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segunda-feira, 27 de novembro de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 10 / 4º Trim 2023

                                          

PRISÃO NA CIDADE SANTA
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TEXTO DE REFERÊNCIA: At 21.17-20

LEITURA SEMANAL
Seg At 21.8 Paulo se encontrou com Filipe em Cesaréia.
Ter At 21.9,10 O dom de profecia era concedido tanto
para homens como para mulheres.
Qua At 11.27-29 Ágabo havia profetizado que haveria fome em Jerusalém 15 anos antes do acontecimento.
Qui At 21.13 Paulo estava disposto a ter o mesmo destino de Jesus em Jerusalém.
Sex At 21.18 Paulo esteve com Tiago em Jerusalém.
Sab At 21.27,28 Paulo é preso no Templo de Jerusalém.

VERSÍCULO DO DIA
"E agora pela esperança da promessa que por Deus foi feita a nossos pais, estou aqui e sou julgado," At 26.6.

VERDADE APLICADA
Paulo não focava nas circunstâncias, pois para ele o mais importante era cumprir com alegria a missão de proclamar o Evangelho de Cristo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Expor sobre os acontecimentos em Cesaréia;
Discorrer sobre a prisão de Paulo em Jerusalém;
Explicar como Paulo se portou diante das autoridades.

INTRODUÇÃO
Paulo foi preso em Jerusalém e enviado para prisão na Cesaréia, a fim de ser julgado. Parecia o fim de suas viagens missionárias, no entanto, elas prosseguiam em uma nova perspectiva divina.

Ponto Chave
"A prisão de Paulo serviu ao propósito de Deus, para que ele fosse pregar o Evangelho em Roma, no coração do Império."

1 - PAULO EM CESARÉIA
Em Filipos, Paulo encontrou-se com Lucas e juntos foram para Trôade (At 20.6). A fim de evitar uma certa demora, utilizou Éfeso como atalho (At 20.16), de modo que os anciãos encontraram-se com ele em Mileto, onde se despediu (At 20.17). Por fim, o grupo desembarcou em Tiro, onde ficou uma semana e seguiu para Cesaréia.

1.1. Paulo visita Filipe
Quando o apóstolo chegou em Cesaréia, lá ficaram com Filipe, um dos sete diáconos. Foi ali que o profeta Ágabo profetizou sobre o aprisionamento de Paulo em Jerusalém (At 21.11). Paulo sabia muito bem do destino que o esperava em Jerusalém, mas, mesmo diante da eminente prisão, o apóstolo permaneceu fiel aos seus ideais. A fidelidade ao Senhor exige de nós abnegação, compromisso e firmeza. Paulo não se abateu diante do anúncio da dificuldade, mas a certeza de seu ministério e chamado fazia com que ele fosse inabalável em suas convicções.

1.2.  O futuro em Deus
Paulo não se sentiu abalado com o que aconteceria com ele no futuro, pelo contrário, ele estava disposto a seguir os mesmos passos de Jesus (1Pe 2.21). Deus o alertou sobre sua prisão através do profeta Ágabo (At 21.11). A nossa confiança deve estar em Deus, pois se o Senhor não protegera cidade, em vão vigia a sentinela (Sl 127.1). O futuro não deve nos abater, gerar ansiedade ou tirar a nossa paz, pois Deus tem cuidado de nós. Jesus nos ensinou que tanto a nossa alimentação quanto a vestimenta, condições básicas de subsistência para o ser humano, fazem parte da providência divina para os seus filhos; Ele tem cuidado de nós (Mt 6.25-34).

Refletindo
"O cárcere terreno não impedia Paulo de pregar as Boas Novas, pois ele tinha plena certeza da liberdade de sua alma em Cristo para a propagação do Evangelho." 
Bispo Abner Ferreira

2 - PAULO EM JERUSALÉM
Na chegada a Jerusalém, Paulo e sua comitiva foram acolhidos afetuosamente pelos irmãos, e recebidos por Tiago e pelos presbíteros da igreja (At 21.18).

2.1. Paulo vai ao Templo
Alguns acusaram Paulo de que ele estava ensinando aos judeus a abandonarem a observância da Lei e seus costumes (At 21.21). Num gesto conciliatório, ele aceita custear as despesas de quatro homens ao voto de nazireato (At 21.23-24) e de participar publicamente da cerimônia, de modo a refutar tais rumores, assim como está especificado na Lei do AT (Nm 6.1- 21). Paulo agiu de boa vontade, de modo a se submeter ao costume judaico indo ao Templo. Às vezes, é necessário "abrir mão" de certos posicionamentos para a união do grupo e para não prejudicar a Obra de Deus.

2.2. Paulo é preso
Quando os judeus da Ásia, que tinham observado Paulo na companhia do gentio Trófimo de Éfeso, acusaram-no de ter levado um não judeu para dentro do Templo. Assim como Jesus, ele sofreu uma falsa acusação de seus irmãos judeus, assim como sua cidade adotiva o rejeitava, os hostis romanos prendem-no. O tribuno romano livra Paulo do linchamento, prendendo-o (At 21.33), cumprindo-se então a profecia de Ágabo (At 21.10). As adversidades na vida do cristão possuem um propósito, nem sempre entendemos, mas o fato é que saímos mais fortes delas.

3 - APELO A CÉSAR
Paulo solicitou ao oficial romano que o deixasse falar à multidão (At 21.37- 40). Discursando em aramaico, idioma da época, Paulo relatou sobre sua pré-conversão e de sua visão do Filho de Deus. Tal discurso causou grande furor à multidão, de modo que o comandante ordenou que Paulo fosse açoitado, mas, ao saber que ele era cidadão romano, a ordem foi cancelada (At 22.25-29).

3.1.  Paulo diante de Félix
Paulo foi levado ao Sinédrio, e falou diante das autoridades judaicas (At 23.1-10). O Senhor apareceu a ele naquela noite e revelou o Seu propósito de enviá-lo a Roma (At 23.11). Devido a uma conspiração com o intuito de matá-lo, um destacamento com 470 homens levam-no de Jerusalém à Cesaréia (At 23.23,24). Ele ficou preso dois anos em Cesaréia por ordem do governador romano Félix (At 24.27). Pórcio Festo substituiu Félix no governo da Judeia. Ele era mais justo que seu antecessor, o qual mantivera Paulo preso com a intenção de obter um suborno do apóstolo, mantendo-o cativo só para contentar os judeus (At 24.26).

3.2. Paulo fala ao rei Agripa
O texto bíblico afirma que, passado um tempo, Ágripa e Berenice foram a Cesaréia visitar Festo (At 25.13). O Governador Festo contou a história de seu prisioneiro político mais famoso, o Apóstolo Paulo, de modo que Ágripa pediu para se encontrar com ele, convidando o Após- tolo a contar sua história. Paulo aborda-lhe sobre a sua vida de homem religioso (At 26.2-11) e de homem redimido (At 26.12-23). Após a apresentação de Paulo, tanto Ágripa quanto Festo concordam que o prisioneiro poderia ser libertado, somente se não tivesse apelado para ser julgado pelo Imperador Romano, César. Paulo não teve vergonha nem colocou seus interesses a frente da mensagem do Evangelho, mas aproveitou a oportunidade, pregar para as autoridades do local.

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
O direito do cidadão de apelação ao imperador parece ter se desenvolvido do direito antigo à apelação na época da república. Esse direito impedia que os magistrados matassem, açoitassem, acorrentassem ou torturassem um cidadão romano, ou, ainda, que o sentenciassem ou o impedissem de ir para Roma. Qualquer cidadão romano, em qualquer lugar do império, estava protegido contra uma punição sumária por um magistrado, apesar de este poder tratar os casos que envolviam transgressão clara da lei estatutária. Foi com certo alívio que Festo ouviu o apelo de Paulo a César, pois, com isso, ele ficava livre da responsabilidade de tomar uma decisão sobre aquele caso. Se Paulo fosse liberto em Jerusalém, possivelmente seria morto pelos judeus, mas, ao ser levado à Roma, pôde continuar seu ministério pregando no centro do Império Romano. (BRUCE, F.F, Paulo o apóstolo da graça: sua vida, cartas e teologia. São Paulo: Shedd Publicações, 2003. pp.352-353)

CONCLUSÃO
Nem sempre compreendemos ou aceitamos, inicialmente, os planos de Deus, mas certamente, Ele tem o melhor para nós, pois Sua vontade é boa, perfeita e agradável.

COMPLEMENTANDO
Paulo era conhecido por sua eloquência e sua retórica aprimorada, ele utilizava uma técnica chamada de diatribe, termo de origem grega que significava "discurso ou conversação filosófica". Sua capacidade persuasiva era tamanha que, diante do Sinédrio, ele conseguiu que os fariseus e saduceus discutissem, tirando o foco dele (At 23.6,7), e diante de Ágripa, o persuadiu de modo que o monarca se sentiu constrangido diante de suas afirmações (At 26.28).

Eu ensinei que:
A prisão de Paulo em Jerusalém fazia parte de um plano divino na propagação do Evangelho.

Fonte: Editora Betel

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 9 / 4º Trim 2023

                                        

UMA NOTÁVEL LIDERANÇA
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TEXTO DE REFERÊNCIA: At 20.17-24 

LEITURA SEMANAL
Seg Fp 3.17 A liderança cristã é pautada no exemplo de Cristo.
Ter Rm 12.8 Aquele que está à frente deve fazê-lo com zelo e dedicação.
Qua At 6.3 O verdadeiro líder deve ser cheio do Espírito.
Qui 1Tm 3.9 Comprometidos com o segredo da fé.
Sex Nm 11.16-17 É prudente compartilhar a liderança.
Sab Js 1.2 Um bom líder prepara bons sucessores.

VERSÍCULO DO DIA
"E dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus, Senhor nosso, porque me teve por fiel, pondo-me no ministério", 1Tm 1.12.

VERDADE APLICADA
A grandeza de toda liderança consiste em reconhecer-se pequeno e dependente de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o perfil da liderança de Paulo;
Desenvolver o estilo da liderança do apóstolo;
Explicar a essência da liderança paulina.

INTRODUÇÃO
A liderança é a capacidade de influenciar pessoas e de fazer com que elas sigam o líder e se submetam a sua autoridade. Jesus é considerado no mundo todo como o maior líder, e Paulo foi influenciado por Cristo, estabelecendo em sua liderança carisma e comprometimento a fim de desenvolver talentos.

Ponto Chave
"Paulo exerceu sua liderança com excelência e no fim estabeleceu sucessores."

1 - PERFIL DA LIDERANÇA DO APOSTOLO PAULO
Paulo tinha um perfil bem abrangente em sua forma de liderar, contudo vamos nos ater a duas qualidades latentes do apóstolo: seu comprometimento e dedicação.

1.1. Comprometimento
Antes mesmo de seu encontro com o Cristo Ressurreto, Paulo já possuía como característica um comprometimento acima do normal em relação ao judaísmo (Gl 1.14). O apóstolo se tornou completamente imerso na causa de Cristo após sua conversão, de modo que, mesmo sofrendo demasiadamente (2Co 11.23-28), não perdeu seu ímpeto em relação ao seu chamado e a Grande Comissão. As dificuldades não podem nos parar nem fazer com que venhamos a desistir, pois aquele que nos chamou para a boa Obra é fiel e poderoso para nos abençoar e nos dar a vitória.

1.2.  Dedicação
Outro perfil que nos chama atenção na liderança de Paulo era sua dedicação. A dedicação é a capacidade de auto entrega, sacrifício, manifestação de amor, de apreço e consideração. As Cartas de Paulo eram escritas às Igrejas erigidas por ele, e mostram seu carinho e amor. Algumas vezes, o apóstolo teve sua autoridade posta em dúvida, mas, mesmo assim, ele confrontou as adversidades. Comunicou-se com a Igreja de Corinto, cuidando de seus desvios e condutas (2Co 11.5). Somos chamados para a Obra do Senhor e como bons obreiros devemos agir com dedicação e excelência.

Refletindo
"O foco do ministério de Paulo estava em agradar a Cristo". 
Bispo Abner Ferreira

2 - ESTILO DE LIDERANÇA
O Estilo da Liderança de Paulo foi a sua forma e a maneira de exercer sua liderança sobre as Igrejas por ele estabelecidas.

2.1. Cristocêntrica
Um dos tipos de liderança é chamado de liderança centralizadora, a qual o líder centraliza em si mesmo toda a capacidade de decisão. Este estilo é bom quando seus liderados não possuem nenhum tipo de experiência ou maturidade, no entanto o líder pode se ver afundado em inúmeras demandas e ficar sobrecarregado. No caso de Paulo, a sua liderança é inicialmente cristocêntrica, ou seja, Cristo é o centro de sua vida, chamado e ministério. Jesus ensinava e delegava autonomia aos Seus discípulos na propagação do Evangelho. Paulo afirmou: "Sejam meus imitadores, assim como eu sou de Cristo".

2.2. Liderança Participativa e Delegativa
As duas outras formas de liderar é através da liderança participativa, quando o líder divide com outros sua capacidade de decisão, e a delegativa, que é quando o líder passa totalmente a capacidade de decidir a outrem, a responsabilidade, no entanto, ainda é daquele que delega. Paulo utilizou tanto uma quanto a outra. A liderança participativa foi utilizada quando viajou com Barnabé (At 14.1) e com Silas (At 16.25), e o segundo modelo foi o preferido quando delegou a direção das Igrejas em Éfeso e Creta para Timóteo e Tito, respectivamente. Desde o AT, vemos que até mesmo Moisés sentiu-se sobrecarregado, de modo que o Senhor capacitou setenta anciãos para dividir o fardo com Moisés (Nm 11.16-17).

3 - CAPACIDADES ESSENCIAIS DA LIDERANÇA DE PAULO
Grande era a capacidade de liderar do Apóstolo Paulo, mas sua visão de futuro fez com que ele deixasse um legado para as gerações; escrevendo suas cartas e estabelecendo discípulos. O cristianismo não parou quando Paulo foi executado.

3.1.  Emancipadora
Emancipar é fazer com que algo ou alguém se torne independente, que possua autonomia. Como vimos, a liderança de Paulo não era centralizadora, ele respeitava os irmãos que possuíam algum tipo de autoridade, Apolo, Tiago, João. E também investia na autonomia daqueles que faziam parte de seu colegiado, Timóteo, Silvano e Tito, Timóteo levou a carta em mãos à Igreja em Corinto (1Co 4.17), Silvano que estava sempre com ele (2Ts 1.1), Tito que foi com ele a Jerusalém (Gl 2.1). Não devemos temer quando formos separados para um ministério específico, pois crescemos nos momentos de adversidade e desafios.

3.2. Dinâmica
Não podemos esquecer que a liderança de Paulo era totalmente dinâmica, proativa e pujante. O dinamismo na liderança do apóstolo estava em sua total dependência da ação do Espírito Santo (Rm 5.5). Ele era proativo, ou seja, ele se antecipava, saía de sua zona de conforto, não era estático, mas prosseguia em direção aos seus objetivos, as viagens missionárias são exemplos disso. Sua liderança era poderosa espiritualmente, apesar de aparentemente ele não ser uma pessoa imponente (como diziam a seu respeito - 2Co 10.10), era cheio do Espírito. Assim como Paulo, somos chamados a viver na plenitude de Deus (Ef 3,19).

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
A liderança possui basicamente quatro alicerces, a saber: a Autoridade Formal, Autoridade Moral, Competência e Carisma. A Autoridade Formal é aquela que é imputada através do ministério, pois ninguém pode exercer algum tipo de liderança sem que lhe seja outorgada por alguém. A Autoridade Moral é a autoridade exercida através de uma vida exemplar, pautada na santidade e consagração. A Competência é a capacidade de conhecer e manusear a Palavra de Deus, de orar, de pregar, de liderar com excelência. Por fim, o Carisma é o dinamismo e a influência do Espírito Santo na vida do cristão.

CONCLUSÃO
Quando dividimos nossa capacidade de decisão com irmãos comprometidos e maduros, acabamos preparando novos obreiros e líderes na Obra de Deus. Em sua notável liderança, Paulo praticou este princípio.

COMPLEMENTANDO
Para uma liderança eficaz é necessário seguir alguns princípios: Conheça e lidere a si mesmo; conheça e desenvolva pessoas: lidere pelo exemplo; saiba executar, comunique-se de forma clara e objetiva; reconheça e motive seus liderados; tenha empatia e seja justo.

Eu ensinei que:
A liderança pujante de Paulo estava pautada no exemplo de Cristo e no serviço aos irmãos.

Fonte: Editora Betel

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

sábado, 11 de novembro de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 8 / 4º Trim 2023

                                          


TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA
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TEXTO DE REFERÊNCIA: At 20.17-24 

LEITURA SEMANAL
Seg At 19.1 Paulo inicia sua Terceira Viagem Missionária.
Ter At 19.12 Até as roupas de Paulo eram levadas para que enfermos fossem curados.
Qua At 19.19 Muitos convertidos abandonaram seus livros de feitiçaria.
Qui At 20.10 Êutico foi ressuscitado depois de abraçado por Paulo.
Sex At 20.17 Paulo se encontrou com os presbíteros de Éfeso em Mileto.
Sab At 18.11 Paulo permaneceu 18 meses em Corinto.

VERSÍCULO DO DIA
"Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da Graça de Deus," At 19.1,2.

VERDADE APLICADA
Uma vida cheia da presença de Deus faz com que nosso ministério seja bem-sucedido.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explanar sobre o encontro de Paulo com os discípulos de João e a unção sobre sua vida;
Apresentar os eventos em Éfeso e Trôade;
Desenvolver sobre o contexto das Cartas de 1º e 2º Coríntios.

INTRODUÇÃO
O Apóstolo Paulo decide realizar a tarefa de uma Terceira Viagem Missionária, tendo em vista o sucesso das anteriores e da implantação de igrejas e da expansão do Evangelho. Desta vez, no entanto, seguiu uma rota mais direta, em direção à cidade de Éfeso. Com os efésios, Paulo permaneceu durante três anos (At 20.31).

Ponto Chave
"Paulo pregou o Evangelho com ousadia e várias pessoas se converteram."

1 - PAULO EM ÉFESO
Capital da província romana da Ásia, a cidade de Éfeso trazia consigo a importância de ter o maior centro comercial daquela região. Uma cidade próspera que se debruçava na fabricação de artefatos religiosos, como o templo de Diana, padroeira da cidade.

1.1. Batizados no Espírito Santo
Chegando em Éfeso, Paulo encontra discípulos que haviam crido em Jesus e foram batizados por João Batista. Conforme o mandamento de Jesus (Mt 28.19), Paulo os batiza, e sobre eles, o apóstolo impôs as mãos, e o Espírito Santo veio sobre eles, e todos começaram a falar em línguas e profetizaram o Batismo no Espírito Santo traz revestimento de poder para a caminhada cristã (At 19.6).

1.2.  Os sete filhos de Ceva
Paulo se torna muito popular em Éfeso de modo a pregar todos os sábados na sinagoga (At 19.8). Tamanha era a unção sobre o apóstolo que levavam até ele lençóis e aventais, que pelo poder de Deus curavam enfermos e repeliam demônios (At 19.12). Com isso, um grupo de exorcistas, os sete filhos de Ceva tentaram expulsar um demônio em nome de Jesus, aquele quem Paulo pregava (At 19.13). O demônio, no entanto, saltou sobre eles os espancando (At 19.16). Os espíritos imundos não reconheceram a autoridade deles, pois não conheciam a Cristo. A autoridade espiritual vem sobre nós através de uma vida de intimidade com Jesus (Mc 16.17).

Refletindo
"As provações que testam sua lealdade são, de fato, passaportes para o favor de Deus". 
Eusébio de Cesareia

2 - O TUMULTO EM ÉFESO E A RESSURREIÇÃO EM TROADE
Paulo é confrontado em Éfeso por uma multidão devido a mensagem contra a idolatria (At 19.26) e em Trôade, ressuscita um jovem que caiu da janela.

2.1. Adoradores de Diana
Paulo enfrenta um tumulto em Éfeso quando confronta os artífices de ídolos (At 19.28-34), tendo que sair da cidade em direção à Macedônia. O texto afirma que Demétrio, um homem de negócios, empregava vários funcionários na confecção de imagens da deusa Diana, deusa padroeira da cidade de Éfeso (At 19.23-24). Demétrio convocou seus associados e formaram uma grande confusão, pois a pregação de Paulo estava arruinando seus negócios (At 19.25- 27). A multidão se revoltou contra os cristãos de modo que o prefeito da cidade teve de se envolver (At 19.35-41). O Evangelho abre os olhos espirituais e liberta o ser humano de toda idolatria.

2.2. Paulo em Mileto
Paulo então viaja para Trôade, onde prega até a meia noite, de modo que o jovem Êutico pega no sono e cai de uma altura de três andares (At 20.9). Ao cair de tal altura, o jovem acabou morrendo. Êutico morreu, pois não estava junto dos irmãos, estava afastado, sentado em uma janela, e acabou dormindo. É um perigo não se envolver com as coisas da Igreja, o sono da indolência pode nos arrebatar. Mas Paulo abraça o jovem, leva para o meio dos ir- mãos, de forma ao jovem ressuscitar (At 20.10-12). Depois de Trôade, Paulo vai a Mileto, se encontra com os presbíteros de Éfeso e lá se despede deles.

3 - CARTAS DA TERCEIRA VIAGEM
Foi na Terceira Viagem Missionária que Paulo escreveu as Cartas aos Coríntios, a primeira em Éfeso e a segunda na Macedônia.

3.1.  Primeira Carta aos Coríntios
O apóstolo estabeleceu a igreja em Corinto quando ministrou na cidade por aproximadamente 18 meses (At 18.11). Mas, foi quando estava em Éfeso que Paulo escreveu sua primeira Carta aos Coríntios. Esta Carta trata de temas teológicos essenciais e também de problemas enfrentados pela Igreja, como exemplo, a rivalidade e a rixa entre subgrupos internos (1Co 1.12). Um tema de bastante relevância que Paulo escreve aos Coríntios é sobre a ressurreição, tendo em vista que alguns irmãos afirmavam que não havia ressurreição (1Co 15.12). A ressurreição do cristão naquele Grande Dia está diretamente ligada à ressurreição do Senhor Jesus (1Co 15.13).

3.2. Segunda Carta aos Coríntios
É na Macedônia que Paulo escreve a Segunda Carta aos Coríntios (At 20.1). Desde a Primeira Carta aos Coríntios, Paulo teve um problema de disciplina na Igreja. Ele exorta os irmãos que disciplinem um dos membros devido a prática de adultério (1Co 5.1,2). Quando o apóstolo escreve em sua Segunda Carta (2Co 2.5-8), ele percebe que a disciplina teve efeito trazendo arrependimento e abandono do pecado. Deus exige de nós santidade (1Co 6.13). A confiança que Paulo tinha em Deus, o fazia ousar na fé, sem temer o futuro. Ele cumpriu com excelência sua missão, combateu o bom combate e guardou a fé.

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
Atualmente, algumas Igrejas Pentecostais estão passando por um fenômeno de "despentecostalização". Esse movimento é oriundo de uma espécie de ceticismo diante da manifestação das experiências pentecostais, tanto do falar em línguas, quanto das manifestações dos dons do Espírito. Algumas das causas desses problemas são o dualismo entre manifestação espiritual e mal testemunho de alguns irmãos gerando escândalos, a malversação dos dons, déficit bíblico teológico sobre a doutrina pentecostal, forte influência de doutrinas de denominações tradicionais, frustração no êxito na busca do Batismo com o Espírito. Os eventos de Atos nos mostra que a Igreja Primitiva era cheia do Espírito e essa promessa perpassa os séculos e ainda é para os nossos dias, não deixemos apagar a chama pentecostal em nosso meio.

CONCLUSÃO
A confiança que Paulo tinha em Deus, o fazia ousar na fé, sem temer o futuro. Ele cumpriu com excelência sua missão, combateu o bom combate e guardou a fé.

COMPLEMENTANDO
A Primeira e a Segunda Carta aos Coríntios, assim como outras Cartas do NT, são circunstanciais, ou seja, elas foram escritas para resolver questões concernentes a uma deficiência ou problema que o apóstolo desejava tratar ou elucidar. É importante, para o conhecimento bíblico, entender os elementos que incentivaram Paulo a escrever para que venhamos a contextualizar e consequentemente, entender os assuntos em pauta. Certamente que apesar de circunstanciais, Paulo é inspirado pelo Espírito Santo a escrever (2Tm3.16).

Eu ensinei que:
A unção na vida de Paulo fez com que ele fosse bem sucedido em tudo que fazia.

Fonte: Editora Betel

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 7 / 4º Trim 2023


O EVANGELHO SEGUNDO PAULO
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TEXTO DE REFERÊNCIA: Rm 5.2-5

LEITURA SEMANAL
Seg I Rm 1.17 O justo viverá pela fé somente.
Ter I Rm 3.23 Todos os pecadores estão distantes de Deus.
Qua I Rm 7.7 A lei servia para mostrar o quanto somos pecadores.
Qui I Rm 3.9 Tanto os judeus quanto os gentios são carentes da salvação.
Sex I GI 5.13 O cristão é chamado à liberdade.
Sab I GI 5.22 O Fruto do Espírito.

VERSÍCULO DO DIA
"Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo," Rm 5.1.

VERDADE APLICADA
Somos alcançados pela salvação de Deus, não pelo que nós fizemos, mas, antes, por intermédio da Graça, pelo que Cristo fez por nós.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explanar sobre a pecaminosidade universal da espécie humana;
Discorrer sobre o plano da salvação apresentado por Paulo;
Explicar o Evangelho da graça aos Gálatas.

INTRODUÇÃO
Era desejo de Paulo ir até os confins do mundo, especialmente à Espanha, pois ele aproveitaria a oportunidade e passaria por Roma (Rm 15.28). Por isso, a Carta aos Romanos foi escrita para preparar o caminho do Apóstolo àquela comunidade. Em contrapartida, as Igrejas na Galácia estavam em perigo devido à mensagem judaizante de falsos mestres (Gl 4.8-11).

Ponto Chave
"A salvação é pela graça através da fé, o ser humano não pode, em hipótese alguma, se tornar merecedor da salvação."

1 - A IGREJA QUE ESTÁ EM ROMA
Essa Igreja era composta de judeus e de gentios, devido ao fato do Apóstolo estabelecer temas atinentes ao judaísmo como Fé e Lei (Rm 3.21-31), Abraão como pai segundo a carne (Rm 4.1), e sobre o destino de Israel.

1.1. Origem da Igreja romana
Não se sabe a origem da Igreja romana, possivelmente, ela nasceu no Pentecostes (At 2.10). Paulo aproveita para fazer um resumo da mensagem do Evangelho, esta é pautada pela consciência de que todos são pecadores, por isso, é necessário o arrependimento, nada do que o homem faça, pode ser usado para comprar sua salvação. Logo, a salvação é um ato único da ação de Deus em Cristo. A única coisa que o homem deve fazer é responder positivamente ao chamado de Deus reconhecendo Jesus como o Cristo e crendo em seu coração (Rm 10.9,10).

1.2.  Depravação total
Todos os seres humanos são pecadores (1Jo 1.8). O vocábulo depravação, oriundo do latim "depravatus", que significa, demasiadamente perverso, corrompido, traz a ideia de que o ser humano encontra-se "fora de sua direção original". A natureza humana encontra-se em oposição a Deus devido ao pecado do primeiro Adão (1Co 15.22), essa natureza corrompida é chamada por Paulo de "carne" (Rm 7.25). O homem está debaixo do pecado, tanto em sua natureza quanto na prática, ele não tem a condição de se auto justificar diante de Deus, pois isso era necessário que Deus estabelecesse os meios de redenção.

Refletindo
"É pela Graça que somos resgatados da ira de Deus mediante a obra sobrenatural do Espírito Santo que nos leva a Cristo, soltando-nos da servidão do pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida."
Declaração de Cambridge

2 - O PLANO DE DEUS
Deus estabeleceu na eternidade que criaria o ser humano e sabia muito bem que sua criação passaria pela rebelião, por cauda de sua Onisciência. Portanto, no processo da Criação está contido também o Plano da Salvação (Ef 1.4), pois o Cristo é o Cordeiro que estava destinado a morrer antes mesmo da Criação do mundo (Ap 13.8).

2.1. A justiça de Deus
A justiça de Deus está relacionada diretamente à Sua santidade, assim como a Lei expressa o Seu caráter. Se Deus salvasse o ser humano sem o sacrifício de Cristo, Ele estaria afirmando que não leva a sério Sua Lei e quem É. Mas, Deus leva muito a sério quem Ele é e preza por Sua santidade. O sacrifício de Cristo, cumpre, portanto, a exigência da santidade de Deus, pois a consequência do pecado é a morte (Rm 6.23). Quando um inocente morre no lugar de outro, este assume o seu lugar, de forma que o culpado pode se tornar inocente. É isso que Cristo fez por nós, Ele tomou o nosso lugar, recebeu o juízo de Deus pelos nossos pecados, cumprindo então a justiça (Rm 1.17).

2.2. Os judeus e gentios no plano da salvação
Deus escolheu os judeus para que através destes, Ele manifestasse a Sua Lei, revelando Sua santidade. A Lei nunca foi um caminho de salvação, mas sim, um apontamento para o que Deus realizaria (Hb 10.1). Os judeus erraram, pois acharam que poderiam ser justificados mediante as obras da Lei (Rm 2.12). Assim como os gentios, que não tinham a Lei, mas pecaram contra Deus, contra sua consciência, pervertendo a concepção de Deus (Rm 1.21-23). Tanto, os judeus quanto os gentios encontram-se no Plano da Salvação, e o meio pelo qual nos somos justificados de nossos pecados é através da Fé em Jesus Cristo (Rm 5.1).

3 - O EVANGELHO DA GRAÇA AOS GÁLATAS
As igrejas na Galácia, nas cidades de Icônio, Listra e Derbe foram às primeiras comunidades estabelecidas por Paulo em sua primeira Viagem Missionária. A Igreja foi atacada por falsos mestres (Gl 1.7), pregando falsas doutrinas.

3.1. Os falsos mestres
Esses falsos mestres eram pseudocrístãos que exigiam que os crentes das igrejas da Galácia observassem as práticas da Lei como meio de salvação. Sua mensagem fazia com que o Evangelho se transformasse em uma espécie de judaísmo, e colocavam a salvação de uma forma tangível e de caráter completamente humano, por meio de uma espécie de meritocracia. Paulo vai confrontar este pseudo evangelho afirmando que a exigência do Evangelho de Cristo não está nas observâncias das obras da Lei, mas sim na fé (Gl 2.16).

3.2. O Espírito produz a justiça
A salvação em Cristo resulta na ação do Espírito Santo na vida do crente, portanto, ela também é pneumatológica, ou seja, ela é oriunda da ação do Espírito Santo. É através do Espírito Santo que o cristão tem a orientação e o poder divino, de forma a produzir nele um caráter transformado. Paulo escreve e apresenta as virtudes do fruto do Espírito como consequência da ação divina e transformadora na vida do salvo (Gl 5.22). Outrossim, ela se encontra em oposição as obras da carne, o que representa os vícios de uma vida regida pela carne e que está em oposição a vontade divina (Gl 5.19-21).

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
Quando Paulo escreve aos Romanos, apresenta a vocação de Israel e seu destino. Israel foi escolhido por Deus para ser Sua testemunha entre as nações, receber a Lei de Deus e ser a nação que viria o Cristo. Nestas condições, Israel cumpriu o seu propósito, entretanto, Israel não foi fiel a Aliança pois rejeitou Jesus. Diante de tais afirmações, Paulo vai afirmar que existem dois Israel, o primeiro é a nação que rejeitou Jesus e foi rejeitada por Deus, e a segunda é o remanescente fiel, os judeus que receberam o Cristo como Salvador (Rm 9.6). Os gentios foram enxertados na videira (Rm 11.17), mas assim como Deus rejeitou a Nação de Israel, estes devem vigiar, pois se Deus rejeitou os ramos autênticos da videira, muito mais rejeitaria os enxertados (Rm 11.21). No futuro, Deus salvará a nação, quando no fim dos tempos eles reconhecerem Jesus como o Cristo de Deus (Rm 11.23).

CONCLUSÃO
Independente daquilo que fizermos, seremos sempre dependentes da graça e da ação do Espírito Santo. A salvação é um ato divino que foi realizado por Cristo e continua na ação do Espírito Santo em nossas vidas.

COMPLEMENTANDO
Não existe um consenso entre os estudiosos sobre quando Paulo escreveu aos Gálatas, se foi após a sua Primeira ou após a Segunda Viagem Missionária, o nome desta teoria é chamado de teoria do "Sul da Galácia" ou do "Norte da Galácia". A Teoria da Galácia do Sul afirma que Paulo teria escrito após sua Primeira Viagem e antes do Concilio de Jerusalém. Já a teoria da Galácia do Norte, Paulo teria destinado a Carta aos cristãos que viviam no norte da Galácia que ele visitou somente em sua Segunda Viagem. Neste caso, a citação de Jerusalém em Gálatas 2.1, é uma referência direta ao Concilio de Jerusalém.
Fonte: GUNDRY, Robert. Panorama do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2008. pp. 431-433.

Eu ensinei que:
Todos somos pecadores e necessitamos da graça de Deus, a salvação é um ato divino que foi realizado por Deus através de Cristo.

Fonte: Revista Betel Conectar Jovens

terça-feira, 31 de outubro de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 6 / 4º Trim 2023

CORRESPONDÊNCIAS PAULINAS

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TEXTO DE REFERÊNCIA: At 18.1-4

 LEITURA SEMANAL

 Seg I Cl 4.16 As Epístolas eram o meio pelo qual Paulo se comunicava com as Igrejas.

Ter I Rm 16.22 Paulo ditava e outras pessoas redigiam algumas de suas Epístolas.

Qua I 2Ts 3.17 Paulo tinha o costume de assinar suas Epístolas.

Qui I Ts 3.1,2 Paulo envia Timóteo a Tessalônica para relatar como se encontrava a Igreja.

Sex I Ts 5.2 Paulo explica sobre o Dia do Senhor.

Sab I 2Ts 2.3 Fatos que antecedem a Vinda do Senhor.

 VERSÍCULO DO DIA

"Lembrando-nos, sem cessar, da Obra da vossa fé, do trabalho da caridade e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai, sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus", 1Ts 1.3,4.

 VERDADE APLICADA

As Cartas Paulinas contribuíram para o discipulado cristão, formando discípulos para a Seara, que aguardam com alegria a volta de Cristo.

 OBJETIVOS DA LIÇÃO

Procurar elucidar a importância das Epístolas para exortar e doutrinar as Igrejas recém-estabelecidas;

Explicar as principais características da Primeira Carta aos Tessalonicenses;

Esclarecer as principais características da Segunda Carta aos Tessalonicenses.

INTRODUÇÃO

Dos 27 livros do NT, 13 são do Apóstolo Paulo. Estas Cartas ou Epístolas tinham o propósito de ensinar, corrigir e exortar as primeiras Igrejas. Apesar de todas as dificuldades de locomoção, comunicação e perseguição, Paulo cuidava com carinho e amor daquelas pessoas que Deus tinha confiado a ele.

 Ponto Chave 

"É em Corinto que Paulo vai escrever as Cartas aos Tessalonicenses elucidando sobre a Volta de Cristo."

 1 - COMUNICAÇÃO NO MUNDO ANTIGO

No Mundo Antigo a comunicação era muito precária, diferentemente de hoje, onde temos os telefones celulares e a internet, na Antiguidade a melhor e mais rápida forma de se comunicar era através de correspondências.

 1.1. Paulo em Corinto

Após os eventos em Tessalônica e Bereia, Paulo partiu para Atenas e de lá pata corinto (At 18.1). Ele enviou Timóteo para exortar a Igreja em Tessalônica (1Ts 3.2), e recebeu um relatório animador (1Ts 3.6). Portanto, é em Corinto que Paulo escreve aos Tessalonicenses, em resposta ao relatório de Timóteo. A Carta foi escrita aproximadamente entre 50 a 51 d.C., sendo assim um dos escritos mais antigo do NT (HOLMAN, 2018). O ministério do Apóstolo em Corinto foi frutuoso (At 18.1-3), pregou continuamente o Evangelho (At 18.4-5), muitos foram salvos, até mesmo o líder da sinagoga, Crispo (At 18.7-8) e foi consolado por Deus por meio de uma visão (At 18. 9-11).

 1.2.  Confecção dos primeiros escritos do Novo Testamento

As Cartas de Paulo são os primeiros escritos do NT. Entretanto, os estudiosos não são unânimes de qual é a Carta mais antiga, 1 Tessalonicenses ou Gálatas, mas a maioria concorda que Paulo é considerado o primeiro autor cristão a escrever. Algumas das Cartas Paulinas não foram escritas pela pena do Apóstolo, mas o mesmo utilizou de amanuenses, que eram escribas que escreviam enquanto alguém ditava, a Carta aos Romanos foi ditada por Paulo e escrita por Tércio (Rm 16.22). As Epístolas Paulinas são compostas de elucidações, exortações e ensinos doutrinários da fé cristã, elas estão organizadas da seguinte maneira: de maior calibre, Romanos, para a menor, Filemom.

 Refletindo

"Uma fé pequena leva as almas até o céu, mas uma grande fé traz o céu até as almas".

C.H. Spurglon

 2 - PRIMEIRA CARTA AOS TESSALONICENSES

O tema em destaque em 1 Tessalonicenses é a Segunda Vinda de Cristo, assim, com o discurso de Jesus no Monte das Oliveiras e com o Apocalipse compõem-se os três principais blocos proféticos do NT.

 2.1. A Volta do Senhor

O Apóstolo ensina sobre a Vinda do Senhor (1Ts 4.16,17), um dos eventos que acompanhará a Volta de Cristo é o arrebatamento da Igreja. A Volta de Cristo deve ser almejada e aguardada por todos os crentes, Paulo termina afirmando que essa mensagem é de consolação e não de pânico ou pavor (1Ts 4.18). É curiosa a forma de como apresentamos a mensagem da Volta de Cristo, muitos utilizam do discurso do medo e do pânico para incentivar uma vida de obediência a Deus, mas deveria ser o contrário, o discurso deveria ser de conforto, pois em Cristo, não devemos nada temer, pois o amor lança fora todo medo (1Jo 4.18).

2.2. A ressurreição dos mortos

O grande evento que vai anteceder o arrebatamento da Igreja será a ressurreição dos mortos (1Ts 4.16,17). Aprendemos que os cristãos que morreram em Cristo terão participação total em Sua Segunda Vinda, pois estes ressuscitarão primeiro. A ressurreição de Cristo é para o crente a base de toda a sua fé e esperança, pois assim como Jesus ressuscitou, nós ressuscitaremos também (ICo 15.12-17). Essa é a grande esperança cristã, Cristo venceu a morte, e nEle nós também vencemos. Portanto, a última Palavra de Deus para o homem não é a finitude, mas sim, a vida através da ressurreição de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo Aleluia!

 3 - SEGUNDA CARTA AOS TESSALONICENSES

Continuando seus esclarecimentos sobre a Volta do Senhor, Paulo continua a ensinar e exortar aos Tessalonicenses sobre como viver a vida cristã. Provavelmente, Paulo escreveu esta Carta também em Corinto, pois a menção a Silvano e Timóteo na saudação corrobora com tal conclusão (2Ts 1.1).

 O Dia do Senhor é um assunto que per- passa o AT, em especial, os Profetas (Am 5.18). Ele é caracterizado como um evento de juízo contra os ímpios, mas também é um evento de salvação para o povo de Deus. Todavia, Paulo utiliza este termo e contextualiza de acordo com a mensagem cristã, pois, enquanto que o Dia do Senhor no AT estava ligado a nação de Israel, agora, no NT, a Igreja é o objeto de salvação de Deus em Cristo (2Ts 2.2). O grande Dia do Senhor faz referência, por tanto, a Volta de Cristo, pois será na ressurreição dos mortos e no arrebatamento da Igreja a salvação do justo, e através da

 3.1. O Dia do Senhor

O Dia do Senhor é um assunto que perpassa o AT, em especial, os Profetas (Am 5.18). Ele é caracterizado como um evento de juízo contra os ímpios, mas também é um evento de salvação para o povo de Deus. Todavia, Paulo utiliza este termo e contextualiza de acordo com a mensagem cristã, pois, enquanto que o Dia do Senhor no AT estava ligado a nação de Israel, agora, no NT, a Igreja é o objeto de salvação de Deus em Cristo (2Ts 2.2). O grande Dia do Senhor faz referência, portanto, a Volta de Cristo, pois será na ressurreição dos mortos e no arrebatamento da Igreja a salvação do justo, e através da Tribulação e do julgamento das Nações, o juízo de Deus sobre os ímpios.

 3.2. O tempo da Volta de Cristo

Não obstante, Paulo admoesta os Tessalonicenses sobre o tempo em que Cristo voltará. Alguns eventos precederão o Dia do Senhor, a Volta de Cristo. Ele portanto, cita a apostasia que há de vir sobre o mundo e a manifestação do filho da perdição, uma citação direta ao anticristo (2Ts 2.3). Outrossim, não devemos achar que os eventos se encontram distantes de nós no século XXI, pois já podemos observar a apostasia no fenômeno do pós-cristianismo que assola a Europa. Sobre o anticristo, João afirma que o espírito do anticristo já se faz presente no mundo (1Jo 4.3).

 SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR

O vocábulo utilizado para se referir a Volta de Cristo é denominado de "parousia" (1Ts 2.1,8-9). Dentre as traduções possíveis do termo ela pode ser interpretada pela presença ou pela chegada de pessoas ou coisas. O termo era utilizado para a chegada de um rei, pois para a visita era necessário uma preparação a fim de presenteá-lo, pois o monarca exige o melhor. Com sua chegada iniciava um novo calendário, significando o início de um novo tempo. Também eram cunhadas novas moedas, mostrando um novo conjunto de valores. O termo também se refere a uma "invasão", descrevendo a entrada de um novo poder conquistador e por fim, descreve a visitação de uma divindade que se faz presente para curar e para corrigir o mal.

Fonte: BARCLAY, William. Palavras Chaves do NT. São Paulo: Vida Nova, 1985. p. 158,159.

CONCLUSÃO

Através de suas Cartas, Paulo discipulava e encorajava os irmãos na fé. Suas mensagens à Igreja de Tessalônica tinha a intenção de encorajar os cristãos a perseverar na fé diante da perseguição, aguardando a segunda volta de Cristo.

COMPLEMENTANDO

No mundo greco-romano as cartas eram missivas particulares, endereçadas a uma pessoa que tinha em média 90 palavras. A maioria das cartas antigas não ocupava mais que uma página de papiro. Todavia, a média das cartas paulinas varia de 335 palavras em Filemom até 7.114 em Romanos. Já as epístolas literárias eram escritos longos que tinham em seu escopo uma espécie de ensaio político ou filosófico, elas não eram endereçadas a uma pessoa, mas sim, a uma assembleia e deveria ser lida em público. Logo, Paulo foi inventor de uma nova forma literária, pois seus escritos possuem características tanto de carta quanto de epístola. Fonte: GUNDRY, Robert H. Panorama do NT. São Paulo: Vida Nova, 2008. p. 426,427

 Eu ensinei que: 

Paulo se comunicava e ensinava as Igrejas que estabelecia através de suas Cartas.

Fonte: Revista Betel Conectar Jovens


quarta-feira, 25 de outubro de 2023

ESCOLA DOMINICAL - Conteúdos para a Escola Dominical Revista Betel - Conectar - 4º Trimestre de 2023


Lição: 5 - PAULO, RUMO À EUROPA
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Lição: 6 - CORRESPONDÊNCIAS PAULINAS
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Lição: 7 - O EVANGELHO SEGUNDO PAULO
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Lição: 8 - TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA
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Lição: 9 - UMA NOTÁVEL LIDERANÇA
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Lição: 10 - PRISÃO NA CIDADE SANTA
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Lição: 11 - A DRAMÁTICA VIAGEM A ROMA
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Lição: 12 - EPÍSTOLA DA PRISÃO
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Lição: 13 - PAULO ESCREVE AOS JOVENS PASTORES
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Lição: 14 - VIVER É CRISTO
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Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)
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CONTEÚDOS ANTIGOS:

3º Trim 2015.  4º Trim 2015. 1º Trim 2016. 2º Trim 2016. 2º Trim 2016. 4º Trim 2016  1º Trim 2017  2º Trim 2017  3º Trim 2017  1º Trim 2018  2° Trim 2018  3º Trim 2018  4º Trim 2018  1º Trim 2019  2º Trim 2019   3º Trim 2019  4º Trim 2019  1º Trim 2020  2º Trim 2020  3º Trim 2020   4º Trim 2020  1º Trim 2021  2º Trim 2021  4º Trim 2021  1º Trim 2022   2º Trim 2022  3º Trim 2022  4º Trim 2022  1º Trim 2023  2º Trim 2023
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