MOMENTO DE ORAÇÃO Oremos para que a indiferença
espiritual não tome conta do coração dos crentes.
LEITURA SEMANAL
Seg Ml 3.1 O anúncio da vinda do Senhor.
Ter Ml 3.6 Deus não muda.
Qua Ml 3.10 Tragam os dízimos à Casa do Senhor.
Qui Ml 3.18 A diferença entre o justo e o ímpio.
Sex Ml 2.10 A paternidade de Deus.
Sáb Ml 2.11 A deslealdade de Judá.
INTRODUÇÃO
Malaquias é o último profeta do AT e sua
mensagem, logo no início do seu livro,
revela-nos o amor de Deus para com Israel: "Eu vos amei, diz o Senhor [...].", Ml 1.2.
Em seu livro, o profeta apresenta uma mensagem de esperança, conserto e salvação.
Ponto-Chave
"A mensagem ativa de Malaquias contra
a ruína moral e religiosa de seu tempo
chama a atenção dos crentes de hoje
para o reencontro com Deus."
1. O SIGNIFICADO DO NOME DO
PROFETA
O nome Malaquias do hebraico "malak"
mensageiro, anjo; e "ya" partícula teofórica do nome Yaveh, cujo o significado é
"mensageiro de Jeová': Ele foi um profeta
constante que viveu em Judá no pós-exílio
judeu na Babilônia. Acredita-se que o livro
tenha sido escrito cerca de 100 anos após a
reconstrução dos muros de Jerusalém.
1.1. O contexto da mensagem do livro
Este livro finaliza o Cânon do AT,
contendo 04 capítulos e 55 versículos,
e aponta as circunstâncias de uma religiosidade vazia em que estava a nação
de Israel. O profeta denunciou que as
ofertas que traziam para o sacrifício
estavam defeituosas (Ml 1.8); mostrando que a devoção a Deus estava contaminada. O assunto fundamental do
livro nos conduz em torno do amor de
Deus para com o Seu povo (Ml 1.2),
do pecado do povo (Ml 2.11), da corrupção dos sacerdotes (Ml 1.6-14) e
da vinda do Senhor (Ml 4.2). Assim, as
palavras empregadas por Deus no início
do livro lembra a de um tribunal, com
uma sentença proferida por Deus contra
Israel, por meio de Malaquias (Ml. 1).
1.2. Uma honra desonrosa
Cabe ressaltar que o fato de estar ajustado
entre os Profetas Menores não implica dizer
que o livro de Malaquias é de pouca expressão ou importância. De fato, Malaquias nos
ensina sobre a verdadeira importância de
honrar a Deus através dos nossos atos. Em
Malaquias 1.6, Deus interroga ao povo sobre a honra que deve ser empreendida a Ele.
Afinal, a relação do povo deveria ser de filhos para com o Pai (Ml 2.10). O que vemos, entretanto, é que o povo de Judá, não estava
honrando a Deus como deveria (Ml 1.7). Embora fizessem sacrifício, os animais eram defeituosos (Ml 1.8). O povo havia se esquecido de que Deus honra aqueles que O honram e despreza aqueles que O desprazam (lSm 2-30).
Refletindo
"Deus não aprova práticas religiosas
esvaziadas de amor a Ele e de Obediência a Sua Palavra."
Pr. Antonio Paulo Antunes
2. UMA FALSA ADORAÇÃO
Deus deseja ser honrado. Quando Ele exige honra (Ml 1.6), está esperando ser destacado de todas as demais coisas em nossa vida, mesmo aquelas que temos como mais valiosas. Oferecer anima1 defeituoso para o
sacrifício (Ml 1.8) coisa que Moisés já havia orientado (Lv 22.20-24), era um sinal
de que os judeus estavam adorando o Senhor de forma censurável e falsa (Ml 1.7).
2.1. Oferta e sacrifício sem defeito
Uma adoração verdadeira nos faz entregar ao Senhor o melhor que apresentamos, não aquilo que é defeituoso
(Ml 1.8). O melhor pode ser o nosso
tempo, nossas rendas e os melhores anos da nossa vida. Deus almejava que o povo fosse abençoado por meio da submissão e da sua lealdade. Isto é visto quando Deus, em Malaquias 3.9, elucida que a indisciplina do
povo estava trazendo maldições sobre
eles: "Com maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, vós, toda a nação." Temos de pensar que
tudo o que temos e o que somos devemos a Deus (Ag 2.8). Não podemos
nos privar de dar o nosso melhor para
Ele (Mc 12.41-44).
2.2. Honrar ao Senhor
No capítulo 3 de Malaquias, versículo 10,
observamos o Senhor Deus dando um "puxão de orelha" no povo israelita, que não
estava obedecendo às ordens da Lei e usava
de desonestidade com as finanças. O povo
roubava a Deus, não contribuindo para a
manutenção das coisas sagradas. A mensagem de Malaquias tinha por finalidade trazer o povo novamente à Aliança que constava na Lei de Deus, a qual trazia promessas
de bênçãos originárias da obediência (Dt
28.1-14) e maldições originárias da indisciplina (Dt 28.15-68). Honrar ao Senhor
com nossos dízimos é ter o entendimento
de que tudo que ganhamos vem do dEle
(Sl 104.14,15).
3. IMUTABILIDADE DE DEUS
Em Malaquias 3.6, lemos: "Porque eu, o
Senhor, não mudo [...]". Neste texto, Malaquias ressalta que Deus não mudou, não
muda e jamais mudará. Chama atenção
que, se no livro do profeta Malaquias a
imutabilidade é conferida ao Pai, na Epístola aos Hebreus, essa mesma imutabilidade
agora é conferida ao Filho (Hb 13.8).
3.1. O perigo do Jugo desigual
Jugo desigual é o casamento de um homem
ou uma mulher crente com alguém descrente (Ml 2.10,11). O profeta chama isso de abominação e profanação (Ml 2.11). Malaquias
diz que aqueles envolvidos nesta prática serão exterminados (Ml 2.12). Por ser casar
com mulheres idólatras, o Senhor rejeitou as
ofertas de Judá (Ml 2.13). O Apóstolo Paulo,
em 2 Coríntios 6.14-16, descreve o jugo desigual. É preciso entender que esse pensamento vale para os nossos dias. Pois Satanás tem
enganado a muitos nesta área, porque ele
sabe que há uma grande diferença de fé e de
conduta; isso é o que atrapalha a verdadeira
adoração a Deus.
3.2. Malaquias nos convida a um
compromisso com Deus
Nos dias de Malaquias, os judeus já tinham
regressado da Babilônia cerca de 100 anos
antes. A este respeito, vemos que, um século após os judeus regressarem a Jerusalém,
os sacerdotes haviam se tomado descuidados em suas funções, os dízimos eram negligenciados e os judeus haviam se envolvido em casamentos mistos. Assim, através
do profeta Malaquias, o Senhor nos chama
a voltar a uma adoração sincera. O profeta
nos faz ver que Deus sempre honra quem
tem compromisso com Ele. Assim, aprendemos com Malaquias que o grande benefício de se ter um compromisso com Deus é
que quanto mais comprometidos com Ele,
mais desfrutaremos de Suas bênçãos.
SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
"[..] Deus sempre amou seu povo, dizia
Malaquias, mas este nunca havia assimilado a profundidade deste amor, e, na verdade, retribuía-o com desonra
e desobediência (Ml 1.6-14). Tudo isto pode ser visto na própria indiferença
do povo para com as ofertas, pois, enquanto se empenhavam em importar
o melhor para suas próprias casas, os sacrifícios eram da pior espécie, com
animais cegos e doentes. Os próprios
sacerdotes se voltavam contra Deus, violando abertamente o compromisso de levitas (Ml 2.8). Como resultado, o Senhor enviaria Seu mensageiro
messiânico para purgar o mal enraizado no coração do povo e purificar
um remanescente que andaria diante
da presença do Senhor em verdade·.
Fonte: (MERRIL. Eugene. História de
Israel no Antigo Testamento: O reino de
sacerdotes que Deus colocou entre as
nações, 2007. pp.548.49).
CONCLUSÃO
Malaquias lamentava que o povo fazia uso
de uma adoração leviana, como se isso fosse o que Deus ansiasse. Diante disso, Malaquias escreve uma profecia sobre a adoração a Deus e a união de todas as nações em
Seu louvor (Ml 1.11)
Complementando
Malaquias encerra os livros do AT, marcando assim o começo dos quatrocentos anos de silêncio profético. Chama atenção que o profeta deixa a seus leitores uma marcante declaração: "[...] a quem vos desejais eis que vem, diz o Senhor dos Exércitos: Ml 3.1.
Eu ensinei que:
Malaquias denunciou o desprezo
que Deus sofria dos judeus, por
meio de práticas pagãs, de desprezo pela família, do modo injusto de
falar e da desonestidade nos dízimos e ofertas.