém e seu povo;
DESPONTAR a respeito do triste destino de Zedequias e o honroso destino de Jeremias.

INTERAÇÃO
[...]

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
[...]

TEXTO BÍBLICO
Jeremias 39.1-8
1 — No ano nono de Zedequias, rei de Judá, no mês décimo, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, e todo o seu exército contra Jerusalém e a cercaram.
2 — No ano undécimo de Zedequias, no quarto mês, aos nove do mês, se fez a brecha na cidade.
3 — E entraram todos os príncipes do rei da Babilônia, e pararam na Porta do Meio, os quais eram Nergal-Sarezer, Sangar-Nebo, Sarsequim, Rabe-Saris, Nergal-Sarezer, Rabe-Mague, e todos os outros príncipes do rei da Babilônia.
4 — E sucedeu que, vendo-os Zedequias, rei de Judá, e todos os homens de guerra, fugiram, então e saíram de noite da cidade, pelo caminho do jardim do rei, pela porta dentre os dois muros, e saiu pelo caminho da campina.
5 — Mas o exército dos caldeus os perseguiu; e alcançaram Zedequias nas campinas de Jericó, e o prenderam, e o fizeram ir a Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Ribla, na terra de Hamate, e ali o rei da Babilônia o sentenciou.
6 — E o rei da Babilônia matou os filhos de Zedequias em Ribla, à sua vista; também matou o rei de Babilônia todos os nobres de Judá.
7 — E arrancou os olhos a Zedequias e o atou com duas cadeias de bronze, para levá-lo à Babilônia.
8 — E os caldeus queimaram a casa do rei e as casas do povo e derribaram os muros de Jerusalém.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO 
Professor(a), a queda de Jerusalém foi um divisor de águas na história de Israel, pois o povo mudou totalmente a sua cultura, passando a ver e a tratar o Senhor de outra maneira após o cativeiro, aqui vamos ver um pouco, como aconteceu a destruição da Cidade Santa. 
Esse material de apoio traz acréscimos relevantes para a montagem da sua aula. 
A queda de Jerusalém marca um triste período da história de Judá e traz importantes lições até os dias de hoje. Com base neste acontecimento, no trágico fim de Zedequias e na libertação de Jeremias, esta lição discorre sobre este momento sombrio, ressaltando a justiça de Deus em retribuir a cada um, segundo as suas obras, mostra ainda a bondade divina.
É interessante iniciar fazendo o contexto do momento da queda de Jerusalém, pois o rei Zedequias havia acabado de falar com Jeremias e o manteve preso no pátio da guarda de Jerusalém. Daniel e Ezequiel estavam em Babilônia. A cidade foi cercada e tomada pelos exércitos de Nabucodonosor. E Jeremias, que até aquele momento havia sido rejeitado pelo rei e pelo povo, agora seria exaltado por meio de Nabucodonosor.

I. A QUEDA DE JERUSALÉM

1. A Palavra de Deus se cumpre. 
O ministério de Jeremias começou no décimo terceiro ano do reinado de Josias e passou pelos...
Jeremias foi um profeta muito rejeitado por causa das duras verdades que anunciava, veja:
"6 Então farei que esta casa seja como Siló, e farei desta cidade uma maldição para todas as nações da terra.
7 Os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo, ouviram a Jeremias, falando estas palavras na casa do Senhor.
8 E sucedeu que, acabando Jeremias de dizer tudo quanto o Senhor lhe havia ordenado que dissesse a todo o povo, pegaram nele os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo, dizendo: Certamente morrerás,", Jeremias 26.6-8
Quando se cumpriu tudo o que Jeremias profetizou, então todos viram que Jeremias tinha sido sincero o tempo todo. Hoje temos poucos homens de Deus que possuem a coragem para falar o que Deus mostra de verdade. Sabendo que a profecia é exercida pelo ministério da Palavra, vemos pregadores que evitam falar aquilo que desagrada ao povo.
Enquanto Isaías foi o profeta messiânico, Jeremias foi o profeta do conserto de Deus.

2. Jerusalém é invadida. 
Depois de um tempo cercada, Jerusalém foi invadida pelos babilônios (Jr 39.1,2). Essa invasão se deu em um momento de grande dificuldade para Judá (Jr 52.6). A escassez de pão...
A cidade foi cercada por um período de 30 meses, ou seja, uns 2 anos e meio, veja:
"4 E aconteceu, no ano nono do seu reinado, no mês décimo, no décimo dia do mês, que veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acamparam contra ela e levantaram contra ela tranqueiras ao redor.
5 Assim esteve cercada a cidade, até ao ano undécimo do rei Zedequias.", Jeremias 52.4,5
A expressão: "Os príncipes de Babilônia", se refere aos capitães e generais que entraram com suas companhias dentro da cidade.
A tática de cerco era utilizada na época, para guerras contra cidades fortificadas, o exército inimigo se acampava em redor da cidade e proibia a entrada de alimentos, água, animais e pessoas, com isso a cidade geralmente se rendia pela fome e desgaste do exército. 

3. Jerusalém é destruída. 
Jerusalém foi invadida e destruída e cada parte desse processo, tem um sentido no propósito que Deus teve em corrigir e disciplinar...
A destruição dos muros foi um golpe no orgulho da cidade, pois Jerusalém era difícil de ser invadida, por conta de estar localizada numa montanha, mas principalmente por ter uma imponente muralha. E é fato que Jerusalém não tinha somente os babilônios como inimigos, tinha também os amonitas e moabitas, além de outros povos menores. 
O Templo também foi queimado e destruído (2Rs 25.9; Jr 52.13). Utensílios importantes da Casa do Senhor foram destruídos pelo exército de Nabucodonosor (2Rs 25.13-18; Jr 52.24). Ao...
Já a destruição do Templo era foi um golpe na esperança do povo, pois eles acreditavam que Deus jamais deixaria que algo acontece com a cidade do Messias prometido e com o Templo de Deus. Mas tudo isso foi ordenado por Deus para ensinar ao povo judeu o real significado da obediência ao Criador.
Muitas vezes, quando um servo de Cristo começa a depositar seu orgulho e confiança em coisas materiais, Deus permite que tais coisas se percam, para que Seu servo aprenda em quem se deve depositar a confiança e assim, esses servo não se perde. 

SUBSÍDIO I
[...]

II. O JUÍZO DE DEUS

1. O juízo de Deus. 
A ira, o juízo e a justiça de Deus são termos presentes no contexto da invasão babilônica em Jerusalém, e isso...
Convém acrescentar o seguinte: a ira de Deus no Antigo Testamento se manifestava de diversas formas, pois houve situações em que Ele fez fogo cair do céu, em outras ocasiões Ele enviou o seu anjo com a espada contra os inimigos do Seu povo e em outras, o Senhor mesmo matou os irreverentes, veja:
"Então, a ira do Senhor se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta imprudência; e morreu ali junto à arca de Deus.", 2 Samuel 6.7
No entanto, vivemos hoje no Tempo da Graça, e neste tempo a ira de Deus é acumulada, ou seja, Deus não está punindo os irreverentes, mas isso não significa que Deus mudou e que passou a tolerar o pecado. Na verdade, toda injustiça que se pratica no mundo está sendo guardada para o Dia do Juízo de Deus:
"Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro e se guardam para o fogo, até o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios.", 2 Pedro 3.7  

2. A retribuição divina.
O trágico fim de Judá nas mãos dos babilônios se deu justamente pela indiferença, desobediência e quebra de aliança, pois a Bíblia informa que o rei Zedequias “fez o que era mal aos olhos do Senhor” (Jr 52.2) e “por esta razão”, tanto ele como o povo receberam a justa punição de Deus (v.3).
[...]

3. As causas da destruição de Jerusalém. 
Deus não escondeu o seu amor de Judá, assim como deixou claro o seu glorioso plano com o seu povo. No entanto, baseado em...
Identificamos que foram vários motivos que levaram Judá ao cativeiro, vamos listá-los e comentar algo a mais:
1. Postura de seus líderes - Aqui fala da postura de Zedequias, no entanto, foram diversos reis que erraram antes de Zedequias, e que fizeram o que era mal perante o Senhor, e todos esses reis levaram grande parte do povo a uma cultura idólatra;
2. Orgulho religioso - era a confiança pretensiosa que o povo tinha, de que Deus os livraria de qualquer mal, e a segurança que eles tinham no fato de o Templo estar em Jerusalém demonstra uma superstição religiosa. Isto é semelhante às pessoas que colocam a Bíblia aberta no Salmo 91 em cima da estante, acreditando que isso protege a sua casa do mal;
3. Não observância do ano sabático - segundo o texto de Crônicas, o motivo dos setenta anos de cativeiro foi por conta dos sábados não cumpridos: 
"para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram.", 2 Crônicas 36.21
Havia na lei a ordenança do Senhor em se guardar a terra a cada sete anos, ou seja, depois de sete anos a terra ficaria em repouso (sem plantio), esse era o "ano sabático" Lv 25.2-7, mas pelo que sabemos os judeus não cumpriram esses anos sabáticos, o que deu um total de setenta. Por isso Deus forçou a terra a descansar 70 anos no período do cativeiro, sem nenhuma atividade agrícola.

SUBSÍDIO II
[...]

CONCLUSÃO
A narrativa da destruição de Jerusalém reacende a certeza da justiça e da soberania de Deus, primeiro porque Ele retribui a cada um segundo as suas obras, depois porque conduz a história como quer, sem perder o seu controle. Esta lição mostrou a justa retribuição divina ao pecado. As lições aprendidas do fim de Zedequias, reafirmam a fidelidade de Deus e o seu compromisso com o seu povo e a sua Palavra.
Professor(a), leia essa conclusão e siga estas instruções se desejar: 
- revise, com a classe, os pontos e ideias mais importantes comentados; 
- faça as perguntas do questionário, se houver tempo; 
- convide os alunos para a próxima aula falando da próxima lição, mencionando algo interessante que vai ser tratado.

ESTANTE DO PROFESSOR
RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

HORA DA REVISÃO
1. Segundo a lição, defina a ira divina.
A ira de Deus diz respeito à sua fúria contra o pecado e está relacionada com a sua justiça e a sua retidão, que se manifesta de forma punitiva por meio de seu juízo.
2. O que foi a queda de Jerusalém?
A queda de Jerusalém foi a punição de Deus ao seu povo, movida por sua ira.
3. Quais foram os erros de Judá e porque Deus os castigou com a invasão, destruição de Jerusalém e o cativeiro?
Inicialmente, foi a postura orgulhosa, desobediente e enfraquecida de Zedequias, levando o povo a sofrer os danos de uma liderança não compromissada com Deus. Finalmente, a não observância da guarda do ano sabático durante todo o período da monarquia.
4. A sucessão de erros do rei resultou em quê?
A sucessão de erros resultou no orgulho do rei, que o levou a rebelar-se contra Nabucodonosor, contrariando a ordem de Deus, culminando na destruição de Jerusalém e no cativeiro de Judá.
5. Quantos anos o povo ficou no cativeiro?
Ficou 70 anos no cativeiro.


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Fonte: Revista CPAD Jovens
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR SUBSÍDIO - Lição 11 / 4º Trim 2025


AULA EM ____ DE _________ DE _____ - LIÇÃO 11


(Revista Editora Betel)

Tema: VENCENDO AS TENTAÇÕES



Texto de Referência: Rm 7.17-19 

VERSÍCULO DO DIA
“Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.” Rm 8.5

VERDADE APLICADA
O Espírito Santo nos capacita a viver de maneira que agrada a Deus, ajudando-nos a superar as inclinações da carne.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Reconhecer que os desejos da carne nos escravizam;
✔ Saber que Deus abomina a imoralidade;
✔ Ressaltar que, em Cristo, vencemos as tentações da carne.

MOMENTO DE ORAÇÃO
Ore para ser guiado pelo Espírito Santo por caminhos que agradam a Deus, e não à carne.

LEITURA SEMANAL
Seg Rm 5.12 Após a Queda, o homem ficou sujeito à morte.
Ter Rm 6.23 O salário do pecado é a morte.
Qua Rm 1.26,27 Mudar a forma natural ofende a Deus.
Qui 1Co 6.20 Devemos glorificar a Deus com nosso corpo.
Sex Rm 13.14 Para vencer a carne, revista-se de Cristo.
Sáb 1Co 6.19 Deus abomina as práticas imorais.

INTRODUÇÃO 
Professor(a), esta lição tem uma aplicação de vital importância para os dias atuais, principalmente quando falamos aos jovens, e neste subsídio espero acrescentar informações importantes para a montagem de uma excelente aula.
Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, ressaltou aos romanos que, se vivermos segundo as inclinações da carne, pereceremos (Rm 8.13). Na Bíblia, a carne representa a parte do ser humano que deseja o pecado em troca de alegria e satisfação passageiras (Rm 7.5). Paulo aconselha os jovens a fugirem das paixões da mocidade, a seguirem a justiça, a fé, o amor e a paz, e a buscarem ao Senhor com o coração puro.
No Novo Testamento o termo "carne" foi usado sempre para designar a natureza caída do ser humano, e foi Jesus quem definiu a diferença:
"5 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
6 O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.", João 3.5,6 
E a partir daí ficou bem entendido entre os irmãos o poder destrutivo da carne e a importância de se ter uma vida espiritual fortalecida.

Ponto-Chave
"O que guia as suas decisões: os impulsos da carne ou a orientação do Espírito? A resposta a essa pergunta nos desafia a cultivar uma mente renovada (Rm 12.2) por meio da oração e da meditação na Palavra, permitindo que o Espírito Santo nos encha e trabalhe em nossos desejos. Viver segundo o Espírito traz paz, propósito e comunhão com Deus, em contraste com a frustração de uma vida carnal."

1. A CARNE NOS ESCRAVIZA
A princípio, satisfazer os desejos da carne pode trazer satisfação e alegria, porém, em pouco tempo, tudo isso se torna escravidão. O apóstolo Pedro nos ensina que somos escravos daquilo que nos domina (2Pe 2.19). Quem não vive no Espírito não alcançará a vida eterna, como nos adverte o apóstolo Paulo ao dizer que aqueles cujas obras da carne são manifestas não herdarão o Reino de Deus (Gl 5.19–21).
É bom que cada aluno entenda que a carne não é um ser independente, mas sim um elemento que compõe o ser humano, e que não possui vontade própria, mas sim inclinações:
"Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.", Romanos 8.6
Ou seja, a carne se inclina para os desejos que nos afastam de Deus e que Paulo e Tiago chamam de concupiscência, e se nós cedermos a essas inclinações, então esses desejos se consumarão em obras, que Paulo chama de obras da carne:
"Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia,", Gálatas 5.19

1.1. Satanás escraviza quem vive na carne
Satanás está sempre ao redor, pronto para tragar quem anda distraído. Diante dessa realidade, precisamos ser prudentes e nos encher do Espírito, que intercede por nós (Rm 8.26,27). Os prazeres oferecidos por Satanás parecem bons aos olhos, mas trazem destruição (Rm 5.12). O Senhor entrega aqueles que vivem segundo os desejos do próprio coração à prática da impureza, para que tenham o corpo desonrado entre si (Rm 1.24,25).
A luta de Satanás é contra a Igreja do Senhor Jesus, e para tentar parar a Igreja, ele tenta desviar os cristãos, e forma de conseguir isso é fazer com que eles cedam às suas tentações. Para isso, o inimigo fica rodeando o crente procurando uma brecha para introduzir suas tentações. Atualmente muitos jovens deixam brechas, utilizando meios pelos quais Satanás consegue armar suas armadilhas, os meios mais utilizados pelo inimigo para fazer as tentações chegar aos cristãos, são: Filmes, séries, redes sociais, amizades, jogos online e outros. 

1.2. Deus quer que sejamos espirituais
O Pai quer que sejamos mais parecidos com Seu Filho; para isso, devemos andar no Espírito e abandonar as obras da carne, vivendo em santidade (Rm 6.22). O apóstolo Paulo falou aos romanos sobre a vida carnal (Rm 1.21–31), e o apóstolo João ressaltou que ninguém é sem pecado (1Jo 1.8). Porém, uma vez regenerados por Cristo, devemos alinhar nossos pensamentos, escolhas e ações aos valores espirituais, buscando agradar a Deus.
A verdade, é que nenhum jovem consegue lutar contra Satanás sozinho, por isso o Senhor nos concedeu o Seu Espírito, para que possamos resistir ao inimigo:
"E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.", Romanos 8.26
Quando o apóstolo João fala que todos são pecadores está se referindo a nossa natureza carnal, ou seja, ele quer dizer que todos pecamos, mas não por sermos rebeldes contra o Senhor, e sim por sermos seres humanos frágeis e falhos:
"Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.", 1 João 1.8
Então para o jovem resistir, a única solução é se encher do Espírito Santo.

Refletindo
O cristão que vence as provações da carne torna-se digno da vida eterna.
Bispa Marvi Ferreira

2. A INCLINAÇÃO DA CARNE
A inclinação da carne é a tendência natural do ser humano em seu estado pecaminoso, priorizando desejos egoístas, prazeres terrenos e impulsos contrários à vontade de Deus. Essa inclinação abrange desde a busca por satisfação imediata, como luxúria, ganância e orgulho, até a rejeição da autoridade de Deus em favor da autossuficiência. É uma disposição interior que, sem a intervenção do Espírito Santo, domina a mente e o coração, levando a escolhas que nos afastam de Deus e geram morte espiritual (Rm 8.6).

2.1. Fuja da prostituição
O apóstolo Paulo nos faz a seguinte exortação: “Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo” (1Co 6.18). No contexto bíblico, a prostituição refere-se a todo tipo de relação sexual ilícita fora do casamento (Gn 2.24). Assim, Paulo está abordando um pecado grave, que envolve o templo do Espírito Santo, ou seja, o nosso próprio corpo (1Co 6.19).
Na realidade, o problema dos jovens atualmente não é tanto a prostituição em si, mas a sensualidade que impera nesse mundo pós-moderno, pois ela é a ferramenta de Satanás para fazer com que a juventude cristã ceda à prostituição. A sensualidade está em quase tudo, seja nos comerciais, nos filmes, na internet, etc. Para quase todo lugar que se olha, a sensualidade está colocada diante dos olhos, por isso, precisamos de um coração purificado:
"Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.", Salmos 51.10
Pois se a sensualidade está no mundo, então o que devemos fazer é resisti-la, e somente com um coração purificado pelo Senhor é que isso será possível.   
2.2. Livres do pecado
Com base nas Escrituras, Deus estabeleceu critérios para o relacionamento íntimo, que deve acontecer entre um homem e uma mulher unidos pelo matrimônio (Hb 13.4). Certamente, a sabedoria de Deus está presente nessa orientação, uma vez que relacionamentos ilícitos devastam o espírito e a alma do ser humano (Pv 5.3-5). A vontade do Senhor é que sejamos livres, servos somente de Sua justiça, como Paulo nos ensina em Romanos 6.13: “E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.”
Segundo estatística do IBGE publicada no G1 em 2021, aponta que os jovens no Brasil iniciam a vida sexual cada vez mais cedo, e sabemos que a maioria desses jovens fazem sexo antes do casamento. 
Dados disponíveis em:
https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2021/05/17/jovens-comecam-vida-sexual-em-media-quase-dois-anos-antes-que-geracao-dos-avos-no-ac-aponta-ibge.ghtml
Para algumas famílias brasileiras é normal os jovens namorados dormirem juntos, algo que seria inadmissível no tempo de nossos avós.
Convém acrescentar que, ser livre do pecado significa não estar preso a ele, ou seja, ser capaz de dizer não ao erro. Pois algumas pessoas acreditam que ser livre é poder tomar qualquer decisão, mas, a verdade, é que ninguém é livre, pois as decisões tomadas demonstram, também, uma prisão aos próprios desejos. Sendo assim, nós deixamos de ser prisioneiros do pecado e nos tornamos prisioneiros de Cristo:
"Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios;", Efésios 3.1

3. VENCENDO A TENTAÇÃO
Para resistir às tentações e vencer os desejos carnais, precisamos da ajuda do Senhor Jesus. O apóstolo Paulo nos orienta a andar segundo o Espírito; assim, sempre que formos tentados, a graça do Senhor nos dará forças para resistir e vencer. O inimigo da nossa alma espera uma oportunidade para entrar em ação, daí a necessidade de termos prudência e orar em todo tempo (1Pe 5.8).

3.1. Em vigilância constante
Enquanto nosso espírito anseia por fazer a vontade de Deus, nossa carne quer andar longe dEle, em pecado (Rm 8.5). Somente o Espírito Santo pode nos ajudar a andar por caminhos retos, porque quem é de Cristo não anda segundo a própria carne (Rm 8.8,9). O cristão deve ser vigilante e atento às ciladas do inimigo, buscando força em oração para resistir às tentações (1Pe 5.8).
Jesus ensinou que o problema de cada cristão são as tentações, por isso Ele ordenou a vigilância, e apresentou a ferramenta para que a pessoa possa vigiar, a oração, veja:
"E quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação.", Lucas 22.40
Veja que Jesus não estava dizendo para que eles orassem pedindo que não sofressem tentações, mas Cristo estava afirmando que, se eles orassem, as tentações não os dominariam.
Atualmente temos uma geração de jovens que oram cada vez menos e pro isso, são dominados pelos desejos carnais.  

3.2. Crucificando a carne e suas paixões
O Apóstolo Paulo ensinou aos romanos que o velho homem foi crucificado com Cristo para que o corpo do pecado fosse desfeito e, assim, deixássemos de servir ao pecado (Rm 6.6). Isso não significa que os desejos da carne desaparecem quando recebemos Jesus como nosso Salvador, mas que nos tornamos uma nova criatura, cujos desejos e paixões pecaminosos foram crucificados em Cristo (Rm 6.11) e, por Ele, somos transformados a cada dia.
Então entendemos o seguinte, como nós ainda estamos com os desejos da carne residentes em nosso interior, devemos mortificá-la constantemente, isto é um processo contínuo. Sendo assim, devemos, a cada dia, nos achegar a Cristo e reprimir a carne. Por esse motivo, a Palavra de Deus nos ensina a orar sempre, em todo tempo:
"Orai sem cessar.", 1 Tessalonicenses 5.17

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
Os crentes estão capacitados a obedecer a Deus, mas apenas quando vivem segundo o Espírito Santo, buscando e seguindo a Sua direção. Quando procuramos obedecer ao Senhor por meios carnais, fracassamos. Os descrentes, que não têm o Espírito de Deus, são dirigidos pela carne e sempre falham em obedecer ao Criador. Embora algumas de suas ações pareçam, exteriormente, estar em conformidade com os padrões divinos (Mt 7.9-11), a inimizade deles contra Deus corrompe suas motivações, fazendo com que todas essas ações sejam pecaminosas em sua essência. Os cristãos não estão dominados pela carne em Adão, mas sim debaixo do domínio de Cristo, pois o Espírito que habita neles é o Espírito de Cristo. Embora a morte continue sendo experimentada pelo corpo, a vida prevalece, porque aqueles que estão unidos com Cristo vivem na esfera do Espírito. Nessa perspectiva, a dualidade não está presente apenas na distinção entre os aspectos físico e espiritual da existência humana em um mundo caído (com a inevitável morte física) e a vida no Espírito. (Bíblia de Estudo de Genebra, SP: Cultura Cristã & SBB, 2022, p. 1486.)

CONCLUSÃO
Compreender a diferença entre a vida na carne e a vida no Espírito é fundamental para o cristão. A carne, com suas paixões e desejos, leva à morte e à separação de Deus. Já viver segundo o Espírito, conforme nos orienta a Palavra, é trilhar o caminho que Deus preparou para nós. Somente assim seremos fortalecidos para vencer as tentações.
Ou seja, para o crente só existem dois caminhos a seguir: a vida na carne ou a vida no Espírito, e cada um deve escolher qual caminho vai trilhar, sabendo que a vida na carne leva a pessoa à morte espiritual.
Professor(a), leia essa conclusão e siga estas instruções se desejar:
- revise, com a classe, os pontos e ideias mais importantes comentados;
- elabore e faça as perguntas se houver tempo;
- convide os alunos para a próxima aula falando da próxima lição, mencionando algo interessante que vai ser tratado. 

Complementando
A vida cristã deve ser orientada pelo Espírito Santo, que nos guia em todas as situações e nos fortalece para resistir às tentações da carne (Rm 8.38,39). Esse comprometimento radical com Cristo implica em uma santificação contínua, alinhando nossas escolhas à vontade de Deus. Viver segundo o Espírito significa submeter-se à Sua direção, buscando estar em comunhão com o Senhor pela oração e pela obediência aos ensinamentos bíblicos.

Eu ensinei que:
Somente o Espírito Santo pode nos ajudar a andar por caminhos retos, porque quem é de Cristo não vive segundo a própria carne.

Fonte: Revista Betel Conectar
 
ATENÇÃO: ESTE SUBSÍDIO É GRATUITO PARA OS USUÁRIOS DO CLUBE DA TEOLOGIA
 
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 11 / ANO 2- N° 7


Resposta Bíblica à Realidade do Pecado

TEXTO BÍBLICO BÁSICO  

2 Coríntios 5.17-21 
17- Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. 
18- E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, 
19- isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação. 
20- De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus. 
21- Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus. 

1 Coríntios 15.21-22 
21- Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. 
22- Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. 

Romanos 8.1-2 
1- Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. 
2- Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.

TEXTO ÁUREO 
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos.
1 Pedro 1.3

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Romanos 8.29-30
Deus conduz à glorificação final
3ª feira - 1 Coríntios 15. 45-49
Cristo, o último Adão, traz vida
4ª feira - Colossenses 1. 19-23
A reconciliação de todas as coisas em Cristo
5ª feira - 1 Pedro 1.14-16
Chamados à obediência e à santidade
6ª feira - Apocalipse 22.4-5
Na luz eterna, veremos Seu rosto
Sábado - 2 Timóteo 4.6-8
Aguardando a coroa reservada aos fiéis

OBJETIVOS

    Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:

  • compreender a resposta de Deus ao problema do pecado por meio da obra redentora realizada por jesus; 
  • valorizar sua nova identidade, como filho amado, reconciliado e restaurado pelo Pai; 
  • fortalecer a esperança na glorificação futura, renovando "sua fé e compromisso no caminho rumo ao lar celestial. 
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS 
    Caro professor, nesta lição chegamos ao ponto alto da narrativa bíblica: a resposta de Deus ao problema do pecado. 
    Após termos estudado a origem, o fato e as consequências do mal, somos agora convidados a contemplar os três pilares da salvação: justificação, santificação e glorificação. Estes não são apenas conceitos doutrinários, mas expressões da Graça que perdoa, transforma e conduz à plenitude. , 
    Enfatize que a redenção em Cristo não se resume ao passado ou ao futuro: ela atravessa toda a jornada da alma redimida, sustentando-a hoje com confiança e propósito. 
    Ajude os alunos a perceberem que essa resposta divina nos chama a uma caminhada ativa, fortalecida pela misericórdia e direcionada ao cumprimento das promessas do Senhor.
    Excelente aula!

COMENTÁRIO
Palavra introdutória
    A história humana não terminou no Éden. Quando o pecado rompeu a comunhão com o Divino, abriu-se também um caminho para a promessa eterna. O Homem, incapaz de restaurar a si mesmo, foi alcançado pelo plano gracioso de um Deus que não desiste de Sua Criação. Em Cristo, o último Adão (1 Co 15.45), a esperança ressurge: não apenas como reparo de uma falha, mas como uma nova possibilidade de vida — uma identidade reconstruída, uma jornada santificada, um destino glorioso. 
    Esta lição nos convida a contemplar o fio da redenção que atravessa as eras: uma resposta que alcança não só indíviduos, mas toda a ordem criada, aguardando o dia em que tudo será transformado. 

1. O CAMINHO DA SALVAÇÃO: DO GÊNESIS À GLÓRIA
    Desde o Gênesis, revela-se um Deus que, mesmo após a Queda, busca resgatar e redimir o Homem para restaurar-lhe o estado de plenitude. Ao longo dos séculos, essa ação misericordiosa foi sendo revelada, assimilada e, por fim, sistematizada no pensamento cristão. 
    Nesse contexto, temas como Graça, fé, obras, eleição e perseverança foram se consolidando como pilares da soteriologia (gr. sotéria = “salvação” + logos = “estudo”) + área essencial da Teologia que nos ajuda a Compreender q “mistério do amor que não desiste”.
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    Embora o tema da salvação perpasse toda a Bíblia, a formalização da soteriologia como doutrina foi construída ao longo da história eclesiástica, nos debates entre os pais da Igreja, nas controvérsias entre pelagianos e agostinianos e, mais tarde, nas reflexões da Reforma Protestante.
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1.1. O rio da redenção percorrendo a História 
    A doutrina da salvação não aparece pronta no texto sagrado, mas se anuncia progressivamente ao longo da crônica de Israel. Desde a eleição de Abraão até a promessa messiânica, cada etapa prepara o terreno para a incomparável obra de Cristo. A tabela a seguir compara os principais pontos soteriológicos do Antigo e do Novo Testamento, permitindo visualizar com clareza essa evolução.

SOTERIOLOGIA
NO ANTIGO TESTAMENTO 
ELEIÇÃO E CHAMADO DE ABRAÃO (GN 12.1-3) PROMESSA DE BENÇÃO ÀS NAÇÕES 
LIBERTAÇÃO DO EGITO (ÊX 314) JEOVÁ COMO RESGATADOR DO OPRIMIDO 
ALIANÇA NO SINAI (ÊX 19-24) RELACIONAMENTO E OBEDIÊNCIA 
SACRIFÍCIOS EXPIATÓRIOS LV 16 MEDIAÇÃO E PERDAO TEMPORÁRIO 
ANÚNCIO DE UM SALVADOR (IS 53; JR 31.31-34) PROMESSA MESSIÂNICA 
FIDELIDADE AO REMANESCENTE (ML 3. 16-18) PRESERVAÇÃO DAS PROMESSAS

NO NOVO TESTAMENTO 
CUMPRIMENTO EM CRISTO GL 3.8-141, QUE ABENÇOA TODAS AS NAÇÕES. 
LIBERTAÇÃO DO PECADO POR INTERMÉDIO DE CRISTO OO 8.34-36; RM 6. 18-29). 
NOVA ALIANÇA EM CRISTO (LC 22.20; HB 8.6-13), ESCRITA NOS CORAÇÕES. 
SACRIFÍCIO DEFINITIVO DE CRISTO (HB 9.11-15), REDENÇÃO IRREVOGÁVEL. 
CUMPRIMENTO EM JESUS, O MESSIAS DE ISRAEL (MT 1.21; AT 4.12). 
IGREJA COMO NAÇÃO SANTA, AGUARDANDO À GLORIFICAÇÃO (1 PE 2.9-10: AP 21.1-5).

    Estudar a soteriologia não é mero exercício teórico destituído de propósito: é, antes, uma estrada de descoberta sobre como Deus age para reconciliar, transformar e conduzir Seu povo à glória. Essa doutrina nos lembra que a salvação não depende do esforço humano, mas é fruto da Graça (Ef 2.8-9), concebida desde a Eternidade (Ef 1.4-5), realizada por Cristo (Rm 5.6-11) e aplicada, hoje, pelo Espírito Santo (Tt 3.4-7). Conhecer essas verdades fortalece nossa fé, aprofunda nossa gratidão e renova nosso compromisso com o Senhor. 
    Os próximos tópicos desdobram o tripé central do plano divino: justificação, santificação e glorificação. 

2. JUSTIFICAÇÃO: O RESGATE DO PECADOR 
    Já refletimos em lições anteriores sobre como o pecado não foi apenas um ato isolado no Éden, mas o rompimento de uma al'ança. Neste tópico, será explorado como a justificação — a grande obra do Deus que salva — não só resgata O ser humano de sua condição de ruptura e separação, mas se insere no propósito maior, que culminará na restauração de todas as coisas. 

2.1. À cura do coração humano 
    Como herdeiro da desobediência, o Homem tornou-se incapaz de reconciliar-se com o Criador por méritos próprios (Ef 2.1-5). Desde a Queda, ele experimenta vazio, desorientação e morte espiritual (Cl 2.13), pois o mal deformou seus afetos (Jr 17.9), obscureceu sua mente (Ef 4.17-18) e aprisionou sua vontade (Rm 7.14-24). Essa ruína, todavia, não é o último ato: é o cenário no qual o plano de resgate começa a despontar, revelando a Graça que encontra e transforma o que parecia irremediavelmente perdido (Tt 3.3-5; 2 Co 5.17-21). 
    Cristo, o último Adão (1 Co 15.45), veio cumprir o que 0 primeiro não conseguiu. Por intermédio d'Ele, o Senhor oferece perdão e reconciliação a todos, indistintamente (Rm 5.811), não apenas limpando sua culpa, mas atribuindo-lhe a justiça de Seu Filho (Rm 4.24-25). Jesus, ao assumir a condição humana, carregou sobre si o peso do pecado (Is 53.4-6; Hb 10.19-22), tornando-se o mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). 
    Embora a justificação atue diretamente sobre o indivíduo, ela também aponta para um desfecho maior: a restauração de todas as coisas (Cl 1.19-20). A obra salvífica visa, portanto, não só a resgatar pessoas, mas a trazer o Universo de volta para Deus (Rm 8.19-22; Ap 21.1-5), reconstituindo a harmonia original (cf. Tópico 4.2). 
    Enquanto isso, vive-se no “já e ainda não” do Reino — já libertos do domínio do pecado pelo poder do Cordeiro Santo (Cl 1.13-14), mas ainda aguardando a imperiosa manifestação da vitória final (Rm 8.23-25; 2 Pe 3.13).

3. SANTIFICAÇÃO: A NOVA VIDA EM CRISTO 
    Neste tópico, será abordada a santificação — processo pelo qual Deus liberta o Homem do domínio do pecado, moldando-o à imagem de Seu Filho. Não se trata de uma etapa isolada no plano redentivo, mas de uma instância permanente da vida cristã, que tem início com a conversão, caminha conosco no presente e culminará na perfeição futura. Esse assunto é tão relevante que o autor de Hebreus declarou: Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. (Hb 12.14). 
  Nos subtópicos seguintes, analisaremos como esse movimento se manifesta no tempo, revelando a profundidade do compromisso de Deus com a nossa transformação (Rm 12.1-2). 

3.1. Santificação inaugurada: o início da nova vida 
   Tudo o que era necessário à santificação já foi providenciado em Cristo, como destacado anteriormente. Pela fé, ao nascermos de novo, fomos retirados da autoridade do pecado e separados para Deus (1 Co 6.11; Hb 10.10). 
   Esse ato inaugural, também chamado de santificação posicional, é obra do próprio Deus, que nos declara santos em virtude do sacrifício de Jesus. Somos retirados das trevas e conduzidos à luz, não apenas como quem muda de direção, mas como quem recebe nova identidade: filhos reconciliados e consagrados ao serviço do Reino (1 Co 1.2).

3.2, Santificação progressiva: o caminhar diário com Deus 
    No tempo presente, a santificação é um processo diário de transformação, operado pelo Espírito Santo, que age no caráter e na conduta do crente (Rm 6.19, 22). Mais do que correção moral, santificar-se implica alinhar toda a vida ao coração de Deus — buscando a pureza, praticando a justiça, amando o próximo e cuidando da Criação. É a dimensão progressiva da fé, em que somos chamados a abandonar práticas antigas, a renovar a mente e a trilhar o caminho da obediência (1 Pe 1.14-16). E neste tempo que produzimos frutos (Gl 5.22-23), somos moldados à imagem do Filho e nos tornamos instrumentos úteis ao Senhor (2 Co 3.18). Trata-se de uma caminhada permeada por lutas, confissão, restauração e perseverança — sustentada pela Graça que nos alcança a cada novo dia. 

3.3. A plenitude da santidade: o que agora é promessa 
    A jornada da santificação culminará no futuro glorioso prometido aos que perseveram (1 Ts 5.23; Mt 25.34). Nesse momento, não haverá mais necessidade de resistir ao mal: toda batalha cessará, e o processo será concluído. 
    Nesse contexto, a plenitude da santidade representa a perfeição daquilo que hoje vivemos em parte — a separação definitiva, a consagração eterna, a concretização do propósito divino em nós. 
   Nesse dia, aquilo que hoje aspiramos em fé se tornará plenitude visível, e veremos Aquele que nos amou com olhos desvelados (Ap 22.4). A conclusão desse processo nos conduz à glorificação — tema que será tratado a seguir.

4. GLORIFICAÇÃO: A CONSUMAÇÃO DO PLANO ETERNO 
    Enquanto a esperança sustenta cada passo no presente, os olhos da fé se voltam para o destino eterno: o dia em que a travessia terminará. Fomos salvos do castigo do pecado (justificação), estamos sendo salvos do poder do pecado (santificação) e seremos salvos da presença do pecado em definitivo (glorificação) (Fp 3.20-21). 
    Neste tópico, será abordada a glorificação — a derradeira promessa do Altíssimo, quando Seu plano redentor será categoricamente consumado e os remidos participarão da vitória do Unigênito. 

4.1, Chamados à exaltação final 
    A glorificação não é um processo gradual, mas um ato que ocorrerá no último dia, quando os mortos em Cristo ressuscitarão, e os vivos serão transformados (1 Ts 4.16-17). Nesse momento, o Senhor completará Sua obra, revestindo os fiéis de incorruptibilidade e tornando-os semelhantes ao Seu Filho (1 Jo 3.2; 1 Co 15.42-49). Este será o fim absoluto da presença do mal, da dor e da morte — a vitória cabal do Cordeiro sobre todas as coisas (1 Co 15.54-57).
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    O plano redentor não se limita ao coração humano: ele alcança toda a Criação, que geme e aguarda a regeneração final. Em Jesus, a promessa é abrangente: um dia, tudo será reconciliado — Céus e Terra, vida e matéria — expondo a beleza do propósito eterno. A glorificação, portanto, não é só a vitória do salvo, mas a libertação de tudo o que foi ferido.
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4.2. Chamados à comunhão perfeita 
    A glorificação não envolve exclusivamente corpos restaurados, mas a comunhão perfeita com o Divino: os redimidos verão face a face Aquele que os amou (1 Co 13.12; Ap 22.4-5), entrando no lugar onde não haverá mais dor, lamento nem saudade (Ap 21.1-5). 
    Não se trata apenas, portanto, de um destino espiritual, mas da participação plena em uma realidade renovada — novos céus e nova terra — na qual a Criação inteira — antes pranteando — será libertada (Rm 8.2123). Essa promessa não gera medo. Mas consolo, porque cada palavra será cumprida, e cada lágrima, enxugada pelas mãos do próprio Pai.

CONCLUSÃO 
    A história da salvação revela o mistério da Graça que persiste. Deus nos encontra na ruína, não só para aliviar nossa dor momentânea, mas para reconstruir tudo o que foi quebrado. Em Cristo, Ele nos justifica, nos santifica e promete nos glorificar: uma obra completa, que resgata o passado (a comunhão perdida no Éden), transforma o presente (a vida em Cristo na Igreja) e aponta para o futuro (o Reino plenamente consumado). 
   O pecado, que parecia ter a última palavra, foi vencido na Cruz; e, na glorificação do salvo, será completamente eliminado. Até lá, caminhamos como peregrinos — não mais definidos pelo fracasso, mas moldados pela esperança na vitória final. 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO 
1. O que significa dizer que a glorificação é o ato final da salvação? 
R.: Significa que Deus transformará os salvos, libertando-os para sempre da presença do pecado e concedendo-lhes comunhão eterna com Ele.

Fonte: Revista Central Gospel