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segunda-feira, 7 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL CPAD SUBSÍDIO - Lição 2 / 2º Trim 2025


AULA EM 13 DE ABRIL DE 2025 - LIÇÃO 2
(Revista Editora CPAD)

Tema: O Novo Nascimento




TEXTO ÁUREO
“Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.” (Jo 3.3)

VERDADE PRÁTICA
O Novo Nascimento é o modo bíblico de transformação radical da natureza do pecador.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Ef 2.8 O novo nascimento como dom de Deus
Terça – 1 Jo 3.9 Aquele que nasceu de novo não vive em prática pecaminosa
Quarta – 1 Jo 4.7 Quem nasceu de novo demonstra amor pelo próximo
Quinta – 1 Jo 5.1 A pessoa que nasceu de novo crê que Jesus é o Cristo
Sexta – 1 Jo 5.4 Aqueles que nasceram de novo vencem o mundo
Sábado – Gl 5.22 Quem nasceu de novo revela o Fruto do Espírito

Hinos Sugeridos: 73, 227, 447 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 3.1-9,16
1- E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2- Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
3 – Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
4 – Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?
5 – Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
6 – O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito,
7 – Não te maravilhes de ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 – O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
9 – Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso?
16 – Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

INTRODUÇÃO 
Professor(a), continuando no nosso estudo sobre a obra de Jesus, vamos ver uma das mais importantes, que ocorre no interior do cristão, e que o habilita a fazer parte do Reino de Deus, a regeneração. 
Nesta lição, estudaremos uma das mais significativas obras do Espírito Santo: a Regeneração. Com base no diálogo entre Jesus e Nicodemos, analisaremos a realidade do Novo Nascimento, percebendo a Regeneração como uma ação única de Deus por meio do Espírito. Adicionalmente, destacaremos a importância dessa extraordinária obra na vida do pecador e os meios que Deus disponibiliza para que possamos vivenciar a experiência da Regeneração. O diálogo com Nicodemos é rico de ensinamentos sobre a obra de Jesus e do Espírito Santo, por isso podemos estudá-lo como base para a cristologia e pneumatologia. E sobre a regeneração, vale mencionar de antemão, que ninguém fica perfeito da noite para o dia, por isso, precisamos dessa obra do Espírito Santo em nós, pois a regeneração tem seu aspecto imediato, mas também possui aspecto contínuo, onde a pessoa vai aos poucos se regenerando.

I – JESUS E NICODEMOS

1- Quem era Nicodemos?
O contexto de João 3 revela que Jesus já era uma figura conhecida em Jerusalém. Devido ao milagre que realizou, ao transformar água em vinho, a sua fama espalhou-se entre o povo, especialmente entre os líderes religiosos do Templo de Jerusalém (Jo 2.2-25). A fama de Jesus entre os líderes religiosos se deu principalmente por Suas ações no Templo e na cidade, veja:

"13 E estava próxima a páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
14 E achou no templo os que vendiam bois, e ovelhas, e pombos, e os cambistas assentados.
15 E tendo feito um açoite de cordões, lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambistas, e derrubou as mesas;", João 2.13-15

Depois desse evento Jesus ainda realizou vários milagres, veja:

"E, estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome.", João 2.23

E com certeza esses eventos chamaram a atenção dos líderes e principalmente de Nicodemos.
Foi nesse cenário que Jesus despertou o interesse de um mestre israelita chamado Nicodemos (Jo 3.1), um sábio judeu de grande prestígio tanto entre o povo como entre os seus colegas fariseus. Assim, Nicodemos procurou Jesus durante a noite para questioná-lo sobre seus ensinamentos (Jo 3.2). Nicodemos demonstra prudência nos assuntos religiosos, tanto para manter o seu cargo e nome, quanto para conhecer sobre aqueles novos ensinamentos que surgiam. Jesus poderia ser considerado por Nicodemos como apenas mais um falando asneiras, porém, o que chamou a atenção de Nicodemos e de muitos fariseus sinceros, foram os sinais que Jesus realizava:

"Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele." João 3.2 

Ao perceber os sinais, Nicodemos viu que Jesus não era apenas mais um falando, mas entendeu que Deus era com Ele.

Outras referências utilizadas neste subtópico:
"E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.", João 3.1


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sábado, 5 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 2 / 2º Trim 2025

 A proposta de Faraó: um convite ao compromisso ou uma armadilha para a fé?

13 de Abril de 2025


Texto Áureo
“Moisés, porém, disse: Tu também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao Senhor, nosso Deus.” Êxodo 10.25

Verdade Aplicada
Devemos adorar ao Senhor com cânticos, com nossos bens e com um viver coerente com a vontade de Deus.

Objetivos da Lição
Saber que Deus deve ser adorado.
Identificar o que afeta nossa adoração a Deus.
Ressaltar que devemos servir a Deus com o nosso melhor.

Textos de Referência

Êxodo 10
24 Então, Faraó chamou a Moisés e disse: Ide, servi ao Senhor; somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças.
25 Moisés, porém, disse: Tu também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao Senhor, nosso Deus.
26 E também o nosso gado há de ir conosco, nem uma unha ficará; porque daquele havemos de tomar para servir ao Senhor, nosso Deus; porque não sabemos com que havemos de servir ao Senhor, até que cheguemos lá.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Pv 12.27 Ser diligente é um bem preciosa.
TERÇA | Ec 5.19 Deus concede os bens.
QUARTA | Mt 6.24 Ninguém pode servir a dois senhores.
QUINTA | Lc 12.15 Devemos nos guardar da avareza.
SEXTA | At 2.44 A Igreja Primitiva tinha tudo em comum.
SÁBADO | 1Jo 2.16 O que é do mundo não provém do Pai.

HINOS SUGERIDOS: 225, 227, 253

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que Deus tenha a primazia em nossas finanças.

INTRODUÇÃO
Moisés se negou a deixar os animais no Egito, e essa atitude remete ao posicionamento do crente diante de uma orientação de Deus. A atitude de Moisés mostra que ele não renunciou ao que viria a ser motivo de adoração e louvor a Deus.

PONTO DE PARTIDA – Devemos a Deus nossos servir com bens.

1- Adorando a Deus
Adorar é obedecer ao primeiro e principal Mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas (Dt 6.5); assim, todos somos chamados a adorar. Deus escolheu Moisés para conduzir os israelitas para adorá-lo no deserto, mas Faraó considerou as palavras de Moisés mentirosas (Êx 5.1-9).

1.1. Moisés, o mediador da adoração a Deus no deserto.
Deus chama as pessoas certas para Sua obra. Ele se agrada de quem vive com retidão, abandona o pecado e adora com um coração sincero. Moisés foi enviado por Deus a Faraó, o soberano mandatário do Egito, que deveria deixar que os israelitas fossem ao deserto adorá-lo (Êx 5.1). Essa passagem nos ensina que o deserto também é lugar de adoração a Deus.

Dicionário Bíblico Wycliffe: “O encontro com Faraó foi muito interessante. Em última análise, ele levou a uma competição entre Jeová, o Deus de Israel, e o ‘deus’ Faraó, uma representação dos poderes das trevas. Em primeiro lugar, Moisés simplesmente pediu que os israelitas tivessem permissão para fazer uma pequena viagem ao deserto e adorar ao seu Deus. Como seu pedido fora recusado, Deus mostrou seus sinais e maravilhas a Faraó. As pragas tiveram a finalidade de convencer os egípcios e os israelitas de que o Deus de Israel é o Deus Todo-Poderoso. (…) Deus revelou que Ele os havia escolhido para serem o seu povo, e lhes daria sua lei, sendo que Moisés deveria ser o mediador entre a nação e Deus.”

1.2. A adoração após a vitória. 
Quando o povo de Israel atravessou o Mar Vermelho, todos adoraram e celebraram. A profetisa Miriã dançou com as outras mulheres em louvor ao Senhor. Naquele dia, o deserto se transformou num lugar de celebração (Êx 15.1-21). Embora isso possa causar estranheza, os crentes fiéis são capazes de festejar em tempos de dificuldades. Os que conseguem adorar no deserto evidenciam sua fé em Deus, confirmando que somente Ele tem o controle de todas as circunstâncias da vida.

Manual Bíblico Unger: “Transbordando de louvor com o resgate glorioso das mãos dos egípcios, Israel canta extasiado ao Senhor. A grande vitória foi celebrada como triunfo do Senhor (Êx 15.1-10); Seu poder, santidade e benignidade são exaltados (Êx 15.11-13). Descreve-se o efeito atemorizador dessa grande libertação sobre a Filístia, Edom, Moabe e Canaã (Êx 15.14-16), junto com a promessa de que o Redentor também levaria a Canaã (Êx 15.17-18).”

1.3. A razão da adoração a Deus.
A palavra “porque”, nos versículos 1 e 19 de Êxodo 15, nos apresenta a razão de Deus estar sendo louvado pelo Seu povo, que celebrou uma festa no deserto ao testemunhar a libertação da escravidão e a travessia a pés secos pelo meio do mar. Os israelitas foram movidos por testemunhar os atos poderosos do Senhor, um poder manifestado também nas pragas enviadas ao Egito. Faraó, seu exército e as divindades egípcias não foram capazes de impedir a saída do povo de Israel do Egito. Essa realidade nos exorta a nos desprender das coisas deste mundo e viver como verdadeiros adoradores, com os olhos fixos no Senhor.

Lawrence Richards (2004, p. 103): “A redenção havia sido o trabalho de Deus. A libertação do povo a cada nova situação de perigo também seria trabalho seu. Êxodo 15 inicia com o relato do cântico que os israelitas cantaram. Da mesma forma que nos louvor e adoração, o cântico exalta o passado de Deus, recapitula os feitos do Senhor e o exalta para que todos vejam que Deus é, de fato, ‘aquele que está presente conosco’ (Êx 15.1-2)”. Nesse cântico, vemos que a redenção do povo de Israel se deve inteiramente a Deus, pois foi efetuada pelo Seu poder. Assim, ainda hoje, devemos ter sempre em mente a redenção que há em Cristo Jesus (Rm 8.2; Ef 2.1-5) e, assim, adorá-lo em todo o tempo.

EU ENSINEI QUE:
Deus se agrada do adorador que vive com retidão, abandona o pecado e adora com um coração sincero.

2- Servindo a Deus com os nossos bens
O Faraó do Egito foi astuto ao fazer uma proposta ardilosa: “(…) Ide, servi ao Senhor; somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças”, Êx 10.24. Na verdade, ele estava propondo aos hebreus que adorassem ao Deus de Israel, mas que deixassem seus bens no Egito.

2.1. A adoração parcial.
Contrapondo–se à ideia de Faraó, Moisés não admitiu ser enganado. Ele sabia que aquela proposta levaria o povo a uma adoração parcial (Ne 10.32-39). A verdadeira adoração a Deus envolve todo o nosso ser e todas as dimensões da nossa existência: bens, vida, família, trabalho. Essa entrega só é possível quando temos comunhão genuína com o Criador. Faraó propôs que eles levassem as mulheres e as crianças, mas deixassem o gado e as ovelhas; Moisés, porém, o contestou de maneira firme, pois sem seus rebanhos não haveria sacrifícios, ou seja, não haveria entrega total ao Senhor (Êx 10.24-26).

Comentário Bíblico MacArthur: “As habilidades de negociação enganadoras e manipuladoras fizeram jus à ocasião: ele deixaria o povo ir, mas reteria seus rebanhos como reféns para obrigar o retorno do povo. Ele ainda não entendera que uma obediência parcial às instruções do Senhor era algo inaceitável”.

2.2. Os bens como expressão de adoração.
Moisés confrontou Faraó. Diante das dez pragas, o monarca fez quatro propostas ao libertador de Israel. Na quarta e última, ele propôs que o povo partisse, mas deixasse seus bens no Egito (Êx 10.24). Moisés sabia que, se o povo partisse sem os animais, a adora-a Deus no deserto seria afetada, e o culto ao Senhor ficaria comprometido (Lv 22.18). Ao recusar a proposta de Faraó, Moisés nos ensina a adorar a Deus com inteireza: de todo o coração e com todos os nossos recursos (1Cr 29.11-14), que são apenas um meio de expressar adoração e louvor.

Comentário Bíblico Beacon: “Muitas pessoas sucumbem às sugestões malignas e aceitam a proposta. Mas Moisés não! Ele declarou; ‘nenhuma unha ficará. Moisés sabia qual era a ordem de Deus, embora ainda não dispusesse de todas as razões. Espera mais instruções, conforme o desdobrar dos acontecimentos”.

2.3. Honrando a Deus com os nossos bens.
O verbo “honrar” remete a: venerar, adorar, cultuar, enobrecer, amar, reverenciar, temer. Assim, mais do que dízimos e ofertas, Deus espera que possamos Lhe dar honra (Pv 3.9,10). Deus não está atento somente às ofertas, mas também à maneira como ofertamos (Êx 35.22). O Reino de Deus trabalha por princípios, como o seguinte: “(…) aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão envilecidos”, 1Sm 2.30.

Comentário Bíblico Beacon: “No final das contas, o homem é um mordomo; e tudo que ele tem pertence a Deus (Sl 50). Quando ele honra a Deus com parte do seu progresso, ele vai ser abençoado materialmente e se encherão os teus celeiros. Temos um princípio de mordomia e não uma garantia de riquezas materiais. Podemos confiar a Deus as nossas dádivas; Ele garante a provisão das nossas necessidades materiais (Mt 6.33)”.

EU ENSINEI QUE:
Deus não está atento somente às ofertas, mas também à maneira como ofertamos.

3- Servindo a Deus com o nosso melhor
A reação de Moisés à proposta de Faraó nos ensina a dizer não às investidas de Satanás (Tg 4.7). Diferentemente de Adão e Eva, que foram enganados pela proposta do inimigo, Moisés se manteve firme na fé (Hb 11.27) e não desistiu de servir ao Senhor com o melhor que possuía (Êx 10.25,26).

3.1. Satanás tenta nos desviar da perfeita adoração. 
Diante das ardilosas propostas de Satanás, devemos ter o mesmo posicionamento de Moisés: “(…) nem uma unha ficará no Egito”, Êx 10.26. Satanás, modelado em Faraó, não mudou suas estratégias em relação ao povo de Deus (1Pe 5.8); pelo contrário, ele continua a tentar o crente para que caia em tentação (Jo 13.27). O inimigo recorre a infidelidades e propostas sedutoras para nos desviar da verdadeira adoração, mas Deus nos dá vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo (1Co 15.57).

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal (2020, p. 1220): “O diabo ofereceu o mundo inteiro a Jesus, desde que Ele apenas’ se ajoelhasse e o adorasse. Hoje, o diabo nos oferece o mundo, tentando envolver-nos pelo materialismo na busca pelo poder. Podemos resistir às tentações do mesmo modo que Jesus fez. Se você não almeja algo que o mundo oferece, cite as palavras de Jesus ao diabo: ‘Ao Senhor, teu Deus adorarás e só a ele servirás”.

3.2. Ofertando o melhor ao Senhor.
Servir ao Senhor é ofertar com liberalidade. Moisés não abriu mão dos animais, que seriam usados para adorar ao Senhor em forma de sacrifício pelo perdão dos pecados (Lv 4.20, 26, 31). Analisando o Livro de Levítico, Pr. Fernando Alves comentou: “Toda oferta que fosse oferecida ao Senhor deveria ser de animais limpos e domésticos, e as características dos animais limpos são as unhas fendidas e a ruminação de alimentos (Lv 11.3)”. Do ponto de vista teológico, o sacrifício de animais era um símbolo da reconciliação com Deus e da retirada do pecado e da impureza do meio do povo. Todo o sistema sacrificial do AT aponta para Jesus Cristo, cuja morte na cruz efetuou o sacrifício definitivo (Hb 9.23 a 10.14).

Bispo Abner Ferreira: “Para Deus, o verdadeiro sacrifício é uma adoração sincera por parte do Seu povo. Eles necessitavam compreender que, ao levar animais para o holocausto, não estavam fazendo nenhuma caridade a Deus, pois tudo já é dEle.

3.3. Não permita que Satanás roube sua adoração. 
Encontramos nos Evangelhos e nas epístolas várias advertências quanto às investidas de Satanás para nos enganar (Mt 24.4,11; 2Ts 2.2-3; 1Tm 4.1; 2Tm 3.13), tanto quanto ao que é certo quanto ao que é errado (2Co 4.4). Quem aceita suas mentiras fica vulnerável ao seu poder (1Jo 3.8). Para nos desviar da verdadeira adoração, ele nos leva a empenhar nossos bens e finanças em coisas que parecem inofensivas: “Degustar uma bebida alcoólica, fumar um cigarro, usar drogas ou assistir a um filme pornográfico só uma vez não faz mal”. Satanás busca impedir a verdadeira adoração com propostas que, espiritualmente, podem ser fatais.

Bispo Abner Ferreira: “O povo hebreu recebeu ordens para adorar ao Senhor por meio de suas ofertas. A ordem era bem clara: “Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda”, Pv 3.9. Deus tem conhecimento de tudo; Ele observa todas as coisas e não se apraz daqueles que O roubam”.

EU ENSINEI QUE:
No AT, o sacrifício de animais era um símbolo da reconciliação com Deus e da retirada do pecado e da impureza do meio do povo.

CONCLUSÃO
É importante estarmos atentos aos conselhos e propostas que tentam nos levar a servir ao Senhor de maneira parcial. Todos os aspectos da vida cristã devem ser norteados pelos princípios bíblicos. Como todas as coisas são de Deus e para Deus, nosso viver também deve ser para a glória de Deus (Rm 11.36; 1Co 10.31). Isso inclui a administração dos bens que Deus tem colocado sob nossa responsabilidade.
  

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)


sexta-feira, 4 de abril de 2025

AVISO - Modificações nos subsídios

    


    Queremos informar aos irmãos que os subsídios referentes às lições da Editora Betel e CPAD terão o acréscimo das referências em cada subtópico. Dessa forma, os professores e alunos que utilizarem nossos subsídios poderão consultar as referências bíblicas da lição direto no subsídio. Isso facilitará o estudo.

Pr Marcos André 

quinta-feira, 3 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR SUBSÍDIO - Lição 1 / 2º Trim 2025

AULA EM ____ DE ______________ DE ______ - LIÇÃO 1

(Revista Editora Betel)

Tema: PANORAMA DO LIVRO DOS SALMOS





Texto de Referência: Sl 1.1,2 

VERSÍCULO DO DIA
"Eu me deitei e dormi; acordei, porque o Senhor me sustentou", Sl 3.5.

VERDADE APLICADA
Deus é o nosso refúgio e sustentador em tempos de paz e em meio às lutas.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explorar a amplitude dos temas e autores dos Salmos: 
✔ Mostrar as particularidades dos Salmos;
✓ Explicar a divisão do livro.
 
MOMENTO DE ORAÇÃO 
Oremos para que o povo de Deus a cada manhã, declare que Ele ocupa o primeiro lugar em sua vida. 

LEITURA SEMANAL
Seg  Sl 16.1 A confiança num Deus que nos guarda.
Ter  Sl 11.1 A nossa confiança deve estar pautada no Senhor.     
Qua S1 9.1 Louve ao Senhor de todo o seu coração.
Qui  Sl 50.1 Deus é poderoso.
Sex  Sl 66.1 Louvai ao Senhor com júbilo.  
Sáb  Sl 81.1 Cantai alegremente ao Senhor.

INTRODUÇÃO 
Professor(a), para a primeira aula do novo trimestre, é sempre bom iniciar com uma apresentação da revista, mostrando para os alunos os títulos das lições, com foco nos mais interessantes, a fim de despertar o interesse dos jovens para o novo trimestre.
É inquestionável e aceito por grande parte dos teólogos o entendimento de que este livro é um dos mais lidos de toda a Bíblia. É fato que, até mesmo pessoas que não têm o costume de ler a Palavra de Deus, apreciam alguns dos 150 Salmos contidos nas Sagradas Escrituras. Na verdade, alguns Salmos são lidos até mesmo por pessoas não crentes. Alguns utilizam como amuleto, em cima de estantes com a Bíblia aberta nos Salmo 91. Por isso é um livro que vale a pena ser estudado.
 
Ponto-Chave
"É relevante notar que ainda hoje os cristãos usam e valorizam os Salmos em seus cultos, sejam com orações, hinos e canções espirituais, em suas mais variáveis formas e harmonias."

1. UM LIVRO ADMIRADO POR MUITOS
O vocábulo Salmos (do grego, "psalmoi") A melhor pronúncia para essa palavra, é como se dissesse "salemí" em português. significa "louvores" ou "cânticos", para serem acompanhados por instrumentos de corda. Tratam-se de composições métricas do hinário do povo de Israel. Até hoje, em nossas igrejas, os Salmos são lidos em nossos cultos, ensinando-nos que podemos derramar o coração diante de Deus (Sl 62.8). 

1.1. Temas abordados nos Salmos
Os cânticos contidos neste saltério nos trazem auxílio até mesmo quando estamos nos momentos mais adversos de nossa vida. Os salmistas nos fazem compreender que Deus tem um propósito para cada um de nós e, mesmo nos momentos mais difíceis, Ele trabalha para o nosso bem (Is 64.4). Os temas dos Salmos variam da contrição dolorosa até a inabalável confiança na justiça divina. Eles expressam nossas dores, desejos, pensamentos e nossas orações por meio de temas, como: arrependimento, paz, perdão, segurança, angústia, louvor ao Senhor, sabedoria e etc. O livro de Salmos não segue um contexto único, pois não fala de uma única história, mas trata de sentimentos humanos expressados em canções de adoração. Frequentemente os salmos falam sobre a magnitude de Deus; da fraqueza humana; da confiança no Criador, etc. É um livro que trata da alma humana. O livro de Salmo fala do que tem na cabeça de um verdadeiro adorador, por isso, se alguém quiser encontrar as palavras certas que um adorador pode utilizar para exaltar o Criador, o livro de Salmos é a melhor opção.

REFERÊNCIA UTILIZADA NESTE SUBTÓPICO:
"Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera.", Isaías 64.4

1.2. Autores 
A Bíblia não nos dá pistas de autores de um grande número de Salmos. Daí a necessidade de estudá-lo em toda sua complexidade. Ao lermos o livro de Salmos, é imprescindível ter em mente que este livro trata-se de uma compilação composta por vários autores e foi escrito ao longo de, aproximadamente, 900 anos. Tomemos como referencial comparativo a fala da Missionária Ana Oliveira (Israel e Fatos Bíblicos de A a Z - Um guia para curiosos, Betel, 2016, p.85) que nos diz: "Com exceção de Moisés, que escreveu um Salmo, Davi compôs 73 Salmos, Salomão compôs 2 Salmos e os demais Salmos foram compostos por sacerdotes, levitas com vocação na música e responsabilidade com o culto sagrado e alguns anônimos". No Antigo Testamento, os homens de Deus desenvolveram a adoração por meio dos cânticos, pudemos ver isso com Moisés e também com Miriã, já na saída do Egito. Provavelmente os levitas decidiram reunir os cânticos conhecidos que eram utilizados para adoração no Templo do Senhor, e daí surgiu os Salmos. Sabemos também muitos cânticos não entraram, veja o caso de Salomão:
"31 E era ele ainda mais sábio do que todos os homens, e do que Etã, ezraíta, e Hemã, e Calcol, e Darda, filhos de Maol; e correu o seu nome por todas as nações em redor.
32 E disse três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco.", 1 Reis.4.31,32
Notemos que Salomão escreveu 1005 cânticos, mas somente dois entraram nos Salmos. É provável que o mesmo tenha acontecido com outros autores.

Refletindo
"Os Salmos eram para os judeus, do AT, o que a Harpa Cristă é para o crente da Assembleia de Deus hoje." 
Bispo Abner Ferreira 

2. PRINCIPAIS PARTICULARIDADES DOS SALMOS 
Os salmistas inspirados por Deus se apropriaram de diversas técnicas para criar efeitos especiais em sua linguagem, como: metáforas, aliterações, metonímias entre outros, para conduzirem sua mensagem. Acreditamos que isso possa explicar o porquê vemos nos Salmos demonstrações que retratam sentimentos, ritmos e frases metafóricas.

2.1. Características da poesia hebraica
A Língua Hebraica possui uma propriedade musical diferenciada que suporta a expressão poética. A poesia hebraica, por exemplo, alcançou grande popularidade no Antigo Oriente. Se prestarmos atenção, veremos que a poesia hebraica em nada se assemelha com a das nações ocidentais, pois envolve métrica e rima de sons, todavia, há rima de pensamentos ou ideias. Sua maior característica consiste na equivalência mútua de frases ou ajustes, chamadas paralelismo, ou "rima do pensamento". Para que se tenha uma ideia da extraordinária importância da poesia hebraica, a particularidade mais evidente é a repetição de ideias, chamada de paralelismo. Embora o paralelismo seja um recurso importante na poesia hebraica, ele é também um recurso literário, sendo assim, o paralelismo atende tanto a estrutura poética quanto o conteúdo literário, pois a repetição de ideias (paralelismo) fortalece a ideia que o texto está passando. 
A principal diferença da poesia hebraica em relação à ocidental, é a falta da chamada "licença poética". A licença poética é o ajuste que se faz na ortografia para que ela se encaixe na métrica da poesia e da música, perdendo qualidade gramatical, mas ganhando em beleza poética. Esse recurso é muito utilizado na poesia ocidental, no entanto, não é observado na poesia hebraica. Ou seja, os autores dos livros poéticos falaram o que tinha que ser dito, sem se preocupar se a estrutura poética ficaria boa ou não. Por isso os Salmos tem uma maravilhosa riqueza literária, não perdendo para os demais livros da Bíblia.

2.2. Paralelismo Hebraico
Este pensamento sobre o paralelismo como um princípio fundamental da poesia hebraica foi ecoado pela primeira vez pelo catedrático de poesia em Oxford, Inglaterra, Robert Lowth. O professor em seu tratado, De Sacra Poesi Hebraeorum Academicae de 1753, teve a percepção de classificar os tipos de paralelismo em três categorias. А) Sinonímico: acontece quando o segundo verso repete o primeiro verso com ideias semelhantes (Sl 15.1). B) Antitético: os versos propagam pensamentos contrapostos. O verso na primeira linha contraria a próxima linha do verso com uma verdade adversa (Sl 1.6; 37.21,22). C) Sintético: a afirmação da primeira linha do verso serve como apoio sobre a qual a segunda declaração se fundamenta, enriquecendo a primeira linha em seu pensamento original (Sl 19.7,8). Vejamos o exemplo de cada um dos três tipos de paralelismo:
A) Acontece com ideias sinônimas:
"Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?", Salmos 15.1
O primeiro verso fala de tabernáculo e o segundo fala de santo monte, ambos se referindo à "morada de Deus", ou seja, são expressões sinônimas;
B) É o paralelismo de ideias opostas:
"Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá.", Salmos 1.6
Falando sobre o caminhos, porém, um é o que prospera e o outro é o que acaba, ou seja, caminhos opostos;
C) É o paralelismo em que a expressão é repetida de outra forma para fortalecer a transmissão da ideia:
"7 A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices.
8 Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos.", Salmos 19.7,8
Note que o versículo 8 tem a mesmo estrutura do versículo 7, como se repetisse o verso anterior com palavras totalmente diferentes, sendo assim, o verso 8 fortalece tudo o que o verso 7 está dizendo.  

MAIS REFERÊNCIAS UTILIZADAS NESTE SUBTÓPICO:
"21 O ímpio toma emprestado, e não paga; mas o justo se compadece e dá.
22 Porque aqueles que ele abençoa herdarão a terra, e aqueles que forem por ele amaldiçoados serão desarraigados.", Salmos 37.21,22

3. DIVISÃO DO LIVRO DOS SALMOS
Na pesquisa que nos propusemos a realizar sobre o livro de Salmos, interessa-nos dizer que é comum dividir o conjunto do livro de Salmos em cinco livros, que iniciam concomitantemente nos Salmos 1, 42, 73, 90 e 107. 

3.1. Uma divisão adotada de modo a corresponder ao pentateuco
Do ponto de vista literário, a tradição judaica, divide o livro de Salmos em cinco livros, que teria sido seguida a fim de equivalência ao Pentateuco - os cinco livros de Moisés. O Bispo Abner Ferreira (Salmos: uma referência para a vida de adoração e oração do cristão, 2020, p.33) nos diz que: "A maioria das versões bíblicas divide o livro de Salmos em cinco livros, assim como o Pentateuco apresenta cinco partes: Livro I (Salmo 1 ao 41); Livro II (Salmo 42 ao 72); Livro III (Salmo 73 ao 89); Livro IV (Salmo 90 ao 106) e Livro V (Salmo 107 ao 150). Na realidade, essa divisão é meramente estética, e não há correspondência teológica e nem estrutural entre os livros do Pentateuco e as divisões feitas nos Salmos. Por exemplo, o Livro I, que vai do Salmo 1 ao 41, deveria corresponder ao livro de Gênesis do Pentateuco, no entanto, não há qualquer relação entre o conteúdo de Gênesis e estes Salmos. Isso é apenas uma curiosidade.
Uma outra curiosidade, é que não é usual mencionar capítulos para os Salmos, basta dizer somente Salmo 1 ou Salmo 2, etc. 

3.2. Por que estudar o livro dos Salmos?
Ler e meditar no livro dos Salmos pode aproximar os jovens de Deus e auxiliá-los a conhecer Seu amor (Sl 136.1). Nos escritos deixados pelos salmistas, os jovens podem desfrutar de um manancial de inspiração para a adoração a Deus (Sl 29.2). Os Salmos funcionam desde a Antiguidade como um impulso motivador, sendo empregados até hoje no louvor e no culto a Deus tanto por judeus como cristãos (Sl 95.6). Como uma coletânea de belas poesias inspiradas por Deus, o livro de Salmos tem o poder de trazer paz e inspirá-los a louvarem a Deus e a confiarem nEle de todo o coração (Sl 84.12). Confiar em Deus é a atitude mais acertada que um jovem pode ter (Sl 9.10). Pelo que podemos entender, os Salmos possuem o poder de inspirar, e assim, ajudar a pessoa a ter paz pelas verdades que são mencionadas neles. Por exemplo, se alguém está com o coração apreensivo pelas adversidades da vida, e sua fé está abalada, então essa pessoa pode encontrar conforto nestas palavras:
"3 Porque o Senhor é Deus grande, e Rei grande sobre todos os deuses.
4 Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas.
5 Seu é o mar, e ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca." Salmos 95.3-5
Essa passagem do Salmo 95 inspira a pessoa a confiar na grandeza do Senhor e assim, ficar mais tranquila quanto às dificuldades da vida. 

MAIS REFERÊNCIAS UTILIZADAS NESTE SUBTÓPICO:
"Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.", Salmos 136.1
"Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai o Senhor na beleza da santidade.", Salmos 29.2
"Senhor dos Exércitos, bem-aventurado o homem que em ti põe a sua confiança.", Salmos 84.12
"Em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, Senhor, nunca desamparaste os que te buscam.", Salmos 9.10

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
Da perspectiva divina, o saltério aponta para Deus como seu autor. Considerando a autoria a partir do lado humano, pode-se identificar uma lista de mais de sete compositores. O rei Davi escreveu pelo menos 73 dos 150 Salmos. Aos filhos de Corá, são atribuídos dez (Sl 42; 44-49; 84-85;87); e Asafé contribuiu com doze (Sl 50; 73-83). Entre os outros autores, estão Salomão (Sl 72, 127, Moisés (Sl 90), Hema (Sl 88) e Etā (89). Os cinquenta Salmos restantes permanecem anônimos em sua autoria, ainda que considere que Esdras seja o autor de alguns. O período de Salmos se estende de Moisés, por volta de 1410 a.C. (Sl 90), ao período pós-exílio do fim do século VI ou começo do século V (Sl 126), que abrange cerca de 900 anos da história judaica. Fonte: (Manual Bíblico Macarthur. Thomas Nelson, 2015, p.193).

CONCLUSÃO
Pelo que se pode ver, o livro de Salmos tem por finalidade destacar a posição do homem de adorador ao único Deus, Aquele que é digno de receber toda a honra e toda a glória (Sl 96.4).
  
Complementando
O Livro de Salmos é o maior livro da Bíblia. O mesmo teve mais autores e demorou mais tempo para ser finalizado. O maior Salmo do saltério é o 119 е o menor é o 117, o qual encontra-se exatamente no meio da Bíblia.
 
Eu ensinei que:
O livro de Salmos nos ensina que fomos chamados para adorar a Deus em todos os momentos. Vê-se uma elaboração literária que nos convida a transformar as nossas ações em adoração em todo o tempo.

Fonte: Revista Betel Conectar
 
ATENÇÃO: ESTE SUBSÍDIO É GRATUITO PARA OS USUÁRIOS DO CLUBE DA TEOLOGIA
 
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ESCOLA DOMINICAL - Conteúdos das Lições da EBD da Revista da Central Gospel 2º Trimestre de 2025

                                             

Lição: 1 - A Importância do Estudo da Tipologia Bíblica

Lição: 2 - Mateus, de Publicano a Apóstolo
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CONTEÚDOS ANTIGOS:

4º Trim 2023  1º Trim 2024  2º Trim 2024  3º Trim 2024  4º Trim 2024  1º Trim 2025
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quarta-feira, 2 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 1 / ANO 2- N° 5

  

João Batista, a Voz que Clama no Deserto

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Mateus 3.1-4,6 
1 - E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia 
2 - e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus. 
3 - Porque este é o anunciado pelo profeta Isaias, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. 
4 - E este João tinha a sua veste de pelos de camelo e um cinto de couro em torno de seus lombos e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre. 
6 - (.)e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados. 

Lucas 3.15-18 
15 - E, estando o povo em expectação e pensando todos de João, em seu coração, se, porventura, seria o Cristo, 
16 - respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com uyua, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias; este vos batizará com 0 Espírito Santo e com fogo. 
17 - Ele tem a pá na sua mão, e limpará a sua eira, e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga. 
18 - E assim admoestando-os, muitas outras coisas também anunciava aq povo.

TEXTO ÁUREO
No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis O Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. 
João 1.29

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Mateus 3.1-6 
João inicia seu ministério pregando e batizando
3ª feira - Mateus 3.7-12 
João e sua autoridade profética
4ª feira - João 1.16-20 
João Batista dá testemunho de Jesus 
5ª feira Marcos 1.6-11 
João Batista batiza Jesus
6ª feira João 1.3-37 
De João a Jesus: a transição do ministério Sábado
Sábado - Marcos 6.23-29 
O martírio de João Batista

OBJETIVOS
    Ao término do estudo bíblico, O aluno deverá:
  • entender que João Batista prenunciou o fim da Lei e dos profetas e anunciou o Reino de Deus; 
  • conhecer as características de João Batista, um dos mais influentes personagens bíblicos; 
  • entender que Deus delega grandes missões a pessoas que demonstram coragem e humildade diante de desafios; 
  • saber que a fidelidade ao Senhor pode resultar no sacrifício da própria vida. 
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
    Prezado professor, esta lição inaugura a série de estudos biográficos deste ciclo. Pergunte aos alunos o quanto apreciam ler biografias e quais figuras históricas mais os atraem. Em seguida, mencione que as narrativas bíblicas costumam ., destacar a infância e os primeiros anos de grandes personagens, mostrando as influências que moldaram suas vidas e as de seus sucessores (Ex 2.1-10; 1 Sm 1.24-28; 2.11,18-21). Explique que a história de João Batista (Lc 1.13-17,57-66), cuja vida se entrelaça com a de jesus, começa com eventos milagrosos em seu nascimento, sinalizando sua importância como precursor do Messias, conforme narrado nas Escrituras. 

Boa aula! 

COMENTÁRIO 

Palavra introdutória 
   No Novo Testamento, três personagens importantes são identificados como João: o apóstolo, autor de um evangelho,
três epístolas e do Apocalipse (Jo 21.24; 1 Jo 1.1-3; Ap 1.1,23 João Marcos, sobrinho de Barnabé (At 12.25; CI 4.10); e João Batista, o precursor de Cristo (Lc 1.13-17; Mt 3.1-3). 
    João Batista, destacado entre todos os profetas, foi escolhido por Deus para introduzir o ministério de Jesus com grandeza e dignidade. Seu nome, que significa “favor de Deus”, remete ao profeta Elias, com quem compartilhava um estilo de vida austero e uma postura firme contra a hipocrisia e a injustiça de sua época (Mt 3.4; 11.13,14), opondo-se até mesmo ao rei Herodes (Lc 3.19,20).

 1. JORNADA PRODIGIOSA 
    Embora muitos pensem que todos os evangelhos detalhem a vida de João Batista, apenas Lucas oferece informações extensas. Ele menciona seus pais, Zacarias e Isabel (Lc 1.5), e revela sua ligação familiar com Jesus (Lc 1.36). Lucas narra ainda que, no sexto mês da gravidez de Isabel, o anjo Gabriel apareceu a Maria (Lc 1.26,27), sugerindo que Jesus e joão eram parentes próximos com uma diferença de idade aproximada de seis meses.

1.1. Concepção improvável 
    Zacarias e Isabel, justos perante Deus, sofriam por não terem filhos devido à idade avançada e à infertilidade de Isabel, condição estigmatizada na cultura judaica (Lc 1.6,7; 1 Tm 2.14,15). Durante o serviço no Templo, Zacarias foi visitado pelo anjo Gabriel, que anunciou o nascimento de João (Lc 1.8-13). 

1.2. Propósitos divinos e impactos eternos 
    Lucas descreve a mensagem do anjo a Zacarias, revelando o tríplice propósito de João Batista: ele seria a alegria de seus pais; levaria muitos israelitas de volta ao Senhor e prepararia o povo para a vinda de Cristo (Lc 1.14-17). 
    A aparição súbita de Gabriel e a notícia surpreendente que ele anunciara deixaram Zacarias em choque (Lc 1.12). Devido à sua incredulidade, o anjo declarou que ele permaneceria mudo até o nascimento do menino (Lc 1.18-20,59-64). 

1.3. Hábitos singulares de um profeta no deserto 
    A casa de Zacarias ficava na região montanhosa de Judá (Lc 1.39,40), e João cresceu no deserto, preparando-se para sua missão profética (Lc 1.80). 
    A aparência e o modo de vida de João Batista eram rústicos (Mt 3.4; Mc 1.6; Lc 7.24,25). Ele vestia uma túnica de pelos de camelo, presa por um cinto de couro, semelhante ao estilo de Elias (2 Rs 1.8), uma vestimenta que ainda é usada por beduínos e árabes pobres. Quanto à dieta, o profeta consumia gafanhotos e mel silvestre, alimentos comuns no deserto (Lv 11.22; Dt 32.13; 1 Sm 14.25-29).
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    Em várias regiões do Oriente, como Arábia, Etiópia e Palestina, os gafanhotos ainda são um alimento básico para as classes menos favorecidas, sendo uma prática antiga entre os hebreus e considerada saudável e versátil.
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1.4. Traços marcantes de uma personalidade inabalável
    João Batista era conhecido por seu rigor, coragem e seriedade; ele não hesitava em confrontar o que julgava errado. Com ousadia, o profeta repreendeu Herodes e permaneceu firme diante daqueles que, sem evidenciar arrependimento e contrição, procuravam ser batizados por ele (Mt 3.7; Lc 3.7).

 2. MINISTÉRIO IMPACTANTE 
    O ministério de João Batista estava concentrado na preparação do caminho para o Messias. Sua mensagem poderosa incluía: o chamado ao arrependimento (Mt 3.2,7,8); 0 reconhecimento da superioridade de Cristo (Mt 3.11); a crítica pública aos pecados dos fariseus (Lc 3.8); a proclamação do sacrifício redentor de Cristo e o advento do Espírito Santo (Jo 1.15,29,33,36). 

2.1. As marcas do chamado divino
    Como precursor de Jesus, João Batista desempenhou um papel singular na história bíblica, antecedendo o Messias em Seu nascimento, ministério e morte. Sua missão foi marcada por uma autoridade profética inquestionável, encerrando a era da antiga aliança e inaugurando a Era da Graça (Lc 16.16). 
    Conhecido como Batista por conduzir às águas aqueles que buscavam confessar publicamente seus pecados, João personificava o chamado ao arrependimento e à transformação espiritual (Lc 3.2,3). Atuando como um verdadeiro arauto, proclamava a mensagem de Deus com coragem e firmeza. Seu ministério se desenvolveu principalmente no deserto da Judeia, um ambiente simbólico de renovação e preparação espiritual (Mt 3.1). 

2.1.1. João Batista e Jesus: uma aliança profética 
   Segundo o texto bíblico, o relacionamento entre Cristo e João Batista foi marcado por particularidades devido à natureza de seus ministérios:
  • eles eram parentes próximos (Lc 1.34-36,56,57) — O sentido exato do termo que indica o grau de parentesco entre Maria e Isabel é desconhecido (Lc 1.36 [cuyyevíç = syngenis]). Algumas versões traduzem como prima (ARC; ACF), enquanto outras usam parenta (ARA; NVI), sugerindo que jesus e João Batista eram parentes em algum grau; 
  • João Batista foi, às vezes, confundido com Jesus (Mt 14.1,2; 16.13,14; Mc 6.14; 8.27,28);
  • Jesus comparou João a Elias (Mt 17.11-13) e o descreveu como o maior entre os nascidos de mulher (Mt 11.11; Lc 7.28), mas menor que qualquer um no Reino dos céus, destacando a grandeza do novo Reino (Mt 10.32-42);
  • Jesus também afirmou que o tempo de João era único (Mt 11.12,13; Lc 16.16), caracterizando-o como o último profeta da antiga aliança e o precursor do advento do Messias. 
2.2. O símbolo de um novo começo: batismo 
    João surge na narrativa bíblica realizando batismos no rio Jordão (Mt 3.5,6), uma prática tão marcante que deu origem à expressão “batismo de João” (At 1.22). Esse rito, mencionado nos evangelhos (Mt 3.11; Jo 1.26-30; Lc 3.3) e em Atos (10.37; 11.16; 13.24; 19.3), simbolizava arrependimento e confissão de pecados. 
    O título Batista identifica-o como “aquele que realiza O rito do batismo”. Em grego, o termo para “aquele que batiza” (βαπτιστές = baptistés) relaciona-se com o verbo baptizó (βαπτιtitw), que significa “imergir” ou “lavar”.

 3. MARCOS MINISTERIAIS DECISIVOS 
    A vida de João Batista é marcada por, pelo menos, quatro eventos significativos: 

3.1. O batismo de Jesus 
    Às margens do rio Jordão, Jesus se aproximou de João para ser batizado (Mt 3.13). Surpreso, o profeta reconheceu a superioridade de Cristo, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim? (Mt 3.14). Somente após Jesus afirmar que o batismo era necessário para cumprir toda a justiça — cumprir as exigências da Lei —, o profeta concordou em descê-lo às águas (Mt 3.15). 

3.2. A transição ministerial 
    Após ser batizado por João, Jesus iniciou Seu ministério e atraiu muitos seguidores, incluindo alguns discípulos do profeta. Isso causou certa insatisfação entre os seguidores de João, mas ele os corrigiu, dizendo: E necessário que ele cresça e que eu diminua (Jo 3.22-30).
    O ministério de João Batista, conhecido como à aurora da história evangélica, foi uma preparação providencial para 0 ministério de Jesus. Os profetas Isaías (40.3-5) e Malaquias (3.1) haviam predito que o Messias seria precedido por alguém que proclamaria Sua chegada. Por isso, os quatro evangelistas relacionam João Batista à profecia de Isaías (Mt 3.3; Mc 1.2,3; Lc 3.4-6; Jo 1.23). 

3.3. A confirmação do Messias 
    Enquanto estava na prisão, João enviou dois de seus discípulos para perguntarem a Jesus se Ele era o Messias prometido, ou se deveriam esperar outro (Mt 11.1-5). Em vez de responder diretamente, o Nazareno deixou que Suas obras falassem por si: curou cegos, coxos, leprosos e surdos; ressuscitou mortos e pregou o evangelho, demonstrando, assim, ser o Messias anunciado por João (Lc 7.22,23). 

3.4. A condenação final 
    João Batista não se limitava a pregar ao povo sobre suas obrigações morais e espirituais para receber o Messias. De modo aguerrido, ele também repreendeu Herodes Antipas por seus atos perversos, especialmente pelo casamento com Herodias, esposa de seu irmão Filipe, que considerava ilícito (Lc 3.19; Mc 6.17-19). 
    Herodias, então, passou a desejar a morte de João e constantemente pressionava Herodes. Embora o tetrarca temesse João, sabendo que era um homem justo e santo, e ouvia suas palavras com perplexidade e respeito, a filha de Herodias, sob orientação da mãe, aproveitou uma ocasião especial e pediu ao rei a cabeça de João em uma bandeja (Mc 6.21-25; Mt 14.6-8).
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"O zelo de João foi cruelmente castigado, pois Antipas (Lc 3.19,20) encerrou-o em um Calabouço da fortaleza de Machaerus (ou Maqueronte), construída como um ninho de águia em uma das regiões mais agrestes da Pereia Meridional, ao oriente do mar Morto, e, logo depois, foi decapitado, a mando de Herodes, e sepultado por seus discípulos.” (FILLION, Central Gospel, 2003, p. 392).
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 4. LIÇÕES DA VIDA DE JOÃO BATISTA PARA A JORNADA DE FÉ

4.1. Autenticidade e propósito
    Como filho de Zacarias, sacerdote do Templo, João Batista herdou um legado singular (Lc 1.5; 1 Cr 24.10), mas seguiu um caminho profético fora das tradições religiosas formais (Mt 3.1-6). Esse rompimento com a estrutura sacerdotal indica uma personalidade independente e corajosa, focada mais na autenticidade espiritual do que nas convenções institucionais. 
   A coragem para seguir uma vocação legítima, mesmo que isso signifique romper com tradições estabelecidas, é uma lição de integridade e propósito. 

4.2. Humildade extraordinária 
    Apesar de sua popularidade e influência, João Batista reconheceu sua missão como preparador do caminho para Jesus. Quando seus discípulos questionaram a crescente projeção de Cristo, ele respondeu com humildade: E necessário que ele cresça e que eu diminua (Jo 3.30). 
    Essa postura ensina a centralidade da mensagem redentora em nossa vida, desafiando-nos a colocar o Senhor acima de nossas realizações. O ministério autêntico nasce da disposição de viver para a glória de Deus e não para o próprio reconhecimento (Cl 3.23,24).

4.3. Coragem inabalável 
    João Batista viveu e morreu como uma voz profética comprometida com a justiça e a retidão. Ele não hesitou em denunciar os pecados da sociedade, confrontando até mesmo Herodes Antipas por seu comportamento imoral (Mc 6.17-19). Seu exemplo ensina que a fidelidade a Deus está acima de conveniências sociais e políticas. 
    Ainda hoje, somos chamados a proclamar a verdade divina com coragem, mesmo diante de riscos e consequências adversas (2 Tm 4.2-5).

CONCLUSÃO
    João Batista dedicou sua vida a preparar o caminho para Cristo, chamando o povo ao arrependimento. Ele é um exemplo de coragem e fidelidade. No entanto, ao nos voltarmos para Jesus, contemplamos o verdadeiro esplendor: Ele é a própria Palavra, a Luz eterna e a Vida. 
    Enquanto João foi sepultado, Jesus ressurgiu, vencendo a morte como Salvador da humanidade. Que nossa fé sempre reconheça essa verdade: João mostrou o caminho, mas Cristo é o próprio Caminho, nossa esperança e redenção. 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Qual foi o tríplice propósito ministerial de João Batista? 
R.: João Batista seria a alegria de seus pais; levaria muitos israelitas de volta ao Senhor e prepararia O povo para a vinda de Cristo (Lc 1.14-17).

Fonte: Revista Central Gospel